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RENOVAÇÃO COM SUPERVIA COMPROMETE O PROJETO CENTRAL. SENGE-RJ mantém luta contra ato inconstitucional que renova contrato com a concessionária

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Nº 151 – ano XV – Fevereiro de 2011 SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – SENGE-RJ UM SINDICATO DE CATEGORIA – Filiado à e à DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS

Impresso

Especial

9912181248/2007/DR/RJ SENGE/RJ CORREIOS

RENOVAÇÃO COM SUPERVIA

COMPROMETE O PROJETO CENTRAL

SENGE-RJ mantém luta contra ato inconstitucional que renova contrato com a concessionária

Pág. 8

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Uma

tragédia mil

vezes

anunciada

Comemoração da

Previdência Social

Editorial

Opinião

J Clemilce Sanfim de Carvalho Clemilce Sanfim de Carvalho Clemilce Sanfim de Carvalho Clemilce Sanfim de Carvalho Clemilce Sanfim de Carvalho ééééé Auditora-Fiscal da Receita

Federal do Brasil

clemilcecarvalho@bol.com.br

Mais uma vez temos que enfrentar uma

tragédia causada pelas chuvas de verão.

Mais uma vez e não sabemos até quando

temos que chorar as mortes que poderiam

ter sido evitadas, prestar nossa

solida-riedade às famílias das vítimas, construir

as redes de auxílio que se multiplicaram

por todo país e, principalmente, sermos

mais veementes na cobrança para que o

genérico poder público cumpra seu papel.

O SENGE-RJ acompanhou de forma

solidária o desfecho de mais essa tragédia,

coordenou juntamente com outras

entidades da engenharia um grupo de

trabalho para aprofundar a discussão

sobre as causas e as ações que se fazem

necessárias face a este problema que

atinge de forma mais dramática o estado

do Rio de Janeiro.

O que podemos afirmar é que já existe

tecnologia disponível para previsão de

catástrofes como essa, faltando

simples-mente que os governos, nos três níveis,

se articulem para montar um sistema de

prevenção diretamente ligado a uma

forma de desocupação das áreas a serem

atingidas. Todos os especialistas em

desastres ambientais são unânimes em

afirmar que as chuvas, por mais intensas

que sejam, só causam muitas mortes

quando inexiste um sistema como este.

Apesar da tristeza, a tragédia também

revela sua dimensão moral e política no

descaso dos governantes.

ão transcorridos 88 anos, contados desde a data do Decreto 4.682 de 24/01/1923, que lançou as bases do que viria a ser a Previdência Social Pública do Brasil. Motivo de comemoração, pela grandeza e abrangência do sistema. Comemora-se, desde a aprovação da Lei 6.926/ 81, em 24 de janeiro, o Dia Nacional do Aposentado – há, portanto, 30 anos.

Festejada por muitos – aposentados, pensionistas e trabalhadores ativos –, vai alcançando, a par e passo, a sustentabilidade necessária e desejada, sendo modelo não só para os demais países da América do

Sul, como também de todo o mundo. Aproveitando o desenvolvimento da tecnologia da informação, evoluiu de ma-neira a superar as dificuldades de décadas, podendo oferecer hoje, aos seus segura-dos, modelo racional e moderno de infor-mação, orientação e presteza.

Não obstante essa constatação, o sis-tema público de Previdência Social conti-nua sofrendo pressões de setores influen-tes da economia brasileira, a quem não

interessam a grandeza e o alcance do maior programa de desconcentração de renda do país – e de alavancagem da economia, principalmente de pequenos e médios municípios. Também pressionam contra sua estabilidade os grandes conglomerados de previdência complementar aberta, que vem robustecendo, na rede bancária, grande volume de riqueza, o maior dos lucros apresentados pelas instituições financeiras. A disputa pelo ganho justifica sua presença constante na mídia.

Se há motivos de sobra para preocupação, há também questões de suma importância para aposentados e pen-sionistas tramitando no Congresso Nacional. Se aprovadas, farão justiça recuperando direitos e salários da inatividade, profundamente reduzidos com a política impingida aos segurados nas últimas décadas.

Aqui e ali surgem informações a respeito de alterações que seriam introduzidas através de reforma da Previdência.

