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NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM. Simulado 2ª Fase Penal Curso Completo. Simulado 02 Peça 05

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Academic year: 2021

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Simulado 02 – Peça 05

Alessandro, nascido em 05/01/1992, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, § 1o, do Código Penal, por crime praticado contra Geisa Arruda, de 20 anos de idade. Os pais da vítima ofereceram a representação para a autoridade policial no dia 6 de março de 2012, terça-feira, exatos seis meses após os fatos. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: "No dia 6 de setembro de 2011, Alessandro dirigiu-se à residência de Geisa,ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma". O juiz da 2.ª Vara Criminal de Florianópolis – Santa Catarina, recebeu, em 09 de abril de 2012, a denúncia e determinou a citação do réu para a audiência de instrução e julgamento. Consta do termo de audiência que o acusado compareceu em audiência sem advogado, pois, até então, não havia constituído um. Além disso, o denunciado dispensou a entrevista prévia com o defensor dativo nomeado exclusivamente para o ato. Foi então realizado o interrogatório, sem a presença de defensor, no qual o acusado disse que não sabia que a vítima era deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que a avó e a mãe da vítima sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Por fim, Alessandro informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e nem tinha como fazer tal prova, na medida em que Geisa não aparentava portar deficiência alguma. O laudo sobre a deficiência mental e ausência de discernimento da vitima não foi juntado aos autos, sob a alegação de que os peritos estavam sobrecarregados de trabalho, em decorrência do crescimento no número de crimes. Após o Ministério requerer a condenação nos termos da denúncia, o defensor dativo nomeado exclusivamente para o ato apresentou sua defesa escrita, na qual requereu, como única tese, a nulidade do processo, haja vista ter sido o acusado interrogado sem a presença de defensor. O magistrado, então, condenou o acusado nos termos da denúncia, afastando a nulidade arguida pela Defesa, nos seguintes termos: “Mesmo considerando que, no processo penal, o princípio do contraditório tenha

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natureza efetiva, real, não se verifica, no caso concreto, vício insanável a macular de forma grave e irreversível o ato processual realizado em descompasso com a exigência legal, já que foi o próprio acusado quem dispensou a entrevista com o defensor nomeado, não lhe sendo possível, posteriormente, arguir possível nulidade de ato a que deu causa como preceitua o art. 565 do Código de Processo Penal”. O magistrado fixou a pena base acima do mínimo legal (9 anos), pois os antecedentes do acusado eram desfavoráveis, já que respondia a inquérito policial. Na segunda fase da dosimetria da pena, o juiz considerou presentes as circunstâncias agravantes da reincidência, porque o acusado fora condenado (em 2008) em outro processo criminal, condenação esta que aguarda o julgamento da apelação (art. 61, I, do Código Penal); também foi considerado como circunstância agravante o fato do crime ter sido praticado contra enfermo mental (61, II, h do Código Penal). Assim que intimado do teor da decisão, o denunciado apelou a termo. O juiz recebeu a apelação. A publicação desta decisão ocorreu em 22/06/2012, sexta-feira. Diante do caso trazido, apresente a peça processual adequada, devendo esta ser apresentada no último dia do prazo.

Questões 21-25

Questão 21 - (FGV - VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/3.2011) Caio, Mévio, Tício e José, após se conhecerem em um evento esportivo de sua cidade, resolveram praticar um estelionato em detrimento de um senhor idoso. Logrando êxito em sua empreitada criminosa, os quatro dividiram os lucros e continuaram a vida normal. Ao longo da investigação policial, apurou-se a autoria do delito por meio dos depoimentos de diversas testemunhas que presenciaram a fraude. Em decorrência de tal informação, o promotor de justiça denunciou Caio, Mévio, Tício e José, alegando se tratar de uma quadrilha de estelionatários, tendo requerido a decretação da prisão temporária dos denunciados. Recebida a denúncia, a prisão temporária foi deferida pelo juízo competente.

Com base no relatado acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

a) Qual(is) o(s) meio(s) de se impugnar tal decisão e a quem deverá(ão) ser endereçado(s)? (Valor: 0,5)

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Questão 22 - (OAB 2.2011) Antônio, pai de um jovem hipossuficiente preso em flagrante delito, recebe de um serventuário do Poder Judiciário Estadual a informação de que Jorge, defensor público criminal com atribuição para representar o seu filho, solicitara a quantia de dois mil reais para defendê-lo adequadamente. Indignado, Antônio, sem averiguar a fundo a informação, mas confiando na palavra do serventuário, escreve um texto reproduzindo a acusação e o entrega ao juiz titular da vara criminal em que Jorge funciona como defensor público. Ao tomar conhecimento do ocorrido, Jorge apresenta uma gravação em vídeo da entrevista que fizera com o filho de Antônio, na qual fica evidenciado que jamais solicitara qualquer quantia para defendê-lo, e representa criminalmente pelo fato. O Ministério Público oferece denúncia perante o Juizado Especial Criminal, atribuindo a Antônio o cometimento do crime de calúnia, praticado contra funcionário público em razão de suas funções, nada mencionando acerca dos benefícios previstos na Lei 9.099/95. Designada Audiência de Instrução e Julgamento, recebida a denúncia, ouvidas as testemunhas, interrogado o réu e apresentadas as alegações orais pelo Ministério Público, na qual pugnou pela condenação na forma da inicial, o magistrado concede a palavra a Vossa Senhoria para apresentar alegações finais orais.

Em relação à situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

a) O Juizado Especial Criminal é competente para apreciar o fato em tela? (Valor: 0,25)

b) Antônio faz jus a algum benefício da Lei 9.099/95? Em caso afirmativo, qual(is)? (Valor: 0,25)

c) Antônio praticou crime? Em caso afirmativo, qual? Em caso negativo, por que razão? (Valor: 0,50)

Questão 23 - (OAB3.2010)Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida

empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. No curso do aludido procedimento investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela

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confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelos crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1o, I, da Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento.

Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente?

b) A quem a impugnação deve ser endereçada? c) Quais fundamentos devem ser utilizados?

Questão 24 - (OAB UN. 2.2010) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro:

I. indique o recurso cabível; II. o prazo de interposição;

III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.

Questão 25 - (OAB 1.2011) Maria, jovem extremamente possessiva, comparece ao

local em que orge, seu namorado, exerce o cargo de auxiliar administrati o e a re uma carta lacrada que ha ia so re a mesa do rapa . o ler o conte do, descobre que Jorge se apropriara de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), que recebera da empresa em que tra alha a para efetuar um pagamento, mas utili ara tal quantia para comprar uma oia para uma mo a chamada lia. solutamente transtornada, Maria entrega a correspond ncia aos patr es de orge.

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Com base no relatado acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos urídicos apropriados e a fundamenta o legal pertinente ao caso.

a) Jorge praticou crime? Em caso positivo, qual(is)? (Valor: 0,3)

e o Minist rio P lico oferecesse den ncia com ase exclusi amente na correspond ncia a erta por Maria, o que oc , na qualidade de advogado de Jorge, alegaria? (Valor: 0,7)

Referências

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