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A DINÂMICA DA EXPORTAÇÃO DO AÇAÍ EM OEIRAS DO PARÁ-PA

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Academic year: 2021

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Noemi Caroline Sousa Amaro Acadêmico do Curso de Geografia, UFPA/Campus Cametá/Pólo de Oeiras do Pará noemicaroline_s.amaro@hotmail.com

Kelyton Hugo Coelho da Costa

Acadêmico do Curso de Geografia, UFPA/Campus Cametá/Pólo de Oeiras do Pará

hugocoelho10@icloud.com Ricarda Augusta Miranda Álvares

Acadêmico do Curso de Geografia, UFPA/Campus Cametá/Pólo de Oeiras do Pará

ricardaalvares@gmail.com Jhon Willa da Silva Rodrigues

Acadêmico do Curso de Geografia, UFPA/Campus Cametá/Pólo de Oeiras do Pará

jhonwilla@hotmail.com

A DINÂMICA DA EXPORTAÇÃO DO AÇAÍ EM OEIRAS DO

PARÁ-PA

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Oeiras do Pará, 2016

RESUMO

A Amazônia está direta ou indiretamente relacionada a escalas globais. Compreendê-la por sua potencialidade bio-econômica requer também uma análise das realidades que existem e que a mantém como uma matriz de possibilidades. O açaí, assim como outros produtos amazônicos, vem ganhando notoriedade na economia internacional não só pelas suas beneficies amazônicas, mas pela alternativa econômica de produzir novos nichos de mercado para grandes indústrias e, consequentemente, coloca a economia nacional em um patamar com novas perspectivas frente ao mercado internacional. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo analisar a dinâmica em que o açaí é exportado do município de Oeiras do Pará-PA, quais os benefícios econômicos que a venda desse fruto traz para a economia do município e identificar se houve

melhoria no que diz respeito à qualidade de vida das pessoas que trabalham com açaí, em especial os ribeirinhos. A presente pesquisa teve como referencial metodológico a investigação exploratória de campo realizada nos portos da cidade de Oeiras do Para junto às grandes empresas que transportam o fruto, além de uma entrevista com a comunidade ribeirinha que mantem o seu modo de vida envolvida desde o manejo, até a comercialização, fazendo-se parte fundamental da cadeia-dinâmica de produção e escoação do açaí. Este ensaio debruça-se sobre o referencial teórico conceitual que relaciona alguns conceitos como o de território e de lugar, afim de compreender as relações de fluxos que se estabelecem entre os agentes participantes da cadeia de produção-comercialização do fruto; bem como apoiar a análise das territorialidades ribeirinhas corroborando aos conceitos de identidade do lugar a partir de suas vivências relacionadas ao recurso natural e seu desenvolvimento sócio espacial na Amazônia. A partir da pesquisa já realizada, conclui-se que o fluxo do açaí para fora do município, na maioria das vezes, é destinado a grandes fábricas de beneficiamento em Belém, assim como a exportação do açaí contribui na movimentação econômica municipal. Uma pequena parcela da produção fica na cidade enquanto que o restante é destinado para as regiões tocantina e marajoara, onde há maior concentração de geleiras dentre outras indústrias.

Palavras chave: Amazônia, Açaí, Economia 1 – INTRODUÇÃO

O fruto do açaí vem sendo valorizado no mundo por possui um alto valor energético entre outras vitaminas, e é bastante usado por grandes empresas na produção

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de cosméticos, sucos, sorvetes, e outros. Na maioria das cidades paraenses o açaí tem grande importância, pois movimenta a economia tanto dos municípios quanto do estado. A produção do açaí e sua exportação é a principal relação de identidade cultural e territorial do povo paraense. O suco do fruto do açaí é consumido em grande escala pela população amazônica, nas últimas décadas vem se consolidando e ganhando novos nichos de mercado nacional e internacional, aumentando o interesse do capital.

O município de Oeiras do Pará tem como atividades econômicas básicas o extrativismo vegetal (madeira, açaí e palmito) e animal (pescado e mariscos), e a agricultura familiar de subsistência, com o cultivo da mandioca da qual se extrai a farinha, um dos elementos básicos da alimentação do povo. O açaí se destaca ao se constituir como atividade principal para a renda das pessoas que coletam o fruto, em especial a população rural do município.