CLEMILCE SANFIM DE CARVALHO

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Engenheiro

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FEVEREIRO DE 2011

SENGE-RJ – Av. Rio Branco, 277, 17o andar Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20040-900

Tel: (0 XX 21) 3505-0707 Fax: (0 XX 21) 3505-0733 Endereço: www.sengerj.org.br Correiro eletrônico: sengerj@sengerj.org.br

PRESIDENTE

Olimpio Alves dos Santos

DIRETORIA

Agamenon Rodrigues E. Oliveira, Antonio Carlos Soares Pereira, Antonio Gerson Ferreira de Carvalho, Carlos Alberto da Cruz, Clayton Guimarães do Vabo, Clovis Francisco do Nascimento Filho, Eduardo Ramos Duarte, Fernando de Carvalho Turino, Flávio Ribeiro Ramos, Francisco Parentes de Rezende Correa, Gunter de Moura Angelkorte, Jorge Antônio da Silva, Jorge Saraiva da Rocha, José Amaro Barcelos Lima, José Stelberto Porto Soares, Julio César Arruda de Carvalho, Luiz Antônio Cosenza, Lusia Maria de Oliveira, Marco Antônio Barbosa, Maria Vírginia Martins Brandão, Miguel Santos Leite Sampaio, Paulo Cesar Nayfeld Granja, Paulo Cesar Quintanilha

CONSELHO EDITORIAL

Agamenon Rodrigues Oliveira, Antonio Gerson de Carvalho, Clayton Guimarães do Vabo, Clovis Francisco Nascimento Filho, Flavio Ribeiro Ramos, José Stelberto Porto Soares, Miguel Santos Leite Sampaio e Olimpio Alves dos Santos

CONSELHO FISCAL

Titulares: Nei Rodrigues Beserra, Paulino Cabral da Silva, Sergio Gomes dos Santos; Suplentes: Agostinho Guerreiro, Rubem

Corveto de Azeredo, Sonia da Costa Rodrigues.

Edição: Júlia Gaspar

(MTE 28.318/RJ)

Estagiária: Adriana Martins Diagramação: Leonardo Santos E-mail: imprensa@sengerj.org.br Tiragem: 5.500 exemplares Periodicidade: Mensal Impressão: Monitor Mercantil

JORNAL DO

Engenheiro

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SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Segundo informa a Folha Online, a presidente diz: ‘não vale a pena investir em reformas que impliquem custo po-lítico e consumo de energia monstruosa neste início de mandato’. Por outro lado, ela ‘pretende aprovar três ou quatro projetos pontuais de reforma tributária, entre eles a desoneração da folha de pagamento, que devem ser enviados para o Congresso, em fevereiro’.

Nada mais ofensivo ao Sistema Previdenciário do que a desoneração da folha de pagamento. Não virá a gerar postos de trabalho, porque isso não ocorreu com o SIMPLES, nem com o SUPERSIMPLES. Alguém tem que esclarecer à presidente que o empregador nada paga: ele inclui no preço de seus produtos ou serviços as obrigações tributárias devidas. O que será feito, se aprovado esse absurdo, é enriquecer os segmentos mais abastados e lucrativos da economia. Falar em dar mais competitividade ao empresariado nacional soa como ‘negócio da China’. Será?

O que não dá para entender: não se ajustar a Tabela do Imposto de Renda e, ainda, negociar-se R$ 5 (cinco reais!) men-sais de aumento no salário mínimo apresen-tado para 2011, ou seja, R$ 0,16 (dezesseis centavos!)ao dia – proposta irrisória que fere a dignidade do trabalhador.

Vamos esperar que, mais para frente, após a montagem completa do governo, questões como essas sejam mais bem discutidas. Por enquanto, vamos reunir forças, arti-cular profundamente as questões fundamentais dos trabalhadores – públicos e da iniciativa privada – e fazer o belo trabalho de conscientização dos novos parlamentares para que, como em legislaturas anteriores, não ocorram omissões e enganos de difícil recuperação.

Por ora, ficamos com o júbilo de defender a Previdência Social, fator de paz interna do país e da redução das desi-gualdades sociais.

“Nada mais ofensivo

ao Sistema

Previdenciário do

que a desoneração

da folha de

pagamento”

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SENGE-R recebeu, dia 21 de dezembro, um gru-po de estudantes de engenharia do Diretório Aca-dêmico do Centro Federal de Educação Tecno-lógica Celso Suckow da Fonseca (Cefet). A visita foi fundamental para estabelecer o compromiso de man-ter um contato sistemático e continuado que permita o debate de iniciativas por melhorias e benefícios na pro-fissão. Conforme ficou programado, uma nova reunião ocorreu no dia 8 de fevereiro, ocasião em que tanto os estudantes, como os membros da diretoria do SENGE-RJ puderam apresentar suas

deman-das e expectativas para que possam atuar em parceria.

Entre os pontos abordados nos dois encontros, foi feito por diretores do sin-dicato um relato sobre o processo de remocratização do Sindicato, tendo o diretor Agamenon Oliveira afirmado que o SENGE-RJ precisa de

renova-ção. “Queremos passar o Sindicato para as novas ge-rações, precisamos deste contato com os estudantes”. Ele contou um pouco da trajetória da entidade. “Até 1980, todos os profissionais que se sindicalizavam iam para o Dops. Hoje, conseguimos construir um legado importante e desejamos que possa ter continuidade”.

