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CONECTORES Diferenças entre cada tipo, modelos e aplicações

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Academic year: 2021

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Basicamente, um conector serve para conectar dois elementos. No caso de conectores para uso profissional ou esportivo, eles são utilizados para conectar, por exemplo, um dispositivo de segurança (talabartes, solteiras, trava quedas, ascensores e descensores por corda, etc.) ou um dispositivo de ancoragem (fitas anel, cintas de amarração, linhas de vida, etc.) ao cinturão de segurança.

Dependendo de sua utilização, eles se dividem em três categorias:

• Malhas rápidas • Ganchos • Mosquetões

Malhas Rápidas

Diferentemente de outros conectores, as malhas rápidas são projetadas para permanecerem

instaladas nos locais de ancoragem, proporcionando maior rapidez nos engates de segurança do usuário Seu material pode ser de aço, aço inox ou alumínio. Os formatos podem ser:

Malha Rápida Oval

Usada principalmente em sistemas de ancoragem permanente ou na conexão de dispositivos de uso contínuo ao cinto de segurança. Seu fechamento é através de rosca e existem em várias medidas. Segue abaixo desenho de malha rápida oval de 10 mm de abertura de boca.

Malha Rápida Delta

Utilização em montagem de sistemas de ancoragem permanentes ou para conexão de acessórios.

Também é muito utilizada para fechamento de pontos de conexão A/2, sendo utilizada a parte mais larga para junção de cada anel A, formando um único ponto de ancoragem A/2. Existem aberturas de boca de tamanhos diversos.

Malha Rápida Meia Lua

Assim como a malha Delta, esta também é utilizada para fechamento do cinto de segurança nos pontos de conexão A/2. A diferença com a anterior é que esta possui uma largura maior.

CONECTORES

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Ganchos

Os ganchos são elementos de conexão de aberturas variáveis, para conexão direta em estruturas. Eles são fabricados em aço carbono ou alumínio. Devido à menor resistência do alumínio, os conectores de alumínio possuem uma configuração maior para alcançar uma carga de ruptura compatível com seu uso. Por esse motivo, quando comparados os pesos de ganchos de aço com seus equivalentes fabricados em alumínio, a diferença de peso é muito pequena. Os ganchos possuem gatilho de segurança de trava dupla, que é operada com uma mão só. A trava dupla evita que o gancho abra inadvertidamente, pois para sua abertura é preciso a execução de um movimento duplo:

• Liberação do gatilho, exercendo pressão sobre a trava, e

• Abertura do gatilho, exercendo pressão sobre o mesmo

Existem diversas medidas de abertura de gatilho (boca); sua utilização depende do tipo de estrutura onde o trabalho será executado.

Mosquetões

Partes

Cada parte do mosquetão tem um nome. Segue desenho ilustrativo com os nomes das partes.

Matérias primas

Eles podem ser de aço, alumínio ou aço inox. Mosquetões de Aço

É a melhor opção devido a sua característica de maior durabilidade e resistência a produtos químicos e intempérie, quando comparados com os de alumínio. É a melhor opção para trabalhos em ambientes hostis, como fábricas, resgate urbano e industrial, etc.

Apresentam dois pontos negativos: 1) seu peso maior que os de alumínio; 2) quando entram em contato com água ou

ambientes muito úmidos ou de alta salinidade, eles enferrujam. Porém esta característica pode ser facilmente corrigida com uma boa limpeza.

Gancho 19 Aço carbono Abertura: 19 mm MGO 56 Aço carbono Abertura: 56 mm MGO 56 Alumínio Abertura: 110 mm

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Uso recomendado para mosquetões de aço • Em pontos de ancoragem, de preferência com trava automática, assim não é preciso se preocupar com a possível abertura da trava de rosca, que pode acontecer devido às vibrações da corda. A ancoragem é o ponto do sistema que exige maior robustez, pois a distância do ponto de ancoragem não permite um controle constante;

• Quando a corda entra em atrito direto com o mosquetão (por exemplo, quando se usa um nó dinâmico), ou quando se improvisa uma polia com o mosquetão;

• Locais com contaminação (areia, terra, produtos químicos que reajam com o alumínio, etc.)

• Trabalhos em altura com pintura, manutenção industrial, etc., onde as alternativas acima podem ser encontradas.

Mosquetões de Aço Inox

São iguais aos de aço. Eles enferrujam menos que o aço, mas eles apresentam menor resistência a tração que os de aço.

Uso recomendado para mosquetões de aço inox • Uso em situações de contato com agentes químicos que danificariam o aço ou alumínio.

e perder resistência mecânica. A vantagem é que é mais leve que o aço e pode ser molhado e ser usado em locais úmidos. Por isso é o preferido para escalada, montanhismo, cavernas e cachoeiras, ou seja, em atividades onde a leveza dos equipamentos é relevante.

