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Paulo Henrique Oliveira Pinto

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Academic year: 2021

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Paulo Henrique Oliveira Pinto

CULTIVO DE CAMARÃO MARINHO (Litopenaeus vannamei) EM SISTEMA BIOFLOCOS UTILIZANDO ÁGUA DOCE SALINIZADA – DESEMPENHO

ZOOTÉCNICO, ECONÔMICO E QUALIDADE NUTRICIONAL

Dissertação submetido(a) ao Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do título de mestre em aquicultura.

Orientador: Prof. Dr. Walter Quadros Seiffert

Florianópolis 2019

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Paulo Henrique Oliveira Pinto

Cultivo de camarão marinho (Litopenaeus vannamei) em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada – desempenho zootécnico, econômico e

qualidade nutricional

O presente trabalho em nível de mestrado foi avaliado e aprovado por banca examinadora composta pelos seguintes membros:

Prof. Walter Quadros Seiffert, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina

Prof. Kleber Campo Miranda Filho, Dr. Universidade Federal de Minas Gerais

Frank Beletinni, Dr.

Universidade Federal de Santa Catarina

Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi julgado adequado para obtenção do título de mestre em aquicultura

____________________________ Profa. Dr. Leila Hayashi Coordenadora do Programa

____________________________ Prof. Dr. Walter Quadros Seiffert

Orientador

Florianópolis, 20 de agosto de 2019.

WALTER QUADROS

SEIFFERT

Assinado de forma digital por WALTER QUADROS SEIFFERT Dados: 2019.08.30 09:54:24 -03'00'

Digitally signed by Leila

Hayashi:26459401888

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Este trabalho é dedicado a empreendedores, produtores, técnicos, pesquisadores e interessados

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a CAPES, ao CNPq, a FAPEU, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ao Programa de Pós-Graduação em Aquicultura (PPG-AQI), ao Laboratório de Camarões Marinho (LCM), ao Laboratório de Análises da UFSC (LABCAL) e a empresa de tecnologias em análises ambientais Alfakit®.

Agradeço a todos que de alguma forma contribuiu para realização desse trabalho, em especial ao Walter Quadros Seiffert, Kleber Campos M. Filho, Frank Belettini, João Lucas Rocha, Julianna Figueiredo e Ramon Carneiro.

O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil - (CAPES) - Código de Financiamento 001.

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RESUMO

A produção de camarão marinho se constitui uma importante fonte de renda e alimento para o Brasil e outros países. Aproximadamente 75% da produção nacional ocorrem em regiões litorâneas, através do uso de água oceânica e estuarina. Embora corresponda a apenas 25% dessa produção, diversos autores apontam os benefícios econômicos, sociais e ambientais do cultivo de camarão marinho em regiões afastadas do litoral. Aliando tecnologias de cultivo sem renovação e a adequação iônica da água (salinização), esse trabalho propõe um modelo de cultivo não dependente de fonte de água oceânica, estuaria ou de poços e açudes alcalinos. Neste estudo, através de um experimento, foi avaliado o desempenho zootécnico, econômico e nutricional do camarão marinho da espécie Litopenaus

vannamei cultivado em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada

artificialmente. Os tratamentos envolveram diferentes combinações entre o sal comercial da marca Instant Ocean® (IO) e sal preparado (SP) a partir de cloreto de sódio e outros minerais: TC – 20 IO; T1 – 10 IO, 10 SP; T2 – 5 IO, 15 SP; T3 – 1 IO, 19 SP (em g L-1). Foram utilizados 12 tanques circulares de 1000 L, povoados com juvenis de 1,1 ± 0,3 g, na densidade de 250 camarões m-3. Os dados de qualidade

de água e balanço iônico não apresentaram diferenças entre os tratamentos e se mantiveram dentro dos limites considerados adequados para a espécie. A produtividade foi superior no tratamento 1. O tratamento 2 obteve melhor custo benefício. O tratamento 3 não indicou viabilidade zootécnica. O cultivo de camarão marinho L. vannamei em sistema bioflocos utilizando água salinizada apresentou viabilidade econômica, desempenho similar ao cultivo utilizando água oceânica e não interferiu na qualidade nutricional do camarão.

Palavras-chave: Aquicultura. Camarão marinho. Litopenaus vannamei. Água salinizada. Bioflocos.

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ABSTRACT

Sea shrimp production is an important source of income and food for Brazil and other countries. Approximately 75% of national production occurs in coastal regions through the use of oceanic and estuarine water. Although it accounts for only 25% of this production, several authors point out the economic, social and environmental benefits of shrimp farming in remote areas. Combining non-renewal cultivation technologies and the ionic adequacy of water (salinization), this work proposes a cultivation model not dependent on oceanic water source, estuary or alkaline wells and dams. In this study, through an experiment, the zootechnical, economic and nutritional performance of Litopenaus vannamei marine shrimp cultivated in bioflocs system using artificially salinated freshwater was evaluated. The treatments involved different combinations between Instant Ocean® brand commercial salt (IO) and prepared salt (SP) from sodium chloride and other minerals: TC - 20 IO; T1 - 10 10, 10 SP; T2 - 510, 15 SP; T3 - 1010, 19 SP (in g L-1). Twelve 1000 L circular tanks were used, populated with juveniles of 1.1 ± 0.3 g, at a density of 250 shrimp m-3. Water quality and ionic balance data showed no differences between treatments and remained within the limits considered appropriate for the species. Productivity was higher in treatment 1. Treatment 2 was more cost effective. Treatment 3 did not indicate zootechnical viability. The cultivation of L. vannamei marine shrimp in biofloc system using salinized water showed economic viability, performance similar to the cultivation using oceanic water and did not affect the nutritional quality of the shrimp. Keywords: Aquaculture. Marine shrimp. Litopenaus vannamei. salinized water. Bioflocs.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tratamentos avaliados (em g L-1) no cultivo de camarão (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água salinizada artificialmente ... 14 Tabela 2 – Composição sal utilizado nos diferentes tratamentos que compôs o