O diretor Clóvis Nascimento fez aos estudantes o convite para eles se tornarem sócios-aspirantes, de modo que possam melhor acompanhar e participar do dia-a-dia do Sindicato. “Quando entramos no SENGE-RJ, assumimos a bandeira que precisávamos sair das questões corporativas e ampliar as lutas por um Brasil mais digno”, contou. Clóvis também disse que a histó-ria do SENGE-RJ é um pouco da históhistó-ria do Brasil. “Este Sindicato já foi o único SENGE do Brasil e vai completar 80 anos em 2011, isso significa um marco na história da engenharia no Brasil”. As ações e as con-quistas que tiveram participação do Sindicato acarreta-ram significativas melhorias para todos. “Este é um

sin-Filiados ao Sindicatos estão incluídos

em um tipo de associativismo com a Caixa

de Assistência dos Profissionais do Crea

arquiteto e Diretor-Presidente da Mútua Na-cional (Caixa de Assistência dos Profissio-nais do Crea), Wellington Costa, esteve no SENGE-RJ, dia 14 de dezembro, para falar sobre o convênio do Sindicato com a Mútua, outros tipos de associativismos e das vantagens de tornar-se sócio.

De acordo com Wellington Costa, exis-tem produtos para to-dos os profissionais do Sistema Confea-Crea. São três as categorias de sócios: o Sócio Con-tribuinte, que precisa pagar anuidade à Mú-tua, passando a ter di-reito à solicitar todos os benefícios oferecidos pela Mútua, sejam eles reembolsáveis ou não

reembolsáveis (benefícios sociais: pecúlio por morte, auxílio funeral e auxílio aos comprovadamente neces-sitados); o Sócio Corporativo, que se associa, não paga anuidade, mas se beneficia apenas do que a Mútua tem de parceria, como usufruir de hotéis que têm con-vênios, farmácias, aquisição de normas da ABNT com desconto de 60% e o direito de fazer o Plano de Previ-dência Privada Tecnoprev, junto à BB PreviPrevi-dência; e o Sócio Institucional, que precisa ser sócio de alguma en-tidade profissional registrada no Crea ou no Confea, como é o caso do SENGE-RJ. Neste caso, tem os mesmos benefícios do Sócio Corporativo.

Os associados ao SENGE-RJ já são, automati-camente, Sócios Institucionais da Mútua e têm, por-tanto, os mesmos benefícios do Sócio Corporativo. Mas, para ter direito às vantagens do Sócio Contri-buinte, é necessário fazer outro tipo de convênio.

Há um outro tipo de benefício, denominado Pla-no Nacional de Saúde, oferecido aos profissionais do Sistema Confea-Crea. Neste caso, é possível fazer a escolha da operadora de Plano de Saúde de preferência, por um preço diferenciado. Em qual-quer estado da Federação, o beneficiário poderá uti-lizar os serviços da operadora de saúde contratada. Por enquanto, as operadoras que fazem parte deste plano são: Sul-América, Unimed, Amil e Medial. Mas a administradora Qualicorp está negociando com ou-tras para ampliar as ofertas de serviços.

Interessados em conhecer mais detalhes dos pro-dutos oferecidos pela Mútua e sobre os tipos de associativismos precisam entrar em contato com a Caixa de Assistência do Rio de Janeiro, através do site www.mutua.com.br.

Senge-RJ reúne-se com

estudantes de Engenharia do Cefet

Diretoria do Sindicato afirma a

importância da renovação e estudantes

falam das suas principais necessidades

dicato de categoria. Temos um papel importante na his-tória e no desenvolvimento do país”, assegurou Clóvis. A vice-presidente Lusia de Oliveira e vários outros diretores também enfatizaram a preocupação e o desejo de renovação das atividades realizadas pelo Sindicato. E manifestaram nessa nova geração de futuros engenhei-ros, reafirmando a disposição do SENGE-RJ de apoiar e trabalhar em parceria com os estudantes.

DEMANDA ESTUDANTIL

Os estudantes afirmaram a importância do contato e reclamaram que muitos engenheiros, depois de for-mados, são contratados como analistas, recebendo um salário menor. “Muitos engenheiros estão sendo enca-minhados para a área de gestão admi-nistrativa, depois de terem estudado tanto a engenharia mais prática, ou seja, de campo”.

Os jovens explicaram também que o Cefet ficou muito tempo sem Diretório Acadêmico, a última eleição, antes da chapa deles, foi em 2006. “For-mamos uma chapa com alunos de en-genharia insatisfeitos”, disse um dos estudantes.

Por unanimidade, apontaram como principal pro-blema as mudanças criadas pelo Ministério da Educa-ção, que implementou o sistema dos IFET´s - Institutos Federais de Educação Tecnológica, que pretende in-cluir o Cefet-RJ, o que poderá acarretar o fim de al-guns cursos de graduação, redução do número de va-gas para graduação, mais dificuldades no orçamento para a manutenção dos cursos atuais de educação su-perior e dependência do MEC para o provimento do corpo docente. Os estudantes reclamaram das dificul-dades que hoje já ocorrem por falta de professores e infraestrutura.

