MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SUPERINTENDÊNCIA DO INSS/RS CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – Porto Alegre
ATA N. º 0011
DÉCIMA PRIMEIRA REUNIÃO
CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE PORTO ALEGRE E JURISDIÇÃO DATA: 04 de maio de 2006, às 09:00 h.
LOCAL: Gabinete da Gerente-Executiva – Rua Jerônimo Coelho n.º 127 – 10º
andar – sala 1012 - Porto Alegre/RS
I – PRESENÇAS
Representação do Governo
INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre, Sinara Aparecida Pastório – Titular INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre, Fabiano Holz Beserra - Titular INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre, Regina Beatriz F. da Silva – Titular INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre, Jorge Luiz Soares - Suplente INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre, Eliete da Silva Rodrigues; INSS – Gerência-Executiva em Porto Alegre , Gisele Quintana Marques . MPS – Secretaria da Receita Previdenciária , Haidson P. B. da Silva- Suplente Representação dos Aposentados e Pensionistas
FETAPERGS – Carlos O. Ramos - Representante
Associação dos Ferroviários – Franklin Castronovo de Carvalho – Titular Representação dos Trabalhadores
Sindicato dos Bancários - Mauro Salles Machado – Suplente Força Sindical – Valdir Santos de Lima – Titular
CUT - Terezinha Perissinoto - Titular Representação dos empregadores
FECOMÉRCIO – Moacyr Schuckster - Titular
II – PAUTA DE REUNIÃO
1. Aprovação da Ata nº 10, de 16/11/2006 referente à última reunião; 2. Apresentação da Gerente Regional;
3. Serviços à Disposição do usuário na Internet: Apresentação do Kit-Atendimento;
4. Comunicação de Acidente do Trabalho; 5. Entidades Filantrópicas;
6. Horário e funcionamento da Receita Previdenciária;
7. Avaliação do novo horário e melhoria no Atendimento nas APS; 8. Assuntos Gerais (Definição da data e pauta da próxima reunião)
1. Abertura.
Aos quatro dias do mês de maio do ano de dois mil e seis, às nove horas e quinze minutos, no gabinete da gerente-executiva de Porto Alegre, sito à Rua Jerônimo Coelho, número cento e vinte sete, décimo andar, sala 1012, teve início a décima primeira reunião do Conselho de Previdência Social em Porto Alegre, criado pela Portaria número dois, de trinta de julho de dois mil e quatro. A Presidente do Conselho cumprimenta todos os presentes e, em primeiro lugar, pede desculpa aos Conselheiros pela não realização da reunião prevista para o mês de março o em razão de problemas de agenda. Em prosseguimento, é aprovada a ata da reunião anterior, que já havia sido encaminhada a todos os Conselheiros via e-mail, passando-se aos itens da pauta.
2. Apresentação da Gerente Regional
A Presidente do Conselho apresenta a Gerente Regional em Florianópolis, Eliane Luzia Schmidt e passa a palavra a esta. A Gerente Regional agradece a oportunidade de participar da reunião do Conselho e informa que pretende participar em pelos menos uma das reuniões de todos os Conselhos de Previdência das Gerências sob sua jurisdição. Ressalta que o objetivo do Ministério da Previdência Social é a melhoria do atendimento nas Agências da Previdência Social através de um atendimento de qualidade, humano e respeitoso aos cidadãos que procuram seus serviços. A Previdência Social passou por mudanças em sua estrutura ao longo de sua existência. Destacamos a de mil novecentos e noventa e nove, quando o foco foi direcionado para a concessão de benefícios face as exigência na época, principalmente no que se refere às Aposentadorias Por Tempo de Serviço. Com o passar dos anos houve uma mudança nesse perfil de concessão de benefícios. A nossa demanda mudou para a concessão de benefício de auxílio-doença o que exigiu uma revisão completa nos processos de trabalho face alterações principalmente no que se refere à previdência programada (Aposentadorias) e previdência não programada (auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e pensão) . Com esta mudança, tivemos de nos adaptar ao novo perfil porque os procedimentos são diferentes e exigiram alterações e novas formas de trabalho. Em decorrência, atualmente estamos vivenciando uma nova alteração neste foco. A percepção do mundo moderno é de que tudo pode ser realizado virtualmente. Desta forma a Previdência Social, que não poderia deixar de se atualizar. Com esta visão a nossa página na internet foi reestruturada, passando a oferecer vários serviços aos segurados. Como nem todos tem acesso a internet, também disponibilizamos o PrevFone, uma modalidade de serviço que atinge cerca de noventa por cento da população. De qualquer telefone, menos celular o segurado pode entrar em contato conosco e obter informações sobre nossos serviços. Tudo isso visa à comodidade do segurado, evitando filas em nossas
