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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Engenharia Civil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO

Graduação em Engenharia Civil

PERDA DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO

RELACIONADA À ADIÇÃO DE ÁGUA PARA CORREÇÃO DA PERDA

DE ABATIMENTO

André Gonçalves Nascimento Júnior

PATROCÍNIO - MG 2017

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ANDRÉ GONÇALVES NASCIMENTO JÚNIOR

PERDA DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO

RELACIONADA À ADIÇÃO DE ÁGUA PARA CORREÇÃO DA PERDA

DE ABATIMENTO

Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Engenharia Civil, pelo Centro Universitário do Cerrado Patrocínio.

Orientador: Prof. Me. Renato Barbosa Moreira

PATROCÍNIO - MG 2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido o dom da aprendizagem e por proporcionar um momento tão grandioso e valioso em minha vida, por ter seguido ao meu lado e dado forças para seguir em frente quando pensei em desistir. Agradeço aos meus pais, que em todos os momentos de minha vida estiveram comigo me apoiando e dando força, que me ensinaram a lutar pelos meus ideais, e por cada cobrança, sem as quais talvez hoje eu não pudesse estar aqui e me tornado quem sou e sabendo que posso ser alguém melhor ainda.

Ao Professor Renato Barbosa, por aceitar o convite para me orientar nesses estudos, e que por vezes sem seu auxílio este trabalho não seria possível, aos demais professores que ao longo desta jornada me transmitiram a maior quantidade de conhecimento e experiências possível.

Aos meus amigos de curso, pela vivencia, pelas experiências e conhecimentos partilhados.

Ao UNICERP por proporcionar total excelência ao curso, fornecendo o que se tem de melhor no mercado no que se trata de laboratórios e professores.

Agradeço à PATROCON Industria de Concretros LTDA e ao Prof. Alexander Souza Grama, RT da empresa por disponibilizar seu tempo, seus materiais e maquinários e informações para a realização deste trabalho.

Enfim a todos que direta ou indiretamente influenciaram no que um dia fui, no que me tornei hoje, e no que posso vir a ser amanhã.

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RESUMO

Um dos problemas constantes em obras de cidades não tão desenvolvidas tecnologicamente é a demora no lançamento do concreto, e a sua permanência por tempo prolongado dentro do caminhão betoneira, isso gera uma perda de abatimento, que nada mais é do que a perda de fluidez do concreto fresco, que pode ser verificando no teste do tronco de cone ou Slump teste. Este estudo irá analisar a perda da resistência à compressão do concreto quando se adiciona água para corrigir a redução do abatimento do tronco de cone ao longo de um determinado período. Foram realizados testes em corpos de prova cilíndricos, base de D=10cm e altura H=20cm, acompanhados de teste de slump prévio para se determinar o volume de água a ser adicionada, os corpos de prova serão rompidos com idades de 7, 14 e 28 dias. O estudo foi realizado em uma obra com diversos tipos de concretagem em diferentes tempos de execução, os testes foram executados em horários variados para simular as condições de utilização. Os resultados mostraram, que com adição de água e o consequente aumento da relação A/C, houve uma perda na resistência do concreto que foi expressa através de valores em Mpa e porcentagem de perda. Mostrou-se também que o fator tempo pode afetar a perda de resistência, uma vez que com o início da pega do concreto o mesmo tende a ficar endurecido necessitando por vez da adição de uma quantidade maior de água para atingir novamente o slump desejado.

Palavras-chave: Resistência característica a compressão. Perda de abatimento.

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DEDICO este estudo aos meus pais e familiares que estiveram

ao meu lado ao longo desta jornada e sempre me apoiaram, e ao Professor Renato Barbosa que se empenhou e não mediu esforços para que o trabalho pudesse ser feito da melhor maneira possível.

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Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 01... 24

Gráfico 2 – Relação A/C do Caminhão 01... 25

Gráfico 3 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 02... 26

Gráfico 4 – Relação A/C do Caminhão 02... 26

Gráfico 5 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 03... 27

Gráfico 6 – Relação A/C do Caminhão 03... 28

Gráfico 7 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 04... 29

Gráfico 8 – Relação A/C do Caminhão 04... 30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 01... 24

Tabela 2 – Relação A/C do Caminhão 01...24

Tabela 3 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 02... 25

Tabela 4 – Relação A/C do Caminhão 02...26

Tabela 5 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 03... 27

Tabela 6 – Relação A/C do Caminhão 03...28

Tabela 7 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 04... 29

Tabela 8 – Relação A/C do Caminhão 04...29

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LISTA DE SIGLAS

Fck (do inglês, Feature Compression Know) Resistência Característica do Concreto à Compressão