O presidente do SENGE-RJ, Olimpio dos Santos, afirmou que a diretoria vai trabalhar para que a parce-ria com os estudantes tenha os melhores resultados e vai decidir sobre a forma de apoiar as reivindicações apresentadas, ficando acertado que novas reuniões serão marcadas.

Associados têm

vantagens no

plano da Mútua

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Estudantes de engenha-ria do Cefet participam de reunião com diretores do SENGE-RJ, para discutir as priorida-des da categoria Júlia Gaspar

“Este Sindicato já foi o único SENGE do Brasil e vai completar 80 anos em 2011,

isso significa um marco na história da engenharia

no Brasil”

Clovis Nascimento Diretor do SENGE-RJ

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Wellington Costa, da Mútua

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Não fique só

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Adriana Martins

presidente do Conselho Fede-ral de Engenharia e Arquitetu-ra e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo, alerta, durante o 4º Fórum de Coor-denadores Nacionais de Ensino Mé-dio, realizado pelo Ministério da Edu-cação (MEC), que menos de 11% dos universitários brasileiros estão em cur-sos da área tecnológica. Seria isso um indício de desinteresse dos estudantes ou fragilidade no ensino da Engenha-ria? Para melhor esclarecer a situa-ção, buscamos a opinião de represen-tantes de entidades, professores e es-tudantes sobre a assunto.

Segundo informações da Associa-ção Brasileira de EducaAssocia-ção de Enge-nharia (Abenge), com dados primári-os do Instituto Nacional de Estudprimári-os e Pesquisas Educacionais Anísio Tei-xeira (Inep), o Brasil conta com 38 mil engenheiros formados por ano, núme-ro que precisa ser dobrado para aten-der ao mercado, segundo a Confede-ração Nacional da Indústria, já que o país passa por um processo acelerado de desenvolvimento. Em 2010, espe-cialistas e o próprio governo acredi-tam que a atividade do país tenha cres-cido perto dos 7% e, para 2011, o Pro-duto Interno Bruto (PIB) deverá cres-cer entre 4,5 e 5%. A essa expectati-va, é válido refletir sobre a suposta es-cassez de profissionais em relação ao que as áreas em crescimento de in-fraestrutura demandam.

O professor da Uerj e presidente da Associação Brasileira de Educação de Engenharia (Abenge), Nival Perei-ra Nunes, informa que a instituição tPerei-ra- tra-balha em conjunto com os Conselhos Federal e Regional de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia (Confea/Crea)

PRECISAM-SE

DE ENGENHEIROS

Estudantes optam menos pela área

tecnológica e sobram vagas para

engenheiros de diversas modalidades

e compõe a equipe os sócios institu-cionais, ou seja, as faculdades de en-genharia, e os sócios individuais, pro-fessores que militam em prol de mu-danças e melhorias da qualidade do ensino de engenharia no Brasil, o que contribui diretamente para a formação dos profissionais.

A importância do Ensino Médio

Segundo Nival, há preocupação quanto à comunidade acadêmica da categoria. Para ele, é preciso atuar em uma série de variáveis, sendo o Ensi-no Médio um desses fatores. Uma das dificuldades, de acordo com o profes-sor, está no fato de serem perceptí-veis as dificuldades encontradas pe-los alunos ao cursar tantas disciplinas exatas, como Matemática, Física e

Química, sem ter uma base adequada na Escola Média.

A avaliação dos cursos da catego-ria é realizada pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Ena-de), por meio do Inep. O desempenho dos alunos é observado nas provas, mas outros fatores, como produção ci-entífica, integração com indústrias e estruturas de desenvolvimento também fazem parte do método de verificação do ensino.

Anualmente, é realizado o Congres-so Brasileiro de Educação em Enge-nharia (Cobenge), cujas discussões apontam para a necessidade de estu-dar metodologias inovadoras, adapta-ção da grade curricular e avaliaadapta-ção do ensino das áreas tecnológicas, e que ações têm sido tomadas para melho-rias, como resultado da trocas de in-formações sobre atividades e

proble-mas de interesse comum, tanto no exercício profissional quanto em rela-ção às entidades, buscando aperfeiço-ar a organização administrativa e téc-nica das instituições, prestando escla-recimentos sobre a legislação vigente e intercedendo junto às autoridades, nos casos da revisão e da proposta de legislação afetarem o ensino de enge-nharia. “A missão dos encontros é pro-mover melhorias de ensino e atender demandas das universidades brasilei-ras”, diz Nival.

“A formação média do aluno tem valor na hora de cursar as modalida-des da Engenharia. O salário já assus-tou mais, agora é o que está sendo cada vez mais valorizado”, conclui Nival em referência a luta e aos ganhos das ações de instituições como o SENGE-RJ, no que diz respeito ao Salário Mí-nimo Profissional.

