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MARGARETH SILVA PINHEIRO

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MARGARETH SILVA PINHEIRO

PREVALÊNCIA DE BABESIA ATRAVÉS DA TÉCNICA DO

ESFREGAÇO SANGUÍNEO E AVALIAÇÃO

ERITROCITÁRIA DE CÃES SUSPEITOS, ATENDIDOS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

RURAL DA AMAZÔNIA.

BELÉM - PA

2009

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MARGARETH SILVA PINHEIRO

PREVALÊNCIA DE BABESIA ATRAVÉS DA TÉCNICA DO

ESFREGAÇO SANGUÍNEO E AVALIAÇÃO

ERITROCITÁRIA DE CÃES SUSPEITOS, ATENDIDOS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

RURAL DA AMAZÔNIA.

Monografia apresentada à Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais.

Orientador: Msc. Djacy Barbosa Ribeiro (UFRA)

BELÉM - PA

2009

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MARGARETH SILVA PINHEIRO

PREVALÊNCIA DE BABESIA ATRAVÉS DA TÉCNICA DO

ESFREGAÇO SANGUÍNEO E AVALIAÇÃO

ERITROCITÁRIA DE CÃES SUSPEITOS, ATENDIDOS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

RURAL DA AMAZÔNIA.

Monografia apresentada ao Departamento de Medicina Veterinária, para a obtenção do título de especialista em Clínica Médica e Cirurgia Veterinária de Pequenos Animais.

APROVADA EM: _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Prof. Drª Silvia M. M. Ahid (UFERSA)

_________________________________________________ Msc. Paulo Henrique Sá Maia (ANCLIVEPA)

_________________________________________________ Med. Vet. Maria das Dores Paiva Ribeiro (ANCLIVEPA)

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RESUMO

Com a crescente incidência no Brasil, tendo em vista a dificuldade de controle do parasita transmissor, este estudo objetiva avaliar a prevalência da babesiose canina e analisar a eficiência da técnica do esfregaço sanguíneo no diagnóstico da babesia na rotina da clínica veterinária. O estudo foi baseado nos registros do Laboratório de Parasitologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal da Amazônia. Dos 145 animais selecionados houve uma baixa prevalência de resultados positivo para babesia, num percentual de 9,6%. Na contagem de hemácias foi observada a alta prevalência de cães com anemias, perfazendo um total de 71% dos animais. O presente estudo conclui que a análise direta de esfregaço sanguíneo para diagnóstico de babesia, apesar de altamente específico, prático e de fácil execução pelo clínico, não é eficiente, pois a baixa prevalência em animais clinicamente suspeitos depende da parasitemia.

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ABSTRACT

With to growing incidence in Brazil, tends in view the difficulty of control of the parasite transmitter, this study aims at to evaluate the prevalence of the canine babesiosis and to analyze the efficiency of the technique of the sanguine smear in the diagnosis of the babesia in the routine of the veterinary clinic. The study was based on the registrations of the Laboratory of Parasitology of the Veterinary Hospital of the Federal University of the Amazonian. Of the 145 selected animals there was a low prevalence of results positive for babesia, in a percentile of 9,6%. In the erythrocytes counting the high prevalence of dogs was observed with anemias, in a total of 71% of the animals. The present study concludes that the direct analysis of sanguine smear for babesia diagnosis, in spite of highly specifies, practical and of easy execution for the doctor, it is not efficient, because the low prevalence in animals clinically suspects depend on I work as a trainee him of the disease.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 6 2 OBJETIVOS ... 7 2.1 OBJETIVO GERAL ... 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 7 3 REVISÃO DE LITERATURA ... 8 3.1 HISTÓRICO ... 8 3.2 ETIOLOGIA ... 8 3.3 TRANSMISSÃO ... 9 3.4 SINTOMATOLOGIA ... 9 3.5 DIAGNOSTICO ... 10 3.6 TRATAMENTO ... 11 4 MATERIAIS E MÉTODOS... 12 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 14 5.1 HEMÁCIAS ... 15 5.2 HEMOGLOBINA ... 15 5.3 PLAQUETAS ... 15 5.4 HEMATÓCRITO ... 16 6 CONCLUSÃO ... 17 REFERÊNCIAS ... 18

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1 INTRODUÇÃO

Devido a crescente incidência no Brasil, tendo em vista a dificuldade de controle do parasita transmissor, este estudo objetiva avaliar a prevalência da babesiose canina, assim como seu perfil eritrocitário em cães clinicamente suspeitos, atendidos no serviço médico veterinário da Universidade Federal da Amazônia, no período de fevereiro de 2007 a março de 2009.

