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Oceano. Abismo do tempo. Ano Internacional do Planeta Terra. Departamento de Geologia da FCUL CeGUL, CREMINER LA/ISR LATTEX LA/IDL

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(1)

Departamento de

GEOLOGIA

Ano Internacional do

Planeta Terra

Fo to d e J o ã o M a ta © 2 0 0 8

Departamento de Geologia da FCUL

CeGUL, CREMINER LA/ISR

LATTEX LA/IDL

Oceano

(2)

Conferência

Avanços científicos, desenvolvimento e

Terra debaixo do mar

Fernando Barriga

Departamento de Geologia da FCUL - ISR - LA.

29 de Outubro, 17h00, sala 6.2.56

(3)

No actual contexto das Ciências da Terra, o estudo dos oceanos é transversal a uma

considerável multiplicidade de abordagens e metodologias, por via das quais se procura conhecer

melhor a génese e evolução dos grandes domínios imersos do nosso planeta.

Designadamente, o incontornável recurso a métodos indirectos, geofísicos, decorre da

impossibilidade de se proceder à observação directa das rochas, como acontece no âmbito da

abordagem geológica mais tradicional “onshore”, e está quase sempre associado a uma

observação a muito maior escala (por comparação com a escala de afloramento com que o

geólogo geralmente se depara no campo).

Métodos como a batimetria multi-feixe, a obtenção de perfis sísmicos de reflexão, a refracção

sísmica, a magnetometria, a gravimetria, etc. adquirem uma utilidade crítica para a investigação

dos oceanos, na medida em que a interpretação dos diferentes tipos de dados conduz a sínteses

que incorporam informação variada: morfotectónica, estrutural, estratigráfica, reológica, entre

outra.

A necessidade de procurar testar vários dos aspectos/pressupostos dos modelos assim

obtidos, tem conduzido à utilização de técnicas de modelação física, análoga, no âmbito das quais

se recorre a materiais (de características previamente conhecidas), análogos dos materiais naturais

(i.e. das rochas), para simular a uma menor escala (rigorosamente estabelecida) uma hipotética

sucessão de eventos conducente a um resultado final mimético do observado na natureza.

A fronteira de placas Ibéria-Núbia, no offshore do SW Ibérico, constitui uma área chave para a

compreensão da evolução tectónica deste domínio do Mediterrâneo ocidental, no quadro da qual

assoma com importância crítica a avaliação do risco sísmico na margem Atlântica europeia, em

Modelação análoga de estruturas activas no

Golfo de Cádis (fronteira de placas

Ibéria-Núbia, offshore SW Ibérico)

Filipe Rosas*

Professor Auxiliar do GeoFCUL. IDL-LATTEX. .

(4)

assoma com importância crítica a avaliação do risco sísmico na margem Atlântica europeia, em

vista designadamente do acontecimento histórico do grande terramoto de Lisboa de 1755.

Figura 1. Exemplos de alguns dos resultados experimentais de modelação análoga obtidos para o Golfo de Cádis: A. Indentação assimétrica de prisma acrecionário; (continua).

Recentemente, no Golfo de Cádis, a aplicação de modelação análoga ao estudo de

lineamentos morfotectónicos com mais de 600km de comprimento (Rosas et al., no prelo),

cartografados com base na obtenção de batimetria multifeixe e na interpretação de um

considerável número de perfis sísmicos de reflexão, permitiu confirmar tratarem-se de importantes

falhas de desligamento direito, activas com esta cinemática desde há ca. 1.8 milhões de anos (Fig.

1b), cuja relevância no quadro da evolução tectónica local pode ser avaliada pela circunstância de

alguns autores (Zitellini et al., submetido) proporem poder tratar-se do limite de placas Euroásia-Africa

(Ibéria-Núbia) na região do Mediterrâneo ocidental.

(5)

Figura 1 (continuação). Exemplos de alguns dos resultados experimentais de modelação análoga obtidos para o Golfo de Cádis: B. Lineamentos SWIM associados a falhas de desligamento e formação passiva de dobras “én-échelon”; C. Padrões de deformação resultantes de interferência entre falhas de desligamento e cavalgamentos.

(6)

Um outro exemplo, presentemente em curso, da aplicação e utilidade da modelação

análoga ao estudo da evolução tectónica do Golfo de Cádis, está relacionado com a tentativa de

compreender melhor o resultado da deformação decorrente da existência de interferência

(diacrónica/sincrónica) entre falhas inversas (cavalgamentos) e desligamentos activos, assumindo

como análogo natural a Falha da Ferradura e os lineamentos SWIM (Fig.1b,c).

