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C. F. N. SOUSA A.S. ADAMATTI

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INVESTIGAÇÃO DOS REQUISITOS DA NORMA BS EN 13374:2013 EM DISTINTOS

SISTEMAS PROVISÓRIOS DE PROTEÇÃO DE PERIFERIA A EFEITOS DE CARGAS

ESTÁTICAS – CLASSE A

C. F. N. SOUSA A.S. ADAMATTI

Acadêmica de Eng. Civil Acadêmico de Eng. Civil UNISINOS - itt Performance UNISINOS - itt Performance São Leopoldo; Brasil São Leopoldo; Brasil

camilanatus@gmail.com alexandreadamatti@gmail.com

L.K. ZUCHETTO J. FIGUEIRÓ

Acadêmica de Eng. Civil Acadêmico de Eng. Civil UNISINOS - itt Performance UNISINOS - itt Performance

São Leopoldo; Brasil São Leopoldo; Brasil

leticiakauer@gmail.com jonfigueiro@unisinos.br

U.C.M. QUININO Ms. Eng. Civil

UNISINOS - itt Performance São Leopoldo; Brasil uquinino@unisinos.br

RESUMO

A falta de padronização e diversidades de projetos de sistemas de proteção coletiva, associada à precária fiscalização dos órgãos competentes ou inobservância das normas, contribui para a ocorrência de acidentes. Com o propósito de esclarecer aspectos técnicos de dimensionamento e morfologia contemplados em recomendações normativas, para estes dispositivos, o presente estudo propõe investigar o desempenho estrutural de Sistemas Provisórios de Proteção de Periferia com proposições diferentes (madeira, metal e combinação), obedecendo aos critérios de dimensão mínima e distribuição de componentes estabelecidos por norma. Nesta investigação, os dispositivos são submetidos aos requisitos previstos na norma British Standard European Norm EN 13374:2013 – Temporary edge protection systems – Product specification, test method.2013. Por essa razão, torna-se imperativo a realização de experimentos que possam gerar fatores de correlação para viabilizar e potencializar a confiança dos resultados de testes de resistência mecânica.

1. INTRODUÇÃO

Em um período de 7 anos (entre 2001 e 2007), houve um aumento de 93% na ocorrência de acidentes de trabalho em obras [1], e a construção civil continua liderando o setor com maior número de acidentes. Em destaque, a estruturação preventiva de segurança para risco de quedas de altura ainda é um problema grave e está, emergencialmente, necessitando de novas reformulações, embora haja decretos visando à prevenção destes acidentes[3]. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais, a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje [2], [4]. A presente pesquisa, visando colaborar com as exigências regulamentadas, propõe estudar experimentalmente o comportamento de distintos sistemas de proteção de periferia, devidamente projetados com finalidade principal de funcionar como elemento que impeça a queda de pessoas e/ou objetos em contornos de lajes, telhados, escadas e quaisquer áreas/superfícies horizontais caso seja necessária à proteção. As proteções citadas se diferem quanto ao material utilizado para constituição das peças, geometria e morfologia, bem como a fixação e vinculação. Faz parte desta investigação evidenciar sua adequação frente às especificações mínimas previstas [5], [6], [7]. Além disso, estabelecer uma análise comparativa, evidenciando pontos positivos e/ou negativos de cada sistema, cujo procedimento, requisitos e recomendações são adotados [1].

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2. DESCRIÇÃO DO MATERIAL

De um modo geral, os protótipos são projetados, cujos elementos constituintes básicos obedecem às dimensões e designações [1], na qual são descritos da seguinte forma: (a) Travessão superior: longarina ou elemento contínuo que forma parte superior do sistema provisório de proteção de periferia; (b) Travessão intermediário: longarina ou elemento contínuo colocado entre o travessão superior e a superfície de trabalho; (c) Rodapé: elemento disposto junto à superfície de trabalho; (d) Montante: suporte vertical principal do sistema provisório de proteção de periferia no qual se fixam os travessões e rodapé; (e) Tela de segurança: tela contra queda de materiais; (f) Peça de enchimento: Preenche o espaço entre a face da viga, os travessões e o rodapé, permitindo a elevação das fiadas da alvenaria de fechamento do pavimento, sem que haja obstrução do sistema de proteção. Os elementos de proteção foram vinculados aos dispositivos de apoio que simulam a elevada rigidez das vigas às quais estarão fixados em obra.