Os agentes etiológicos da babesiose canina são Babesia gibsoni e Babesia canis, a qual ocorre mundialmente com alta prevalência nas regiões tropicais e subtropicais (TABOADA et al., 1992).

A babesiose é uma doença causada por parasitos hematozoários do gênero babesia. São piroplasmas eritrocitários intracelulares, hospedeiros específicos, veiculados pela picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus, que é o principal vetor entre os cães (ETINGUER, 1997).

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Avaliar os eritrócitos dos animais suspeitos e positivos para babesiose.

2.2 ESPECÍFICOS

Analisar a eficiência da técnica do esfregaço sanguíneo, para o diagnóstico de babesia na rotina da clínica veterinária;

Buscar um diagnóstico mais viável e seguro para o clínico veterinário e assim facilitar o controle da doença;

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 HISTÓRICO

Citada pela primeira vez na Itália por Piana & Galli-Valerio em 1895, a Babesia canis teve seus sintomas associados ao parasito e incluíam febre e icterícia. A partir daí, foi observada pelas regiões da Europa, África, Ásia, Índia, América do Norte e América do sul (MARTINOD, 1986; UILENBERG, 1989).

No Brasil, ela só foi detectada por Pestana em 1910, em São Paulo, Bordaux (1993) que por sua semelhança a denominou-a Piroplasma vitalli. Pestana fez seus estudos observando em sua grande maioria animais novos.

Wenyon (1926) levantou a possibilidade de que as formas esquizogônicas observadas anteriormente fosse o resultado de infecções intercorrentes com Toxoplasma gondii.

3.2 ETIOLOGIA

A babesia é uma moléstia de significado mundial, causada por parasitos hematozoários veiculados por carrapatos. Babesias são piroplasmas heritrocitários intracelulares que geralmente são específicos para o hospedeiro e transmitido por carrapatos ixodideos (ETTINGER, 1997). Hoje ela é encontrada nas regiões tropicais e subtropicais, como na África, Ásia, Austrália e nas Américas (TABOADA et al., 1992).

São conhecidas três subespécies de B. canis (CARRET et al., 1999): B. canis canis transmitida pelo Dermacentor reticulatus na Europa, B. canis vogeli, transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus em regiões tropicais e subtropicais e B. canis rossi transmitida pelo Haemophysalis leachi na áfrica do Sul (TOBOADA; MERCHANT, 1991). Sob a classificação de B. gibsoni provavelmente se encontram especiais diferentes, porque existe uma diversidade genética muito grande entre os isolados da Ásia, Europa e Estados Unidos (KIJMENTRUP et al., 2000).

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A B. gibsoni é mais encontrada na Ásia e com menor freqüência na América do Norte e oeste africano, conforme Lobetti (1998); e no sul da Europa, segundo Vidotto & Trapp et al., (2004) e Sul do Brasil (BRACCINI et al., 1992).

Apesar da similaridade morfológica entre as Babésia canis canis e B. canis vogeli, relatos sugerem que as duas são de moderada a baixa patogenicidade, com infecções inaparentes enquanto que a babesia canis rossi possui alta patogenicidade, que induz a doença fulminante com aumento da parasitemia (SCHESTTERS et al., 1994).

3.3 TRANSMISSÃO

A transmissão se de pela picada do carrapato que ingere a Babesia no animal contaminado. Os parasitas ingeridos multiplicam-se na parede do intestino, disseminam-se, chegam às glândulas salivares e são inoculados em outro vertebrado completando o ciclo biológico. Estes passam para dentro da circulação sangüínea e penetram nos eritrócitos dos hospedeiros, onde sofrem divisão binária e saem para o plasma onde invadirem novas células (URQUHART et al., 1996).

Cronologicamente, na evolução do ciclo do hospedeiro, o estágio em que o para sita é inoculado pelo vetor é denominado de esporozoito. Após atingir as hemácias e ser englobado pó endocitose, ocorre a mudança para trofozoito sendo p primeiro estágio de desenvolvimento intraeritrocitário (CHAVEROT, 1987; TABOADA & MERCHANT, 1991).