Importante será ter sempre em conta que, de um ponto de vista metodológico, com este tipo

de modelação, e nestes casos em particular, o que se faz é procurar reconhecer “padrões de

regularidade” (morfológica, estrutural), cuja existência e significado se procurará reconhecer no

análogo natural, em termos quantitativos, por comparação com o modelo obtido.

Neste âmbito, o futuro da aplicação da modelação análoga a este tipo de objecto de estudo

geológico, com o carácter metodologicamente mais instrumental a que acima se fez referência,

passará inevitavelmente por um crescente emparelhamento e complementaridade com as

técnicas/metodologias do âmbito da modelação numérica (e.g. modelação numérica de

elementos finitos).

Referências citadas:

Rosas, F.M., J.M. Duarte, P. Terrinha, V. Valadares, L. Matias. (no press) - Morphotectonic characterization of major bathymetric lineaments in NW Gulf of Cadiz (Africa-Iberia plate boundary): insights from analogue modelling experiments. Marine Geology.

N. Zitellini, E. Gràcia, M.A. Gutscher, L. Matias, D. Masson, T.Mulder, P. Terrinha, L. Somoza, G. de Alteriis, J.P. Henriet, J.J. Dañobeitia, R. Ramella, M. A. Pinto de Abreu and S. Diez, SWIM Team (submetido à EPSL) - The Quest for Africa-SW Eurasia plate boundary.

Rosas, F. (2008) Modelação análoga de estruturas activas no Golfo de Cádis (fronteira de placas Ibéria-Núbia, offshore SW Ibérico), in Mateus, A. (Coord.), Oceano: o abismo do tempo. D e p a r t a m e n t o d e G e o l o g i a F C U L , L i s b o a , p p . 3 - 6 . A c e s s í v e l e m http://geologia.fc.ul.pt/documents/145.pdf, consultado em [data da consulta].

(7)

A cordilheira Alpes-Himalaias e Montanhas Rochosas-Andes constituem as duas cinturas

orogénicas mais extensas do planeta Terra (figura 1). Ambas têm ligações laterais com sistemas de

subducção intra-oceânicas e arcos insulares.

Ao contrário da cordilheira das Américas, o sistema orogénico Alpes-Himalaias é

extremamente sinuoso, apresentando ainda, segmentos orogénicos destacados da cordilheira

principal contínua, como é o caso dos Apeninos, Pirinéus, Bética, Rif e Atlas, que se encontram fora da

correnteza ininterrupta formada por outros segmentos como os Himalaias, o Pamir, os Zagros, a

Anatólia e os Alpes europeus propriamente ditos (figura 1).

Figura 1. Vista panorâmica do relevo das cordilheiras Alpes-Himalaias. 1 - Apeninos, 2 - Pirinéus, 3 Cadeia Bética, 4 Rif, 5 - Atlas, 6 - Himalaias, 7 - Pamir, 8 Zagros, 9 - Anatólia, 10 - Alpes, 11 - Montanha submarina de Gorringe.

A fronteira de placas entre Portugal e

Marrocos

Pedro Gancedo Terrinha*

Professsor Auxiliar Convidado da FCUL e Investigador Auxiliar do INETI.. .

(8)

A terminação ocidental do sistema orogénico alpino ocorre no sudoeste da Península Ibérica,

onde a cordilheira Bética e o Rif no norte de África, formam um arco orogénico, o Arco de Gibraltar,

sob o qual se encontra uma zona de subducção estreita, com um prisma de acreção associado,

activos durante o Miocénico e Pliocénico (aproximadamente últimos 25 milhões de anos) e cuja

actividade no presente é tema de debate da comunidade científica internacional (Gutscher et al.,

2002).

A ligação do Arco orogénico de Gibraltar, ou Bético-Rifenho, ao limite de placas designado

por Falha Açores-Gibraltar, falha transformante que no domínio francamente oceânico separa as

placas litosféricas África e Eurásia é um problema que tem sido debatido e investigado nas últimas

décadas, desde os trabalhos pioneiros sobre os limites da tectónica de placas. Acresce ao problema

teórico - de compreender como um sector de deformação orogénica continental colisional se liga a

um sector de limite litosférico oceânico em desligamento puro - o problema associado aos riscos

naturais e protecção civil das populações que habitam Portugal, o sudoeste de Espanha e o noroeste

de Marrocos, principalmente nas faixas litorais do Golfo de Cadiz e litoral português, uma vez que,

como ficou historicamente registado em 1 de Novembro de 1755, esta região pode gerar sismos de

magnitude superior a M=8 na escala de Richter e tsunamis comparáveis ao que assolou Samatra

em 26 de Dezembro de 2004. O sismo de Lisboa de 1755 sentiu-se em paragens tão distantes como

a Finlândia e gerou ondas de tsunami desde o Brasil à Escócia.

