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PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

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Academic year: 2021

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RESUMO: Trata-se de estudo descritivo, epidemiológico, com abordagem quantitativa, que buscou investigar situação

vacinal, recebimento de informações sobre biossegurança, fatores que favorecem a ocorrência de acidentes com material biológico e sugestões para preveni-los. Um questionário autoaplicável foi respondido por 355 estudantes de enfermagem de três instituições de ensino superior do interior paulista, em 2007. Quanto à vacinação, 310(87,3%) apresentavam esquema completo contra hepatite B e 336(94,7%) contra difteria e tétano; 330(93%) estudantes receberam informações sobre biossegurança antes do início das atividades práticas; 294(82,9%) responderam que existem fatores ambientais ou psicossociais que favorecem a ocorrência de acidentes; 76(21,4%) sugerem a educação permanente/continuada como forma de preven-ção e outros 70(19,7%) o uso de equipamento de protepreven-ção individual e conscientizapreven-ção sobre seu uso. Instituições de ensino e saúde devem prestar atenção nas condições de aprendizado do aluno em campo de ensino prático.

Palavras-chave: Fatores de risco; acidentes de trabalho; exposição a agentes biológicos; estudantes de enfermagem. ABSTRACT: This quantitative, descriptive, epidemiological study investigated vaccination status, receipt of biosafety information,

factors favoring accidents with biological material, and suggestions for accident prevention. A self-applied questionnaire was answered by 355 nursing students from three higher education institutions in Sao Paulo in 2007. As regards vaccination, 310 students (87.3%) had received the complete schedule against hepatitis B and 336(94.7%), against diphtheria and tetanus; 330(93%) had received biosafety information before starting practical activities; 294(82.9%) responded that psychosocial and environmental factors can favor the occurrence of accidents; 76(21.4%) suggested permanent/continuous education as a means of prevention; and 70(19.7%) suggested using personal protective equipment and awareness-building on such use. Educational and health institutions should to give attention to student learning conditions during practical teaching.

Keywords: Risk factors; accidents, occupational; exposure to biological agents; students, nursing.

RESUMEN: Es un estudio descriptivo, epidemiológico, con enfoque cuantitativo, que buscó investigar el estado de vacunación,

recepción de información sobre bioseguridad, factores que favorecen ocurrencia de accidentes con material biológico y sugerencias para evitarlos. Un cuestionario autoaplicado fue respondido por 355 estudiantes de enfermería de tres instituciones de educación superior en Sao Paulo-Brasil, en 2007. Cuanto a la vacunación, 310(87,3%) presentaban el programa completo contra hepatitis B y 336(94,7%) contra difteria y tétano; 330(93%) estudiantes recibieron información sobre bioseguridad antes del inicio de las actividades prácticas; 294(82,9%) respondieran que existen factores psicosociales y ambientales que favorecen la ocurrencia de accidentes; 76(21,4%) sugieren educación continuada como medio de prevención y otros 70(19,7%) el uso de equipo de protección personal y sensibilización sobre su uso. Instituciones educativas y de salud deben prestar atención a las condiciones de aprendizaje de los estudiantes en el campo de la enseñanza práctica.

Palabras clave: Factores de riesgo; accidentes de trabajo; exposición a agentes biológicos; estudiantes de enfermería.

P

REVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

ENTRE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

P

REVENTIONOFACCIDENTSINVOLVINGBIOLOGICALMATERIALAMONG NURSINGSTUDENTS

PREVENCIÓN DE ACCIDENTES CON MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE

ESTUDIANTES DE ENFERMERÍA

Rafaela Thaís Colombo CanalliI Tokico Murakawa MoriyaII Miyeko HayashidaIII

IEnfermeira. Doutoranda em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São

Paulo, Brasil. E-mail: rafaelathais@hotmail.com.

IIProfessora Titular. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Curso de Enfermagem do Centro Universitário

Barão de Mauá. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail: tmmoriya@eerp.usp.br.

IIIEnfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Univers idade de São Paulo. Ribeirão Preto, São

Paulo, Brasil. E-mail: miyeko@eerp.usp.br.

I

NTRODUÇÃO

E

mbora os acadêmicos

de enfermagem não se-jam ainda considerados profissionais, em seu proces-so de ensino-aprendizagem realizam atividades prá-ticas em instituições de saúde e se expõem aos

mes-mos riscos daqueles profissionais que atuam nessas unidades.

Um dos riscos do cotidiano da enfermagem, o risco de acidente com material biológico, vem

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rece-zagem e quais são as sugestões dos alunos para que se possa preveni-los e controlá-los.

