Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014 Londrina – PR. 1
DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO
ANAIS DO CONGRESSO 35 ANOS DO
CURSO DE FISIOTERAPIA:
25 e 26 de setembro de 2014
Londrina - PR
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O Evento:
O Congresso em comemoração à fundação do curso de Fisioterapia
da UEL teve a sua primeira edição em 1994, quando o curso
completou 15 anos, e tornou-se uma tradição no Departamento de
Fisioterapia. Desde a sua primeira edição, o evento repete-se a cada
cinco anos e vêm sendo um sucesso desde então.
Em 2014, o curso completa seus 35 anos de existência e temos
vários motivos para comemorar. Por isso, a celebração dessa data
concretizou-se por meio do evento cientifico “Congresso de
Fisioterapia/UEL 35 Anos: da Graduação à Pós-Graduação” realizado
nos dias 25 e 26 de setembro do corrente ano no anfiteatro do Hotel
Blue Tree em Londrina.
Objetivo do evento:
Proporcionar a troca de experiências entre os profissionais egressos
da UEL, estudantes e docentes da área, tendo como base a evolução
da graduação à pós-graduação oferecida pelo Curso de Fisioterapia
da UEL nesses 35 anos de existência.
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Realização:
Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde,
Universidade Estadual de Londrina.
Comissão organizadora:
Profa. Dra. Laryssa Milenkovich Bellinetti (Presidente do Evento)
Prof. Ms. Roger Burgo de Souza
Profa. Dra. Celita Salmaso Trelha
Profa. Dra. Dirce Shizuko Fujisawa
Profa. Dra. Nidia Aparecida Hernandes
Profa. Dra. Shirley Aparecida Fabris de Souza
Profa. Dra. Sonia Maria Fabris Luiz
Profa. Ms. Maria Aparecida do Carmo Assad
Cássio Noboro Fuginami
Daiene Cristina Ferreira
Dirce Shizuko Fujisawa
Drielly Soares Freitas
Glasiele Cristina Alcala
Jessica Tamayose Lanote
José Roberto Ribeiro Lopes
Laiza Francine Nascimento (Representante do CAFIT)
Larissa Nascimento Soares
Luana Porphirio
Marcelle Brandão Terra
Monica Yosino Leão Carvalho
Thaís Rebeca Paes
Vinícius Aparecido Yoshio Ossada
Comissão científica:
Profa. Dra. Nidia A. Hernandes
Profa. Dra. Sônia Maria Fabris Luiz
Thaís Rebeca Paes
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4 Será que a sensação de esforço percebido durante a realização de dois tipos de exercícios
físico é diferente em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?
SARGGIN, Danielli¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; RODRIGUES, Antenor¹; VOLPE, Renata Pasquarelli1; SIANI, Larissa Alves1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) relatam maior
sensação de dispneia durante o exercício aeróbico do que no exercício de fortalecimento muscular na semana inicial de um programa de treinamento físico (TF). Porém, ainda não está claro se a sensação de fadiga no exercício de fortalecimento muscular é maior do que no exercício aeróbico. Objetivos: Quantificar a sensação de fadiga e dispneia durante dois tipos de exercício (fortalecimento muscular de quadríceps e exercício aeróbico em cicloergômetro de membros inferiores) em pacientes com DPOC; e avaliar se a piora na sensação de fadiga é mais acentuada no fortalecimento muscular do que no exercício aeróbico. Métodos: 22 pacientes com DPOC foram avaliados quanto a função pulmonar (espirometria), capacidade funcional de exercício (TC6) e força muscular periférica de quadríceps femoral (1RM). Os pacientes foram avaliados em sua primeira sessão de TF de alta intensidade quanto aos sintomas de dispneia e fadiga muscular pela escala de Borg modificada, antes e depois da realização dos dois tipos de exercício. Resultados: Tanto o exercício de fortalecimento muscular quanto o aeróbico induziram aumento na sensação de dispneia e fadiga. Em relação à dispneia, houve uma piora mais acentuada na sensação de dispneia após o exercício aeróbico comparado ao exercício de fortalecimento muscular; porém, não houve diferença na piora na sensação de fadiga muscular após os dois tipos de exercício. O grau de piora na sensação de dispneia e de fadiga muscular foram semelhantes nos dois tipos de exercícios, aeróbico e fortalecimento muscular, respectivamente. (∆dispneia =2[1-3] vs ∆fadiga =2[1-3]; e ∆dispneia =1[0-2] vs ∆fadiga =2[0-3], p>0,05) Conclusões: Pacientes com DPOC apresentam maior sensação de dispneia após o exercício aeróbico comparado ao exercício de força muscular; porém, o mesmo não acontece com a sensação de fadiga, sendo esta semelhante após ambos os tipos de exercício.
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5 Fórmulas de predição para o teste de caminhada de seis minutos: qual a mais responsiva
em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?
MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna Waldrich1;
PITTA, Fabio de Oliveira1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: O Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) é comumente utilizado para
avaliar a capacidade funcional de exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Para estabelecer valores de referência e parâmetros para uma melhor interpretação do resultado do teste, foram criadas fórmulas de predição para a distância a ser caminhada. Apesar do grande número de fórmulas disponíveis, ainda não há estudo comparando a responsividade entre as fórmulas mais utilizadas em pacientes brasileiros com DPOC. Objetivo: Analisar a responsividade de seis fórmulas de predição do TC6 em pacientes com DPOC submetidos a um programa de treinamento físico de alta intensidade.
Materiais e métodos: Quarenta e cinco pacientes com DPOC (24H; 66±7 anos, IMC27[21;32] kg.m-2; VEF1: 44±18% do predito) foram submetidos a um treinamento físico de endurance e
força de alta intensidade (3x/semana por 12 semanas). Antes e após a intervenção os pacientes realizaram o TC6. Foram analisadas as fórmulas de predição brasileiras e outras duas comumente utilizadas no Brasil: Iwama (2009); Britto1 (2013); Britto2 (2013); Soares&Pereira (2011); Troosters (1999); Enright&Sherrill (1998). Para análise estatística, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade de distribuição dos dados e os dados foram descritos como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. O teste t pareado foi utilizado para analisar diferenças após a intervenção e a responsividade foi avaliada por meio do cálculo do effect size (ES). O nível de significância estabelecido foi de p<0,05. Resultados: Após treinamento físico detectou-se uma mudança significativa na distância percorrida no TC6 (446±77m vs 495±85m, p<0,0001). Todas as fórmulas avaliadas apresentaram moderada responsividade (ES>0,5): Troosters (ES=0,74); Enright&Sherrill (ES=0,74); Iwama (ES=0,67); Britto1 (ES=0,66); Britto2 (ES=0,60); Soares&Pereira (ES=0,72)
conclusão: As fórmulas avaliadas mostraram-se semelhantes quanto à capacidade de
detectar as diferenças na distância percorrida no TC6 após o programa de treinamento físico.
