A
acusação de estupro que recaiu sobre Neymar, seguida do ataque feito pelo jogador, que culminou na investigação da Justiça contra ele por crime cibernético, ligaram o sinal de alerta nos patrocinadores do atleta. Nike e Mastercard foram as duas primeiras empresas a se manifestarem publi-camente sobre o caso envolvendo o atacante do PSG, acusado de forçar o sexo com uma mulher sem o consentimento dela. Ambas as marcas disseram estar "pre-ocupadas" com a situação e prometem monitorar o caso de perto para ver que decisão poderiam tomar em relação a um de seus principais garotos-propagandas.“Nós estamos cientes e preocupados com as sérias alegações. Continuaremos acompanhando a situação”, disse a Mastercard em nota oficial.
Já a Nike usou o mesmo comunicado de quando Cristiano Ronaldo foi acusado
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
POR ERICH BETING
Neymar liga sinal de
alerta em empresas
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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1259 - TERÇA-FEIRA, 4 / JUNHO / 2019 de dólares foi o quanto Neymar faturou, entre salários e patrocínio, na temporada passada, de acordo com a revista americana Forbes
de estupro: "Estamos profundamente preocupados com essas acusações e segui-mos acompanhando de perto a situação", comunicou a empresa americana.
Já a Red Bull, em nota, deixou o caso para a Justiça: “O Neymar Jr. é um parceiro da Red Bull desde 2010. É de responsabilidade das autoridades públicas determi-nar os fatos reais por trás desta séria alegação”, afirmou a empresa austríaca.
O caso veio à tona no sábado e, um dia depois, Neymar usou sua conta no Ins-tagram para mostrar fotos e conversas trocadas com a mulher antes e depois do episódio. O que era para ser uma defesa do jogador, que está concentrado com a seleção brasileira que disputa a Copa América, virou mais um caso de Justiça. Neymar terá de responder por violar os direitos de imagem da mulher, expondo--a publicamente em imagens íntimas. Isso é proibido por lei e considerado crime.
"Prefiro vê-lo acusado de crime cibernético do que estupro", disse em entrevista à Band Neymar Santos, pai do jogador, para justificar a atitude tomada pelo filho.
O caso, porém, não repercutiu bem entre os patrocinadores do atleta. Por con-trato, se ele for condenado na Justiça, o acordo de patrocínio pode ser rompido. Assim, caso seja absolvido da acusação de estupro, o crime cibernético que ele eventualmente possa ter cometido poderá virar motivo para o fim do acordo.
Atualmente, Neymar possui 11 parceiros comerciais, segundo seu site oficial. São eles: Nike, Gilette, Red Bull, GaGà Milano, Beats, Replay, Mastercard, TCL, EA Sports, QNB e, mais recentemente, a plataforma de streaming DAZN. De acordo com a revista Forbes, o atleta do PSG faturou no período entre junho de 2017 e junho do ano passado US$ 17 milhões em patrocínios e outros US$ 73 milhões em salários. Isso fez dele o quinto atleta mais bem pago do esporte mundial.
C L U B E S D O A M
M A I S D E R $ 7 M I
E M PAT R O C Í N I O
P R O M O T O R A FA Z D E B AT E
S O B R E F U T U R O D O B O X E
Corinthians e Flamengo jogam
nes-ta terça-feira por uma vaga nas quarnes-tas
de final da Copa do Brasil. O jogo tem
servido de mote para a Universidade
Brasil ativar o patrocínio aos times.
A instituição criou uma meta em
que a vaga na competição é revertida
em bolsas de estudos a pessoas de baixa
renda. Até agora, os dois clubes somam
R$ 7 milhões na concessão de bolsas.
Ao todo, 300 torcedores foram
beneficiados com a ação. Cada vitória,
gol marcado ou partida sem sofrer gol
no Campeonato Brasileiro rende uma
bolsa de estudos dada pela instituição.
Neste Brasileirão, o Flamengo já
doou 18 bolsas, e o Corinthians, 14.
A Cruel Fight, empresa promotora de eventos de
boxe, fará um debate para falar sobre o futuro da
modali-dade no Brasil antes de realizar o Cruel Fight Downtown
São Paulo, no próximo sábado, dia 8 de junho.