Especial atenção deve ser dada à prevenção de acidentes na formação dos profissionais da enferma-gem, para que possam pensar na realidade dos traba-lhadores e atuar desde a graduação de maneira com-patível com a prevenção de doenças e promoção da saúde pessoal e dos clientes sob os seus cuidados.

R

EVISÃO DELITERATURA

A

enfermagem, no

Brasil, submete-se a vários ris-cos ocupacionais, sofre acidente de trabalho e adoece sem, na maior parte das vezes, atribuir estes problemas às questões decorrentes da vida laboral5.

Estes trabalhadores, por manterem contato di-reto com pacientes, estão frequentemente expostos aos agentes biológicos encontrados no sangue e ou-tros fluídos corpóreos, o que caracteriza esta exposi-ção como risco biológico6.

A exposição ocupacional a material biológico chegou a ser citada como uma das questões mais proe-minentes na área da saúde e segurança ocupacional7.

O aumento do número de publicações abordando a temática dos acidentes com material biológico, revela a preocupação da comunidade científica com o tema, dada a possibilidade da transmissão de infecções cau-sadas pelo Vírus da Hepatite B (HBV), Vírus da Hepa-tite C (HCV) e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), cujas consequências podem acarretar sérios danos à saúde dos trabalhadores8. As consequências da

exposição ocupacional ao sangue e outros fluídos corpóreos não são referentes somente às infecções, são relativas também a traumas psicológicos à espera de possível soroconversão, mudanças de práticas sexuais, relacionamentos e efeitos das drogas profiláticas.

Assim como profissionais da saúde, estudantes sofrem exposições acidentais a material biológico durante atividades de ensino-aprendizagem. Alguns estudos nacionais e internacionais que abordaram a temática chegaram a conclusões semelhantes: aci-dentes desta natureza acometem alunos em campo de ensino, portanto, torna-se necessário investiga-ção das diversas realidades, implementainvestiga-ção de vigi-lância e medidas preventivas por parte de institui-ções de ensino e saúde, bem como a estruturação de um programa de educação em biossegurança, para que se estabeleça um ambiente de práticas seguras2, 9-11.

M

ETODOLOGIA

T

rata-se de um

estudo descritivo, epidemiológico, com abordagem de análise quantitativa, realizado em três instituições de ensino superior de um município paulista que contam com Curso de Graduação em Enfermagem. bendo grande atenção por parte dos pesquisadores

devido às graves consequências que podem acarretar. Os riscos biológicos representam a possibilidade de contato com material biológico como o sangue e outros fluídos orgânicos e que podem veicular agen-tes biológicos patogênicos causadores de danos à saú-de do homem. Os trabalhadores da área da saúsaú-de, por manterem contato direto com pacientes, estão fre-quentemente expostos a este risco1.

Da mesma maneira estão expostos os estudan-tes de enfermagem que desenvolvem as habilidades necessárias para o cuidado de pacientes lidando com objetos cortantes e perfurantes, bem como fluídos corporais. Além disso, desenvolvem grande varieda-de varieda-de atividavarieda-des varieda-de ensino-aprendizagem, em dife-rentes períodos de tempo e locais. Falta de experiên-cia e ansiedade podem contribuir para a ocorrênexperiên-cia de acidentes; estar constantemente em situações de aprendizado, supervisão e avaliação favorece o au-mento da ansiedade e estresse2.

Nesse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas que previnam, minimizem ou eliminem o risco como a utilização adequada das normas de biossegurança e precauções padrão (PP).

As PP, inicialmente denominadas Precauções Universais, foram introduzidas em 1985 pelos Centers

for Disease Control and Prevention (CDC), e

posterior-mente reformuladas em 19963. Em 2007 foi publicado

um novo manual para reforçar as precauções já existen-tes e acrescentar outras. Estas medidas devem ser apli-cadas a todos os pacientes independentemente de sua condição infecciosa, presença ou não de doenças transmissíveis e consistem em: lavagem das mãos; uso de equipamento de proteção individual (EPI) como lu-vas, óculos, máscara, protetor facial e avental; descontaminação de superfícies, artigos, equipamentos e rouparia; prevenção de acidentes com perfurocor-tantes; cuidados durante a reanimação de paciente, com o quarto do paciente e medidas de higiene respiratória; práticas seguras durante aplicação de injeções e contro-le de infecção durante procedimentos de punção lom-bar4. Em adição a estas PP, os profissionais da saúde

de-vem ser vacinados contra a hepatite B.

