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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL- HABILITAÇÃO EM EDIFÍCÍOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

ADEQUAÇÃO DE UMA RESIDÊNCIA MINHA CASA MINHA VIDA PARA OBTENÇÃO DO SELO CASA AZUL

FERNANDA DIAS DA SILVA

Juazeiro do Norte – CE 2017

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FERNANDA DIAS DA SILVA

ADEQUAÇÃO DE RESIDÊNCIAS POPULARES PARA OBTENÇÃO DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL CASA AZUL

Projeto apresentado ao Curso de Tecnologia da Construção Civil em Edificações da Universidade Regional do Cariri - URCA como requisito para conclusão de curso.

Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Sabiá

Juazeiro do Norte – CE 2017

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Silva, Fernanda Dias da.

Adequação de uma residência Minha Casa Minha Vida para obtenção do Selo Casa Azul/ Fernanda Dias da Silva – Juazeiro do Norte: URCA/ Centro de Ciências e Tecnologia - 2017.

50p. il.

Orientador: Rodolfo José Sabiá.

Monografia (Curso de Tecnologia da Construção Civil) – Universidade Regional do Cariri/ Centro de Ciências e Tecnologia.

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FERNANDA DIAS DA SILVA

ADEQUAÇÃO DE RESIDÊNCIAS POPULARES PARA OBTENÇÃO DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL CASA AZUL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Tecnólogo em Construção Civil em Edifícios e aprovado em sua forma final pelo Curso de Tecnologia da Construção Civil, da Universidade Regional do Cariri.

Juazeiro do Norte, _______ de __________________ de 2017.

_____________________________________________________________ Prof. Pós Dr. Rodolfo José Sabiá. (Orientador)

Universidade Regional do Cariri

_____________________________________________________________ Prof. Dr. Renato Fernandes de Oliveira. (Examinador)

Universidade Regional do Cariri

_______________________________________________________________ Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho. (Examinador)

Universidade Regional do Cariri

Juazeiro do Norte – CE 2017

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RESUMO

Ao longo dos anos a questão ambiental vem sendo inserida em vários setores, inclusive na construção civil, pois essa atividade esta entre as que mais consomem recursos naturais. Diante disso, foi desenvolvida estratégias para minimizar os impactos dessa atividade ao meio ambiente. Uma das estratégias é à certificação ambiental que tem a finalidade de reconhecer projetos que incorporam soluções sustentáveis. O programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), entregou 781 casas na Cidade de Juazeiro do Norte com impactos ambientais significativos. Pensando nisso, o trabalho tem como objetivo analisar uma residência Minha Casa Minha Vida (MCMV) que atende alguns requisitos de sustentabilidade e verificar quais requisitos ausentes a ser atendido para adquirir o selo sustentável CASA AZUL, certificação desenvolvida para o âmbito brasileiro. Na metodologia foi elaborado um checklist e entrevistas com os empregados , concluindo que s categorias Qualidade do entorno atendeu a todos os critérios (100%), enquanto projeto e conforto, eficiência energética e gestão da água atenderam respectivamente 25%, 33% e 33%. As categorias conservação dos recursos naturais e práticas social não alcançaram nenhum critério.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES:

Figura 1- Certificações ... 11

Figura 2: Logomarca Selo Casa Azul ... 17

Figura 3: Zonas bioclimáticas ... 24

Figura 4: Símbolo PROCEL e lâmpada de baixo custo ... 30

Figura 5: Localização do RMC e empreendimento. ... 36

Figura 6:Pavimentação e local para recreação... 38

Figura 7: Planta baixa MCMV ... 39

Figura 9: Mapa de localização de comercio e serviço público. ... 44

Figura 10: Praça localizada no empreendimento ... 45

(7)

LISTA DE QUADROS

Quadro: 1: Dimensões avaliadas ... 15

Quadro 2: Benefícios da adesão do selo LEED... 15

Quadro 3:Critérios do Selo Casa Azul ... 18

Quadro 4: Classificação Climática ... 25

Quadro 5: Desempenho térmico - vedações ... 25

Quadro 6: Paredes e cobertura apropriada ... 26

Quadro 7:Tipologias – paredes ... 27

Quadro 8:Tipologias – coberturas ... 27

Quadro 9: Desempenho térmico ... 28

Quadro: 10:Tipos de paredes externas, aberturas e de coberturas ... 29

Quadro 11:Estratégia de conforto ... 29

Quadro 12: Checklist do empreendimento ... 37

Quadro: 14 Checklist ... 40 Quadro 15:Categorias e critérios para obtenção do selo CASA AZUL- BRONZE . 41

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SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ... 10 1.1 Justificativa ... 11 1.2 Objetivos ... 12 1.2.1 Objetivo geral ... 12 1.2.2 Objetivos específicos ... 12 2.CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ... 13 2.1 Certificação ... 13

2.2 LEED for homes ... 14

2.3 Selo CASA AZUL ... 16

2.4 Qualidade do entorno ... 19

3.CATEGORIAS SELO CASA AZUL ... 21

3.1 Projeto e conforto ... 21

3.1.1 Paisagismo ... 22

3.1.2 Local para Coleta Seletiva ... 22

3.1.3 Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos. ... 23

3.1.4 Desempenho Térmico - Vedações ... 23

3.1.5 Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos ... 29

3.2 Eficiência energética ... 30

3.2.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas ... 30

3.2.2 Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns ... 31

3.2.3 Medição Individualizada - Gás ... 31

3.3 Conservação de recursos materiais ... 31

3.3.1 Qualidade de Materiais e Componentes ... 31

3.3.2 Formas e Escoras Reutilizáveis ... 32

3.3.3 Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) ... 32

3.4 Gestão da água ... 33

3.4.1 Medição Individualizada – Água ... 33

(9)

3.5 Práticas sociais ... 34

3.5.1 Educação para a Gestão de RCD ... 34

3.5.2 Educação Ambiental dos Empregados ... 35

3.5.3 Orientação aos Moradores ... 35

4.METODOLOGIA ... 36

4.1 Delimitação da área de estudo ... 36

4.2 Coleta de dados ... 36

5.RESULTADOS ... 40

5.1.1 Qualidade urbana ... 43

5.1.2 Projeto e conforto... 44

5.1.3 Conservação de recursos materiais... 45

5.1.4 Eficiência energética ... 46

5.1.5 Gestão da água ... 46

5.1.6 Práticas sociais ... 46

5.2 Percentual de atendimento das edificações a certificação ... 47

6.CONCLUSÃO ... 48

(10)

1 INTRODUÇÃO

A história da construção civil fundamenta-se na perspectiva de várias tendências e mudanças para o setor da indústria, porque é uma prioridade na alocação dos recursos escassos da economia e fortalecimento do setor social devido a grande geração de empregos (OLIVEIRA e OLIVEIRA, 2012). Tendo relação direta com o desenvolvimento econômico, favorece a elevação do PIB no país.

Porém o desenvolvimento de cidades e a crescente ampliação das áreas urbanas têm contribuído para o aumento significativo nos impactos ambientais. Estima-se internacionalmente que entre 40% e 75% dos recursos naturais existentes são consumidos por esse setor, resultando assim em uma enorme geração de resíduos. Só no Brasil, a construção gera cerca de 30% do total de resíduos da indústria e utiliza matérias primas não renováveis (Neutralize carbono,2016).