experimento de cultivo de camarão (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água salinizada artificialmente (kg m-³ ou 1000 L-¹) ... 15 Tabela 3 – Qualidade de água durante a engorda dos camarões (L. vannamei),

cultivados por 63 dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente a partir de diferentes formulações ... 19 Tabela 4 – Balanço iônico durante a engorda dos camarões (L. vannamei)

cultivados por 63 dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente ... 20 Tabela 5 – Desempenho zootécnico dos camarões (L. vannamei) cultivados por

63 dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente ... 21 Tabela 6 – Custos para composição do sal nos diferentes tratamentos utilizados

na avaliação do cultivo de camarão (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente (R$ m-³) ... 21 Tabela 7 – Projeção de custo por quilogramas de camarão produzido (L.

vannamei) em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada

artificialmente ... 22 Tabela 8 – Composição centesimal dos camarões (L. vannamei) cultivados por 63

dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente ... 22

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FAO − Food and Agriculture Organization

ABCC − Associação Brasileira de Criadores de Camarão BFT − Biofloc Technology

I.O − Sal comercial Instant Ocean®

LCM − Laboratório de Camarões Marinhos UFSC − Universidade Federal de Santa Catarina LABCAL − Laboratório de Análises

ISO − International Organization for Standardization RDC − Resolução da Diretoria Colegiada

IAL − Instituto Adolfo Lutz

T°C − Temperatura em graus Celsius OD − Oxigênio dissolvido

pH – Potencial Hidrogeniônico SS – Sólidos sedimentáveis SST − Sólidos suspensos totais Na − Sódio

Mg − Magnésio Ca − Cálcio K − Potássio Dur − Dureza

Na:K – Relação sódio:potássio

Mg:Ca:K – Relação magnésio:cálcio:potássio R$ − Reais m-3– Metros cúbicos g − Grama kg − Quilograma L − Litros mL − Mililitros

A.M. – Água marinha % − Porcento

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 11 1.1 OBJETIVOS ... 13 1.1.1 Objetivo Geral ... 13 1.1.2 Objetivo Específicos... 13 2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 14 2.1 O EXPERIMENTO ... 14

2.2 SAL COMERCIAL E SAL PREPARADO ... 14

2.3 FERTILIZAÇÃO E POVOAMENTO ... 15 2.4 MANEJO DO CULTIVO ... 16 2.5 ANÁLISE DE ÁGUA... 17 2.6 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ... 17 2.7 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL ... 17 2.8 CUSTO DE PRODUÇÃO ... 18 2.9 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ... 18 3 RESULTADOS ... 19 3.1 QUALIDADE DE ÁGUA ... 19 3.2 BALANÇO IÔNICO ... 20 3.3 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ... 20 3.4 CUSTO DE PRODUÇÃO ... 21 3.5 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL ... 22 4 DISCUSSÃO ... 23

4.1 QUALIDADE DE ÁGUA E BALANÇO IÔNICO ... 23

4.2 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ... 24

4.3 CUSTO DE PRODUÇÃO ... 25

4.4 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E QUALIDADE NUTRICIONAL ... 26

5 CONCLUSÃO ... 28

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1 INTRODUÇÃO

A carcinicultura é uma atividade relativamente nova no Brasil, compreende 20% do setor aquícola (IBGE, 2017) e entre 2004 e 2015 manteve uma produção média de 73 mil toneladas de camarão marinho da espécie Litopenaeus vannamei (FAO, 2018).

O censo realizado pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) em 2013, mostrou que 75% da produção brasileira provém do uso de água oceânica e estuarina, e apenas 25% do uso de água de rios, poços e açudes (Rocha et al., 2013). Embora suporte três quartos da produção nacional, o avanço da carcinicultura nas zonas costeiras tem sofrido com a especulação imobiliária, rígida proteção ambiental e histórico viral (Valença, 2013). Uma alternativa que muitos países têm adotado é o cultivo em regiões interiores (Davis et al., 2002). Esse modelo tem mostrado algumas vantagens: segundo Valença (2003), o valor do hectare de terra nas imediações de um açude ou em local que disponha de lençol subterrâneo de água doce ou salobra pode custar 20 vezes menos do que o valor do hectare em áreas próximas ao mar. Boyd e Thunjai (2003) destacam a importância econômica que a carcinicultura continental tem para a China, Equador, Tailândia e Estados Unidos, evidenciando as vantagens de entregar camarão fresco nos principais centros de consumo; Valenzuela et al. (2002) coloca o cultivo continental como uma alternativa para uso de recursos hídricos, gerando renda para as comunidades locais, na medida que alivia a pressão por uso dos recursos costeiros.

Embora traga benefícios econômicos, sociais e até ambientais, o cultivo continental é dependente de uma fonte de água adequada, que garanta o crescimento e sobrevivência do camarão. Na Tailândia, o cultivo do L. vannamei é realizado através do transporte de água hiper-salina de lagoas costeiras de evaporação para viveiros continentais. No Alabama (Estados Unidos), bem como na região nordeste do Brasil, o cultivo longe da costa ocorre em regiões pontuais, e é possibilitado pela disponibilidade de água de poço dura e rica em carbonatos (Prapaiwong, 2011 e Cavalheiro et al., 2016).

