Pequenos Ruminantes
& Suínos
Paulo P. Cortez
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto
Exognósia e Maneio Animal
25 de Novembro de 2008
12. CARACTERES MORFOLÓGICOS
DA ESPÉCIE OVINA E CAPRINA
¬ Têm sido utilizadas com diferentes finalidades:
¬ Leite/ queijo ¬ Carne ¬ Couro
¬ Pêlo (Caxemira/Angorá)
¬ Fêmeas – cabras (does ; nannies) ¬ Machos – bodes (bucks; billies; wethers) ¬ Crias – cabritos (kids)
¬ Carne – cabrito (chevon) 12. 1. ORIGEM E DOMESTICAÇÃO
¬ Têm sido utilizadas com diferentes finalidades:
¬ Lã ¬ Leite/queijo ¬ Carne ¬ Pele
¬ Fêmeas – ovelhas (ewes)
¬ Machos – carneiro (rams; wethers) ¬ Crias – cordeiros (lamb; hoggets) ¬ Grupo – rebanho (flock; mob) ¬ Carne - borrego
12. 1. ORIGEM E DOMESTICAÇÃO
¬ Ruminantes, com estômago dividido em 4 câmaras ¬ Biungulados; cascos ocos e esponjosos, com grossas
almofadas plantares
¬ Peso médio: 35-55 Kg (20-100 Kg) ¬ Machos com barbicha
12. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS - CAPRINOS
¬ Pescoço vertical e achatado, com penduricalhos ¬ Cauda curta e vertical, coberta por pêlos curtos ¬ Dois pares de glândulas mamárias
¬ Lábios muito móveis, com grande facilidade para preensão; língua não exteriorizada
¬ Odor forte
12. CARACTERÍSTICAS GERAIS
¬ Capacidade de resistência ao calor e privação de água ¬ Dieta muito variada
¬ Elevada capacidade digestiva, aproveitando os alimentos grosseiros e com fibra
¬ Usadas com frequência para aproveitamento final das pastagens e controlo de ervas daninhas
12. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS - CAPRINOS
¬ Poliéstrica sazonal (ou contínua): encurtamento dos dias até início da Primavera
¬ Tempo de gestação: cerca de 150 dias ¬ Na maioria partos de 2 crias, sem complicações ¬ Produção de leite:
¬ Produção média 660-1800 l (lactação de 305 dias) ¬ Produção diária ± 3 l (até 8 l em casos excepcionais) ¬ Elevada digestibilidade (intolerância alimentar ou alergias) ¬ Produção de queijo
¬ Duração da lactação: ± 210 dias ¬ Desmame:
¬ determinado pela idade de venda dos cabritos (30-90 dias)
¬ tipo de aptidão (desmame precoce nas raças de leite) ¬ Puberdade: 5/ 6 meses
¬ Estado adulto: 3 Anos ¬ Longevidade: 10-15 anos
12. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS - CAPRINOS
¬ Ruminantes, com estômago dividido em 4 câmaras e biungulados
¬ Peso médio: 40-60 Kg (30-180 Kg)
¬ Fanera mais importante – lã (velo), de características e extensão variáveis consoante a raça
¬ Cauda de comprimento variável consoante raça (mais comprida nos Merinos); caída
12. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS - OVINOS
¬ Dois pares de glândulas mamárias, semi-esféricas, com sulco médio e tetos divergentes
¬ Lábio superior não fendido (menor mobilidade) ¬ Presença de glândulas interdigitais e supraorbitais ¬ Presença de fossa lacrimal (depressão no bordo
anterior do olho)
¬ Efectivo nacional de caprinos (2001)
¬ Cerca de 623 000 animais – 453 000 fêmeas em reprodução
¬ Alentejo com cerca de 25% do efectivo ¬ Beira Interior – 21 %
¬ Na maioria das explorações, os animais possuem dupla aptidão ¬ 60% carne
¬ 35% leite/queijo
12. 3. CAPRINICULTURA EM PORTUGAL
¬ A maioria dos produtores corresponde a uma população envelhecida
¬ Efectivos geralmente heterogéneos em termos raciais ¬ Épocas de cobrição: Maio/Junho e Setembro/Outubro ¬ Predomínio:
¬ aleitamento natural ¬ ordenha manual
¬ fabrico artesanal de queijo
¬ maneio alimentar tradicional (pastoreio de percurso)
12. 3. CAPRINICULTURA EM PORTUGAL ¬ Raça Bravia ¬ Raça Serrana ¬ Raça Charnequeira ¬ Raça Serpentina ¬ Raça Algarvia
¬ Com excepção da Serrana, todas são consideradas raças ameaçadas (medida 51)
¬ Nenhuma é considerada raça especialmente ameaçada ¬ Numerosos produtos com Indicação Geográfica
