TESES 17 CEPES - ACESSO DOS PETROLEIROS DO SETOR PRIVADO AOS CLUBES DE EMPREGADOS DA PETRO- BRAS (CEPES) CURSO INCLUSÃO DIGITAL 19

ÍNDICE

REGIMENTO INTERNO

3

HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DA PANDEMIA E COMPROMISSO DE LUTA

16

TESES

17

CEPES - ACESSO DOS PETROLEIROS DO SETOR PRIVADO AOS CLUBES DE EMPREGADOS DA

PETRO-BRAS (CEPES)

18

CURSO INCLUSÃO DIGITAL

19

GREVES E APOIO DE MILITANTES

20

AÇÕES CONTRA A VENDA DE MIRANGA

22

FISCALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE MOBILIZAÇÃO INTERNA, PIDV E PDA DOS TRABALHADORES

IM-PACTADOS PELA PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS

23

SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES - ACOMPANHAMENTO PELO SINDIPETRO BAHIA

24

CAMPANHA CONTRA O ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

26

SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PRECIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO - CAMPANHA POR

UM PREÇO JUSTO DOS COMBUSTÍVEIS

27

PROPOSTAS PARA O CONGRESSO DOS PETROLEIROS – 2021

29

CAMPANHA EM DEFESA DAS ESTATAIS E SERVIÇOS PÚBLICOS

32

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOS TRABALHADORES

33

CAMPANHA DE FILIAÇÃO E CURSO DE FORMAÇÃO PARA O SETOR PRIVADO

35

EXTINÇÃO DOS POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO DA PETROBRÁS E PETROS NA BAHIA

36

CONVENÇÃO COLETIVA DO SETOR PETRÓLEO

37

3

X CONGRESSO DO SINDIPETRO BAHIA

Regimento Interno

O Petróleo é Nosso - Somos Todos Petroleiros!

Artigo 1º

-O X Congresso do Sindipetro Bahia se realizará aos dias 11 e 12 de

Junho de 2021, composto de atividades temáticas preparatórias

rea-lizadas às 19:30 dos dias 08, 09 e 10 de Junho tratando dos diversos

temas pertinentes à categoria, conforme determina o Estatuto do

Sin-dicato no seu artigo 24º, transcrição abaixo:

O Congresso da categoria será realizado anualmente, no primeiro

semestre e, extraordinariamente, a qualquer momento, para definir os

objetivos e estratégias da categoria, assim como as diretrizes de

tra-balho, para preparar e orientar a participação nos Congressos e nas

Plenárias nacionais da categoria, para tal elegendo dentre seus

partici-pantes os respectivos Delegados, e assim procedendo, também para

outros eventos do interesse da categoria e para alterar ou reformar o

presente Estatuto.

Parágrafo 1º - A convocação do X Congresso foi realizado no dia

28/04/2021, com divulgação em veículo de grande circulação, jornal

Correio da Bahia e nos meios de comunicação digitais do

SINDIPE-TRO-BA, aos 30/04/2021, conforme transcrição a seguir:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

X CONGRESSO ANUAL DOS PETROLEIROS DO ESTADO DA BAHIA

O SINDICATO DOS PETROLEIROS DO ESTADO DA BAHIA -

SIN-DIPETRO-BAHIA, entidade sindical inscrita no CNPJ sob o no

15.532.855/0001-30, sediada à Rua Boulevard América 55, Jardim

Baia-no – Nazaré, Salvador (BA), CEP: 40.050-320, Baia-no uso de suas atribuições

legais e estatutárias, artigos 23, 24, 25, convoca todos os associados

em pleno gozo dos seu direitos para participarem do X

CONGRES-SO ANUAL DOS PETROLEIROS DO ESTADO DA BAHIA que ocorrerá

nos dias 11 e 12 de junho de 2021, através de plataforma de

video-4

conferência, acesso oferecido pela entidade sindical. Os critérios para

eleição e elegibilidade dos delegadas e delegados, apresentação de

teses, programação do congresso serão previamente disponibilizados

no boletim oficial e no sítio eletrônico do Sindipetro Bahia, através

publicação da comissão eleitoral composta pela Diretoria Executiva,

respeitando todos os prazos estatutários. Salvador/BA, vinte e oito de

abril de dois mil e vinte um. Jairo Batista Silva Santos. Coordenador

Geral – Diretoria Colegiada.

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO CONGRESSO

Artigo 2º - O Xº Congresso tem como objetivo discutir ampla e

de-mocraticamente os interesses e problemas que atingem a categoria de

trabalhadores (as) ativos (as), aposentados (as) e pensionistas,

abrangi-da pela representação do segmento Petróleo na Bahia, estabelecendo

forma de ação para resolução dos mesmos.

CAPITULO III – DA ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO

Artigo 3º - A organização e direção do X Congresso é realizada pela

Comissão de Organização.

Parágrafo 1° - A Comissão de Organização é composta por 07 (sete)

membros, Diretores do Plenário do Sistema Diretivo.

Parágrafo 2° - Os membros eleitos da comissão de organização são:

David Gomes Leal, Gilberto Santos Silva, Jairo Batista Silva Santos,

João Marcos Pereira da Silva, Jorge Augusto Portela Braga, Leonardo

de Souza Urpia e Marise Costa Sansão.

Parágrafo 3° - A Mesa Diretora do Congresso será composta por 09

membros, sendo os 07 representantes da Comissão de Organização

que se alternarão durante a condução das atividades e por 2 membros

eleitos entre os delegados presentes, respeitando a paridade de

gê-nero.

5

atividades, abertura, mesas de exposição, debates, grupos temáticos e

plenária final, respeitando, sempre que possível a paridade de gênero.

CAPÍTULO IV – DOS PARTICIPANTES

Art. 4º

O X Congresso será composto pelos delegados natos, pelos

delega-dos eleitos, observadores, convidadelega-dos e assessores.

Parágrafo 1º - São delegados natos, os diretores do Plenário do

Siste-ma Diretivo do Sindipetro Bahia e os membros titulares do Conselho

Fiscal do Sindipetro Bahia.

Parágrafo 2° - São delegados eleitos, os delegados inscritos nos três

segmentos: Aposentados/Pensionistas, empregados do Sistema

Pe-trobras e de Empresas Privadas de Petróleo, através da ordem

crono-lógica de solicitação de inscrição enviada para o email

secretaria@sin-dipetroba.org.br, até o limite das vagas destinadas para o respectivo

seguimento.

Parágrafo 3° - São elegíveis todos e quaisquer trabalhadores

associa-dos da categoria ativos, aposentaassocia-dos e pensionistas, abrangiassocia-dos pela

representação do Sindipetro Bahia.

Parágrafo 4º - No caso de trabalhador demitido, é elegível aquele que

estiver “sub judice” por reintegração, por ter sofrido repressão

políti-ca, por estar à época da demissão com mandatos na CIPA, de Diretor

do Sindicato, de Representante Sindical ou de Representante dos

Tra-balhadores, por motivo de greve, desde que não tenha homologado.

Parágrafo 5° - São elegíveis, os ex-associados, que se encontrem

de-sempregados, por até seis meses anteriores à data da abertura do Xº

Congresso, desde que tivessem mandato na CIPA, de Diretor do

Sindi-cato, de Representante Sindical ou Representante dos Trabalhadores

na última empresa do setor em que trabalhou.

6

as vagas totais para delegados daquele segmento, todos os inscritos

estarão automaticamente eleitos.

Parágrafo 7º - Se a totalidade de inscritos de todos os seguimentos

for menor que a quantidade total de vagas disponibilizadas para

de-legados do X Congresso, haverá remanejamento das vagas por

segui-mento e todos os inscritos estarão automaticamente eleitos.