Aliando tecnologias de cultivo sem renovação e a adequação iônica da água, o presente trabalho propõe um modelo de cultivo não dependente de fonte de água oceânica, estuarina ou de poços e açudes oligohalinos. Através de experimentação, buscou-se avaliar o desempenho zootécnico, econômico e a qualidade nutricional do

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camarão Litopenaus vannamei cultivado em bioflocos utilizando água doce, salinizada a partir de diferentes combinações entre o sal comercial da Instant Ocean® (I. O) e o sal preparado a partir minerais de baixo custo.

O bioflocos ou BFT (Biofloc Technology) é um sistema de cultivo sem renovação de água, onde uma rede microbiana composta por bactérias heterotróficas e quimioautotróficas “ciclam” a matéria orgânica proveniente das fezes e sobra de ração, transformando-a em compostos menos tóxicos e biomassa bacteriana, que podem ser consumidas pelo próprio camarão. Aliado a um eficiente sistema de aeração, o BFT permite produtividade acima de seis quilogramas de camarão por metro cúbico (Avnimelech, 2009; Wasielesky et al., 2013). Embora traga vantagens na produtividade como também na redução de efluente, o sistema de produção em bioflocos é considerado caro, pois requer aeração constante ao longo de todo cultivo (Wasielesky et al., 2013). Os custos impostos para a implantação e operação do sistema BFT podem não ser interessantes ao produtor que dispõe dos recursos necessários para o cultivo convencional, no entanto, esse modelo pode ser vantajoso quando existe um mercado consumidor no qual o cultivo convencional não alcança e/ou não explora.

Há disponível no mercado diversas marcas de sal, composto por uma mistura de minerais, com finalidade para uso em aquários, quando se deseja manter animais marinhos e não há acesso a água salgada. Parmenter et al. (2009), Atwood et al. (2003) e Sowers et al. (2005) constataram a eficácia do sal da marca Instant Ocean® no cultivo do camarão L. vannamei. O custo do sal comercial é elevado,

podendo sua aplicação na carcinicultura não ser economicamente viável. A busca por fontes de salinização de baixo custo é imprescindível para garantir viabilidade econômica à atividade.

O camarão marinho além de rico em proteínas, fornece uma série de ácidos graxos, vitaminas e minerais essências a saúde humana (Moura, 2004; Sriket et al., 2007). A avaliação da composição centesimal do camarão produzido em sistemas salinizados é importante para efeitos de comparação aos camarões pescados ou cultivados em água marinha.

O modelo proposto se justifica pelo fornecimento de camarão fresco em centros de consumo afastados centenas e milhares de quilômetros do mar, onde o camarão pescado e produzido no litoral só chega processado e/ou congelado.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Avaliar o cultivo de camarão marinho da espécie Litopenaus vannamei em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Avaliar diferentes combinações entre sal comercial e sal preparado a partir de minerais de baixo custo no cultivo de camarão em sistema bioflocos

• Avaliar o desempenho zootécnico e a qualidade nutricional dos camarões cultivados em sistema bioflocos utilizando água salinizada .

• Determinar o custo de produção e a viabilidade econômica do cultivo de camarão no modelo proposto.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 O EXPERIMETO

O experimento foi desenvolvido por 93 dias (30 dias de fertilização e 63 de cultivo) no Laboratório de Camarões Marinhos (LCM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foram utilizados 12 tanques circulares de 1000 litros (800 L de volume útil), equipados com termostato e aquecedor (800 W), aerador (blower + mangueira microperfurada), duas placas (50 x 50 cm) de substrato artificial (high-density 100% polyester, Needlona®), bandejas de arraçoamento e decantador.

O delineamento experimental foi desenvolvido a partir de três tratamentos teste e um tratamento controle, todos em triplicata. Os tratamentos (Tabela 1) envolveram diferentes combinações entre sal comercial e sal preparado a partir de minerais de baixo custo.

Tabela 1 - Tratamentos avaliados (em g L-1) no cultivo de camarão (L. vannamei) em

sistema bioflocos utilizando água salinizada artificialmente.

Tratamentos Sal comercial (SIO) Sal preparado (SP)

TC 20 0

T1 10 10

T2 5 15

T3 1 19

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados

Todos os tratamentos foram desenvolvidos em sistema bioflocos e salinidade 20 g L-1, próximo ao ponto isosmótico da hemolinfa do L. vannamei

(Castille J. et al., 1981). Um estudo desenvolvido por Gao et al. (2016) comparando diferentes salinidades (2, 10, 20 e 30 g L-1), indicou a salinidade 20 g L-1 como a de

maior conforto fisiológico ao L. vannamei, tendo relação positiva na taxa de crescimento e sobrevivência.

2.2 SAL COMERCIAL E SAL PREPARADO

O sal comercial utilizado foi da marca Instant Ocean®. Na composição do sal

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denominados macros constituintes (cloro, sódio, cálcio, potássio, magnésio e sulfato), que compõem 99,28% da água do mar (Segar, 2006). Para composição do sal preparado (20 g L-1) foi utilizado: 15,48 kg de sal grosso (cloreto de sódio) puro,

sem adição de iodo e/ou antiumectante; 3,92 kg de sulfato de magnésio hepta-hidratado, garantia de 9 % de magnésio; 6,42 kg de cloreto de cálcio granulado di-hidratado, garantia de 27 % de cálcio; e 4,08 kg de cloreto de potássio, garantia de 60 % de potássio. A quantidade de cada item foi calculada buscando manter as relações iônicas encontradas na água do mar, consideradas ideias para o cultivo do

L. vannamei (Boyd et al., 2002).

As unidades experimentais foram preenchidas com água de uso doméstico, fornecida pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN). Os itens que compôs o sal foram pesados de acordo com os valores calculados para cada tratamento (Tabela 2) e dissolvidos no respectivo tanque.