Protegida (IGP) – sobretudo cabrito 12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES
¬ Raça Bravia
¬ Região de Minho e Trás-os-Montes ¬ Produtos certificados:
¬ Cabrito do Barroso (IGP)
¬ Cabrito das Terras Altas do Minho (IGP)
¬ Principal aptidão: produção de carne
¬ Pastoreio de montanha em grandes rebanhos (cabradas) ¬ Animais pouco corpulentos
¬ Raça Serrana
¬ Região da Serra da Estrela
¬ 2003: 16 000 animais inscritos/ 276 criadores ¬ Produtos certificados:
¬ Queijo de cabra transmontano (DOP) ¬ Cabrito Transmontano (IGP) ¬ Cabrito do Barroso (IGP)
¬ Cabrito das Terras Altas do Minho (IGP) ¬ Cabrito da Beira (IGP)
¬ Cabrito da Gralheira (IGP)
¬ Principal aptidão: produção leite/ também carne ¬ Efectivos de pequena dimensão
12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Serrana
¬ única raça autóctone de pêlo comprido ¬ vários ecotipos
12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Charnequeira
¬ Origem no Alentejo (Charneca) ¬ Produtos certificados:
¬ Cabrito da Beira (IGP)
¬ Dois ecotipos
¬ Beiroa (> corpulência) - + leite ¬ Alentejana e machuna – + cabrito ¬ Pelagem vermelho claro até castanho 12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Charnequeira
12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Serpentina
¬ Origem na região de Serpa ¬ Animais de grande estatura ¬ Pelagem:
¬ branca ou creme
¬ listão negro que se pode alargar na porção posterior ¬ ventre, focinho, extremidade dos membros e porção
interna das orelhas pretos
¬ Raça Algarvia ¬ Origem no Algarve ¬ Animais corpulentos ¬ Pelagem:
¬ branca
¬ malhas castanhas de várias tonalidades, pretas ou pretas e castanhas, mais ou menos definidas
12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Algarvia
12. 4. RAÇAS AUTÓCTONES DE CAPRINOS
¬ Raça Alpina
¬ Origem na região dos Alpes franco-suiços
¬ Influência sobre grande número de raças autóctones ¬ Principal aptidão: leite
¬ Explorações especializadas na produção leiteira, com efectivo reprodutor superior a 100 animais
¬ Pelagem: grande variedade de cores
¬ Variedade na estatura e corpulência entre países/regiões ¬ Peso: Macho: 80-100 Kg / Fêmea: 50-80 Kg
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE CAPRINOS 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE CAPRINOS
¬ Raça Saanen
¬ Origem na Suiça (vale de Saanen)
¬ Em conjunto com a Alpina, é a raça mais cosmopolita ¬ Principal aptidão: leite
¬ Concentram-se nas explorações especializadas na produção de leite
¬ Pelagem uniforme, de cor branca e pêlo curto ¬ Desprovida de cornos
¬ Hipermétrica e de elevada estatura
¬ Raça Angorá
¬ Antiga cidade de Angorá (Ankara) ¬ Especializada na produção de pêlo
¬ Corpo coberto por pêlo muito fino (mohair) sedoso, geralmente de cor branca, com 20-30 cm
¬ Orelhas pendentes e grandes (15-20 cm) ¬ Cornos espiralados e dirigidos para trás
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE CAPRINOS 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE CAPRINOS
¬ Raça Murciano-Granadina
¬ Nome relacionado com províncias de origem ¬ Aptidão essencialmente leiteira
¬ Pelagem de cor uniforme negra ou acastanhada 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE CAPRINOS
¬ Efectivo nacional de ovinos (2001) ¬ Cerca de 3 578 000 animais ¬ 2 436 000 fêmeas em reprodução ¬ Alentejo com cerca de 53% do efectivo ¬ Beira Interior – 15 %
¬ Com frequência explorados em comum com o gado bovino e/ou pequenos efectivos familiares
12.6. OVINICULTURA EM PORTUGAL E RAÇAS AUTÓCTONES
¬ Aproveitamento útil de restolhos dos cereais, pastagens espontâneas e outros recursos forrageiros pobres, contribuindo para a fertilidade dos solos ¬ Regimes extensivos
¬ Borregos vendidos 3-6 meses
