ENCONTRO NACIONAL DE DEFESA
SANITÁRIA ANIMAL
PAINEL 2:
Garantias Legais às
atividades de Defesa
ENDESA 2015
Princípios Básicos da Administração
MORALIDADE
IMPESSOALIDADE
LEGALIDADE
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Todos estes princípios básicos estão
insculpidos no art. 37, da Constituição
Princípios Básicos da Administração
LEGALIDADE:
- o administrador e o agente público “estão em todo sua atividade funcional, sujeitos aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não pode se afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal.
- a eficácia de toda a atividade
administrativa está condicionada ao atendimento da lei.
“Na administração não há liberdade nem
vontade pessoal.”
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Princípios Básicos da Administração
MORALIDADE:
-
Ao Administrador/Agente Público não
cabe somente cumprir o que é legal, mas
deve saber distinguir o Bem do Mal, o
Certo do Errado, o Justo do Injusto, o
Ético do Aético.
-
Por considerações de Direito e Moral, o
ato administrativo não terá que obedecer
somente à lei jurídica, mas também à lei
ética da própria instituição, porque nem
tudo que é legal é honesto
.Princípios Básicos da Administração
IMPESSOALIDADE:
-
o Agente Público somente deve praticar um
ato para o seu fim legal. Constitui
basicamente o princípio da FINALIDADE, sendo
o fim legal aquele que a norma indica
expressa ou virtualmente como objetivo do
ato.
- Por este princípio promove-se, igualmente, o
controle do agente público evitando-se a
promoção pessoal, haja vista que o ato
administrativo deve Ter, sempre e toda a vida,
fim prescrito em lei e ser impessoal.
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Princípios Básicos da Administração
PUBLICIDADE:
-
é a divulgação oficial do ato para
conhecimento público e início de seus
efeitos, para aquisição de validade
universal e único meio de produzir
efeitos jurídicos.
-
não se restringe a divulgação oficial
dos atos praticados, mas abrange,
igualmente, o conhecimento da
Poderes e deveres do Agente Público
GERAIS:
Os poderes e deveres do
agente
público
são
aqueles
expressos em lei, impostos pela
moral
administrativa
e
os
exigidos
pelo
interesse
da
coletividade.
Especialmente
os
deveres
previstos no art. 116, da Lei n°
8.112, de 1990 – Regime Jurídico
dos Servidores Civis da União.
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Poderes e deveres do Agente Público
ESPECÍFICOS:
Poder-Dever de Agir: Para o particular o poder de agir é
faculdade, para o agente público é imperativo
Dever de Eficiência: O agente público deve realizar suas
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional – COM COMPETÊNCIA
Dever de Probidade: Além das normas constantes do
Regime Jurídico Único (Lei n° 8.112, de 1990) deve cumprir a regra específica sobre a improbidade
administrativa (Lei nº 8.429, de 2.6.92)
Dever de Prestar Contas: decorrência natural da
administração como encargo da gestão de bens e interesses públicos – alheios
PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
O Código Tributário Nacional conceitua Poder de
Polícia como sendo:
"Art. 78. Considera-se poder de polícia a
atividade
da
administração
pública
que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de
fato,
em
razão
de
interesse
público
concernente à segurança, à higiene, à ordem,
aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado,
ao
exercício
de
atividades
econômicas
dependentes
de
concessão
ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou o respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos."
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PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Poder de Polícia
, portanto, é a
faculdade
de
que
dispõe
a
Administração
Pública,
para
condicionar ou restringir o uso e
gozo de bens, atividades e direitos
individuais,
em
benefício
da
PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
CARACTERÍSTICAS ATRIBUÍDAS A POLÍCIA
ADMINISTRATIVA:
-
a) Atividade Discricionária
-
b) Atividade Auto-Executória-Coativa
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CARACTERÍSTICAS ATRIBUÍDAS A
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Atividade Discricionária:
Em
sentido
amplo,
podemos
dizer
que
a
Administração tem a liberdade de, livremente,
movimentar-se
dentro
do
campo
que
a
lei
demarca, não traduzindo a lei o tempo e as
condições para a prática do ato de polícia, nem
indica os motivos que o ensejam.
CARACTERÍSTICAS ATRIBUÍDAS A POLÍCIA
ADMINISTRATIVA
Atividade Auto-Executória-Coativa
A Administração pode promover pôr si o comportamento dos particulares, sem necessidade de recorrer ao Poder Judiciário. Sempre nos
limites da Lei.
Atividade Preventiva
Embora não seja traço característico da Polícia Administrativa, sua atuação preventiva, esta é uma de suas atividades mais importantes e serve para diferenciá-la da Polícia Judiciária
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Garantias Legais às atividades de
Defesa Sanitária Animal
DECRETO Nº 24.548, DE 3 DE JULHO DE 1934
Aprova o Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal
Art. 1º Fica aprovado o regulamento que com este baixa, para execução, no país do Serviço de Defesa Sanitária Animal.