Tabela 2 - Composição sal utilizado nos diferentes tratamentos que compôs o experimento

de cultivo de camarão (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água salinizada artificialmente (kg m-³ ou 1000 L-¹). Itens TC T1 T2 T3 Sal grosso 0 7,740 11,611 14,707 Cloreto de cálcio 0 0,321 0,482 0,610 Cloreto de potássio 0 0,204 0,306 0,388 Sulfato de magnésio 0 1,958 2,937 3,720

Sal comercial I.O. 20 10 5 1,0

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados. Salinidade – 20 g L-1

2.3 FERTILIZAÇÃO E POVOAMENTO

As pós-larvas utilizadas (Speedline SPF®) foram adquiridas do laboratório

comercial Aquatec® e mantidas em cultivo bioflocos, na densidade de 2000

pós-larvas m-3 até atingirem o tamanho adequado para início da fase de engorda.

A fertilização pode ser definida como a fase de inicialização da comunidade microbiológica (bactérias heterotróficas) na água de cultivo. Essa teve início 30 dias antes do povoamento, através de uma adição única de 50g de ração em pó (40% proteína bruta) e adição diária de 4g de melaço dividida em duas aplicações,

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buscando ao final, atingir 200 mg L-1 ou mais de sólidos suspensos totais (SST).

(Avnimelech, 2009; Vilani et al., 2016)

Cinco dias antes do povoamento, 3000 camarões foram aclimatados de 35 g L-1 para 20 g L-1, divididos em dois tanques isolados, seguindo o protocolo

estabelecido por Van Wyk (1999). Cada unidade experimental (total = 12) foi povoada com 200 juvenis de 1,1 ± 0,3 g, correspondendo a uma densidade 250 camarões m-3.

2.4 MANEJO DO CULTIVO

A quantidade de ração diária foi calculada seguindo as relações propostas por Van Wyk (1999) e ofertada quatro vezes ao dia (08:00; 11:30; 15:00; 18:00 h). Uma hora após o arraçoamento eram checadas as bandejas, caso houvesse sobra, era cortado a oferta de ração posterior. Foi utilizada ração Guabitech Poti Mirim QS 40 J® para o camarão até 3 g, e ração Guabitech Poti Mirim QS 1,6 mm® dos 3 g até

atingirem o tamanho despescado (aproximadamente 12 g = peso padrão de comércio).

Foi adicionado melaço de cana duas vezes ao dia (11:00 e 17:00 h), calculado mediante a quantidade diária de ração e valores de amônia superiores a 1 mg L-1, obedecendo a relação de 6 g de carbono (C) para 1 g de nitrogênio

amoniacal (N-NH4+) (Samocha et al., 2017). Na quarta semana de cultivo a oferta de

melaço foi reduzida pela metade e não foi observado aumento da amônia. Na quinta semana foi suspensa a adição de melaço.

A quantidade de cal (hidróxido de cálcio) adicionada foi calculada de acordo com a diferença entre a alcalinidade lida e a alcalinidade desejada, multiplicado pelo volume de água do tanque. (Samocha et al., 2017). A correção da alcalinidade foi necessária a partir da sétima semana de cultivo, quando o sistema passou a ser dominado por bactérias quimioautotróficas e houve queda na alcalinidade (Avnimelech, 2009).

Quando os sólidos suspensos totais ultrapassavam o valor de 500 mg L-1 o

material particulado excessivo era retirado dos tanques através do uso de decantadores (Samocha et al., 2017). Cada tanque foi decantado pelo menos duas vezes ao longo do experimento.

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Temperatura (T°C) e oxigênio dissolvido (OD) foram medidos todos os dias, no período da manhã e da tarde, utilizando o oxímetro YSI modelo Pro20. A salinidade (salinômetro digital YSI modelo EC300A) foi medida duas vezes na semana, quando ultrapassava 20.5 g L-1 era adicionado água doce para correção.

2.5 ANÁLISES DE ÁGUA

Duas vezes por semana foram realizadas as análises de qualidade de água, envolvendo a leitura dos parâmetros de sólidos sedimentáveis (Avnimelech, 2009), sólidos suspensos totais, alcalinidade (Apha, 2005), nitrogênio amoniacal total e nitrito (Strickland & Parsons, 1972). Em três momentos (1°, 34° e 63° dia) do experimento foram feitas análises de nitrato, cloro, sódio, magnésio, cálcio (Apha, 2005) e potássio (Fries et al., 1977). As análises iônicas foram feitas utilizando o kit Balanço Iônico da Alfakit®.

2.6 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

Para correção da oferta de ração ao longo do cultivo, foram realizadas análises biométricas semanais, através de amostras de 20 camarões (10% da população), que após pesagem eram devolvidas ao respectivo tanque.