Agências e prestação de serviços de melhor qualidade, principalmente nos grande centros urbanos. Também estamos implantando o agendamento eletrônico para marcação de perícia médica. Com o objetivo de ampliar os atendimentos via internet e cientes que de a maioria de nossos clientes não possuem acesso fácil à mesma contamos com a parceria das entidades aqui representadas. Havendo interesse nessa parceria, a Gerência-Executiva de Porto Alegre disponibilizará servidores que prestarão treinamento destes serviços. Tal parceria já ocorreu com sucesso em outras cidades, como, por exemplo, Rio de Janeiro. Outro objetivo da previdência social é o combate às fraudes de pagamentos indevidos com o controle permanente dos benefícios como, por exemplo, o censo previdenciário, o qual já recadastrou dois milhões e quatrocentos mil aposentados e pensionistas, o que representa mais de dez por cento dos nossos beneficiários e que estavam com dados incompletos em nosso cadastro. Já está saindo agora o edital do terceiros bloqueio de pessoas que não se recadastraram. Na nova etapa serão convocados os segurados com benefícios concedidos antes de dois mil e três. Esta etapa está mais ostensiva na informação. A mensagem do recadastramento está saindo no caixa eletrônico cada vez que a pessoa passa o cartão bancário. O Conselheiro Franklin informa que alguns Bancos não estão aceitando o recadastramento antes data prevista apesar do aviso já ter sido liberado para o segurado. A Gerente Regional esclarece que este foi o acordo assinado com os Bancos para evitar transtornos. Alguns Bancos, entretanto, visando um melhor atendimento aos seus usuários, aceitam o recadastramento antes da data prevista. A Presidente do Conselho solicita ao Conselheiro Franklin que no final da reunião a informe quais são os Bancos. Continuando, a Gerente Regional informa que também é nossa prioridade o desenvolvimento organizacional e tecnológico. Está havendo um grande investimento na melhoria dos sistemas para evitar a queda destes. Outra prioridade é a valorização dos servidores. O objetivo é resgatar a sua motivação através de um plano de carreira que lhe dê condições de crescimento profissional. A Gerente Regional informa que a concessão de auxílio-doença passará por nova mudança. O pedido de prorrogação poderá ser protocolado até quinze dias antes da data do término do benefício. A solicitação poderá ser repetida, desde que o segurado ao fim do novo prazo de licença, ainda se considere incapaz de voltar o trabalho. A prorrogação depende de novo exame médico-pericial, que poderá ser feito, inclusive, pelo mesmo profissional responsável pela avaliação anterior. O pedido de prorrogação poderá ser solicitado pela internet. Se o médico mantiver a decisão anterior, o segurado continua com a opção do Pedido de Reconsideração, também podendo ser utilizado toda vez que na perícia inicial o perito avaliar que o segurado não tem direito ao benefício por incapacidade. Neste caso, o pedido de reconsideração será avaliado por outro médico perito. Outra mudança será do enquadramento das doenças por incapacidade ocupacionais, onde a pessoa será reabilitada na área que trabalha. Informa ainda que a Previdência Social tem trabalhado bastante para atingir seus objetivos, mas as ações demoram porque envolvem muitas mudanças. Espera-se que a partir de junho os primeiros resultados comecem a aparecer. Fala que conta com todos para a identificação dos problemas que seja possível fazer os ajustes necessários para o atingimento dos objetivos propostos. O Sr. Carlos da FETAPERGS acha interessante que a