A Comunidade Europeia tem financiado desde 1998 projectos cujo objectivo tem sido o de

esclarecer a tectónica actual do Golfo de Cadiz de maneira a mitigar o risco sísmico e de tsunamis

nesta região, que interessa directamente e em primeiro grau a Portugal, Espanha e Marrocos.

Também Portugal, Espanha, França e Itália têm financiado individualmente a investigação científica

necessária ao esclarecimento deste problema. Salientam-se os projectos BIGSETS (Big Sources of

Tsunamis and Earthquakes), o projecto SWIM (Earthquake and Tsunami Hzards in the Iberian Margin),

MVSEIS(Tectonic control, deep crustal structure and fluid escape pathways in the Gulf of Cadiz Mud

Volcano Field), MATESPRO (Major Tectonic and Sedimentary Processes in the Portuguese Margin) e

NEAREST(Integrated Observations from NEAR Shore SourcES of Tsunamis: toward an Early Warning

System; http://nearest.bo.ismar.cnr.it ), duma lista de mais de duas dezenas de projectos que nas

últimas duas décadas aumentaram o conhecimento da tectónica Recente do Golfo de Cádiz.

Com estes projectos foi possível adquirir várias dezenas de milhares de quilómetros de perfis

sísmicos de reflexão multi-canal e de alta resolução do relevo do fundo do mar (figura 2 e 3) que

permitiram finalmente produzir modelos tectónicos que aumentaram o nosso conhecimento sobre a

(9)

Figura 1. Localização das linhas de sísmica de reflexão multicanal no Golfo de Cadiz. Círculos indicam a posição de vulcões de lama.

a estrutura e a cinemática do limite de placas nesta região. O mais recente destes projectos,

NEAREST, procedeu ao primeiro passo da imprescindível fase de monitorização e aviso da

população. Instalou-se durante um ano, de Agosto de 2007 a Setembro de 2008, a cerca de 100km

a sul do Cabo de São Vicente, uma estação (multi-tarefa) de detecção precoce de tsunamis.

(10)

Figura 3. Imagem obtida a partir de cartografia acústica do relevo do fundo do mar do Golfo de Cádiz, utilizando a sonda multi-feixe EM120 a bordo do NRP D. Carlos I, 2004. As escalas horizontais aproximadas encontram-se na imagem. As profundiddes do fundo do mar na imagem variam entre os 4800m e os 2500m, aproximadamente. FF- escarpa da Falha da Ferradura, uma das estruturas sismogénicas do Golfo de Cádiz. D- cicatriz e depósito frontal de deslizamento submarino. CSV- Desembocadura do canhão de São Vicente na Planície Abissal da Ferradura. SWIM- dobras actuais associadas aos desligamentos dextrógiros SWIM.

Concomitantemente, instalaram-se 24 sismómetros no fundo do oceano cujos resultados são

agora fruto de estudo.

(11)

Os trabalhos de geologia e geofísica marinhas e de oceanografia realizadas nesta região e

que produziram um aumento de conhecimento e de informação primária ultrapassam, porém, os

estudos de tectónica e sismotectónica e da importância das mesmas para a protecção das

populações. Esta região, mercê da sua posição entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, é

fulcral para a compreensão das mudanças climáticas globais e apresenta ainda, potencial

importante no que respeita a jazigos de hidrocarbonetos.

No que respeita aos resultados mais importantes alcançados pela investigação em tectónica

recente importa realçar a descoberta de falhas de desligamento transpressivas dextrógiras (figura 3),

de aproximadamente 600km de comprimento que estabelecem a ligação entre a montanha

submarina compressiva de Gorringe e o litoral noroeste de Marrocos. Uma falha desta envergadura,

activa no Holocénico, representa certamente uma estrutura tectónica de primeira ordem na

acomodação da deformação entre as placas da litosfera do noroeste de África (Núbia) e sudoeste

da Eurásia (Ibéria), podendo constituir parte do limite entre ambas (Zitellini et al., subm.).