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LISTA DE SÍMBOLOS H Altura D Diâmetro % Percentual MPa MegaPascal L Litro Kg Quilograma CP’s Corpos de prova A/C água/cimento m³ metro cúbico mm milímetro cm centímetro

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 2 – OBJETIVOS ... 14 2.1 – GERAIS ... 14 2.2 – ESPECÍFICOS ... 14 3 – DESENVOLVIMENTO ... 15 RESUMO ... 15 ABSTRACT ... 17 3.1 – INTRODUÇÃO ... 18 3.2 – REVISÃO DA LITERATURA ... 19 3.3 – MATERIAIS E MÉTODOS ... 21 3.4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 23 Amostra 1... 23 Amostra 2... 25 Amostra 3... 27 Amostra 4... 29 3.5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30 3.6 – CONCLUSÃO ... 32 3.7 – REFERÊNCIAS ... 33 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 35 5 – CONCLUSÃO ... 37 6 – REFERÊNCIAS ... 38 APÊNDICES ... 40

APÊNDICE A – Ensaio de abatimento do tronco de cone. ... 40

APÊNDICE B – Corpos de provas moldados. ... 41

APÊNDICE C – Tanque de cura para corpos de prova. ... 42

APÊNDICE D – Retificadora para corpos de prova. ... 43

APÊNDICE E – Prensa hidráulica para corpos de prova de concreto; Corpo de prova rompido por cisalhamento. ... 44

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1 INTRODUÇÃO

As cidades menores geralmente não possuem obras de grande porte, e o fato da grande maioria das obras de edificações nestas localidades serem de menor porte, não existe muita preocupação com a qualidade do concreto aplicado nestas obras. E na grande maioria das situações, a demora no lançamento do concreto, devido à pouca estrutura, maquinário não apropriado ou número reduzido de funcionários, gera uma perda de abatimento no teste de Slump. Esta perda no abatimento, normalmente é corrigida com a adição de água para que o concreto possua uma consistência adequada para o lançamento e o adensamento nas formas, e assim, garantir a qualidade e durabilidade da estrutura.

Porém a água adicionada para correção da perda de abatimento, pode ocasionar perda da resistência do concreto a compressão, pois gera um aumento na relação A/C. Esta perda pode ser evitada com maior agilidade na aplicação do concreto, tendo um efetivo de funcionários corretamente dimensionado para tal tarefa e que sejam funcionários instruídos na área, também pode-se incrementar a mistura com aditivos retardadores de pega.

Este trabalho está focado principalmente nas características e proporção dos materiais utilizados na elaboração do concreto, onde a única alteração realizada será na relação A/C, após a adição da água para correção da perda de abatimento.

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14

2 – OBJETIVOS

2.1 – GERAIS

O Este trabalho tem como objetivo verificar a perda da resistência a compressão do concreto após a adição de certa quantidade de água para corrigir a sua perda de abatimento ao longo do tempo.

2.2 – ESPECÍFICOS

Com este trabalho pretende-se encontrar valores de referência quanto à perda da resistência do concreto em relação a adição de água para corrigir sua perda de abatimento, podendo impactar positivamente em execuções de obras, uma vez que com estes valores referenciais se poderá estimar a resistência que o concreto terá caso demore a ser lançado e se atingirá os valores esperados.

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3 – DESENVOLVIMENTO

PERDA DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO

RELACIONADA À ADIÇÃO DE ÁGUA PARA CORREÇÃO DA PERDA

DE ABATIMENTO

ANDRÉ GONÇALVES NASCIMENTO JÚNIOR

RESUMO

Um dos problemas constantes em obras de cidades não tão desenvolvidas tecnologicamente é a demora no lançamento do concreto, e a sua permanência por tempo prolongado dentro do caminhão betoneira, isso gera uma perda de abatimento, que nada mais é do que a perda de fluidez do concreto fresco, que pode ser verificando no teste do tronco de cone ou Slump teste. Este estudo irá analisar a perda da resistência à compressão do concreto quando se adiciona água para corrigir a redução do abatimento do tronco de cone ao longo de um determinado período. Foram realizados testes em corpos de prova cilíndricos, base de D=10cm e altura H=20cm, acompanhados de teste de slump prévio para se determinar o volume de água a ser adicionada, os corpos de prova serão rompidos com idades de 7, 14 e 28 dias. O estudo foi realizado em uma obra com diversos tipos de concretagem em diferentes tempos de execução, os testes foram executados em horários variados para simular as condições de utilização. Os resultados mostraram, que com adição de água e o

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consequente aumento da relação A/C, houve uma perda na resistência do concreto que foi expressa através de valores em Mpa e porcentagem de perda. Mostrou-se também que o fator tempo pode afetar a perda de resistência, uma vez que com o início da pega do concreto o mesmo tende a ficar endurecido necessitando por vez da adição de uma quantidade maior de água para atingir novamente o slump desejado.