Parágrafo 8° - Os diretores das instâncias verticais, FUP, CNQ, CUT, às

quais o Sindipetro Bahia está filiado, poderão ser observadores,

me-diante aprovação da Comissão de Organização do X Congresso, até o

limite total de 03 representantes por instância.

Parágrafo 9° - A comissão de organização ficará responsável pelo

re-gistro dos convidados e assessores.

Art. 5º - Os delegados do X Congresso serão eleitos obedecendo o

parágrafo 2° do art. 2°, dentre o número de associados filiados ao

Sin-dipetro Bahia disposto na Tabela I.

Tabela I

Parágrafo Único - O número de delegados dos segmentos

Aposentados/Pensionis-tas, Ativos Sistema Petrobras e Ativos Empresas Privadas de Petróleo, na mesma

proporção de 1 delegado para cada 50 associados, está descrito na tabela II.

7

CAPÍTULO V – DO PLENÁRIO VIRTUAL

Art. 6º

No plenário virtual, realizado através de plataforma de

videoconferên-cia fornecida pelo Sindipetro Bahia, participarão os delegados natos,

os delegados eleitos, os observadores, os convidados e os assessores

devidamente credenciados.

Parágrafo 1° - As teses serão debatidas por temas no plenário

obede-cendo a seguinte ordem:

I. Sindicalismo e Organização Sindical: Ação Sindical, Organização

dos (as) Trabalhadores (as), Relação com os outros Movimentos

So-ciais, Comunicação, Gestão Administrativa e Financeira do Sindipetro

Bahia, Organização do Setor de Petróleo e Gás, Biocombustíveis,

Ge-ração de Energia e Renováveis;

II. Benefícios, Seguridade, Políticas Sociais e Organização dos

apo-sentados e pensionistas;

III. Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Novas Tecnologias, Regimes e

Condições de Trabalho;

IV. Pauta Econômica - Reajuste salarial e demais verbas dos

trabalha-dores.

Parágrafo 2º - Os delegados terão direito a voz e voto. Aos

observa-dores e convidados serão garantido o direito a voz. Os assessores

se-rão consultados e tese-rão direito a voz sempre que solicitado pela mesa

diretora dos trabalhos.

CAPÍTULO VI – DAS TESES

Artigo 7º

As teses sobre o temário podem ser apresentadas por qualquer

traba-lhador (a) da categoria e defendidas por qualquer delegado,

observa-dor ou convidado no plenário.

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Parágrafo 1º - As teses deverão ser identificadas e apresentadas a

par-tir do dia 03 de maio até às 23:59 h do dia 28 de maio de 2021, através

da internet no e-mail secretaria@sindipetroba.org.br.

Parágrafo 2º - As teses deverão abordar os temas dispostos no

Pará-grafo 1º, do Artigo 6º e deverão ser redigidas em língua portuguesa,

fonte tamanho 12;

Parágrafo 3º - As teses serão apresentadas pela Comissão de

Organi-zação, seguindo os seguintes critérios:

I – Teses nacionais de corrente política – 10 minutos para

apresenta-ção e defesa;

II – Teses regionais de corrente política – 5 minutos para apresentação

e defesa;

III- Teses individuais – 3 minutos para apresentação;

Parágrafo 4º - Os autores das teses, assim como qualquer outro

dele-gado, observador ou convidado, que esteja participando do plenário

virtual, poderá fazer a defesa da respectiva tese, tendo máximo tempo

de 3 minutos. Havendo mais de um inscrito para defesa da tese, o

tem-po deve ser partilhado entre os inscritos e não excederá aos 3 minutos.

Parágrafo 5º - Após a apresentação da tese, também será concedido o

tempo máximo de 3 minutos tempo para qualquer delegado,

observa-dor ou convidado, que deseje fazer a defesa contrária à referida tese.

Havendo mais de um inscrito para defesa contrária à tese, o tempo

deve ser partilhado e não excederá 3 minutos.

Parágrafo 6º - As teses inscritas de avaliação de conjuntura, política

e econômica, local, nacional e internacional terão prioridade e serão

lidas pela Comissão Organizadora, mas não serão votadas.

CAPÍTULO VII - DAS MOÇÕES

9

da classe trabalhadora;

Artigo 9º - As moções podem ser apresentadas por qualquer

delega-do, observador ou convidado e devem ser encaminhadas através do

email secretaria@sindipetroba.org.br, até às 10h do dia 12 de junho de

2021.

Artigo 10° - As moções serão lidas pela Comissão Organizadora,

sen-do concedisen-do posteriormente o tempo de 3 minutos para o autor

pres-tar esclarecimentos. Em seguida a Comissão Organizadora as colocará

em regime de votação.

Parágrafo único - Será considerada aprovada a moção que atingir 50%

(cinquenta por cento) mais um dos votos dos (as) delegados (as)

co-nectados à plataforma de videoconferência fornecida pela Entidade

Sindical no momento da votação.

CAPÍTULO VIII – DA INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Artigo 11º

O funcionamento do Xº Congresso obedecerá à seguinte

programa-ção:

I. PRÉ CONGRESSO

segunda-feira, 07/06 – 19h30

Mediadores: David Leal

Tema: O pensamento político e o mundo do trabalho

Palestrante 1: Ana Georgina da Silva Dias - Economista - Supervisora

Técnica do DIEESE Bahia. 25’

Palestrantes 2: Prof. Dr. Penildon Silva Filho - pró-reitor de Ensino de

Graduação da UFBA. 25’

10

Debate_Palestrantes: 5’

Considerações Finais:

Terça-feira, 08/06 – 19h30

Mediadores: Braga,

Tema: As lutas da classe trabalhadora

Palestrante 1: Engº Fernando Lopes - Assessor de Relações

Interna-cionais Confederação Nacional dos Metalúrgicos - CUT (CNM/CUT);

Secretário-geral adjunto da Federação Internacional dos

Trabalhado-res das Indústrias Metalúrgicas; ex-secretario-geral CNM/CUT.

Palestrante 2: Jandyra Uerara Alves - Secretária de Poíticas Sociais e

Desenvolvimento Humano da CUT.

quarta-feira, 09/06 – 19h30

Mediadores: Braga e João Marcos

Tema: O Setor Energético na Bahia

Palestrante: Gilberto Santana - Graduado em Ciências Sociais pela

Uni-versidade Federal do Vale do São Francisco, Cientista Político e Diretor

do Sinergia.

Tema: O Setor Petróleo e as novas empresas

Palestrantes:

1. Deyvid Bacelar - Coordenador da FUP e Diretor do

Sindipetro-Ba.

2. Radiovaldo Costa - Dir. Comunicação do Sindipetro Bahia.

quinta-feira, 10/06 – 19h30

Mediadores: Leonardo de Souza Urpia e Marise Sansão

Tema: ACT’s, Direitos dos Trabalhadores Petroleiros e Trabalho

Remo-to

Palestrante: Clériston Bulhões – Assessor Jurídico do Sindipetro Bahia.

Tema: O Home Office: O trabalho invade o domicílio.

11

dos Petroleiros e Sindipetro Unificado.

II. ASSEMBLEIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Sexta-feira, 11 de junho, 14h

Atividade: Assembleia de Prestação de Contas.

III. CONGRESSO

Sexta-feira, 11 de junho, 9h às 20h30

Atividade: Credenciamento eletrônico dos Delegados e Delegadas.

Sexta-feira, 11 de junho, 17h

Atividade: Debate e aprovação do Regimento Interno.

