As Trinta e Sete Práticas dos
Bodhisatvas
Ngulchu Thogme Zampo
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Sumário dos temas desenvolvidos-
(Versos de abertura):
1º Invocação: Homenagem ao Senhor do Universo: Tchenrezig:
"ʺHomenagem a Lokeshvara"ʺ
2º Louvação:
"ʺAquele que vê que todos os fenômenos não tem ida ou vinda, Esforça-‐‑se unicamente no bem dos seres.
Ao Supremo Lama e ao Protetor Tchenrezig,
Respeitosamente com as três portas (corpo, palavra e mente), Prosterno-‐‑me continuamente"ʺ.
3º Aspiração: Votos do Autor:
"ʺOs Perfeitos Budas, fonte de benefício e felicidade, Surgem da prática do Santo Dharma. Como isso depende do conhecimento da prática, Vou explicar a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
Parte I: A Preparação: A Base para o desenvolvimento espiritual:
Esta seção explica como entrar no Caminho da prática em si. Há sete pontos (de 1º à 7º) :
(1ª prática) 1º: O compromisso: A necessidade de dar sentido a essa nossa existência humana, tão rara e
difícil de obter. A essência do precioso nascimento humano:
Para nos liberarmos e aos outros do oceano do ciclo das existências,
Escutar, refletir e meditar, noite e dia, sem descanso, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(2ª prática) 2º: Ficar na solidão. Observar o que é familiar: "ʺabandonar a terra nativa"ʺ, abandonar os três venenos (e suas fontes): ignorância, desejo e aversão:
"ʺDiante dos amigos, o desejo e o apego nos agitam como água. Diante dos inimigos, a raiva nos queima como o fogo. Para aquele cuja obscuridade da ignorância faz com que esqueça
o que deve ser adotado e o que deve ser rejeitado,
Abandonar sua terra natal É a prática dos Filhos dos Vitoriosos.
(3ª prática) 3º: Abandonar os hábitos mundanos: viver em locais solitários, a fonte de todas as boas qualidades. Encontrar um local com condições apropriadas.
"ʺAbandonando-‐‑se os lugares negativos, as paixões diminuem gradualmente. Na ausência de distração, a prática da virtude se desenvolve.
Com a mente clara e vívida, surge a confiança no Dharma.
Ficar na solidão
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ
(4ª prática) 4º: Abandonar apego a essa vida, os hábitos mundanos. Refletir sobre a impermanência: "ʺUm a um, nos separamos de amigos e parentes
Com quem nos relacionamos por muito tempo. Os bens materiais adquiridos com esforço
São deixados para trás.
O hóspede, sua consciência, deixará a hospedaria do corpo.
Abandonar [todo apego a] esta vida É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(5ª prática) 5º: Abandonar maus companheiros (amigos negativos) cuja companhia cria condições desfavoráveis para o progresso:
"ʺ(Se)Ao nos associarmos com alguém, os três venenos aumentam, E a atividade da escuta, reflexão e meditação (prática) se deterioram,
Pondo fim ao amor e à compaixão,
Abandonar as más companhias É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(6ª prática) 6º: Confiar no mestre espiritual cuja presença cria condições favoráveis para seu progresso: "ʺ(Se)Ao nos associarmos a alguém,
Os defeitos se exaurirem
E as qualidades aumentam como a lua crescente,
Cuidar de tal amigo espiritual Mais do que seu próprio corpo, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(7ª prática) 7º: Tomada de refúgio na Três Jóias, a entrada no Dharma. "ʺOs deuses mundanos,
Eles próprios confinados à prisão do samsara, não podem proteger ninguém.
Eis porque, se buscamos proteção em algo infalível,
Tomar refúgio nas Três Jóias É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
Parte II: O Ensinamento Principal: Iluminando o Caminho
Esta seção explica como seguir o Caminho de acordo com a capacidade dos seres. O karma da felicidade e do sofrimento. Há 3 pontos: (capacidade inferior, média e superior)
(8ª prática) 1º: O Caminho para seres de menor capacidade. Refletir sobre os sofrimentos dos reinos inferiores. Rejeitar os atos negativos:
"ʺO Buda ensinou que o sofrimento dos reinos inferiores, extremamente difícil de suportar,
É fruto das ações negativas.
Eis porque, mesmo sob o risco de sua própria vida,
Jamais cometer atos negativos É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(9ª prática) 2º: O Caminho para seres de média capacidade. Refletir sobre os sofrimentos do samsara e aspirar a liberação imutável. Afastar-‐‑se dos prazeres do samsara e redirecionar seus esforços para a Liberação.
