AS MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS NA AMÉRICA LATINA (1973-‐2008) E A
SUA RELAÇÃO COM A DEMOCRACIA
Em que medida as mudanças constitucionais na América Latina1, no período entre 1973 e 2008, provocam alterações nos regimes de governo, contribuindo para uma melhoria da Democracia nos seus estados?
O presente estudo pretende analisar, utilizando uma metodologia estatística, o quão explicativa são as mudanças do texto constitucional de um regime, para um acréscimo dos índices de Democracia. Para tal, consideramos como alterações constitucionais apenas as substituições e as emendas, utilizando o mesmo critério e invocando as mesmas razões de Gabriel Negretto, no seu artigo “Replacing and Amending Constitutions: The Logic of Constitutional Change in Latin America”2. Quanto aos índices da Democracia, iremos utilizar os índices da Freedom House3, apesar de
algumas das suas limitações amplamente discutidas no meio académico às quais faremos referência adiante.
CONSTITUIÇÕES E ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Todos os textos constitucionais são resultado de uma análise do Homem e não uma forma natural de organização política, tendo em vista o cumprimento de objectivos específicos. Daqui se decorre a possibilidade de inúmeras constituições diferentes, com designs constitucionais próprios, havendo, inclusive, estados que não possuem uma constituição escrita, propriamente dita (como por exemplo a constituição do Reino Unido). Não cabe aqui discutir qual a razão pela opção de um modelo específico em detrimento de outro, o porquê da escolha singular de determinado texto. No entanto, apesar das infindas diferenças entre as constituições
1 Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México,
Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
2 Cf. Negretto, Gabriel L., (2012). 3 http://www.freedomhouse.org/
dos diversos estados (igualmente presente nos estados da América Latina), Donald Lutz afirma a existência daquilo que denomina como “esperanças” e que são comuns a todas elas; objectivos comuns a realizar, inclinações universais que explicam o porquê da subjugação das liberdades individuais em prol da obediência a uma autoridade comum em forma de texto: a esperança de auto-‐preservação, de sociabilidade irrestrita e de inovações benéficas a todos.4
Poder-‐se-‐á fundamentar nestes objectivos, nestas “esperanças”, a razão de ser das alterações constitucionais. É plausível afirmar que sempre que o texto esteja desadequado quanto ao garante da auto-‐preservação, ou que restrinja a sociabilidade ou não seja propício ao surgimento de medidas que a todos sejam benéficas, os actores políticos procurem alterar o texto em vigor. Esta é uma perspectiva racionalmente consensual.5
Todavia, apesar do sentido lógico da afirmação anterior, não é a desadequação do texto constitucional, no que ao cumprimento destes objectivos gerais diz respeito, o principal impulsionador de alterações constitucionais, segundo estudos realizados por vários investigadores, entre os quais Ginsburg e Versteeg.6
Segundo estes autores, “a adopção da revisão constitucional é melhor explicada pela política interna e, em particular, pelas incertezas do eleitorado. Mais especificamente, quando a diferença entre a proporção de assentos ocupados por primeira e segunda força política do Poder Legislativo é menor e, portanto, maior a incerteza eleitoral, os decisores políticos são mais propensos a adoptar a revisão constitucional”.7
Estabelece-‐se aqui, uma ligação entre as mudanças constitucionais e o próprio funcionamento da Democracia; consoante os resultados eleitorais assim a propensão ou não para alterações do texto constitucional. Ginsburg e Versteeg afirmam que a principal causa da revisão constitucional é a política eleitoral nacional, não
4 Cf. Lutz, Donald, (2006), p. 23.
5 Cf. Elkins, Zachary, Tom Ginsburg e James Melton, (2009), p. 209. 6 Ginsburg, Tom e Mila Versteeg, (2007).
encontrando, como se poderia supor, evidências de que estas mudanças resultam de factores ideológicos, de um federalismo ou da difusão de uma norma internacional.8
E serão os resultados eleitorais onde a diferença entre os dois partidos mais votados é menor traduzíveis numa melhoria da democracia? Autores como Staffan Lindberg9 ou Myron E. Weiner e Ergun Özbudun10 defendem que o sistema de partido
único é uma situação na política multipartidária onde o cenário político é perpetuamente ofuscado por um partido único, conduzindo a uma identificação, ao longo do tempo, entre esse mesmo partido e o próprio estado, levantando sérias dúvidas sobre a autenticidade democrática do regime. Por outro lado, investigadores como Thomas Brunell11, defendem que eleições competitivas, tendo como contexto a realidade norte-‐americana, tendem a gerar resultados eleitorais minoritários, provocando assim uma maior instabilidade no sistema. Esta é, sem dúvida, uma discussão interessante que, contudo, foge um pouco ao objectivo deste estudo exploratório.