Sexta-feira, 11 de junho, 18h30

Atividade 1: Homenagem às vitimas do COVID.

Atividade 2: Abertura Política e saudações dos convidados.

Sexta-feira, 11 de junho, 20:30

Atividades: Palestras

Tema1: Análise de Conjuntura Política, Social e Econômica.

Palestrante: João Pedro Stédile – um dos fundadores do Movimento

dos Trabalhadores Sem Terra (MST)

Tema 2: Geopolítica do Petróleo:

Palestrante: Prof. Dr. José Sergio Gabrielle – ex-presidente da

Petro-bras.

Sábado, 12 de junho, 9h

Tema: Balanço das Atividade do SindipetroBa, 2020/2021

Palestrante 1: Radiovaldo Costa - Dir. Comunicação Sindipetro-Ba

Palestrante 2: Jairo Batista - Coord. Geral Sindipetro-Ba

Palestrante 3: Deyvid Bacelar - Coord. Geral FUP e Diretor do

Sindipe-tro-Ba.

12

Sábado, 12 de junho, 9h40

Tema 1: AMS / Associação Saúde Petrobrás - Que benefícios e

descon-tos são esses? A atuação sindical para garantir sua saúde.

Palestrante: Paulo César Chamadoiro Martins.

Tema 2: Petros: Impactos das mudanças legais e regimentais e o futuro

da sua suplementação.

Palestrante: Rafael Crespo, Sindipetro-NF, Conselho Fiscal da FUP.

Sábado, 12 de junho, 14h

Tema: Saúde do Trabalhador – Pandemia, transferências, demissões,

privatizações e a saúde do trabalhador.

Palestrante 1: Leticia Nobre (CESAT)

Palestrante 2: Dra Tiza Mendes (CEREST)

Sábado, 12 de junho, 15h40

Atividade1: Apreciação e aprovação de teses-guia.

Atividade2: Apreciação e aprovação das teses inscritas na Secretaria

Geral

Atividade3: Apreciação das moções inscritas na Secretaria Geral;

Atividade 4: Eleição de delegados aos próximos eventos nacionais até

o XIº Congresso do Sindipetro-BA.

Sábado, 12 de junho, 18h30

Atividade: Encerramento do Xº Congresso

Palestrante: Jairo Batista – Coordenador do SindipetroBa

Atividade: Evento Cultural virtual.

Comissão Organizadora.

CAPÍTULO IX – DO CREDENCIAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO

Artigo. 12º

13

O credenciamento será realizado de forma virtual, por preenchimento

de formulário eletrônico, que habilitará link de acesso à plataforma de

videoconferência fornecida pelo Sindipetro Bahia. O formulário será

enviado para o contato telefônico e/ou e-mail dos delegados, no dia

anterior à realização do Xº Congresso, dia 10 de Junho de 2021.

Parágrafo 1º - O Delegado que não receber o formulário de

credencia-mento e o link de acesso, deverá entrar em contato com os membros

da comissão de organização ou com a secretaria do Sindipetro Bahia,

para solicitar o fornecimento do link de acesso.

Parágrafo 2° - O caderno de teses, em formato digital, será

encami-nhado eletronicamente para o contato telefônico e ou e-mail dos

dele-gados, após a realização do credenciamento.

Parágrafo 3º - A Comissão de Organização divulgará no final do Xº

Congresso o número de Delegadas e Delegados credenciados e

parti-cipantes do evento.

CAPÍTULO X - DAS VOTAÇÕES

Artigo 13º

Votarão todos(as) delegados(as) credenciados(as) e conectados(as) à

plataforma de videoconferência fornecida pelo Sindipetro Bahia.

Parágrafo único - Cada delegado(a) terá direito a apenas 01(um) voto.

Artigo. 14º

As votações serão feitas através de enquetes da plataforma de

vide-oconferência fornecida pelo Sindipetro Bahia, com a manifestação de

voto a favor, contra ou abstenção.

14

Parágrafo 2º - A declaração de voto será por escrito, encaminhada

através do chat da plataforma de videoconferência, sendo a leitura de

tal declaração realizada pela Comissão Organizadora ou pelo autor no

tempo máximo de 1 min, limitadas às 3 primeiras declarações

apresen-tadas .

CAPÍTULO XI – DAS ELEIÇÕES DOS REPRESENTANTES DA

CATE-GORIA A OUTROS EVENTOS ATÉ O XI CONGRESSO DO

SINDIPE-TRO-BA.

Artigo. 15º

Os delegados para outros eventos (congressos, plenárias, encontros,

conferências, etc) que se realizem até o XIº Congresso da categoria

se-rão escolhidos, através do método de chapas, cuja relação nominal de

candidatos deve ser encaminhada à Comissão Organizadora através

no chat da plataforma de videoconferência.

Parágrafo único - são elegíveis todos os delegados eleitos e

creden-ciados ao Xº Congresso.

I - As chapas terão limite máximo de 45 participantes.

Artigo 16º - Todos os casos omissos a esse Regimento que forem

sus-citados durante o Xº Congresso serão avaliados pela Comissão de

Or-ganização.

Salvador, 10 de Maio de 2021.

David Gomes Leal, Gilberto Santos Silva, Jairo Batista Silva Santos,

João Marcos Pereira da Silva, Jorge Augusto Portela Braga, Leonardo

de Souza Urpia e Marise Costa Sansão.

16

Homenagem às vítimas da pandemia e compromisso

de luta

O território brasileiro encanta por sua beleza e riquezas naturais. Nos

últimos anos, contudo, todos os caminhos conduzem ao

reconhecimen-to de que o nosso território está sendo transformado em um vale de

lágrimas.

Cada um de nós perdeu um parente, amigo, colega de trabalho,

co-nhece ou conviveu com alguém vitimado pelo COVID-19. Na categoria

petroleira não foi diferente, contabilizamos no dia a dia morte e

sofri-mento. Toda essa amargura, causada por esta doença perversa, nos

tira o oxigênio da esperança. Morremos todo dia um pouco, ante o

sofrimento, a desesperança e a irresponsabilidade de parte dos nossos

governantes, o Presidente da República, em especial.

Este Congresso, tem a obrigação moral e sentimental de homenagear

os mortos e indicar caminhos que fortaleçam os laços da Classe

Tra-balhadora e intensificar a luta dos vivos, contra a política de morte

re-presentada e executada por Bolsonaro. Por isso, mesmo virtualmente,

pedimos uma salva de palmas para os nossos mortos e para a luta pela

vida.

Nós, contudo, continuamos na luta pela manutenção da vida, do pão

e do trabalho; continuamos na luta pelos direitos dos trabalhadores e

das trabalhadoras; na linha de frente para enfrentarmos toda essa

po-litica de morte. Lançando sementes, plantando as flores da Nova

Pri-mavera brasileira. Bom Congresso para Todos. O Petróleo é do Brasil,

Somos Todos Petroleiros.

18

CEPEs - Acesso dos Petroleiros do Setor Privado aos

Clubes de Empregados da Petrobras (CEPEs)

Está em curso o criminoso desmonte da estrutura da Petrobras, com

graves prejuízos para a economia baiana e para as condições de

tra-balho dos petroleiros em geral. Concomitantemente, cresce o número

de empresas com foco na exploração do petróleo, reduzindo o

núme-ro de trabalhadores e trabalhadoras vinculados diretamente à Petnúme-ro-

Petro-brás em substituição por trabalhadores por vínculo ao setor privado.

Infelizmente, estes companheiros e companheiras não têm acesso aos

equipamentos de integração e lazer nos espaços utilizados pelos

em-pregados da Petrobras. Com a diminuição das atividades da Petrobras,

contudo, o uso destes equipamentos, tende à subutilização, tornando

mais relevantes os custos fixos.