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6 Recuperação cardiovascular e sintomatológica durante 30 minutos de intervalo entre dois testes de caminhada de 6 minutos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
FONSECA, Jéssica Fernanda do Nascimento1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna
Waldrich1; BRITTO; Igor Lopes de1; CASTRO, Larissa Araújo de2; FELCAR, Josiane Marques2;
NOBREGA, Gabriela de Andrade e1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fábio de Oliveira1;
PROBST, Vanessa Suziane1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
Introdução: Dois testes da caminhada de 6 minutos (TC6min) são necessários para a
avaliação da capacidade funcional de exercício em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Apesar da American Thoracic Society (ATS) preconizar um intervalo de uma hora entre dois testes, ainda não se sabe se um período mais curto poderia ser utilizado para normalização das variáveis fisiológicas. Objetivo: Verificar se o intervalo de trinta minutos de repouso entre dois TC6min é suficiente para que as variáveis cardiovasculares e sintomatológicas retornem aos valores basais. Métodos: Duzentos pacientes com DPOC (121H, 66±8 anos; VEF
1: 44[32-56]%previsto) realizaram dois TC6min
com intervalo de trinta minutos entre eles. Foram mensuradas antes e após os testes a pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e grau
de dispneia e fadiga. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk e a comparação das variáveis pelo teste t pareado ou teste de Wilcoxon. Significância estatística de p<0,05. Resultados: Os pacientes caminharam maior distância no segundo teste (TC6min1 450 [390-500]m vs TC6min2 470 [403-515]m; p<0,0001). A FC inicial foi maior antes do segundo TC6min (FC inicial TC6min1: 83 [73-91]bpm vs TC6min2: 83 [75-93]bpm; p=0,001). Dispneia e fadiga foram menores antes do segundo teste (Borg dispneia inicial TC6min1: 0,5 [0-2] vs TC6min2: 0 [0-2]; p=0,0006 e Borg fadiga inicial TC6min1: 0 [0-2] vs TC6min2: 0 [0-2]; p=0,007). Não houve diferenças quanto à PA e SpO2. Conclusões: Embora
haja significância estatística para recuperação da FC, essa diferença não parece ser clinicamente relevante. Portanto, trinta minutos de repouso entre dois TC6min são suficientes para recuperação sintomatológica e cardiovascular em pacientes com DPOC.
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7 Atividade física na vida diária e sua relação sobre a capacidade máxima de exercício em
jovens adultos
BREGANÓ, Gilmar1; PROENÇA, Mahara1; BISCA, Gianna1; MORITA, Andrea1; PITTA, Fabio1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: Em idosos, a relação entre a capacidade máxima de exercício e o nível de
atividade física na vida diária (AFVD) já foi descrita na literatura científica; entretanto, não está claro se essa relação também ocorre em jovens. Objetivo: Investigar a relação entre atividade física na vida diária e capacidade máxima de exercício em jovens adultos.
Métodos: Foram incluídos cento e noventa estudantes universitários (117 mulheres; 20 [18–
23] anos; IMC 22 [20–24] Kg/m2) de diferentes cursos de graduação da Universidade
Estadual de Londrina, Paraná. Estes indivíduos responderam a uma entrevista para obtenção de dados pessoais, e em seguida foram avaliados quanto à sua capacidade máxima de exercício (Shuttle Run Test – SRT). Adicionalmente, cada indivíduo permaneceu durante sete dias com um pedômetro para determinação do nível basal de AFVD (número de passos/dia). Para análise estatística foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para normalidade na distribuição dos dados, e a depender da normalidade foram utilizados os coeficientes de Pearson ou Spearman para análise das correlações. Resultados: De forma geral, os estudantes mostraram-se fisicamente ativos (8750 [6894-10658] passos/dia), (mediana [intervalo interquartílico25%-75%)], e com adequada capacidade máxima de exercício (VO2máx 94
[86-106]%predito). Houve correlação positiva do número de passos/dia com a distância percorrida (r=0,50; p<0,0001) e o VO2 máx. (r=0,48; p<0,0001) atingidos no SRT. Conclusão:
Existe correlação moderada entre capacidade máxima de exercício e nível de atividade física na vida diária em jovens adultos.
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8 Qual teste de exercício é mais responsivo após treinamento físico de 3 e 6 meses em
pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?
BAGGIO, Ana Beatriz1; MACHADO, Felipe1; NASCIMENTO, Laiza Francine1; NOBREGA,
Gabriela de Andrade1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna Waldrich1; PITTA, Fabio1;
HERNANDES, Nidia Aparecida1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam
limitação na capacidade de exercício, que pode ser avaliada por meio de testes de campo como: teste de caminhada de seis minutos (TC6min), incremental shuttle walking test(ISWT) e o teste de endurance com carga constante em cicloergômetro (TEC).Uma melhora na capacidade de exercício é verificada após treinamento físico nessa população, no entanto, ainda não se tem conhecimento sobre a responsividade desses testes após intervenção.
Objetivo: Verificar a responsividade dos testes de exercício após três e seis meses de
treinamento físico de alta intensidade, em pacientes com DPOC. Métodos: Treze pacientes com DPOC (4H, 63[59-74] anos, IMC 25[19-31]kg.m-2, %VEF
1 43±17%pred), realizaram as
avaliações de: função pulmonar (espirometria), capacidade funcional (TC6min) e máxima de exercício (ISWT) e resistência (TEC), antes e após três e seis meses de intervenção. Foram submetidos a um treinamento físico de endurance e força, três vezes na semana, com duração de seis meses. Para analisar a responsividade dos testes de exercício foi calculado o valor de effectsize (ES). Resultados: Detectou-se uma mudança significativa no TC6min aos 3 meses (419±83m vs 461±89m; p=0,0001) e 6 meses (419±83m vs483±78m; p˂0,0001). Não houve diferença significativa no ISWT(360±135m vs384±127m; p=0,32)e TEC (242[154-568]segvs 270[135-566]seg; p=0,34)aos 3 meses e 6 meses (360±135m vs 388±127m; p=0,23e242[154=568]segvs 287[137-567]seg; p=0,44, respectivamente). O TC6min foi o mais responsivo aos 3 meses (ES: TC6=0,51; ISWT=0,18; TEC=0,5) e 6 meses (ES: TC6=0,76; ISWT=0,21; TEC=0,48). Conclusão: Dos testes avaliados, o TC6min demonstrou ser mais responsivo após um programa de treinamento físico aos três meses e também aos seis meses.
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9 Será a força muscular de membros superiores um determinante para atingir a melhora
mínima importante no teste de caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC?
SANTIN, Laís Carolini1; NELLESSEN, Aline Gonçalves1; QUESSADA, Alana1; MARIN, Letícia
Casado1; OLLER, Thainá Longo1;SANT’ANNA, Thaís1,2; HERNANDES, Nidia A.1; PITTA, Fabio1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, PR.
Introdução: Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a força muscular
periférica (FMP) de membros superiores (MMSS) está associada ao desempenho no teste de caminhada de seis minutos (TC6). Porém, não se sabe se a melhora da FMP é uma determinante para atingir-se a melhora mínima importante (MMI) no TC6 após um programa de treinamento físico (TF). Objetivo: Verificar se a melhora da força muscular de membros superiores é determinante para atingir uma melhora mínima importante no TC6 após um programa de treinamento físico em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: 21 pacientes com DPOC (10 homens; 66±7 anos; VEF1 46±19 %predito) realizaram treinamento
físico de alta intensidade (3 vezes/semana durante 12 semanas). Foram avaliados quanto a função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (TC6) e força muscular de flexores e extensores de cotovelo (1 Repetição Máxima), antes e depois do programa de TF. A MMI do TC6 foi determinada como 25 metros (Holland et al., 2010). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. A associação das variáveis independentes (melhora da força muscular de flexores e extensores de cotovelo) com a variável dependente (MMI>25m no TC6) por meio do teste de Mc Nemar. Análise de regressão logística binária foi realizada para investigar se a melhora da força muscular de MMSS determinou aumento >25m na MMI no TC6 após programa de TF. Resultados: Houve associação entre a melhora da força muscular de flexores e extensores de cotovelo com a MMI>25m no TC6 após o programa de treinamento físico (p<0,01 e p<0,008, respectivamente). Entretanto, não foi determinante para atingir-se MMI>25m no TC6 (p=0,83 flexores e p=0,99 extensores de cotovelo).