Para a prevenção do acidente com material bioló-gico entre estudantes de Graduação em Enfermagem, além de conhecer e adotar as medidas acima descritas, deve-se conhecer os fatores identificados pelos alunos que favorecem a ocorrência de tais acidentes, o que está prejudicado pelas poucas publicações nacionais abor-dando a temática.

Portanto, pretende-se, com este estudo, conhe-cer a situação vacinal, o recebimento de informações sobre biossegurança, os fatores identificados como os que favorecem a ocorrência de acidentes com mate-rial biológico durante atividades de

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ensino-aprendi- 

Os dados foram coletados no segundo semestre de 2007, em sala de aula, após prévia autorização da instituição de ensino, esclarecimentos verbais e es-critos sobre a pesquisa e assinatura do Termo de Con-sentimento Livre e Esclarecido pelos participantes.

A amostra foi constituída de alunos que apre-sentaram os seguintes pré-requisitos: já realizavam ati-vidades práticas de ensino-aprendizagem em institui-ções de saúde, estavam presentes no dia da aplicação do instrumento (questionário autoaplicável) de cole-ta de dados e consentiram em participar do estudo.

Do total de 529 alunos que cursavam entre o segundo e quarto ano de enfermagem e já realizavam atividades práticas de ensino-aprendizagem, nas três instituições de ensino superior, 355(67%) responde-ram ao questionário; 150(28%) não estavam presen-tes em sala de aula e 24(5%) não consentiram em participar do estudo.

O questionário autoaplicável passou por vali-dação aparente e de conteúdo realizado por juízes

experts no assunto e na metodologia e por pré-teste

aplicado em amostra similar à do estudo. O questio-nário constou de itens sobre a caracterização do alu-no (idade, sexo, série do curso e se já havia realizado atividade prática em instituição de saúde) e as se-guintes questões: você é vacinado contra hepatite B? E difteria e tétano? Você recebeu informações sobre biossegurança antes de iniciar atividades práticas jun-to ao cliente? Você acredita que haja, nos locais de atuação de suas atividades práticas, fatores que favo-recem a ocorrência de acidentes com material bioló-gico? Especifique. Qual sua sugestão para prevenir ou controlar acidentes com material biológico entre es-tudantes de enfermagem?

O projeto obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo no 0818/2007) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os dados coletados foram digitados em planilha Excel 2003 e validados através do sistema de dupla entrada de dados. Para a análise estatística, os dados foram processados no programa Epi Info, versão 3.4.3, e apresentados sob a forma de frequências absolutas e percentuais.

R

ESULTADOSEDISCUSSÃO

C

onsiderando-se as

três instituições em estu-do, os alunos são, predominantemente, do sexo femi-nino (92,7%), com idade entre 18 e 25 anos (77,4%), cursando em período integral (57,2%), o quarto (43,7%) e o terceiro (32,1%) ano.

Dos 355 alunos que responderam ao questioná-rio, 6(1,7%) encontravam-se sem cobertura vacinal contra hepatite B, 10(2,8%) haviam recebido apenas uma dose da vacina e 29(8,2%) haviam recebido duas

doses. Os demais, 310 alunos, apresentavam esque-ma de vacinação completo conforme mostra a Tabela 1. Entre as justificativas dos alunos com esquema in-completo estavam: falta de tempo para vacinar, es-queceram, perderam a data das outras doses ou que não houve interesse, consciência e cobrança.

TABELA 1: Caracterização dos alunos de enfermagem

quanto a instituição de ensino, vacinação contra hepatite B, difteria e tétano. Ribeirão Preto-SP, 2007.

Instituição Dose de Total vacina A B C (n=355) (n=138) (n=129) (n=88) f % f % f % f % Hepatite B Nenhuma 4 2,9 1 0,8 1 1,1 6 1,7 Uma 8 5,8 1 0,8 1 1,1 10 2,8 Duas 21 15 4 3,1 4 4,5 29 8,2 Três 105 76 123 95 82 93 310 87 Difteria/ tétano Nenhuma 0 0 0 0 1 1,1 1 0,3 Uma 7 5,1 1 0,8 2 2,2 10 2,8 Duas 6 4,3 2 1,6 0 0 8 2,3 Três 6 4,3 22 17 22 25 50 14 Reforço 10 anos 119 86 104 81 63 72 286 81

A vacinação contra hepatite B é amplamente recomendada aos profissionais e estudantes da área de saúde, apresentando resposta vacinal em torno de 90 a 95% em adultos imunocompetentes. É recomen-dada a aplicação de uma série de três doses, por via intramuscular, na região deltóide. A segunda dose deve ser aplicada um mês após a primeira e a terceira deve ser administrada seis meses após a primeira dose, sendo que, no Brasil, é realizada gratuitamente nas unidades de saúde12.