Diante destes aspectos negativos, surgiu a necessidade de assumir uma posição sustentável, inserindo medidas, objetivando reduzir tais impactos. A agenda 21 definiu o termo Construção Sustentável, como: "Um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica” (CIB, 1999).

Na questão prática, o modo de comprovar que tais metas estão sendo atendidas é pela utilização da certificação ambiental sustentável, que se obtém quando as construtoras atendem a certos requisitos em questões sustentáveis imposto por cada certificação.

Visando isso, vários países desenvolveram suas próprias metodologias para avaliação e certificação ambiental das edificações. Atualmente as certificações que se destacam são: Método de Avaliação Ambiental do Building Research Establishment (BRE) da Inglaterra, Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente (LEED) dos Estados Unidos, Desafio da Construção Sustentável (GBC) que pertence a um consórcio de vários países, Alta Qualidade Ambiental (HQE) da França e, Sistema de Avaliação de Eficiência Ambiental para Construção (CASBEE) do Japão e o Conselho de construção sustentável Alemanha (DGN) e Casa Azul, no Brasil (Figura 1).

(11)

Figura 1- Certificações

Fonte: Autor, 2017

O impacto ambiental de um país é singular, pois, desenvolve uma estrutura industrial e de consumo distintos. É notório que o impacto ambiental dos países em desenvolvimento é menor que o dos países industrializados afetando a geração per capita de CO2. Segundo Stachera Junior (2008) afirma que:

Poluição atmosférica gerada pela construção civil: para cada tonelada de cimento produzido são gerados 600 kg de co² na natureza; para cada tonelada de aço produzido são gerados 2500 kg de co² na natureza; 5% das emissões diretas de co² do planeta é gerado pela construção civil e outros 25% indiretos.

No Brasil os selos atendem as exigências do próprio país, Bueno (2010), por isso propõe que adaptações devem ser feitas com relações a questões geográficas, climáticas, culturais, e normativas.

O GBC Brasil destaca que as construções sustentáveis têm conseguido reduzir em torno de 30% o consumo de energia dentro da edificação, de 30% a 50% o consumo de água, e conseguem reduzir também em cerca de 60% a 80% a gestão de resíduos, que são gerados durante todo o empreendimento (GBC Brasil, 2013), mostrando a eficiência da certificação.

O selo CASA AZUL foi proposto para habitações residenciais brasileiras, tendo como base de avaliação seis categorias e 53 critérios: a qualidade urbana (5 critérios), projeto conforto (11 critérios), eficiência energética (8 critérios), conservação de recursos materiais (10 critérios), gestão de água (8 critérios) e práticas sociais (11 critérios).

1.1 Justificativa

O cenário construtivo em Juazeiro do Norte se mostra favorável mesmo diante da crise enfrentada pelo país, voltar atenção a esse setor englobando fatores ambientais torna-se importando, pois se constatou que, esta atividade gera em torno de 1 tonelada de resíduos sólidos por mês no município (Portal resíduo, 2006).

(12)

O programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), pretende entregar 781 casas na Cidade de Juazeiro do Norte com previsão de impactos ambientais significativos (Diário do Nordeste, 2016).

Salientando que esses impactos não são gerados apenas na fase construtiva, mas ao longo do tempo da utilização da edificação. Nesse, sentido a implantação de construções sustentáveis poderia minimizar os problemas ao longo do seu ciclo de uso.

Desenvolvido pela CAIXA, o selo casa azul é um selo sustentável criado para habitações brasileiras, visando residências com melhor desempenho energético, consumo eficiente, maior conforto térmico e ambiente interno saudável, utilizando menos recursos naturais, evitando o desperdício e melhorando o planejamento das construções de forma a reduzir a perda financeira, resultando na valorização do imóvel. Este selo certificou residências nos estados de Piauí (24), São Paulo (1.029), Santa Catarina (115), Minas Gerais (32), Rio de Janeiro (32), Pernambuco (131) e Espírito Santo (62) não havendo nenhum registro no Ceará. Este trabalho busca revelar as possíveis limitações do selo CASA AZUL nos dias atuais e avaliar uma edificação de padrão popular quanto aos critérios para sua certificação ambiental.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Analisar a adequação de popular quanto aos requisitos de construções sustentáveis e indicar as alterações necessárias para obtenção da certificação ambiental CASA AZUL.

1.2.2 Objetivos específicos

 Fazer um diagnóstico da edificação, objeto de estudo, quanto aos critérios de construções sustentáveis preconizados pela certificação Casa Azul;

 Indicar as intervenções a serem realizadas na edificação para obtenção da certificação Casa Azul.

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2 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A sustentabilidade começou a ser abordada no âmbito construtivo na década de 70, que ficou marcada pela crise do petróleo, afetando os países que utilizavam essa matéria como fonte de energia. Diante disso, foi discutido intervenções para minimizar esse problema, propondo edifícios com maior eficiência energética.

A Conferência das Nações Unidas foi realizada em Estocolmo em 1972 visando elaborar propostas para minimizar as problemáticas ambientais, nesse contexto a Agenda 21 abordou os conceitos, aspectos e desafios expostos pelo desenvolvimento sustentável para a construção civil, destacando a Construção sustentável, como: ’’Um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica’’. (CIB, 1999).

Para uma construção ser considerada sustentável, é necessário apresentar estratégias para mitigar os impactos ambientais, pois o Conselho Internacional da Construção-CIB concluiu que a indústria da construção é o setor com maior consumo de recursos naturais e energia, provocando notáveis impactos ambientais. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. (BRASIL, 2017).

Tais estratégias incluem: aproveitamento da condição natural do local onde será implantada a obra, implantação e analise do entorno (paisagem, temperatura, ventilação.), uso de materiais, redução do consumo de energia, reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos sólidos.

Para atestar que esses parâmetros estão sendo atendidos pelo empreendimento foi desenvolvido a certificação ambiental, este tem se mostrado eficiente, pois reduzem os impactos significativamente.

2.1 Certificação

A certificação teve origem no âmbito internacional, a primeira certificação conhecida foi o Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), desenvolvida pela Building Research Establishment (BRE), na década de 90, tendo como objetivo integrar o novo conceito de sustentabilidade de uma forma sistemática no desenvolvimento dos projetos e na construção dos edifícios.

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No Brasil o selo casa azul representa a certificação nacional, bem elaborada, traz aspectos comuns entre as certificações além de se preocupar com a conscientização dos moradores e empregados. Porem a certificação mais requisitada é o LEED.

A certificação é uma avaliação da qualidade da edificação, baseada em critérios específicos, estabelecidos com capacidade, conhecimento e estrutura para avaliar os projetos sustentáveis.

O investimento para obter uma residência sustentável é elevado comparado a uma residência comum, havendo retorno financeiro em longo prazo, pois influi na redução dos custos operacionais, refletindo no aumento da qualidade de vida dos usuários além de valorizar o imóvel.

Em um processo de certificação, cada empresa estabelece seus próprios critérios de avaliação, que devem ser atendidos pela edificação, pode-se dizer que o objetivo maior de uma certificação é a conscientização de todos os envolvidos no processo construtivo da importância em reduzir o impacto ambiental gerado pelo empreendimento.

2.2 LEED for homes

A certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um selo sustentável, apresentado em 1993 pela USGBC (United States Green Building Council), tem como objetivo certificar edifícios que aderem as práticas sustentáveis. E desenvolveu a categoria LEED for homes que tem como objetivo certificar casas que atenda aos requisitos sustentáveis.