Palavras-chave: Resistência característica a compressão. Perda de abatimento.

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ABSTRACT

One of the constant problems in urban civil works in technologically undeveloped cities is the delay in the launch of the concrete, and its prolonged stay in the concrete truck, this generates a loss of depletion, which is nothing more than loss of fluidity of the fresh concrete, which can be checked in the cone trunk test or Slump test. This study will analyze the loss of compressive strength of concrete when water is added to correct reduction of cone trunk abatement over a given period. Tests were performed on cylindrical test specimens, with a base of D = 10cm and height H = 20cm, followed by a previous slump test to determine the volume of water to be added, the specimens will be ruptured at ages 7, 14 and 28 days. The study was carried out in a work with different types of concreting in different execution times, the tests were executed at different times to simulate the conditions of use. The results showed that, with addition of water and the consequent increase in the A / C ratio, there was a loss in concrete strength that was expressed through Mpa values and loss percentage. It has also been shown that the time factor can affect the loss of resistance, since with the beginning of the handle of the concrete it tends to become hardened, necessitating at the same time the addition of a greater amount of water to reach again the desired slump.

Key words: Characteristic resistance to compression. Loss of deduction. Concrete.

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3.1 – INTRODUÇÃO

As cidades menores geralmente não possuem obras de grande porte, e o fato da grande maioria das obras de edificações nestas localidades serem de menor porte, não existe muita preocupação com a qualidade do concreto aplicado nestas obras. E na grande maioria das situações, a demora no lançamento do concreto, devido à pouca estrutura, maquinário não apropriado ou número reduzido de funcionários, gera uma perda de abatimento no teste de Slump. Esta perda no abatimento, normalmente é corrigida com a adição de água para que o concreto possua uma consistência adequada para o lançamento e o adensamento nas formas, e assim, garantir a qualidade e durabilidade da estrutura.

Porém a água adicionada para correção da perda de abatimento, pode ocasionar perda da resistência do concreto a compressão, pois gera um aumento na relação A/C. Esta perda pode ser evitada com maior agilidade na aplicação do concreto, tendo um efetivo de funcionários corretamente dimensionado para tal tarefa e que sejam funcionários instruídos na área, também pode-se incrementar a mistura com aditivos retardadores de pega.

Este trabalho está focado principalmente nas características e proporção dos materiais utilizados na elaboração do concreto, onde a única alteração realizada será na relação A/C, após a adição da água para correção da perda de abatimento.

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3.2 – REVISÃO DA LITERATURA

A proporção entre os materiais utilizados para execução do concreto, são fatores de extrema importância para que se atinja a resistência desejada e que a estrutura tenha durabilidade e confiabilidade. Segundo Metha e Monteiro (2008) os parâmetros que afetam a resistência do concreto são:

1. Características e proporção dos materiais; 2. Condições de cura;

3. Parâmetros de ensaio.

Conforme descrito por Brunauer e Copeland (1964), e citado por Metha e Monteiro(2008), a química do concreto é essencialmente a química da reação entre o cimento e a água. O conhecimento sobre os compostos formados quando o cimento Portland reage é importante porque o cimento em si não é um material cimentante; seus produtos de hidratação, sim, têm ação cimentante. O conhecimento da quantidade de calor liberado é importante porque o calor às vezes é um problema. O conhecimento da velocidade de reação é necessário porque determina o tempo de pega e endurecimento. A reação inicial deve ser suficientemente lenta para permitir que o concreto seja lançado, por outro lado, após o lançamento do concreto é sempre desejável um rápido endurecimento.

Os concretos modernos são mais do que simples misturas de cimento, água e agregados; contêm também adições minerais e aditivos, os quais possuem determinadas características, a fim de promover no concreto efeitos específicos, tornando-os aptos às mais diferentes aplicações. (Melo, K. A. de; Martins, V. C.; Repette, W. L. 2008)

AÏTCIN; JOLICOEUR; MACGREGOR, 1994 definem quatro grupos de aditivos de acordo com suas funções: os que promovem dispersão nas partículas de cimento; os que modificam a cinética do processo de hidratação do cimento; os que reagem com

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algum subproduto da hidratação; e os que apresentam somente ação física no concreto. Um dos aditivos de maior utilização atualmente é o redutor de água, que permite a melhora das condições de trabalhabilidade do concreto sem alteração da relação água/cimento ou, ainda, redução da quantidade de água adicionada, promovendo um aumento de resistência.