previdência se modernize, mas que não se esqueça do passado do segurado. Alguns serviços antes eram insalubres, mas com a modernização das máquinas, a previdência social não mais os reconhece. O Conselheiro Valdir coloca que está muito preocupado com a concessão de auxílio-doença. Os médicos peritos não estão reconhecendo as doenças do trabalhador. Avalia que é necessário capacitação dos médicos peritos e também com os médicos clínicos que atendem o trabalhador. Há dois anos tenta uma parceria entre o seu sindicato e a previdência social para auxiliar nisso. Somente agora está firmando esta parceria. Tal parceria visa a qualificação dos médicos e dos sindicalistas do Sindicato que atendem seus associados. A Presidente ressalta que quanto avaliação médica não é possível extrapolar o papel do médico perito, mas diz que é direito do cidadão pedir prorrogação de seu auxílio-doença bem como recurso e até ação judicial quando se sentir prejudicado. Segundo a Lei, a condição laborativa do cidadão deve ser avaliada pelo médico-perito. A Gerente Regional reforça que é o médico-perito que tem a prerrogativa legal, mas o mal atendimento por parte deste profissional é inadmissível e pode ser combatida. É só identificar qual servidor a praticou. A Conselheira Regina também informa que é preciso cuidado nesta área uma vez que um grande número de fraudes é constatado nos benefícios de auxílio-doença, principalmente na área psiquiátrica. Tem tido diversas reuniões com profissionais desta área visando a qualificação dos médicos. Ocorre que muitas doenças, principalmente psiquiátricas são novas e de difícil diagnóstico. A Presidente propõe uma audiência em separado com o Sr. Valdir para tratar desse assunto especificamente e até abrir um canal de diálogo. O Conselheiro Mauro diz estar ciente de que nesta reunião do conselho não cabe o levantamento de problemas individuais, mas entende que é preciso haver critérios técnicos para avaliação. O médico perito não é Deus e na maioria dos casos arrolados em seus Sindicato foi possível a reversão através do judiciário. Entende que falta postura por parte dos médicos peritos. Acredita que a previdência social precisa debater mais com a sociedade sua legislação.Cada alteração deveria ser amplamente debatida na sociedade antes de sua aprovação o que não ocorre. O resultado é que o trabalhador é levado a procurar seus direitos aviltados na área judiciária. Propõe que os novos peritos do instituto não sejam treinados por seus colegas e sim por profissionais de universidades. Tal providência evitaria que muitos vícios atuais de atendimento fossem repassados aos novos peritos. A Conselheira Regina ressalta que não existe formação em médico perito. Somente agora está se formando alguns cursos em alguns estados brasileiros. Reconhece que em razão disso formaram-se alguns vícios. O Sr. Carlos diz que falta ao segurado informação. Sugere que sejam realizados cursos de formadores de previdência, que levariam informação à população. Também fala sobre os imóveis abandonados da previdência. A Gerente Regional informa que o Instituto tem cerca de cinco mil prédios próprios, sendo considerada a maior imobiliária do Brasil. Que destes, ocupa para fins próprios cerca de dez por cento e que é uma burocracia muito grande para a venda desses imóveis. O Conselheiro Franklin se manifesta a favor da parceria proposta pela Gerente Regional e coloca sua entidade a disposição. O Conselheiro Moacir identifica avanços na Previdência Social Se olharmos para traz diz, é possível identifica-los. Fala que certamente todos têm casos particulares de mal atendimento
para trazerem. Quer expor duas proposições. Uma que ele detecta uma dicotomia entre as aspirações dos segurados e o Instituto. Vê que muitos benefícios que o INSS paga são em razão do tratamento errado que o segurado encontra no Sistema Único de Saúde. Então acha necessário a realização de parceria entre esses dois órgãos. A segunda sugestão é a instituição de um canal de comunicação com a sociedade para que os casos de mal atendimentos possam ser comunicados e solucionados com presteza. Assim o erro é identificado, o responsável chamado atenção e o erro solucionado. A Presidente sugere que devido o possível não vencimento da pauta, nova reunião seja agendada para ainda este mês. A Conselheira Regina ressalta então que sendo um dos assuntos da pauta a Comunicação de Acidente do Trabalho e sendo este um assunto extenso seja retomando não só na próxima reunião do Conselho, mas que seja realizada reunião fora sobre este assunto. A maior queixa que detectou sobre este assunto é a de que o instituto vai vincular a Comunicação de Acidente do Trabalho com a atividade da empresa e que poderá ele emitir a Comunicação. Assim o ônus se inverte. O Sr. Carlos diz que muitas empresas, por possuírem programas de qualidade, não querem emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho para não serem prejudicadas. Então seus funcionários procuram o Sindicato para emitirem a Comunicação. Ocorre que em muitos casos o INSS não reconhece esta CAT emitida pelo Sindicato. A Conselheira Regina diz que a discussão nesta área é realmente muito extensa