A pessoa que recebeu as três doses da vacina contra hepatite B e adquiriu imunidade não tem ris-co de ris-contrair a doença após exposição acidental13.

Entre alunos de enfermagem de uma universi-dade pública brasileira que referiram acidente com material biológico, 48(96%) estavam totalmente va-cinados2. Já entre estudantes da área da saúde foi

iden-tificado um índice menor, em 127(74,2%) acidentes o esquema vacinal contra hepatite B estava comple-to14. Outro estudo conduzido com estudantes da área

da saúde de uma universidade particular constatou que mesmo apresentando maior risco de exposição à hepatite B, uma parcela dos futuros profissionais não conhecem todas as vias de transmissão da doença e não adotam as medidas preventivas e de precaução em sua totalidade15.

Apenas 320(67,7%) estudantes de enfermagem turcos estavam vacinados contra hepatite B quando

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pesquisados e sugeriram a implantação de políticas pelas instituições de ensino para que os alunos sejam completamente imunizados antes do início das

ati-vidades práticas junto ao cliente16.

É muito importante que as instituições de ensino orientem seus alunos em relação à vacina contra hepa-tite B, devido aos riscos de contaminação decorrentes de possíveis exposições acidentais. A aceitação em rela-ção à vacinarela-ção contra hepatite B de estudantes de en-fermagem paquistaneses esteve significativamente re-lacionada a três variáveis: história de exposição prévia a sangue, conhecimento sobre infecção pelo HBV e orça-mento suficiente para realizar a vacinação17.

Entre os profissionais a situação pode ser um pouco mais preocupante. Em uma pesquisa realizada com trabalhadores de um hospital universitário bra-sileiro, 77,2% dos acidentados referiram vacinação completa, 5,2% não realizada e 4,4% incompleta18. Já

em outro estudo, que também englobava trabalha-dores acidentados de um hospital, os números foram bem maiores: 31(65%) não receberam as três doses da vacina contra hepatite B e alegaram falta de tem-po e ocasião para se vacinarem6.

Quanto à situação vacinal contra difteria e té-tano, há indicação de que os alunos que participaram desta pesquisa estão bem informados e conscientes sobre a atualização das vacinas, pois 336(94,7%) re-feriram esquema completo de vacinação.

A atuação da instituição de ensino superior na orientação do graduando quanto à vacinação no com-bate de doenças imunopreveníveis de importância para os profissionais da área de saúde foi estudada entre alunos das instituições de ensino superior do estado de Goiás, Brasil. Os autores destacaram que 715(92%) estudantes receberam informações acerca da necessi-dade de imunização na faculnecessi-dade e 699(90%) foram orientados a se imunizar. As vacinas mais frequente-mente recomendadas durante o curso de graduação foram anti-hepatite B e antidifteria e tétano. A maio-ria recebeu as orientações através de disciplina curricular, direção da faculdade e campanha vacinal durante a graduação. Concluíram que o ensino da pre-venção e controle de infecção deve ser adotado com seriedade pelos responsáveis de disciplinas práticas19.

Quando questionados sobre o recebimento de informações sobre biossegurança antes de iniciarem atividades de ensino-aprendizagem, 330(93%) alu-nos responderam sim, 23(6,5%) responderam não e 2(0,6%) alunos não responderam.

Percebe-se que estes alunos estavam informados, porém, não basta que o conhecimento sobre normas de biossegurança e PP sejam adquiridos, devem ser interiorizados e aplicados em qualquer situação de vida20.

Em pesquisa conduzida com alunos de enferma-gem brasileiros, todos os acidentados referiram ter

recebido informações referentes ao uso de EPI e de normas de precaução antes do início das atividades

de ensino-aprendizagem21.

O estudante da área da saúde desenvolve mui-tas atividades próximas ao cliente com risco de con-tato com sangue e fluídos corporais como manuseio de equipamentos, roupas de cama e lixo, coleta de materiais para exames, entre outras. Todas estas ati-vidades, quando desconhecidos os riscos nelas conti-das, podem acarretar problemas não só para quem está prestando o cuidado, como para o próprio clien-te, que poderá se contaminar por portador suposta-mente livre de risco20.

A maior parte dos alunos pesquisados, 114(32,1%), acredita que há fatores ambientais e psicossociais que favorecem a ocorrência de acidentes nos locais de ativi-dades de ensino-aprendizagem; 101(28,5%) referiram apenas fatores ambientais, 79(22,3%) apenas fatores psicossociais e 61(17,2%) acreditam que não há fatores conforme mostra a Tabela 2.