Pelo exposto, o Sindicato dos Petroleiros deve envidar esforços no

sentido de propor modificações nos estatutos e, no limite, firmar

con-vênios com os Clubes de Empregados da Petrobras (CEPE), com a

fi-nalidade de garantir a integração, saúde e o bem estar físico e mental

da categoria petroleira e os seus familiares.

Proposta

Permitir associação dos petroleiros do setor privado aos CEPEs.

Buscar junto aos Cepes a realização de convênio ou modificação

es-tatutária para a abertura de inscrição aos sindicalizados do Sindipetro

oriundos do setor privado a condição de sócio dos clubes, caso ainda a

associação seja restrita a trabalhadores do sistema Petrobrás,

buscan-do a inclusão de cláusulas nos Act’s das empresas buscan-do setor privabuscan-do o

desconto em folha para viabilizar o pagamento das mensalidades.

19

Curso Inclusão Digital

Cursos de capacitação para uso de plataformas virtuais

O Sindipetro Bahia deve disponibilizar curso de caráter prático com

orientação de utilização de plataformas virtuais para fins de inclusão

digital e viabilizar a participação da categoria nas reuniões virtuais do

Sindipetro Bahia.

Com o advento da Pandemia do COVID-19 intensificou-se a

necessida-de necessida-de realização necessida-de atividanecessida-des virtuais, inclusive necessida-de atividanecessida-des necessida-

delibe-rativas da categoria como as assembleias. Em um mundo em pandemia

e pós-pandemia é primordial o conhecimento sobre a utilização das

redes sociais e ferramentas para uma vida que utiliza, e tudo apresenta

que continuará utilizando, plataformas de comunicação virtuais.

Proposta

Disponibilização de um curso de capacitação para utilização de

plata-formas sociais virtuais para os empregados do Sindipetro Bahia e

asso-ciados da ativa, aposentados e pensionistas.

As turmas deverão ser agendadas mensalmente, conforme

disponibili-dade e viabilidisponibili-dade para realização de prestação de contas.

Ao passar de 06 meses deverá ser apresentada a prestação de contas

com os dados quantitativos e qualitativos do programa de capacitação.

Articulação Sindical Petroleira

20

Greves e Apoio de Militantes

Greves da categoria e Apoio de militantes

A realização de movimento paredista é acompanhada de necessidades

específicas apresentadas pelas condições condizentes àquele

momen-to.

Certas condições, têm cobrado a disponibilização de estruturas

sazo-nais para garantir a realização segura e digna aos trabalhadores

gre-vistas que buscam através da reivindicação a garantia de seus direitos.

Corriqueiro tem sido a utilização de trabalhadores de outras categorias

para a realização, execução e sucesso de movimentos paredistas da

ca-tegoria petroleira. Não obstante a real necessidade da conscientização

de classe dos trabalhadores, buscada por vezes através intercâmbio

das diversas categorias nas lutas de categorias profissionais distintas,

com temas diversos, sejam transversais, intersetoriais ou universais, o

que vem ocorrendo no setor petroleiro, parece caminhar num

“troca-diço de pés” de tal forma que possa comprometer não uma batalha

específica, mas sim o objetivo maior, qual seja a congregação dos

tra-balhadores numa consciência que lhes permita compreender seu

pa-pel, sua importância e sua força.

Em vias diretas, a contratação de trabalhadores mediante

contrapres-tação pecuniária provisória para a realização de greves, tem provocado

e pode ao longo prazo promover uma despolitização e acomodação

da categoria, através da “terceirização da ação política” na realização

de piquetes de convencimento.

Neste sentido, proponho que para a real perseguição da

conscientiza-ção dos trabalhadores petroleiros na busca de seus objetivos, sejam

reivindicadas melhorias nas condições salariais, benefícios sociais ou

proteção à saúde, entre diversas outras, todo e qualquer ato

reivindica-tório seja realizado exclusivamente pela Diretoria Sindical

acompanha-do de trabalhaacompanha-dores associaacompanha-dos ao Sindipetro Bahia. Com a finalidade

de construir a solidariedade de classe e apoio às greves e mobilizações

da categoria, o sindicato entrará em contato com os sindicatos e

mo-21

vimentos sociais e dará todo o apoio logístico aos militantes enviados

pelas entidades. Para tanto, o sindicato ampliará a sua ação a sua

rela-ção política e institucional. Fica restando compromissado e obrigatório

ao Sindipetro Bahia a disponibilização de estrutura necessária para que

em caso de realização de atos, manifestações e greves, estas sejam

realizadas de forma segura e digna pelos seus diretores, associados e

militantes, tais como o fornecimento de alimentação, transporte e

es-truturas sanitárias para garantir a participação de todos e todas, assim

como as estruturas necessárias para a perseguição do sucesso do ato

reivindicatório, tais como comunicação através de suas peças e

veícu-los, estrutura física como mesas, cadeiras, proteção solar e climática,

entre outros.

22

Ações contra a venda de Miranga

O campo de produção e exploração de petróleo e gás de Miranda teve

seu processo de privatização avançado em 2021, com a apresentação

de fechamento de negócio entre a Petrobrás e a Petrorecôncavo para

a transferência de titularidade e operação da referida concessão.

É imperioso a judicialização deste processo na tentativa de frustrar o

fechamento e a concretização do negócio, transferindo um ativo

pro-dutivo e lucrativo não somente para os baianos mas para todos os

brasileiros para o benefício e lucratividade de apenas uma empresa

privada e seus donos.

Proposta: Judicializar o processo de privatização do denominado Pólo

Miranga e suas Concessões.

23

Fiscalização dos processos de Mobilização Interna,

PIDV e PDA dos trabalhadores impactados pela

priva-tização da Petrobras

Os Sindipetros e a FUP devem buscar conhecer, fiscalizar e denunciar

o descumprimento dos procedimentos internos e acordos judiciais e

extrajudiciais que garantem o emprego e a transferência dos

trabalha-dores impactados pela privatização da Petrobrás.

A exemplo do que recentemente ocorreu com os trabalhadores de

Miranga, impactados pelo processo de privatização da unidade, que

teriam através do processo de mobilização interna, possibilidade de

continuar na Bahia através de transferência para outra unidade da

em-presa no mesmo estado, naquele determinado processo para a RLAM

- Refinaria Landulfo Alves - Mataripe.

No entanto, por modificações unilaterais no processo pela comissão

gestora de mobilidade interna decorrentes dos processos de

privatiza-ção, outros trabalhadores de unidades que nunca realizaram atividades

nas instalações ou concessões de Miranga foram contemplados com as

vagas destinadas à RLAM, restando aos trabalhadores lotados e que

realizavam e realizam atividades naquela unidade apenas a

transferên-cia para a RPBC - Refinaria Presidente Bernardes - Cubatão estado de

São Paulo. Restando desta forma para os trabalhadores lotados

efeti-vamente em Miranga apenas a transferência para outra unidade da

fe-deração, não sendo contemplados com nenhum plano que permitisse

a manutenção no seu Estado de origem decorrente, procedimento

es-pecífico de mobilidade interna conforme previsto nos procedimentos

internos da companhia para os ativos em desinvestimentos (

privatiza-ção ).

Proposta

Criar comissão para acompanhar os processos de mobilização, os

tra-balhadores atingidos e apresentar as ações políticas e se necessárias

jurídicas cabíveis para sanar possíveis anormalidades.

