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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

Por: Fabiana Ribeiro Amorim

Orientador

Prof. Aleksandra Siliwowska

Rio de Janeiro 2015

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa

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RESUMO

Num mundo globalizado e com concorrência acirrada é preciso fazer com que os gestores possam utilizar-se de toda e qualquer ferramenta gerencial na busca do sucesso organizacional. A gestão financeira tem por objetivo geral, direcionar a empresa para que esta obtenha lucro dentro de um nível aceitável de risco e que esse lucro se transforme rapidamente em dinheiro. Portanto, os recursos financeiros das empresas, consistem em uma das áreas mais importantes para a sobrevivência das organizações, e nesta área destaca-se a gestão do capital de giro que se dedica principalmente aos recursos de curto prazo que influem diretamente na liquidez e rentabilidade da empresa, motivo este, que justifica o estudo que será abordado no presente trabalho.

O estudo se propõe a examinar a gestão do capital de giro. Para isso são abordados definições e conceitos de capital de giro e suas principais contas, os riscos e retornos, indicadores de liquidez e os ciclos.

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METODOLOGIA

A metodologia empregada para a realização deste trabalho foi através de pesquisas bibliográficas, fundamentada a partir da leitura de livros, artigos científicos e pesquisas em internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

CAPÍTULO I - A GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS 07

CAPÍTULO II - CONCEITOS E DEFINIÇÕES 08

2.1. Capital de Giro 08

2.2. Composição do capital de giro 09

2.2.1. Caixa e Títulos negociáveis 10

2.2.2. Duplicatas a receber 11

2.2.3. Estoques 12

2.3. Ativo Circulante (AC) 13

2.4. Passivo Circulante (PC) 14

2.5. Capital Circulante Líquido (CCL) 14

2.6. Risco e Retorno 15

2.7. Necessidade de Capital de Giro (NCC) 15

CAPÍTULO III - INDICADORES DE LIQUIDEZ 17

3.1. Índice de Liquidez Corrente 17

3.2. Índice de Liquidez Seca 18

3.3. Índice de Liquidez Geral 18

3.4. Índice de Liquidez Imediata 19

CAPÍTULO IV - CICLO ECONÔMICO, OPERACIONAL E FINANCEIRO 20

4.1. Ciclo Econômico 20

4.2. Ciclo Operacional 21

4.3. Ciclo Financeiro 21

CONCLUSÃO 22

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INTRODUÇÃO

A gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômicos - financeiros decorrentes de suas atividades operacionais (GITTMAN, 2001).

Para Cheng e Mendes (1998), ela objetiva encontrar o equilíbrio entre a “rentabilidade” (maximização dos retornos dos proprietários da empresa) e a “liquidez” (que se refere à capacidade de a empresa honrar seus compromissos nos prazos contratados). Isto é, está implícita na necessidade da gestão financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa.

A administração do capital de giro é muito importante para o equilíbrio financeiro das empresas, sendo um elemento necessário para o sucesso dos negócios. Requer um planejamento estratégico de curto prazo, com objetivo de produzir resultados que irão refletir a saúde financeira da empresa. Uma administração inadequada do capital de giro pode levar a empresa a sérios problemas financeiros e até contribuir para formação de uma situação de insolvência.

O objetivo deste trabalho é mostrar um estudo sobre a gestão do capital de giro nas empresas. No primeiro capitulo farei uma rápida abordagem a respeito do tema. No capitulo segundo abordarei conceitos fundamentais par realização desta pesquisa, tais como: composição do capital de giro, ativo circulante, passivo circulante, capital circulante líquido, riscos e retornos, necessidade de capital de giro. Informações essas necessárias para melhor entendimento a respeito de todos os componentes diretamente ligados ao tema.

No capitulo terceiro e quarto será abordado o conceito dos indicadores de liquidez (corrente, seca, geral e imediata) e a importância do estudo dos ciclos (operacional, econômico e financeiro) para projeção da necessidade de capital de giro.

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CAPÍTULO I

A GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

A gestão do capital de giro abrange fundamentalmente as decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas mais diversas atividades operacionais e financeiras.

Assaf Neto (2003) afirma que a importância da administração do capital de giro para as empresas tem-se acentuado bastante nos últimos tempos, em razão, principalmente, das altas taxas de juros praticadas no mercado, do acirramento da concorrência determinado pela abertura do mercado e das políticas de expansão adotadas pelas empresas.