Aditivos interagem quimicamente com os aglomerantes do concreto e afetam seu desempenho no estado fresco e endurecido. Podem melhora a trabalhabilidade da mistura fresca e resistência ou durabilidade do concreto endurecido. As razões que superplastificantes são mais adequados do que outras substâncias químicas são o número de melhorias que podem ser alcançados por seu uso (COLLERPADI, 2005). Para Mateus Manegat (2013), a relação A/C é um dos mais importantes parâmetros que regem a resistência e a durabilidade do concreto devido a sua relação com a porosidade e a permeabilidade do material.

Segundo TEIXEIRA, R. B. 2007, a adição de água ao concreto aumenta o fator A/C, causando vários problemas de desempenho no concreto, como perda de resistência e homogeneidade da mistura. Também possibilita diversos problemas de deterioração no concreto devido ao aumento da porosidade, prejudicando sua durabilidade.

A perda de abatimento do concreto fresco é um fenômeno normal e pode ser definida como sendo a perda de fluidez com o passar do tempo. Essa propriedade do concreto é particularmente importante no caso de concreto dosado em centrais, visto que o proporcionamento e o início da mistura dos materiais ocorrem na central, enquanto que o lançamento e/ ou adensamento somente será feito alguns minutos ou horas depois, quando o caminhão betoneira chegar ao canteiro de obras Weidmann (2007). O controle do concreto no estado fresco também não pode depender exclusivamente do Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone (Slump Test), pois esta metodologia avalia apenas um parâmetro da mistura que é a sua consistência. Outras características igualmente responsáveis pela qualidade final do concreto devem ser verificadas no material antes de seu processo de endurecimento, dentre as quais pode-se citar a trabalhabilidade, a coesão, a segregação, a exsudação e o ar incorporado como sendo as mais importantes (Geyer; de Sá, 2006).

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21

Segundo Geyer e de Sá 2006 resultados isolados de resistência a compressão, ou mesmo de slump, não são suficientes para garantir um bom desempenho do concreto, devendo ser também verificados outros fatores que vão desde a dosagem adequada do concreto até a sua cura.

3.3 – MATERIAIS E MÉTODOS

O procedimento deste trabalho foi experimental, baseado nas normas NBR 12655 Concreto de cimento Portland — Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento, NBR 10342: Concreto – Perda de abatimento, NBR 7212: Execução de concreto dosado em central, NBR 5738: Concreto – procedimento para moldagem e cura de de-prova, NBR 5739: Concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos, NBR 9479: Argamassa e Concreto – Câmaras úmidas e tanques para cura de corpos-de-prova, NBR 14931 Execução de estruturas de concreto – Procedimento, e de ensaios realizados em laboratório, utilizando-se um traço de concreto que será descrito logo abaixo com fck=25Mpa, abatimento médio de 14 +/-1cm, corpos de provas cilíndricos de diâmetro D=10cm e altura “H=20cm”, em uma obra de porte médio com 04 pavimentos e um total de 580m² de construção. O teste de abatimento de tronco de cone, slump test, e a moldagem dos corpos de provas foram realizados em horários variados especificados em seus respectivos gráficos. A contagem do tempo se iniciou assim que foi adicionada a água de amassamento à mistura.

Os testes foram realizados de acordo com as seguintes etapas:

Para obtenção de 1,0m³ de concreto foram utilizados 595 kg de brita 1 (granulometria 9,5 mm a 19 mm), 255 kg de brita 0 (4,8 mm a 9,5 mm), 500 kg de areia fina (0,05 mm a 0,3 mm), 500 kg de areia média (0,3 mm a 1,20 mm), 350 kg de cimento (CP II 40 E), 193 L de água, 2,1 L de aditivo plastificante redutor de água, relação A/C 0,55 L/kg. Portanto o traço do concreto utilizado foi de 1:1,7:0,72:1,42:1,42:0,55 (cimento : brita

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22

1 : brita 0 : areia fina : areia média : relação água/cimento – em massa), fck = 25Mpa, abatimento médio 14cm, podendo variar de 13 a 15cm.

Os testes foram realizados de acordo com as seguintes etapas:

O Slump Test foi realizado conforme NBR 7223 (1993), utilizando um tronco-cônico de 20cm de base, 10cm de topo e 30cm de altura. Os ensaios foram realizados pós mistura, nos horários pré-determinados conforme gráficos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 assim como nas tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Este ensaio tem como principal função determinar a consistência do concreto na hora do teste conforme o Apêndice A. A determinação da resistência a compressão axial do concreto foi realizada através de testes com rompimento dos corpos de prova utilizando-se de uma prensa manual, conforme a NBR 5739 e apêndice B, nos horários de moldagem descritos cada um em sua respectiva tabela de resultados, com rompimento em idades de 7, 14 e 28 dias após a moldagem, sendo comparados resultados somente dentro de suas respectivas idades. Neste meio tempo de cura os corpos de prova ficaram completamente imersos em um reservatório com água Apêndice C. Para o rompimento dos corpos-de-prova, fez-se a regularização destes com uma retificadora conforme apêndice D e F, e borracha neoprene em suas extremidades, confinado em anel metálico, evitando acúmulo de tensões devido as irregularidades dos corpos de prova.