Conclusão: Apesar da força muscular de MMSS estar relacionada ao desempenho no TC6,
sua melhora não foi determinante para atingir-se a MMI nesse teste em pacientes com DPOC.
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10 Relação entre a pressão inspiratória nasal e capacidade de exercício em pacientes com
DPOC
PANTAROTTO, Victória1; MOURE, Ana Cristina Schnitzler1: VALADÃO, Natália1; MARTINEZ,
Larissa1; ALCALA, Glasiele1; DONÁRIA, Leila1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1;
PROBST, Vanessa Suziane1,2*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil.
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) podem apresentar
diminuição da força muscular inspiratória e da capacidade de exercício. A força muscular inspiratória pode ser medida pela pressão inspiratória nasal (SNIP), porém ainda não é sabido se há diferença na capacidade de exercício e na força muscular inspiratória (SNIP) em indivíduos com DPOC. Objetivo: Comparar a capacidade de exercício e a força muscular inspiratória mensurada pela SNIP em pacientes com DPOC que apresentam ou não fraqueza muscular inspiratória (FMI), bem como verificar a relação entre essas variáveis. Métodos: Trinta pacientes com DPOC (17 homens; 66±8 anos; VEF1: 45±18% previsto) tiveram a SNIP
avaliada pela manuvacuometria digital, e pontos de corte (PCs) de 60 cmH2O e 70% do valor
previsto foram utilizados para classificá-los em dois grupos segundo a presença ou não de FMI. Foi realizado o Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), teste de caminhada de seis minutos (TC6min) e teste de endurance (TE) com carga constante em cicloergômetro.
Resultados: Pacientes com FMI definida de acordo com ambos PCs tiveram pior
desempenho no ISWT (metros e % do previsto) e na duração do TE (p<0,05 para todos). A SNIP em cmH2O correlacionou-se com a distância percorrida no ISWT (metros e % do
previsto) e duração do TE (r=0,61, r=0,69 e r=0,55; respectivamente), enquanto a SNIP em % do previsto correlacionou-se com a distância percorrida no ISWT (em % do previsto) e com o tempo do TE (r=0,70, r= 0,57; respectivamente). Conclusão: Pacientes com DPOC e FMI avaliada pela SNIP utilizando-se os PCs de 60 cmH2O e 70% do valor previsto apresentam
pior desempenho no ISWT e no TE com carga constante do que aqueles que não apresentam fraqueza. A força muscular inspiratória avaliada pela SNIP correlaciona-se com a capacidade de exercício em pacientes com DPOC.
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11 O quanto o tempo gasto andando e em diferentes posturas influencia o nível de atividade
física na vida diária em pacientes com DPOC?
KNOOR, Bárbara1; LOPES, José Roberto Ribeiro1; NANDI, Gabriela1; SANT’ANNA, Thaís1,2;
FURLANETTO, Karina Couto1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil.
Introdução: A inatividade física em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) leva ao descondicionamento físico e ao aumento da dispneia. O Physical Activity Level (PAL) é um índice utilizado para quantificar o nível de atividade física de um indivíduo e é um importante preditor de todas as causas de morte em pacientes com DPOC. Objetivo: Analisar a influência do tempo gasto em pé, sentado, deitado e andando, sobre o PAL em pacientes com DPOC. Métodos: O tempo gasto em pé, sentado, deitado, andando e o PAL foram avaliados em 34 pacientes com DPOC (20 H, 67±8 anos, IMC 26±6 Kg/m², VEF1 45±22%pred) por meio do acelerômetro Dynaport MiniMod (McRoberts, Holanda). O aparelho foi utilizado durante 7dias consecutivos, 24 horas por dia. A média dos 7 dias foi utilizada para análise. A correlação entre os dados foi analisada pelo coeficiente de Pearson. Análises de regressão linear univariada e multivariada foram utilizadas para verificar a influência das variáveis no PAL. Resultados: Dentre as variáveis estudadas, apenas o tempo gasto sentado não se correlacionou com o PAL. Sendo assim, as análises de regressão foram realizadas com as demais variáveis. Quanto à influência isolada do tempo gasto em pé, deitado e andando sobre o PAL, verificou-se R² = 0,28; 0,32 e 0,47, respectivamente. Porém, quando as três variáveis foram incluídas num modelo de regressão multivariada, apenas o tempo andando (r=0,56) e o tempo deitado (r=-0,35) permaneceram no modelo, com R² = 0,52. Conclusão: Juntos, o tempo gasto andando e o tempo gasto deitado explicaram 52% do PAL. Portanto, para se aumentar o nível de atividade física em pacientes com DPOC, baseando-se no PAL, é necessário não apenas aumentar o tempo gasto andando, mas também reduzir o tempo em sedentarismo.
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12 Qual é o perfil de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica que apresentam
melhor desempenho no incremental shuttle walking test após a realização de um programa de treinamento físico de alta intensidade?
NOBREGA, Gabriela de Andrade1; FONSECA, Jessica1; BISCA, Gianna Waldrich1;
MORITA, Andrea Akemi1; BRITO, Igor2; CARVALHO, Débora Rafaelli 2;
FELCAR, Josiane2; PROBST, Vanessa Suziane1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
2 - Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
Introdução: O incremental shuttle walking test (ISWT) é utilizado na avaliação da capacidade
máxima de exercício em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Entretanto, fatores associados à melhora no teste após treinamento físico não estão claros.
Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes que apresentam melhor desempenho no ISWT
após um programa de treinamento físico de alta intensidade. Métodos: Quarenta e dois pacientes foram separados em dois grupos: melhora (GM) no ISWT (9H/13M; 65±7 anos; VEF1 45±17%pred.) e não melhora (GNM) (12H/8M; 66±8 anos; VEF1 54±16%pred.). Aumento ≥20 metros na distância percorrida no ISWT após treinamento foi considerado melhora. Os pacientes realizaram as avaliações: espirometria, ISWT, teste da Caminhada de seis minutos (TC6min), bioimpedância, teste de uma repetição máxima, sensação de dispneia e estado funcional. O treinamento de alta intensidade foi realizado 3x/semana, por 12 semanas. A distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e comparações pelo teste t de student pareado ou Mann-Whitney, considerou-se p<0,05.
Resultados: Após o treinamento físico, houve melhora no ISWT (Pré: 380[305;585]m vs Pós:
425[345;600]m; p=0,03). Quando analisados separadamente, o GM apresentou pior desempenho no ISWT antes do treinamento (GM Pré: 350[265;452]m vs GNM Pré: 450[322;605]m, p<0,0001) e maior sensação de dispneia (GM Pré: 4[2,8-4] vs GNM Pré: 3[2-4], p=0,04). Em subanálise que considerou como melhora a minimal important difference (MID) do ISWT (47,5m; Singh et al., 2008), os 12 pacientes que atingiram esse critério também melhoraram mais no TC6min quando comparados a 12 pacientes que não atingiram o MID (ΔTC6min 55±9m vs 27±10m, respectivamente; p=0,04). Conclusões: Pacientes mais sintomáticos e com pior desempenho no ISWT inicial parecem ser os que mais melhoram nesse teste, após um programa de treinamento físico de alta intensidade. Além disso, os que atingem o MID do ISWT também melhoram mais sua capacidade funcional de exercício.
