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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA DIRETORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA

DIRETORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

FA nº 0114.000.024-8

CONSUMIDOR: CRISTIANE MÁRCIA DOS SANTOS

INFRATOR– SKY DO BRASIL SERVIÇOS LTDA, CNPJ: 72.820.822/0031-45, Endereço: Av Marcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, nº 1.000, Residencial Três, Santana de Parnaíba-SP, CEP: 06.543-900

Decisão Administrativa

1. RELATÓRIO

Tratam os autos de Processo Administrativo instaurado pelo Procon Municipal de Mariana-MG fundado na reclamação apresentada pela consumidora Cristiane Márcia dos Santos, com base na Lei federal nº 8.078/1990 e no Decreto federal nº 2.181/1997, em face do fornecedor SKY DO BRASIL SERVIÇOS LTDA, visando apurar práticas infrativas ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei federal nº 8.078/1990).

Imputa-se ao fornecedor a seguinte prática infrativa às relações de consumo:

“A consumidora acima qualificada recebeu nos meses de agosto, setembro e outubro uma cobrança em sua conta bancária nos valores de R$ 166,70 nos meses de agosto e setembro e outra no valor de R$ 158,80 no mês de outubro. A consumidora procurou sua agência bancária e foi informada que o código 9018536 se refere a cobranças da Sky a qual desconhece. Em 16/10/2013, a mesma procurou o Procon, que em contato com a Sky através do protocolo 2049796715 e 2058268229, foi informado que não existe cadastro da consumidora na referida empresa, foi pedido o envio dos extratos com as referidas cobranças aos cuidados da atendente Gabriela Saldanha e João Lopes, respectivamente, porém até a presente data não teve seu problema solucionado.

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devolução dos valores cobrados indevidamente em dobro como preleciona o art.42 § único do CDC”, para comparecimento em audiência de conciliação (fls. 02 e 09).

Antes da audiência, a reclamada manifestou às fls. 10 e 11 lamentando o ocorrido e solicitando o prazo de 10 dias úteis para contatar a consumidora e finalizar o caso.

No dia 05/02/2013, a reclamada não compareceu na audiência, mesmo devidamente citada conforme AR às fls. 09/verso e termo de audiência fls. 12.

Ante os fatos acima narrados, sobreveio decisão que classificou a reclamação como “Fundamentada Não Atendida”, f. 13 e 14, tendo sido proferido o despacho 01, no qual o fornecedor estava notificado a apresentar defesa acerca da infração (fl. 15 e 16).

Assim, a mesma manifestou às fls. 18 e 19, alegando em suma que ao tomar ciência da reclamação, tomou as providências necessárias para a resolução do caso em questão, que verificou que a consumidora nunca contratou os serviços da empresa reclamada, tratando-se de fraude e que não se mostrou inerte mediante os fatos apresentados, realizando a devolução em dobro do valor cobrado indevidamente. Todavia, a defesa encontra-se intempestiva e sem assinatura.

Cabe registrar que após o recebimento desta manifestação, em contato telefônico com a consumidora, foi confirmada a devolução do valor de forma dobrada.

Desta feita, este órgão proferiu o despacho de fls. 20 e 21, notificando a fornecedora a comparecer a audiência de celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC), no dia 27/06/2014 às 11:00 horas para tentar corrigir a infração pelo não comparecimento em audiência.

Todavia, mais uma vez, embora regularmente citada (AR às fls. 21/verso), a reclamada não compareceu na audiência para Celebração do Termo de Ajustamento de Conduta (termo de audiência de TAC às fls. 22).

Em 03/09/2014 a empresa protocolou defesa administrativa às fls. 23 e 24, contendo o mesmo teor da defesa já anexada às fls. 18 e 19, sem assinatura.

Na sequência foi proferido o despacho 03 intimando a empresa a assinara sanar o vício da defesa das fls. 23 a 25, qual seja, a falta de assinatura, sob pena de desentranhamento(fls.26).

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O processo transcorreu dentro da mais absoluta normalidade, com respeito aos princípios basilares da ampla defesa e do contraditório, clamando, agora, por decisão.