Assaf Neto (2002) expõem que, para se realizar a análise da situação financeira de uma empresa cujo objetivo é verificar o equilíbrio financeiro, é de fundamental importância o estudo do capital de giro voltado para a realidade brasileira.

O capital de giro se bem provisionado pode levar uma empresa ao sucesso empresarial e financeiro. Por outro lado, seu descaso pode causar sérios problemas.

A eficácia do Capital de Giro transmite equilíbrio, lucratividade, e vitalidade ao funcionamento e sucesso dos negócios. A movimentação de disponibilidade financeira é sempre uma preocupação constante para as empresas, principalmente a área financeira. Muitos empresários desconhecem o que é fundamental na gestão da sua empresa; e acabam perdendo muitas oportunidades, e até possibilidades de aumento de mercado, de lucro, de produtividade, etc.

No capítulo seguinte será abordado alguns conceitos e definições para melhor compreensão sobre o tema abordado.

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CAPÍTULO II

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

2.1. Capital de Giro

Segundo Brigham e Ehrhardt (2006, p.837) “[...] o termo capital de giro originou-se do velho vendedor ambulante ianque que carregava a sua carroça para, então, sair vendendo suas mercadorias”. O autor afirma ainda que a mercadoria era chamada de capital de giro porque era exatamente isso o que ele vendia, ou fazia girar, para produzir seus lucros, sendo que o cavalo e a carroça eram seus ativos permanentes, geralmente adquiridos com recursos próprios, enquanto para comprar as mercadorias tomava dinheiro emprestado junto a terceiros, e quando vendida às mercadorias o ambulante pagava o empréstimo, por isso vem a denominação de capital de giro.

Para Marion (2003, p. 269) “[...] capital de giro é o capital que o administrador movimenta, procurando girar mais rapidamente possível, com o objetivo de melhorar a rentabilidade”.

Vieira (2005, p.36) afirma que “[...] a expressão capital de giro é comumente definida como o montante investido no ativo circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, estoques e contas a receber) ”.

Dentro da mesma linha de raciocínio Gitman (2001, p.459) afirma que “[...] ativos circulantes, comumente chamados de capital de giro ou capital circulante, representam a porção do investimento que circula de uma forma para outra na condução normal dos negócios”.

Assaf Neto e Silva (2002, p. 14) trabalham também nesta ótica, ao afirmarem que “[...] o termo giro refere-se aos recursos correntes (a curto prazo da empresa), geralmente identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no máximo de um ano”.

Na visão de Hoji (2001, p.109) “[...] o capital de giro é conhecido também como capital circulante e corresponde aos recursos aplicados em

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ativos circulantes, que se transformam constantemente dentro do ciclo operacional”. Este elemento é fundamental para a administração financeira, devido à necessidade da empresa em recuperar todos os custos e despesas (inclusive financeiras) incorridos no ciclo operacional e obter, assim, o lucro desejado, por meio da venda do produto ou prestação do serviço.

A partir das argumentações dos autores citados, fica evidente que as contas que compõem o capital de giro (disponibilidades, contas a receber e estoques) são responsáveis pelo giro dos negócios da empresa, ou seja, pela alimentação do ciclo operacional da empresa, propiciando desta forma a continuidade das atividades das empresas.

2.2. Composição do Capital de Giro

As contas que compõem o capital de giro são classificadas no balanço, como contas de curto prazo – circulante – da empresa. “A administração do Capital de Giro se refere à administração das contas circulantes, tanto ativos como passivos”. (Assaf e Silva, 1997; p.13).

O capital de giro ou capital circulante é definido, no seu sentido mais restrito, como o total do Ativo Circulante (ou Realizável a Curto Prazo) da organização: caixa, títulos negociáveis, contas a receber e estoques; no seu sentido mais amplo, corresponde ao capital circulante líquido, que é a diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante. É o capital de giro que torna os ativos fixos (equipamentos e instalações) produtores de serviços ou bens, pois é ele que permite comprar e manter estoques de insumos, pagar pessoal, consertar equipamentos, etc. Em outras palavras, é o total dos recursos de curto prazo necessários para fazer "girar" a empresa ou instituição no dia-a-dia.

De acordo com Gitman (1997), as contas que compõem o capital de giro são: Caixa, Títulos Negociáveis, Duplicatas a receber e Estoques.