O saber técnico não é tudo

De acordo com o vice-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio) professor Luiz Carlos Scavarda, quanto à quali-dade do ensino, as típicas capacida-des não técnicas, tais como

empre-O

A formação média do aluno tem valor

na hora de cursar as

modalidades da Engenharia

Nival Pereira Nunes

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Fique sócio

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endedorismo, capacidade de trabalhar em grupo, facilidade de interação inter-pessoal, visão de mercado, percepção dos problemas sociais e de meio am-biente, preocupação com a sustentabi-lidade, entre outras, precisam ser muito trabalhadas, já que as qualidades emi-nentemente técnicas dos formandos são, em geral, ou boas ou, pelo menos, razoáveis.

O professor Scavarda afirma que o necessário para adequar a demanda à oferta de engenheiros, com a quali-ficação necessária para os setores atu-almente em expansão no Brasil, é “tra-tar os diversos cursos de Engenharia com o objetivo de reduzir a imensa evasão, da ordem de 50%, para que o número de formandos não seja tão pe-queno. Em segundo lugar, é preciso um grande esforço junto à Escola Média, para mostrar a relevância da profis-são de engenheiros, de forma a aumen-tar o número atual de candidatos. Em terceiro lugar, é necessário investimen-to nas Escolas de Engenharia, para que possam absorver mais estudantes em seus cursos”, assegura.

Engenharia como solução social

Para o professor, a Engenharia de-ve ser vista como solução nacional, já que a sociedade como um todo se in-clui na forma de estruturação e apli-cação do ensino. Com isso, acentua: “Se não formarmos engenheiros com olhos voltados à sociedade para solu-cionar as dificuldades do país, eles con-tinuarão à reboque da Engenharia, ou seja, é essencial deixar claro para os profissionais a importância de sua car-reira, inclusive discutindo questões de âmbito social”.

A fim de evitar a importação de en-genheiros estrangeiros pelas empresas

que atuam no Brasil, o professor as-segura que um trabalho a longo prazo é possível de ser articulado e efetiva-do. Ainda assim, Scavarda diz que é necessário perceber que tudo isso vale para atender o mercado atual. "Se pen-sarmos em Engenharia como indutor de progresso, via inovação e aumento da competitividade do setor produtivo nacional, como fazem a Coréia do Sul, China, Índia, Cingapura e outros, en-tão o número de profissionais de En-genharia será ainda maior", afirma.

Como suporte aos estudantes, as mudanças deveriam começar no En-sino Médio, ao incluir disciplinas de tecnologia, a fim de mostrar aos jo-vens uma Engenharia diferenciada, com um olhar mais social. “O enge-nheiro não deve ter apenas uma for-mação técnica, deve ter a capacidade de olhar e modificar a natureza em prol de benefícios para a sociedade, fazen-do uso da tecnologia”, diz.

Engenharia, uma bandeira nacional

O professor sugere a discussão de temas grandes em conjunto com os sin-dicatos, escolas médias e superiores, governos e setores produtivos. “Ad-miro as forças vivas, como os sindica-tos, que levantam a bandeira da En-genharia como uma bandeira nacio-nal”, completa.

Incentivo à C & T

O diretor do SENGE-RJ e profes-sor da UFRJ, Agamenon Oliveira, afir-ma que é necessário despertar afir-mais interesse na população, principalmen-te nas camadas mais jovens, sobre ci-ência e tecnologia. “Cabem às insti-tuições tecnológicas e ao governo cri-arem atividades científicas, tais como feiras de ciências, exposições e premiações, para estimular o interes-se”, declara Agamenon.

EM 2010, VITÓRIA

COM O SMP

• O ano de 2010 foi de ganhos à categoria, no que diz respeito a algumas importantes ações judiciais movidas pelo SENGE-RJ, por exemplo, o sucesso da ação judicial, em segunda instância, a favor do Salário Mínimo Profissional (SMP) dos engenheiros da Central Logística. A sentença garantiu também que as horas extras fossem pagas com o adicional de 50% em relação à hora normal. O SMP, neste caso, foi fixado em nove vezes o salário mínimo nacional vigente. Portanto, os engenheiros da Central Logística que têm jornada de trabalho de 8 horas diárias fazem jus ao piso salarial de 9 salários mínimos.

Presidente da Abenge, Nival Nunes, lamenta a fragilidade do Ensino Médio

O engenheiro não deve ter apenas uma formação

técnica, deve ter a capacidade de olhar e modificar

a natureza em prol de benefícios para a sociedade

Luiz Carlos Scavarda

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Vice-reitor da PUC-RJ, Luiz Scavarda, propõe reduzir a evasão universitária

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z A coluna “Engenharia Cultural” é destinada a engenheiros que queiram publicar poesias, contos, crônicas, histórias de vida, ou mesmo fotos em alta resolução (300dpi) sobre a cidade ou de denúncia social. Para participar, envie sua colaboração para: imprensa@sengerj.org.br

SENGE-RJ na nova

Diretoria do Crea-RJ

A R T E , P O E S I A

E L I T E R A T U R A

Engenharia

Cultural

A magia das curvas

A beleza é a sua meta.