Após a despesca os camarões de cada tanque foram pesados e contados. Foi calculada a taxa de:

Peso médio final (g) = biomassa (g) / número final de animais

Ganho de peso semanal (gramas por semana) = {(peso médio final (g) – peso médio inicial (g)) / dias de cultivo * 7}

Produtividade (kg m-3) = biomassa despescada (g) / volume do tanque (m3)

Sobrevivência (%) = (número final de camarões / número inicial de camarões) *100 Fator de conversão alimentar = ração consumida (g) / ganho de biomassa (g)

2.7 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL

Após a despesca, 300 gramas de camarão de cada tratamento foram coletadas para análise da composição centesimal, bem como de animais cultivados em água oceânica (tanques externos) a partir do mesmo lote de pós-larvas. As

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amostras foram congeladas e posteriormente levadas ao Laboratório de Análises (LABCAL) da UFSC, onde foram realizadas as análises de proteína, carboidrato + fibra, colesterol, umidade, cinzas e lipídeos.

2.8 CUSTO DE PRODUÇÃO

O acumulo de nitrato é comum em cultivos BFT e segundo Kuhn et al, (2010) concentrações acima de 400 mg L-1 pode afetar o desempenho zootécnico do

cultivo.As informações de custo do sal por quilograma de camarão produzido foram projetadas para a capacidade máxima de produção utilizando a mesma água em cultivos subsequentes, tendo o nitrato em 400 mg L-1 como fator limitante. Os dados

de custos foram calculados através da relação entre a produtividade (kg m-3), nitrato

dissolvido na despesca (mg L-1 N-NO3), custo do sal (R$ m-3) e concentração

máxima recomendada de nitrato.

O custo total de produção foi calculado somando o custo da salinização e o custo de produção em sistema bioflocos, calculado por Rego et al. 2017, no qual inclui mão de obra, pós larvas, ração, insumos, eletricidade, depreciação e outros.

2.9 ANÁLISES ESTATÍSTICA

A homocedasticidade e normalidade dos dados foram testadas através dos testes Levene e Shapiro-Wilk. As médias foram comparadas utilizando ANOVA unifatorial e teste de Tukey. Quando não paramétricos, os dados foram avaliados através do teste de Kruskal-Wallis ANOVA. Todos os testes estatísticos foram avaliados com nível de significância P < 0,05, através do software STATISTICA versão 7.0.

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3 RESULTADOS

3.1 QUALIDADE DE ÁGUA

O pH e a amônia (N-NAT) foram maiores nos tratamentos 2 e 3 (Tabela 3). Salinidade, alcalinidade, sólidos suspensos totais (SST), sólidos sedimentáveis (SS), nitrito (N-NO2-) e nitrato (N-NO3) não apresentaram diferença entre os tratamentos.

Tabela 3 - Qualidade de água durante a engorda dos camarões (L. vannamei), cultivados

por 63 dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente a partir de diferentes formulações. Parâmetro Tratamento TC T1 T2 T3 Temperatura(°C) 28,9±0,6 29,1±0,6 29,2±0,6 29,1±0,6 (26,9−31,2) (27,1−31,4) (27,0−31,6 ) (27,6−31,6) O.D. (mg L-1) 6,0±1,4b 5,8±0,2c 5,9±0,2b 6,1±1,5a (4,9−6,7) (5,1−6,5) (5,0−6,6) (3,4−6,9) pH 8,0±0,2b 8,0±0,2b 8,1±0,2a 8,1±0,1a (7,6−8,3) (7,6−8,3) (7,6−8,3) (7,9−8,5) Salinidade (g L-1) 19,9±0,6 19,9±0,6 19,9±0,6 19,8±0,6 (18,3−21,1) (18,3−21,2) (18,4−21,1) (18,0−21,0) Alcalinidade (mg L-1) 182,7±50,6 176,2±52,6 187,1±63,9 188,6±56,4 (112,0−280,0) (108,0−276,0) (80,0−292,0) (84,0−288,0) SST (mg L-1) 386,8±137,4 411,1±154,7 424,9±158,9 402,7±145,7 (91,0−620,0) (121,0−622,0) (125,0−673,0) (131,0−647,0) SS (mL L-1) 13,7±6,6 15,0±6,2 15,8±7,1 13,9±5,8 (1,0−28,0) (0,5−25,0) (0,5−29,0 ) (1,0−23,0) Amônia (mg N-NAT L-1) 0,2±0,1b 0,2±0,2ab 0,3±0,2a 0,3±0,2a (0,0−0,7) (0,0−0,7) (0,1−1,4) (0,1−1,0) Nitrito (mg N-NO2 L-1) 1,0±1,2 1,0±1,0 1,3±1,3 0,7±0,8 (0,1−3,6) (0,1−4,7) (0,1−5,7) (0,0−2,9) Nitrato (mg N-NO3 L-1) 11,7±16,7 13,0±17,3 12,0±17,7 11,1±13,5 (0,0−37,5) (0,0−38,6) (0,0−39,6) (0,0−34,9)

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados. Letras sobrescritas indicam

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3.2 BALANÇO IÔNICO

Não houve diferenças entre os tratamentos para os íons avaliados (Tabela 4). A dureza e a concentração de magnésio foram superiores ao final do cultivo, enquanto o pH e o sódio foram inferiores. No tratamento controle, 1 e 3 foram encontradas concentrações de potássio inferiores ao final do cultivo. Houve decréscimo nos níveis de cálcio no tratamento controle e 2, e acréscimo no tratamento 1 e 3. A relação sódio potássio foi maior no tratamento controle e 1, e a relação magnésio, cálcio, e sódio foi maior no tratamento controle.

Tabela 4 - Balanço iônico durante a engorda dos camarões (L. vannamei) cultivados por 63

dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente.