A perspectiva de Ginsburg e Versteeg de que as alterações constitucionais são fruto da política eleitoral nacional é, e certa forma, partilhada por Gabriel Negretto. Contudo, este último avança com uma explicação mais geral, referindo-‐se a acontecimentos que provocam uma inoperância concreta da estrutura de governo e que, desta forma, “exigem uma revisão da estrutura básica do Estado”12.
As transformações constitucionais podem ocorrer de forma informal, quer, por exemplo, pela simples diferença de interpretação do texto em tempos históricos diversos, ou quer pela própria práctica das instituições, que por si só, se assume como critério de interpretação.13 No entanto, dada a metodologia escolhida para este
estudo, optar-‐se-‐á por considerar somente como mudanças constitucionais, aquelas que a Teoria Constitucional Clássica refere como os principais instrumentos de alteração: a substituição e as emendas.
8 Cf. Idem, p. 1.
9 Cf. Lindberg, Staffan I., (2004), p. 67.
10 Cf. Weiner, Myron e Ergun Özbudun, (1987), p. 4. 11 Cf. Brunell, Thomas L., (2008), p. 85.
12 Negretto, Gabriel L., (2012), p. 774. 13 Cf. Arato, Julian, (2013).
Quanto à diferenciação de ocorrência dos mecanismos formais de alteração constitucional, Donald Lutz, fazendo uma análise mais universal, afirma que as emendas são muito mais frequentes que as substituições.14 Sem querer afectar minimamente a validade desta declaração, quando se circunscreve a análise apenas à América Latina, ter-‐se-‐á que fazer algumas salvaguardas. Negretto, no seu artigo “Replacing and Amending Constitutions: The Logic of Constitutional Change in Latin America”, salienta que, no período entre 1789 e 2001, os Estados optaram por substituir o texto constitucional com uma frequência relativamente alta, aquando comparada, em igual período, com o sucedido na Europa Ocidental (3,2: número médio de constituições existentes na Europa Ocidental; 10,7: número médio de constituições existentes na América Latina). Contudo, analisando apenas os últimos trinta anos, verifica-‐se uma alteração desta tendência, pois “à medida que os regimes democráticos se tornam estáveis, como aconteceu na América Latina após a última onda de democratização, os incentivos para a substituição tendem a diminuir.”15
O nosso estudo contabiliza, entre 1973 e 2008, trinta e nove alterações constitucionais: treze substituições e vinte e seis emendas.
CONSTITUIÇÕES E DEMOCRACIA
Por si só, “a existência de uma constituição escrita não coincide com a presença da democracia.”16 Poder-‐se-‐á apontar alguns exemplos de países que
possuem uma constituição escrita e que, dificilmente, os poderíamos incluir na categoria de regimes democráticos. Robert Dahl vai um pouco mais adiante quando afirma que “nenhuma constituição pode garantir a democracia num país onde as condições favoráveis para a democracia estão ausentes.”17 Ou seja, o conceito de
democracia sendo extremamente complexo, está longe de ficar reduzido a uma origem
14 Lutz, Donald, (2006), p. 146. 15 Negretto, Gabriel L., (2012), p. 775. 16 Lutz, Donald, (2006), p. 246. 17 Dahl, Robert A., (2003), p. 142.
meramente legal, formal; ela é entendida como circunstância, como vivência, e não uma mera cristalização num espaço e num tempo.
Se o raciocínio de que a democracia e a constituição se identificam é descabido, já a argumentação de que elas se relacionam é bastante plausível. Esta relação poderá ser analisada de perspectivas muito díspares. Numa perspectiva mais essencial, poderemos entender a constituição como a materialização do τέλος (finalidade) da democracia. Neste âmbito, toda a discussão está focalizada sobre o papel e a legitimidade das revisões constitucionais; em que medida a “nova” constituição facilita os objectivos da democracia e quem tem o poder para a fazer vigorar.