O tempo inicial foi considerado no momento da adição da água de amassamento aos demais itens dentro do caminhão betoneira.

Conforme os horários descritos nos gráficos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 e tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 foram realizados os testes de slump, após este teste moldou-se dois corpos de prova e adicionou-se a água necessária para corrigir a perda de abatimento. Este passo foi repetido em todos os horários nos quais as amostras foram retiradas para se determinar a resistência do concreto.

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23

3.4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram feitas observações e ensaios a partir de amostras coletadas de 4 caminhões betoneira diferentes, conforme a seguir:

Amostra 1

As 08:27hs foi finalizada a mistura do concreto e realizado o teste de slump tendo abatimento de 14,5cm e moldado os corpos de prova.

As 08:57hs foi realizado teste de slump tendo abatimento de 12,5cm sendo adicionado 45L de água a mistura, e realizado novo teste com resultado de abatimento de 15cm, porém já havia sido lançado em torno de 1,0m³ de concreto de um total de 6,0m³, portanto a nova relação água cimento da mistura deixou de ser 0,55 L/kg e passou a ser 0,58.

As 09:30hs foi realizado teste de slump porém não houve a necessidade de adição de água pois o abatimento foi de 13,5cm.

As 10:20hs foi realizado teste de slump com abatimento de 10,5cm sendo adicionado 40L de água a mistura, e realizado novo teste com resultado de abatimento de 14cm, porém já havia sido lançado em torno de 4,0m³ de concreto de um total de 6m³, portanto a nova relação água cimento da mistura deixou de ser 0,58 L/kg e passou a ser 0,63.

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Tabela 1 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 01.

CAMINHÃO 01

Horário 7 dias 14 dias 28 dias

Slump antes da adição Litros de água adicionados Slump após a adição 08:27 30,86 35,56 38,4 14,5 0 08:57 30,35 34,99 34,86 12,5 45 13,5 10:20 28,21 30,02 32,49 10,5 40 14

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Gráfico 1 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 01.

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.

Tabela 02 – Relação A/C do Caminhão 01.

CAMINHÃO 01

Horário A/C

08:27 0,55

08:57 0,58

10:20 0,63

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.

0 10 20 30 40 50

7 dias 14 dias 28 dias

Mpa

idade

CAMINHÃO 01

(25)

25

Gráfico 2 – Relação A/C do Caminhão 01.

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.

A partir dos resultados dos testes realizados nas amostras retiradas do 1º caminhão pode-se verificar que a perda da resistência do concreto foi de 15,39% em relação ao fck de projeto. Estudo realizado em 01hr e 53min.

Nos demais caminhões (amostra 02, 03 e 04) foram executados os testes de abatimento de tronco-cônico e moldados os CP’s conforme passo a passo descrito no 1º caminhão (amostra 01).

Amostra 2

Tabela 3 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 02.

CAMINHÃO 02

Horário 7 dias 14 dias 28 dias

Slump antes da adição Litros de água adicionados Slump após a adição 10:35 28,40 32,50 34,90 14 0

11:10 Não foi necessário corrigir, não

foram moldados corpos de prova 13 0

11:50 27,43 29,82 31,14 12,5 35 15

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.

0,5 0,52 0,54 0,56 0,58 0,6 0,62 0,64 08:27 08:57 10:20 RE LA ÇÃ O A /C Hs

(26)

26

Gráfico 3 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 02.

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho. Tabela 4 – Relação A/C do Caminhão 02.

CAMINHÃO 02

Horário A/C

10:35 0,55

11:50 0,58

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Gráfico 4 – Relação A/C do Caminhão 02.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

A partir dos resultados dos testes realizados nas amostras retiradas do 2º caminhão pode-se verificar que a perda da resistência do concreto foi de 10,7% em relação ao fck de projeto. Estudo realizado em 01hr e 15min.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

7 dias 14 dias 28 dias

Mpa idade CAMINHÃO 02 10:35 11:50 0,535 0,54 0,545 0,55 0,555 0,56 0,565 0,57 0,575 0,58 0,585 10:35 11:50 RE LA ÇÃ O A /C Hs

(27)

27

Amostra 3

Tabela 5 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 03.