Só a vida deve ser reta.

Mas as curvas mais provocantes,

E também mais perigosas,

São aquelas que além de sinuosas,

São também insinuantes.

Por isso na arquitetura de Oscar,

Na mulher ou nas ondas do mar,

Elas requebram, sem se quebrar.

Essas curvas são de arrasar.

Na arquitetura ela é rainha,

Dá uma graça onde não se tinha.

Doces engenheiros

de um país salgado

Tão valorosos, mas tão rejeitados,

Mentes maravilhosas em corpos desprezados

Muitos partiram para o trabalho braçal

Tremendo desperdício que ao Brasil faz mal.

Mas mesmo sendo marginalizados,

Os engenheiros de um povo varonil

Transformaram o país do pré-sal

Num promissor futuro

Para um doce Brasil.

Elson Oliveira é engenheiro eletricista

São José do Vale do Rio Preto

São José do Vale do Rio Preto

São José do Vale do Rio Preto Vale do Cuiabá – Itaipava

Vale do Cuiabá – Itaipava

DESASTRE NA SERRA

• O SENGE-RJ coor-dena um grupo de trabalho e acompa-nha o desfecho da tragédia na Região Serrana, causada por enchentes, des-lizamentos e negli-gência, resultando em quase mil mor-tes, no início do ano. O engenheiro Carlos Fonseca fo-tografou algumas áreas atingidas.

Fotos de Carlos Fonseca, engenheiro eletricista de Furnas

Vitória para os

engenheiros

da Comlurb

O Sindicato dos Engenheiros no Es-tado do Rio de Janeiro é autor, mais uma vez, de uma vitória que merece desta-que. A 6ª turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) julgou procedente a ação em defesa dos engenheiros da Comlurb, que possibilita extensão dos di-reitos a outras categorias.

A ação contra a Comlurb vai garan-tir a esses profissionais as promoções por tempo de serviço, com o pagamento das diferenças salariais devidas. Essa é mais uma bela vitória do Sindicato e dos engenheiros da Comlurb.

Conselheiros elegeram, em plenária realizada no dia 24 de janeiro, a nova Diretoria do Con-selho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Esta-do Esta-do Rio de Janeiro (Crea-RJ).

Como 1º vice-presidente do Crea-RJ foi eleito o engenheiro eletricista Clayton Guimarães do Vabo. O também engenheiro ele-tricista José Amaro Barcelo foi eleito 3º tesoureiro. Ambos são di-retores do Sindicato dos Enge-nheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ) e terão mandato até o final de 2011.

Portanto, a composição da di-retoria do Crea-RJ ficou da seguin-te maneira: presidenseguin-te: Agostinho Guerreiro; 1º vice-presidente – Clayton Guimarães do Vabo; 2º vice-presidente – Sérgio Niskier; 1º diretor administrativo – Rockfeller Maciel Pecanha; 2ª diretora admi-nistrativa – Francisca Maria Alves Pinheiro; 3º diretor administrativo – Sirney Braga; 1° diretor-finan-ceiro – Antônio Cláudio Santa Rosa Miranda; 2° diretor-financeiro – Ricardo do Nascimento Alves; 3° diretor-financeiro – José Amaro Barcelos Lima

art

Engenheiro, ao preencher a sua Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no campo referente

ao Código de Entidade de Classe, anote o número 27. Desta forma, você estará repassando 10% de sua ART para o Sindicato dos Engenheiros e estará contribuindo para que o Senge fortaleça a luta em defesa dos engenheiros e da engenharia nacional. Acesse a página eletrônica do sindicato (www.sengerj.org.br) e conheça um pouco mais a sua entidade representativa.

GARANTIA PARA O ENGENHEIRO E A SOCIEDADE

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Coluna do

O mercado de trabalho de engenharia

em contexto de crescimento econômico

desempenho positivo da econo-mia brasileira nos últimos anos tem se refletido no mercado de trabalho. A taxa de desemprego vem apresentando queda contínua, ainda que não constante. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo DIEESE1, aponta uma redução da ta-xa de 17,9% em 2005 para 11,9% em 20102.

Os rendimentos, por sua vez, vêm crescendo. Entre 2005 e 2010, no con-junto das regiões pesquisadas, aumen-taram os rendimentos mensais médios reais de ocupados (9,5%) e de sua parcela assalariada (6,1%).

Em face do debate sobre o aque-cimento do mercado de trabalho da en-genharia, que seria ainda mais forte do que o crescimento médio do mercado de trabalho como um todo, um levanta-mento inicial nas bases de dados dis-ponibilizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta alguns elementos para análise.