2.1 Tipos de Sistemas de Proteção 2.1.1 Sistema de Proteção I –Madeira

Os elementos do sistema de madeira (montantes, travessão superior, travessão intermediário, rodapé e peça de enchimento), são de madeira serrada, cuja espécie é o eucalipto, fixados entre si através de pregos. A tela de segurança está unida aos elementos através de grampos metálicos. A Figura 1, ilustra a geometria adotada para este tipo de sistema, bem como as dimensões entre componentes.

Figura 1: Dimensões e montagem do sistema de proteção de madeira Fonte: RT 03-2013

2.1.2 Sistema de Proteção II –Metálico

Este sistema é constituído de tubos e chapas metálicas de aço estrutural A36 - SAE 1020, bem como de tela de proteção do tipo “alambrado” com malha 5x15 cm e arame com diâmetro  = 2,5 mm. Na Figura 2 é possível observar o detalhamento das peças e sistema, bem como vinculação externa.

Figura 2: Dimensões e montagem do sistema metálico de proteção Fonte: RT 02-2013

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Para a fixação dos quadros junto aos montantes, foram empregados calços e braçadeiras metálicas, bem como parafusos de ajuste. As telas de segurança, por sua vez, foram fixadas aos quadros metálicos com o auxílio de soldas.

2.1.3 Sistema de Proteção III – Misto

Muito similar aos protetores I (madeira), no que tange aos elementos constituintes horizontais (travessões e rodapé), o sistema misto dispõe de barras de madeira (eucalipto) que servem como elemento de fechamento e base para fixação da tela de segurança que, por sua vez, é firmada junto ao travessão superior e rodapé, onde grampos são, cuidadosamente, espaçados, garantindo a sua disposição final. Os montantes são tubos retangulares metálicos (aço estrutural - A36), cujas dimensões e detalhamento podem ser visualizados na Figura 3. Neste modelo, os elementos de madeira são vinculados aos montantes através de cantoneiras (guias) que permitem o encaixe perfeito e, posteriormente, pregos são utilizados para garantir que não haja desprendimento das uniões.

Figura 3: Dimensões e montagem do sistema de proteção mista Fonte: RT 01-2013

3. PROGRAMA EXPERIMENTAL

Para atingir os objetivos indicados no item 3 desta Comunicação, foi adotado o método dividido em duas etapas distintas, apresentadas a seguir: (a) Etapa I – Estado Limite de Serviço: aplicação de cargas horizontais e verticais e medição dos deslocamentos nas direções das cargas aplicadas (b) Etapa II – Estado Limite Último: aplicação de cargas horizontais e verticais, combinados com o vento e da perda de estabilidade. As cargas em questão estão relatadas no Relatório Técnico 01– Verificação dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia com montantes – metálicos – classe A. 2013, no - Relatório Técnico 02-2013 – Verificação dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia – estrutura metálica – classe A. 2013 e também no Relatório Técnico 03-2013 – Verificação dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia de madeira– classe A. 2013. 3.1 Sistema de aplicação de cargas

A proteção - Classe A - é projetada para resistir somente às ações estáticas horizontais e verticais e deve atender aos requisitos de carga previstos [1]. Tanto para a verificação do ELS, bem como para ELU, os protetores são submetidos a um arranjo de cargas [1]. Nestas especificações, são preditas cargas concentradas horizontais e verticais em cada um dos componentes do sistema de proteção de periferia – montantes, travessão superior, rodapé e tela de proteção contra queda de materiais – não necessitando serem consideradas como simultâneas [1].

3.2. Leitura dos Deslocamentos

Como mencionado no item anterior, cada um dos componentes é submetido a uma carga horizontal FH, ou uma carga vertical FV. Na verificação do ELS, a flecha é medida na direção de cada uma das cargas horizontais, aplicadas transversalmente aos componentes, assim como para a carga vertical aplicada em qualquer ponto do travessão superior, não devendo ser maior do que a respectiva máxima flecha elástica permitida (fmáx). Nesta fase, cada uma das amostras recebeu uma carga inicial de 100 N e mantida por um período mínimo de um minuto, tendo sido removida logo em

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seguida. Tal procedimento tem como objetivo permitir que quaisquer folgas sejam eliminadas. Após a remoção da carga, é estabelecido o ponto de referência para medição das flechas elásticas. A partir deste ponto, na medida em que o sistema é carregado até a carga característica, é realizada a leitura do deslocamento final que, por sua vez, é comparada com os valores de flechas estabelecidos pela norma.