e propõe que ela continue através de reunião fora do Conselho. O Sr. Carlos sugere que seja fornecida uma carteira para identificação dos Conselheiros. Para que eles possam comparecer nas Agências e serem identificados pelos servidores. A Gerente Regional fala que a reunião está sendo muito produtiva. Propõe a realização de Seminário sobre a CAT com a presença de todas as entidades envolvidas no processo, tais como o Centro de Saúde do Trabalhador, o Sistema Único de Saúde, o Ministério do Trabalho em parceria com as entidades representadas neste Conselho. Quanto a credencial proposta pelo Sr. Carlos, a nossa legislação não prevê, mas propõe estudo pela Procuradoria. Quanto às sugestões do conselheiro Moacyr é possível criar canais de comunicação, inclusive no Conselho, desde de que tais demandas não sejam priorizadas em detrimento das demais. No tocante a parceria entre os diversos órgãos quando do diagnóstico da doença pelo trabalhador, em Brasília já existem iniciativas neste sentido. Ocorre que há resistências de todos os órgãos envolvidos (MPS, MS e MT). É uma construção que reputa da maior importância. Este Conselho pode propor e realizar reuniões com estes órgãos. O Sr. Carlos fala que a Conselho de Canoas não se reúne desde outubro de 2005. A Gerente Regional fala que não tinha este conhecimento. Vai acompanhar mais de perto este caso. Acha importante também falar sobre um assunto polêmico. O convenio entre o Instituto e o Detran. Ressalta que é ilegal a retenção da Carteira de Habilitação quando a pessoa entra em benefício de auxílio-doença. Tal convênio não será renovado porque é questionável. Nem toda a pessoa que não está apta ao trabalho não tem condições também de dirigir ou vice-versa. Ela defende a não vinculação disso. As informações trazidas pelos Conselheiros são muito importantes para melhorarmos o nosso atendimento. Solicita que se os Conselheiros tiverem demandas de outras Gerências de sua jurisdição, essas devem ser repassadas para a Sinara que as encaminhará a
Gerência Regional. Quanto aos imóveis não operacionais da previdência social, informa que existem muitos processos de alienação que esbarram na legislação que exige a avaliação da Caixa Economia Federal que na maioria das vezes é superior ao valor de mercado. Outro agravante é que os setores de engenharia e patrimônio do instituto foram sucatados devido a mudanças na estrutura do instituto além da restrição orçamentária para seu controle e manutenção. Atualmente existem poucos engenheiros no quadro. Cita como exemplo o prédio da trav. Mário Cinco Paus, aqui em Porto Alegre que está interditado pela Delegacia Regional do Trabalho. Para a sua liberação é necessário um milhão de reais. Tal valor somente servirá para as reformas estritamente necessárias para a sua liberação. Com relação à formação de peritos, temos de reconhecer que nossos profissionais têm um alto grau de subjetividade na avaliação dos segurados. É necessários profissionalizarmos a categoria através de parcerias com Universidades e Centros de Referências Médicas. Quanto à questão psiquiátrica, é necessário trazermos especialistas para qualificarmos nossos peritos, para que tenham mais conhecimento nesta área. Concorda que a Previdência Social no debate com a sociedade quando da elaboração de sua legislação tem se mantido fechada. Existe uma disposição minha, da Sinara e da Regina de ouvi-los, debater as questões polêmicas e tentar resolve-las. A Previdência tem uma dívida de informação com a sociedade. A Gerente Regional agradece a todos e se despede, passando a palavra à Presidente. Esta agradece a presença de todos. Propõe uma reunião no próximo da vinte e cinco em razão do não cumprimento da pauta. Todos concordam. Solicita a Conselheira Regina entrar em contato com os Conselheiros para a organização do Seminário sobre Nexo Técnico e já repassar a minuta da legislação sobre este assunto aos mesmos. Fica acordado ainda, que a próxima reunião acontecerá no próximo dia vinte e cinco no mesmo local e horário, onde serão tratados os assuntos constantes na pauta dessa reunião e não foram discutidos.
III – ENCERRAMENTO Nada mais havendo a tratar, a Presidente agradeceu a
presença de todos e declarou encerrada a reunião do Conselho de Previdência Social em Porto Alegre, da qual, para constar, eu, Eliete da Silva Rodrigues lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Presidente. Porto Alegre, em quatro de maio de dois mil e seis.
Sinara Aparecida Pastório, Presidente Eliete da Silva Rodrigues