Hutchinson e Colón-‐Ríos evidenciam a necessidade de ultrapassar a abordagem mais clássica da relação entre constituição e democracia e de alargar os horizontes da própria análise, procurando entender a “relação entre os cidadãos e as constituições e os meios de realização da democracia ao nível das leis fundamentais”.18 Trata-‐se, agora, de coadunar os princípios constitucionais com os princípios da democracia, não apenas do ponto de vista teórico, mas tendo presente a sua adequabilidade à realidade concreta dos cidadãos e do Estado. A relação entre constituição e democracia não se esgota na resposta à questão de quem pode ou não pode alterar a constituição (plano da legalidade), mas transpõe-‐se agora para uma dimensão práctica.
Verificamos esta ligação profunda entre constituições e democracia, na própria Teoria Política sobre as constituições, quando refere os factores que colocam em risco uma constituição vigente. Elkins, Ginsburg e Melton19, ao estudarem a
longevidade das constituições, dividem os factores de risco em dois tipos: os factores que dizem respeito ao próprio design constitucional e os factores ambientais. Tanto num grupo como noutro, as conexões entre os factores com a democracia são evidentes. Referentes ao desenho da própria constituição, destacam-‐se os seguintes factores:
18 Hutchinson, Allan e Joel Colón-‐Ríos, I., (2011), p. 19.
19 Cf. Elkins, Zachary, Tom Ginsburg e James Melton, (2009), p. 97-‐120.
1) Inclusão – O cumprimento da constituição é tanto mais efectivo quanto maior for o consenso entre todos.
2) Equilíbrio entre poder executivo e legislativo – Governos com uma grande limitação de poderes tendem a substituir a constituição quando, em circunstâncias de crise, essa restrição se traduz por incapacidade. As alterações da constituição, nomeadamente as emendas, surgem aqui como um mecanismo que permite a acção governativa.
Dos diversos factores ambientais, salientam-‐se:
1) Difusão – Quando um estado próximo (geograficamente e/ou culturalmente) adopta uma constituição, aumenta a probabilidade de uma nova constituição no país vizinho (efeito de contágio), estreitando os laços entre os povos.
2) Mudança de regime – As mudanças de regime são modificações na estrutura institucional política e as constituições são a incorporação dessas regras.
3) Mudanças na liderança de Governo – Tal como mudanças de regime aumentam a possibilidade de alterações constitucionais, assim, mas em menor escala, também as mudanças na liderança governativa.
As mudanças constitucionais são entendidas como um mecanismo processual da própria democracia.20 A própria evolução da história e as metamorfoses inerentes a
este processo, poderão levar a uma perda de sentido, a uma descontextualização do próprio escrito constitucional. Se bem que, o restabelecimento de eleições (por demais evidente no contexto da América Latina) não garante, por si, a responsabilização dos governos perante a vontade popular nem a ausência de restrições dos direitos políticos e das liberdades civis21, é notória que, na relação entre a democracia e as constituições, as alterações das últimas tendem a uma melhoria, um aperfeiçoamento, a uma maior adequabilidade da primeira. Podemos tomar como exemplo, o sucedido no México em 1994. O presidente Ernesto Zedillo Ponce de León, face a um novo
20 Cf. Idem, p. 208.
contexto de democratização e de pluralismo eleitoral, alterou a Constituição de modo a reforçar os poderes do Supremo Tribunal. Cabe aos políticos “encontrar mecanismos alternativos de resolução de litígios e coordenar a vida política sob um sistema político multipartidário diferente.22
MEDIR A DEMOCRACIA (O ÍNDICE DA FREEDOM HOUSE)
É partilhado pelo meio académico que a ideia de construir um índice que meça a democracia, de uma forma rigorosa e válida, se assume como uma tarefa praticamente impossível de concretizar. Basta pensar na dificuldade inerente de quantificar pequenas alterações num determinado regime. No entanto, tal convicção não inibe os investigadores de perseguirem este objectivo. A Freedom House é uma organização que intenta quantificar o nível de liberdade nos diversos Estados utilizando uma escala (de 1 a 7) contemplando quer os direitos políticos, quer as liberdades civis, desde 1972 até à actualidade.
Das muitas críticas feitas ao índice da Freedom House, aludimos somente às realizadas por Scott Mainwaring, Daniel Brinks e Aníbal Pérez-‐Liñán.23 Para estes autores, a quantificação da Freedom House é ferida por dois grandes enviesamentos; o primeiro referente aos índices atribuídos aos governos de ideologia de esquerda (apontando-‐se como exemplo, os índices díspares da Nicarágua e de El Salvador em 1984); o segundo referente a uma complacência de quantificação referente às décadas de setenta e oitenta em contraposição com a década de noventa.