24

Saúde Mental dos Trabalhadores - Acompanhamento

pelo Sindipetro Bahia

Com o processo de privatização em curso e todas as bruscas

mudanças que isto apresenta a vida dos trabalhadores em

con-junto com o adverso momento sanitário mundial proveniente da

Pandemia do Covid-19 e todas as velozes e imprevistas

mudan-ças no mundo do trabalho impostas por ela, os trabalhadores

têm desenvolvido patologias diversas.

Aproveitando um vasto material oriundo das entrevistas com os

trabalhadores do Torre Pituba em decorrência do processo de

fechamento do imóvel e acordo entre a empresa e o MPT que

oportunizava o acompanhamento pelo Sindipetro das

entrevis-tas aos trabalhadores, proponho a disponibilização deste

ma-terial, cópias físicas ou digitais à comissão a ser instituída para

acompanhamento deste trabalhadores.

É importante que o Sindipetro realize contato e

acompanhamen-to de acompanhamen-todas as pessoas que participaram das entrevistas, que

fo-ram transferidas, que continuafo-ram na ativa ou se aposentafo-ram e

também das pessoas que naquele momento apresentavam

ex-cepcionalidades que impediam a transferência para outras

uni-dades.

O acompanhamento tem por intuito verificar a saúde mental dos

trabalhadores e a observância de eventuais traumas ou

desen-volvimento de comportamentos e patologias relacionadas ao

estresse traumático, assédio, tais como depressão ou outros

im-pactos à saúde mental dos trabalhadores .

Proposta

25

Buscar convênio de cooperação entre o Sindipetro Bahia e

órgãos como CESAT, CEREST e UFBA. Os casos identificados

como degradantes da saúde do trabalhador serão tratadas com

ações políticas e/ou judiciais;

Fiscalizar o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta

(TAC) do Ministério Público quanto às mobilizações e

transferên-cias;

Fiscalizar o ACT 2020/2022 quanto à garantia do emprego e

transferências e eventuais acordos e TAC que venham a ser

fir-mados.

26

Campanha Contra o Assédio Moral e Sexual no

am-biente de trabalho

O mundo do trabalho estabelece relações interpessoais

decor-rentes das diversas atividades e atribuições inedecor-rentes ao

exer-cício do próprio trabalho. Não tem sido incomum a prática de

atos que ultrapassam aos necessários ao exercício do trabalho e

por muitas vezes ultrapassando a legalidade. Algumas práticas

são criminosas e caracterizam-se em assédios morais e sexuais.

Recentemente, em Maio de 2021 o TRT 5ª Região restabeleceu

uma campanha para combater o assédio moral e sexual no

am-biente de trabalho e buscam parceiros para a divulgação da

cam-panha.

Proposta

• Divulgação dos materiais da campanha elaborados pelo

TRT 5ª região.

• Resgate das deliberações do 1º Seminário de combate ao

assédio moral do Sindipetro Bahia.

• Realização do 2º Seminário de combate ao assédio moral e

sexual e prevenção ao adoecimento mental do Sindipetro Bahia.

• Buscar diálogo institucional com o TRT 5 para

aprofunda-mento da campanha de prevenção ao assédio e adoeciaprofunda-mento

dos trabalhadores no setor petróleo.

27

Seminário Internacional sobre precificação dos

deriva-dos de petróleo - Campanha por um Preço Justo deriva-dos

Combustíveis

Diante do grande desconhecimento acerca da composição dos preços

dos derivados de petróleo no Brasil e no mundo, faz-se necessário que

a categoria petroleira possa apresentar à sociedade baiana e brasileira

como se dá esta composição atualmente, como era realizado no início

do século e qual seria a melhor composição para atender as

necessida-des dos baianos e brasileiros.

É importante dar continuidade a grande campanha já em andamento

pelo Sindipetro Bahia, que vem apresentando à população derivados

de petróleo como gás de cozinha, gasolina e diesel por um preço justo.

Para aprofundar o debate dos preços justos dos combustíveis e

desmi-tificar a composição do preço dos combustíveis no Brasil e no mundo,

os petroleiros precisam apresentar a sociedade como se dá esta

com-posição assim como a tributação incidente nos combustíveis, sua

desti-nação, utilizando parâmetros comparativos com outros países a

exem-plo dos que compõe o G7, G20, Mercosul, Brics, OCDE, observando

também as condições e as vantagens comparativas que acompanham

alguns outros grupos de países tais como os que compõe a OPEP,

pa-íses produtores e exportadores de petróleo Não-OPEP, entre outros.

Esta análise pode ajudar a compreender o cenário mundial e cenários

regionais do petróleo e seus derivados.

Para isto entendemos ser necessário um amplo debate com

represen-tações nacionais e internacionais para debater a composição dos

pre-ços dos derivados de petróleo no Brasil e no mundo, com os sindicatos

dos petroleiros e centrais sindicais, partidos políticos, institutos

espe-cializados de petróleo e economia, governo da Bahia e do consórcio

dos governadores do nordeste, do ministério de minas e energia e da

economia do Brasil, das empresas produtoras, refinadoras,

distribui-doras e comercializadistribui-doras de petróleo, gás e derivados de petróleo

no Brasil e em outros países, de representantes de países dos diversos

continentes, produtores, exportadores e consumidores de petróleo,

com políticas energéticas e tributárias diversas da brasileira.

28

O Seminário deve perseguir responder a algumas perguntas, mas não

exclusivamente, tais como :

Como se dá a composição do preço dos derivados de petróleo no

mundo?

Há uma regra única ?

Há uma vinculação ao preço referência do barril de petróleo dos dois

maiores mercados (Brent e WTI)?

Há um preço internacional único do petróleo e de seus derivados?

Há uma regra comum entre países produtores, consumidores,

exporta-dores, autossuficientes?

Qual a importância de termos uma empresa nacional e pública,

integra-da, com exploração e produção de petróleo e gás, com capacidade

in-tegral do refino nacional, com distribuição, logística e comercialização

para o atendimento da demanda nacional de derivados de petróleo?

Após o seminário, realizar a grande campanha para divulgar a melhor

e mais vantajosa política de preços dos combustíveis para os baianos,

brasileiros e para o Brasil. Encaminhar as análises, avaliações,

propos-tas e resultados do seminário para os partidos políticos, centrais

sindi-cais e demais segmentos organizados da sociedade.

Proposta

• Seminário Internacional sobre precificação dos derivados de

pe-tróleo. Prazo de 60 dias, com tradução simultânea;

• Construir proposta de precificação dos derivados de petróleo

para o Brasil;

• Campanha de divulgação da proposta de precificação;

• Continuidade da Campanha Preço Justo dos Combustíveis.

Articulação Sindical

29

Propostas para o Congresso dos Petroleiros – 2021

1 – Campanha Nacional em Defesa da Petrobrás,

envolven-do toda a sociedade, com a criação de um Comitê Nacional e

comitês por estado, com participação das Centrais Sindicais,

organizações estudantis (UNE, UBES), OAB, ABI, MST,

Asso-ciações de Bairros e todas as entidades da sociedade civil.

Esta campanha deve ser feita utilizando as redes sociais, com

produção e divulgação de vídeos e áudios, notas pagas na

te-levisão, rádios e jornais, outdoors, colocação de cartazes nas

ruas distribuição de panfletos e cartilhas nos metrôs e

termi-nais de ônibus e trens, palestras nas escolas e universidades e

passeatas nas ruas.

2 – Manter o Benefício Farmácia na forma em que foi criado,

com desconto prévio mensal e direito a todos os

medicamen-tos receitados pelos médicos.

3 – Campanha Nacional envolvendo todos os petroleiros,

exi-gindo da Petrobras o pagamento imediato, de todos os seus

débitos para com a Petros.