Os trofozoitos fazem divisão binária, passando a merazoítos, constituindo assim a forma invasiva para os glóbulos vermelhos (CHAVEROT, 1997).

No vetor a transmissão também pode se transestadial, quando a infecção persiste e o carrapato se alimenta em hospedeiros diferentes e a trans ovariana através do ovo de uma geração de carrapatos a geração seguinte (URQUHART et al., 1996).

3.4 SINTOMATOLOGIA

As manifestações clínicas podem ser agudas ou crônicas, sendo que a aguda é caracterizada por anorexia, apatia, fraqueza, depressão, esplenomegalia, diarréia pneumonia e

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febre de 41 a 42ºC, hemoglobinúria, hemoglobinemia, anemia grave (com menos de 2 milhões de hamáceas pó mm³. A forma crônica, caracteriza-se por febre intermitente, emaciação, apetite variável, fraqueza letargia, leve anemia, icterícia branda, esplenomegalia linfadenopatia (KAGIWARA & CLARK, 1987, apud MILKE et al., 2004).

Do oitavo ao décimo quinto dia após a infecção, os animais apresentam intensa parasitemia e a destruição dos eritrócitos é responsável pela anemia hemolitica. A hemoglobina liberada é transformada em pigmento biliar e o excedente é depositado nos tecidos, resultando a icterícia. O excesso de hemoglobina é eliminado pela urina, causando a hemoglobinúria (SMITH, 1994).

3.5 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico presuntivo pode basear-se nos achados da anamnese, exame físico, nos resultados de testes e confirmados em sorologia positiva (SMITH, 1994).

O esfregaço sanguíneo, porém segundo (HAGIWARA; YAMAGA, 1987, apud MILK et al., 2004), tem mostrado insuficiência para diagnosticar tal doença, em cursos crônicos e infecções subclínicas devido a intermitência da parasitemia.

A análise do sangue capilar em esfregaços sangüíneos finos, pode detectar a presença da Babesia sp nos eritrócitos, normalmente em virtude da diminuição de sua deformidade e conseqüente acúmulo em vasos de menor calibre. A análise citológica do esfregaço sangüíneo permite a diferenciação morfológica entre B. canis e B. gibsoni, da mesma forma para B. bovis e B. bigemina. Tal diferenciação é necessária porque há reação sorológica cruzada entre as duas espécies (BRANDÃO; HAGIWARA, 2002).

O emprego de técnicas de biologia molecular, como a PCR, tem sido de grande auxílio na identificação. Muitos animais são soro positivos, mas clinicamente normais, de modo que a sorologia isoladamente não pode ser usada para fazer um diagnóstico definitivo, testes qualitativos ou semiqualitativos, como os do tipo ELISA, devem ser avaliados com cautela em conjunto com os sintomas clínicos e outros dados laboratoriais relevantes, como a contagem de plaquetas. O Imunoensaio com marcação enzimática (IEE), também vem despertando esperança como instrumento diagnóstico de rotina, pois mostrou bastante sensibilidade (SMITH, 1994).

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3.6 TRATAMENTO

Aceturato de diminazeno, na dose de 3,5 mg/kg administrada uma única vez por via intramuscular, é o fármaco mais comumente utilizado no tratamento da babesiose canina (VIDOTTO et al., 2004).

Os tratamentos para pequenos animais, são: o dipropionato de imidocarb (Imizolâ) na base de 1 a 3 mg/kg, o aceturato de diminazeno (Ganasegâ) na base de 3 a 5mg/kg, disetionato de fenamidina na base de 8 a 13 mg/kg e o diisetionato de amicarbalida,usado concomitante com atropina para evitar os efeitos maléficos do Imizolâ, além do uso da doxiciclina pois a babesiose pode estar relacionada com a erlichiose (BRANDÃO; HAGIWARA, 2002).

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi baseado nos registros do Laboratório de Parasitologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal da Amazônia, relativos a casos clínicos de caninos suspeitos de hemoparasitoses, no período de fevereiro de 2007 a março de 2009.