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2.2.1. Caixa e Títulos negociáveis

O caixa ou disponível pode ser visto como “valores em moeda [...], livres para serem usados a qualquer momento” (LEMES JÚNIOR; RIGO; CHEROBIM, 2005, p. 418).

Os títulos negociáveis são papéis de curto prazo do mercado monetário, representam o instrumento utilizado pelo gestor do caixa para aplicar os recursos temporariamente ociosos que compõe o caixa da empresa. São aplicações no mercado financeiro, de curto prazo, classificadas como parte dos ativos circulantes da empresa, mais precisamente como parte do caixa, que podem ser fácil e prontamente convertidas em dinheiro. Representam aplicação remunerada de grande liquidez e existem porque a empresa deve obter remuneração sobre recursos de caixa temporariamente ociosos, como forma de reduzir o custo de oportunidade dos recursos aplicados em ativos circulantes, especialmente no caixa.

Porém, “numa situação ideal, em que uma empresa tem um controle total sobre sua liquidez, seu saldo de caixa seria zero” (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 86). Existem três motivos para que as organizações mantenham um valor mínimo de caixa: motivo de negócios ou de transação; motivo precaução e motivo especulação. (KEYNES, 1982 apud LEMES JÚNIOR; RIGO; CHEROBIM, 2005, p. 419).

Desta forma, o caixa mínimo exigido dependerá de muitos fatores, e os considerados principais são: a falta de sincronia entre pagamentos e recebimentos da empresa, desperdício produtivo, eventos imprevisíveis (relação de risco), taxa inflacionária, existência de um modelo de administração de caixa definido e ajustado às operações empresariais, e outros (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 86-88).

Também é interessante para a empresa tentar reduzir seu ciclo de caixa, pois contribui para a redução das aplicações em ativo circulante e conseqüentemente do saldo mínimo de caixa. É importante ressaltar que a diminuição do ciclo do caixa não pode prejudicar os negócios.

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Para Gitman (1997), o ciclo de caixa de uma empresa é definido como o período de tempo que vai do ponto em que a empresa faz um desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é recebido o dinheiro da venda do produto acabado, feito com aquelas matérias-primas. O giro de caixa, por sua vez, refere-se à quantidade de vezes por ano que o caixa da empresa se reveza.

Há uma relação funcional estreita entre giro de caixa e ciclo de caixa. Pode-se calcular o giro de caixa de uma empresa pela diferença de dias entre o pagamento de duplicatas a pagar e o recebimento de duplicatas a receber. O ciclo de caixa de uma empresa deve ser planejado desde o início de suas atividades. Quanto ao giro de estoques, é desejável que assuma a maior magnitude possível, pois quanto mais ele for maximizado, menor será o investimento em caixa.

2.2.2. Duplicatas a receber

Duplicatas a receber de uma empresa representam concessão de crédito aos seus clientes, que expressam o compromisso assumido pelos clientes de saldarem sua dívida em prazo previamente determinado. Com objetivo de manter os clientes atuais e captar novos clientes. O que gera custo e riscos significativos dentro das finanças da organização, no qual se destaca a possibilidade de o cliente não honrar o compromisso e não pagar pela mercadoria adquirida levando ao risco decorrente das vendas a prazo, dessa maneira proporcionando ainda a adoção de políticas de créditos o que gera custo para a organização que precisa estabelecer condições de vendas, analisar o crédito e adotar políticas de cobranças, para que possa obter o controle das contas a receber.

Para Gitman (2002, p.696), “as duplicatas a receber são o resultado da concessão de crédito de uma empresa a seus clientes, a fim de conservar os clientes atuais e atrair outros”.

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Conforme Hoji (2004, p.129), “as contas a receber são geradas pelas vendas a prazo, que são feitas após a concessão de crédito”. As compras e vendas a prazo é uma prática normal utilizadas pelas empresas.

Segundo Cherry (1977, p. 114) “Valores a receber são montantes devidos à firma, provenientes da venda de mercadorias ou serviços no curso ordinário dos negócios”.

O investimento em valores a receber de uma empresa representa uma parte significativa dos ativos circulantes, influenciando a rentabilidade da empresa.