Tendo em vista a relação sócio – econômica do referido município, Oeiras do Pará, onde busquei através deste acompanhar o fluxo do açaí para a capital (Belém) e cidades vizinhas. Onde a exportação do açaí acontece todos os dias dos portos da cidade. O referido trabalho tem como objetivo compreender a dinâmica em que o açaí é comercializado para fora do município e se esta exportação é benéfica para movimentar a economia de Oeiras e se traz melhorias de padrão de vida e o bem-estar das populações ribeirinhas que dependem da venda do açaí.

2. AÇAÍ: EUTERPE OLERACEA MART.

O açaizeiro é uma palmeira altamente ornamental, de múltiplos troncos de até 25 m de altura, levemente curva e apresentando raízes visíveis na base, caule liso. Seus frutos nascem em cachos em número de 3 a 8 por planta. Sua frequência no Baixo Amazonas chega a tal ordem que produz populações homogêneas. Sua regeneração é extraordinariamente grande mesmo sendo abatida vorazmente pela indústria de palmito.

Floresce quase o ano inteiro, porém predominando de setembro a janeiro. A maturação de seus frutos verifica-se durante a maior parte do ano, com maior intensidade nos meses de julho-dezembro.

Os frutos são muito apreciados pela população amazônica através da poupa e do vinho do açaí, que é um complemento alimentar bastante popular. O palmito é também muito

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apreciado, porém utilizado principalmente pela indústria de conservas. No brasil, sua distribuição geográfica ocorre no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá. Seu habitat é em terrenos alagados e várzeas úmidas. É bastante usado seu fruto (açaí) e brotos terminais (palmito) comestíveis, ripas, caibros, ornamentação e também na confecção de joias om as sementes do fruto.

2.1. A COMERCIALIZAÇÃO EM OEIRAS DO PARÁ

Oeiras do Pará é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 02º00'11" sul e a uma longitude 49º51'16" oeste, estando a uma altitude de 2 metros. Sua população estimada em 2004 era de 25.619 habitantes. Possui uma área de 3931,859 km². Localizada ao norte do Pará, na microrregião de Cametá, limitando-se ao norte com o rio Pará, a oeste com Bagre, ao sul com os municípios de Mocajuba e Baião e a leste com Limoeiro do Ajuru e Cametá.

Oeiras do Pará é ainda um município pobre. É hoje além de extrativista, essencialmente agrícola. Desenvolve e sobrevive da agricultura familiar centrada no plantio de mandioca, melancia, milho, feijão e arroz, tudo em pequena escala. Segundo (CUNHA, 2000, p. 63).

O extrativismo foi a primeira experiência de coleta e comercialização em Oeiras do Pará e que ainda sustenta uma parte da economia local.

Ao longo do tempo a rede comercial de Oeiras vem sofrendo modificações. Além do extrativismo outras objetos vieram ocupando espaço no mercado da cidade como: mini supermercados, lojas, farmácias, panificadoras, hotéis e outros. O extrativismo do açaí se destaca por ser a principal fonte econômica do município, em especial as famílias ribeirinhas.

2.1.2. O MERCADO DO FRUTO DO AÇAÍ

2.1.2.1. EXPANSÃO DO MERCADO E AS RELAÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO EXTERNAS DO FRUTO DO AÇAÍ EM OEIRAS DO PARÁ.

O açaí antes consumido apenas por moradores das comunidades ribeirinhas e em cidades do Pará, passou também a ser procurado fora dele, ganhando destaque no mercado nacional e internacional.

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Tomando as quatro concepções de território de Hesbaest e Limonad (2011) é possível perceber que o açaí não se enquadra apenas na categoria culturalista ou simbólica de representação indentitária. Ele é transversal, pois denota território político ao representar o local físico (os açaizais de várzea) onde parte significativa da população ribeirinha vive e extrai o seu fruto. É obviamente naturalista uma vez que é um dos campos onde homem e natureza se relacionam. Pertence ainda ao território econômico já que se trata de um modelo de subsistência de uma parcela importante da população, além é claro dos conglomerados multinacionais que passam a explora-lo devido as suas potencialidades comerciais. (CAETANO)

A demanda de mercado pela polpa da fruta é muito grande, especialmente no brasil. Fora do Pará o açaí é bastante usado com bebida energética. Vimos que outros povos adotaram a cultura de consumir o açaí, isso demonstra o interesse crescente pelo fruto em outras regiões do país e fora dele. A extração e comercialização do fruto in natura despertou o interesse econômico e passou a ganhar novos caminhos a ser percorrido pelo capital.