Bibliografia:

Gutscher, M.-A.; Malod, J.; Rechault, J.-P.; Contrucci, I.; Klingelhoefer, F.; Mendes- Victor, L.; Pakman, W. (2002). Evidence for active subduction beneath Gibraltar. Geology, 30 (12), p. 1071-1074

Pinheiro, L.M., Ivanov, M., Sautkin, Akhmanov, G., Magalhães, V.H., Volkonskaya, A., Monteiro, J.H., Somoza, L., Gardner, J., Hamouni, N, Cunha, M. and the TTR10 Cruise party (2003). Mud volcanism in the Gulf of Cadiz: results from the TTR-10 cruise. Marine Geology, 195, 131-151.

Rosas, F., J. Duarte, P. Terrinha, V. Valadares, L. Matias and M. A. Gutscher (aceite). Major bathymetric lineaments and soft sediment deformation in NW Gulf of Cadiz (Africa- Iberia plate boundary): new insights from high resolution multibeam bathymetry data and analogue modelling experiments. Mar. Geol.

Terrinha, P.G. (2008) A fronteira de placas entre Portugal e Marrocos, in Mateus, A. (Coord.), Oceano: o

abismo do tempo. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 7-11. Acessível em

http://geologia.fc.ul.pt/documents/145.pdf, consultado em [data da consulta].

(12)

Cerca de 70% da actividade magmática actual ocorre ao longo das cristas médias

3

oceânicas onde anualmente se formam » 21 km de rochas magmáticas. Estas, com uma espessura

média de 7 km ( 2 km de rochas vulcânicas suprajacentes a » 5 km de rochas plutónicas), ocupam,

6 2

parcialmente cobertas por sedimentos pelágicos, os cerca de 361 x 10 km dos fundos oceânicos,

constituindo a crosta oceânica. Tal actividade magmática, de natureza toleítica, gera-se por

descompressão adiabática consequente dos processos de convecção que, ocorrendo no manto

superior, são o motor da tectónica de placas. Os basaltos neste contexto gerados, são conhecidos

pelo acrónimo de MORB (Mid Ocean Ridge Basalts).

Considerando que os MORB são formados ao longo de 60 000 km de cristas médias

oceânicas, a sua homogeneidade composicional é notável. Caracterizam-se por assinaturas

radiogénicas de He e por um acentuado empobrecimento em elementos incompatíveis que

reflectem a sua proveniência de uma fonte (o manto superior) que, encontrando-se fortemente

desgaseificada, está empobrecida em elementos incompatíveis há tempo suficiente para que tal

87 86

característica se manifeste nas assinaturas isotópicas (e.g.

e

>0; Sr/ Sr < 0.7035)

Nd

Este empobrecimento do manto superior, que tem vindo a acentuar-se ao longo da história

do planeta, resulta da progressiva extracção de crosta continental, reservatório este que, de uma

forma geral, apresenta uma composição complementar da que se infere para o manto superior.

Cálculos de balanço de massa permitem concluir que o manto empobrecido corresponde

actualmente a, pelo menos, cerca de 40% do total da massa do manto, i.e. a significativamente

mais que os 26% correspondentes à massa de manto ocorrente acima da descontinuidade dos 670

km. Tal leva inevitavelmente a considerar a existência de importantes transferências de massa entre o

manto superior e o manto inferior.

A homogeneidade composicional dos MORB é localmente perturbada na proximidade dos

pontos quentes, no que é conhecido por efeito Schilling, em homenagem ao autor que

primeiramente chamou a atenção para tal particularidade. O efeito Schilling é, por exemplo,

Os basaltos dos fundos oce nicos

João Mata*

Professsor Auxiliar do GeoFCUL. Investigador do CeGUL.

â

.

(13)

evidente na região dos Açores onde para norte e para sul do ponto quente dos Açores, os MORB

apresentam desvios composicionais significativos em relação à composição usual dos basaltos dos

fundos oceânicos, os MORB-N. Tais desvios traduzem-se por um enriquecimento relativo em

elementos incompatíveis e por assinaturas isotópicas de He e Ne que apontam para a intervenção,

no processo de magmatogénese, de porções mantélicas relativamente pouco desgaseificadas, i.e.

do manto inferior. Geram-se assim, na dependência dos pontos quentes, os chamados MORB-E (de

enriquecido) ou MORB-P (de pluma) onde os enriquecimentos são mais evidentes e, em regiões mais

afastadas da influência das plumas mantélicas, os MORB-T de carcaterísticas químicas transicionais

entre os MORB-N e os MORB-E ou MORB-P.

