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ESTRATÉGIA COMPETITIVA PARA INFORMAÇÃO TURÍSTICA LOCAL E REGIONAL

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Academic year: 2021

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ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA

( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO

( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE

(X ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

ESTRATÉGIA COMPETITIVA PARA INFORMAÇÃO TURÍSTICA LOCAL E REGIONAL

Billy Joy Ribeiro Vinticinco1

Luiz Fernando de Souza2

RESUMO – A informação em qualquer setor tem um papel fundamental e indispensável, é ela quem vai orientar as decisões e ações de uma instituição e também a facilidade de acesso aos clientes em alguns setores. No turismo, a informação poderá influenciar diretamente no desenvolvimento de determinadas atividades. O artigo traz um projeto que visa justamente à facilidade de acesso a informações turísticas tanto para residentes locais, como para os turistas, já que esta pode ser determinante para a sustentabilidade do turismo no local. A aproximação entre atrativos turísticos, turistas e comunidade somente será possível com uma ferramenta de informação entre os atores locais, regionais e os turistas. Um estabelecimento de Sistema de Informação Turística bem equipado e preciso auxilia na satisfação dos clientes, isto devido às particularidades do produto turístico. Sendo assim, o projeto irá agregar aos postos de combustíveis da cidade de Ponta Grossa, um posto de informação turística, para que a informação esteja acessível, clara e eficaz para os turistas, viajantes a trabalho e residentes locais. Já que Ponta Grossa é um importante entroncamento rodo ferroviário por sua localização geográfica. Qualificando os estabelecimentos e a sua mão-de-obra, articulando o setor publico e privado, associações, sindicatos e comunidade local, o projeto poderá ser uma estratégia para que Ponta Grossa atinja um Posicionamento Estratégico diferenciado dentro do mercado turístico, oferecendo um mix de valores único e exclusivo da cidade e da região perante aos concorrentes.

PALAVRAS CHAVE – Turismo, Posicionamento Estratégico, Sistema de Informação Turística

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Billy Joy Ribeiro Vinticinco, Extensionista email: billy-joy@hotmail.com (Bolsista Proex)

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Introdução

O turismo nas últimas décadas está em constante consolidação. Após a Segunda Guerra Mundial, em virtude da evolução tecnológica, o aumento da procura pelo lazer, as melhorias nas condições de trabalho, que consequentemente possibilitaram o aumento do tempo livre, fizeram do turismo uma atividade muito praticada nas últimas décadas, quão grande foi o crescimento que na década de 70, 80, o turismo sofreu um “boom”. Nos últimos anos, pesquisadores têm buscado um conceito para explicar o que é turismo, mas devido a sua grande abrangência, não se pode definir um conceito de turismo que realmente seja integro, mas podemos chegar próximos da noção, segundo a definição de alguns autores.

Para De La Torre (1992, p.92), o turismo se trata de:

“um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou de grupos de pessoas que, fundamentalmente, por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem do seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas interrelações de importância social, econômica e cultural”.

Portanto, o turismo se trata do deslocamento de pessoas para locais em que não residem, utilizando temporariamente serviços de hospedagem, interagindo com a identidade local, motivadas por um atrativo da região que podem ser socioculturais, naturais e edificados. Em razão da gama de serviços que a atividade turística demanda e oferta, ela apresenta uma inter e multidisciplinaridade, precisando ser pensada e planejada de maneira sustentável, devendo ser considerada tanto pelo setor público ou privado, como pela comunidade local, para que o planejamento sustentável oriente o desenvolvimento local.

Mesmo com muitos autores estabelecendo definições de turismo, ainda não se conseguiu chegar a um denominador comum em relação à definição da atividade e do próprio turismo. Em se tratando deste assunto destaca Beni (apud Bissoli, 2000, p. 23):

“O Fenômeno turismo é tão grande e complexo que é praticamente impossível expressa-lo corretamente; ocorre em diferentes campos de estudo, em que é explicado conforme diferentes correntes de pensamento e verificado em vários contextos da realidade social”.

Por exemplo, a definição de De La Torre citada acima, apesar de trazer um conceito claro e fácil de entender, descreve o turista como o ator que não vai exercer nenhuma atividade remunerada na região de destino. Porém, uma das segmentações do turismo, que está muito presente atualmente, é o turismo de negócios, nesse caso o turista, realiza sim atividades remuneradas, pois está na cidade por motivos de trabalho. A análise da definição de De La Torre, pelo olhar de Beni, comprova essa abrangência do turismo difícil de chegar a um denominador comum.

O artigo presente trata da explanação de uma ação do projeto “Pesquisa e Competitividade para a ordenação territorial do turismo”, que consiste em agregar aos postos de combustíveis da cidade, como um local onde os turistas, viajantes ou residentes possam se informar sobre a mesma, ou região. Ou seja, um posto de informação, dentro de um posto de combustível, visando a vantagem competitiva dentro do mercado, fazendo com que a cidade ou posteriormente estado e país, ocupe uma posição estratégica diferenciada aos demais, gerando vantagem competitiva. Sem se esquecer de um planejamento sustentável do projeto que envolverá a comunidade local, na questão de qualificação de mão-de-obra, que bem executada, influenciará toda a gama de produtos e serviços que o turismo pode demandar em uma cidade.