A nova demanda por açaí nos EUA e outros países industrializados e não tropicais é impulsionada por campanhas publicitárias que vendem o açaí como o novo “fruto maravilhoso da Amazônia”. Pesquisas recentes mostraram que a antocianina é encontrada no açaí em uma concentração 30 vezes maior do que no vinho. Esta substância é um poderoso antioxidante, também presente na uva, que combate os radicais livres associados ao câncer e ao envelhecimento precoce, além de evitar o aumento do colesterol. O mercado desse fruto funciona ainda de maneira extremamente informal e desorganizada, tanto no que cerne à comercialização do fruto como a de sua polpa. Salm (2007 apud VEDOVETO, 2008, p. 09).

O estado do para já viveu vários ciclos de exportação e o açaí é a bola da vez. A exportação de qualquer matéria prima tem seus benéficos e malefícios que tragam uma série de problemas e conflitos sociais, econômicos, ecológicos e culturais para um determinada comunidade.

A desorganização em que o fruto do açaí é exportado aos poucos vem sofrendo ajustes em sua comercialização. O cenário que se apresenta, aponta os interesses de outros mercados mais distantes por esse produto, o que certamente irá conduzir a uma mudança de exigência de uma melhor organização da comercialização e, assim, oferecer um produto de melhor qualidade. Guimarães (1996 apud VEDOVETO, 2008, p. 10).

Em Oeiras do Pará, a desorganização de venda e compra do açaí é evidente em todo o município. Por isso é presa fácil para o capitalismo se instalar, ditar suas regras e mostrar seu poder, sempre objetivando lucros cada vez maiores. A produção do açaí no

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município de Oeiras é grande, e por ser grande, o município não consegue manter esse fruto dentro da cidade, pois a mesma não consumiria todo o açaí que chegasse nos portos Oeirenses. Isso também acarretaria na queda do preço do açaí, desvalorizando ainda mais toda a produção e trabalho dos apanhadores. Para que não se perca a produção os apanhadores de açaí vendem o fruto para atravessadores ou para grandes empresas de beneficiamento.

Osvaldo Souza, “apanhador e vendedor de açaí” desde 1990 no rio furo de Oeiras, em entrevista concedida a mim em 2016, diz que a venda do seu açaí de uns anos para cá trouxe melhorias e qualidade de vida para sua família. A chegada de geleiras melhorou a venda de seu açaí que antes se estragavam em seu terreno por não ter para quem vender. Ele conta que: “aqui onde nós moramos no tempo da safra vem muita geleira comprar açaí da gente. Eles saem distribuindo paneiros em todo o rio. Eles deixam de 50 a 100 paneiros para cada apanhador. Eu não chego a pegar mais de 20. Tem lugares onde o açaizal é grande que o dono chega a pegar mais de 200 por dia. O preço é o mesmo da cidade, as vezes eles pagam até mais do que se focemos vender na cidade. Esse ano nos vendemos a R$14,00 reais a lata do açaí pra eles, enquanto que na cidade estava de R$10,00 a 12,00 reais. Eles dão num dia o paneiro e passam com dois dias depois para recolher o açaí. A gente acha mais fácil vender aqui no porto mesmo, o preço na maioria das vezes é igual da cidade e a gente n gasta pra levar o açaí até na cidade. Essas geleiras vem de longe como: ponta de pedra, Cametá, são tantos lugares. Essa geleiras levam de 3.000 a 5.000 latas de açaí por semana. E toda semana tem de duas a três geleiras espalhando paneiro aqui no rio. Tem também os atravessadores daqui da região mesmo, que distribui paneiros e depois passam pra pegar. Esses levam para a cidade para vender para maquineiros de açaí ou pra mandar para Belém. Agora na entre safra as geleiras não aparecem. A gente vende na cidade mesmo o nosso açaí. A gente está vendendo a R$50,00 reais a lata do açaí. Ai sim o preço começa a ficar bom, pena que a colheita nessa época é pequena”.