Com vista os autos para decisão.

É, essencialmente, o relato. Passo a decidir.

2. FUNDAMENTAÇÃO

Passo, pois, ao julgamento administrativo do fato ocorrido, nos moldes da Lei federal nº 8.078/90, art. 56, parágrafo único e do Decreto Federal nº 2.181/97, art. 4º, inciso IV e 5º,

caput.

O presente processo administrativo teve o seu trâmite regular, sem qualquer vício que pudesse prejudicar o exercício do direito de defesa das infratoras.

Conforme noticiado pela consumidora nas fls. 02 e 03, comprovado nos documentos de fls. 05 e 07, a reclamada efetuou cobranças indevidas à consumidora, com a qual sequer possuía contrato.

Devidamente citada para comparecimento em audiência, a reclamada não comparecera. Proferido o despacho de fls.15 para apresentação de defesa no prazo de 10 dias a contar do recebimento, o fez INTEMPESTIVAMENTE, ou seja, recebeu a notificação em 14/02/2014(fls. 16/verso) e protocolou defesa em 07/04/2014(fls.18), não sendo essa apreciada, com fulcro no art.25 do decreto municipal 6.346/2012, sendo, pois, considerada confessa quanto à matéria de fato.

Não obstante, o Procon ainda fez contato com a consumidora a fim de verificar a devolução do valor e mediante informação desta de que houve o atendimento tardio do pleito, novamente este órgão oportunizou à reclamada corrigir a infração do não comparecimento em audiência, através da assinatura de TAC(fls.20 e 21).

Ocorre que mesmo notificada a comparecer na audiência de Celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (AR às fls.21/verso), a reclamada não compareceu, como comprova

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termo de audiência às fls. 22.

Em 03/09/2014 a mesma protocolou defesa SEM ASSINATURA e com o mesmo teor da defesa anexada às fls. 18 e 19. Sendo-lhe concedido o prazo de 10 dias a contar de 19/01/2015 para sanar o vício (Despacho 03 fls. 26 e AR fls. 26/verso), a reclamada não o fez.

Bem, analisando detidamente o processo, tenho que razão assiste ao Reclamante, senão vejamos.

2.1 DA SUJEIÇÃO DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO AO CDC.

Parece inegável que o caso em voga sujeita-se às relações jurídicas de consumo, daí advindas da Lei nº 8.078/90, uma vez que a reclamante é consumidora por equiparação por ter sido vítima do evento danoso, qual seja, cobrança indevida advinda de vício na prestação de serviço, nos termos do art. 14 do CDC e a reclamada fornecedora.

Senão vejamos:

Art.17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços

2.3-DA NULIDADE DAS DEFESAS APRESENTADAS ÀS FLS. 18, 19, 23 E 24 E DA REVELIA QUANTO À MATÉRIA DE FATO.

Como pode ser observado, em resposta ao despacho fls. 15 a 16, a reclamada apresentou defesa INTEMPESTIVA E SEM ASSINATURA (fls. 18 a 19), eis que citada em 14/02/2015(AR fls. 16/verso) com o prazo de 10 dias para se defender, o fez em 07/04/2015, decorridos mais de trinta dias após a ciência.

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A priori, devido à intempestividade restou nula a defesa, conforme art.25 do decreto municipal 6.346/2012:

Art. 25- Não apresentando defesa no prazo legal, considerar-se-á confesso o reclamado, quanto à matéria de fato.

Não bastasse, a reclamada apresentou a mesma defesa sem assinatura às fls. 23 e 24 e mesmo lhe sendo dado o prazo de 10 dias para sanar o vício (despacho 03 às fls. 26, AR fls.26/verso), não o fez .

A falta de assinatura é um erro grave que pode invalidar o ato e os demais posteriores que dele diretamente dependam, podendo a autoridade adotar medidas saneadoras, como prevê o art. 48 do decreto federal 2.181/97.

Tendo a reclamada apresentado uma defesa intempestiva e sem assinatura e outra também sem assinatura, não podem ser consideradas pelo vício que as torna nula, tendo aí a confissão quanto à matéria de fato.