Foi numa entrevista posterior, a 18 de Setembro de 2011, dada ao jornal brasileiro Aliás24, que Mainwaring refere uma limitação, igualmente sentida na
realização deste estudo. Os critérios utilizados pela Freedhom House para quantificar quer os direitos políticos, quer as liberdades civis, não são claros. Apesar da divulgação
22 Magaloni, Beatriz, (2003), p. 275.
23 Mainwaring, Scott, Daniel Brinks e Aníbal Pérez-‐Liñán, (2001).
dos critérios (169 ao todo), o utilizador não consegue discriminar de que forma os critérios contribuíram para o índice.
Apesar das muitas falhas apontadas, o índice da Freedom House é um instrumento de trabalho muito interessante, urgindo reconhecer que com os contributos individuais dos académicos, aquilo que é hoje uma perspectiva amanhã poderá ser uma realidade.25
AS MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS COMO DETERMINANTES
Pretendendo expor em que medida as alterações constitucionais (variável independente) são explicativas da melhoria dos índices de democracia (variável dependente), realizou-‐se uma regressão linear simples. Para tal, foram analisadas as mudanças constitucionais (substituições e emendas) em dezasseis países da América Latina, ao longo de um período entre 1973-‐2008, com um total de 576 observações.
O modelo testado explica 5% (r2=0,050) da variação dos índices do Freedom
House. Concluiu-‐se que o factor Alterações Constitucionais é signicativo, havendo uma relação linear entre as duas variáveis [F(1, 574)=30,361, p<0,001].
Dado que a VI é uma variável compósita26, decidimos realizar duas regressões lineares simples para perceber qual o tipo de alteração que mais explica a variância do índice Freedom House. Deste modo, concluiu-‐se que o efeito das substituições não é estatisticamente significativo [F(1, 574)=0,350, p=0,555], sendo inclusive, impossível realizar a regressão dado o não cumprimento dos pressupostos. Em contrapartida, o modelo, utilizando como VI apenas as Emendas constitucionais aumenta o seu grau de explicação para 6,8% (r2=0,068) e estabelece uma relação linear entre as duas variáveis [F(1, 574)=42,162, p<0,001].
Sendo a VD também uma variável compósita27, procurámos verificar em que variável componente da VD, a variável Alterações produz maior efeito. Assim, foram efectuadas mais duas regressões lineares simples. Verificou-‐se em ambos os testes que a variável Alterações Constitucionais tem uma relação linear com as VD’s [F(1, 574)=40,334, p<0,001 com a VD Direitos políticos; e F(1, 574)=16,495, p<0,001 com a VD Liberdades Civis]. No entanto, o dimensão explicativa dos modelos é diferente [o modelo testado com a VD Direitos Políticos explica 6,6% (r2=0,066); enquanto o
modelo testado com a VD Liberdades Civis apenas explica 2,8% (r2=0,028).
CONCLUSÃO
As alterações constitucionais conseguem explicar 5,5% da variância do Índice da Democracia da Freedom House. Centrando o olhar na dimensão dos resultados obtidos, poderia levar-‐nos a deduzir da desolação dos mesmos. Contudo, importa realçar dois aspectos:
26 Substituições e Emendas.
1) Não seria nada expectável que a melhoria da qualidade da democracia fosse, ou inteiramente ou em grande parte, explicado pelas alterações realizadas no texto constitucional. Poder-‐se-‐á argumentar que estas alterações procuram uma melhoria da democracia mas, como já foi referido neste estudo, o principal motivo que rege as revisões constitucionais prende-‐se com a competitividade das eleições e não com o regime em si e o seu aperfeiçoamento. Salienta-‐se, por outro lado, a existência de uma relação linear entre os dois fenómenos.
2) Dado o carácter exploratório e inicial deste estudo, não foram contempladas variáveis de controlo, o que poderia ampliar a dimensão do efeito; uma sugestão a ter em conta em futuras e mais completas análises.
REF. BIBLIOGRÁFICAS
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Elkins, Zachary, Tom Ginsburg e James Melton, (2009). The Endurance Of National Constitutions, New York: Cambridge University Press, 2009.