Parâmetro Tratamento TC T1 T2 T3 Na+ (mg L-1) 6140,7±488,1 6371,0±507,1 6480,8±522,4 6348,2±460,9 (6559−6258) (6671−5786) (6787−5878) (6866−5982) Mg2+ (mg L-1) 676,5±115,3 568,1±94,5 509,0±96,3 466,1±91,7 (543−741) (518−677) (464−620) (431−570) Ca2+ (mg L-1) 295,7±79,7 250,9±25,3 215,3±43,5 238,6±60,0 (386−235) (222−266) (193−188) (175−247) K+ (mg L-1) 167,2±61,9 173,2±51,6 217,1±28,0 186,8±76,2 (175−102) (185−117 ) (186−226) (167−123) Dur (mg L-1) 3405,4±283,0a 2832,2±194,7b 2539,3±178,6b 2390,9±191,1b (3201−3286) (2684−3052) (2391−2737) (2212−2592) pH 8,0±0,3 8,1±0,6 8,2±0,5 8,2±0,7 (8,3−7,7) (8,7−7,7) (8,8−8,1) (9,0−7,7) Na:K 37 37 30 34 Mg:Ca:K 4:2:1 2:1:1 2:1:1 2:1:1

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados. Letras sobrescritas indicam

diferença estatística (p < 0,05). Dados médios ± desvio padrão (inicial e final). Dur – dureza

total (Ca2+ + Mg2+ ).

3.3 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

O tratamento 1 obteve maior produtividade e menor conversão alimentar, sendo nesse último parâmetro, similar ao tratamento controle (Tabela 5). O

(22)

21

tratamento 2, embora tenha obtido maior peso médio final e maior crescimento semanal, a sobrevivência foi menor, afetando negativamente a produtividade e a conversão alimentar. O tratamento 3 obteve desempenho inferior em todos os parâmetros.

Tabela 5 - Desempenho zootécnico dos camarões (L. vannamei) cultivados por 63 dias em

sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente.

Parâmetro Tratamento

TC T1 T2 T3

Sobrevivência (%) 81,7±1,8a 82,0±2,9a 56,0±7,9b 12,0±1,5c

Peso médio final (g) 10,5±0,3b 11,2±0,2b 12,8±0,3a 4,3±0,4c

Crescimento semanal (g sem-1) 1,0±0,0b 1,1±0,0b 1,3±0,0a 0,4±0,0c

Produtividade (kg m-3) 2,2±0,0b 2,4±0,1a 1,8±0,2c 0,2±0,0d

Fatr de conversão alimentar 1,8±0,0a 1,7±0,1a 2,4±0,3b 16,4±3,7c

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados. Letras sobrescritas indicam

diferença estatística (p < 0,05). Dados médios ± desvio padrão

3.4 CUSTO DE PRODUÇÃO

O sal comercial I.O foi o item de maior custo, representando 100%, 53%, 25% e 10% dos custos no tratamento controle, 1, 2 e 3 (Tabela 6). Cloreto de sódio foi o item de menor valor, seguido do sulfato de magnésio, cloreto de potássio e cloreto de cálcio.

Tabela 6 - Custos para composição do sal nos diferentes tratamentos utilizados na avaliação do cultivo de camarão (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente (R$ m-³)

Preço de custo (R$ kg-1) Tratamento TC T1 T2 T3 Sal grosso 0,44 0,00 3,41 5,11 6,47 Cloreto de cálcio 3,80 0,00 1,22 1,83 2,32 Cloreto de potássio 2,14 0,00 0,44 0,65 0,83 Sulfato de magnésio 1,90 0,00 3,72 5,58 7,07

Sal comercial I.O. 15,76 315,12 157,56 78,78 15,76

Total 315,12 166,34 91,95 32,44

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22

O custo da salinização foi maior no tratamento controle e menor no tratamento 3. O tratamento 2 obteve menor custo de produção, seguido do tratamento 1, controle e 3 (Tabela 7).

Tabela 7 - Projeção de custo por quilogramas de camarão produzido (L. vannamei) em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente.

Parâmetro Tratamento TC T1 T2 T3*** Produtividade* (kg m-3) 2,2 2,4 1,8 - Nitrato dissolvido* (mg L-1) 37,5 38,6 39,6 - Limite de produção** (kg m-3) 23,5 24,9 18,2 - Ciclos necessários** 10,7 10,4 10,1 - Custo salinização** (R$ kg-1) 13,43 6,69 5,06 - Custo total** (R$ kg-1) 27,20 20,46 18,83 -

TC – tratamento controle; T1, T2 e T3 – tratamentos avaliados. *dados do cultivo

experimental. **dados calculados. ***T3 não apresentou viabilidade zootécnica

3.5 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL

Os tratamentos controle, 1 e 2 apresentaram valores relativamente próximos em todos os parâmetros (Tabela 8). Carboidratos e fibras foi consideravelmente maior no tratamento 3. Colesterol e gordura foram maiores nos camarões cultivados em água salinizada. Umidade e cinza não apresentaram variações consideráveis.

Tabela 8 - Composição centesimal dos camarões (L. vannamei) cultivados por 63 dias em sistema bioflocos utilizando água doce salinizada artificialmente.