Para que um imóvel receba a certificação LEED pela organização americana USGBC (United States Green Building Council) é necessário cumprir pré-requisitos e créditos comprovando a adoção de práticas de sustentabilidade ambiental, creditados ao projeto de acordo com a recomendação estabelecido pelo sistema LEED. O nível da certificação é definido conforme a quantidade de pontos atingidos na avaliação das oito categorias, podendo variar de nível Certificado, Prata, Ouro ou Platina.

A certificação LEED apresenta oito categorias com pré-requisitos e créditos. Os Pré-requisitos são requisitos mínimos obrigatórios, a serem atendidos pelo projeto para que o mesmo tenha direito a acumulação de pontos para certificação, caso não sejam

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atendidos o projeto não poderá ser certificado. O quadro 1 apresenta a pontuação máxima de cada dimensão avaliada.

Quadro: 1: Dimensões avaliadas Implantação

25 Uso Racional da Água

12 Energia e Atmosfera

28

Materiais e Recursos 15

Qualidade Ambiental Interna 15

Requisitos Sociais 3

Inovação e Projeto 10

Créditos Regionais 2

Fonte: LEED, 2017

O quadro 2 apresenta os benefícios que a adesão da certificação proporciona nos aspectos econômico, social e ambientais.

Quadro 2: Benefícios da adesão do selo LEED

Econômicos Diminuição dos custos operacionais

Diminuição dos riscos regulatórios

Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento Aumento na velocidade de ocupação

Aumento da retenção

Modernização e menor obsolescência da edificação Sociais

Melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes Inclusão social e aumento do senso de comunidade

Capacitação profissional

Conscientização de trabalhadores e usuários

Aumento da produtividade do funcionário; melhora na recuperação de pacientes (em Hospitais); melhora no desempenho de alunos (em Escolas); aumento no ímpeto de compra de consumidores (em Comércios).

Incentivo os fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais Aumento da satisfação e bem estar dos usuários

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Estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável Ambientais

Uso racional e redução da extração dos recursos naturais Redução do consumo de água e energia

Implantação consciente e ordenada

Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas

Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental

Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação. Fonte: (LEED, 2017)

2.3 Selo CASA AZUL

Proposto pela Caixa Econômica Federal, em 2010, o Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental de projetos de empreendimentos habitacionais, o primeiro selo adaptado para a realidade brasileira. Identifica empreendimentos que adotam soluções mais eficientes em relação ao processo construtivo, no uso, na ocupação e manutenção das edificações, incentivando o uso racional de água, energia, a melhoria da qualidade da habitação e de seu entorno (Casa Azul, 2010).

Podem se candidatar-se ao Selo as empresas construtoras, o Poder Público, empresas públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades representantes de movimentos sociais sua adesão é voluntaria (Casa Azul, 2010).

O primeiro passo para obtenção do selo consiste em apresentar o projeto para análise de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), juntamente com toda a documentação e informações técnicas que comprovem o preenchimento dos requisitos do selo. De acordo com a CEF, o projeto é analisado, tendo que possuir os seguintes pré–requisitos:

 Atender às regras dos programas operacionalizados pela CEF de acordo com a linha de financiamento ou produto de repasse;

 Projetos aprovados pela Prefeitura;

 Declaração de viabilidade de atendimento das concessionárias de água e energia, Alvará de construção, Licença ambiental;

 Demais documentos necessários à legalização do empreendimento;

 Os projetos candidatos ao Selo devem atender às regras da Ação Madeira Legal;

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 Documento de Origem Florestal (DOF) e a declaração informando o volume, as espécies e a destinação final das madeiras utilizadas nas obras;

 Em relação à acessibilidade, o projeto deve prever o atendimento à NBR 9050, além de atender ao percentual mínimo de unidades habitacionais adaptadas, conforme legislação municipal ou estadual;

 No caso de ausência de legislação específica, os empreendimentos devem contemplar o percentual mínimo de 3% de unidades habitacionais adaptadas;  Ao elaborar o projeto e especificar os serviços e materiais previstos para a

construção do empreendimento, o proponente deverá atender às normas técnicas vigentes sempre que houver norma da ABNT específica sobre o assunto;

Após aprovação, a CEF informa o nível do selo alcançado e, no ato da contratação, emite o atestado de concessão do selo, durante a obra, a Caixa verificará o atendimento aos critérios.

O Selo Casa Azul está dividido em seis categorias de preocupações socioambientais, organizados em 53 ações que são consideradas critérios de avaliação (Quadro 3) que serão levadas em consideração na avaliação do empreendimento. De acordo com os requisitos atendidos pela residência, classifica-se: BRONZE que atente apenas critérios obrigatórios, 19 ao todo; PRATA que além dos critérios obrigatórios, mais 6 critérios de livre escolha e o OURO atendendo critérios obrigatórios e mais 12 critérios de livre escolha (Figura 2).

Figura 2: Logomarca Selo Casa Azul

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para

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Quadro 3:Critérios do Selo Casa Azul

QUALIDADE URBANA

1. Qualidade do Entorno - Infraestrutura 2. Qualidade do Entorno - Impactos 3. Melhorias no Entorno

4. Recuperação de Áreas Degradadas 5. Reabilitação de Imóveis

PROJETO E CONFORTO

6. Paisagismo

7. Flexibilidade de Projeto 8. Relação com a Vizinhança 9. Solução Alternativa de Transporte 10. Local para Coleta Seletiva

11. Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos 12. Desempenho Térmico - Vedações

13. Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos 14. Iluminação Natural de Áreas Comuns

15. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros 16. Adequação às Condições Físicas do Terreno

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

17. Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas 18. Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns 19. Sistema de Aquecimento Solar

20. Sistemas de Aquecimento à Gás 21. Medição Individualizada - Gás 22. Elevadores Eficientes

23. Eletrodomésticos Eficientes 24. Fontes Alternativas de Energia

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS

25. Coordenação Modular

26. Qualidade de Materiais e Componentes

27. Componentes Industrializados ou Pré-fabricados 28. Formas e Escoras Reutilizáveis

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29. Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD)

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS

30. Concreto com Dosagem Otimizada

31. Cimento de Alto-Forno (CPIII) e Pozolânico (CP IV) 32. Pavimentação com RCD

33. Facilidade de Manutenção da Fachada 34. Madeira Plantada ou Certificada

GESTÃO DA ÁGUA

35. Medição Individualizada – Água

36. Dispositivos Economizadores - Sistema de Descarga 37. Dispositivos Economizadores – Arejadores

38. Dispositivos Economizadores - Registro Regulador de Vazão 39. Aproveitamento de Águas Pluviais

40. Retenção de Águas Pluviais 41. Infiltração de Águas Pluviais 42. Áreas Permeáveis

PRÁTICAS SOCIAIS

43. Educação para a Gestão de RCD 44. Educação Ambiental dos Empregados 45. Desenvolvimento Pessoal dos Empregados 46. Capacitação Profissional dos Empregados 47. Inclusão de trabalhadores locais

48. Participação da Comunidade na Elaboração do Projeto 49. Orientação aos Moradores

50. Educação Ambiental dos Moradores

51. Capacitação para Gestão do Empreendimento 52. Ações para Mitigação de Riscos Sociais 53. Ações para a Geração de Emprego e Renda

Fonte: Adaptação de Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para

Habitações mais sustentáveis (2010)

2.4 Qualidade do entorno

Essa categoria se baseia em dois aspectos, infraestrutura e impactos: Qualidade do entorno- infraestrutura relaciona-se a inserção do empreendimento no

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ambiente urbano, com a finalidade de observa as condições em que o homem vive, incluindo:

 Rede de abastecimento de água potável;

 Pavimentação; energia elétrica; iluminação pública;

 Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em ETE da região; drenagem;

 Uma linha de transporte público regular, com pelo menos uma parada acessível por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão; dois pontos de comércio e serviços básicos acessíveis por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão. Caracterizam atividades de comércio e serviços básicos a existência de mercado/feira livre (obrigatório), farmácia (obrigatório), padaria, lojas de conveniência, agência bancária, posto de correios, restaurantes e comércio em geral.