Dessa forma, não há que se discutir sobre os fatos, exceto no que tange à manifestação nas fls. 10 e 11, na qual, a reclamada NÃO OS CONTESTA, informa apenas que localizando e confirmando a cobrança indevida, faria em 10 dias úteis a restituição em dobro, o que só a isentaria de comparecer em audiência no Procon, se houvesse restituído o valor antes.

Assim, subsiste todo o alegado pela consumidora, sem contestação da reclamada. 2.4 – DA RECUSA ÀS CONVOCAÇÕES DO PROCON-DO NÃO COMPARECIMENTO EM AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E DE ASSINATURA DO TAC

É sabido que o Procon Municipal de Mariana, integra o Sistema Nacional de Defesa do Procon (SINDEC), agindo em estrita defesa dos direitos do consumidor.

Em cumprimento ao seu dever legal, mediante reclamação da consumidora, O PROCON instaurou processo administrativo registrado na FA em epígrafe, convocando a fornecedora a comparecimento em audiência de conciliação no dia 05/02/2014 às 09:30 horas (Ar juntado às fls. 09/verso), solicitando também a entrega do contrato social e resultado

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do demonstrativo do último exercício.Entrementes, a fornecedora não compareceu em audiência nem entregou a documentação pleiteada.

A manifestação acostada às fls. 10 e 11 antes da audiência, informando que em sendo localizada a cobrança indevida, procederia a reclamada com a restituição em dobro no prazo de 10 dias úteis. Todavia, tal fato não a desobrigou do comparecimento em audiência, uma vez que até a mencionada data ainda não havia realizado a restituição à consumidora.

O art 33 § 2º do decreto 2.181/97 dispõe:

Art. 33. As práticas infrativas às normas de proteção e defesa do consumidor serão apuradas em processo administrativo, que terá início mediante:

§ 2º A recusa à prestação das informações ou o desrespeito às determinações e convocações dos órgãos do SNDC caracterizam desobediência, na forma do art. 330 do Código Penal, ficando a autoridade administrativa com poderes para determinar a imediata cessação da prática, além da imposição das sanções administrativas e civis cabíveis.

A reclamada também não compareceu à audiência de Termo de ajustamento de conduta designada para o dia 27/06/2014 às 11 horas, nem tampouco justificou sua ausência ou apresentou defesa (despacho 02, AR fls. 21/verso e termo às fls.22)

Com efeito, o não comparecimento em audiência de conciliação, a falta de resposta tempestiva aos despachos, o não comparecimento na audiência de termo de ajustamento em 27/06/2014 `as 11 horas (AR fls. 21/verso e termo às fls.22)e a não entrega dos documentos solicitados, configura infração as normas de defesa do consumidor nos termos retro mencionados, tornando a mesma suscetível de sanções.

2.5-DO PEDIDO DE APRESENTAÇÃO DO RESULTADO DO

DEMONSTRATIVO DO ÚLTIMO EXERCÍCIO

O pedido de apresentação do resultado do demonstrativo do último exercício é legítimo, uma vez que o órgão de defesa pode solicitar às empresas as informações que julgarem necessárias e pertinentes ao caso.

Com efeito, o pedido deste documento não infere na imposição de sanção administrativa. Outrossim, apenas traz informações do capital da empresa para o caso de

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possível aplicação de multa, uma vez que desde a abertura da reclamação, havia verossimilhança das alegações do consumidor.

Importante destacar que a infração às leis consumeristas pela reclamada vêm se perpetuando antes mesmo da abertura da reclamação, sendo dadas diversas oportunidades de saná-la, tendo, contudo, feito parcialmente e ainda assim, somente após proferido o despacho 01, como noticiou o consumidor.

2.6- DA COBRANÇA INDEVIDA E DO ATENDIMENTO TARDIO DO PLEITO INFORMADO PELA CONSUMIDORA.

A reclamada incorreu na infração ao art. 42 parágrafo único da lei 8.078/90 ao cobrar da consumidora indevidamente os valores de R$ 166,00 nos meses de agosto e setembro de 2013 e de R$ 158,00 no mês de outubro de 2013(comprovante da cobrança às fls. 05,06 e 07), sem ter qualquer vínculo contratual com a mesma.