Durante este período, um total de 145 amostras de sangue de cães foi examinado. A coleta se deu através da punção da veia cefálica, utilizando-se seringas e agulhas estéreis, sendo material armazenado em recipiente com anticoagulante EDTA (etileno diaminotetracetato) e imediatamente homogeneizado.

Foi processada a contagem de hemáceas, hemoglobina e hematócrito no aparelho contador de células CC/550 (CELM).

A contagem de plaquetas e pesquisa de babeseia foi processada através de leitura em microscopia ótica de esfregaço sanguíneo corados pelo panótico (New Prov®) em lâmina de vidro.

Este método de diagnóstico tem sido recomendado por Bichard & Sherding (1998), Brandão & Hagiwara (2002), Moreira et al. (2003), Soares et al. (2006) e Trapp et al. (2006).

O agente foi visualizado diretamente nos eritrócitos. Foram utilizados cães de 24 raças sendo a prevalência de 41,3% de cães sem raça definida com idade de 2 meses há 10 anos. Os animais eram de convívio domiciliar com sintomatologia sugestiva de babesiose.

As alterações clínicas observadas nos animais atendidos foram compatíveis com as alterações descritas por alguns autores, segundo Birchard & Sherding (1998) como: aumento de temperatura corporal, falta de apetite, perda de peso, vômitos, diarréia, sangramento nasal, sangramento oral e dermatites, sintomas neurológicos, aumento de volume abdominal, contato e/ou infestações por carrapatos que sugeriam a presença de babesia.

O diagnóstico da babesiose canina baseou-se na identificação dos parasitas no interior dos eritrócitos, através da técnica do esfregaço sanguíneo (SÁ et al., 2007). Outros métodos, mais sensíveis estão sendo cada vez mais utilizados no diagnóstico de tal enfermidade, como a prova da imunofluorescência indireta e ELISA ou pela Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) (MACINTIRE, 2000; DELL’PORTO et al., 1993).

A técnica de avaliação do esfregaço sanguíneo é altamente específica, porém, apresenta baixa sensibilidade, pois a parasitemia é variável, dificultando a visualização de eritrócitos circulantes parasitados (VERCAMMEN et al., 1995). A não detecção do parasita em esfregaço sanguíneo não implica na ausência de infecção.

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Figura 1 – Fotomicrografia de esfregaço sangüíneo de cão mostrando a presença de 2 e 4 merozoítos de Babesia canis intraeritrocitários (Coloração de Giemsa; aumento 840 X).

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 145 animais selecionados houve uma baixa prevalência de resultados laboratoriais com diagnóstico positivo para babesia, num percentual de 9,6%. Resultados semelhantes ao encontrado por Del’Porto et al. (1993) em 106 cães examinados na cidade de São Paulo, através da IFI (imunofloscencia indireta), 42,4% foram soropositivos para B. canis, enquanto que somente 10,3% apresentaram parasitemia detectável no esfregaço. Salgado (2006) relata prevalência de 10,78% para babesiose em 92 cães oriundos do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande.

Milke et al. (2004), obteve 2,72% de positividade no esfregaço sanguíneo, contra 51,74% no exame de RIFI. Bergman et al. (2007) observou um baixa prevalência de babesia em seu estudo 2,9% num total de 68 amostras.

Miranda et al. (2008), em Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro, realizaram um estudo no qual somente 1,47% dos 2.031 cães analisados estavam parasitados por Babesia sp. e ainda complementam que a infecção com demonstrada parasitemia ocorre mais na fase aguda da enfermidade, acometendo mais intensamente os animais jovens.

Dos 7.243 (SÁ et al., 2007) registros analisados, 33,95% (2.459/7.243) dos cães apresentavam resultado positivo quanto à presença de Babesia spp. pela técnica de esfregaço. De acordo com os critérios adotados, Sá (apud PASSOS et al., 2005), as elevadas taxas de infecção por Babesia spp. nas áreas urbanas de regiões tropicais se deve às condições ambientais presentes no desenvolvimento e manutenção do vetor. O autor ressalta ainda que o número de casos de infecção canina por Babesia spp. deve ser maior, tendo em vista que a técnica de esfregaço sangüíneo é mais adequada apenas ao diagnóstico na fase aguda da infecção, apresentando falsos negativos em fases de baixa parasitemia.