 Um equipamento de lazer acessível por rota de pedestres de, no máximo, 2,5 quilômetros de extensão. Caracterizam equipamentos de lazer locais de encontro, praças, quadras de esportes, parques, pistas de skate, playground, sendo, no mínimo, dois equipamentos para cada 500 unidades habitacionais. Não será exigido esse item no caso de previsão de equipamento de lazer na área interna do empreendimento. As distâncias deverão ser medidas a partir do centro geométrico do terreno/área do empreendimento, admitindo-se uma tolerância de até 15%, dependendo das condições locais de acesso à infraestrutura; fontes de ruídos excessivos e constantes, como rodovias, aeroportos, alguns tipos de indústrias etc; odores e poluição excessivos e constantes, advindos de estações de tratamento de esgoto (ETE), lixões e alguns tipos de indústrias, dentre outros. No caso de linhas de transmissão, deverá ser adotada uma faixa não edificante de 10m de cada lado (Casa Azul, 2010).

Qualidade do entorno- impactos buscar o bem-estar, a segurança e a saúde dos moradores, considerando o impacto do entorno em relação ao empreendimento em análise. Os documentos a serem apresentados para constatar que as exigências estão sendo atendidos se baseiam em um mapa de localização do empreendimento e entorno imediato, que deve constar: Identificação dos serviços e equipamentos mais relevantes, assim como as paradas de transporte público regular disponível no entorno.

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E um mapa com respectivas distâncias até o centro geométrico do terreno do empreendimento, evidenciando que há acesso de pedestres para: transporte público regular, dois pontos de comércio/serviços, dois equipamentos comunitários, um equipamento de lazer, dentro das condições e distâncias máximas admitidas a partir do centro geométrico do terreno do empreendimento. O mapa deverá sempre indicar escala gráfica e norte, e poderá ser montado sobre desenhos ou fotografias aéreas.

Mapa de localização do empreendimento e entorno imediato, com descrição da vizinhança do empreendimento, de modo a caracterizar a inexistência de fatores de risco aos futuros moradores. Caracteriza inexistência a não ocorrência de quaisquer fatores de risco dentro de um raio de, pelo menos, 2,5 quilômetros, marcado a partir do centro geométrico do terreno do empreendimento em análise. O mapa poderá ser montado sobre desenhos ou fotografias aéreas, e deverá sempre indicar escala gráfica, norte e direção predominante de ventos.( Casa Azul, 2010)

3 CATEGORIAS SELO CASA AZUL

As categorias: qualidade do entorno, projeto e conforto, gestão da água, eficiência energética, conservação dos materiais e prática sociais, serão estudadas tendo como principal base o Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para habitações mais sustentáveis (2010), juntamente com um documento que trás a revisão dos parâmetros do Selo casa Azul (2016), também elaborado pela CAIXA. Estes foram desenvolvidos com o proposito de orientar o proponente quanto às ações necessárias para alcançar os critérios de avaliação propostos, de acordo com a exigência da CAIXA. Esse trabalho limita-se a avaliação dos 19 critérios obrigatórios que a residência deve alcançar para receber a certificação nível bronze.

3.1 Projeto e conforto

Busca abordar aspectos relacionados ao planejamento e à concepção do projeto do empreendimento, considerando-se, principalmente, as ações relativas à adaptação da edificação às condições climáticas, às características físicas e geográficas locais bem como a previsão de espaços na edificação destinados a usos e fins específicos. Além disso, devem ser consideradas as diversas condicionantes relativas a este entorno, à orientação solar e aos ventos dominantes locais, de modo a tirar proveito da

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insolação, dos ventos e dos elementos paisagísticos, seja para aquecer, seja para resfriar o ambiente, visando minimizar ou evitar o uso de dispositivos artificiais para condicionamento da temperatura do ar.

3.1.1 Paisagismo

Pretende auxiliar no conforto térmico e visual do empreendimento, mediante regulação de umidade, sombreamento vegetal e uso de elementos paisagísticos. Os indicadores para essa categoria são existência de arborização, cobertura vegetal e/ou demais elementos paisagísticos que propiciem adequada interferência às partes da edificação onde se deseja melhorar o desempenho térmico. Essa estratégia reduz a onda de calor urbana e a quantidade de Gases de Efeito estufa lançada na atmosfera, Recomenda-se espécie de plantas adaptadas ao ambiente ou região a construção esta localizada.

A documentação apresentada pelo proponente será o projeto paisagístico, Inclusão dos insumos e serviços na documentação técnica (memorial descritivo; planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro). Sendo necessário na documentação conter a indicação das espécies arbóreas e suas dimensões previstas para o atendimento proposto.

3.1.2 Local para Coleta Seletiva

Os resíduos domésticos contribuem significativamente para o acréscimo dos aterros sanitários, tornando cada vez mais difícil dispor de áreas destinadas para este fim nas cidades. Uma grande parte dos resíduos domésticos pode ser reciclada, reduzindo significativamente a quantidade de lixo produzido. Com o material reciclado, evita-se que o lixo seja depositado em locais não apropriados, poluindo o meio ambiente.

Pensando nisso, esse item tem como finalidade possibilitar a realização da separação dos recicláveis (resíduos sólidos domiciliares – RSD) nos empreendimentos. Diante disso é necessário a existência de local adequado em projeto para coleta, seleção e armazenamento de material reciclável. O local destinado ao armazenamento do material reciclável deve ser de fácil acesso, ventilado e de fácil limpeza, com revestimento em material lavável e com ponto de água para limpeza/lavagem do espaço.

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Os documentos apresentados pelo proponente são: Projeto de arquitetura com a indicação de locais para coleta, seleção e armazenamento e inclusão em documentação técnica (memorial descritivo, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro).

3.1.3 Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos.

Incentiva práticas saudáveis de convivência e entretenimento dos moradores, mediante a implantação de equipamentos de lazer, sociais e esportivos nos empreendimentos. Para acatar esse item, no empreendimento deve constar Existência de equipamentos ou espaços como bosques, ciclovias, quadra esportiva, sala de ginástica, salão de jogos, salão de festas e parque de recreação infantil, dentre outros, conforme quantidade especificada abaixo:

• 0 a 100 UH – dois equipamentos, sendo, no mínimo, um social e um de lazer/esportivo;

• 101 a 500 UH – quatro equipamentos, sendo, no mínimo, um social e um de lazer/esportivo;

• acima de 500 UH – seis equipamentos, sendo, no mínimo, um social e um de lazer/esportivo.