Parâmetro Tratamentos TC T1 T2 T3 A.M. Proteína (g 100g-1) 17,08 18,31 17,47 12,34 16,6 Carboidratos+Fibra (g 100g-1) 0,81 1,62 1,68 12,04 2,77 Colesterol (mg 100g-1) 192 107,7 130,3 121,4 71,4 Umidade (g 100g-1) 76,7 74,97 76,34 71,88 76,29 Cinzas (g 100g-1) 2,9 3,12 2,77 2,81 3,05 Gordura (g 100g-1) 2,58 1,98 1,74 0,69 1,53

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23

4 DISCUSSÃO

4.1 QUALIDADE DE ÁGUA E BALANÇO IÔNICO

Temperatura, oxigênio dissolvido, pH, alcalinidade, sólidos suspensos totais, sólidos sedimentáveis, amônia, nitrito e nitrato ficaram dentro das faixas consideradas adequadas para o cultivo do L. vannamei. (Samocha et al., 2017; Van Wyk, 1999; Kuhn et al., 2010b).

Sólidos sedimentáveis e sólidos suspensos totais apresentaram média ligeiramente acima dos valores considerados ideais para o cultivo de L. vannamei em sistema bioflocos; 10 a 14 ml L-1 e 250 350 mg L-1 respectivamente. (Samocha et

al., 2017; Schveitzer et al., 2013).

Piérri et al. (2014) verificaram decréscimo no pH da água nos tratamentos que apresentaram menor alcalinidade. O ligeiro decréscimo no pH dos tratamentos controle e 1, provavelmente está relacionado à alcalinidade, que embora não tenha mostrado diferença estatística, o valor foi menor nesses tratamentos.

O material orgânico presente na sobra de ração se torna um substrato para bactérias heterotróficas, que metabolizam a proteína, transformando-a em nitrogênio amoniacal (Van Wyk, 1999). A leve diferença na amônia entre o tratamento controle e 1, e o tratamento 2 e 3, ocorreu pela maior taxa de mortalidade nos tratamentos 2 e 3, e consequente sobra de ração ao longo do cultivo.

A dureza total da água é definida pela presença de sais alcalino-terrosos, predominantemente catíons de cálcio e magnésio (Szikszay, 1993). O maior nível de dureza encontrada nos tanques do tratamento controle está relacionada com a maior concentração de magnésio encontrada nesse tratamento.

Em todos os tratamentos as relações de Na:K ficaram acima, e a de Mg:Ca:K próximas as relações encontradas na água do mar (28:1 e 3:1:1), verificadas por Boyd et al. (2002) como as ideias para cultivo do L. vannamei. Zhu et al. (2004) compararam diferentes relações de Na:K e Sowers et al. (2005) diferentes relações de Ca:K no cultivo do camarão L. vannamei em água salinizada. Para relações iônicas encontradas nos diferentes tratamentos avaliados neste trabalho, não foram verificados por estes autores, diferenças no desempenho zootécnico comparativamente aos camarões cultivados nas mesmas relações da água oceânica.

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24

Os íons presentes na água mostram variação na solubilidade, no qual é controlado pela temperatura, pressão e pH (Szikszay, 1993). A quantidade de sódio dissolvido apresentou tendência de decréscimo ao longo do tempo e pode estar relacionado com a redução no pH ou com a atividade microbiológica na água.

4.2 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

Em relação a taxa de sobrevivência e crescimento semanal, os resultados obtidos nesse trabalho não foram inferiores a resultados obtidos por Rodrigues et al. (2018), Rego et al. (2017), Wasielesky et al. (2013), Gao et al. (2012) e Krummenauer (2011).

Pinheiro et al. (2017), utilizando as mesmas estruturas, genética, sistema e densidade de cultivo, porém com água oceânica, obtiveram: 72% de sobrevivência, 1,0 g sem-1 de crescimento semanal médio, 2,1 kg m-3 de produtividade e fator de

conversão alimentar de 1,7. Resultados próximos aos encontrados nesse trabalho (tratamento controle, 1 e 2).

O decréscimo na sobrevivência e produtividade no tratamento 2 e 3 está relacionado com o decréscimo da quantidade do sal comercial. Os resultados de balanço iônico e qualidade de água evidenciaram que em todos os tratamentos os parâmetros analisados estavam dentro ou próximos aos limites adequados ao cultivo do L. vannamei em sistema BFT. O sal preparado de baixo custo, no qual compôs 50% do tratamento 1, 75% do tratamento 2 e 95% do tratamento 3, supriu os macros minerais que constitui 99,28% da água do mar (tabela 5). Os outros 0,72% provém de minerais micros constituintes, em quantidades na ordem 1 a 100 mg L-1, e

elementos traços em quantidades inferiores a 1 mg L-1 (Segar, 2006). O sal

comercial Instant Ocean® fornece uma série de microconstituintes e minerais traços

que não entraram na formulação do sal preparado (Atkinson e Bingman, 1996). A falta desses elementos provavelmente está relacionada com a queda nas taxas de sobrevivência do tratamento 2 e desempenho zootécnico do tratamento 3 (Van Wyk, 1999; Samocha et al., 2017).

Os resultados zootécnicos obtidos no tratamento 3 indicaram que a formulação de um sal baseado apenas nos macros constituintes da água do mar não atende as necessidades do camarão. Os microelementos e minerais traços não foram adicionados no sal preparado pois o objetivo do trabalho foi buscar uma forma

(26)

25

de salinização simples e de baixo custo. Parmenter et al. (2009) desenvolveram um experimento similar ao desenvolvido nesse trabalho, na densidade de 100 camarões m-3, salinidade 15 g L-1 e obteve resultado diferente desse trabalho. Os autores

compararam o cultivo do camarão L. vannamei a partir de uma água doce salinizada com sal comercial I.O e outra com sal preparado, composto por cloreto de sódio, cloreto de magnésio, sulfato de magnésio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio e bicabornato de sódio, no qual não incluiu microconstituintes e/ou minerais traços. Parmenter et al. (2009) relataram sobrevivência acima de 80%, crescimento semanal de 1,04 g e produtividade de 1,03 kg m-3 em todos os tratamentos, concluindo que o

sal preparado, fornecendo apenas os macros constituintes, pode ser utilizado para cultivo de camarão marinho sem prejuízo no desempenho zootécnico.