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13 Uso de oxigênio no treinamento físico em pacientes com DPOC: fatores determinantes
VOLPE, Renata¹; RODRIGUES, Antenor¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; IKEZAKI, Fábio Issamu1;
SANT’ANNA, Thaís1; HERNANDES, Nídia Aparecida¹; PITTA, Fabio¹*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: O treinamento físico (TF) é fundamental na reabilitação pulmonar em pacientes
com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Uma parcela desses pacientes apresenta dessaturação periférica de oxigênio durante o exercício, necessitando de oxigênio (O2)
suplementar. Objetivo:Analisar as diferenças entre pacientes com DPOC que necessitam ou não de oxigenoterapia durante o TF de alta intensidade; e identificar quais fatores influenciam sua necessidade. Métodos: Trinta e dois pacientes com DPOC foram avaliados quanto à função pulmonar (espirometria), força muscular respiratória (manovacuometria) e capacidade de exercício (Incremental Shuttle Walking Test [ISWT] e teste de caminhada de 6 minutos [TC6min]). Posteriormente, os pacientes foram incluídos em um programa de TF de alta intensidade (3 vezes/semana, 12 semanas), sendo separados em 2 grupos quanto à necessidade de oxigenoterapia (G_O2;n=10) ou não (G_nãoO2; n=22). Resultados: O G_O2
apresentou pior obstrução das vias aéreas (VEF1 26[21-28] vs 52[36-65] %predito; P<0,0001),
menor pressão expiratória máxima (PEmax 79[53-91] vs 104[90-115] %predito, P=0,004) e menor capacidade de exercício (ISWT 295±62 vs 444±198m, P=0,03; TC6min 420[372-446] vs 480[433-516]m, P=0,01; e TC6min em %pred 68[58-72] vs 80[67-86], P=0,01). No modelo de regressão incluindo PEmax em valores absolutos (P=0,02) e TC6min em %predito (P=0,03) apenas a distância percorrida no TC6min (%predito) determinou o uso de O2 durante o TF
(Razão de prevalência [RP]=8,1; P=0,03). Conclusões: Pacientes com DPOC que necessitam de O2 durante um programa de treinamento físico de alta intensidade apresentam pior
função pulmonar, força muscular expiratória e capacidade de exercício que pacientes que não necessitam de O2 durante o programa. A razão de prevalência de pacientes com pior
desempenho no TC6min utilizarem O2 durante o treinamento físico é 8,1 vezes maior do que
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14 Comparação entre três pontos de corte para fraqueza muscular inspiratória
em pacientes com DPOC
MOURE, Ana Cristina Schnitzler1; DONÁRIA, Leila1; MESQUITA, Rafael¹; ALCALA, Glasiele
Cristina¹; MARTINEZ, Larissa¹; PANTAROTTO, Victória de Almeida¹; VALLADÃO, Natália Vicentin¹; PITTA, Fábio¹; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: Indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) podem apresentar
redução da força dos músculos inspiratórios. Dispnéia e introlerância ao exercício são as principais consequências da fraqueza muscular inspiratória (FMI). Atualmente, vários pontos de corte (PC) diferentes são descritos na literatura com intuito de indicar a presença de FMI. Contudo, não se sabe até o momento se a proporção de indivíduos com e sem FMI é semelhante entre os diferentes PCs. Objetivos: Comparar a proporção de indivíduos com DPOC com e sem FMI entre três diferentes PCs; e comparar a proporção de homens e mulheres com FMI classificada pelos três PCs. Métodos: Foram estudados 91 indivíduos com DPOC (50 homens, 66±8 anos, VEF1 41±14%predito). A pressão inspiratória máxima (PImax)
foi avaliada e os PCs utilizados foram: 60 cmH2O (PC_60cmH2O), 70% do predito
(PC_70%pred) e a subtração da média predita pelo erro padrão da estimativa (PC_EPE). Os resultado foram descritos em frequência absoluta e relativa. Para comparação entre as proporções utilizou-se o teste qui-quadrado. Resultados: Ao utilizar-se o PC_60cmH2O, 38
(42%) indivíduos apresentaram FMI, enquanto 47 (51%) apresentaram essa condição para o PC_70%pred e 51 (56%) para o PC_EPE (p=0,142). Trinta e cinco indivíduos (38%) foram classificados simultaneamente com FMI pelos três PCs. Em relação ao gênero, observou-se uma proporção de 17(45%) homens (H) / 21(55%) mulheres (M) para o PC_60cmH2O,
28(60%) H / 19(40%) M para o PC_70%pred e 28(55%) H / 23(45%) M para o PC_EPE (p=0,385). Conclusão: Ao se comparar os pontos de corte 60cmH2O, 70% do valor predito e a subtração da média predita pelo erro padrão da estimativa, não há diferença significativa na proporção de indivíduos com e sem fraqueza muscular inspiratória ou na proporção de homens e mulheres com essa condição, apesar de pequenas diferenças nas classificações.
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15 O comportamento da melhora da força muscular periférica de membros superiores e do
estado funcional em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
MARIN, Letícia Casado¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; PAES, Thaís¹; QUESSADA, Alana¹; SANTIN, Laís Carolini¹; VOLPE, Renata Pasquarelli¹; HERNADES, Nidia A.¹; PITTA, Fabio¹*. 1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: Programas de treinamento físico (TF) promovem a melhora da força muscular
periférica (FMP) e do estado funcional (EF), porém não se sabe se há diferença na melhora da FMP e do EF em diferentes intensidades de TF. Objetivo: Comparar a melhora da FMP de membros superiores e do EF em pacientes DPOC após programa de TF de baixa intensidade (BI) versus alta intensidade (AI); e avaliar a proporção de indivíduos que melhoraram a FMP e o EF nos diferentes grupos de TF. Metodologia: Foram avaliados 80 pacientes quanto a função pulmonar (espirometria), força muscular dos flexores e extensores de cotovelo (FC e EC) pelo teste de uma repetição máxima (1RM), além do estado funcional (London Chest
Activity of Daily Living - LCADL). Os pacientes foram aleatorizados em grupos de TF: AI
(exercícios aeróbicos e resistência) e BI (exercícios calistênicos), realizados 3 vezes/semana por 12 semanas. Resultados: Os grupos AI e BI eram semelhantes no pré-tratamento. O grupo AI obteve maior melhora na FMP de FC e EC do que BI (3[2-5] vs 1[0-3]kg e 4[2-5] vs 1[0-2]kg, respectivamente; p<0,0001). Contudo, os grupos melhoraram semelhantemente o EF (AI -3[-6-1] vs BI -1[-5-3]; p>0,05). As proporções de pacientes que melhoraram a FMP de FC e EC foram respectivamente (95% e 95% [AI] e 60% e 68% [BI], p<0,05), porém não houve diferença na proporção de pacientes que melhoraram o EF (AI 67% e BI 57%, p>0,05).