4. RESULTADOS

A seguir, são apresentados os resultados obtidos durante os ensaios mencionados no método descrito. 4.1. Estado Limite de Serviço

As cargas são aplicadas até o limite máximo previsto para verificação do ELS, ao mesmo tempo em que são feitas as medições dos deslocamentos em suas direções. Com o intuito de determinar a curva carga aplicada vs deslocamento na direção da carga, as leituras das flechas foram realizadas a cada 100 N de carga aplicada.

4.1.1 Sistema de Proteção I – Madeira

Graficamente, a Figura 4 ilustra o comportamento dos protetores de periferia de madeira para as cargas FH1 (travessão

superior e montante), FH2 (travessão intermediário) e FH3 (rodapé).

Figura 4: Carga horizontal ao sistema de proteção de periferia Fonte: RT 03-2013

Nas figuras apresentadas, a identificação P0, P1, P2, P3, P4 e P5 representam nomes adotados para os protótipos testados. Nestes testes, é pertinente destacar que o limite de deslocamento na direção da carga FH1 é de fH1máx=150 mm e para as

direções de FH2 e FH3, a flecha máxima é limitada em fH2máx= fH3máx = 120 mm [1]. Em todos os casos, os limites de

deslocamentos foram obedecidos, sem que houvesse quaisquer tipos de danos ou comprometimento da estabilidade global do sistema. Sob a ação da carga FV = 1250 N vertical aplicada na metade do vão do travessão superior, intermediário e

rodapé, as flechas obtidas nas direções das cargas não excederam 200 mm. 4.1.2. Sistema de Proteção II – Misto

A Figura 5 ilustra o comportamento dos protetores de periferia – mistos – para as cargas FH1 (travessão superior e

montante), FH2 (travessão intermediário) e FH3 (rodapé) e, da mesma forma que os protetores constituídos de madeira, os

limites de deslocamentos foram obedecidos.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 0 50 100 150 200 250 CA RG A A PL IC A D A FH1 [ N ] DESLOCAMENTO fH1[ mm ] ELS - CARGA vs DESLOCAMENTO - HORIZONTAL - MONTANTES

P0 DIR P0 ESQ P1 DIR P1 ESQ P2 DIR P2 ESQ P3 DIR P3 ESQ 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 CA RG A A P LI CA D A FH1 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 C A RG A A P LI C A DA FH2 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO INTERMEDIÁRIO

P0 P1 P2 P3 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 CA RG A A P LI CA DA FH3 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO RODAPÉ

P0 P1 P2 P3

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Figura 5: Carga horizontal ao sistema de proteção de periferia Fonte: RT 03-2013

Analisando os sistemas mistos sob a ação da carga vertical (FV =1250N) no travessão superior, foi possível constatar que

todos os protetores testados possuem condições favoráveis de resistir à carga, uma vez que o seu desempenho foi aceitável e está de acordo com os requisitos na verificação das deformações excessivas, assim como da capacidade de carga e estabilidade. A Figura 6 indica os valores de deslocamentos medidos no centro do travessão superior, entre os montantes para uma carga crescente até o limite de 1250N. Da mesma forma, sob a ação da carga FV = 1250 N vertical aplicada na

metade do vão do travessão intermediário e rodapé, a flecha obtida na direção da carga não deve exceder 200 mm.

Figura 6: Curvas FV x fV – protetores mistos Fonte: RT 01-2013

4.1.3. Sistema de Proteção III – Metálico

A Figura 7 ilustra o comportamento dos protetores de periferia – metálicos – para as cargas FH1 (travessão superior) e FH3

(rodapé), na qual é possível observar que os limites de deslocamentos estabelecidos pela norma foram obedecidos.

Figura 7: Carga horizontal ao sistema de proteção de periferia – travessão superior e rodapé Fonte: RT 02-2013 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 CA RG A A P LI CA D A FH1 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 P4 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 CA RG A A P LI CA DA FH2 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO INTERMEDIÁRIO

P0 P1 P2 P3 P4 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 CA RG A A PL IC A DA FH3 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO RODAPÉ

P0 P1 P2 P3 P4 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 CA RG A A PL IC A D A [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELS - CARGA EXCEPCIONAL VERTICAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 P4 0 500 1000 1500 2000 2500 0 30 60 90 120 150 CA R G A A PL IC A D A FH1 [N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL - TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 0 500 1000 1500 2000 2500 0 20 40 60 80 100 120 CA R G A A PL IC A D A FH3 [N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL - RODAPÉ

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Como cada protetor possui um par de montantes, adotou-se registrar a média dos valores encontrados para os componentes do protetor. Graficamente, a Figura 8 apresenta o comportamento dos montantes dos protetores de periferia para a carga FH1. Assim como no caso da carga excepcional horizontal no travessão superior, a flecha máxima permitida pela norma

para essa configuração é de FH1máx=150 mm.