A influência das plumas não se restringe aos efeitos químicos uma vez que as zonas de

interacção pluma-crista média são também anómalas em termos batimétricos, parcialmente por

efeito da acção térmica das plumas mantélicas. Nessas regiões as dorsais ocorrem a profundidades

significativamente menores (e.g. Açores: < -1000m) que o usual (» -2500m) podendo mesmo,

chegar a emergir como no caso da Islândia.

Os basaltos dos fundos oceânicos são ricos em minerais ferro-magnéticos (e.g.

titanomagnetite) que têm a propriedade de no decurso do seu arrefecimento, e uma vez

ultrapassada a temperatura equivalente ao seu ponto de Curie, adquirirem uma magnetização

permanente que reflecte a orientação e a intensidade do campo magnético então prevalecente.

Foi a descoberta da disposição simétrica, em relação ao eixo das dorsais, de faixas basálticas com

características magnéticas similares que levou Vine & Matthews a proporem, no já longínquo ano de

1963, a teoria da expansão dos fundos oceânicos que viria a revelar-se fulcral para a aceitação da

tectónica de placas.

Considerando a profundidade média a que se localiza a crosta oceânica (- 3730 m) é fácil de

entender que para o seu estudo se tenham de recorrer massivamente aos métodos geofísicos que,

tal como as acções de amostragem, implicam a realização de dispendiosas missões

oceanográficas que, não obstante, já se vão tornando possíveis para alguns dos investigadores

portugueses. No entanto, a tectónica de placas, ao propiciar a ocorrência de processos de

obducção, tem levado à instalação “on-shore” de porções crostais oceânicas (complexos ofiolíticos)

que possibilitam o estudo da estrutura e composição da crosta oceânica através de metodologias

utilizadas tradicionalmente na geologia continental. Em Portugal encontram-se preservadas

sequências ofiolíticas paleozóicas em Trás-os-Montes e nos sectores meridionais da Zona de

Ossa-Morena.

(14)

Geologia na FCUL: Síntese informativa

Na FCUL, as actividades de investigação, formação (graduada e pós-graduada) e de prestação de serviços na Área Científica de Geologia têm longa tradição, sendo há muito reconhecidas a nível nacional e internacional. O percurso empreendido desde a fundação da FCUL permitiu, não só firmar e desenvolver competências em diferentes áreas do Saber, como ainda conquistar espaços próprios de mercado que possibilitam níveis relativamente elevados de recrutamento e de colocação dos seus graduados.

Como resultado deste percurso, a experiência acumulada e transmitida, bem como o espólio documental e instrumental obtido, é digno de apreço. São, pois, muito numerosos os exemplos de projectos de investigação financiados a nível nacional e internacional em diferentes áreas do conhecimento, bem como as prestações de serviço a um largo espectro de empresas (públicas e privadas) trabalhando em diversos sectores da actividade económica.

São também dignas de menção as diversas cooperações nacionais e internacionais estabelecidas com instituições académicas e de investigação que se reflectem fundamentalmente em propostas comuns de projectos de investigação, mas que se pretende que venham a assumir no futuro próximo papel dinamizador de processos de mobilidade educativa. São, igualmente, longas as listas de publicações e de outras contribuições para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, contando com a participação de diversas gerações de docentes / investigadores.

Destacam-se ainda as largas dezenas de teses de mestrado e doutoramento na Área Científica de Geologia, para além de muitas centenas de relatórios de estágio.

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Departamento de

GEOLOGIA

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Departamento de

GEOLOGIA

GeoFCUL©2008

Formação

Graduada (1º Ciclo)

A Licenciatura em Geologia (Ramos Geologia e Recursos Minerais e Geologia

Aplicada e do Ambiente) em vigor estrutura-se em quatro anos (240 créditos) e tem

como objectivo primordial o desenvolvimento das competências necessárias ao

desempenho qualificado e versátil da profissão de geólogo em diferentes

domínios de actividade. Inscreve-se, por isso, nas formações de Ensino Superior de

nível 5 (ISCED), habilitando ao exercício da profissão de geólogo.

No que diz respeito às questões relacionadas com “Oceano; abismo no

tempo”, estas são focadas em diversas disciplinas constituintes da Licenciatura em

Geologia, nomeadamente nas 5 unidades curriculares específicas seguintes,

perfazendo um total de 30 créditos (Geologia Marinha, Processos e Gestão do

Litoral e do Oceano, Ciclos Geoquímicos, Ambientes Sedimentares e Sistemas

Terrestres e Desenvolvimento Sustentável).

