A Patrulha com Ritmo
Sumário da Actividade
A Tribo de Escoteiros e a Tribo de Exploradores organizam um festival de música em que cada Patrulha faz uma apresentação musical. Os instrumentos musicais podem ser construídos pelos Escoteiros (opcional).
Objectivos
Organizar e Participar numa Actividade preparada pelos Escoteiros e Exploradores
Compor músicas.
Desenvolver as expressões artística e musical. Desenvolver a capacidade de trabalho em equipa.
Áreas de desenvolvimento e objectivos
educativos
Tribo de Escoteiros
IntelectualSer criativo e expressar essa criatividade com recurso a capacidades técnicas e manuais.
Espiritual
Desempenhar tarefas em Equipa; auxiliar os outros na superação de dificuldades.
Afectiva
Criar o hábito de utilizar diferentes formas de exprimir experiências e emoções.
Carácter
Valorizar a importância das tarefas que consegue realizar dentro da equipa.
Tribo de Exploradores
IntelectualSer criativo e expressar essa criatividade com recurso a capacidades técnicas e manuais.
Social
Aceitar a decisão do grupo, cooperando na sua execução, independentemente da sua opinião sobre a mesma.
Afectiva
Utilizar a expressão criativa para exprimir conceitos. Entender a expressão criativa para exprimir conceitos.
Progresso na Tribo de Escoteiros
3ª Etapa
Faz uma dança, uma música, uma letra, um texto, uma reportagem fotográfica, um vídeo ou uma apresentação.
Progresso na Tribo de Exploradores
2ª Etapa
Executa um trabalho criativo escolhido em conjunto com a tua Chefia de Divisão, usando as tuas capacidades técnicas e manuais.
Local
Sede de Grupo ou local que a Tribo escolha especialmente para o efeito.
Participantes
Todas as Patrulhas.
Materiais
Os necessários para criar um ambiente de festival
Materiais de construção de instrumentos musicais artesanais (ver anexo)
Duração
3 reuniões se não houver construção de instrumentos, 6 reuniões se as Patrulhas construírem os seus instrumentos.
Descrição da Actividade
Antes da 1ª ReuniãoNo Conselho de Guias, os dirigentes apresentam a sua proposta de actividade aos Guias e Sub-Guias das Patrulhas. Distribuem-se responsabilidades e esclarece-se as funções que os Guias e Sub-Guias vão ter nas Patrulhas.
Primeira Reunião
Os dirigentes relembram as características gerais da actividade, explicam os passos a seguir e as tarefas são distribuídas.
Como motivação, pode promover-se uma discussão sobre a importância da música na nossa vida, e a sua presença como manifestação cultural de um povo ou grupo de pessoas. Pode recordar-se e cantar-se músicas Escotistas para criar um ambiente adequado ao que se pretende realizar, se se puder acompanhar com uma viola ou outro instrumento musical, melhor ainda. Existem alguns pontos que precisam de ser esclarecidos antes das
fazer uma lista de elementos e material necessários e forma de os conseguir, escolher o júri da competição. Distribui-se estas tarefas pelos elementos das Patrulhas.
Quando todas estas tarefas estiverem asseguradas, as Patrulhas reúnem para discutir e criar as canções que vão apresentar. Entre a primeira reunião e a realização do festival
Entre a primeira reunião e aquela em que se vai realizar o festival, as Patrulhas estão ocupadas na preparação e ensaio das suas apresentações, na obtenção do material e equipamentos e a realizar as tarefas que lhes foram atribuídas.
Os dirigentes devem estar atentos aos progressos feitos pelas Patrulhas e disponíveis para ajudar, se as Patrulhas necessitarem. Em relação à organização do festival, os dirigentes ficam com a parte mais complexa, mas devem ir relembrando as Patrulhas de que têm de cumprir as tarefas que lhes couberam dentro dos prazos acordados.
No dia do Festival
Chegada a data marcada, com os trabalhos de preparação já praticamente finalizados, decora-se a sala onde se vai realizar o festival e faz-se um ensaio geral para prevenir possíveis imprevistos.
Recebem-se os outros membros do Grupo e familiares e amigos entretanto convidados, assim como o júri.