Objetivos

A escala inicial da ação “Estratégia Competitiva para Informação Turística Local e Regional”, será a cidade de Ponta Grossa. Para facilitar o entendimento da competitividade para a cidade, devemos enxergar a cidade como uma empresa dentro de um mercado altamente competitivo, que precisa estar em constante alerta, aberta a inovações e flexível, para acompanhar as mudanças competitivas e de mercado. As empresas buscam conquistar um lugar preservável dentro do mercado, um lugar em que a empresa tenha um diferencial que a identifique de longe, sobre quem é e a qualidade dos produtos e serviços, isso se chama Posicionamento Estratégico, que é proporcionar o produto de forma diferente, ou então proporcionar o mesmo produto, mas de maneira diferente do que os rivais (PORTER, 1999, p.48).

Ponta Grossa com seus cerca de 300.000 habitantes (IBGE Censo 2010), é uma importante cidade do estado e o principal município da Região dos Campos Gerais. Conta com uma localização

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privilegiada no estado,caracteriza-se como um importante entroncamento rodo ferroviário e se destaca nos setores da Agricultura, Comércio e Indústria. Ponta Grossa possui atrativos de potencial turísticos interessantes, tanto naturais como culturais. Buraco do Padre, Cachoeira e cânion do Rio São Jorge, Capão da Onça, Cachoeira da Mariquinha se revelam como atrativos naturais interessantes para o turismo e culturalralmente, o Mosteiro da Ressurreição e a Adega Porto Brazos podem ser considerados no turismo.

A ação “Estratégia Competitiva para Informação Turística Local e Regional” tem como objetivo geral a qualificação dos postos de combustíveis por meio da capacitação de seus colaboradores, para a informação turística local e regional, ou seja, agregar a estes estabelecimentos serviços de informação, tanto para o turista como para a comunidade local, informações que respondem a perguntas como: O que tem? Aonde? E Como chegar? O Poder Público e demais instituições gestoras, a iniciativa privada, turistas, estudantes, pesquisadores e comunidade, poderão se beneficiar de um Sistema de Informação Turística local e regional.

Um sistema é composto por partes heterogêneas que devem estar interligadas e interagir entre si, de forma organizada e coerente, para que cada parte desempenhando sua função em articulação com as outras, atinjam um mesmo objetivo. A informação se trata de um agrupamento de dados avaliados para uma situação específica, que podem ser usados para dar uma direção à tomada de decisões e podem ser armazenados para serem usados na tomada de decisões de um planejamento futuro, pois a informação é imprescindível nos processos de planejamento e gestão, e é vital para o turismo devido a sua complexidade e a evolução da tecnologia, que a informação quando passada caracteriza a comunicação. (BRASIL, 2007)

É importante criar um Sistema de Informações para o turismo e, neste caso, baseando-se pela política do Programa de Regionalização do Turismo. Segundo o programa, a criação desse sistema percorre por fases de concepção, elaboração, construção e implantação. Por algumas características do produto turístico - são intangíveis, comprados longe do local de uso e momento de consumo - e por conta dessas especificidades, a informação tem papel fundamental para a satisfação dos consumidores segundo COOPER et al (2002):

“A informação precisa e correta, apropriada às necessidades do consumidor, é muitas vezes a chave para a satisfação dos consumidores. As tecnologias da informação são, pois, centrais para a demanda do turismo, já que requerem geração, coleta, processamento, aplicação e comunicação da informação para as operações”.

A ação será uma Estratégia Competitiva para a cidade de Ponta Grossa, que posteriormente poderá ser aplicado na região, estado e país. Essa estratégia visa a inovação para a cidade, contribuindo para o desenvolvimento do turismo local. Facilitará a disponibilidade de informação para os residentes e turistas, usando a informação como ferramenta para atingir a vantagem competitiva. Mas só estratégia não é suficiente, a Eficácia Operacional também tem que estar presente, ela aparecerá no processo de qualificação tanto do estabelecimento, tanto com quem trabalha nesses e estará em contato direto com os clientes, para que o estabelecimento realize as atividades sob medida, disponibilizando a informação turística com precisão e comodidade. A Eficácia Operacional dependerá diretamente da qualidade dos serviços nestes estabelecimentos.

Articulando todas as partes, estratégia e eficácia, condições dos fatores, setores correlatos e de apoio, perfil da demanda e todas variáveis e determinantes como taxas de economia, cultura, história e valores, o projeto fará com que Ponta Grossa atinja um Posicionamento Estratégico dentro do mercado turístico. Essa posição identificará a cidade, dando visibilidade a Ponta Grossa, e estimulará os setores, público e privado a investir em obras de infra-estrutura, orientar e desenvolver o crescimento do setor, um crescimento sustentável que contará com a participação da comunidade local, que precisa ser a mais beneficiada pela atividade turística.