Conclusão: O TF de AI promove melhora mais acentuada da FMP de membros superiores
comparado ao de BI, embora em relação ao EF as intensidades de treinamento tenham promovido melhoras semelhantes. A proporção de pacientes que melhoraram a FMP também se mostrou maior no grupo de TF de AI, embora a proporção de melhora do EF tenha sido semelhante nas intensidades de treinamento.
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16 Fatores determinantes da necessidade de intervalos não programados durante um
programa de treinamento físico de alta intensidade em pacientes com DPOC
IKEZAKI, Fábio Issamu¹; RODRIGUES, Antenor¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; Di MARTINO, Marianna Barreto¹; SARGGIN, Danielli Raisa do Carmo¹; HERNANDES, Nidia Aparecida¹; PITTA,
Fabio¹; BELLINETTI, Laryssa Milenkovich¹*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: O treinamento físico (TF) promove melhora em pacientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC). Porém, pouco se sabe sobre os fatores determinantes e o perfil dos pacientes que realizam intervalos não programados durante um programa de TF.
Objetivos: Verificar os fatores determinantes da necessidade de realização de intervalos não
programados durante um programa de TF, além das diferenças basais entre pacientes com DPOC que necessitam ou não realizar tais intervalos. Métodos: Os pacientes foram avaliados quanto a função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (Incremental Shuttle
Walking Test [ISWT] e teste de caminhada de 6 minutos [TC6min]), qualidade de vida
(Chronic Respiratory Questionnaire - CRQ), estado funcional (Pulmonary Functional Status
and Dyspnea Questionnaire modified - PFSDQ-M) e dispneia (Medical Research Council -
MRC). Posteriormente, os pacientes realizaram TF de alta intensidade (12 semanas, 3 vezes/semana) e foram divididos nos grupos: contínuo (GC); intervalado (GI). Resultados: O GC (11H/8M, 66±2 anos, VEF1 49%predito, IMC=28±1 Kg.m-2); o GI (5H/6M, 66±2 anos, VEF1
26%predito; IMC=23±2 Kg.m-2). Comparado ao GC, o GI apresentou pior função pulmonar
(VEF1%pred GI=26[38-22] vs GC=49[65-36]; p=0,006), maior fadiga (GI=4[4-3] vs GC=5[5-4];
p=0,006) e autocontrole (GI=4[6-4] vs GC=6[6-4]; p=0,009) [CRQ], maior dispneia (GI=4[5-4]
vs GC=3[4-2]; p=0,0006) e estado funcional (GI=20[30-20] vs GC=8[28-5]; p=0,02), e menor
distância percorrida no ISWT (GI=270[320-219] vs GC=425[553-356]m; p=0,01). Foram incluídas na regressão variáveis associadas à realização de intervalos pelo teste Chi-quadrado (p<0,20): uso de O2 no TC6min (p=0,01), domínios atividade e dispneia no
questionário PFSDQ (p<0,05, para ambos). Apenas o uso de O2 no TC6 determinou a
realização de intervalos (razão de prevalência [RP]=3,7; p=0,04). Conclusões: Pacientes que necessitam realizar TF intervalado apresentam pior função pulmonar, qualidade de vida, dispneia na vida diária e capacidade de exercício. A RP de realizar intervalos é 3,7 vezes maior em pacientes que necessitam de O2 no TC6min.
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17 Qualidade de vida de indivíduos obesos submetidos à cirurgia de derivação
gástrica em Y-de-Roux
YARA, Fernanda Ayumi de Lima1; COSTA, Andreia Cristina Travassos1; GARCIA, Naiara
Molina1; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos1*.
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e leva
a uma piora da qualidade de vida. A cirurgia bariátrica é considerada a forma mais eficaz de tratamento da obesidade com comorbidades associadas. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) entre o pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Métodos: Participaram do estudo 26 pacientes com média de idade de 44,67 (10,45) submetidas à cirurgia de derivação gástrica em Y-de_Roux. A QV foi avaliada por meio do Short form health survey
questionnare- SF36 no pré-operatório M0 e após 1ano de cirurgia M1. Resultados: No M0 o
escore para o domínio da capacidade funcional foi de 37,5 (25-50) e aumentou para 82,5 (61,25-95) no M1 com (p<0,001). Para a limitação por aspectos físicos o escore foi de 25 (0-100) no M0 e 100 (56.25-(0-100) no M1 com (p=0,001). O escore para dor modificou de 26,5 (22-48,75) no M0 para 51(41-74) no M1 com (p=0,0003). O estado geral da saúde aumentou significativamente seu escore de 45 (32,75-56,5) no M0 para 78 (52-92) no M1 com (p<0,001). No item vitalidade, no M0 o escore foi de 45 (40-53,75) e no M1 aumentou para 72,5 (56,25-83,75) com (p=0,0002). O escore para aspectos sociais foi 69 (50-88) e 88 (66-100) para M0 e M1 respectivamente com (p=0,0046). Para os aspectos emocionais foi de 67 (8-100) no M0 e 100 (33-100) no M1 com (p=0,1829). O domínio saúde mental foi o único que não obteve melhora significativa. Conclusão: Com a redução de peso após a cirurgia bariátrica, os indivíduos melhoraram todos os aspectos da qualidade de vida, exceto no domínio da saúde mental.
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18 Existem diferenças entre a pressão inspiratória máxima pico e a sustentada em pacientes
com DPOC exacerbados? Resultados preliminares
LUZIA, Mailla Jaqueline1; GENZ, Isabel Cristina Hilgert1; MESQUITA, Rafael Barreto de2;
DONÁRIA, Leila1; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
2 - Departamento de Pesquisa e Educação, CIRO+, Horn, Holanda.
Introdução: A medida das pressões respiratórias máximas é um teste simples, não invasivo e
de fácil aplicação. Os valores da pressão no pico da manobra (Ppico) e os sustentados por um segundo (Psust) diferem em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Entretanto, não se sabe se isso acontece durante a exacerbação da DPOC. Objetivo: Comparar os valores de Ppico e Psust das pressões respiratórias máximas em indivíduos com DPOC durante e após uma hospitalização por exacerbação aguda da doença. Materiais e
métodos: Foram avaliados 12 indivíduos com DPOC (8 homens, 69±12 anos, volume
expiratório forçado no primeiro segundo [VEF1] 29±16 %pred) hospitalizados por
exacerbação aguda da DPOC. As pressões inspiratória máxima (PImax) e expiratória máxima (PEmax) foram avaliadas nas primeiras 24 horas de hospitalização, no terceiro dia de hospitalização, na alta hospitalar e um mês após a alta. As pressões respiratórias máximas foram avaliadas com o manovacuômetro digital MVD300. Resultados: Observou-se diferença estatisticamente significante entre a Ppico e a Psust para a PImax nas avaliações realizadas nas primeiras 24h, no terceiro dia e na alta hospitalar (p<0,04 para todos), com exceção da avaliação um mês após a alta (p=0,06). Observou-se ainda grande variação entre a Ppico e a Psust nas quatro avaliações (4 a 29 cmH2O). Em relação à PEmax, observou-se
diferença estatística significante em todas as avaliações (p<0,03 para todos). Houve pequena variação entre a Ppico e a Psust nos quatro momentos (6 a 10 cmH2O). Conclusão: Esses
resultados preliminares sugerem haver diferença entre a Ppico e a Psust durante a hospitalização por exacerbação da DPOC, tanto para a PImax quanto para a PEmax. Após a alta hospitalar, essa diferença persiste apenas para a PEmax. Observou-se, ainda, maior variação entre a Ppico e a Psust para a PImax, do que para a PEmax.