CAMINHÃO 03

Horário 7 dias 14 dias 28 dias

Slump antes da adição Litros de água adicionados Slump após a adição 14:25 25,48 29,3 32,9 14,5 0 15:05 24,93 28,6 32,39 14 0 15:25 24,04 28,02 29,32 12,5 30 15 16:10 20,4 24,15 27,51 12 10 14

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

As 15:05hs não foi necessário corrigir a perda de abatimento, porém nesta amostra (03) foram moldados CP’s para verificar se a resistência estivesse diminuindo em função do decorrer do tempo ou se realmente estivesse ligada a adição da água para corrigir a perda de abatimento. Pode-se verificar que houve uma redução da resistência, porém, não tão significativa quanto as reduções que ocorrem quando se adiciona água.

Gráfico 5 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 03.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

0 5 10 15 20 25 30 35

7 dias 14 dias 28 dias

Mpa

idade

CAMINHÃO 03

(28)

28

Tabela 6 – Relação A/C do Caminhão 03.

CAMINHÃO 03 Horário A/C 14:25 0,55 15:05 0,55 15:25 0,58 16:10 0,61

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Gráfico 6 – Relação A/C do Caminhão 03.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

A partir dos resultados dos testes realizados nas amostras retiradas do 3º caminhão pode-se verificar que a perda da resistência do concreto foi de 16,3% em relação ao fck de projeto. Estudo realizado em 01hr e 45min.

0,52 0,53 0,54 0,55 0,56 0,57 0,58 0,59 0,6 0,61 0,62 14:25 15:05 15:25 16:10 R EL AÇÃO A/C Hs

(29)

29

Amostra 4

Tabela 7 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 04.

CAMINHÃO 04

Horário 7 dias 14 dias 28 dias

Slump antes da adição Litros de água adicionados Slump após a adição 09:10 23,40 27,46 29,15 14 0 09:40 22,71 24,29 27,42 12,5 40 14,5 10:25 23,23 23,46 26,15 12 30 15 11:10 19,35 22,30 24,35 12 10 13,5

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Gráfico 7 – Resultados dos rompimentos dos CP’s do Caminhão 04.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Tabela 8 – Relação A/C do Caminhão 04.

CAMINHÃO 04 Horário A/C 09:10 0,55 09:40 0,57 10:25 0,61 11:10 0,64

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

0 5 10 15 20 25 30 35

7 dias 14 dias 28 dias

Mpa

idade

CAMINHÃO 04

(30)

30

Gráfico 8 – Relação A/C do Caminhão 04.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Com estes resultados dentro dos testes realizados no 4º caminhão pode verificar uma perda de resistência em torno de 16,5% no resultado final que foi utilizado para tal cálculo valores referentes ao 28º dia de cura. Estudo realizado no período de 02:00hs.

3.5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após todos estes resultados percebemos que em uma obra de porte médio com 04 pavimentos e um total de 580 m², se teve uma queda considerável na resistência mesmo que o concreto tenha sido lançado dentro do prazo determinado pela NBR

7212 que é de 150 minutos, tendo como influência a temperatura ambiente que no

mês de estudo (março 2018) se manteve alta atingindo 32°C em seu dia mais quente, aumentando assim o calor de hidratação do concreto e consequentemente aumentando e acelerando sua perda de água e abatimento, gerando uma maior necessidade de adição de água para a correção do mesmo.

0,5 0,52 0,54 0,56 0,58 0,6 0,62 0,64 0,66 09:10 09:40 10:25 11:10 RE LA ÇÃ O A /C Horário

(31)

31

Tabela e gráfico comparativo entre os resultados de cada amostra.

Tabela 9 – Comparativo entre resultados finais de cada amostra.

RESULTADOS FINAIS Aumento da relação A/C Redução da resistência Tempo de estudo Amostra 01 14,5% 15,39% 113 min Amostra 02 5,45% 10,7% 75 min Amostra 03 10,91% 16,3% 105 min Amostra 04 16,36% 16,5% 120 min

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

Gráfico 9 – Comparativo entre resultados finais de cada amostra.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

0 20 40 60 80 100 120 140 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

amostra 01 amostra 02 amostra 03 amostra 04

Perí o d o d e t es tes e m m in u to s Au m en to d a re laçã o A/C e Red u ção d a re sis tên cia em %

RESULTADOS FINAIS

(32)

32

3.6 – CONCLUSÃO

A qualidade do concreto é avaliada principalmente por sua consistência e resistência, que são parâmetros que dependem diretamente da água adicionada a ele, por isso é muito importante ter controle total sobre a relação A/C para que se possa fornecer ou adquirir um concreto dentro do que se pede em projeto.