No caso de exigência municipal, deve ser considerado a que for mais restritivo em relação à quantidade de equipamentos e/ou área de equipamentos na área interna do empreendimento (Casa Azul, 2010).

3.1.4 Desempenho Térmico - Vedações

Para proporcionar conforto térmico o projeto deve favorecer a ventilação e a iluminação na residência, a escolha correta do material é relevante e a cor das paredes, pois tem grande influencia na absortância. O tipo de cobertura tem-se o maior ganho térmico da edificação, por ser o componente que se encontra exposto à radiação solar de forma mais prolongada e constante, para alcançar o objetivo. De acordo com a NBR 15220 o Brasil está dividido em oito zonas bioclimáticas (figura 3).

(24)

Figura 3: Zonas bioclimáticas

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações

mais sustentáveis (2010)

Nesse sentido as normas de desempenho térmico da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR 15220 e NBR 15575) estabelecem parâmetros especificar paredes e coberturas, de acordo com cada zona bioclimática. Devido às mudanças, os quadros que permaneceram foram as 4, 7 e 8 referente ao Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais sustentáveis. O quadro 4 classifica a zona climática do local onde a residência foi construída, caso não aja a cidade na tabela, considerar a cidade mais próxima, no caso Juazeiro do norte tem zona bioclimática sete.

Foram eliminadas as exigências para paredes internas das quadros 5 e 6 referente ao Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais sustentáveis, permanecendo as exigências para parede externas.

Para alcançar esse critério o proponente deve apresentar Projeto de arquitetura com indicação e/ou descrição dos itens atendidos, quadros 4, 5, 6, 7,8 e 9 assinaladas e preenchidas, demonstração gráfica de projeção dos sombreamentos das aberturas, detalhamentos se for o caso e simulações de desempenho se for o caso. Para atender aos critérios deve-se ter base de conhecimento sobre Transmitância, Capacidade térmica e absorbância.

(25)

A transmitância térmica (U) da parede indica o comportamento da parede em relação à transmissão de calor para o interior do ambiente, é definida como o inverso da resistência térmica total do componente, pois cada material possui sua própria resistência.

A Capacidade térmica (T) é definida como a quantidade de calor que um determinado corpo precisa para variar sua temperatura. A absortância à radiação solar (α) é a fração de radiação solar absorvida quando a radiação incide em uma superfície.

Para utilizar os quadros, deve-se identificar a zona bioclimática no quadro 4.

Quadro 4: Classificação Climática

Cidade Zona Barbalha/CE 7 Campos Sales/CE 7 Crateús/CE 7 Fortaleza/CE 8 Guaramiranga/CE 5 Iguatu/CE 7 Jaguaruana/CE 8 Mondibim/CE 8 Morada Nova/CE 7 Quixadá/CE 7 Quixeramobim/CE 7 Sobral/CE 7 Tauá/CE 7

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais sustentáveis (2010)

O quadro 5, que apresenta as características recomendadas às vedações (paredes e cobertura) conforme a respectiva zona bioclimática.

Quadro 5: Desempenho térmico - vedações

ZONAS BIOCLIMATICAS

PAREDES EXTERNAS PAREDES

INTERNAS COBERTURA Transmitância Térmica (U) Capacidade Térmica (CT) Capacidade Térmica (CT) Transmitância Térmica (U) 1 U ≤ 2,5 CT>130 CT>130 U < 2,30 2

(26)

3 U ≤ 3,7 se < 0,6 ou U ≤ 2,5 se  > 0,6 U < 2,30 se  < 0,6 ou U < 1,5 se  > 0,6 4 5 6 7 U < 2,30 se  < 0,4 ou U < 1,5 se  > 0,4 8 Sem exigências Sem exigências U < 2,30 FV se  < 0,4 ou U < 1,5 FV se  > 0,4 Referência NBR 15.575-5 e tipologias fornecidas pelo LabEEE NBR 15.575-4 NBR 15220-3 adaptada NBR 15.575-5 e tipologias fornecidas pelo LabEEE

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

sustentáveis (2010)

A partir dessas informações é feita a identificação dos tipos usuais de paredes e coberturas apropriadas a cada especificação climática, assim como o tamanho mínimo das aberturas para cada ambiente e o tipo de proteção necessária.

Quadro 6: Paredes e cobertura apropriada ZONAS

BIOCLIMATICAS

PAREDES EXTERNAS PAREDES INTERNAS

Transmitância Térmica (U) +

Capacidade Térmica (CT) Capacidade Térmica (CT) 1

Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 para qualquer cor, como exemplo: Parede Tipo

k, (ver Tabela 4)

Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 para qualquer cor, como exemplo: Parede Tipo k, (ver Tabela 4)

2 3

Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 para cores claras (absortância < 0.6) (branca, amarela, verde claro, cinza claro). Como exemplo: Paredes

Tipo a, b, c, d, e, f, g, o, (ver Tabela 4), e para Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 com cores escuras (absortância e > 0.6). Como exemplo: Parede Tipo k (ver Tabela 4)

Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 para cores claras (absortância < 0.6) (branca, amarela, verde claro, cinza claro). Como exemplo: Paredes Tipo a, b, c, d, e, f, g, o, (ver Tabela 4), e para Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2 com cores escuras (absortância e > 0.6). Como exemplo: Parede Tipo k (ver Tabela 4) 4 5 6 7 8

Paredes que atendam aos critérios da Tabela 2. Como exemplo paredes tipo a, b, c, d, e, f,

g, h, i, j, o (ver Tabela 4), com caiação,

argamassa de revestimento ou pintura de cor clara e parede Tipo k, l, m, n (ver Tabela 4) com argamassa de revestimento ou pintura de cor escura.

sem exigências

Referência NBR 15.575-4 e tipologias fornecidas pelo

LabEEE NBR 15.220-3 adaptada

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

(27)

A construção é de alvenaria em bloco cerâmico atendendo as exigências e a cor escolhida para parede foi clara que proporciona melhor conforto térmico.

Quadro 7:Tipologias – paredes

Argamassa interna (2,5cm) Bloco cerâmico (9,0 x 14,0 x 24,0cm) Argamassa externa (2,5cm) Pintura externa () U [W/(m²K)] CT [kJ/m²K] FCS 2,59 145 0,2 2,1 0,4 4,1 0,8 8,3

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

sustentáveis (2010)

O telhado usado satisfaz o critério de desempenho.

Quadro 8:Tipologias – coberturas

Forro PVC (1,0cm) Câmara de ar (> 5,0cm) Telha cerâmica U [W/(m²K)] CT [kJ/m²K] FCS 1,75 21,4 0,2 1,4 0,4 2,8 0,8 5,6

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

sustentáveis (2010)

Os percentuais mínimos para ventilação serão alterados, o quadro 10 substitui os percentuais de abertura descritos no quadro 5 . Com essa mudança o percentual de ventilação deve atender as aberturas de 7% da área do piso, na obra a residência tem um bom desempenho de ventilação, pois apresentam janelas de vidro em todos os comados.