Permaneceu com a infração ao deixar de resolver a demanda nos atendimentos preliminares no Procon, conforme noticiado às fls. 02 e ao deixar de resolver em audiência, tendo-o feito após proferido despacho 01.

A infração ocorreu, se confirmou e permanceu. Ainda que tenha havido o atendimento posterior, este não tem o condão de eximir a reclamada da aplicação de multa.

Ademais, a reclamada teve oportunidade de se isentar da aplicação de multa, celebrando um TAC e sequer compareceu na respectiva audiência.

Dessa forma, considero subsistentes as infrações constantes do processo administrativo em epígrafe, pela fornecedora SKY DO BRASIL SERVIÇOS LTDA.

Ex positis, passo, pois, à aplicação da SANÇÃO ADMINISTRATIVA.

É cabível a aplicação da pena de multa prevista no artigo 56, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, a qual será aplicada observando-se os preceitos do artigo 57 do mesmo diploma, bem como as regras previstas no decreto municipal 6.346/2012.

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FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA (artigo 57, CDC, e artigo 40 do Decreto Municipal 6346/2012.

De acordo com o art. 57 do CDC, o valor da pena de multa será fixado atendendo critérios estritamente legais, os quais levarão em conta a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor.

a) Gravidade da Infração: relaciona-se com sua natureza e potencial ofensivo. As infrações que ensejam essa sanção administrativa enquadram-se na classificação III, considerada de natureza grave, qual seja, de descumprir as convocações do Procon e deixar de restituir em dobro o valor cobrado indevidamente.

b) Vantagem não auferida: Não há, no presente caso, como mensurar a vantagem auferida. Quanto à vantagem auferida, é bom que se diga que não há necessidade de a mesma guardar proporcionalidade com a infração cometida. Assim considerado, o valor da multa deve ter o condão de censurar a conduta do fornecedor, para que ele realmente sinta que precisa mudar sua relação com os consumidores e com os órgão de defesa do consumidor e deve fazer isso obedecendo às normas consumeristas. Consoante entendimento jurisprudencial, a multa prevista no art. 56 do CDC não visa à reparação do dano sofrido pelo consumidor, mas sim à punição pela infração às normas que tutelam as relações de consumo. Observa-se que o poder sancionatório do Estado pressupõe obediência ao princípio da legalidade e a sua ratio essendi é desestimular a prática daquelas condutas censuradas ou ilícitas, ou ainda forçar o cumprimento das obrigações. Considerando a ausência de prova nos autos acerca da vantagem auferida pela fornecedora, aplico o fator “1” do art. 42, I do decreto municipal 6.346/2012.

c) Condição econômica: a Infratora não apresentou demonstrativo de resultado do último exercício financeiro, mas possui capital social estimado em R$ 9.821,515.570,50 (conforme documento extraído do site da receita federal em anexo), verifico assim que sua condição econômica é de nível “Grande Porte”.

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CÁLCULO:

I. Pena-base: Com os valores acima apurados, estando retratadas a gravidade das infrações, a vantagem auferida e a condição econômica da reclamada, aplico os dados à fórmula prevista em Decreto 6.346/2012, Decreto 2.181/97 e art. 65 da Resolução PGJ 11/2011, tendo como o quantum da pena-base o valor de R$ 3.075.647,36(três milhões seiscentos e quarenta e sete mil e trinta e seis centavos) a mínima em R$ 1.537.823,38 (um milhão quinhentos e trinta e sete mil, oitocentos e vinte e três reais e trinta e oito centavos), a Multa Máxima R$ 4.613.471,04(quatro milhões, seiscentos e treze reais, quatrocentos e setenta e um reais e quatro centavos), conforme planilha de cálculo anexa.