TABELA 2: Caracterização dos alunos de enfermagem quanto

a instituição de ensino e presença de fatores ambientais e psicossociais que favorecem a ocorrência de acidentes. Ribeirão Preto-SP, 2007 Instituição Fator es A B C Total f % f % f % f % Ambientais 33 24 44 34 24 27 101 29 Psicossociais 42 30 20 16 17 19 79 22 Ambientais e psicossociais 53 38 32 25 29 33 114 32 Não há fatores 10 7,2 33 26 18 21 61 17 Total 1 3 8 1 0 0 1 2 9 1 0 0 8 8 1 0 0 3 5 5 1 0 0

Entre os fatores ambientais mais citados estava a falta de EPI nos locais de atividades práticas, a na-tureza dos procedimentos de enfermagem, os riscos do próprio ambiente, a alta demanda de clientes nos locais de ensino-aprendizagem, a falta ou lotação da caixa para descarte de perfurocortantes e a falta de material em campo prático. Entre os fatores psicossociais encontravam-se a desatenção, não usar EPI, a pressa, o estresse, a inexperiência, a ansiedade, o medo e pressão exercidos pelo professor. Outros fatores citados foram a falta de conhecimento e conscientização quanto ao uso de EPI, estrutura físi-ca inadequada, excesso de pessoas no lofísi-cal de desen-volvimento de atividades, falta de treinamento e es-cassez de recursos humanos.

Estudantes de enfermagem de uma universida-de particular brasileira universida-destacaram que o ambiente hospitalar e as características dos procedimentos de enfermagem favorecem a ocorrência de acidentes, mesmo que os alunos estejam bem orientados e fa-pesquisados e sugeriram a implantação de políticas

pelas instituições de ensino para que os alunos sejam completamente imunizados antes do início das ati-vidades práticas junto ao cliente16.

É muito importante que as instituições de ensino orientem seus alunos em relação à vacina contra hepa-tite B, devido aos riscos de contaminação decorrentes de possíveis exposições acidentais. A aceitação em rela-ção à vacinarela-ção contra hepatite B de estudantes de en-fermagem paquistaneses esteve significativamente re-lacionada a três variáveis: história de exposição prévia a sangue, conhecimento sobre infecção pelo HBV e orça-mento suficiente para realizar a vacinação17.

Entre os profissionais a situação pode ser um pouco mais preocupante. Em uma pesquisa realizada com trabalhadores de um hospital universitário bra-sileiro, 77,2% dos acidentados referiram vacinação completa, 5,2% não realizada e 4,4% incompleta18. Já

em outro estudo, que também englobava trabalha-dores acidentados de um hospital, os números foram bem maiores: 31(65%) não receberam as três doses da vacina contra hepatite B e alegaram falta de tem-po e ocasião para se vacinarem6.

Quanto à situação vacinal contra difteria e té-tano, há indicação de que os alunos que participaram desta pesquisa estão bem informados e conscientes sobre a atualização das vacinas, pois 336(94,7%) re-feriram esquema completo de vacinação.

A atuação da instituição de ensino superior na orientação do graduando quanto à vacinação no com-bate de doenças imunopreveníveis de importância para os profissionais da área de saúde foi estudada entre alunos das instituições de ensino superior do estado de Goiás, Brasil. Os autores destacaram que 715(92%) estudantes receberam informações acerca da necessi-dade de imunização na faculnecessi-dade e 699(90%) foram orientados a se imunizar. As vacinas mais frequente-mente recomendadas durante o curso de graduação foram anti-hepatite B e antidifteria e tétano. A maio-ria recebeu as orientações através de disciplina curricular, direção da faculdade e campanha vacinal durante a graduação. Concluíram que o ensino da pre-venção e controle de infecção deve ser adotado com seriedade pelos responsáveis de disciplinas práticas19.

Quando questionados sobre o recebimento de informações sobre biossegurança antes de iniciarem atividades de ensino-aprendizagem, 330(93%) alu-nos responderam sim, 23(6,5%) responderam não e 2(0,6%) alunos não responderam.

Percebe-se que estes alunos estavam informados, porém, não basta que o conhecimento sobre normas de biossegurança e PP sejam adquiridos, devem ser interiorizados e aplicados em qualquer situação de vida20.

Em pesquisa conduzida com alunos de enferma-gem brasileiros, todos os acidentados referiram ter

recebido informações referentes ao uso de EPI e de normas de precaução antes do início das atividades de ensino-aprendizagem21.