O administrador financeiro deve estar atento ao volume desse investimento. Sua magnitude depende do comportamento das vendas e da formulação de uma política de crédito que compreenda avaliação do risco de credito, fixação dos padrões de crédito, prazo de concessão, descontos financeiros por pagamentos antecipados e política de cobrança.

O contas a receber, desse modo, responsabiliza-se pela gestão do crédito concedido aos clientes. As políticas adotadas para a concessão de crédito objetivam atingir as metas comerciais e financeiras da empresa (SANTOS, 2001).

2.2.3. Estoques

“Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir demandas futuras. ” Os tipos de estoques podem ser: matéria-prima, produto em processo (em elaboração/produção), produto acabado, materiais e embalagens e produtos necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no processo de fabricação (ORTOLANI, 2007).

Para Gitman (2002), os estoques representam investimentos não rentáveis, mas necessários ao processo de produção e vendas das empresas,

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juntamente com os investimentos em duplicatas a receber, com o objetivo de fomentar as vendas.

Os estoques são representados por matérias-primas, componentes, insumos, produtos em processo e produtos acabados, e se constituem nos bens comercializáveis pelas empresas comerciais e destinados à produção e venda pelas empresas industriais. Por esse motivo, a administração dos estoques deve ser objeto de políticas que traduzam resultados eficazes em sua gestão (LEMES JÚNIOR; RIGO; CHEROBIM, 2005, p. 467).

O principal objetivo da gestão de estoques consiste em evitar o excesso ou a falta de suprimentos para produção e vendas, bem como evitar os extravios de estoques. O excesso de estoques acarreta diversos problemas à organização, em termos tanto de custos (maiores espaços, seguros, cuidados, etc.), quanto de perdas financeiras (dinheiro parado). Por outro lado, a insuficiência representa problemas ao processo produtivo (paradas de produção, aumento do tempo de produção, queda de produtividade) e problemas de vendas (redução de vendas, insatisfação de clientes, etc.).

2.3. Ativo Circulante (AC)

O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício social seguinte ao do balanço social. São os bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em curto prazo.

Neste trabalho foi abordado as contas caixa e títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques. Cada um desses ativos deve ser administrado de forma eficiente, com objetivo de manter a liquidez da empresa e ao mesmo tempo evitar um grande volume de recursos nesses itens.

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2.4. Passivo Circulante (PC)

O passivo circulante são as obrigações que normalmente são pagas até o término do exercício social subsequente ao da data de encerramento do Balanço. Pode ser classificado em passivo de funcionamento e de financiamento.

Os passivos de funcionamento são constituídos por fontes não oneroso de recursos, geradas espontaneamente pelas atividades operacionais, como fornecedores, salários e outras obrigações provisionadas.

Os passivos de financiamento são fontes de recursos onerosas por envolverem encargos financeiros, como empréstimos bancários, duplicatas a receber, etc.

2.5. Capital Circulante Líquido (CCL)

O capital circulante líquido “reflete a folga financeira da empresa e, dentro de um conceito mais rigoroso, representa o volume de recursos de longo prazo (exigibilidades e patrimônio líquido) que se encontra financiando os ativos correntes (de curto prazo) ” (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 68).

Gitman (2001, p. 459) expõe que o capital de giro líquido “é comumente definido como a diferença entre os ativos e os passivos circulantes da empresa”.

De acordo com as definições acima, pode-se perceber que quando os ativos circulantes excedem o passivo circulante, a empresa tem um capital de giro líquido positivo. Do contrário, ocorre o inverso.

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2.6. Risco e Retorno

Risco e retorno são variáveis básicas da tomada de decisão de investimentos. Genericamente, o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos, e retorno é a expectativa de receitas de qualquer investimento. Para GITMAN p.202), risco é a possibilidade de prejuízo financeiro. Já para GROPPELLI p. 67, o risco é uma medida da volatilidade ou incerteza dos retornos. Retorno, de acordo com LEMES JR. p. 135), é o total de ganhos ou de perdas de um proprietário ou aplicador sobre investimentos anteriormente realizados. Já para GITMAN p.203), o retorno é medido como o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo.

Em resumo, pode-se definir Risco como o grau de incerteza associado a um investimento. Quanto maior a volatilidade dos retornos de um investimento, maior será o seu risco. Quando dois projetos têm os mesmos retornos esperados, escolhe-se o de menor risco.