II. Atenuantes (artigos 25 do Dec. 2.181/97 e Decreto 6346/2012): Com fulcro no art. 25, do Decreto Federal 2.187/97, verifica-se existir circunstância atenuante em relação a reclamada, haja vista que é primária e que adotou as providências para minimizar os efeitos do ato lesivo, restituindo tardiamente o valor em dobro à consumidora. Em assim sendo, por imperativo legal, aplico a diminuição da pena prevista no artigo 44, I, do Decreto 6346/2012, diminuindo a pena-base em 1/2 (um meio).

III. Agravantes (artigo 26, IV do Dec. 2.181/97 e 44 do Decreto 6346/2012: não se vislumbra no feito circunstância agravante.

Não obstante, em atendimento ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade, além da discricionariedade da administração pública, entende-se que os valores obtidos através da aplicação dos dados à planilha são incoerentes com a gravidade das infrações, uma vez se tratar de um caso pontual, onde não se identifica um dano difuso, mas a cobrança indevida em relação a uma consumidora e desrespeito às convocações do Procon.

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Desta feita, fixo de forma definitiva, a multa no valor de R$ 10.000,00(dez mil reais).

ISTO POSTO, determino:

A notificação da reclamada SKY DO BRASIL SERVIÇOS LTDA para recolher à conta do Fundo Municipal de Defesa do Consumidor (FMDC), BANCO DO BRASIL, Agencia 2279-9, Conta 11029-9 o valor da multa administrativa aplicada R$ 10.000,00(dez mil reais) ou, caso queira, apresentar recurso no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de sua notificação com a devida comprovação nos autos (Decreto Federal de nº 2.181/97, art. 9 do Decreto 6346/2012).

Na ausência de recurso, ou após o seu improvimento, caso o valor da multa não seja quitado em até 30 (trinta) dias, que se proceda à inscrição do débito em dívida ativa, na forma do art. 55 do Decreto Federal de n.º2.181/97, devendo, ao final do mencionado prazo, incidir juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária de acordo com o índice oficial

Após o trânsito em julgado desta decisão, seja realizada a inscrição do nome dos infratores no cadastro de fornecedores mantido pelo PROCON Municipal, nos termos do artigo 44, caput, da Lei 8.078/90 e dos artigos 57 a 62, do Decreto Federal de nº 2.181/97.

Publique-se na imprensa oficial. Registre-se. Intimem-se. Remeta-se cópia do inteiro teor desta decisão, por correspondência eletrônica, ao responsável pelo Setor de Relações Institucionais do PROCON Estadual, disponibilizando-a no site deste órgão.

Cumpra-se na forma legal.

Cientifiquem-se as partes interessadas.

Mariana, 17 de agosto de 2015.

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PLANILHA DE CÁLCULO DE MULTA

Infrator SKY DO BRASIL SERVIÇOS LTDA Processo FA 0114.000.024-8

Motivo Art.42 parágrafo único lei 8078/90, art.33§2º do decreto 2.181/97 1 - RECEITA BRUTA R$ 1.228.258.943,00

Porte => Grande Porte 12 R$ 102.354.911,92

2 - PORTE DA EMPRESA (PE)

a Micro Empresa 220 R$ 0,00 b Pequena Empresa 440 R$ 0,00 c Médio Porte 1000 R$ 0,00 d Grande Porte 5000 R$ 5.000,00 3 - NATUREZA DA INFRAÇÃO a Grupo I 1

3

b Grupo II 2 c Grupo III 3 d Grupo IV 4 4 - VANTAGEM

a Vantagem não apurada ou não auferida 1

1

b Vantagem apurada 2

Multa Base = PE + (REC BRUTA / 12 x 0,01) x (NAT) x (VAN) R$ 3.075.647,36

Multa Mínima = Multa base reduzida em 50% R$ 1.537.823,68

Multa Máxima = Multa base aumentada em 50% R$ 4.613.471,04

Valor da UFIR em 31/11/2000 1,0641

Taxa de juros SELIC acumulada de 01/11/2000 a 31/07/2015 190,60%

Valor da UFIR com juros até 31/07/2015 3,0923

Multa mínima correspondente a 200 UFIRs R$ 618,45

Multa máxima correspondente a 3.000.000 UFIRs R$ 9.276.782,30

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