Figura 8: Carga horizontal ao sistema de proteção de periferia – montante Fonte: RT 02-2013

Para aplicar a carga vertical no travessão superior decidiu-se adotar o emprego de uma alça (cabo de aço), reduzindo a altura das massas utilizadas com relação ao solo, garantindo a segurança dos equipamentos e operários. Sob a ação da carga FV = 1250 N vertical aplicada na metade do vão do travessão superior, assim como do rodapé (travessão inferior),

a flecha obtida na direção da carga não excedeu 200 mm – ver Figura 9.

Figura 9: Carga vertical no sistema de proteção de periferia – travessão superior e rodapé Fonte: RT 02-2013

4.2. Estado Limite Último

Para que o sistema de proteção de periferia esteja de acordo com os requisitos estabelecidos pela norma, é imprescindível a ausência de ruptura ou desprendimento dos componentes, bem como de deformação permanente, quando submetido à ação das cargas e combinações (carga estática e ação de vento). Após a aplicação das cargas máximas previstas, respeitando o tempo de um minuto, é feita uma análise visual dos travessões, montantes, tela de proteção, ligação entre eles, assim como vinculação com o sistema de apoio.

4.2.1. Sistema de Proteção I – Madeira

Com o interesse de identificar a máxima carga suportada pelo componente e de avaliar a perda de estabilidade do protetor frente à ação da carga FH1, optou-se por acrescer o carregamento, levando-o até a ruptura. Em três protetores testados,

aleatoriamente, a falha ocorreu de maneira esperada, uma vez que as tensões de tração atuantes superaram a resistência à tração paralela às fibras da madeira constituinte. É possível observar, por meio da Figura 10, que os sistemas de proteção resistiram à ação da carga com uma magnitude superior que a prevista em norma, quando da verificação do ELU – combinação da ação da carga excepcional e ação do vento de 950 N – cerca de 1,4 a 1,9 vezes maior.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 5 10 15 20 25 30 C A R G A E X C E P C IO N A L H O R IZ O N T A L A P LI C A D A [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA - fh1 [mm]

CARGA vs DESLOCAMENTO - HORIZONTAL - MONTANTES

MONTANTES P0 MONTANTES P1 MONTANTES P2 MONTANTES P3 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 C A R G A A PL ICA D A FV [N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

CARGA VERTICAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 C A R G A A PL IC A D A FV [N]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

CARGA VERTICAL NO RODAPÉ

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Figura 10: Carga horizontal no travessão superior do sistema de proteção de periferia de madeira Fonte: RT 03-2013

4.2.2. Sistema de Proteção II – Misto

Com o mesmo propósito ao modelo anterior, sabendo que a finalidade principal deste tipo de sistema é evitar a queda de pessoas e/ou objetos, no sentido de dentro para fora, decidiu-se avaliar o desempenho do sistema até a ruptura frente à ação horizontal no travessão superior. Recorrendo à Figura 11, nota-se que o sistema proposto possui condições favoráveis para ser empregado para a finalidade a qual se destina uma vez que a carga média de ruptura em todos os casos foi, evidentemente, superior àquela estabelecida nos requisitos da norma, no que se refere à verificação do ELU. A partir dos resultados, o valor médio da carga máxima suportada pelos travessões superiores ficou compreendido num intervalo entre 2000 N a 2250 N, cerca de 2 a 2,4 vezes maior ao valor considerado como requisito mínimo na norma.

Figura 11: Carga horizontal no travessão superior do sistema de proteção de periferia misto Fonte: RT 01-2013

4.2.3. Sistema de Proteção III – Metálico

A função principal deste tipo de sistema está associada à ação da carga excepcional na direção horizontal, sendo esta aplicada na altura do travessão superior, como sendo a configuração mais desfavorável. As quatro amostras foram submetidas a uma carga de 2000 N nesta direção - 2,2x maior que a carga máxima de ensaio – que não houve falhas.