(28)

Quadro 9: Desempenho térmico ZONAS BIOCLIMA-TICAS ABERTURAS C0BERTURAS Ventilação

Iluminação Sombreamento Transmitância térmica (CT)

Salas Dormitórios Cozinhas

1 Abertura A > 10% Abertura A > 8% Abertura Média A > 8% Abertura A > 16% Obrigatória proteção nos dormitórios, com dispositivo de controle que permita insolação no inverno e abertura total da área para iluminação

Coberturas que atendam aos critérios da Tabela 2 para qualquer cor, como por exemplo: Coberturas Tipo a, b, c, d, e, f, g, h, i, j (ver Tabela 5)

2

3

Coberturas que atendam aos critérios da Tabela 2 com cores claras

(absortância < 0.6) (branca, amarela, verde claro e cinza claro). Como exemplo: Tipo a, b, c d, e, f, g, h, i, j, (ver Tabela 5) ou

Coberturas que atendam aos critérios da Tabela 2 com cores escuras (absortância >0.6) com isolante térmico. Como exemplo: Coberturas Tipo b, c, d, g, h, i com manta aluminizada (ver Tabela 5) 4 Obrigatório proteção nos dormitórios e recomendável nas salas quando adotada porcentagem de ventilação somente por área de janela e vidro. Os dispositivos de proteção/sombre amento devem permitir abertura total da área para iluminação 5 6 7 Abertura A > 8% Abertura A > 8% Abertura A > 5% Abertura A > 10% 8 Abertura A > 20% Abertura A > 15% Abertura A > 15% Abertura A > 15% Obrigatório proteção nos dormitórios e nas salas quando adotada porcentagem de ventilação somente por área de janela e vidro e que permita abertura total da área para iluminação

Coberturas que atendam aos critérios da Tabela 2 com cores claras(absortância

< 0.4) (branca, amarelo claro). Como exemplo: Tipo a, b, c d, e, f, g, h, i, j, (ver Tabela 5) ou Coberturas que atendam aos critérios da

Tabela 2 com cores medias e escuras (absortância >0.4) com isolante térmico. Como exemplo: Coberturas Tipo b,

c, d, g, h, i com manta aluminizada (ver Tabela 5)

Referência NBR 15.575-4 adaptada NBR 15.575-4 adaptada NBR 15.575-4 adaptada NBR 15.575-4 adaptada NBR 15.575-5 e tipologias fornecidas pelo LabEEE

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais sustentáveis (2010)

(29)

Quadro: 10:Tipos de paredes externas, aberturas e de coberturas

Fonte: Mudança Selo Casa Azul, 2016 .

3.1.5 Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos

Mediante a zona bioclimática do local da edificação, são elaboradas estratégias em relação à orientação solar, ventos dominantes e a interferência de elementos físicos do entorno, construído ou natural. O atendimento a essa categoria consiste em apresentar as condições arquitetônicas do quadro 11, quanto à estratégia de projeto, de acordo com a zona bioclimática onde se localiza o empreendimento.

Os documentos estabelecidos são: projeto de implantação e arquitetura com indicação/ descrição dos itens atendidos, as estratégias adotadas no projeto devem ser justificadas em face de implantação, geometria solar, localização de aberturas e demais componentes, mostrando a insolação do local, a direção e frequências dos ventos predominantes, elementos físicos do entorno e demais parâmetros climáticos que se encontrem disponíveis, como temperatura, umidade, nebulosidade, bem como, através do projeto, uso de cartas solares, máscaras, ou mediante simulação computacional, se necessário (Casa Azul, 2010).

Quadro 11:Estratégia de conforto

Zona Estratégias

7 VERÃO SOMBREAMENTO DE FACHADA - o sombreamento é recomendável nas fachadas e aberturas para esta zona. D.1 – a edificação deve ser implantada com orientação solar adequada, de modo a garantir que os cômodos de permanência prolongada (salas e dormitórios) não estejam voltados para a face oeste; ou D.2 – deve ser garantido o sombreamento das fachadas no caso de existência de cômodos de permanência prolongada (salas e dormitórios) voltados para a face oeste. Dicas: utilização de brisas, varandas, beirais, pergolados, vegetação, anteparos, marquises ou outros recursos.

H) RESFRIAMENTO EVAPORATIVO e MASSA TÉRMICA PARA RESFRIAMENTO – o resultado pode ser obtido por meio do uso de vegetação, fontes de água ou outros recursos que permitam a evaporação da água diretamente no ambiente que se deseja resfriar.

J) VENTILAÇÃO SELETIVA (nos períodos quentes em que a temperatura interna seja superior à externa).

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

(30)

O projeto não foi contemplado com as estratégias necessárias para atender a essa categoria, pois nas edificações a sala e cozinhas são dispostas em na face oeste, não garantindo sombreamento.

3.2 Eficiência energética

O Brasil consumiu em 2016, 460 giga watts-horas (EPE, 2016), os edifícios consomem aproximadamente 40% , ocorrendo em dois momentos, na etapa pré-operacional que envolve a extração, fabricação e transporte do material até a obra, e na etapa ocupação, manutenção e demolição da residência (CONSTRUÇÃO LIMPA, 2017). Sendo necessária a aplicação de estratégias na fase da elaboração do projeto é fundamental para um bom desempenho térmico da edificação garantindo a economia energética e financeira.

3.2.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas

Reduz o consumo de energia elétrica mediante o uso de lâmpadas eficientes. A documentação necessária proposta pela Caixa é o Memorial descritivo especificando o tipo de lâmpadas com selo Procel ou etiqueta Nível de Eficiência A do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro incluindo os insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro. Com a seguinte ressalva o item é obrigatório somente para empreendimentos de habitação de interesse social destinados a famílias com renda mensal de até três salários mínimos, devendo o referido item ser entregue instalado na obra ou diretamente ao morador na entrega da chave.

Figura 4: Símbolo PROCEL e lâmpada de baixo custo

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações

(31)

3.2.2 Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns

Reduz o consumo de energia elétrica mediante a utilização de dispositivos economizadores e/ou lâmpadas eficientes nas áreas comuns. A residência deve apresenta sensores de presença, minuterias ou lâmpadas eficientes em áreas comuns dos condomínios. O proponente deve apresentar projeto de instalações elétricas, memorial descritivo especificando o tipo de dispositivo a ser utilizado e/ou o tipo de lâmpadas eficientes com selo Procel ou etiqueta Nível A no PBE/Inmetro e inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro.

3.2.3 Medição Individualizada - Gás

Proporcionar aos moradores o gerenciamento do consumo de gás da sua unidade habitacional, conscientizando os sobre seus gastos e possibilitando a redução do consumo. Indicando existência de medidores individuais, certificados pelo Inmetro, para todas as unidades habitacionais e inclusão em planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro. A documentação necessária corresponde ao projeto de instalações de gás e memorial descritivo com as especificações técnicas do equipamento, anotação de responsabilidade técnica do projeto (ART) e inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro.

3.3 Conservação de recursos materiais

A maioria dos materiais de construção civil contribui para as mudanças climáticas, pois, em seu processo de fabricação dependem de um processos térmicos que liberam CO2. (CAIXA, 2010). A construção civil consome cerca de 80% dos recursos naturais extraídos da natureza.

3.3.1 Qualidade de Materiais e Componentes

Evita o uso de produtos de baixa qualidade, melhorando o desempenho e reduzindo o desperdício de recursos naturais e financeiros em reparos desnecessários, além de melhorar as condições de competitividade dos fabricantes que operam em conformidade com a normalização (Casa Azul, 2010). Devendo comprovar a utilização apenas de produtos fabricados por empresas classificadas como “qualificadas” pelo Ministério das Cidades, Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H).

(32)

Havendo necessidade do Memorial descritivo especificando que os produtos a serem utilizados provêm de fabricantes que constam da relação de empresas qualificadas, conforme os Programas Setoriais de Qualidade (PSQ) do PBQP-H5.