Uso recomendado para mosquetões de alumínio • Uso pessoal, onde os equipamentos ficam presos ao usuário: freios, ascensores, estribos, etc. Nestes casos, a leveza do mosquetão é importante; • Ambientes úmidos ou molhados;

• Situações de resgate em locais de difícil acesso, onde os equipamentos precisam ser carregados na mochila.

Vale ressaltar que equipes profissionais de resgate e salvamento (bombeiros) se apoiam na norma NFPA 1983, que até então mencionava que os mosquetões deveriam ser de aço com carga de ruptura mínima de 4.000Kg (uso geral).

Agora temos mosquetões em alumínio que possuem a mesma certificação, por exemplo o modelo

Pro-Series da CMC Rescue.

Só para confirmar, essas aplicações são opiniões pessoais e não existe um padrão formal obrigatório para uso entre um e outro, tanto é que se você só

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Informações gravadas no corpo dos conectores

A marcação significa que esse modelo atende as normas CE (Conforme Especificações - União Européia) e EN (European Norms - Normas Européias).

Outras marcações de normas também podem ser encontradas, sendo as mais comuns: NFPA (National Fire Protection Association - Associação Nacional de Proteção à Incêndios) e UIAA (União Internacional de Associações de Alpinismo). Recentemente a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) definiu algumas exigências para uso de mosquetões no Brasil, sendo comum encontrarmos ainda a marcação NBR 15.837.

Existe ainda outras marcações, sendo essas as mais importantes, pois indicam a carga de ruptura em três diferentes situações: sentido longitudinal (correto), transversal (errado) e com gatilho aberto (errado). Observe que mesmo em situações incorretas nos resta “uma chance”, mas não vá muito nessa. O melhor é sempre conferir o fechamento da trava e o posicionamento. Vamos analisar a figura a seguir (espinha de mosquetão lateralizado).

A = Sentido longitudinal (uso correto) Carga de ruptura de 22 kN

B = Sentido transversal (uso errado) Carga de ruptura de 9 kN

C = Gatilho Aberto (uso errado) Carga de ruptura de 6 kN

Os valores de “kN” que aparecem na imagem de gravação de mosquetão acima indicam a carga de ruptura de cada mosquetão em cada sentido de tração. A utilização correta é a indicada como A na imagem acima. Já as utilizações indicadas como B e C são incorretas e não permitidas: risco de vida! Kilo Newton ou kN é uma grandeza física, assim como kilo, gramas, metro, etc. Nesse caso ele indica quanto o mosquetão suporta como carga máxima, e é expressado de forma que fique mais “resumido”, por exemplo: para um mosquetão “D” assimétrico, podemos dizer que ele suporta 3.000Kg (em média) ou simplesmente 30kN.

Como fazer a conversão entre Kilo-gramas e Kilo-Newtons:

1 kN = 101,97 Kgf (kilo grama força) - esse valor é arredondado para 100, facilitando o cálculo;

PORTANTO

Para fazer essa conversão basta multiplicar o valor expresso em kN por 100. Assim, teremos o valor em Kg. Essa regra se aplica a todos os equipamentos da verticalidade que geralmente trazem em suas marcações as devidas cargas de ruptura expressas em kN.

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Tipos de trava dos mosquetões

Uso profissional e/ou esportivo

Todos os mosquetões para uso profissional devem ter algum tipo de trava que evite a abertura acidental do gatilho:

• Dupla trava (Twistlock) automático • Tripla trava (Triple lock) automático • Rosca (manual)

Uso esportivo

São os utilizados em atividades de montanhismo, escalada e espeleologia. Possuem dois tipo de gatilho:

• Gatilho reto • Gatilho curvo

A trava tipo “fechadura ou “keylock” é a mais simples de utilizar. Seu formato evita que a corda ou acessórios enrosquem, facilitando assim seu manuseio.

A trava tipo “pino” é a mais comum na maioria dos mosquetões, seja na área profissional ou esportiva.

Posicionamento e uso correto

Geralmente a carga de ruptura do mosquetão é de 22 kN quando esta posicionado de forma correta. Porém se ele estiver montado de forma incorreta sua carga de ruptura cai para 6 kN.

Por isso é de vital importância conferir seu posicionamento correto em todo sistema de ancoragem durante o desenvolvimento das atividades. É bastante comum os mosquetões ficarem com o gatilho aberto ou virarem sua posição, devido a trepidações ou movimentos cíclicos da corda. Nesses casos a carga acaba sendo distribuída no sentido transversal, o que compromete a

segurança do procedimento.

Uso de mosquetões em posições ERRADAS

Dupla trava Automático Tripla trava Automático Rosca Manual

Gatilho reto Gatilho curvo Gatilho arame

Trava tipo garra ou “claw” Trava tipo fechadura ou “keylock” Trava tipo pino

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Distribuição de carga triaxial

Em situações onde exista uma distribuição de carga em sentido triaxial, a recomendação é utilizar um conector tipo Delta ou Meia Lua, projetados especificamente para esse uso.

Sempre que um mosquetão for usado de forma errada os eixos de atuação das forças podem gerar falhas irreversíveis em sua estrutura ou até forçar a abertura da trava ou quebra da dobradiça, resultando em acidentes graves ou fatais.