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Lutz, Donald, (2006). Principles of Constitutional Design, New York and Cambridge: Cambridge University Press.
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Mainwaring, Scott, Daniel Brinks e Aníbal Pérez-‐Liñán, (2001). “Classifying Political Regimes in Latin America, 1945–1999”, Studies in Comparative International Development, Spring 2001, 36:1.
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Countries, Duke University Press.
ANEXOS
1) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES: VI: Alterações Constitucionais VD: Índice (Freedom House)
PRESSUPOSTOS DO MODELO DA REGRESSÃO LINEAR SIMPLES:
1) Variáveis aleatórias residuais com valor esperado nulo; 𝐸 𝜀! = 0
Residuals Statisticsa
Minimum Maximum Mean Std. Deviation N
Predicted Value 2,309 3,478 3,245 ,2652 576
Std. Predicted Value -‐3,533 ,878 ,000 1,000 576
Standard Error of Predicted Value ,048 ,177 ,065 ,021 576
Adjusted Predicted Value 2,268 3,485 3,245 ,2661 576
Residual -‐2,2443 2,5218 ,0000 1,1531 576
Std. Residual -‐1,945 2,185 ,000 ,999 576
Stud. Residual -‐1,946 2,189 ,000 1,001 576
Deleted Residual -‐2,2482 2,5296 ,0005 1,1568 576
Stud. Deleted Residual -‐1,951 2,196 ,000 1,002 576
Mahal. Distance ,000 12,482 ,998 1,757 576
Cook's Distance ,000 ,026 ,002 ,002 576
Centered Leverage Value ,000 ,022 ,002 ,003 576
a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
3) Distribuição normal das variáveis aleatórias residuais; 𝜀!∩ 𝑁 (0, 𝜎!)
REGRESSÃO LINEAR SIMPLES:
Model Summaryb
Model R R Square Adjusted R Square Std. Error of the Estimate
1 ,224a ,050 ,049 1,1541
a. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS b. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
ANOVAa
Model Sum of Squares df Mean Square F Sig.
1
Regression 40,436 1 40,436 30,361 ,000b
Residual 764,492 574 1,332
Total 804,928 575
a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
b. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Coefficientsa Model Unstandardized Coefficients Standardized Coefficients t Sig. Correlations Collinearity Statistics B Std. Error Beta Zero-‐
order Partial Part Tolerance VIF
1
(Constant) 3,478 ,064 54,348 ,000
ALTERAÇÕES
CONSTITUCIONAIS -‐,234 ,042 -‐,224 -‐5,510 ,000 -‐,224 -‐,224 -‐,224 1,000 1,000 a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
Hipóteses para o teste F: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste F: F(1, 574)=30,361, p<0,001
Rejeitar H0: Há uma relação linear entre as Alterações Constitucionais e o Índice da
Democracia. (O modelo é adequado).
Hipóteses para o teste t: Para a constante: 𝐻!: 𝛽!= 0 𝐻!: 𝛽!≠ 0
Para o declive da recta: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste t: Para a constante: t=54,348, p<0,001 Para o declive da recta: t=-‐5,510, p<0,001
Rejeitar H0: Tanto a constante como o declive da recta não são nulos.
2) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES: VI: Substituições
VD: Índice (Freedom House)
ANOVAa
Model Sum of Squares df Mean Square F Sig.
1
Regression ,490 1 ,490 ,350 ,555b
Residual 804,438 574 1,401
Total 804,928 575
a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH) b. Predictors: (Constant), SUBSTITUIÇÕES
Hipóteses para o teste F: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste F: F(1, 574)=0,350, p=0,555
Não rejeitar H0: Não há uma relação linear entre as Substituições Constitucionais e o Índice da
Democracia. (O modelo não é adequado).
3) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES: VI: Emendas
VD: Índice (Freedom House)
Model Summaryb Model
R R Square Adjusted R Square Std. Error of the
Estimate
1 ,262a ,068 ,067 1,1430
a. Predictors: (Constant), EMENDAS b. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
ANOVAa
Model Sum of Squares df Mean Square F Sig.