¬ Cobrição natural – todo o ano ou Primavera ¬ Partos todo o ano (+ Norte); Ago-Nov (Centro)
12.6. OVINICULTURA EM PORTUGAL E RAÇAS AUTÓCTONES
¬ Churra – lã grosseira, comprida e de toque áspero (por vezes usada em produtos artesanais)
¬ Bordaleira – lãs finas
¬ Merina – qualidade superior: lã fina, frisada, de toque suave e sedoso
¬ Peso do velo
¬ Comprimento das fibras ¬ Diâmetro das fibras ¬ Rendimento
¬ Bordaleira de Entre Douro e Minho* ¬ Galega Bragançana*
¬ Galega Mirandesa* ¬ Churra da Terra Quente ¬ Churra Badana* ¬ Churra Mondegueira* ¬ Serra da Estrela ¬ Merino da Beira Baixa* ¬ Saloia* ¬ Merino Branco ¬ Merino Preto* ¬ Campaniça* ¬ Churra Algarvia* * Raças ameaçadas
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
Mapa de carne de ovino Mapa de queijos
Mapa de queijos ¬ Bordaleira de Entre Douro e Minho
¬ Origem na região de Entre Douro e Minho ¬ Explorações em média com 15-25 ovelhas ¬ Principal aptidão: carne
¬ Principal qualidade: rusticidade
¬ Pequena estatura (sobretudo os animais da serra) 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Bordaleira de Entre Douro e Minho 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ (Churra) Galega Bragançana ¬ Origem em Trás-os-Montes
¬ 2005: 9 555 animais no LG/86 criadores ¬ Explorações em média com 100-150 ovelhas ¬ Principal aptidão: carne
¬ Cordeiro Bragançano - DOP
¬ Galega Bragançana
¬ Elevada estatura; pernalteira
¬ Cor branca; malhas pretas em redor dos olhos, focinho e orelhas
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ (Churra) Galega Mirandesa ¬ Origem em Trás-os-Montes ¬ Principal aptidão: carne
¬ Cor branca ou preta (raros – 11%), com malhas escuras (ou claras) em redor dos olhos, lábios e orelhas
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Galega Mirandesa
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra da Terra Quente
¬ Origem em Trás-os-Montes (Terrincha) ¬ Tripla aptidão: carne, leite e lã ¬ Produtos certificados:
¬ Queijo Terrincho (DOP) ¬ Borrego Terrincho (DOP)
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra da Terra Quente ¬ Cornos em ambos os sexos ¬ Velo extenso e pesado
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra Badana
¬ Origem em Trás-os-Montes ¬ Tripla aptidão: carne (lã e leite)
¬ Substituída pela Churra da Terra Quente e outras raças
¬ Churra Badana ¬ Aspecto atarracado
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra Mondegueira
¬ Região do Alto Mondego e Zêzere ¬ Aptidão: essencialmente leiteira ¬ Produto certificado:
¬ Borrego da Beira (IGP) ¬ Queijo da Serra (DOP)
¬ Parcialmente substituída pela Serra da Estrela 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra Mondegueira
¬ Cornos em ambos os sexos, espiralados 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Serra da Estrela
¬ Região da Serra da Estrela ¬ 1ª raça portuguesa com LG
¬ Aptidão: leiteira (melhor raça portuguesa); carne ¬ Produtos certificados:
¬ Borrego da Serra da Estrela (DOP) ¬ Queijo da Serra (DOP)
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Serra da Estrela ¬ Cor branca ou preta
¬ Cornos em ambos os sexos, espiralados 12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Merino da Beira Baixa
¬ Região da Beira Interior (C. Branco) ¬ Produtos certificados:
¬ Borrego da Beira (IGP) ¬ Queijo de Castelo Branco (DOP) ¬ Queijo Amarelo da Beira Baixa (DOP) ¬ Queijo Picante da Beira Baixa (DOP)
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Saloia
¬ Região de Lisboa / núcleo em Portalegre ¬ Aptidão: leiteira
¬ Produtos certificados:
¬ Queijo de Azeitão (DOP) ¬ Queijos de Serpa, Évora e Nisa
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Merino Branco ¬ Origem no Alentejo ¬ Aptidão: carne ¬ Produtos certificados:
¬ Borrego do Baixo Alentejo (IGP) ¬ Borrego do Nordeste Alentejano (IGP) ¬ Borrego de Montemor-o-Novo (IGP)
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Merino Branco
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Merino Preto ¬ Origem no Alentejo ¬ Aptidão: carne ¬ Produtos certificados:
¬ Borrego do Baixo Alentejo (IGP)
¬ Foi sendo substituído pelos exemplares brancos ¬ Menor corpulência que Merino Branco
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Merino Preto
¬ Campaniça
¬ Origem no Alentejo (Campo Branco) ¬ Aptidão: carne, leite e lã
¬ Produtos certificados:
¬ Borrego do Baixo Alentejo (IGP) ¬ Queijo de Serpa (DOP)
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Campaniça
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra Algarvia ¬ Região do Algarve ¬ Aptidão: carne ¬ Elevada estatura
¬ Pigmentação característica – malhas pretas em redor dos olhos, lábios, narinas, nas orelhas e parte dos membros; região anal, língua e palato
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Churra Algarvia
12. 6. RAÇAS AUTÓCTONES DE OVINOS
¬ Raça Suffolk ¬ Raça inglesa
¬ Excelente para a produção de carne
¬ Elevada velocidade de crescimento e boa conformação das crias
¬ Distribuição mundial, sob a forma pura; também usada para cruzamentos
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Suffolk
¬ Hipermétrica (fêmea: 65-90 Kg / Macho: 80-150 Kg) ¬ Cor – branca, com cabeça e membros pretos ¬ Sem cornos em ambos os sexos
¬ Raça Suffolk
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Ile de France ¬ Origem francesa ¬ Ampla difusão
¬ Elevada prolificidade
¬ Actividade sexual durante todo o ano ¬ Boa capacidade leiteira
¬ Elevada velocidade de crescimento
¬ Exploração com duplo propósito - carne e lã ¬ Usada para cruzamentos com raças autóctones 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Ile de France
¬ Hipermétrica (fêmea: 70-90 Kg / macho: 110-150 Kg) ¬ Cor – branca
¬ Sem cornos em ambos os sexos 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Ile de France
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Romanov ¬ Origem na Rússia
¬ Principal aptidão: produção de carne ¬ Difusão e aceitação da raça noutros países
¬ Elevada prolificidade ¬ Precocidade sexual ¬ Poliéstrica contínua ¬ Capacidade materna ¬ Rusticidade
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Romanov
¬ Raça Romanov ¬ Elevada estatura
¬ Cor – preta à nascença, torna-se acizentada. Velo branco nos adultos, com cabeça e membros pretos. ¬ Sem cornos em ambos os sexos
¬ Peso: Fêmea: 55-60 Kg / Macho: 70-90 Kg 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Lacaune
¬ Raça originária de França
¬ Considerada uma das melhores raças ovinas para leite (existem linhagens de carne)
¬ Leite com 7,5% de gordura, muito usado para fabrico de queijo Roquefort
¬ Bons índices reprodutivos, velocidade de crescimento das crias e rusticidade
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Lacaune
¬ Velo não cobre membros, cabeça e região ventral 12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
¬ Raça Lacaune
12. 5. RAÇAS ESTRANGEIRAS DE OVINOS
13. CARACTERES MORFOLÓGICOS
DA ESPÉCIE SUÍNA
¬ Evolução acentuada da conformação corporal:
¬ Porco selvagem: metade anterior muito desenvolvida (caça e luta) (70%-30%)
¬ Após a domesticação, o porco foi perdendo massa corporal na zona anterior; a metade posterior desenvolveu-se (50% - 50%)
¬ Em anos mais recentes, o porco foi seleccionado para ter menos gordura e mais músculo. As peças mais nobres de talho localizam-se na metade posterior (30% - 70%)
13. 1. ORIGEM, DOMESTICAÇÃO E EVOLUÇÃO
¬ Alteração marcada da composição relativa das peças de talho com origem no porco:
¬ Espessura de toucinho
¬ Anos 60 – 60-70 mm ¬ Anos 80 – 28-30 mm ¬ Actualmente < 8-10 mm
¬ (por cada mm a menos, aumento de 1% de carne da carcaça)
¬ % de proteína
¬ Anos 60 – 16% ¬ Anos 80 – 20% ¬ Actualmente – 26%
13. 1. ORIGEM, DOMESTICAÇÃO E EVOLUÇÃO
¬ Actualmente, os principais objectivos dos trabalhos de melhoramento e selecção do porco são:
¬ Prolificidade (tamanho das ninhadas)
¬ Índice de conversão (eficiência de conversão alimentar)
¬ Velocidade de crescimento (precocidade) ¬ Espessura do toucinho (% de carne magra) ¬ Qualidade da carne (carnes PSE e carnes ácidas) 13. 1. ORIGEM, DOMESTICAÇÃO E EVOLUÇÃO
¬ Anatomo-fisiologicamente próximo do Homem ¬ Monogástrico
¬ Extremidades com 4 dedos (dois rudimentares) ¬ Cabeça pequena, com tromba (abertura da boca e nariz) ¬ Pescoço curto
¬ Espádua difícil de apreciar, unida ao tronco ¬ Membros curtos
13. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS
¬ Variabilidade do n.º de vértebras torácicas, lombares e caudais
¬ Duas cadeias mamárias (tórax-região inguinal) – 5-9 ¬ Cauda curta, fina e espiralada, coberta por pêlos raros ¬ Glândulas sudoríparas no carpo responsáveis pelo odor ¬ Pele grossa e cerdas mais ou menos abundantes
13. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS 13. 3. RAÇAS AUTÓCTONES Bísaro Alentejano Produtos certificados: carne de porco Produtos certificados: presuntos
¬ Exploração baseada na criação extensiva, sobretudo da raça Alentejana e em menor escala, da Bísara
¬ Este tipo de produção é minoritária em Portugal (cerca de 2% do efectivo suíno nacional) – a + baixa das diversas espécies pecuárias
13. 3. RAÇAS AUTÓCTONES
¬ Gera produtos de elevada qualidade, com mercado garantido e a preços apetecíveis para os produtores ¬ O diferencial de preços relativamente a outras carnes
de suíno ronda os 60%
¬ A diferença é mais acentuada para os produtos transformados
13. 3. RAÇAS AUTÓCTONES
¬ Origem e situação actual
¬ Trás-os-Montes (Vinhais com o maior n.º de explorações)
¬ Raça particularmente ameaçada
¬ Cerca de 1 500 exemplares/ 120 explorações Porco Bísaro
¬ Produtos certificados: ¬ Carne de porco Bísaro (DOP) ¬ Salpicão de Vinhais (IGP)
¬ Chouriça/ Linguiça de Vinhais (IGP) ¬ Presunto de Vinhais (IGP)
¬ Alheira de Vinhais (IGP)
¬ Concurso Anual da Raça e exposições
¬ Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara criada em 1994
¬ Sistemas tradicionais: ¬ Média de 2 porcas/criador ¬ Carácter familiar
¬ Auto-consumo/venda em feiras locais
¬ Regime de confinamento permanente, com mistura de animais de diferentes idades no mesmo parque ¬ Geralmente 2 partos/ano; sem épocas de cobrição
definidas
¬ Alimentação: milho em grão, restos das culturas ou de comida
Porco Bísaro
¬ Sistemas de exploração semi-extensivo
¬ Parques ao ar livre durante grande parte/todo o ciclo de produção
¬ Separação dos animais de acordo com idades/ fase do ciclo produtivo
¬ Dieta: cereais, tubérculos, produtos hortícolas e frutos
¬ Alimentos compostos na altura do desmame e lactação
Porco Bísaro
¬ Principais características morfológicas ¬ Elevada estatura (até 1 m)
¬ Aspecto geral adelgaçado e pernalteiro – tronco alto e alongado, membros compridos e ossudos
¬ Perfil côncavo e orelhas longas e pendentes ¬ Pescoço alongado
¬ Pele de coloração preta, branca ou malhada ¬ Movimentos lentos, pouco graciosos
Porco Bísaro Porco Bísaro
¬ Principais características morfológicas Porco Bísaro
¬ Principais características produtivas
¬ Raça de crescimento lento
¬ Baixa eficiência alimentar (3,77 Kg/kg)
¬ Carcaça de fraca conformação, com baixo rendimento em peças nobres e elevada percentagem de osso ¬ Percentagem de carne magra baixa
¬ Espessura do toucinho de cerca de 20 mm Porco Bísaro