(Este Decreto foi editado em período de Governo de Exceção quando o Congresso Nacional estava desfeito)
Este ato legislativo foi recepcionado pela
Constituição de 1988 como LEI ORDINÁRIA.
Garantias Legais às atividades de Defesa Sanitária Animal
LEI Nº 569, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948
Estabelece Medidas de Defesa Sanitária Animal, e dá outras Providências
Art. 1º - Sempre que, para salvaguardar a saúde pública, ou por
interesse da defesa sanitária animal venha a ser determinado o sacrifício de animais doentes, destruição de coisas ou construções rurais, caberá ao respectivo proprietário indenização em dinheiro, mediante prévia avaliação.
Parágrafo único. Far-se-á devido desconto na avaliação quando parte
das coisas ou construções condenadas seja julgada em condições de aproveitamento.
Art. 2º - Serão sacrificados os animais atingidos por qualquer das
zoonoses especificadas no art. 63 do Regulamento do Serviço de
Defesa Sanitária Animal aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de
julho de 1934.
Parágrafo único. Não caberá qualquer indenização quando se tratar de
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Garantias Legais às atividades de Defesa
Sanitária Animal
DECRETO Nº 27.932, DE 28 DE MARÇO DE 1950.
Aprova o Regulamento para aplicação de medidas de defesa sanitária animal. Art. 1º Fica aprovado o Regulamento que a este acompanha, assinado pelo Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura, relativo à execução das medidas de defesa sanitária animal, a que se refere a Lei nº 569, de 21 de dezembro de 1948.
---Regulamento referente à aplicação das medidas de defesa sanitária animal, de que trata a Lei número 569, de 21 de dezembro de 1948.
Art. 1º O sacrifício de animais portadores de qualquer das zoonoses especificadas no artigo seguinte e a destruição de coisas e construções rurais, no interesse da saúde pública ou da defesa sanitária animal, serão autorizadas pelo Diretor da Divisão de Defesa Sanitária Animal (D.D.S.A.), do Departamento Nacional da Produção Animal (D.N.P.A.), do Ministério da Agricultura, por proposta do Chefe da Inspetoria Regional, da mesma Divisão, em cuja jurisdição se impuser a aplicação das referidas medidas.
Garantias Legais às atividades de
Defesa Sanitária Animal
LEI Nº 8.171, DE 17 DE JANEIRO DE
1991.
Dispõe sobre a política agrícola CAPÍTULO VII
Da Defesa Agropecuária
DECRETO Nº 5.741, DE 30 DE MARÇO DE 2006
Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado
de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras
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Garantias Legais às atividades de Defesa
Sanitária Animal
DECRETO Nº 5.741, DE 30 DE MARÇO
DE 2006
Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado
de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras
providências.
---Seção II
Da Saúde Animal
Outras normasREQUISITOS DO AGENTE PÚBLICO
Honestidade
integridade
compromisso
lealdade
equanimidade
dedicação
respeito
responsabilidade cidadã
excelência
exemplo
conduta irreprovável
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Processo Administrativo
(Lei nº 9.784, de 1999)
PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Legalidade, Finalidade, Motivação,
Razoabilidade, Proporcionalidade,
Moralidade, Igualdade, Ampla defesa,
Contraditório, Segurança Jurídica,
Interesse Público, Eficiência,
Informalidade, Boa-Fé, Publicidade,
Oficialidade, Publicidade, Verdade Material e
Duplo Grau de Jurisdição
Processo Administrativo
Princípio da Igualdade
Deve-se observar que no processo
administrativo o Estado é, ao mesmo tempo, parte e juiz, evidenciando uma desigualdade fundamental. Mas essa desigualdade deve ser compensada por uma atuação a mais isenta possível na condução do processo, tendo como norte a igualdade entre as partes.
Princípio da Legalidade
Pelo princípio da legalidade, tem-se que
administração pública é uma atividade que se desenvolve debaixo da lei, na forma da lei, nos limites da lei e para atingir os fins
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Processo Administrativo
Princípio da Finalidade
Segundo o princípio da finalidade, a
norma administrativa deve ser
interpretada e aplicada da forma que
melhor garanta a realização do fim
público a que se dirige
Princípio da Motivação
O princípio da motivação determina que a
autoridade administrativa deve
apresentar as razões que a levaram a
tomar uma decisão.
Processo Administrativo
Princípio da Razoabilidade
O princípio da razoabilidade é uma diretriz de
senso comum, ou mais exatamente, de bom-senso, aplicada ao Direito. Enuncia-se com este princípio que a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional
Princípio da Proporcionalidade
O princípio da proporcionalidade tem o
objetivo de coibir excessos desarrazoados, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação
administrativa, para evitar restrições desnecessárias ou abusivas.