A venda do açaí para atravessadores é constante nos rios Oeireses, onde se torna mais fácil e lucrativo vender seus produtos nos portos de suas casas. Evitando possíveis gastos como: barco, óleo, frete e outros. Além da incerteza de não vender seu açaí ao

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levar seu produto para a cidade onde a demanda de vendedores é muito grande, e os preços ficam muito baixos.

Na entre safra as geleiras não aparecem no município, pois o açaí começa a ficar escasso e o preço começa a se elevar. Época propicia para os apanhadores venderem o fruto na cidade. Onde a procura pelo fruto é muito grande e a matéria prima é muito pouca.

Vimos que começa-se a surgir os atravessadores locais. Seria uma nova forma de economia para o ribeirinho e para o município? Supostamente sim, tanto para o produtor quanto para o atravessador. Assim a economia de certa localidade passa a se concentrar entres os mesmos. Diferente de quando é vendido para as geleiras que levam o fruto do açaí para fora do município e consequentemente esse fruto vai fazer parte de outra economia em outras cidades. Não se sabe a quantidade estimada de açaí que as geleiras levam por ano do município, pois são muitas e não se tem fiscalização.

Carlos Santana, “apanhador e atravessador local” no rio furo de Oeiras, em entrevista concedida a mim para estudos no ano de 2016, diz que é apanhador desde os 10 anos de idade e que passou a ser atravessador desde 2010. O mesmo relata que atravessar açaí é lucrativo e menos sacrificante pois antes tinha que apanhar, debulhar e carregar cestas de açaí, que muitas das vezes eram vendidos por preços inferiores ao que realmente valia todo esforço e trabalho do apanhador. Ele conta: “comecei a comprar açaí do pessoal aqui do rio quando meu açaizal não estava frutífero. Como tinha que sustentar a minha família tive que dar meu jeito. Comecei trabalhando para as geleiras na compra de açaí, só que depois passei eu mesmo a comprar e vender na cidade. É bastante lucrativo o trabalho de atravessador. Antes de ir distribuir os paneiros nos rios, eu vou conversar com os batedores de açaí pra saber se eles vão querer encomendar uma certa quantidade de do fruto. Com uma certa quantidade de encomendas eu vou distribuindo os paneiros e vou logo pagando os apanhadores pra quando eu passar de volta o açaí estar garantido. Depois levo para cidade e vendo mais caro do que eu comprei. Geralmente vou comprar esse açaí nos rios mais distantes onde as geleiras não chegam. Pois é difícil comprar açaí quando elas estão pela região. Elas pagam mais do que a gente e o apanhadores dão preferência para elas. Eu também vendo para um senhor que transporta esse açaí para Belém onde ele vende na feira da capital e também

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fornece para grandes fabricas. Só que é mais complicado por que o trabalho é maior e tenho que vender em grandes quantidade o fruto do açaí para esse senhor. Me parece que é feito um contrato com uma fábrica ai ele manda o fruto daqui. Quando é dia dele mandar açaí para uma determinada fabrica, geralmente tenho que recolher o açaí nos lugares onde eu deixei os paneiros ainda pela manhã, pois a tarde o açaí tem que ser embarcado na balsa antes dos passageiros chegarem. Eu não faço muito contrato com essas pessoas que vendem o açaí para grandes fabricas.

As empresas de transporte do município também são um meio de se exportar o fruto do açaí para fora da cidade. Na safra são levados todos os dias grandes quantidades do fruto, em especial para Belém do Pará. O fluxo de venda, compra e exportação de açaí mostra a rede comercial em que ele está inserido e as relações de trabalho que ele realiza dentro da cadeia de comercialização do município.

Segundo dados obtidos na pesquisa de campo(2016), o senhor Serisnei Moraes, responsável pelas mercadorias e frete da balsa, BALUARTE I (meio de transporte para cargas e passageiros). Nos relata que: o açaí que levamos na balsa vai para capital, Belém. Os atravessadores fazem contrato com empresas, batedores de açaí e mandam esse açaí pela gente. Nós trabalhamos com frete, o dono do açaí paga pra gente levar esse açaí até Belém. No tempo da safra a gente chega a levar 3.000 latas de açaí por viagem, já na entre safra não chegamos levar nem 10 latas de açaí. Nos só levamos o açaí em caroço, é por isso que ele vai em frente da balsa. Durante a viagem o açaí é coberto com uma lona. As empresas pedem que a gente chegue cedo para o fruto ser transportado para as fabricas bem cedo. Depois que os caminhões levam esse açaí já não sei mais seu destino. Não é o certo levar esse açaí de Oeiras, mas é o melhor a se fazer já que o município não te fábrica de beneficiamento.