Pode haver a seguinte ressalva, no caso de propostas de programas de crédito imobiliário (recursos do FGTS6, FDS7, FAR8 e FAT9), devem ser especificadas, em memorial descritivo, até três marcas/modelos dos produtos.

3.3.2 Formas e Escoras Reutilizáveis

Reduzir o emprego de madeira em aplicações de baixa durabilidade, que constituem desperdício, e incentivar o uso de materiais reutilizáveis. Neste critério, são admitidas duas soluções alternativas: existência de projetos de fôrmas, executado de acordo com a NBR 14931 (ABNT, 2004) e existência e especificação de uso de placas de madeira compensada plastificada com madeira legal e caibramentos com regulagem de altura grossa (pino) e fina (com rosca); selagem de topo de placas e desmoldante industrializado e/ou sistema de fôrmas industrializadas reutilizáveis, em metal, plástico ou madeira, de especificação igual ou superior ao anterior (Casa Azul, 2010).

Deve-se apresentar projeto de formas de acordo com a NBR 14931 e memorial descritivo descrevendo o sistema de fôrmas, com previsão do uso de compensado plastificado, selagem dos topos, caibramento com regulagem de altura grossa (pinos) e fina e indicação da quantidade de reutilizações.

3.3.3 Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD)

Reduz a quantidade de resíduos de construção e demolição e seus impactos no meio ambiente urbano e nas finanças municipais, por meio da promoção ao respeito das diretrizes estabelecidas nas Resoluções n. 307 e n. 348 do Conama (BRASIL, 2002 e 2004). O proponente precisa apresentar:

 Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC, contendo: descrição e quantificação das estruturas a serem demolidas, se for o caso;

 Estimativa da geração de resíduos de cada classe, discriminado os gerados pelas demolições, por cortes e escavações e pela construção; identificação do

(33)

local de triagem, identificando o(s) possível(eis) fornecedor(es) do serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com a NBR 15112 (ABNT, 2005a);

 Identificação dos equipamentos de acondicionamento para transporte interno e externo da obra; descrição do fluxo e dos equipamentos de transporte de resíduos no canteiro; destinação de cada classe de resíduos, o(s) possível (eis) fornecedor (es) do serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com a NBR 15113 (ABNT, 2005b) e NBR 15114 (ABNT, 2005c);

 Mecanismo de controle que demonstre a destinação legal das diferentes classes de resíduos (recibos, notas fiscais disponíveis para verificação em canteiro de obra e entregues ao final da obra) (Casa Azul, 2010).

3.4 Gestão da água

3.4.1 Medição Individualizada – Água

O proponente apresentará toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), atendendo às recomendações da concessionária local, às normas técnicas da ABNT e dos fabricantes qualificados pelo PBQP-H. Não será levado em conta, o atendimento a este item, caso isto já esteja condicionado à regularidade da edificação. Neste caso, deve ser considerado obrigatório o atendimento ao Critério.

3.4.2 Áreas Permeáveis

Existência de áreas permeáveis em, pelo menos, 10% acima do exigido pela legislação local. No caso de inexistência de legislação local, será considerado, para atendimento a este item, um coeficiente de permeabilidade (CP) igual ou superior a 20%, considerando-se o cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo obtido pela relação entre a superfície impermeável e a superfície total do terreno, aplicados os seguintes coeficientes:

• superfícies totalmente impermeabilizadas, tais como coberturas, calçadas, vias – 0,9; • vias pavimentadas com componentes de juntas largas – 0,6;

• vias de macadame sem alcatrão – 0,35; • caminhos em cascalho ou brita – 0,2;

(34)

• superfícies arborizadas – 0,05. (Casa Azul, 2010)

A documentação apresentada pelo proponente deve constar de um projeto de implantação, memória de cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo, obtido pela relação entre a superfície impermeável e a superfície total do terreno. O coeficiente corresponde à relação entre as superfícies permeáveis e a superfície total do terreno (equação 1) (Casa Azul, 2010) .

Equação 1: Fórmula para o calculo de Permeabilidade

Fonte: Guia de sustentabilidade ambiental Selo Casa Azul: Boas práticas para Habitações mais

sustentáveis (2010)

Este critério será dispensado, quando o empreendimento não dispõe de área disponível no terreno, como nos casos de edifícios com ocupação de 100% da área do lote.

3.5 Práticas sociais

3.5.1 Educação para a Gestão de RCD

Nesse item deve conter a existência de Plano Educativo sobre a Gestão de RCD. A documentação necessária será: plano Educativo sobre a Gestão de RCD e relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano educativo. Esta atividade está vinculada e deve ser realizada juntamente com o critério Gestão de Resíduos de Construção e Demolição da categoria Conservação de Recursos Materiais (Casa Azul, 2010).

Existência de plano de atividades educativas, para os empregados, sobre os itens de sustentabilidade do empreendimento, com plano de educação ambiental a ser implantado totalizando a carga horária mínima de 4 horas e abrangência de 80% dos empregados e relatório e demais documentos necessário para a comprovação da execução do plano de educação ambiental para os empregados, para comprovar que este atividade foi realizada (Casa Azul, 2010).

(35)

3.5.2 Educação Ambiental dos Empregados

Deve apresentar plano de atividades educativas, para os empregados, sobre os itens de sustentabilidade do empreendimento, para isso é necessário elaborar um plano de educação ambiental a ser implantado totalizando a carga horária mínima de 4 horas e abrangência de 80% dos empregados e relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano de educação ambiental para os empregados (Casa Azul, 2010).

3.5.3 Orientação aos Moradores

Existência de, no mínimo, uma atividade informativa sobre os aspectos de sustentabilidade previstos no empreendimento que inclua a distribuição do Manual do Proprietário (ilustrado, didático e com conceitos de sustentabilidade), a ser disponibilizado até a entrega do empreendimento.

• Minuta do Manual do Proprietário.

• Plano da ação informativa a ser desenvolvida com os moradores.

• Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano da ação informativa com os moradores, como a relação de participantes, fotos, ata da reunião, manual do proprietário (Casa Azul, 2010).

(36)

4 METODOLOGIA

4.1 Delimitação da área de estudo

A área ou objeto de estudo situa se na Região Metropolitana do Cariri (RMC), esta abrange 9 (nove) municípios: Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão velha, Farias Brito, Santana do Cariri, Caririaçu, Jardim e Nova Olinda (Figura 14), somando um total de 598.107 habitantes. Porem o estudo limita-se ao município de Juazeiro do Norte, que contem o maior numero de habitantes 268.248. Nesta área está recentemente sendo realizada a construção habitacional Minha Casa Minha Vida, conjunto São Sebastião, o perímetro do terreno equivale a 2,17 km e está localizada no bairro Betolândia.

Figura 5: Localização do RMC e empreendimento.

Fonte: Autor, IPECE, Google Earth, 2017 4.2 Coleta de dados

A princípio foi feita uma revisão de literatura de assuntos relevantes para a compreensão do tema proposto, em seguida realizou-se visitas ao empreendimento, quando, próximo ao termino da construção, vistoriando e fazendo registros fotográficos. Foi feita visitas em 15 residências e notado que todas têm o mesmo layout, como as residências são padronizadas o processo de vistoria foi feita em uma casa. Além disso,

(37)

foi elaborado um checklist (Quadro 5) para ajudar a verificar se as condições da obra atendiam aos requisitos estabelecidos pela certificação. Os critérios marcados em verde representa “atende” e em vermelho “não atende”.