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19 O uso da máscara para avaliação da hiperinsuflação dinâmica durante o teste de caminhada de seis minutos influencia a distância percorrida pelo paciente com DPOC?
Resultados preliminares
BASSETTO, André Luiz1; DONÁRIA, Leila1; SANT'ANNA, Thaís1; GROSSKREUTZ, Talita da Silva1;
HERNANDES, Nídia Aparecida1; PITTA, Fábio1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: O Teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) é um teste utilizado para medir a
capacidade funcional do paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A hiperinsuflação dinâmica (HD) pode ser mensurada durante o TC6min para obter medidas seriadas de capacidade inspiratória (CI), utilizando-se máscaras faciais para a captação do fluxo de ar exalado pelos pulmões do paciente durante o teste. No entanto não há estudos que avaliem se existe diferença na distância percorrida do TC6min em pacientes com DPOC quando se realiza o uso dessa interface durante o teste. Objetivo: Comparar a distância percorrida no TC6min em pacientes com DPOC com e sem a utilização de máscara facial usada para avaliar a HD, bem como comparar as variáveis fisiológicas obtidas durante o teste. Métodos: Foram incluídos 11 pacientes com diagnóstico de DPOC, submetidos à avaliação da função pulmonar e avaliação da capacidade de exercício (foram realizados quatro TC6min, em ordem aleatória, sendo dois sem utilização de máscara facial e dois com a máscara para avaliação de medidas seriadas de CI.). As variáveis avaliadas no TC6min foram: distância percorrida, velocidade média, saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca, pressão arterial e sensação de dispneia e fadiga. Resultados: Houve diferença na distância percorrida em metros e porcentagem do predito na comparação do TC6min sem máscara (TSM) e com máscara (TCM), sendo que no TSM os pacientes percorreram 509±80m - 95±14% vs 496±87m - 92±15% durante o TCM (p<0,05 para todos). A velocidade média do TC6min foi menor e o ∆SpO2 maior no grupo TCM (p=0,04 e p=0,03, respectivamente). Não houve diferença nas demais variáveis. Conclusão: Pacientes com DPOC percorrem uma menor distância no TC6min, dessaturam e realizam o teste em menor velocidade utilizando uma máscara facial usada para avaliar a hiperinsuflação dinâmica.
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20 Atividades de vida diária em pacientes com DPOC: correlação entre as formas de avaliação
objetiva e subjetiva – resultados preliminares
GROSSKREUTZ, Talita da Silva1; PAES, Thaís1; DONÁRIA, Leila1; FURLANETTO, Karina Couto1;
SANT`ANNA, Thais1; PITTA, Fabio 1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.
Introdução: A dispneia, sintoma comum em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC) pode levar a um importante declínio funcional, que afeta a capacidade de realizar exercícios físicos e simples atividades de vida diária (AVDs). Uma forma objetiva de mensurar o impacto da DPOC nas AVDs é por meio de protocolo realizado em laboratório; e subjetivamente os questionários têm sido amplamente utilizados. Objetivo: Verificar a correlação entre as AVDs mensuradas objetivamente, pelo Londrina ADL Protocol (LAP), e as AVDs avaliadas subjetivamente, por meio dos questionários de estado funcional London
Chest Activity of Daily Living (LCADL) e Pulmonary Functional Status and Dyspnea Questionnaire – Modifield version (PFSDQ-M). Métodos: 11 pacientes com DPOC (8 homens;
70±7 anos; IMC: 26±5 kg/m-2; VEF
1: 54±15%pred) foram avaliados quanto à função
pulmonar, desempenho durante um protocolo de AVD (Londrina ADL Protocol – LAP) e estado funcional por meio da escala LCADL e PFSDQ-M. Resultados: Houve correlação moderada entre o tempo total do LAP e a pontuação total do LCADL (r=0,53) e correlação fraca com o domínio atividade física (r=0,27). Em relação ao PFSDQ-M, foi encontrada correlação moderada com os domínios dispneia e atividades (r=0,58; r=0,57) e correlação fraca com o domínio fadiga (r=0,27). Quando comparados os pacientes com melhor e pior pontuação no LCADL não foi encontrada diferença estatisticamente significante no tempo de realização do LAP (p=0,3). Conclusão: No presente estudo observou-se correlação fraca a moderada entre as formas de avaliação objetiva e subjetiva das AVDs em pacientes com DPOC. Portanto as duas formas de avaliação não devem ser realizadas de forma intercambiável, mas sim complementar.
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21 Hábitos tabágicos e nível de atividade física na vida diária em paciente com doença
pulmonar obstrutiva crônica
LOPES, José Roberto Ribeiro1; FURLANETTO, Karina Couto1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1;
KNOOR, Barbara1;SANT’ANNA, Thaís1,2; HERNANDES, Nidia Aparecida1, PITTA, Fabio1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil.
Introdução: A principal causa da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é o tabagismo.
Embora pacientes com DPOC apresentem redução do nível de atividade física na vida diária (AFVD), o histórico de tabagismo é pouco explorado ao avaliar-se o nível de AFVD nessa população. Objetivo: Comparar o nível de AFVD de pacientes com DPOC de acordo com o histórico tabágico e observar se há diferenças na AFVD de pacientes fumantes e ex-fumantes. Métodos: O nível de AFVD foi avaliado em 101 pacientes (64 homens, 66±9 anos, IMC 26[21-31]Kg/m2, VEF
1 42±17%pred) por meio do monitor Dynaport, utilizado durante
dois dias consecutivos por 12 h/dia. Os pacientes foram separados em 3 grupos de acordo com o histórico de tabagismo: fumantes leves (FL; <20 cig/dia; n=30); fumantes pesados (FP; ≥20 cig/dia; n=60) e não-fumantes (NF; nunca fumaram; n=11). Uma sub-análise foi realizada para comparar pacientes ex-tabagistas (n=61) com tabagistas correntes (n=29). Resultados: Houve diferença no tempo gasto sentado (p=0,0004) e em pé (p=0,006) entre os 3 grupos de pacientes. O grupo FP apresentou maior tempo sentado que FL e NF (368[270-466], 296[233-366] e 261[91-307] minutos, respectivamente; p<0,05), e menor tempo gasto em pé que NF (165[131-259] e 333[193-507] minutos, respectivamente; p<0,05). O tempo de tabagismo foi similar entre FL e FP (p=0,15). Não foram observadas diferenças no nível de AFVD de pacientes que pararam de fumar ou que ainda são fumantes. Conclusão: Pacientes com DPOC que fumaram um ou mais maço(s) de cigarros por dia ao longo da vida são mais sedentários, pois permanecem maior tempo sentados em relação aos demais e menor tempo em pé quando comparados aos que nunca fumaram. Além disso, ao avaliar a redução no nível de AFVD nessa população, um histórico tabágico mais pesado parece ser mais importante que o fato de ter parado de fumar.
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22 Pacientes obesos e não obesos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica apresentam
diferenças na capacidade de exercício após treinamento físico?