Diante de tanta produção na safra a exportação é constante. O município conta com quatro grandes empresas de transporte que fazem linha para Belém. Todas as viagens as quatro balsas vão lotadas do fruto do açaí. Tem também um empresa de pequeno porte que faz linha para cidade de Cametá, a exportação através dela é bem menor em relação as outras.

As grandes fábricas podem comprar diretamente do produtor, ou mesmo de um atravessador ou marreteiro que vende o produto no porto, porém pagam menos que o “maquineiro” por conta do grande volume de compra já

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acertado com o fornecedor. Nascimento (1992 apud VEDOVETO, 2008, p. 14).

A cadeia de comercialização do açaí promove geração de empregos desde do apanhador de açaí até o produtor final, responsável pelo beneficiamento do produto. As relações de trabalho que se desenvolve em torno do comercio Oeirense provem da dinâmica e aceitação do açaí dentro e fora do municipio.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De maneira geral, pode – se concluir que a venda do açaí no mercado está sofrendo alterações em todos os aspectos. A dissimetria entre produtores de açaí e quem detém o capital é muito grande. A produção do fruto do açaí em Oeiras do Pará é considerada grande e consequentemente sua exportação também.

A presente pesquisa mostrou o senário econômico de Oeiras do Pará e como se dá a exportação do açaí no município. Chega – se a conclusão que a exportação não contribui para a economia da cidade diretamente, pois a maioria da matéria prima que sai do município não colabora para o desenvolvimento da cidade. Mas coopera indiretamente, desde os produtores, atravessadores, marreteiros, carregadores do barco ao porto, também são gerados empregos indiretos, como os estabelecimentos que vendem comida e bebida para aqueles que frequentam o porto, talvez seja esta a contribuição da exportação do açaí para a economia de Oeiras do Pará. A exportação do açaí não se constitui como uma das principais rendas para o município, porém é uma das mais importantes.

A comunidade ribeirinha em parte está sendo beneficiada com a importação desse fruto. Pois, passou a vender o açaí nas portas de suas casas, coisa que antes era impossível pelo fato do fruto não ser conhecido mundialmente. Hoje a população ribeirinha mantem sua identidade e especificidade paraense.

Detectou-se que o município não tem empresas de beneficiamento para que as atividades de extração e comercialização do fruto se concentrasse dentro do município gerando emprego e renda para toda a comunidade.

Finalmente, esta pesquisa chama a atenção para a organização da venda e compra do açaí no mercado. Visa ações que conduza as pessoas que trabalham com o

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açaí para que possam fazer a coleta e comercialização dentro do município. Adotar medidas que socialize e melhore a venda do açaí para pessoas que são oriundas das comunidades Ribeirinhas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AÇAÍ, Pará cultura. Fauna e flora. Disponível em:

<http://www.cdpara.pa.gov.br/flora_acai.php> Acesso 09/02/2016.

CAETANO, Danilo Miranda. Açaí reterritorializado: do rizoma às novas

arborescências. Disponível em:

<eventos.livera.com.br/trabalho/98-1020316_30_06_2015_02-17-52_9946.> PDF. Acesso em: 04 de julho de 2016. CUNHA, I. Dois séculos e meio de história. OEIRAS DO PARÁ, 2000.

NOGUEIRA, O.L.; HOMMA, A.K.O. Análise econômica de sistemas de manejo de

açaizais nativos no estuário amazônico. Belém: Embrapa CPATU, 1998. 38p.

(Embrapa-CPATU. Documentos, 128).

Oeiras do Pará. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Oeiras_do_Pará> Acesso 09/02/2016.

Produção integrada de frutas(PIF) e a produção de açaí (EUTERPE OLERACIA MART) no estado do Pará: Ameaças ou oportunidades? Disponível em:

Referências

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