4 – Reajuste salarial para todos os trabalhadores ativos,

apo-sentados e pensionistas, repactuados e não repactuados,

cor-rigindo todas as perdas passadas calculadas pelo DIEESE, mais

o ICV-DIEESE de 2021 e 3% de ganho real.

5 – Que o trabalhador ativo ou aposentado, em caso de

sepa-ração conjugal e novo casamento, tenha o direito de optar, em

manter como dependente na AMS, a ex-esposa ou a atual.

6 – Que o trabalhador terceirizado receba o mesmo salário e

vantagens do funcionário da Petrobras da mesma função.

30

7 – Construir greve geral, com parada de produção, unificando

FUP/FNP, com criação de um Comando Único Nacional,

unin-do tounin-dos os petroleiros unin-do Brasil, ativos, aposentaunin-dos e

pen-sionistas, com três reivindicações básicas:

A. Fim da política de privatização da Petrobrás.

B. Pagamento pela Petrobras de todos os seus débitos

com a Petros.

C. Retorno da AMS, com melhoria da qualidade, e

extin-ção da APS.

8 - Que a Justiça Seja Feita

Em 2012, a diretoria era composta por 4 grupos políticos: A

Articulação Sindical, a CSC, a CSD e a Frente Independente

(que englobava companheiros independentes). Todos eleitos

pelo princípio da proporcionalidade.

A Frente independente denunciou à categoria alguns erros

co-metidos pela diretoria. Em represália, os outros três grupos

que formavam maioria, aplicaram uma punição à Frente

Inde-pendente de 6 meses, e emendou com outra de 10 meses,

sus-pendendo do exercício do mandato sindical para o qual foram

eleitos, 24 diretores. Fato inédito no sindicalismo do Brasil.

Não aceitando a punição e, conscientes de que estava

haven-do uma perseguição política, o grupo punihaven-do entrou na Justiça

para a devida reparação, cujo processo recebeu o nº 0001480

– 37.2012.5.05.0031.

O processo prolongou-se por 8 anos. Todos os recursos

judi-ciais interpostos pela diretoria foram negados e, em maio de

2020 saiu a decisão final da justiça. Determinou a reintegração

imediata, à direção do Sindipetro – Ba, todos os diretores

inde-vidamente punidos.

31

da justiça e, como não havia mais nenhum recurso jurídico

pos-sível dentro do processo, resolveram entrar com um outro

pro-cesso, denominado Ação Rescisória, para impedir a

reintegra-ção de 18 dos 24 diretores punidos.

No momento em que a Petrobras está sendo privatizada, a

Pe-tros e a AMS estão sendo destruídas, os direitos e conquistas

dos petroleiros estão sendo atacados, e a categoria necessita

de união para fazer o enfrentamento, a diretoria do Sindipetro

– Ba gasta dinheiro da entidade, tempo e energia,

prolongan-do processos judiciais, neganprolongan-do-se a reconhecer um erro por

eles cometido.

Proposta: Que este congresso determine à diretoria do

Sindi-petro – Ba o cumprimento da Decisão Judicial, reintegrando à

direção do sindicato todos os diretores indevidamente

puni-dos, e encerre a disputa judicial, retirando a Ação Rescisória.

Assina

32

Campanha em Defesa das Estatais e Serviços Públicos

Os brasileiros sofrem com uma grande campanha de difamação

ds empresas públicas e da descaracterização dos serviços

públi-cos.

Para combater esta investida faz-se necessário e que o

Sindipe-tro continue a compor o Comitê em Defesa das Estatais e dos

Serviços Públicos da CUT Bahia, na tentativa de unificação das

lutas entre os trabalhadores destas categorias, assim como

cam-panhas unificadas de mídia para alcançar à população e

demons-trar a importância da manutenção das empresas públicas e dos

serviços públicos para os baianos e brasileiros.

Proposta

• Participação efetiva e continua do Sindipetro Bahia e da

FUP – constante no Comitê das Empresas Estatais e Serviços

públicos da CUT Bahia e Brasil;

• Participação das campanhas unificadas de combate às

pri-vatizações dos serviços públicos e das empresas estatais e de

economia mista.

33

Associação Beneficente dos Trabalhadores

A partir da década de 1920, os trabalhadores iniciaram o

pro-cesso de migração para os maiores centros urbanos e o início da

industrialização brasileira. A partir da proximidade em

comuni-dades e unicomuni-dades fabrís e o reconhecimento de serem alvos da

exploração desenfreada dos capitalistas industriais. A despeito

de muitas outras revoltas ocorridas nos séculos anteriores, é a

partir da década de 1920 que os conflitos se intensificam. É a

partir dai que surgem as primeiras entidades com a finalidade de

defender os trabalhadores da crescente exploração. Em resposta

à luta dos trabalhadores e trabalhadoras a sociedade construiu

um arcabouço jurídico, representado pela Consolidação das CLT

– Consolidação das Leis do Trabalho e as melhorias

implementa-das através dos ACT – Acordos Coletivos de Trabalho.

A partir da década de 90, contudo, os capitalistas intensificaram

os ataques ao conjunto dos trabalhadores, através da

desregula-mentação das leis trabalhistas e o incentivo à prática das

nego-ciações individuais, práticas que, ao nosso entender, fragilizam

os trabalhadores e privilegiam os patrões. Este desmonte, em

curso em nossa sociedade, experimenta outras formas de

ata-que ata-que precarizam as condições de trabalho na medida em ata-que

potencializam o lucro.

Diante desse cenário, o sindicato unicamente, não responde às

necessidades da categoria, que engloba os trabalhadores e

tra-balhadoras em atividade, tampouco os aposentados e

pensio-nistas que, tendo os seus direitos subtraídos e as condições de

sobrevivência limitados necessitam de canais que minimizem de

forma fraterna e solidária, os efeitos perversos do modelo de

produção adotado por nossa sociedade. Essa proposta de

cria-ção da Associacria-ção Beneficente dos Trabalhadores é, pois, um

ca-minho na direção de fortalecer os laços que nos unem enquanto

categoria e exemplo para a Classe Trabalhadora, em geral e tem

como finalidade proporcionar apoio e proteção à saúde,

edu-cação, cultura e preservação do patrimônio material e imaterial

34

da categoria petroleira na Bahia, com apoio logístico, material e

imaterial.

Proposta

• Criar Grupo de Trabalho com representantes dos

aposen-tados e/ou pensionistas, trabalhadores petroleiros da ativa com

a finalidade de propor, criar e registrar Associação Beneficiente

dos Trabalhadores, tendo como fonte de financiamento e gestão

a estrutura de pessoal, jurídica e financeira do Sindipetro-BA.

Articulação Sindical dos Petroleiros da Bahia.

35

Campanha de Filiação e Curso de formação para o

Se-tor Privado

O movimento sindical, tanto no Brasil quanto mundialmente, vive

a necessidade de reestruturação, com transformações e

mudan-ças estruturais face às exigências não só do capital, mas também

nas novas formas de trabalho. Ampliar a participação das bases,

unificação com outros sindicatos, atender às demandas, e incluir,

com paridade, mulheres, jovens, deficientes, LGBT’s são

neces-sários para a construção desse novo momento, buscando,

inclu-sive, ampliar a participação dos petroleiros do setor privado.

Para tanto, se faz necessário formação política para os

trabalha-dores, para que estes possam assumir com força política os

no-vos destinos do “Sindicato dos Petroleiros da Bahia”.

Como ação primeira uma ampla divulgação no Estado da Bahia

e demais estados, dessa vinculação e a ação vasta de novas

fi-liações para o crescimento e fortalecimento do Sindicato que

renascerá mais forte.