Todos os mosquetões devem ser instalados de forma que a carga seja distribuída no sentido longitudinal (eixo maior), o mais perto da sua espinha, que é onde ele suporta a maior carga.

Como maximizar a segurança de um mosquetão

Mosquetão com trava automática

Quando são utilizados no sentido longitudinal sem forçar a espinha contra cantos vivos: OK!

Mosquetões com trava de rosca

Exigem uma atenção a mais com relação à rosca. Se for fechada até o final, a rosca ficará travada enquanto o mosquetão recebe cargas pesadas devido a uma movimentação milimétrica entre gatilho e nariz. Para evitar isso, a recomendação é dar 1/4 de volta no sentido da abertura, criando assim um espaço que impede o travamento da rosca. Para aumentar ainda mais a segurança, use sempre o mosquetão de ponta cabeça, com o gatilho voltado para frente e rosca fechada com 1/4 de volta aberto, conforme indicado abaixo:

Dessa forma fica mais fácil a instalação de cordas e equipamentos. No caso de vibrações e movimentos, a rosca não conseguirá girar para cima, mantendo a

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Utilização de modelo adequado de mosquetão

Mosquetão D ou assimétrico

O mosquetão tipo D ou assimétrico possui um dos lados mais largo que o outro, possuindo assim uma abertura (boca) maior.

Mosquetão simétrico

Já os mosquetões simétricos são a primeira opção em sistemas de ancoragem, tirolesas e resgate, situações em que se trabalha com altas cargas: nos modelos simétricos a carga é distribuída no eixo da espinha, o que confere a eles uma resistência a ruptura maior se comparado aos modelos ovais, onde a carga é dividida entre os eixos da espinha e do nariz + gatilho, ou seja, se ambos

forem submetidos a carga até romperem, os modelos D vão suportar mais tempo até que a base e o topo sofram deformação e abram; nos modelos ovais essa deformação bilateral ocorre quase que de imediato.

Mosquetões HMS e Pera

Assim com o D, estes modelos recebem seu nome devido ao formato que possuem. A sigla HMS significa Half Mastwurf Sicherung (em alemão: “segurança com nó dinâmico”). A diferencia entre ambos é que a espinha é reta e também possui abertura maior em comparação com os “D”. Os modelos HMS e Pera são os recomendados quando se requer maior espaço para conectar equipamentos ou quando for utilizado um nó dinâmico tipo UIAA, para improvisar um freio

Mosquetão Oval

Geralmente este modelo é utilizado como acessório, por exemplo, junto com talabartes duplos, trava quedas e fechamento de peitorais (A/2) em cintos de trabalho em altura e resgate, blocos de polias, etc. No caso de utilização em pontos de ancoragem, onde as cargas tendem a ser maiores, use de preferência um mosquetão D na ancoragem e um Oval para conexão no cinto, já que seu peso será em média 80-100 kg e a ancoragem deverá suportar cargas maiores, dependendo da atividade. A diferença entre os mosquetões D ou HMS - onde a carga é dividida no eixo da espinha - e os mosquetões tipo Oval, é que nestes últimos a carga é dividida entre dois eixos, portanto a carga de ruptura será menor. Concluindo: para uso em bloco de polias, freios, talabartes e acessórios em geral, utilize o mosquetão Oval pois todos estes dispositivos vão ficar mais “simétricos”.

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Importante

Sempre preste atenção ao posicionamento dos mosquetões e ao fechamento correto de gatilhos e travas. Quaisquer uns dos modelos mencionados podem substituir o outro, desde que estejam

certificados e possuam as cargas de ruptura gravadas, incluindo os Ovais. O mosquetão Oval pode substituir o D e vice-versa, se você não tiver mais opções; o HMS também, porém se for utilizar o Nó Dinâmico em um Oval ou em um D, a operação pode ficar um pouco complicada: dependendo da bitola da corda, poderá ficar muito apertado realizar o ajuste do nó.

Recomendações finais

• Evite a queda de mosquetões de alturas superiores a 2 metros: impactos fortes podem comprometer de forma permanente suas estruturas;

• Mantenha sempre seus mosquetões limpos; lave em água com detergente ou sabão neutro, seque bem, lubrifique a dobradiça e rosca com óleo de máquina de costura ou grafite em pó. Feito isso, jogue um ar e seque bem para que a corda não tenha contato com resíduos desses produtos; • Evite que produtos químicos entrem em contato com os mosquetões: eles podem corroer tanto mosquetões de aço quanto de alumínio;

• Troque seus mosquetões quando apresentarem sinais de desgaste:

> Gatilho que abre e não volta (mola gasta); > Nariz e gatilho desalinhados;

> Riscos ou fissuras em baixo relevo, amassados, sinais de ferrugem, rosca espanada, etc.;

• Destrua os mosquetões fora de uso impedindo que alguém os reutilize;

• Descarte os equipamentos fora de uso em local apropriado para metais.

Referências

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