4.3 CUSTO DE PRODUÇÃO

O acumulo de nitrato é comum na água de cultivo em sistema bioflocos, a projeção de custo foi moldada para o uso limite da água tendo o nitrato como fator limitante. Kuhn et al., (2010) desenvolveu um estudo na salinidade 30 g L-1, e

verificou que níveis de nitrato abaixo de 400 mg L-1 não afeta o desempenho dos

camarões. O experimento foi desenvolvido em 20 g L-1, podendo para essa

salinidade haver alterações na concentração recomendada.

A partir dos dados de nitrato dissolvido na despesca e produtividade, pode-se estipular que é possível produzir entre 18,2 kg (T2) e 24,9 kg (T1) de camarão ao longo de 10 a 11 ciclos, utilizando a mesma água, sem prejuízos no desempenho zootécnico dos camarões devido ao acumulo nitrato (400 mg L-1) (Kuhn et al., 2010).

O preço de venda do camarão no atacado varia entre 32,00 e 38,00 R$ kg-1

(CEASA-RJ, 2019; CEASA-ES, 2019; CEAGESP, 2019). Em todos os tratamentos, o custo de produção ficou abaixo do valor de venda fornecido pelas organizações citadas. No tratamento 2, no qual obteve melhor relação custo benefício, a média do preço de venda ficou 16,17 R$ kg-1 acima do custo de produção, correspondendo a

85,9% de lucratividade. Segundo Rego et al., 2017, o investimento para implementar um projeto de 1 hectare de lâmina d’agua para produção de camarão em sistema BFT é de 485.992,15 reais (valor corrigido pela inflação para 03/2019). A partir da produtividade obtida no tratamento 2, pode-se estipular uma produção anual de 7,2 toneladas de camarão em 1 hectare de lâmina d’agua. De acordo com os dados de

(27)

26

custo obtidos e o preço médio de venda do camarão nas instituições citadas, essa produção corresponde um lucro mensal de 9771,50 reais, uma rentabilidade anual de 24,6% e um prazo de retorno do investimento de aproximadamente 4 anos e 1 mês.

Embora não há organizações que forneça o preço de venda do camarão fresco em centros de consumo no interior do país, devido à falta de oferta, o valor de venda praticado pode ser consideravelmente maior, refletindo positivamente nos índices econômicos citados acima.

4.4 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E QUALIDADE NUTRICIONAL

Os tratamentos controle, 1 e 2 apresentaram valores relativamente próximos em todos os parâmetros. Excluindo o tratamento 3, que não indicou viabilidade zootécnica e comparando a média dos camarões dos tratamentos com água salinizada aos camarões cultivados em água oceânica, pode-se verificar que os níveis de proteína, umidade e cinza não apresentaram variações consideráveis, enquanto os níveis de carboidratos + fibras foram duas vezes maior no camarão cultivado em água marinha, e colesterol e lipídeos duas e 1,4 vezes menor.

Freygang et al., (2012) tabelaram 12 composições centesimais de camarões, incluindo os da espécie L. vannamei, fornecidas por diferentes autores. O nível de proteína nas diferentes composições variou de 10,62 a 21,2 g 100g-1. Os valores

encontrados nesse trabalho, tanto para os camarões cultivados em água salinizada como em água marinha ficaram dentro dessa faixa. O teor de lipídeos variou de 0,8 a 1,8 g 100g-1, estando os camarões do tratamento controle e 1 acima, do

tratamento 2 dentro, e do tratamento 3 abaixo dos valores referência.

Comparativamente as composições centesimais disponibilizadas por Freygang (2012) e aos camarões cultivados em água oceânica, os camarões cultivados em água salinizada (tratamento controle, 1 e 2) indicaram maiores níveis de colesterol e lipídeos. Embora evitados na alimentação humana, o acréscimo no teor de gordura nos camarões cultivados em água salinizada pode não ser prejudicial à saúde, uma vez que o camarão L. vannamei, assim como outros animais de origem marinha, apresentam alta proporção de ácidos graxos poli-insaturados (Martin et al., 2006).

(28)

27

Embora não foi encontrado dados na bibliografia, o tratamento 3 apresentou menor concentração de proteína e maior concentração de carboidratos e fibras, podendo esses parâmetros estar relacionado com alguma forma de stress fisiológico.

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28

5 CONCLUSÃO

Embora não tenha sido desenvolvido um tratamento utilizando água marinha, os dados de referência indicaram que o cultivo de camarão marinho L.

vannamei em sistema bioflocos utilizando água salinizada a partir de sal comercial,

cloreto de sódio e outros minerais de baixo custo apresentou viabilidade zootécnica e desempenho similar ao cultivo padrão utilizando água marinha. O custo de produção ficou abaixo do preço de venda praticado nos principais centros de consumo do sudeste do país, apontando viabilidade econômica a atividade. Adicionalmente, o camarão produzido a partir do modelo proposto não apresentou perda em nenhum nutriente analisado, evidenciando que o cultivo em água salinizada não prejudicou a qualidade nutricional do camarão.

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