1
Regression 55,079 1 55,079 42,162 ,000b
Residual 749,850 574 1,306
Total 804,928 575
a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH) b. Predictors: (Constant), EMENDAS
Coefficientsa Model Unstandardized Coefficients Standardized Coefficients t Sig. Correlations Collinearity Statistics B Std. Error Beta Zero-‐
order Partial Part Tolerance VIF
1 (Constant) 3,441 ,056
61,054 ,000
EMENDAS -‐,337 ,052 -‐,262 -‐6,493 ,000 -‐,262 -‐,262 -‐,262 1,000 1,000
a. Dependent Variable: ÍNDICE (FH)
Hipóteses para o teste F: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste F: F(1, 574)=42,162, p<0,001
Rejeitar H0: Há uma relação linear entre as Emendas Constitucionais e o Índice da Democracia.
(O modelo é adequado).
Hipóteses para o teste t: Para a constante: 𝐻!: 𝛽!= 0 𝐻!: 𝛽!≠ 0
Para o declive da recta: 𝐻!: 𝛽!= 0
Decisão para o teste t: Para a constante: t=61,054, p<0,001 Para o declive da recta: t=-‐6,493, p<0,001
Rejeitar H0: Tanto a constante como o declive da recta não são nulos.
4) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES: VI: Alterações Constitucionais
VD: Direitos Políticos (Freedom House)
Model Summaryb
Model R R Square Adjusted R Square Std. Error of the
Estimate
1 ,256a ,066 ,064 1,469
a. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS b. Dependent Variable: POLITICAL RIGHTS (FH)
ANOVAa
Model Sum of Squares df Mean Square F Sig.
1
Regression 87,042 1 87,042 40,334 ,000b
Residual 1238,706 574 2,158
Total 1325,748 575
a. Dependent Variable: POLITICAL RIGHTS (FH)
b. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Coefficientsa Model Unstandardized Coefficients Standardized Coefficients t Sig. Correlations Collinearity Statistics B Std. Error Beta Zero-‐ order Partia
l Part Tolerance VIF
1
(Constant) 3,468 ,081 42,572 ,000
ALTERAÇÕES
CONSTITUCIONAIS -‐,343 ,054 -‐,256 -‐6,351 ,000 -‐,256 -‐,256 -‐,256 1,000 1,000 a. Dependent Variable: POLITICAL RIGHTS (FH)
Hipóteses para o teste F: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste F: F(1, 574)=40,334, p<0,001
Rejeitar H0: Há uma relação linear entre as Alterações Constitucionais e os Direitos Políticos. (O
modelo é adequado).
Hipóteses para o teste t: Para a constante: 𝐻!: 𝛽!= 0 𝐻!: 𝛽!≠ 0
Para o declive da recta: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste t: Para a constante: t=42,572, p<0,001 Para o declive da recta: t=-‐6,351, p<0,001
Rejeitar H0: Tanto a constante como o declive da recta não são nulos.
5) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES: VI: Alterações Constitucionais
VD: Liberdades Civis (Freedom House)
Model Summaryb
Model R R Square Adjusted R Square Std. Error of the
Estimate
1 ,167a ,028 ,026 1,078
a. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS b. Dependent Variable: CIVIL LIBERTIES (FH)
ANOVAa
Model Sum of Squares df Mean Square F Sig.
1
Regression 19,171 1 19,171 16,495 ,000b
Residual 667,119 574 1,162
Total 686,290 575
a. Dependent Variable: CIVIL LIBERTIES (FH)
b. Predictors: (Constant), ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Coefficientsa Model Unstandardized Coefficients Standardized Coefficients t Sig. Correlations Collinearity Statistics B Std. Error Beta Zero-‐
order Partial Part Tolerance VIF
1 (Constant) 3,485 ,060 58,291 ,000 ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAI S -‐,161 ,040 -‐,167 -‐4,061 ,000 -‐,167 -‐,167 -‐,167 1,000 1,000
a. Dependent Variable: CIVIL LIBERTIES (FH)
Hipóteses para o teste F: 𝐻!: 𝛽!= 0
𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste F: F(1, 574)=16,495, p<0,001
Rejeitar H0: Há uma relação linear entre as Alterações Constitucionais e os Direitos Políticos. (O
modelo é adequado).
Hipóteses para o teste t: Para a constante: 𝐻!: 𝛽!= 0 𝐻!: 𝛽!≠ 0
𝐻!: 𝛽!= 0 𝐻!: 𝛽!≠ 0
Decisão para o teste t: Para a constante: t=58,291, p<0,001 Para o declive da recta: t=-‐4,061, p<0,001
Rejeitar H0: Tanto a constante como o declive da recta não são nulos.