2.7. Necessidade de Capital de Giro (NCC)

A Necessidade de Investimento em Capital de Giro “reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem” (ASSAF NETO; 2003, p. 471). Ocorre “quando a atividade operacional da empresa criar um fluxo de saídas de caixa mais rápido que o da entrada, identifica-se claramente uma necessidade permanente de investimento em seu giro” (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 68).

Portanto, a necessidade de investimento em capital de giro depende fundamentalmente do volume de atividade da empresa e de seu ciclo financeiro, definido pelas características da natureza do negócio e da sazonalidade, que determinam os giros (rotações) das fases operacionais e os valores das contas cíclicas.

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“Quando a atividade operacional da empresa criar um fluxo de saídas de caixa mais rápido que o da entrada, identifica-se claramente uma necessidade permanente de investimento em seu giro, que é apurada pela diferença entre os ativos e os passivos cíclicos” (ASSAF NETO; SILVA, 1997, p. 55).

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CAPÍTULO III

INDICADORES DE LIQUIDEZ

Para uma empresa conseguir manter uma boa gestão financeira é de fundamental importância que o administrador conheça e exerça uma boa gestão do capital de giro. Neste capitulo será abordado um dos fatores que influenciam nessa administração: os indicadores de liquidez.

Os indicadores de liquidez fazem um estudo sobre a capacidade financeira de uma empresa em satisfazer os seus compromissos junto com terceiros, fazendo uma comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. A capacidade de pagamento abrange os índices de liquidez corrente e índice de liquidez seca, caracterizam a capacidade de pagamento a curto prazo, índice de liquidez geral, representa a capacidade de pagamento a longo prazo e índice de liquidez imediata, a qual corresponde a capacidade de pagamento em prazo imediato. Cada um fornece informações sobre as diferentes situações financeiras de uma empresa, porem os índices não podem ser analisados isoladamente. ” Para Matarazzo (2003, p. 163 - 164) “este índice não pode ser confundido com índice de capacidade de pagamento, pois os índices de liquidez não são extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro”.

3.1. Índice de Liquidez Corrente

O índice de liquidez corrente informa o quanto a empresa poderá dispor em recursos de curto prazo (disponível, clientes, estoques, estc.) para honrar suas dívidas a curto prazo (fornecedores, empréstimos a curto prazo, contas a pagar etc.). Segundo Iudícibus (2007, p. 91): Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente, disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice

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considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. Segue abaixo a fórmula:

Ativo Circulante / Passivo Circulante = Índice de Liquidez Corrente

3.2. Índice de Liquidez Seca

O índice de liquidez seca informa o quanto uma empresa poderá dispor de recursos circulantes, sem vender seus estoques, para fazer frente as obrigações de curto prazo. Para Gitman e Madura (2003, p. 195): “O índice seco (quociente ácido) é parecido com o índice de liquidez de curto prazo, exceto por excluir o estoque, em geral é o ativo circulante de menor liquidez. ” Segue abaixo a fórmula:

(Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante = Índice de Liquidez Seca

3.3. Índice de Liquidez Geral

O índice de liquidez geral informa o quanto uma empresa poderá dispor de recursos para saldar seus compromissos. Engloba todos os valores conversíveis, ativo circulante e realizável a longo prazo, em paralelo com o total das responsabilidades, passivo circulante e exigível a longo prazo. Indica a liquidez econômica em longo prazo. Assaf Neto, (2007, p. 191) afirma que, “Esse indicador revela a liquidez, tanto a curto como a longo prazo. De cada $ 1 que a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no circulante e no realizável a longo prazo. ” Segue abaixo a fórmula:

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3.4. Índice de Liquidez Imediata

O índice de liquidez imediata relaciona o disponível e o passivo circulante, sem considerar os outros itens do ativo circulante, indicando a porcentagem dos compromissos que a empresa pode liquidar imediatamente. Com afirmação de Assaf Neto (2007, p. 190): Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições se serem liquidadas imediatamente. Segue abaixo a fórmula:

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CAPÍTULO IV

CICLOS ECONÔMICO, OPERACIONAL E FINANCEIRO

Os ciclos dividem-se em Ciclo Econômico, Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro que compõe todo o sistema.