"ʺA felicidade dos três reinos da existência, desaparece em apenas um instante, Como o orvalho numa folha de grama,
Aspirar a imutável estado de Liberação suprema, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
3º: O Caminho para seres de capacidade superior. Há 2 pontos (bodhicittas de aspiração e de aplicação)
(10ª prática) 1) A Bodhicitta de aspiração. Cultivar a Bodhicitta: ver todos os seres como nossas mães. "ʺSe todas as mães que me amaram desde tempos sem começo,
(agora) sofrem, "ʺDe que serve minha própria felicidade?"ʺ
Eis porque, para liberar um número ilimitado de seres, Desenvolver a bodhicitta (mente do despertar)
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
2) A Bodhicitta de aplicação: Há 2 pontos: (Bodhicitta relativa e absoluta) I) Bodhicitta relativa. Há 4 pontos: (*A, *B, *C e *D)
(11ª prática) *A_A equanimidade: a prática da meditação de troca de si com os outros:
(Tong len).
"ʺTodo sofrimento, sem exceção,
Provém do desejo de felicidade para si mesmo. Os perfeitos Budas nascem de uma mente altruísta.
Por isso, trocar completamente a própria felicidade Pelo sofrimento dos outros
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
*B_Na pós-‐‑meditação ( a vida cotidiana) , usar as condições desfavoráveis no Caminho: Como fazer Tong Len nas intersessões. Há 2 pontos (a) e b))
a) Lidando com as adversidades, as situações difíceis: usando no Caminho as quatro coisas que não queremos que ocorra: Há 4 pontos (perda, sofrimento, desgraça(calúnia) e crítica(humilhação)):
(12ª prática) a'ʹ: Como usar a perda, o roubo como Caminho. Transformar a própria mente: ver todas as situações difíceis como oportunidades para cultivar virtude:
"ʺ(Se) Aqueles que estando sob o poder De uma grande desejo, roubem ou incitem a roubar todos os meus bens,
Dedicar a essas pessoas o próprio corpo, riquezas E virtudes acumuladas nos três tempos É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(13ª prática) a'ʹ'ʹ: Como usar o sofrimento, a injúria no Caminho. Transformar sofrimento em sua prática espiritual:
"ʺ(Se) Alguém cortar (minha) cabeça, Mesmo que eu não tenha cometido nenhum mal.
Tomar para mim, pelo poder da compaixão, Toda a negatividade dessa pessoa É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(14ª prática) a'ʹ'ʹ'ʹ: Como usar a calúnia no Caminho. Fazer sincero elogio diante de crítica ou calúnia: "ʺ(Se) Alguém proclamar por um bilhão de universos
Coisas desagradáveis sobre mim.
Falar em retorno das boas qualidades dessa pessoa, Com uma mente benevolente,
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(15ª prática) a'ʹ'ʹ'ʹ'ʹ: Como usar a crítica, a humilhação no Caminho. Receber a crítica como mestre espiritual:
"ʺ(Se) alguém, no meio de uma grande assembléia, Revela minhas faltas secretas e usa palavras ofensivas,
Inclinar-‐‑me respeitosamente diante dele, Considerando-‐‑o um amigo espiritual, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
b) Usando no Caminho as duas coisas difíceis de suportar: Há 2 pontos: (versos 16 e 17)
(16ª prática) b'ʹ: Como ser bondoso com quem nos prejudicou. Praticar com grande coração a paciência diante de traição, ingratidão ou desapontamento:
(Se) uma pessoa que eu tenha cuidado como um filho, Considere-‐‑me como um inimigo.
Amá-‐‑la mais ainda
como uma mãe de um filho doente, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos.
(17ª prática) b'ʹ'ʹ: Como usar a maldade, a humilhação no Caminho. Ver aqueles que te magoam por rancor ou ciúme como seu mestre espiritual:
"ʺ(Se) um indivíduo igual ou inferior a mim Sob a influência do orgulho trata-‐‑me com desprezo,
Respeitosamente considerá-‐‑lo como Mestre, Colocando-‐‑o no alto de minha cabeça É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
* C_Reações emocionais: Usar a privação e prosperidade no Caminho. Há 2 pontos:
(18ª prática) a: Como usar a privação como Caminho: Transformar quedas e sucessos em Caminho. Abandonar o desencorajamento:
"ʺMesmo quando destituídos de nosso sustento, constantemente desprezados pelas pessoas, ou afligidos por uma terrível doença ou por demônios.
Tomarmos para nós os sofrimentos E as negatividades dos outros,
Sem nos desencorajarmos, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(19ª prática) b: Como usar a prosperidade no Caminho. Dominar o orgulho, a arrogância: "ʺ(Se) formos célebres, com muitas pessoas nos reverenciando,
E que tenhamos obtido riquezas semelhantes as do Deus da Riqueza,
Ver que as riquezas mundanas são desprovidas de essência, E não ter arrogância
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
*D_ Reações emocionais: Dominando sua mente: usar a raiva e o desejo no Caminho. Há 2 pontos:
(20ª prática) a: Como usar os objetos da raiva no Caminho. Transformar objetos de raiva e apego em Caminho: Dominar a mente:
"ʺNão dominando o inimigo que é sua própria cólera, Combatem-‐‑se os inimigos externos, mas eles aumentam.