Carga horizontal paralelamente aplicada ao plano do sistema de proteção - FHP

Faz parte da investigação averiguar o comportamento do sistema de proteção quando submetido à carga FHP – em que a

sua direção deve coincidir com o eixo do travessão superior – foram adotadas duas maneiras semelhantes para aplicação da carga (assim, cada protetor foi verificado duas vezes para este critério). Primeiramente, a carga é aplicada no montante esquerdo do protetor, no sentido de fora para dentro, obedecendo aos requisitos de valor característico, bem como o fator de majoração estabelecido pela norma (FHP = 200 N x 1,5 = 300 N). Em seguida, com a mesma intensidade, direção e

sentido da carga FHP aplicada no montante esquerdo do protetor, o montante direito foi solicitado. Neste caso, a ação da

carga se dá no sentido de dentro para fora do protetor.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 CA RG A A P LI CA D A FH1 [ N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELU- CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P2 P3 P4 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 0 50 100 150 200 250 C A R G A A LI C A D A [N ]

DESLOCAMENTO NA DIREÇÃO DA CARGA [ mm ]

ELU - CARGA EXCEPCIONAL HORIZONTAL NO TRAVESSÃO SUPERIOR

P0 P1 P2 P3 P4 LIMITE P/ ELU - 953 N

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5. CONCLUSÃO

Com base nos ensaios e verificações realizadas neste trabalho, é viável apresentar as seguintes constatações:

- os resultados coletados indicam que o desempenho dos protetores é adequado e suficiente para resistir às eventuais ações previstas na verificação do ELS e ELU [5], [6] e [7]estabelecidos pela norma, no que tange às cargas excepcionais horizontais atuantes no travessão superior e intermediário, bem como no rodapé;

- no teste dos montantes, os elementos que fazem parte da fixação do protetor apresentaram comportamento satisfatório, uma vez que estes elementos atenderam aos requisitos de deformação excessiva;

- no que se refere aos testes realizados nas telas de proteção contra queda de materiais, considera-se que a mesma resiste, suficientemente, às condições normais de trabalho, uma vez que suportou as cargas previstas para verificação do ELU. Sugere-se, portanto, uma fixação com espaçamento controlado entre grampos, com a tela devidamente esticada;

- para os casos em que a madeira é empregada como material de constituição, há uma advertência no que tange a espécie da madeira (eucalipto), suas condições de uso e categoria;

- O fato de que a madeira utilizada nos sistemas de proteção deve estar isenta de nós e/ou defeitos, pode acarretar em um custo mais elevado, quando comparado à madeira comum;

- O sistema de proteção de periferia do tipo metálico possui maior rendimento. Em relação ao custo de confecção, ele tem a desvantagem inicial de se tornar mais caro, porém, quando analisado em longo prazo, o sistema tornar-se mais barato, pois ele pode ser reutilizável, ou seja, a mesma proteção de periferia pode ser usada, mais vezes, em obras diferentes, tendo a sua vida útil elevada. Os ensaios referidos neste estudo mostraram que o sistema de proteção metálica está superdimensionado, sendo assim, no que diz respeito a estes sistemas, os mesmos podem ter dimensões de materiais reduzidas e, consequentemente, custos reduzidos;

- O sistema de proteção de periferia do tipo misto apresentou um custo benefício compatível com os materiais utilizados, porém, não apresenta boa relação quando comparada a vida útil do sistema com os outros sistemas do tipo de madeira e metálico. Os travessões e o rodapé, do sistema misto, foram confeccionados com material de madeira, ou seja, em longo prazo, apresentarão defeitos e a qualidade final ficará reduzida se adequadas manutenções não forem feitas.

6. REFERÊNCIAS

[1] British Standard European Norm EN 13374:2013 – Temporary edge protection systems – Product specification, test method.2013.

[2] NORMA REGULAMENTADORA. NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 1978.

[3] NORMA REGULAMENTADORA. NR 35: Trabalho em altura. 2012.

[4] BAXENDALE; JONES - Recomendação Técnica de Procedimento – Medidas de proteção contra quedas de altura.

2000.

[5] itt Performance - Instituto Tecnológico em Desempenho da Construção Civil - Relatório Técnico 01– Verificação

dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia com montantes – metálicos – classe A. 2013.

[6] itt Performance - Instituto Tecnológico em Desempenho da Construção Civil- Relatório Técnico 02-2013 –

Verificação dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia – estrutura metálica – classe A. 2013.

[7] itt Performance - Instituto Tecnológico em Desempenho da Construção Civil- Relatório Técnico 03-2013 –

Verificação dos requisitos de carga estática para sistemas provisórios de proteção de periferia de madeira– classe A. 2013.

Referências

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