Cada Patrulha faz a sua apresentação. Entre cada apresentação dá-se algum intervalo em que os dirigentes podem cantar outras canções Escotistas ou fazer pequenos sketches, para dar tempo para a próxima Patrulha preparar o seu material e para manter o público interessado.
No final, o júri reúne-se para deliberar. No final, apresentam o vencedor e distribuem os prémios. Pode haver um pequeno lanche para os convidados terem oportunidade de conviver.
Esta Actividade pode ter algumas variantes. Aqui é apresentado um festival para as Tribos, mas pode fazer-se um festival de Grupo em que as apresentações são preparadas por equipas com elementos de todas as Divisões, festival Regional com vários Grupos da mesma região que apresentam as suas canções por Grupo, e outras variações. Podem ainda criar-se vários prémios: o melhor instrumento, a melhor indumentária, a melhor música, a melhor letra, o melhor cantor, etc.
Construção de Instrumentos
Flauta
Material:
1 vara de cana de bambu com 1 a 2 cm de diâmetro, cujo afastamento dos nós seja o mais longo possível.
Lima redonda ou quadrada Lima plana, pequena X – acto
Serra para metais. Figura 1
Instruções
Escolher uma parte da cana com a distância entre nós mais longa e cortar como demonstrado na figura acima, obtendo assim uma extremidade aberta e outra fechada pelo nó.
Fazer um entalhe da extremidade aberta. Para isto, fazer primeiro um V usando o x-acto e depois arredondá-lo com uma lima pequena ou uma lixa, conforme a figura 2.
Lixar as bordas da extremidade superior usando a lima redonda, (figura 3). A extremidade inferior deve ter uma pequena abertura, que é feita no meio da película que tapa o nó, conforme figura 4.
Antes de fazer os próximos orifícios, deve praticar-se até obter som. Coloca-se a flauta como mostra a figura 5, isto é, com o lábio inferior a fechar a parte superior e o lábio superior a dirigir ar sobre o entalhe.
Se o entalhe for suficientemente fino, o tubo vibra. Quanto mais comprido for o tubo, mais grave será o som e mais amplitude (mais notas) pode ter, permitindo fazer furos que produzem sons mais graves e sons mais agudos.
Desenhar uma linha recta no meio da flauta na parte frontal, conforme a linha tracejada mostra, na figura 6 a. Fazer a mesma coisasna parte posterior, como indica a figura 6 b. Os orifícios que forem feitos devem estar alinhados segundo estas linhas. As linhas transversais ao tracejado são as posições aproximadas dos orifícios.
Para fazer os orifícios, aquecer uma ponta metálica (prego, ferro de pirogravar) até ficar vermelha e encostar na cana no local correspondente, até obter a altura desejada. Pode-se aumentar o diâmetro dos orifícios com a lima redonda, até uma largura de 0,5 cm.
As medidas devem ser tomadas a partir da borda superior o orifício. Se a nota obtida for muito grave, limar a borda para que o orifício alargue e a nota suba de tom.
A figura 9 mostra a posição dos dedos para se obter diferentes notas. Os orifícios que aparecem em negrito devem ser tapados pelos dedos.
Órgão com garrafas
Material
Oito “músicos”
Instruções
A primeira coisa que se deve aprender neste caso é soprar numa garrafa de forma a conseguir obter dela um som agradável. Para isto deve-se encher a garrafa com água até ao meio, colocar o gargalo da garrafa no lábio inferior, manter a garrafa na vertical e soprar lentamente dirigindo o ar para baixo.
Quanto mais água tiver a garrafa, mais agudo é o som; quanto menos água tiver mais grave é o som.
Se tivermos um bom ouvido para a música, podemos afinar as garrafas com a ajuda de um instrumento musical. Na figura 11 podemos ver a escala musical de Dó no piano, que pode servir de guia para a afinação das garrafas.
A Figura 12 apresenta quantidades aproximadas da água precisa para atingir as notas, se não for possível afinar as garrafas através de um instrumento.