NASCIMENTO, Laiza Francine1; BISCA, Gianna Waldrich1; MORITA, Andrea Akemi1; ALCALA,
Glasiele1; CANDELORO, Felipe1; HERNANDES, Nídia Aparecida1; PITTA, Fábio1*
1 - Universidade Estadual de Londrina, UEL
Introdução: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentam
diminuição da capacidade de exercício, a qual pode ser mais acentuada em associação à obesidade. Essa relação vem sendo gradativamente mais estudada; entretanto, os efeitos do treinamento físico sobre a capacidade de exercício nesses pacientes, ainda não foram totalmente elucidados. Objetivos: Comparar a capacidade de exercício em indivíduos com DPOC classificados em obesos (IMC>30 kg.m-2) e não obesos (IMC<30 kg.m-2), antes e após
um programa de treinamento físico de alta intensidade. Métodos: Foram avaliados 22 pacientes com DPOC separados em dois grupos: grupo obeso (GO: n=9; 65±6 anos; IMC=31[31-34] kg.m-2; VEF
1=64[52-67]%predito) e grupo não obeso (GNO: n=13; 66±9 anos;
IMC=24±5 kg.m-2; VEF
1=36[27-70]%predito), os quais foram submetidos às seguintes
avaliações: espirometria, bioimpedância corporal, teste de caminhada de seis minutos (TC6min), Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) e teste de endurance em cicloergômetro com carga constante (TEC), antes e após um programa de treinamento físico de alta intensidade, realizado 3vezes/semana durante 12 semanas. Utilizou-se o teste de
Shapiro-Wilk para a normalidade dos dados, os testes t Student pareado ou Wilcoxon e t Student
não-pareado ou Mann-Whitney para comparações intra e intergrupos. Resultados: O GO e o GNO não apresentaram diferenças na avaliação inicial do TC6min, ISWT e TEC. Após programa de treinamento físico o GNO melhorou significativamente no TC6min, ISWT e TEC, enquanto o GO melhorou apenas no TC6min (p=0,01). Ao comparar a mudança nos testes após o programa de treinamento físico nos dois grupos, o GO apresentou melhora menos acentuada no TC6min (30±9 vs 58±8 m; p= 0,04), no ISWT (-14[-46;20] vs 50[6;175] m; p=0,02), e no VO2 estimado pelo ISWT (-0,5[-1;1] vs 6[0,5;28] l/min; p=0,02). Conclusão:Pacientes com DPOC não obesos apresentaram mudança mais acentuada na capacidade de exercício após treinamento físico de alta intensidade quando comparados a pacientes obesos.
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23 Pressão inspiratória nasal e hiperinsuflação pulmonar estática em indivíduos com DPOC
CRUZ, Cassiana Azevedo1; DONÁRIA, Leila1; CARVALHO, Mônica1; MARTINEZ, Larissa1;
MESQUITA, Rafael2; PITTA, Fabio1; PROBST, Vanessa Suziane1,3; HERNANDES, Nidia A.1*.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR.
2 - Departamento de Pesquisa e Educação, CIRO+, Horn, Holanda.
3 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, PR.
Introdução: Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a capacidade
inspiratória (CI) e a pressão inspiratória nasal (sniff nasal inspiratory pressure [SNIP]), utilizadas como medida da hiperinsuflação pulmonar estática e força muscular inspiratória, respectivamente, foram identificadas como importantes preditores de mortalidade. Porém, a relação entre essas duas variáveis ainda é desconhecida. Objetivo: Verificar a relação entre a pressão inspiratória nasal e hiperinsuflação pulmonar estática em indivíduos com DPOC.
Material e métodos: Foram estudados 19 indivíduos com DPOC (11 homens, 68±7 anos,
volume expiratório forçado no primeiro segundo [VEF1] 38±16 %previsto), que tiveram suas
medidas de CI e SNIP quantificadas por meio de espirometria após o uso de broncodilatador e da medida da pressão inspiratória nasal, respectivamente. Para as análises, os pacientes foram divididos em dois grupos: CI < e ≥ 80% previsto. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade na distribuição dos dados e o coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para verificar a relação entre as variáveis. Resultados: A média±desvio padrão da CI e do SNIP nos pacientes avaliados foram 2,2±0,6 litros, 86 [75-125] %predito e 62±21 cmH2O, 56±20 %predito, respectivamente. Observou-se correlação
significante entre a CI em litros e o SNIP em porcentagem do previsto (r=0,53; p=0,02), e um valor próximo de significância estatística entre a CI em litros e o SNIP em cmH2O (r=0,42
p=0,06). Entretanto, não houve diferença na comparação da SNIP entre sujeitos com CI < e ≥ 80% previsto (p>0,05). Conclusão: Esses resultados indicam que a pressão inspiratória nasal, uma medida classicamente utilizada para a avaliação dos músculos respiratórios, apresenta modesta correlação com a capacidade inspiratória, que é utilizada como medida de hiperinsuflação pulmonar estática. Estudos com amostra maiores, no entanto, são necessários para verificar a solidez da associação entre essas variáveis.
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25 e 26 de setembro de 2014 Londrina – PR.
24 Qualidade de vida em pacientes com DPOC submetidos a treinamento físico aquático
DIAS, Milena Souza1; SANTOS, Cláudia Roberta1; CARVALHO, Débora Rafaelli1,2; VIDOTTO,
Laís Silva1,2; FELCAR, Josiane Marques1; PROBST, Vanessa Suziane1,2*.
1 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, PR.
2 - Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação (Associado UEL/UNOPAR), Londrina, PR.
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) pode levar a redução da
qualidade de vida. A reabilitação pulmonar em meio terrestre é ampla e reconhecidamente utilizada como tratamento nesta população e mostra benefícios quanto à qualidade de vida. Entretanto, não estão claros os benefícios do treinamento físico em meio aquático.
Objetivo: Analisar a qualidade de vida em pacientes com DPOC submetidos a um programa
de treinamento físico aquático de alta intensidade com duração de seis meses. Materiais e
Métodos: 23 pacientes com DPOC (16 homens; 68 ±8 anos; VEF1 44 ±15 % previsto; IMC 26 ±5 Kg/m2) foram avaliados com relação à qualidade de vida por meio do Chronic Respiratory Questionnaire (CRQ). Os pacientes foram submetidos a treinamento de endurance e força
muscular de alta intensidade em meio aquático (33ºC) durante seis meses. Nos três primeiros meses foram realizadas três sessões semanais e, posteriormente, duas sessões por semana, totalizando 60 sessões. A distribuição dos dados foi analisada pelo teste de
Shapiro-Wilk. A comparação entre os grupos foi feita com o teste de Wilcoxon. A
significância estatística foi de p<0,05. Resultados: As comparações dos domínios dispneia e autocontrole não apresentaram significância estatística quando comparado os resultados pré e pós-treinamento (p>0,05). Já com relação aos domínios fadiga e emocional houve melhora, sendo (Fadiga: 25 [22-27] pontos versus 25 [24-31] pontos respectivamente; p=0,02 para ambos; emocional: 22 [16-26] pontos versus pós: 25 [21-29] pontos, respectivamente; p=0,01 para ambos). Conclusão: O treinamento físico aquático apresentou resultados positivos com relação à qualidade de vida, além de representar uma nova modalidade de treinamento físico para pacientes com DPOC.