Eis porque, com o exército do amor e da compaixão, Dominar o próprio continuum mental
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(21ª prática) b: Como usar os objetos do desejo no Caminho. Abandonar prazeres dos sentidos que dão origem a apego:
"ʺOs prazeres dos sentidos são como a água salgada: Quanto mais se bebe, mais sede se tem.
Abandonar imediatamente tudo o que quer que seja Que faça nascer o apego,
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
II) Bodhicitta absoluta: Há 2 pontos: (Meditação e pós-‐‑meditação)
(22 ª prática) *A_A prática de meditação de permanecer em um estado livre de elaborações conceituais sem nenhum apego. Trancender as aparências dualistas. Treinar a bodhicitta última, a natureza da experiência:
"ʺTudo o que se manifesta Nada mais é que nossa própria mente. Primordialmente a mente propriamente dita
É livre dos extremos da fabricação mental. Sabendo disso, não criar em nossa mente
A distinção sujeito-‐‑objeto É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
*B_Na prática de pós meditação: Abandonar toda crença em objetos de desejo e avesão como realmente existente: Há 2 pontos:
(23ª prática) a: Abandonar toda crença na existência real dos objetos do desejo. Ver os objetos agradáveis de apego como um arco-‐‑íris, uma ilusão:
"ʺQuando encontramos um objeto agradável aos sentidos, (o consideramos) Como um arco-‐‑íris no verão,
Mesmo que pareça bonito.
Não vê-‐‑lo como real E abandonar todo apego
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(24ª prática) b: Abandonar toda crença na existência real dos objetos da aversão. Ver as situações desagradáveis como sonho:
"ʺOs múltiplos sofrimentos são como a morte de um filho num sonho. Tomar como verdadeiros as aparências ilusórias...Ah! como é triste!
Eis porque,
Quando nos deparamos com circunstâncias desfavoráveis, Vê-‐‑las como ilusórias
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
Parte III_Os preceitos para treinar nessas práticas: Há 5 pontos: (*A, *B, *C , *D e *E)
* A_Treinar as seis perfeições transcedentes: Há 6 pontos: (As 6 Paramitas):
(25ª prática) a: A 1ª Paramita: Generosidade transcedente. Pratique ampla generosidade: "ʺSe é necessário abrir mão do próprio corpo
Quando se quer atingir o Despertar, O que se dirá dos objetos exteriores?
Assim, sem expectativa de retorno ou de resultado,
Praticar a generosidade
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(26ª prática) b: A 2ª Paramita : Ética transcedente. Mantenha a ética: "ʺSe na ausência da conduta ética Não realizamos nem nosso próprio bem, Querer, assim, realizar o bem dos outros é risível.
Eis porque preservar a ética
Que nada espera da existência condicionada É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(27ª prática) c: A 3ª Paramita: Paciência transcedente. Pratique a paciência: "ʺPara os Filhos dos Vitoriosos,
Que desejam se regozijar com tudo que é virtuoso, Tudo o que lhe prejudica é como um tesouro precioso.
Assim, cultivar a paciência
por todos, sem ressentimento, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(28ª prática) d: A 4ª Paramita: Entusiasmo transcedente. Cultive alegre esforço em ajudar os seres sencientes:
"ʺSe mesmo os shravakas e pratyekabuddhas, Que visam o próprio benefício,
Que arde em sua cabeça,
(Quanto mais) Praticar a perseverança, fonte das qualidades,
Em benefício de todos os seres, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(29ª prática) e: A 5ª Paramita: Meditação transcedente. Desenvolva o poder da meditação estabilizadora: "ʺSabendo que as emoções pertubadoras
São completamente vencidas
Pela visão penetrante totalmente baseada na calma mental;
Cultivar uma meditação que transcende perfeitamente Os quatro níveis de absorção dos reinos da não-‐‑forma
É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(30ª prática) f: A 6ª Paramita: Sabedoria transcedente. Cultive o Conhecimento Superior, realizando a vacuidade:
"ʺSem o Conhecimento Superior, as cinco paramitas não são suficientes para se atingir o Perfeito Despertar. Assim, (praticar) os meios hábeis com Conhecimento Superior,
Que não concebe as três esferas (sujeito-‐‑objeto-‐‑ação), É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
* B_ Trabalhar com as emoções negativas. Treinar a Atenção evitando as armadilhas: treinar nas quatro instruções ensinadas nos Sutras. Há 4 pontos: (estâncias 31 à 34)
(31ª prática) a: Examinar os próprios defeitos e abandoná-‐‑los. Examine sua conduta: "ʺSe não examinamos nossas próprias ilusões,
É possível que, com a aparência de um praticante, atuemos de forma contrária ao Dharma.