Há que se definir pautas de ação, contando com cursos diversos

de formação, com um assessoramento voltado para essa nova

realidade, e, novas dinâmicas de trabalho para que tenhamos

êxito com essa medida transformadora de fusão.

Proposta

• Campanha de Filiação, coordenada pela FUP, com a

fina-lidade de ampliar a base de representação nos Aposentados,

Pensionistas Ativos da Petrobrás e Setor Privado;

• Curso de Formação para diretores do Sindipetro-BA e

tra-balhadores oriundos do setor privado;

36

Extinção dos Postos Avançados de Atendimento da

Petrobrás e PETROS na Bahia

Com a venda da maioria dos ativos da Petrobras na Bahia, a

saí-da dos escritórios saí-da Petros e também saí-da assistência médica, os

aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa questionam

e exigem um posicionamento que lhes assegure os benefícios

que há décadas foram conquistados e garantidos pela Empresa,

com atendimento local.

Após a concessão de benefícios como a Petros, AMS, e outros,

vivemos no momento a insegurança e a ameaça de perdas,

res-trições e outras formas de coerção, a exemplo da APS

(Associa-ção Petrobrás de Saúde), por parte da Petrobras e da Petros.

Com a extinção desses ativos na Bahia, sabemos que

continu-aremos contando com a efetividade do trabalho do Sindicato,

como sempre tivemos, porém, faz-se indispensável que haja um

espaço na Bahia, com pessoal treinado e qualificado para

pres-tar os serviços atinentes à Petros, AMS, B.F. e outros serviços.

Teremos que definir pautas para aceitação, inclusão, e

atendi-mento das demandas dos trabalhadores do Setor Privado, com

os quais somaremos lutas e esforços para um maior crescimento

do nosso Sindicato.

Proposta

• Buscar através de ações políticas e judiciais e/ou convênio

com as instituições de interesse, tais como Petros, INSS e

Pe-trobrás, o retorno do atendimento presencial, pós pandemia,

inclusive com a possibilidade de ceder espaço na Sede do

Sindi-petroBA;

• Garantir aos associados o atendimento presencial, pós

pan-demia.

37

Convenção Coletiva do Setor Petróleo

Proposta

• Construção da convenção coletiva para os trabalhadores

do setor privado do setor petróleo;

• Estabelecer piso salarial para os trabalhadores do setor

pe-tróleo

• De acordo com o calculado pelo Dieese ( Departamento

In-tersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em março

de 2021 no valor de R$ 5..315,74.

38

TESE GUIA ARTICULAÇÃO

DE ESQUERDA

TESE GUIA ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA

1. Os acontecimentos dos últimos anos tem confirmado a análise de que o mundo

vive uma conjuntura marcada por crises, guerras e instabilidade. Afinal, persistem

as tendências estruturais que vêm moldando a atual conjuntura: o declínio relativo

da hegemonia dos Estados Unidos, a ascensão da China como potência mundial, a

desaceleração da economia global, os crescentes riscos de uma nova crise

sistêmica do capitalismo, o intenso ritmo de concentração e centralização de

capital, o aumento da pressão dos capitalistas para reduzir os direitos das classes

trabalhadoras, a desigualdade social cada vez mais profunda e a polarização

política cada vez mais intensa. 

2. O padrão altamente financeirizado de acumulação capitalista que emergiu da

crise dos anos 1970 e aprofundou a liberalização dos fluxos comerciais e

financeiros produziu a crise de 2008 – uma clássica e profunda crise de

acumulação do capitalismo, desta vez em sua fase neoliberal. Contudo, apesar do

fortalecimento inicial dos BRICS, do multilateralismo e das forças sociais e

políticas que buscavam alternativas ao neoliberalismo, depois de mais de uma

década pode-se dizer que o imperialismo estadunidense, o capital financeiro e os

setores ultraliberais e conservadores dobraram a aposta na extração de

mais-valia absoluta e relativa, na acumulação financeira e na dominação das

“periferias” pelos “centros”, demonstrando que é cada vez menor a chance de

convivência pacífica entre o capitalismo, de um lado, e as políticas de bem estar

social e as liberdades democráticas, de outro.

3. O cenário atual da América Latina e Caribe é ilustrativo a este respeito. Apesar

de encontrar firme resistência popular – como fica evidente no Chile, Equador,

Colômbia e Haiti, a ofensiva neoliberal e reacionária das potências imperialistas e

seus aliados regionais para recuperar os espaços que os setores populares e

democráticos haviam conquistado vem contabilizando importantes êxitos, como

fica evidente no caso brasileiro com a deposição de Dilma, a prisão de Lula e a

eleição de Bolsonaro, e no caso boliviano, com o golpe que derrubou Evo

Morales. 

4. Para alinhar o Brasil com os interesses geopolíticos dos EUA, reduzir as

liberdades democráticas e ampliar a exploração da classe trabalhadora – sua

finalidade última – os capitalistas vêm reduzindo o preço da força de trabalho

(salários diretos) e os investimentos em educação, moradia, transporte público,

saúde, assistência e previdência (salários indiretos). Atuam, assim, para aumentar

a massa de tempo em que os trabalhadores e trabalhadoras são explorados ao

longo de suas vidas, baixar a média salarial por hora trabalhada e ampliar, em

termos absolutos e relativos, a parcela do orçamento público destinada aos

capitalistas por meio do pagamento de juros e amortização da dívida pública, da

anistia de dívidas empresariais, da maior permissividade com a sonegação fiscal,

das terceirizações e das privatizações, entre outros mecanismos. 

5. Uma das primeiras medidas do governo golpista de Michel Temer foi

encaminhar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição

(PEC) que limita os gastos públicos, estabelecendo um novo regime fiscal no qual

as despesas primárias da União ficam limitadas por um teto definido pelo

montante gasto no ano anterior, reajustado apenas pela inflação acumulada. Uma

vez aprovada e sancionada, a Emenda Constitucional 95 significa na prática o

congelamento e até mesmo a diminuição de investimentos importantes em

diversas áreas, como: saúde, educação, segurança, pesquisa, desenvolvimento

tecnológico, infraestrutura e muito mais. O efeito prático desta medida já vem

sendo sentido pela população, comprometendo a qualidade e a escala de

atendimento dos serviços públicos, bem como a fiscalização das obrigações

trabalhistas e a inspeção em segurança e saúde no trabalho.

6. Outra medida decisiva do governo ilegítimo de Temer foi a antirreforma

trabalhista, que entrou em vigor no final de 2017 e se fundamenta na revogação

do princípio que protege o trabalhador perante o empregador, redução do poder

de negociação e contratação coletiva dos sindicatos, 9ª Conferência Nacional

Sindical da tendência petista Articulação de Esquerda 9 autorização para o

rebaixamento de direitos previstos em lei, ampliação da participação de contratos

atípicos e do trabalho autônomo e forte restrição à atuação e ao poder normativo

da Justiça do Trabalho, bem como ao acesso dos trabalhadores ao judiciário

trabalhista. Seus impactos sobre o mundo do trabalho serão analisados mais

adiante. 

7. No primeiro ano de mandato, o governo Bolsonaro teve como objetivo principal

a aprovação da antirreforma da previdência (PEC 06/2019). Apesar da tramitação

não ter sido no ritmo desejado e apesar das mudanças no projeto original enviado

pelo governo, como a supressão do regime de capitalização, o objetivo principal

foi alcançado.

8. A proposta do governo Temer (PEC 287/2016) sequer foi votada na Câmara

dos Deputados em função da forte rejeição e mobilização popular – com destaque

para a greve geral de 28 de abril de 2017 – e da divisão tática no campo do

golpismo – lembremos, por exemplo, que o então deputado Jair Bolsonaro não

apoiou a proposta.