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Departamento de

GEOLOGIA

GeoFCUL©2008

Formação

Pós-Graduada

Programa de Mestrado em Geologia (2º ciclo)

Este Programa conta com três áreas de especialização (Estratigrafia, Sedimentologia e Paleontologia; Geologia Estrutural; Geoquímica, Mineralogia e Petrologia) e representa a evolução lógica da especialidade em Geodinâmica afecta ao Programa de Mestrado em Geologia e oferecida pela primeira vez em 2006/07 que, por sua vez, expandiu parte da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Dinâmica. Incorpora ainda a iniciativa concretizada pela primeira vez em 2005/06 através da oferta do Curso Pós-Graduado de Actualização em Petrologia (THERMOCALC Utilização em Geotermobarometria e Cálculo de Diagramas de Fase).

O Programa de Mestrado em Geologia Aplicada desenvolve-se ao longo de 1,5 anos (90 créditos) e tem por objectivos específicos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo): l necessários à análise multi-escala e integrada da constituição, organização e interacção (dinâmica) dos sistemas geológicos; l indispensáveis ao reconhecimento das diversas implicações e aplicações do conhecimento geológico, designadamente na elucidação dos Ciclos Orogénicos; e l imprescindíveis ao desenvolvimento de competências para a prática autónoma de investigação.

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Departamento de

GEOLOGIA

GeoFCUL©2008

Formação

Pós-Graduada

Programa de Mestrado em Ciências do Mar (2º ciclo)

O objectivo do 2º ciclo em Ciências do Mar é a formação de profissionais

com perfil abrangente e competências específicas, capazes de integrar

harmoniosamente equipas multidisciplinares das várias disciplinas de Ciências do

Mar, ou grupos de uma área mais sectorial.

Este 2º ciclo fornece uma perspectiva integrada e transversal das Ciências do

Mar nas suas vertentes essenciais - Biologia, Física, Geologia e Química - a

licenciados com formação de base numa dessas vertentes e que procurem obter

uma compreensão alargada desta área do conhecimento no desempenho

profissional ou em actividades de investigação científica.

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Departamento de

GEOLOGIA

GeoFCUL©2008

Formação

Pós-Graduada

Programa de Doutoramento (3º ciclo)

Este Programa de três anos tem como propósito fundamental consolidar e

aprofundar níveis de competência para investigação autónoma em diferentes

áreas do conhecimento geológico e/ou domínios de interface com outras áreas do

Saber.

Como áreas de especialidade relacionadas com o tema “Oceano; abismo

no tempo” referem-se as seguintes: Geodinâmica Interna; Geodinâmica Externa;

Geoquímica; Petrologia; Sedimentologia; Ciências do Mar.

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GEOLOGIA

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Produção científica / Teses de Mestrado

(Últimos 10 anos)

Cardoso, R. (2008) Estudo geoquímico e sedimentológico de ambientes estuarinos do litoral

português: Lima, Tejo e Mira. Msc Thesis. Univ. Lisboa: 111 pp.

Costa R (2001) Estudo Mineralógico e geoquímico da alteração hidrotermal das rochas

vulcânicas e ultramáficas serpentinizadas do Monte Saldanha (RMA, segmento

FAMOUS/AMAR) MSc Thesis, Univ. Lisboa: 147 pp

Dias A (2001) Sedimentos Hidrotermais do Monte Saldanha (Crista Médio-Atlântica,

FAMOUS/AMAR) MSc Thesis, Univ. Lisboa: 116 pp

Ferreira, J. (2006) Nanofósseis calcários na plataforma continental do Algarve. Sector oriental e

estuário do Guadiana. Msc Thesis. Univ. Lisboa: 125 pp.

Guerreiro, C. (2005) Nanoplâncton calcário como traçador da sedimentação marinha em

domínio nerítico e parálico. Msc Thesis. Univ. Lisboa: 193 pp.

Parente, A. (2002) Contribuição para o estudo morfométrico de Nanofósseis calcários. Msc

Thesis. Univ. Lisboa: 158 pp.

Ramalho, M.J. (2003) - Aplicação do Nanoplâncton Calcário em Interpretação (Paleo)ambiental

de Regiões Costeiras: o caso das Lagunas de Melides e Santo André. Msc Thesis. Univ.

Lisboa 127 p.