No dia 6, quinta-feira, dentro do espaço de lutas
#Complexo9, haverá um debate para discutir os rumos
da modalidade. A ideia é reunir lutadores, promotores,
especialistas de marketing, televisão e jornalistas para
de-bater como transformar o negócio da modalidade.
O P I N I Ã O
Neymar ainda é um
menino jogando bola
E
u sou só um menino querendo jogar bola. A frase foi mais ou menos essa
que Neymar usou para se defender das primeiras críticas que surgiram
so-bre seu estilo de ser. Na ocasião, a propaganda para o Dia dos Pais da
Nex-tel acertou em cheio. Na mensagem e no estilo que veio consolidar o maior jogador
do Brasil na era moderna. Ao menos no que diz respeito ao faturamento publicitário.
Na ocasião, recém-profissionalizado, Neymar era um estouro. De bola, de mídia,
de marketing. Queria tchu, queria tchá e tchu-tchu-tchá, tudo junto e misturado. Era
a ousadia e a alegria que precediam a euforia da Copa do Mundo no Brasil. Neymar
era o resgate do sonho já vivido com Ronaldo, Romário, Ronaldinho. Era o que
Robinho parecia que iria ser, mas nunca conseguiu. Era o craque que nos fazia falta.
Por isso mesmo, quando Neymar pai saiu em defesa de "Juninho" na
publicida-de, consideramos aquilo genial. Afinal, ele
era só um garoto querendo jogar bola. E
o tal garoto parecia ser um imã para atrair
confusão dentro e fora de campo, mas
qual garoto não passa dos limites, não é?
Agora, aos 27 anos, Neymar de novo
é ligado a uma enorme confusão. Que se
soma a um semestre de muita polêmica
que ofusca até a boa bola que jogou.
Acusação de estupro é algo muito
gra-ve. Requer apuração da Justiça e resposta
na mesma esfera. Mas parece que Neymar
teima em ser apenas o menino que quer jogar bola. O ataque feroz que fez à acusadora
para mais de 120 milhões de pessoas em sua conta no Instagram é de uma estupidez
tremenda. Se poderia provar que foi vítima de extorsão na Justiça, dificilmente
Ney-mar terá como escapar de uma pesada punição pelo crime cibernético cometido.
E é isso que parece não entrar na cabeça de Neymar. Ele não pode mais ser
apenas um menino querendo jogar bola. Erros todos cometemos. Com 5, 15, 25,
tomara que até os 95 anos possamos cometer erros pela vida. Mas, de preferência, que
não sejam os mesmos do passado. Neymar insiste nisso. Em errar como sempre no
gerenciamento de sua imagem. A punição esportiva que recebeu da Uefa já deveria
ter ensinado que o Instagram é a extensão de sua vida e que ele pode ser puni. Agora,
com a Justiça em seu encalço, ele não poderá dizer que é só um menino jogando bola.
Neymar é a maior marca do futebol brasileiro. Não pode gerenciar sua carreira
como se fosse o filho pródigo, que sempre terá o pai para lhe perdoar a cada tropeço.
Ele ainda é um menino jogando bola. E isso é pouco para a marca que representa.
Erros todos cometemos, mas Neymar
insiste em cometer os mesmos erros de
sempre, sem nunca conseguir aprender
POR ERICH BETING
Nike equipara
mulher a homem
em ação pré-Copa
A Federação Paulista de
Fute-bol (FPF) viabilizará a transmissão
de todo o Paulista Feminino. Ao
todo, 48 partidas serão transmitidas
no YouTube, Facebook e Twitter.
Além disso, a plataforma de vídeos
MyCujoo exibirá alguns jogos, bem
como a Rede Vida de televisão.
Para reforçar a presença
femini-na no torneio, a FPF definiu que os
jogos serão transmitidos com
equi-pes formadas apenas por mulheres.
Até agora, já foram disputadas
seis partidas da competição. A
enti-dade obteve apoio em Lei de
Incen-tivo para viabilizar as transmissões.
Açúcar Guarani, Amanco e
Savegnago Supermercados são os
cotistas das transmissões da FPF.