Flauta dos Andes
Material
2 ou 3 varas de cana de Bambú com 1 metro de comprimento e 1 a 2 cm de diâmetro
X-acto
Serra para madeira Lima plana pequena Lima quadrada ou redonda
Rolo de corda fina resistente (fio norte, por exemplo)
Instruções
Seleccionar a parte mais comprida entre dois nós e serrar como indica a figura 14. Obtém-se um tubo vazio, em que a extremidade superior é aberta e a inferior está tapada pelo nó da cana. Repetir o procedimento até obter 10 tubos.
Com os tubos cortados, deve-se praticar até se conseguir obter som de um dos tubos. Para isto deve-se colocar o tubo no lábio inferior e soprar o ar de maneira oblíqua para o interior do tubo. Esta tarefa não é fácil, por isso deve ter-se alguma paciência e persistência. Algumas vezes, pequenas impurezas do interior do tubo dificultam a saída de ar. Se for o caso, utilizar a lima para as tirar.
O tom grave ou agudo vai depender do comprimento do tubo, os tubos mais compridos têm um som mais grave, e os mais curtos, um som mais agudo. O instrumento que aqui se propõe é composto por 10 tubos. Cada tubo corresponde a uma nota, em que a escala começa no dó, e depois ré, mi, fá, sol, lá si, dó ré mi.
Com a ajuda de um instrumento musical, tocar a nota DÓ e soprar no primeiro tubo. Se o som obtido corresponder ao do instrumento, o comprimento é correcto, se o som for mais grave deve ir-se cortando ou limando, até corresponder. Outra alternativa é derreter um pouco de cera e despejar para dentro do tubo.
Repetir o procedimento anterior, tocando as notas correspondentes, até obter a escala completa.
Quando todos os tubos estiverem cortados e com a nota certa, deve lixar-se a extremidade superior de todos eles para evitar que as farpas magoem os lábios.
Para unir os tubos, ordená-los como na figura 15. Cortar uma cana ao meio, mais comprida que a largura das canas juntas, obtendo 2 travessões. Pôr um na horizontal e outro na diagonal. Atar cada tubo aos travessões como na figura 16, apertando-se o máximo possível.
Reco Reco
Material
Uma vara de bambu com um grande diâmetro Serra para madeira
Lima redonda ou quadrada Um prego grande para madeira
Instruções
Serrar a cana de Bambú de forma a obter um segmento fechado dos dois lados pelos nós. Numa das extremidades fazercom o prego um orifício de mais ou menos 2 cm de diâmetro.
Com a ajuda da lima, dar forma às ranhuras como demonstrado na figura 18.
Na parte inferior da cana, por trás das ranhuras fazer dois orifícios do tamanho dos dedos indicador e anelar, com uma ponta de metal quente (ferro de pirogravar, por exemplo). Pode alargar-se com a lima
Com um pedaço de Bambú, confeccionar uma vareta fina que servirá para obter som passando-a sobre as ranhuras.
Xilofone de Bambú
Material:
Serra para madeira Bolas de madeira Pregos
Varetas de Bambú
2 metros de varetas de madeira Varas de Bambú de diâmetro grande
Instruções
Escolher a parte mais comprida entre dois nós das canas e serrar de forma a ficar uma extremidade aberta e outra fechada pelo nó. Repetir a operação até ter 12 tubos.
Os tons graves ou agudos dos tubos dependerão do seu comprimento. Os mais compridos terão um som mais grave, e os mais curtos, um som mais agudo. Os xilofones que aqui apresentamos são constituídos por 12 tubos que correspondem à escala de notas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré, mi, fá, sol. Com a ajuda de um instrumento musical, tocar a nota DÓ e com o
Ordenar os tubos como na figura e marcar as medidas para a base do xilofone. Fazer a base com as varetas de madeira cortadas segundo as medidas necessárias, pregando os suportes horizontais sobre as travessas verticais.
Fixar o primeiro tubo na base e colocar dois pregos de cada lado, para evitar que o tubo role. Repetir a operação para os tubos seguintes, deixando um espaço pequeno entre eles.
Pregar as bolas de madeira a duas varetas de Bambú, que serão as baquetas do xilofone.
Podes encontrar facilmente outros instrumentos musicais fáceis de construir se pesquisares um pouco na internet ou em livros.