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25 Nível de atividade física de pacientes obesos candidatos à bandagem gástrica em
Y-de-Roux
LIMA, Vinícius Moreno¹; COSTA, Andreia Cristina Travassos1; GARCIA, Naiara Molina¹;
GALVAN, Carrie Chueiri Ramos1*.
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: A obesidade é uma doença causada por um desequilíbrio crônico entre a
energia ingerida através de alimentos e o gasto energético. O gasto energético depende do nível de atividades físicas (AF) realizadas na vida diária. Objetivo: Avaliar o perfil de atividade física de mulheres obesas candidatas à bandagem gástrica em Y-de-Roux. Métodos: Foram avaliadas 37 mulheres obesas 42,7 ±10,45 anos, em lista de espera para cirurgia bariátrica. A AF foi mensurada objetivamente por meio de um sensor multifisiológico e acelerômetro triaxial (SenseWear Armband-7.0 USA) por um período de 7 dias. Foram registradas a média do número de passos por dia, o gasto energético total (GET) e em repouso (GER) (ml/kg/min) e o tempo gasto em AF moderada ou vigorosa (AFMV). O nível de atividade física foi avaliado por meio do Physical Activity Level (PAL-index), calculado pela divisão entre o GET e o GER. As pacientes foram classificadas como inativas quando atigiram uma média de passos menor do que 5000 passos/dia ou PAL 1,45 METs/24h. Foram classificadas como ativas as pacientes que realizaram mais que 150 minutos/semana de AFMV. Resultados: As mulheres avaliadas apresentaram peso corporal de 123 ±18Kg e IMC 48 ±6Kg/m². Com relação ao número de passos, 20 pacientes (54%) foram classificadas como inativas. Já, de acordo com o PAL-index, 32 pacientes (86,5%) eram inativas. Somente um indivíduo (2,7%) realizou 150 minutos/semana de AFMV. Conclusão: Mulheres obesas candidatas à cirurgia bariátrica apresentam um baixo nível de atividade física e comportamento sedentário ou inativo em seu cotidiano.
Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação
25 e 26 de setembro de 2014 Londrina – PR.
26 Correlação entre capacidade funcional de exercício, nível de atividade física e qualidade de
vida no pré e pós operatório de cirurgia bariátrica
RODRIGUES, Fernanda Orizio¹; PINCETA, Iara Pereira¹; GARCIA, Naiara Molina¹, COSTA, Andreia Cristina Travassos¹; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos¹.
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Introdução: Obesos mórbidos apresentam menor capacidade funcional e baixos níveis de
atividade física, contribuindo assim para uma piora na qualidade de vida.
Objetivo: Correlacionar a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6min)
com os níveis de atividade física e qualidade de vida de pacientes no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Métodos: Foram avaliadas 24 mulheres (45±10 anos) no pré-operatório (M0) e em 6 meses de pós-operatório (M1). Foram utilizados os questionários de Atividade Física Habitual de Baecke (Baecke), o Short Form Health Survey Questionnaire (SF-36) para avaliação dos níveis de atividade física e qualidade de vida e o TC6min para medir a capacidade funcional de exercício. O trabalho também analisou mudanças entre o pré e o pós-operatório e as correlações entre as variáveis no M0 e M1 e entre os deltas do M1 com o M0. Resultados: Após a cirurgia, peso e IMC diminuíram (M0: 115[87-167] vs M1: 84.5[67-132]; p<0.0001; M0: 45[38-65] vs M1: 33.98[27-51]; p<0.001, respectivamente). Houve melhora também na distância percorrida no TC6min (M0: 469±70 vs M1: 501.6±82; p<0.0006). O escore “atividades de lazer e locomoção” (ALL) do Baecke melhorou após a cirurgia (M0: 2.25[1.5-4.25] vs M1: 2.65±0.48; p=0.016). Os escores do SF-36, exceto “aspectos emocionais” mostraram significância estatística. A distância percorrida no TC6min mostrou correlações negativas com o IMC antes e após a cirurgia (r=-0.56 e r=0.52, respectivamente). Além disso, mostrou correlações positivas com o escore “capacidade funcional” (CF) do SF-36 nos dois momentos (r=0.42; r=0.42). Os deltas analisados no M1 em relação ao M0 do TC6min se correlacionaram com o delta do escore ALL do BAECKE e com o delta da CF do SF-36. Conclusões: A redução do peso corporal após a cirurgia bariátrica melhora a capacidade funcional do exercício, o nível de atividade física autorrelatada e a qualidade de vida.
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27 Capacidade de exercício em pacientes com DPOC que respondem ao broncodilatador
ALCALA, Glasiele Cristina1; DONÁRIA, Leila1; SÍPOLI, Luciana1; MARTINEZ, Larissa1;
HERNANDES, Nidia Aparecida1,2; PROBST, Vanessa Suziane1,2; PITTA, Fábio1.
1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar – Departamento de Fisioterapia – Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Londrina, PR.
2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina, PR.
Introdução: A responsividade ao broncodilatador (BD) é um fator preditivo de sobrevivência
em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e está associado a um menor decréscimo do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). Entretanto, pouco se
sabe sobre a capacidade de exercício de pacientes com DPOC que respondem ou não ao BD.
Objetivo: Verificar se existem diferenças na capacidade de exercício de pacientes com DPOC
que apresentam ou não resposta positiva ao broncodilatador. Materiais e Métodos: Foram avaliados 24 pacientes com DPOC (12 homens; VEF1 51±16 %predito, 63±7 anos, índice de
massa corporal 27±6 kg/m-2), que foram submetidos às seguintes avaliações: teste de função
pulmonar (espirometria), teste de caminhada de seis minutos (TC6min), Incremental Shutlle
Walking Test (ISWT) e teste de endurance (TE), calculado com 70% da carga máxima obtida
pela fórmula de Cavalheri e colaboradores (2010). De acordo com a presença ou não de resposta positiva ao BD avaliada por meio da espirometria, os pacientes foram separados em dois grupos: grupo respondedor (GR=12) e grupo não respondedor (GNR=12). A resposta positiva ao BD foi definida de acordo com critérios internacionais como: capacidade vital forçada e/ou VEF1 ≥12% e ≥200 mL. Análise estatística: Conforme a normalidade na
distribuição dos dados (avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk), os testes t Student não-pareado ou de Mann Whitney foram utilizados para comparação entre os grupos. Para as correlações, foram utilizados os coeficientes de Pearson ou Spearman. O nível de significância foi estipulado em P<0,05. Resultados: Não houve diferença entre os grupos GR e GNR na distância percorrida no TC6min, tanto em valores absolutos (490±68m vs 500±68m, P=0,75) quanto em % dos valores preditos (81±12% vs 84±14%, p=0,59), no ISWT (427±174m vs 502±222m, P= 0,36; 64±22% vs 75±31%, P=0,31, respectivamente) e na duração do TE (220 [129-596]seg vs 211[138-317] seg, P=0,75). Foi encontrada correlação apenas entre o a mudança no VEF1 pós-pré BD (em L e em %predito) com a duração do TE
(r=0,54; P=0,006; e r=0,42; P=0,03, respectivamente). Conclusões: Não foram observadas diferenças na capacidade de exercício entre pacientes com DPOC que respondem ou não
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positivamente ao broncodilatador. Porém, observou-se uma relação moderada e positiva entre a resposta ao BD e a duração do teste de endurance, confirmando a maior responsividade desse teste em relação a outros testes de exercício em pacientes com DPOC.