Quadro 12: Checklist do empreendimento

CHECKLIST – CASA AZUL (CERTIFICAÇÃO BRONZE)

QUALIDADE URBANA

1. Rede de abastecimento de água potável 2. Pavimentação

3. Energia elétrica 4. Iluminação pública

5. Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em ETE da região 6. Drenagem

7. Linha de transporte

8. Dois pontos de comercio e serviços básicos 9. Posto ou hospital

10. Praça

11. Ausência de Fontes de ruídos excessivos 12. Ausência de odores

PROJETO E CONFORTO

1. Existência de arborização, cobertura vegetal.

2. Local para Coleta Seletiva, seleção e armazenamento de material reciclável. 3. Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos.

4. Desempenho Térmico – Vedações

5. Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

1. Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas 1.

2. Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns 2.

3. Medição Individualizada – Gás 3.

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 1. Qualidade de Materiais e Componentes

2. Formas e Escoras Reutilizáveis

(38)

GESTÃO DA ÁGUA 1. Medição Individualizada – Água 2. Áreas Permeáveis

3. Dispositivos economizadores – bacia sanitária PRÁTICAS SOCIAIS

1. Educação para a Gestão de RCD 2. Educação Ambiental dos Empregados 3. Orientação aos Moradores

Fonte: Autor, 2017

Figura 6:Pavimentação e local para recreação

Fonte: Autor, 2017

Por meio de uma abordagem qualitativa, fez se uso de entrevista com o tecnólogo responsável pela obra e questionários para os funcionários, contribuindo para obtenção de informações essenciais, para entender alguns aspectos da obra diante do selo proposto. A tipologia avaliada foi uma casa térrea com 35m², este imóvel apresenta residências multifamiliar, em lotes padrões , sendo cada uma composta por sala, cozinha, banheiro e 2 dormitórios (Figura 7).

(39)

Figura 7: Planta baixa MCMV

(40)

5 RESULTADOS

Depois de obtidos todos os dados analisados e classificados, o checklist apresentado na obra, obteve resultados importantes para o êxito do trabalho. Cada categoria apresenta indicadores que devem ser atendidos para alcançar os critérios (Quadro 6), Como a certificação abordada é a bronze, apenas 19 critérios vão ser considerados(Quadro 7). A residência obteve resultados satisfatórios na categoria qualidade urbana, deixando a desejar em três categorias que estão associados ao bem estar do morador, conservação do meio ambiente e a conscientização dos trabalhadores.

Quadro 13: Checklist

CHECKLIST – CASA AZUL (CERTIFICAÇÃO BRONZE)

QUALIDADE URBANA

1 Rede de abastecimento de água potável 2 Pavimentação

3 Energia elétrica 4 Iluminação pública

5 Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em ETE da região 6 Drenagem

7 Linha de transporte

8 Dois pontos de comercio e serviços básicos 9 Posto ou hospital

10 Praça

11 Ausência de Fontes de ruídos excessivos 12 Ausência de odores

PROJETO E CONFORTO

1 Existência de arborização, cobertura vegetal.

2 Local para Coleta Seletiva, seleção e armazenamento de material reciclável. 3 Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos.

4 Desempenho Térmico – Vedações

5 Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

1 Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas 4.

(41)

3 Medição Individualizada – Gás 6. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

1 Qualidade de Materiais e Componentes 2 Formas e Escoras Reutilizáveis

3 Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) GESTÃO DA ÁGUA

1 Medição Individualizada – Água 2 Áreas Permeáveis

3 Dispositivos economizadores – bacia sanitária PRÁTICAS SOCIAIS

1 Educação para a Gestão de RCD 2 Educação Ambiental dos Empregados 3 Orientação aos Moradores

Fonte: Autor, 2017

Quadro 14:Categorias e critérios para obtenção do selo CASA AZUL- BRONZE

QUALIDADE URBANA

1. Qualidade do Entorno - Infraestrutura 2. Qualidade do Entorno - Impactos 3. Melhorias no Entorno

4. Recuperação de Áreas Degradadas 5. Reabilitação de Imóveis

PROJETO E CONFORTO

6. Paisagismo

7. Flexibilidade de Projeto 8. Relação com a Vizinhança

9. Solução Alternativa de Transporte 10. Local para Coleta Seletiva

11. Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos 12. Desempenho Térmico - Vedações

13. Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos 14. Iluminação Natural de Áreas Comuns

(42)

15. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros 16. Adequação às Condições Físicas do Terreno

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

17. Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas 18. . Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns 19. Sistema de Aquecimento Solar

20. Sistemas de Aquecimento à Gás 21. Medição Individualizada - Gás 22. Elevadores Eficientes

23. Eletrodomésticos Eficientes 24. Fontes Alternativas de Energia

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS

25. Coordenação Modular

26. Qualidade de Materiais e Componentes

27. Componentes Industrializados ou Pré-fabricados

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS

28. Formas e Escoras Reutilizáveis

29. Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) 30. Concreto com Dosagem Otimizada

31. Cimento de Alto-Forno (CPIII) e Pozolânico (CP IV) 32. Pavimentação com RCD

33. Facilidade de Manutenção da Fachada 34. Madeira Plantada ou Certificada

GESTÃO DA ÁGUA

35. Medição Individualizada – Água

36. Dispositivos Economizadores - Sistema de Descarga 37. Dispositivos Economizadores – Arejadores

38. Dispositivos Economizadores - Registro Regulador de Vazão 39. Aproveitamento de Águas Pluviais

40. Retenção de Águas Pluviais 41. Infiltração de Águas Pluviais

(43)

42. Áreas Permeáveis (obrigatório) 43.

PRÁTICAS SOCIAIS

44. Educação para a Gestão de RCD 45. Educação Ambiental dos Empregados 46. Desenvolvimento Pessoal dos Empregados

47. Capacitação Profissional dos Empregados livre escolha livre escolha

48. Inclusão de trabalhadores locais

49. Participação da Comunidade na Elaboração do Projeto 50. Orientação aos Moradores

51. Educação Ambiental dos Moradores

52. Capacitação para Gestão do Empreendimento 53. Ações para Mitigação de Riscos Sociais 54. Ações para a Geração de Emprego e Renda

Fonte: Autor, 2017 .

5.1.1 Qualidade urbana

Como observado no check-list (Quadro 13) e comparado com os 19 critérios obrigatórios (Quadro 14) para concessão do Selo Casa Azul – bronze, o empreendimento na categoria Qualidade do entorno no aspecto infraestrutura atendeu a todos os requisitos, Linha de transporte, Drenagem, Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em ETE da região, Iluminação pública, Energia elétrica, Pavimentação e Rede de abastecimento de água potável. Com relação aos impactos não foi detectado no local fonte de ruídos, como rodovias, aeroporto, indústria, nem odores e poluição.

Na figura 9 foi feita a localização do comercio e serviço publico em relação ao empreendimento, usando o Google Earth. O manual determina dois pontos de comércio e serviços básicos acessíveis por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão. A unidade de saúde e mercantil estão a 0,79 e 0,87 km, enquanto a farmácia esta localizada a aproximadamente 1 km de distância do empreendimento, mediante visita na obra foi constatado que haverá uma praça de

Referências

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