Rodrigues et al. (2008), examinou 250 laudos de hemograma com uma prevalência de 4,8% de Babesia sp. Bastos et al. (2002), avaliou 194 fichas suspeitas hemoparasitose no Hospital Veterinário da UFMG apresentando 42% de animais positivos, através do exame de esfregaço sanguíneo.

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5.1 HEMÁCIAS

Na contagem de hemácias foi observada alta prevalência de cães com anemias, perfazendo um total de 71%, sendo que destes, 12,4% apresentaram hemácias inferiores a 2.900.000.

Dentre os animais positivos para babesia, 84,6 % apresentaram anemia do tipo normócítica, sendo destes, 30,7% com valores inferiores a 2.900.000 e 38,4% valores entre 3.000.000 a 5.400.000, apenas 15,3% dos animais positivos apresentaram valores fisiológicos normais acima de 5.500.000. Laposy et al. (2004), teve anemia como principal alteração hematológica com 80,77% dos animais com babesia.

Corrêa et al. (2008), estudando cães errantes na cidade de Pelotas RS, encontrou um percentual de 27% de cães com anemias em virtude de hemoparasitose. Bastos et al. (2002), também obteve anemia com uma das alterações mais freqüentes com 64,3%.

5.2 HEMOGLOBINA

Somente 37,95% a dos animais avaliados apresentaram hemoglobina abaixo dos valores fisiológicos, já os positivos para babesia 61,54% apresentaram hemoglobina abaixo destes valores. Em 500 animais analizados e positivo para babesiose a hipocromia estava entre as pricipais alterações hematológicas (GUIMARÃES et al., 2004), observação similar feta por (BRANDÃO et al., 2002). Em 45,66% de 104 cães positivos para babesia também apresentaram hipocromia (LAPOSY et al., 2004).

5.3 PLAQUETAS

Dos animais avaliados 13,7% apresentaram plaquetas inferiores a 100.000, já entre os positivos, 46,1% apresentaram plaquetas inferiores a este valor. A trombocitopenia não tem uma causa completamente esclarecida, mas acredita-se que a destruição mediada por anticorpos e o consumo acelerado em decorrência de uma reticulite endotelial ou do seqüestro

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esplênico sejam os mecanismos mais prováveis (BRANDÃO; HAGYWARA, 2002). Trombocitopenia também foi observado em animais com babesiose por (GUIMARÃES et al., 2004).

Em 100% de cães inoculados experimentalmente por babesia canis, que evoluíram para óbito, bem como os que sobreviveram a infecção, apresentaram trombocitopenia a partir da fase de parasitemia, sendo o número de plaquetas inferior a 100.000 após o 4° dia da inoculaçã (KAGYWARA; YAMAGA, 1987).

5.4 HEMATÓCRITO

10% dos animais apresentaram hematócrito inferior aos valores fisiológicos 37%, sendo que 69,2% dos positivos apresentaram hematocrito acima destes valores (BICALHO et al., 2002), avaliando cães inoculados experimentalmente por babesia, obteve uma queda nos valores fisiológicos de volume globular após o pico de parasitemia, não sendo observado valores inferiores a 13%. Bastos et al. (2002), observou uma queda significativa em 19% dos animas positivo de babesiose com valores de hematócrito (<15%).

Os achados laboratoriais cursam com anemia hemolítica regenerativa com decréscimo severo do volume globular, trombocitopenia (ETTINGER; FELDMAN, 2004).

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6 CONCLUSÃO

O presente estudo conclui que a análise direta de esfregaço sanguíneo para diagnóstico de babesia, apesar de prático e de fácil execução pelo clínico, não é eficiente, pois a baixa prevalência em animais clinicamente suspeitos e que apresentaram positividade no exame foram muito distantes, já que parte desses animais responderam de maneira eficiente ao tratamento, mesmo quando negativo ao exame de esfregaço sanguíneo, nos mostra a baixa confiabilidade da técnica como um método de diagnóstico definitivo. Deve-se levar em consideração o bom exame clínico, o grau de parasitemia juntamente com outras técnicas para um definitivo diagnóstico, já que o teste usado rotineiramente apresenta limitação.

Com relação aos eritrócitos, os animais positivos apresentaram um percentual muito grande de anemia: mais de 80% e com baixa contagem de plaquetas.

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