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Processo Administrativo
Princípio da Moralidade
A Constituição Federal elegeu como
um de seus princípios fundamentais a
moralidade como um todo, abrindo o
caminho para a superação da
vergonhosa impunidade que campeia
na Administração Pública, podendo-se
confiar em uma nova ordem
administrativa baseada na confiança,
na boa-fé, na honradez e na probidade
Processo Administrativo
Princípio da Ampla Defesa
A Constituição Federal assegura, aos
litigantes em geral, tanto na esfera
administrativa quanto judicial, o
direito à defesa, com os meios a ela
inerentes. Ao falar-se de princípio da
ampla defesa, na verdade está se
falando dos meios para isso
necessários, dentre eles, assegurar o
acesso aos autos, possibilitar a
apresentação de razões e documentos,
produzir provas testemunhais ou
periciais e conhecer os fundamentos e
a motivação da decisão proferida
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Processo Administrativo
Princípio do Contraditório
A instrução do processo deve ser
contraditória, ou seja, é essencial que ao interessado ou acusado seja dada a
possibilidade de produzir suas próprias razões e provas e, mais que isso, que lhe seja dada a possibilidade de examinar e contestar
argumentos, fundamentos e elementos probantes que lhe sejam favoráveis
Princípio da Segurança Jurídica
O princípio da segurança jurídica ou da
estabilidade das relações jurídicas impede a desconstituição injustificada de atos ou
situações jurídicas, mesmo que tenha
ocorrido alguma inconformidade com o texto legal durante sua constituição
Processo Administrativo
Princípio do Interesse Público
A finalidade da lei sempre será a realização do
interesse público, entendido como o interesse da coletividade. Cada norma visa a satisfação de um determinado interesse público, mas a
concretização de cada específico interesse público concorre par a realização do interesse público em sentido amplo (interesse comum a todos os
cidadãos).
Princípio da Informalidade
O princípio da informalidade significa que, dentro
da lei, pode haver dispensa de algum requisito formal sempre que a ausência não prejudicar terceiros nem comprometer o interesse público. Um direito não pode ser negado em razão da inobservância de alguma formalidade instituída para garanti-lo desde que o interesse público almejado tenha sido atendido
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Processo Administrativo
Princípio da Boa-fé
A boa-fé é um importante princípio
jurídico, que serve também como
fundamento para a manutenção do ato
viciado por alguma irregularidade. A
boa-fé é um elemento externo ao ato,
na medida em que se encontra no
pensamento do agente, na intenção
com a qual ele fez ou deixou de fazer
alguma coisa. Na prática, é impossível
definir o pensamento, mas é possível
aferir a boa ou má-fé, pelas
Processo Administrativo
Princípio da Publicidade
O art. 37 da CF - Como regra geral, os atos
praticados pelos agentes administrativos não devem ser sigilosos. Portanto, salvo as
ressalvas legalmente estabelecidas e as decorrentes de razões de ordem lógica, o processo administrativo deve ser público, acessível ao público em geral, não apenas às partes envolvidas.
Princípio da Oficialidade
A Administração Pública tem o dever de dar
prosseguimento ao processo, podendo, por
sua conta, providenciar a produção de provas, solicitar laudos e pareceres, enfim, fazer
tudo aquilo que for necessário para que se chegue a uma decisão final conclusiva
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Processo Administrativo
Princípio da Verdade material
No processo administrativo o julgador
deve sempre buscar a verdade, ainda
que, para isso, tenha que se valer de
outros elementos além daqueles trazidos
aos autos pelos interessados.
A autoridade administrativa competente
não fica obrigada a restringir seu exame
ao que foi alegado, trazido ou provado
pelas partes, podendo e devendo buscar
todos os elementos que possam influir no
seu convencimento
Processo Administrativo
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Administrativa
As decisões administrativas, inclusive e
principalmente aquelas proferidas no processo, podem conter equívocos. Daí a necessidade de que as condutas estatais submetam-se a duplo exame, porque a oportunidade de haver uma segunda análise propicia uma melhor conclusão e maior segurança para o interessado e para a coletividade. À própria autoridade que tenha proferido a decisão recorrida é oferecida uma oportunidade de reexame, em geral, vez que a ela é que se dirige o recurso e o pedido de reconsideração, o que, não ocorrendo, determina a remessa à autoridade hierarquicamente superior.
A possibilidade de reexame da decisão retira o
arbítrio de quem decide e obriga a que a decisão proferida seja devidamente fundamentada e
motivada, dando ensejo à possibilidade de controle, inclusive judicial, sem o qual não existe o chamado Estado de Direito