F P F T E R Á 1 0 0 %
D E T R A N S M I S S Ã O
F E M I N I N A N O
PA U L I S TA - 2 0 1 9
O Bahia anunciou um acordo com
o site Casa de Apostas para estampar
sua marca na barra da camisa do
Tri-color baiano durante um ano.
O negócio amplia a presença da
marca no futebol. Santos, Botafogo e
Cruzeiro já assinaram com a marca,
que também patrocina o Vitória.
Liberadas para atuar no país, mas
ainda sem regulamentação, as
em-presas de apostas começam a crescer.
NetBet (Vasco e Fortaleza) e
MarjoS-ports (Corinthians) estão no futebol.
B A H I A É M A I S
U M A A C E R TA R
PAT R O C Í N I O
C O M S I T E C A S A
D E A P O S TA S
POR REDAÇÃOA proximidade da Copa do Mundo feminina, que começa no próximo dia 7, na França, tem feito as marcas ativarem cada vez mais a competição. E, nesse sentido, a Nike lançou uma campanha que tenta equiparar as mulheres aos homens.
A marca lançou nesta segunda-feira o filme "Dream Fur-ther" (Sonhe longe, numa tradução livre), em que uma meni-na é colocada para dentro do cotidiano de uma competição de futebol. Reunindo diversas atletas, a campanha brinca com o crescimento do espaço da mulher no futebol, a ponto de o Barcelona ser "treinado" por uma mulher.
A campanha lembra muito o vídeo criado em 2010, antes da Copa do Mundo masculina da África do Sul, em que os jo-gadores que estariam no Mundial projetam o futuro de suas vidas conforme o desenrolar de jogadas que acontecem no campo. Dessa vez, porém, o sonho da menina de dez anos de idade que estrela o filme é ter as mulheres inseridas de forma natural dentro do cotidiano do futebol.
Neste ano, a Nike vem adotando como estratégia para fa-lar do futebol feminino a igualdade de gêneros. Pela primei-ra vez a marca promoveu uma apresentação dos uniformes das seleções patrocinadas num evento global para imprensa e influenciadores, como acontece desde 2010 nos homens.
A empresa lançou antes um vídeo com a brasileira Andres-sa Alves em que recontava a história da atleta do Barcelo-na. Ela transformava a cabeça das bonecas que ganhava em bola. A marca, então, criou uma boneca em formato de bola.
POR ERICH BETING
A
Budweiser encontrou uma forma de ativar o patrocínio que faz ao bas-quete, no Brasil e no exterior, com um apoio a uma ação social que refor-ça a cultura do esporte. A marca de cervejas reformou cinco quadras em diferentes capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte.No último sábado, no Aterro do Flamengo, no Rio, foi realizada a ação Bud Vibes, que entregou para o local uma quadra reformada de basquete. Além do evento para a entrega da quadra, o espaço contou com música eletrônica, disputa de 1x1 entre jogadores amadores e também um duelo de MCs e, obviamente, cerveja.
“Com o Bud Vibes queremos valorizar ainda mais a modalidade e todo o peso cultural que o basquete traz, seja na moda ou na música. E, para isso, não há lugar melhor do que as quadras de rua, onde todo esse lifestyle se reúne. Estamos muito felizes em poder proporcionar experiências incríveis para jogadores e fãs do bas-quete com este projeto", diz Pedro Araújo, gerente de marketing Rio da Ambev.
A entrega da quadra no sábado também serviu como forma de ativar o patrocínio para a Liga Nacional de Basquete. No mesmo dia, o Flamengo empatou a série me-lhor de cinco jogos com o Franca no ginásio do Maracanãzinho. A grande decisão do NBB acontecerá no próximo sábado, dia 8, na cidade do interior paulista.
Nesse mesmo dia, o Bud Vibes realiza sua principal ação de ativação de marca, dentro da NBA House, em São Paulo. O espaço receberá os campeões das batalhas de 1x1 tanto de basqueste quanto de MCs. Os vencedores dos duelos ganham uma viagem para assistir a um jogo da próxima temporada da NBA nos Estados Unidos.
Bud reforça marca no
basquete com quadras
5 POR REDAÇÃO