9. Por sua vez, o governo Bolsonaro contou com correlação de forças mais

favorável. Entre os inúmeros fatores que incidiram para este resultado,

destacam-se os destacam-seguintes:

a) O agravamento da crise, o aumento do desemprego, do subemprego e da

subutilização da força trabalho e o consequente aprofundamento da deterioração

das condições de vida da maioria do povo fez aumentar significativamente uma

parcela da classe trabalhadora cuja vulnerabilidade social exige respostas

imediatas e de curtíssimo prazo, dificultando o trabalho de base e a

conscientização sobre o direito à aposentadoria, que historicamente não integra o

horizonte dos segmentos mais precarizados da classe trabalhadora;

b) O foco central do movimento sindical, dos movimentos populares e dos

partidos de esquerda sobre a aposentadoria e a insuficiente ênfase nos demais

direitos previdenciários contribuiu para a permanência da mencionada

dificuldade;

c) Depois das eleições 2018, as centrais sindicais e as forças políticas do campo

democrático e popular passaram a experimentar uma crescente divisão em torno

de linhas políticas conflitantes entre si: quanto às alianças, a divergência entre os

que defendem construir uma “frente ampla”, incluindo nela parcelas do golpismo,

e os que defendem a construção de uma “frente de esquerda” ou “frente

popular”; quanto à tática, a diferença entre os que priorizam a “luta institucional”

e os que priorizam a “mobilização de massas”; quanto à estratégia, a divisão entre

os que defendem manter a “estratégia eleitoral” e os que defendem construir uma

“estratégia de novo tipo” contra uma dominação de novo tipo;

d) No Congresso Nacional, tais divergências se materializaram em diferentes

táticas de bancadas e parlamentares que se posicionaram contra o projeto do

governo: parte combatendo globalmente o desmonte da previdência social, parte

negociando emendas pontuais desde o início da tramitação para mitigar os

impactos ou preservar determinadas categorias e segmentos, ou até mesmo

incorporando teses que embasaram a elaboração da reforma, como a de que o

modelo de previdência era insustentável;

e) Diferentemente da impopularidade do governo Temero governo Bolsonaro tem

contado com o apoio explícito ou implícito não apenas do conjunto do grande

capital e parcela importante dos setores médios, como também de parte

expressiva das trabalhadoras e trabalhadores diretamente prejudicados pela

antirreforma da previdência, sendo particularmente influenciados pela tese de que

a retirada de direitos seria não uma escolha do governo Bolsonaro, mas uma

necessidade imposta pela crise gerada pelos governos do PT;

f ) Apesar das diferenças e contradições importantes no interior da coalizão

conservadora que sustenta o programa do golpismo, quando o assunto é retirar

direitos do povo, dilapidar e privatizar o Estado, sucatear os serviços públicos e

proteger os interesses do grande capital, as diferenças entre as frações desta

coalizão são mínimas.

10. Depois da aprovação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados em

agosto, houve um refluxo nas lutas sociais, uma dispersão de iniciativas e pautas

e uma dificuldade de mobilizar amplas massas. Em outubro, sob pressão do

governo e do grande capital para aprovar a re- 9ª Conferência Nacional Sindical

da tendência petista Articulação de Esquerda 11 forma rapidamente, a maioria do

Senado optou por não efetuar grandes mudanças no texto aprovado pela Câmara,

limitando-se a emendas em poucos pontos relevantes e remetendo questões

polêmicas para uma nova proposta, a chamada PEC Paralela (PEC 133/2019). Por

sua vez, o governo Bolsonaro seguiu manifestando sua intenção de reapresentar a

proposta de criação do regime de capitalização. 

11. Dos diversos pontos abordados pela PEC paralela, merece destaque a reforma

dos regimes de previdência de estados e municípios, que passariam a prescindir

da aprovação de emenda à constituição estadual ou à lei orgânica municipal para

adotar as mesmas regras do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da

União, bastando a promulgação de lei ordinária de iniciativa do poder executivo.

12. De todo modo, a PEC 06/2019, convertida na Emenda Constitucional nº

103/2019, altera regras de funcionamento dos RPPS locais e requer adequações

nas leis estaduais e municipais. Assim, muitos governadores se anteciparam à

aprovação da PEC Paralela e apresentaram propostas de emenda às respectivas

constituições no final de 2019. 

13. A movimentação foi realizada não apenas por governadores bolsonaristas e/

ou golpistas, tendo sido acompanhada inclusive por governos do PT – como na

Bahia, Ceará e Piauí – ou apoiados pelo PT – como em Sergipe. Cabe à CUT e ao

movimento sindical cutista cerrar fileiras em defesa dos direitos previdenciários

nos estados e municípios, exercendo sua independência em relação ao poder de

Estado e sua autonomia frente a partidos políticos.

14. Na sequência da aprovação da antirreforma da previdência, o governo

Bolsonaro apresentou o chamado “Plano Mais Brasil”, contendo medidas

distribuídas em três Propostas de Emenda à Constituição: a PEC 186

(emergencial), a PEC 187 (fundos públicos) e a PEC 188 (pacto federativo).

15. De conjunto, o pacote impõe medidas permanentes e emergenciais para

restringir gastos e limitar o crescimento das despesas obrigatórias Resoluções 12

– inclusive mediante o acionamento automático de “mecanismos de estabilização

e ajuste fiscal” quando: a) o Poder Legislativo aprovar autorização orçamentária

ou operação de crédito, no âmbito dos orçamentos fiscal e da seguridade social,

que excedam o montante das despesas de capital; ou b) caso seja constatado, no

período antecedente ao da promulgação da Emenda, que a relação entre

despesas correntes e receitas correntes supera 95%.

16. Entre as diversas medidas apresentadas, estão:

- a proibição à concessão de reajustes salariais a servidores públicos, realização

de novos concursos (exceto para preencher vacâncias de cargos de chefia,

direção, efetivos ou vitalícios), criação ou expansão de programas e linhas de

financiamento;

- a suspensão da progressão e da promoção funcional em carreira de servidores

públicos, incluindo de empresas públicas e de sociedades de economia mista –

com exceção daqueles previstos no Estatuto da Magistratura, dos membros do

Ministério Público, do Serviço Exterior Brasileiro, das carreiras policiais;

- permissão para que a jornada de trabalho dos ocupantes de cargos, funções e

empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional possa ser

reduzida em até 25%, com adequação proporcional de subsídios e vencimentos à

nova carga horária;

- determinação para que os excessos de arrecadação e do superávit financeiro

das fontes de recursos apurados no orçamento fiscal e da seguridade social da

União sejam destinados à amortização da dívida pública federal, com exceção

daqueles decorrentes de vinculação constitucional e de repartição de receitas

com estados, Distrito Federal e municípios;

- exigência de aprovação de lei complementar para a criação de fundos públicos e

extinção de fundos que não forem ratificados até o final do segundo exercício 

financeiro subsequente à promulgação da Emenda Constitucional;

- proibição do uso dos recursos da União oriundos da participação no resultado

da exploração ou compensação financeira pela exploração de recursos minerais e

hídricos para pagamento de despesa com pessoal ativo, inativo e pensionista;

- permissão para a redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em

comissão e funções de confiança, a exoneração dos servidores não estáveis e a

demissão de servidor estável;

- supressão da vinculação de receita para as ações e serviços públicos de saúde,

para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da

administração tributária;

- a dotação orçamentária para as áreas de saúde e educação passa a ser

calculada conjuntamente;