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Produção científica / Dissertações de Doutoramento

(Últimos 10 anos)

Fatela, F. (1995) Contribution des Foraminifères benthiques profonds à la reconstitution des paléoenvironnements du Quaternaire récent de la Marge Ouest Ibérique (Marge Nord Portugaise et Banc de Galice). PhD Thesis, Univ. Bordeaux I: 262pp.

Hugo C. R. C. Matias (2008) Hydrocarbon Potential of The Offshore Algarve Basin. PhD thesis, Universidade de Lisboa.

Marques AFA (2006) Geology and Genesis of Sulfide Mineralization in the Rainbow Ultramafic-hosted Seafloor Hydrothermal System. PhD Thesis, Univ. Lisboa: 300 pp.

Parente, A. N. (2006) Morfometria aplicada ao cocolitóforo Coccolithus pelagicus (s.l.) à escala do Atlântico Norte, para os últimos 6 Ma. Indicações paleoceanográficas e paleoecológicas da presença de distintos morfótipos. PhD Thesis, Univ. Lisboa: 189pp.

Pedro Terrinha (1998) - Structural geology and tectonic evolution of the Algarve Basin. Ph.D. dissertation, Imperial College, University of London.

Ribeiro da Costa I (2005) Serpentinization on the Mid-Atlantic Ridge: the Rainbow, Saldanha and Menez Hom sites. PhD Thesis, Univ. Lisboa: 444 pp

Rodrigues, A.C.C. (2001) Tectono-estratigrafia da Plataforma Continental Setentrional Portuguesa. PhD thesis. Universidade de Lisboa.

Roque, A.C. (2006) - Estrutura e evolução tectónica das Margens Sul e Sudoeste Portuguesas. (FCT fellowship). University of Lisbon.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Alday, M.; Cearreta, A.; Cachão, M.; Freitas, M.C.; Andrade, C., Gama, C. (2006) Micropaleontological record of Holocene estuarine and marine stages in the Corgo do Porto rivulet (Mira River, SW Portugal). Estuarine, Coastal an Shelf Science, 66: 532-543.

Andrade, C.; Lira, F.; Pereira, M.T.; Ramos, R.; Guerreiro, J. & Freitas, M.C. (2006) Monitoring the Nourishment of Santo Amaro Estuarine Beach (Portugal). Journal of Coastal Research, SI 39: 776-782.

Binns RA, Barriga FJAS, Miller DJ, Leg 193 Scientific Party (2002) Anatomy of an Active Hydrothermal System Hosted by Felsic Volcanic Rocks at a Convergent Plate Margin: ODP Leg 193. Joides Journal 28(2):2-7 (includes Pinto AMM)

Binns RA, Barriga FJAS, Miller DJ, LEG 193 Synthesis: Anatomy of an Active Felsic-Hosted Hydrothermal System, Eastern Manus Basin, Papua New Guinea. In: Barriga, Binns, Miller, Hertzig, eds, Proceedings ODP, Scientific Results, 193 (accepted)

Cabral, M. C., Freitas, M. C., Andrade, C., Cruces, A. (2006) Coastal evolution and Holocene ostracods in Melides lagoon (SW Portugal). Marine Micropalaeontology. 60, 3: 181-204.

Cachão, M., Moita, T. (2000) Coccolithus pelagicus, a productivity proxy related to moderate fronts off Western Iberia, Marine Micropaleontology, 39(1/4): 131-155.

Cachão, M. ; Oliveira, A., Vitorino, J. (2000) Subtropical winter guests, offshore Portugal, Journal of Nannoplankton Research, 22 (1): 19-26.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

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(Últimos 10 anos)

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(Últimos 10 anos)

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(Últimos 10 anos)

Rosa, F.; Fatela, F. and Drago, T. (2007) - Late Holocene benthic foraminiferal records in the continental shelf off Douro River (NW Portugal): evidences for productivity and sedimentary relationships. Thalassas, 23: 19-31.

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Salgueiro E. C., Voelker A. Abrantes F., Meggers H., Pflaumann U., Loncaric N., González-Álvarez R., Oliveira P., Bartels-Jónsdóttir H. B., Moreno J. & Wefer G. (2008) Planktonic Foraminifera from Modern Sediments Reflect Upwelling Patterns off Iberia: Insights from a Regional Transfer Function. Marine Micropaleontology. 3-4: 135-164.