É de suma importância para o Administrador Financeiro o estudo do Ciclo Operacional, pois fornecerá uma visão comparativa dos prazos de Giro de Estoque, Prazo Médio de Recebimento de Duplicatas e Prazo Médio de Pagamento de Fornecedores, além dos Custos Fixos Mensais. O Ciclo Operacional é composto pelos Ciclos Econômico e Financeiro. Baseado nesses estudos conseguira ter real visão do fluxo de recursos que fluirão pela empresa no médio ou longo prazos e através destas informações projetar a Necessidade de Capital de Giro (NCG) para um determinado período.

4.1. Ciclo Econômico

É o período em que a mercadoria permanece nas dependências da empresa, ou seja, inicia-se com a compra da mercadoria e encerra-se com a venda da mesma. Este ciclo é o giro de estoques, ele nos diz quanto tempo a empresa está demorando para girar o seu estoque. Quanto maior for o estoque, mais lento será o giro do mesmo, ocasionando, inclusive, numa possível insuficiência crônica de caixa, forçando-a a captação sistemática de recursos de terceiros comprometendo a saúde financeira da empresa.

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4.2. Ciclo Operacional

O ciclo operacional é a soma de todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, inicia-se com a compra da matéria-prima, passa pelo período de estocagem, pagamento da matéria-prima, estocagem de produtos acabados, venda dos produtos e termina com o recebimento referente as vendas realizadas. Quanto maior o giro desse fluxo, melhor para a empresa, que necessita de menos recursos para financiar o ativo circulante e possibilita um aumento da rentabilidade. (ASSAF NETO e SILVA, 2002).

É vital para empresa que disponha de gestores qualificados para tomadas de decisão eficientes, com intuito de reduzir o seu ciclo operacional, diminuindo o custo do capital de giro com objetivo principal que é maximizar a riqueza. A análise do ciclo operacional é um retrato temporal das atividades da empresa e do impacto financeiro causado pelas mesmas.

CICLO OPERACIONAL = CICLO ECONÔMICO + PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR)

4.3. Ciclo Financeiro

O Ciclo Financeiro da empresa inicia-se no momento do pagamento da matéria-prima e termina com o recebimento das vendas. Este é o ciclo de caixa. O reflexo do Ciclo Econômico se dará neste ciclo. Se o giro do estoque é lento, primeiro a empresa pagará para após receber, ocasionando em desembolso desnecessário. Vale ressaltar que além de compromissos com fornecedores a empresa também deve honrar outros compromissos mensais, que são os Custos Fixos ou Despesas Operacionais. São gastos necessários para que a empresa possa operar.

CICLO FINANCEIRO = CICLO OPERACIONAL – PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO (PMP)

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CONCLUSÃO

O gerenciamento da área financeira das empresas, tem se tornado estratégico para o desenvolvimento constante. A administração do capital de giro é um componente vital para a saúde dos negócios e, também, essenciais ao crescimento e a continuidade das operações. O correto uso dessa ferramenta certamente permite ao administrador financeiro subsídios para fornecer à empresa opções para a obtenção de recursos e para a correta aplicação dos mesmos na empresa, garantindo o atingir os objetivos propostos.

O capital de giro está sujeito a exposições e riscos vindos de diversas áreas, como, contas a receber, contas a pagar, gerenciamento de estoques, caixa etc. Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no que tange ao alcance da liquidez necessária, para arcar com seus compromissos e possibilitar o seu crescimento. A necessidade de administrar o capital de giro está presente em todos os níveis, cada vez com maior peso nos resultados das empresas. Como a política adotada para a administração do capital de giro afeta praticamente todos os outros setores, existe a necessidade de um estreito relacionamento entre o administrador financeiro e as demais áreas, pois somente com uma visão única da empresa é que as metas serão alcançadas.

A implantação correta do capital de giro está diretamente associada as fontes das quais a empresa necessita para financiar seu crescimento, proporcionando assim ações preventivas por parte de seus gestores, como a redução de custos e despesas, controle da inadimplência, redução de prazos e recebimentos e estocagem e adoção de políticas internas. O bom gerenciamento do capital de giro na área financeira, evidencia a eficiência na gestão de recursos, a maximização da rentabilidade e minimização dos custos, envolvendo também a otimização da inter-relação de seus elementos constitutivos.

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Para finalizar, se observarmos em um aspecto geral, verificamos que a boa administração e implantação do capital de giro nas empresas, com uma visão globalizada, impulsiona não só o crescimento da empresa, mas também a economia de uma maneira geral.

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Referências

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