Além disso, os estabelecimentos que aderirem ao projeto, adotando o Sistema de Informações Turísticas, e que não tiverem realizado o cadastro, poderão ser cadastrados no CADASTUR, que é um Sistema de Cadastros dos Empreendimentos, Equipamentos, e Profissionais da Área de Turismo, dando mais visibilidade ao próprio estabelecimento.

Metodologia

Para implantação do projeto nos postos, serão usados os seguintes critérios para a seleção de quais estabelecimentos vão receber a qualificação:

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Localização em regiões estratégicas da cidade, basicamente nas regiões de entrada e saída da cidade, e no centro que serve de acesso a todas as demais regiões, sendo selecionado um em cada região.  Centro  Uvaranas  Nova Rússia  Oficinas  Monteiro Lobato  Ronda Quanto às características:

 Boa localização dentro da região.  Facilidade de visualização.  Facilidade de acesso.

 Bandeiras regulamentadoras. Quanto aos serviços oferecidos:

 Loja de Conveniências.  Troca de Óleo.

 Lava-car

Esse projeto seguirá um plano de ação com as seguintes estratégias: 1. Apresentar o projeto a Secretaria de Turismo Estadual. 2. Apresentar o projeto a Secretaria de Turismo Municipal. 3. Mapear os postos de acordo com os critérios relacionados.

4. Ofício/convite ao presidente do SINDCOMBUSTÍVEIS de Ponta Grossa.

5. Ofício/convite para os proprietários dos estabelecimentos que estão dentro dos critérios.

6. Juntamente com o sindicato, realizar uma reunião para explanação do projeto aos selecionados.

7. Buscar parceiros, apoiadores e patrocinadores. 8. Executar o projeto.

9. Credenciamento dos estabelecimentos no CADASTUR, meios de divulgação, portais comunitários, site da prefeitura, mapas, site de associações e sinalização turística no local.

O sucesso da implantação da ação dependerá de um bom planejamento. Além disso, um sistema de informações se torna um forte ambiente para discussões envolvendo todos os atores participantes (comunidade, público, privado) no âmbito do turismo e todos os setores envolvidos, sempre visando melhorias nas políticas de turismo.

Resultados

O sistema proporcionará ao poder público, a iniciativa privada e a comunidade de residentes e turistas, um incentivo a articulação das partes, através do envolvimento de todos os atores, em discussões, reuniões e debates para ouvir reclamações, sugestões, avaliar a viabilidade do prouto, analisar os impactos sociais, econômicos e ambientais, com o intuito de potencializar os resultados positivos e realizar ações atenuantes para os impactos negativos. A ação “Estratégia Competitiva para Informação Turística Local e Regional”, incentivará o desenvolvimento sustentado do Turismo e da região aonde for implantado.

Conclusões

As políticas voltadas para o turismo, especialmente o Programa de Regionalização do Turismo, são ferramentas para orientar o planejamento de produtos turísticos e disponibilizar de forma competitiva no mercado. Diante deste artigo, é visto que um Sistema de Informações Turísticas é indispensável para o sucesso competitivo. A informação turística pode amenizar os impactos que a falta de infra-estrutura de acesso causa e facilita a conquista da satisfação dos clientes, por conta das particularidades do produto turístico, de ser comprado antes do tempo e local de consumo e por ser intangível.

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A ação será uma ponte facilitadora entre as políticas de turismo e a infra-estrutura que essas políticas demandam para funcionar como está no papel, pois agregará o Sistema de Informações Turísticas do Programa de Regionalização do Turismo, a uma infra-estrutura já existente e de qualidade, segundo os critérios de seleção dos estabelecimentos.

O poder público se beneficiará com o sistema, pois terá uma ferramenta para orientar o planejamento, facilitando o ato da comunicação; consolidará os atores envolvidos e desenvolverá qualidade na gestão da informação. A iniciativa privada terá uma fonte confiável de informações, aproximação de todo o trade turístico, poder público e comunidade, terão um facilitador da comunicação e poderão se cadastrar no CADASTUR, um sistema de cadastro de empreendimentos turísticos. A comunidade terá informação de qualidade sobre os atrativos e produtos e sobre a mão-de-obra e qualidade de atendimento do trade turístico.

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Referencias

BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. 12ª Ed. São Paulo : SENAC, 2007.

BRASIL. Ministério do Turismo. Coordenação Geral de Regionalização. Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil : Módulo operacional 6; Sistema De Informações Turísticas do Programa / Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Departamento de Estruturação, Articulação, e Ordenamento Turístico. Coordenação Geral de Regionalização. – Brasília, 2007. 59 p. : il.

DE LA TORRE, O. P. El Turismo, fenómeno social. 2. ed. México: Fondo de Cultura Económico, 1992.

MARQUES, M. A. BISSOLI, A. Planejamento Turístico Municipal com Suporte em Sistemas de

Informação. São Paulo: Futura, 1999.

PORTER, M. E. Competição: Estratégias Competitivas Essenciais. 6ª Ed. Rio de Janeiro : Campus, 1999.

Referências

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