A perda de abatimento está diretamente ligada a estes fatores que avaliam a qualidade do concreto, pois quando há perda no abatimento tem-se que adicionar água para corrigir esta perda, e isso causa um aumento da relação A/C, que reduz a resistência do concreto. Alguns dos fatores que influenciam na perda de abatimento são, o clima, o tempo de lançamento do concreto a velocidade da rotação do caminhão betoneira ou da própria betoneira manual, aditivos entre outros.

Com os resultados obtidos concluimos que a demora no lançamento do concreto e o clima quente com uma temperatura ambiente máxima chegando até 32°C no mês de março de 2018 (Fonte: AccuWeather), mês no qual foram efetuados os testes, gerou uma redução no abatimento, a qual se corrigiu com adição de água causando uma alteração na relação A/C e consequentemente uma redução significativa em sua resistência. Tempo médio de estudo de 01hr 43min, aumento médio da relação A/C 11,82%, redução média de 14,75% da resistência, porém somente no 4º caminhão a resistência ficou abaixo do exigido em projeto, caso o tempo de lançamento dos outros caminhões fosse maior possivelmente os resultados também cairiam mais, pois teríamos uma maior perda de abatimento e consequentemente que adicionar mais água para corrigir esta perda. Diante disto podemos concluir que um efetivo de funcionários corretamente dimensionados para a tarefa e que os mesmos sejam bem instruídos quanto ao tema é de extrema importância para que não ocorram erros graves em uma construção podendo vir a causar grandes falhas na estrutura, estudar a possibilidade e viabilidade de emprego de aditivos superplastificantes e retardantes de pega também seria de bom uso para corrigir tais possíveis problemas.

(33)

33

3.7 – REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10342: Concreto – Perda de abatimento. Rio de Janeiro, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7212: Execução de concreto dosado em central - procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto – procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9479: Argamassa e Concreto – Câmaras úmidas e tanques para cura de corpos-de-prova, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7223 – MB 256 – NM 67: Concreto – determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto – preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, 2006.

HELENE, Paulo; TERZIAN, Paulo; Manual de Dosagem e Controle do Concreto. 1. ed. São Paulo: Pini, 1992. 349 p.

MEHTA, P. K; MONTEIRO P. J. M. Concreto – Estrutura, Propriedades e Materiais. São Paulo: Pini, 1994. 53 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR NM 67 (1998): Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone - método de ensaio.

Geyer A. L. B.; de Sá R. R. Importância do Controle de Qualidade do Concreto no

(34)

34

TEIXEIRA, R. B.; PELISSER, F. Análise da perda de resistência à compressão

do concreto com adição de água para correção da perda de abatimento ao longo do tempo. Revista de Iniciação Científica da UNESC, Vol. 5, No 1, 2007.

ACCUWEATHER – Registro térmico março de 2018 – Patrocínio MG. Disponível

em: <

https://www.accuweather.com/pt/br/patrocinio/39480/march-weather/39480?monyr=3/1/2018> Acesso em: 20 jun 2018.

Melo, K. A. de; Martins, V. C.; Repette, W. L. – Estudo de compatibilidade entre

cimento e aditivo redutor de água. UFSC, 2008.

E. POLESELLO; A. B. ROHDEN; D. C. C. DAL MOLIN; A. B. MASUERO. – O limite

de tempo especificado pela NBR 7212, para mistura e transporte do concreto, pode ser ultrapassado? IBRACON Structures and Materials Journal, 2013, vol. 6, nº

2.

E. POLESELLO – Avaliação da resistência à compressão e da absorção de água

de concretos utilizados após o tempo máximo de mistura e transporte especificado pela NBR 7212. Dissertação de mestrado UFRGS, 2012.

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4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após todos estes resultados percebemos que em uma obra de porte médio com 04 pavimentos e 580 m², se teve uma queda considerável na resistência mesmo que o concreto tenha sido lançado dentro do prazo determinado pela NBR 7212 que é de 150 minutos, tendo como influência a temperatura ambiente que no mês de estudo (março 2018) se manteve alta atingindo 32°C em seu dia mais quente, aumentando assim o calor de hidratação do concreto e consequentemente aumentando e acelerando sua perda de água e abatimento, gerando uma maior necessidade de adição de água para a correção do mesmo.

Tabela e gráfico comparativo entre os resultados de cada amostra.

Tabela 9 – Comparativo entre resultados finais de cada amostra.