Segundo os dados da RAIS3, o mer-cado de trabalho formal no Brasil ex-pandiu-se 24,0% em relação ao número de ocupações no período entre 2005 e

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ABEN tem nova diretoria

nova diretoria da Associação Bra-sileira de Energia Nuclear (Aben) tomou posse dia 6 de dezembro, no Clu-be de Engenharia. O presidente é o en-genheiro Edson Kuramoto, que há 24 anos trabalha no setor. Formado pela Universidade de Brasília, Kuramoto tem especialização na Alemanha em análise de segurança de usinas nuclea-res e mestrado em energia nuclear pela Coppe/UFRJ.

A diretoria foi eleita para o período 2011-2012 e é formada ainda por Mar-garida Mizue Hamada (1ª vice-presiden-te), Olga Cortes Rabelo Leão Simbalista

(2ª vice-presidente), Roberto Cardoso de Andrade Travassos (tesoureiro), Paulo Roberto de Souza (1º secretário) e Ro-gério Arcuri Filho (2º secretário).

A Aben, fundada em 1982, é uma entidade de cunho técnico e científico, que tem por objetivo divulgar a impor-tância do uso da energia nuclear, com fins pacíficos, para o desenvolvimento soberano do Brasil. A entidade congre-ga técnicos e cientistas, além de empre-sas, institutos de pesquisa, órgãos gover-namentais e outras organizações liga-das direta ou indiretamente ao setor nuclear brasileiro.

usina nuclear Angra 2 completou dez anos de operação comercial, em 1º de fevereiro, produzindo mais de 95 mi-lhões de megawatts-hora, o suficiente para abastecer uma cidade como o Rio de Ja-neiro por quase sete anos. Hoje, a usina contribui para o Sistema Interligado Na-cional, com indicadores de desempenho que a colocam na 21ª posição do ranking do setor, definido pela World Association of Nuclear Operators-WANO.

Angra 2, construída a partir do

Acor-10 anos de Angra 2

do Nuclear Brasil-Alemanha (1975), foi iniciada em 1981 e, após vários proces-sos de redução das obras por falta de recursos, tornou-se operacional em 2000 e iniciou sua operação em 2001.

Importante lembrar do esforço pro-fissional dos empregados da Eletrobras Eletronuclear, que souberam superar as dificuldades em muitos períodos des-ses dez anos da usina, e que são os reais responsáveis pelo sucesso agora comemorado.

2009. No mesmo período, o mercado da engenharia cresceu 31,6% no Brasil e 37,2% no estado do Rio de Janeiro. Isso aponta para o forte efeito que os investimentos recentes no estado têm sobre o mercado de trabalho da cate-goria. Em nível nacional, a proporção das ocupações da engenharia em re-lação ao total de vagas cresceu de 0,47% para 0,50% neste período.

A partir dos dados do CAGED4 identifica-se saldo positivo da movimen-tação ano a ano no mercado de trabalho da engenharia, ou seja, as admissões destes profissionais superaram os desligamentos no período analisado. A remuneração mensal média real5 dos admitidos variou 20,6% dentre os pro-fissionais da engenharia no período 2005-2010. Esses dados indicam que os profissionais da engenharia, com vínculo celetista, tiveram um aumento real da remuneração superior à média global dos ocupados e dos assalariados, no âmbito dos quais a política de valo-rização do salário mínimo tende a elevar a média, uma vez que parte significativa tem a sua renda associada ao salário mínimo nacional.

Quando se considera a relação en-tre a remuneração média mensal do profissional da engenharia e o piso salarial da categoria6, nota-se que, no período analisado, as remunerações são superiores ao piso. Essa razão aprese-ntou pequenas variações dentre os anos do período analisado, tendo como extre-mos 9,1 salários míniextre-mos de remu-neração média mensal em 2009 e 9,9 salários mínimos em 2005.

Entretanto, é preciso considerar que o cálculo do valor médio pode esconder peculiaridades. Como o mercado de trabalho da engenharia está aquecido, remunerações mais elevadas e de profissionais seniores podem elevar a média geral, não permitindo a identi-ficação dos setores e casos específicos em que a remuneração está em desa-cordo com o piso.

1 A PED é desenvolvida em parceria

com a Fundação SEADE e tem o apoio do Ministério do Trabalho/FAT. A pes-quisa é realizada nas Regiões Metro-politanas de Belo Horizonte, Porto Ale-gre, Recife, Salvador, São Paulo e Dis-trito Federal.

2 Os dados de 2009 e 2010 incluem

também como referência a Região Metropolitana de Fortaleza.

3 A base de dados da RAIS – Relação

Anual de Informações Sociais está atualizada até 2009. Ela contém o registro do estoque, em 31 de dezembro de cada ano, das ocupações no mer-cado formal de trabalho, tanto estatu-tários quanto celetistas.

4 O CAGED – Cadastro Geral de

Em-pregados e DesemEm-pregados – registra a movimentação mensal dos vínculos formais dos celetistas.