¬ Principais características produtivas ¬ Gordura intramuscular – carne marmoreada ¬ Carne de elevada qualidade sensorial e tecnológica ¬ Gordura com um bom equilíbrio entre ácidos gordos
saturados e insaturados Æ
¬ Valorização para produtos de fumeiro certificados ¬ Elevada prolificidade
Porco Bísaro
¬ Origem e situação actual
¬ Origem no sul de Portugal –Alentejo (montado)
¬ Características semelhantes à raça suína Ibérica explorada em Espanha
¬ Classificada como raça ameaçada
¬ Cerca de 7 000 reprodutoras/ 105 explorações ¬ Zona de distribuição actual concentrada no Alentejo
(sobretudo Baixo Alentejo) Porco Alentejano
Porco Alentejano
¬ Produtos certificados:
¬ Carne de Porco Alentejana (DOP) ¬ Presunto de Barrancos (DOP) ¬ Enchidos de Portalegre (IGP) ¬ Enchidos de Estremoz e Borba (IGP)
¬ União das Associações de Criadores do Porco da Raça Alentejana em 1992 (gestão do LG)
¬ Concursos morfológicos da raça, exposições, provas de degustação
Porco Alentejano
¬ Sistemas tradicionais:
¬ Regime de pastoreio permanente com recolha nocturna – dieta diversificada
¬ Suplementação com cereais nas épocas de carência ¬ Sistemas actuais:
¬ Intensificação da produção
¬ Intensificação da alimentação – concentrados comerciais – reprodutoras, leitões e fases iniciais da recria
¬ Fase de engorda e acabamento em montado Porco Alentejano
¬ Principais características morfológicas
¬ Animais rústicos, de corpulência média/baixa
¬ Cabeça comprida e fina; orelhas pequenas, triangulares, dirigidas para a frente
¬ Pescoço e membros de comprimento médio
¬ Pele fina, de cor escura, com cerdas raras pretas ou ruivas
¬ Principais características morfológicas Porco Alentejano
¬ Principais características produtivas ¬ Abate entre 12-15 meses (120-160 Kg)
¬ Carne muito saborosa e suculenta, de textura fina ¬ Gordura firme (não exsudativa), embora por vezes
excessiva na superfície da carcaça
¬ Comparativamente a outras raças estrangeiras, apresenta índices de produtividade inferiores
¬ Dois partos/ano (Primavera/Outono) – 5 a 8 leitões ¬ Monta natural
Porco Alentejano
¬ Exploração baseada na criação intensiva de raças puras ou sintéticas produzidas por empresas de selecção ¬ Corresponde a cerca de 98% do efectivo suíno ¬ As mais importantes, em Portugal, são:
¬ Landrace ¬ Large White ¬ Pietrain ¬ (Duroc) 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS ¬ Large White ¬ Raça inglesa
¬ Em conjunto com a Landrace, é a raça mais distribuída nos países desenvolvidos - diversas variedades
¬ Boa capacidade de adaptação, são exigentes em termos nutricionais
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Large White
¬ Muito usada como raça melhoradora
¬ Bons índices de conversão, velocidade de crescimento e alto consumo
¬ Carne de boa qualidade e elevado rendimento ¬ Não sensível ao stress
¬ Conformação inferior à Landrace 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Principais características morfológicas 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Principais características morfológicas
¬ Porcos de grande tamanho e de cor branca
¬ Cabeça curta, de perfil recto e orelhas pequenas, finas e erectas
¬ Peso: F: 280-350 Kg M: 350 – 425 Kg 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Landrace
¬ Raça com origem na Dinamarca
¬ Cruzamento de Large White com raças dinamarquesas ¬ Rigoroso trabalho de selecção no sentido de produzir a
conformação ideal para produção de carne magra ¬ Difusão mundial – selecção em diferentes direcções
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Landrace
¬ Usada como raça melhoradora na linha maternal ¬ Carcaças maiores que LW, de melhor conformação ¬ Excelente rendimento em peças nobres
¬ Principais defeitos:
¬ Baixa rusticidade e deficiente adaptabilidade ¬ Debilidade dos membros (peso do terço posterior)
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Principais características morfológicas ¬ Porcos de grande tamanho e de cor branca ¬ Cabeça curta, orelhas pendentes
¬ Membros finos e curtos 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Landrace belga
¬ Variante da Landrace (Landrace x Pietrain)
¬ Distingue-se pelo carácter culard: desenvolvimento muscular acentuado e gordura escassa
¬ Usada, em conjunto com a Pietrain, nas linhas paternas para produção de híbridos
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Pietrain ¬ Raça belga
¬ Na sua origem estiveram diversas raças (francesas, inglesas, porco Ibérico)
¬ Expandiu-se sobretudo após a 2ª Guerra (rendimento magro)
¬ Usada como raça melhoradora da percentagem de carne magra na linha paterna
¬ Problemas na qualidade da carne (carnes PSE) 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Pietrai
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Principais características morfológicas
¬ Cor branco-sujo, com malhas escuras irregulares ¬ Orelhas inclinadas para cima e para a frente ¬ Membros finos e curtos, com aprumos defeituosos
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
280 Kg 240 Kg
¬ Duroc
¬ Raça americana, com origem em cruzamentos de porcos da Guiné e porcos ibéricos vermelhos
¬ É uma raça muito importante e difundida nos EUA ¬ Boa prolificidade
¬ Usada em cruzamentos de hibridação na linha materna ¬ Carcaças com muito toucinho
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Duroc
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Principais características morfológicas ¬ Cor vermelha
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Hampshire
¬ Origem inglesa: animal rústico, de baixa prolificidade ¬ Nos EUA, através de programas de selecção sofreu
rápida evolução (percentagem de carne magra) ¬ Importante nos EUA
¬ Pelagem negra com faixa branca que abarca membros anteriores
¬ Hampshire
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Berkshire ¬ Origem inglesa
¬ Cruzamento de porcos ingleses de grande tamanho com raças orientais (chinesas e siamesas)
¬ Variedade americana seleccionada para produção de carne mais magra – bacon e carne
¬ Pelagem negra com seis áreas brancas
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Berkshire ¬
13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Poland China Poland China
¬ Origem americana (Berkshire com outras raças) ¬ Pelagem negra com seis áreas brancas; orelhas maiores
e pendentes
¬ Elevada capacidade de ingestão e de ganho de peso ¬ Atinge pesos máximos a qualquer idade
¬ Problemas reprodutivos – substituição pela Duroc 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Poland China Poland China 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Raças chinesas
¬ Raças especializadas na reprodução
¬ Usadas em programas de hibridação ocidentais ¬ Elevada prolificidade
¬ Excepcional precocidade sexual ¬ Baixos rendimentos produtivos
¬ Tendência para acumulação excessiva de gordura 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS
¬ Meishan
¬ Raça muito prolífica (15-17 leitões) ¬ Podem ter duas ninhadas por ano ¬ Puberdade aos 2,5 – 3 meses
¬ Crescimento lento; grande acumulação de gordura ¬ Face enrugada
¬ Orelhas pendentes e grandes ¬ Coloração escura 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS ¬ Meishan 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS ¬ Meishan 13. 4. RAÇAS ESTRANGEIRAS ¬ Potbelly Vietnamita
¬ Raça anã, desenvolvida no Vietname nos anos 60 ¬ Crescimento até aos 5 anos de idade
¬ Usada como animal de estimação; zoo ¬ Cores: preto e branco, malhados