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Terrinha P., L.M. Pinheiro, J.-P. Henriet, L. Matias, M.K. Ivanov, J.H. Monteiro, A. Akhmetzhanov, A. Volkonskaya, T. Cunha, P. Shaskin, M. Rovere, and the TTR10 Shipboard Scientific Party (2003) - Tsunamigenic-seismogenic structures, neotectonics, sedimentary processes and slope instability on the southwest Portuguese Margin. Marine Geology, 195 (1-4), 55-73.

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(Últimos 10 anos)

Toledo, F., Cachão, M., Costa, K. Pível, M. (2007) Planktonic foraminifera, calcareous nannoplankton and ascidian variations during the last 25 kyr in the Southern Atlantic: A productivity signature? Marine Micropaleontology, 64: 67-79.

Vidinha, J.; Rocha, F.; Andrade, C.; Gomes, C. & Freitas, M.C. (2004) Sedimentological provinces definition based on mineralogy evidences - Espinho and Cape Mondego (Portugal). Thalassas, 20, 2: 81-86.

Zitellini N., L. A. Mendes Victor, D. Cordoba, J. Danobeitia, R.Nicolich, G.Pellis, A. Ribeiro, R. Sartori, L.Torelli, R.Bartolome, G. Bortoluzzi, A. Calafato, F. Carrilho, L. Casoni, F. Chierici, C. Corela, A.Correggiari, B. Della Vedova, E. Gracia, P. Jornet, M. Landuzzi, M. Ligi, A. Magagnoli, G. Marozzi, L. Matias, D. Penitenti, P. Rodriguez, M. Rovere, P. Terrinha, L.Vigliotti and A. Zahinos Ruiz. (2001) - The 1755 Lisbon earthquake and Tsunami: localization and investigation of the tectonic source. EOS, Transactions, American Geophysical Union, 82 (26).

Zittellini N., Rovere M., Terrinha, P., Chierici F., Matias L., Ribeiro, A., AND BIGSETS TEAM (2004) - Neogene through quaternary tectonic reactivation of SW Iberian passive margin. Pure and Applied Geophysics, 161, 565-587.

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(Últimos 10 anos)

1999 Plano de Ordenamento da Orla Costeira Troço Alcobaça/Sintra

-CeGUL/Hidroprojecto, SA/INAG.

2000 - Estudo Integrado do Sistema Lagunar de Santo André - Monte Velho, CeGUL/DRA -

Alentejo.

2002 - Requalificação Ambiental e Ordenamento das Áreas Envolventes da Barrinha de Mira -

Campanha de amostragem - CeGUL/Hidroprojecto SA.

2004/2005 - Plano de ordenamento e gestão da rede de áreas marinhas da ilha de Porto

Santo (POGRAMP) - CeGUL/ICAT. Relatório não publicado, 28 p.

2005 - Cartografia do sistema dunar no litoral do empreendimento da CostaTerra.

CeGUL/Consmaga-Tterra. Relatório não publicado, 25 p.

2005/2006 - Estudo do património biológico e análise geológica e geomorfológica da região

de Óbidos. Financiado pela Câmara Municipal de Óbidos. Entidade proponente -

Museu Nacional de História Natural (colaboração de CeGUL, GeoFCUL, Centro de

Ecologia e Biologia Vegetal, Centro de Biologia Animal e LATTEX). A. Azerêdo, J. Cabral,

M.C. Freitas, C. Andrade, Í. Silva, T. Ferreira, R. Ramos, Relatório não publicado, 158 p.

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(Últimos 10 anos)

2006/2007 - Estudo e caracterização do conteúdo sedimentar e da variabilidade

morfológica de praias da Costa do Sol - GeoFCUL/Câmara Municipal de Cascais.

2007/2008 - Projecto Recuperação da Lagoa de Melides - Monitorização Ambiental da Lagoa

de Melides (componentes referentes à qualidade da água, afluências, dados de

agitação marítima, das marés e dos caudais que afluem à Lagoa, qualidade dos

sedimentos, ecossistemas e biodiversidade). Protocolo com CCDR-A.

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Comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL

João Mata, Carlos Marques da Silva, Teresa Drago, Pedro Terrinha.

Oceano:

Abismo do tempo

Ficha técnica:

Como citar este documento:

. . . . . . .

Coordenação

Design gráfico e execução

Imagens

António Mateus.

Carlos Marques da Silva.

Mateus, A. (Coord.) (2008) Oceano: abismo do tempo. Departamento de

Geologia da FCUL, Lisboa, 35 pp. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/

documents/160.pdf, consultado em [data da consulta].

Outubro de 2008

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