O estudante da área da saúde desenvolve mui-tas atividades próximas ao cliente com risco de con-tato com sangue e fluídos corporais como manuseio de equipamentos, roupas de cama e lixo, coleta de materiais para exames, entre outras. Todas estas ati-vidades, quando desconhecidos os riscos nelas conti-das, podem acarretar problemas não só para quem está prestando o cuidado, como para o próprio clien-te, que poderá se contaminar por portador suposta-mente livre de risco20.

A maior parte dos alunos pesquisados, 114(32,1%), acredita que há fatores ambientais e psicossociais que favorecem a ocorrência de acidentes nos locais de ativi-dades de ensino-aprendizagem; 101(28,5%) referiram apenas fatores ambientais, 79(22,3%) apenas fatores psicossociais e 61(17,2%) acreditam que não há fatores conforme mostra a Tabela 2.

TABELA 2: Caracterização dos alunos de enfermagem quanto

a instituição de ensino e presença de fatores ambientais e psicossociais que favorecem a ocorrência de acidentes. Ribeirão Preto-SP, 2007 Instituição Fator es A B C Total f % f % f % f % Ambientais 33 24 44 34 24 27 101 29 Psicossociais 42 30 20 16 17 19 79 22 Ambientais e psicossociais 53 38 32 25 29 33 114 32 Não há fatores 10 7,2 33 26 18 21 61 17 Total 138 100 129 100 88 100 355 100

Entre os fatores ambientais mais citados estava a falta de EPI nos locais de atividades práticas, a na-tureza dos procedimentos de enfermagem, os riscos do próprio ambiente, a alta demanda de clientes nos locais de ensino-aprendizagem, a falta ou lotação da caixa para descarte de perfurocortantes e a falta de material em campo prático. Entre os fatores psicossociais encontravam-se a desatenção, não usar EPI, a pressa, o estresse, a inexperiência, a ansiedade, o medo e pressão exercidos pelo professor. Outros fatores citados foram a falta de conhecimento e conscientização quanto ao uso de EPI, estrutura físi-ca inadequada, excesso de pessoas no lofísi-cal de desen-volvimento de atividades, falta de treinamento e es-cassez de recursos humanos.

Estudantes de enfermagem de uma universida-de particular brasileira universida-destacaram que o ambiente hospitalar e as características dos procedimentos de enfermagem favorecem a ocorrência de acidentes, mesmo que os alunos estejam bem orientados e fa

(5)

 

çam uso de EPI22. Na mesma instituição, outros

alu-nos de enfermagem destacaram que a presença de flu-ídos corporais, materiais perfurocortantes, reencapar agulhas, salas apertadas, estrutura física inadequada, caixa para descarte de perfurocortantes ausente ou lotada, pressão do professor (ficar perguntando mui-to durante o procedimenmui-to), medo do professor, an-siedade, nervosismo, insegurança, presença de expectadores, mudança de atribuição e posição antier-gonômica são fatores que favorecem a ocorrência de acidentes22.

Em outro estudo brasileiro, os alunos identifi-caram como fatores de risco em seu ambiente de prá-ticas o desconhecimento do diagnóstico, a ansieda-de, falta de preparo para realizar alguns procedimen-tos, falta de equipamentos e falta de EPI. A preocupa-ção com o procedimento e em cumprir tarefas corre-tamente minimizou entre os alunos a preocupação com a contaminação, e fez com que eles não atentas-sem para os fatores de risco20.

Estudo conduzido com estudantes do terceiro ano de enfermagem de uma universidade italiana con-cluiu que o acidente durante as atividades práticas é determinado por fatores como falta de experiência e habilidades manuais ainda não consolidadas combi-nados com a não percepção do risco23.

Entre os trabalhadores de enfermagem de um hospital brasileiro, 25(75%) consideram a profissão de enfermagem de alto risco e fazem referência à falta de conhecimento sobre biossegurança, condições ina-dequadas de trabalho, sobrecarga e risco de contrair doença. Entre as inúmeras informações sobre as situ-ações que levam ao acidente perfurocortante, os pro-fissionais afirmaram que estes ocorrem por falta de atenção 19(58%), excesso de confiança 17(52%) e estresse 15(21%); o que pode estar atrelado à forma de organização do trabalho e ao abrandamento do sentimento de pânico gerado pela rotina, o que torna o acidente banal, interfere no comportamento, na falta de sensibilização e não percepção individual de risco para acidente24.