RESULTADOS FINAIS Aumento da relação A/C Redução da resistência Tempo de estudo Amostra 01 14,5% 15,39% 113 min Amostra 02 5,45% 10,7% 75 min Amostra 03 10,91% 16,3% 105 min Amostra 04 16,36% 16,5% 120 min

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Gráfico 9 – Comparativo entre resultados finais de cada amostra.

Fonte: Elaborada pelo autor do trabalho.

0 20 40 60 80 100 120 140 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

amostra 01 amostra 02 amostra 03 amostra 04

Perí o d o d e t es tes e m m in u to s Au m en to d a re laçã o A/C e Red u ção d a re sis tên cia em %

RESULTADOS FINAIS

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5 – CONCLUSÃO

A qualidade do concreto é avaliada principalmente por sua consistência e resistência, que são parâmetros que dependem diretamente da água adicionada a ele, por isso é muito importante ter controle total sobre a relação A/C para que se possa fornecer ou adquirir um concreto dentro do que se pede em projeto.

A perda de abatimento está diretamente ligada a estes fatores que avaliam a qualidade do concreto, pois quando há perda no abatimento tem-se que adicionar água para corrigir esta perda, e isso causa um aumento da relação A/C, que reduz a resistência do concreto. Alguns dos fatores que influenciam na perda de abatimento são, o clima, o tempo de lançamento do concreto a velocidade da rotação do caminhão betoneira ou da própria betoneira manual, aditivos entre outros.

Com os resultados obtidos concluimos que a demora no lançamento do concreto e o clima quente com uma temperatura ambiente máxima chegando até 32°C no mês de março de 2018 (Fonte: AccuWeather), mês no qual foram efetuados os testes, gerou uma redução no abatimento, a qual se corrigiu com adição de água causando uma alteração na relação A/C e consequentemente uma redução significativa em sua resistência. Tempo médio de estudo de 01hr 43min, aumento médio da relação A/C 11,82%, redução média de 14,75% da resistência, porém somente no 4º caminhão a resistência ficou abaixo do exigido em projeto, caso o tempo de lançamento dos outros caminhões fosse maior possivelmente os resultados também cairiam mais, pois teríamos uma maior perda de abatimento e consequentemente que adicionar mais água para corrigir esta perda. Diante disto podemos concluir que um efetivo de funcionários corretamente dimensionados para a tarefa e que os mesmos sejam bem instruídos quanto ao tema é de extrema importância para que não ocorram erros graves em uma construção podendo vir a causar grandes falhas na estrutura, estudar a possibilidade e viabilidade de emprego de aditivos superplastificantes e retardantes de pega também seria de bom uso para corrigir tais possíveis problemas.

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6 – REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10342: Concreto – Perda de abatimento. Rio de Janeiro, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7212: Execução de concreto dosado em central - procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto – procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9479: Argamassa e Concreto – Câmaras úmidas e tanques para cura de corpos-de-prova, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7223 – MB 256 – NM 67: Concreto – determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto – preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, 2006.

HELENE, Paulo; TERZIAN, Paulo; Manual de Dosagem e Controle do Concreto. 1. ed. São Paulo: Pini, 1992. 349 p.

MEHTA, P. K; MONTEIRO P. J. M. Concreto – Estrutura, Propriedades e Materiais. São Paulo: Pini, 1994. 53 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR NM 67 (1998): Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone - método de ensaio.

Geyer A. L. B.; de Sá R. R. Importância do Controle de Qualidade do Concreto no

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TEIXEIRA, R. B.; PELISSER, F. Análise da perda de resistência à compressão

do concreto com adição de água para correção da perda de abatimento ao longo do tempo. Revista de Iniciação Científica da UNESC, Vol. 5, No 1, 2007.

ACCUWEATHER – Registro térmico março de 2018 – Patrocínio MG. Disponível

em: <

https://www.accuweather.com/pt/br/patrocinio/39480/march-weather/39480?monyr=3/1/2018> Acesso em: 20 jun 2018.

Melo, K. A. de; Martins, V. C.; Repette, W. L. – Estudo de compatibilidade entre

cimento e aditivo redutor de água. UFSC, 2008.

E. POLESELLO; A. B. ROHDEN; D. C. C. DAL MOLIN; A. B. MASUERO. – O limite

de tempo especificado pela NBR 7212, para mistura e transporte do concreto, pode ser ultrapassado? IBRACON Structures and Materials Journal, 2013, vol. 6, nº

2.

E. POLESELLO – Avaliação da resistência à compressão e da absorção de água

de concretos utilizados após o tempo máximo de mistura e transporte especificado pela NBR 7212. Dissertação de mestrado UFRGS, 2012.

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APÊNDICES

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APÊNDICE E – Prensa hidráulica para corpos de prova de concreto; Corpo de prova

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Referências

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