Por essa razão, continuamente, após havê-‐‑las analisado,
Abandonar as próprias ilusões É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(32ª prática) b: Abandonar falar das faltas dos bodhisatvas. Evite criticar os grandes praticantes: "ʺSe, sob a influência das emoções perturbadoras,
Prejudicamos a nós mesmos.
Então, não falar das faltas daqueles que
Entraram no Grande Veículo É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(33ª prática) c: Abandonar o apego às posses dos benfeitores. Pratique o não-‐‑apego: "ʺComo, por causa de ganhos e honrarias,
Disputamos um com o outro E as atividades de escuta, Reflexão e meditação se deterioram,
Abandonar o apego pela casa de amigos, parentes e benfeitores É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(34ª prática) d: Abandonar as palavras ofensivas. Nunca se expresse com palavras agressivas:
"ʺAs palavras duras perturbam a mente dos outros E deteriora a conduta dos Filhos dos Vitoriosos,
Abandonar as palavras duras E desagradáveis aos outros É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(35ª prática) *C_ Treinar em como se liberar das emoções negativas, eliminando-‐‑as. Aplique os antídotos
às emoções pertubadoras:
"ʺHabituados às emoções perturbadoras, É difícil eliminá-‐‑las por meio de antídotos.
O praticante pleno de atenção, Tomando das armas dos antídotos,
Aniquila assim que nascem as emoções perturbadoras, Como o apego, etc.
Tal é a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(36ª prática) *D_ O ponto chave: treinar em realizar o bem alheio com consciência e vigilância. Aplique a consciência e introspecção para o bem de todos os seres: Permaneça Atento e Consciente:
"ʺEm resumo, o que quer que façamos, e onde quer que estejamos, devemos estar conscientes e atentos,
E incessantemente, realizar o bem dos outros, É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
(37ª prática) *E_Dedicatória dos méritos para o Perfeito Despertar de todos os seres: "ʺPara dissipar o sofrimento de incontáveis seres,
Por meio de uma sabedoria totalmente livre das três esferas,
Dedicar ao Despertar as virtudes do esforço realizado É a prática dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
Epílogo:
A_Como e para quem esses versos foram compostos. A fonte:
"ʺBaseando-‐‑me nos ensinamentos dos sutras, tantras e comentários, E tendo seguido as palavras dos seres santos,
Compus estas trinta e sete práticas dos Filhos dos Vitoriosos
Para os bem dos que querem aprender o Caminho dos Filhos dos Vitoriosos"ʺ.
B_A infalível natureza dessas práticas. A autoridade:
"ʺPor causa de minha inteligência inferior e de minha pouca prática, Este texto não fará parte das obras que agradam aos eruditos. Mas como ele se apoia nos sutras e nas palavras dos genuínos mestres,
Penso que essas práticas dos Filhos dos Vitoriosos não contêm erros"ʺ.
C_A humilde prece de pedido de perdão:
"ʺContudo, como é difícil para uma mente inferior como a minha Apreciar a profundidade das ondas de atividade dos bodhisattvas,
Imploro aos seres santos que sejam pacientes
Em relação à acumulação de faltas tais como contradições, incoerências, etc"ʺ.
D_Dedicatória final dos méritos por ter composto esses versos e Aspiração:
"ʺPelas virtude que resultam dessas práticas,
Possam todos os seres, graças à suprema bodhicitta relativa e última, Tornarem-‐‑se semelhantes ao protetor Tchenrezig,
Que não permanece nos extremos da existência ou da paz"ʺ.
E_Colofão. Local da composição:
Esse (texto) foi composto na caverna de Ngültchu Rinchen ("ʺpreciosa água prateada"ʺ) pelo Venerável T'ʹogme, que conhece os textos e a lógica, com o objetivo de beneficiar a si mesmo e aos outros.
Possa a virtude vinda do estudo e prática desse
texto contribuir para a Liberação e Felicidade de
todos os seres!
ATENÇÃO: Este texto é uma ensinamento do Dharma. Como acontece com todos os textos Dharma, ele não deve ser colocado sobre o piso ou em outros lugares sujos. Não se deve lamber os dedos para virar as páginas nem colocar materiais mundanos sobreesses textos. Deve ser colocado em prateleira alta de uma estante ou outro lugar limpo para os textos de Dharma. Caso não queira guardá-‐lo na forma escrita, por favor retorne à um centro budista ou queime-‐o da forma apropriada.