O fato de 4(8%) profissionais mencionarem que não houve causa favorecedora ao acidente surpreen-deu as autoras de um estudo com trabalhadores da equipe pré-hospitalar móvel. Elas afirmaram que este dado deve ser bem investigado, pois a interpretação pode ser a banalização do acidente, crença de ser fato inerente ao processo de trabalho e o próprio desco-nhecimento ou falta de preparo dos trabalhadores25.

As principais sugestões dos alunos de enferma-gem para prevenir ou controlar acidentes com material biológico foram agrupadas por similaridade sendo a edu-cação permanente/continuada 76(21,4%) e o uso de EPI e a conscientização sobre o uso 70(19,7%) as mais cita-das. Surpreendeu que 112(31,5%) alunos referiram não ter qualquer sugestão para prevenir ou controlar

aci-dentes com material biológico. Alguns justificaram di-zendo que a orientação que receberam na faculdade foi pouca e não tinham como opinar, outros se sentiam inseguros sobre o assunto ou como estavam em proces-so de aprendizado, não sabiam o que dizer.

No que se refere à educação continuada sobre biossegurança, os alunos enfatizaram que deveria ser obrigatória em todas as instituições de saúde. Já no curso de enfermagem, acreditam que seria fundamen-tal a implantação de disciplina obrigatória sobre biossegurança, bem como realização de mais cursos, principalmente antes da primeira atividade prática junto ao cliente.

Em relação ao uso de EPI, os alunos destacaram a necessidade da supervisão mais rígida tanto da ins-tituição de saúde quanto de docentes e a disponibili-dade de todos os tipos nos locais de estágio.

Percebe-se que os docentes têm papel funda-mental na prevenção de acidentes com material bio-lógico e deveriam minimizar o estresse em campo de ensino prático, tornando o aluno mais seguro e aten-to na realização de atividades. As sugestões referen-tes à atuação do docente estavam relacionadas a re-forçar o uso de EPI sempre, orientar melhor os alunos antes de irem para campo prático, simular situações em que há risco de contaminação durante todo o cur-so, treinar melhor os estudantes com mais dificulda-de e acompanhar mais dificulda-de perto os iniciantes.

Entre alunos de enfermagem italianos, 42,5% dos acidentes ocorreram quando estes realizavam ativida-des práticas sem supervisão, o que reforça a importân-cia do docente, que segundo os autores, deveriam uti-lizar estratégias para redução do risco de exposição como simulações em laboratórios e adequado acompanha-mento das atividades em campo prático26.

As sugestões fornecidas por alunos de enferma-gem de uma instituição de ensino brasileira para pre-venir a ocorrência de acidentes e minimizar fatores de risco englobavam a orientação prévia para ativi-dades práticas; realização de campanhas, cursos, trei-namentos e palestras para alunos e profissionais; ter conhecimento da doença do paciente; incentivar uso de EPI; cobrar da instituição um compromisso res-ponsável; propaganda, marketing; abrir espaços de dis-cussões entre profissionais; manter profissionais atualizados; sensibilizar administração sobre riscos; conscientizar profissionais que acreditam não correr riscos; exigir material adequado da instituição; se comportar como educador20.

Os mesmos autores enfatizaram que a institui-ção de saúde como grupo social complexo envolve di-ferentes categorias profissionais, que diferem na forma de ver o mundo e atuam numa instituição com nor-mas, valores e culturas influenciados por determinantes sociais como o autoritarismo, valorização do modelo patológico e capitalista de gerência hospitalar.

(6)

Uma instituição de saúde ou ensino, quando não administrada corretamente, apresentando instalações precárias, improvisadas, mal adaptadas, com corpo técnico sem treinamento, pode ser considerada am-biente de alto risco, expondo equipe, paciente e a própria instituição27.

Em um estudo com profissionais da saúde de um hospital universitário brasileiro foram apontadas como sugestões para a prevenção de acidentes pres-tar mais atenção, ter mais orientação e descarpres-tar ade-quadamente os materiais. Um fato interessante é que 14(29,17%) trabalhadores referiram não ter suges-tões para prevenir acidentes, o que demonstra que esses profissionais acabam incorporando e aceitando as condições de risco como inerentes à profissão6.

Algumas limitações referentes ao presente estu-do necessitam ser levadas em consideração: o estuestu-do foi conduzido entre estudantes de Curso de Gradua-ção em Enfermagem de três instituições de uma cidade do interior paulista, o que pode limitar a generalização dos resultados para outras instituições de ensino; ape-sar do agendamento e retorno algumas vezes em sala de aula para se obter o maior número de participantes, 174(33%) alunos matriculados não responderam ao questionário. Por outro lado, a distribuição do questi-onário e a explicação anterior ao recebimento realiza-das sempre pelo mesmo pesquisador contribuíram para a padronização das informações fornecidas.

Na obrigação da proteção, treinamento e infor-mação dos estudantes de enfermagem, a universida-de universida-deve implementar programas que visem o conhe-cimento pelos alunos dos riscos aos quais estão ex-postos bem como a execução de procedimentos segu-ros para prevenir riscos emergentes que possam cul-minar nos acidentes aos que os jovens estão expostos antes mesmo de entrarem no mercado de trabalho23.

Trabalhador e aluno não são apenas executores de atividades, mas agentes que podem e devem cola-borar para identificação de situações de risco de aci-dentes e propor medidas para preservação de sua saú-de. Assim, quando estes são identificados, é dever das instituições assumir sua responsabilidade e trabalhar para minimizá-los6.

C

ONCLUSÃO

A

maioria dos

alunos apresentou esquema vacinal completo contra hepatite B, difteria e tétano; foi ori-entada sobre medidas de biossegurança antes do início das atividades práticas e acredita que existem fatores ambientais ou psicossociais que favorecem a ocorrên-cia de acidentes nos locais de estágio. As sugestões para prevenção de acidentes mais citadas foram a edu-cação permanente/continuada e o uso de equipamen-to de proteção individual e conscientização sobre seu uso. Este estudo permitiu que se apresentassem

algu-mas propostas para prevenção e controle de acidentes com material biológico entre estudantes de enferma-gem: inserir no currículo disciplina ou momentos es-pecíficos para abordar o tema; início de atividades prá-ticas após recebimento de informações necessárias para garantir segurança dos clientes e dos alunos e estes serem vacinados contra hepatite B; que os docentes recebam orientações específicas atualizadas sobre me-didas de prevenção e controle de riscos biológicos, para que tenham condutas adequadas e uniformes e tran-quilizem os alunos; que as instituições de saúde, cam-pos de ensino prático, realizem educação permanente de seus funcionários e revisem as condições de traba-lho, bem como o cumprimento das normas de biosse-gurança; que as instituições de ensino providenciem equipamentos de proteção individual suficientes e ade-quados para seus alunos.

A atenção das instituições de ensino e saúde deve estar voltada para as condições em que se dá o aprendizado do aluno em campo de ensino prático. O assunto não se esgota com este estudo. Percebe-se que o problema deve ser investigado e trabalhado nas diferentes realidades dos cursos de enfermagem para que se possa garantir redução de riscos aos estudantes e futuramente aos profissionais.

R

EFERÊNCIAS

1. Souza ACS. Risco biológico e biossegurança no cotidiano de enfermeiros e auxiliares de enfermagem [tese de doutora-do]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; 2001. 2. Reis RK, Gir E, Canini SRMS. Accidents with biological material among undergraduate nursing students in a public Brazilian university. Braz Journ Infec Dis. 2004; 8:18-24. 3. Garner JS. CDC: guideline for prevention of surgical

wound infections. Am J Infect Control. 1996; 14:71-82. 4. Centers for Disease Control and Prevention – CDC

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Rev Latino-Am Enfermagem 2006; 14:346-53.

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role of personal protective equipment and safety engineered devices. Journ Nurs Educ. 1997; 36:416-20.

mas propostas para prevenção e controle de acidentes com material biológico entre estudantes de enferma-gem: inserir no currículo disciplina ou momentos es-pecíficos para abordar o tema; início de atividades prá-ticas após recebimento de informações necessárias para garantir segurança dos clientes e dos alunos e estes serem vacinados contra hepatite B; que os docentes recebam orientações específicas atualizadas sobre me-didas de prevenção e controle de riscos biológicos, para que tenham condutas adequadas e uniformes e tran-quilizem os alunos; que as instituições de saúde, cam-pos de ensino prático, realizem educação permanente de seus funcionários e revisem as condições de traba-lho, bem como o cumprimento das normas de biosse-gurança; que as instituições de ensino providenciem equipamentos de proteção individual suficientes e ade-quados para seus alunos.

A atenção das instituições de ensino e saúde deve estar voltada para as condições em que se dá o aprendizado do aluno em campo de ensino prático. O assunto não se esgota com este estudo. Percebe-se que o problema deve ser investigado e trabalhado nas diferentes realidades dos cursos de enfermagem para que se possa garantir redução de riscos aos estudantes e futuramente aos profissionais.

R

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Referências

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