5 O inflator utilizado foi o IPCA-IBGE. 6 O salário mínimo profissional dos

engenheiros é definido pela Lei 4.950/ 66, que estabelece a remuneração mí-nima obrigatória para os profissionais empregados e regidos pela CLT. Para uma jornada de 40 horas semanais, o piso é de 9 salários mínimos.

SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL • Engenheiro, exija seu direito • LEI 4950-A/66

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Adriana Martins

SENGE-RJ continua na luta pelo Projeto Central – Aceleração de Transporte Ferroviário no estado, criado em conjunto com o Crea-RJ, CUT-RJ, Clube de Engenharia, Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Sindi-cato dos Petroleiros de Duque de Caxias, Comissão de Transportes da Câmara Fe-deral, Comissão Nacional de Trabalhadores de Transporte, Comissão do Trem, Seaerj, MUB, Famerj, Fameg e Comamea.

Mas com a aprovação da renovação do contrato que concede à SuperVia, con-cessionária de trens metropolitanos, a permanência por mais 25 anos, a partir de 2023, no comando das linhas de trem da região, será árduo o caminho para manter o Projeto Central e tirá-lo do pa-pel. Apesar disso, o SENGE-RJ soma for-ças para manter essa luta e exigir um transporte digno para a população, seja por meio de seminários, assembleias e audiências públicas. O deputado Ales-sandro Molon entrou com uma represen-tação no Ministério Público para que haja apurações e investigações no novo con-trato, que ele considera inconstitucional.

Perde a Central e a população

Com a renovação do contrato com a SuperVia, a Companhia Estadual de En-genharia de Transportes e Logística (Cen-tral), que tinha sob sua responsabilidade os bondes de Santa Teresa e os projetos de trens urbanos para os trechos de Vis-conde de Itaboraí a Niterói e Guapimirim-Saracuruna, irá perder esses últimos tre-chos para a SuperVia, sendo que, na ope-ração contratual, quem assume 60% da concessão é a Odebrecht Transport, atu-ante nos setores rodoviário, de transporte urbano, de infraestrutura de logística (por-tuária e dutos).

O diretor do SENGE-RJ Jorge Sarai-va informa que, além da ilegalidade, a ini-ciativa do atual Governo do Estado invia-biliza o Projeto Central, que é de baixo custo e tem a intenção de colaborar para a qualidade de vida da população dos municípios envolvidos, principalmente da população de baixa renda.

“Pelo visto não há interesse por parte do Estado em investir nesse projeto. E, na verdade, só temos aspectos positivos com esta causa, pois é uma iniciativa gratuita,

em termos de consultoria. Quanto ao VLT, proposto no projeto Central, a fabricação é nacional. As linhas ferroviárias do projeto já existem e são subutilizadas. A demanda por transporte atual é grande e será ainda mai-or com as obras em tmai-orno do projeto”, res-salta o diretor.

Inconstitucionalidade

Jorge Saraiva reuniu-se com o depu-tado federal Alessandro Molon, para de-bater a iniciativa do Projeto Central em disponibilizar um plano eficiente para or-ganizar o sistema ferroviário do estado. Na ocasião, Saraiva reafirmou que, além da ilegalidade, a iniciativa do atual Go-verno do Estado impede que se ponha em prática este projeto do Sindicato, ten-do em vista que quem assumirá a maior fração da responsabilidade ferroviária em questão é uma empresa privada.

Molon ressaltou que, para se renovar uma concessão, é preciso cumprir pelo menos a metade do contrato anterior, o que não foi respeitado pelo novo acordo entre o Estado e a SuperVia. Além disso, não houve discussão com a sociedade tampouco avaliação contratual, o que sig-nifica que pode haver uma série de irre-gularidades no processo.

“O Governo do Estado já assinou novo período contratual, embora isso seja inconstitucional. Então, o objeto do con-trato está sendo modificado e não pror-rogado”, alega Molon.

O deputado já entrou com uma re-presentação no MP para que haja apu-rações e investigações no novo con-trato: “A representação no Ministério Público é um pedido de análise do con-trato. Diante dos documentos que a SuperVia terá que encaminhar e com os resultados obtidos será possível

su-gerir a anulação da proposta”, afirma. “No caso do Metrô, já foi verificada a irregularidade. Quanto à SuperVia, ada é preciso verificar essa etapa e in-vestigar as documentações”, reitera.

A luta da sociedade

Contudo, os ministérios Público, do Meio Ambiente, do Transporte, além de empresários e governantes já estão ci-entes do projeto ferroviário. Nesse sen-tido, o Projeto Central é a primeira de uma série de propostas que visam a so-lução das urgências da população que circulam pelos municípios de Magé, Guapimirim, Itaboraí, Duque de Caxias, Itaguaí e Rio de Janeiro.

Desse modo, o SENGE-RJ, juntamen-te com representanjuntamen-tes do Projeto Cen-tral, entrou em um consenso para que se-jam realizadas audiências públicas regio-nais nos municípios que têm interesse na luta em prol de um transporte seguro, vi-ável, barato e de qualidade para a popu-lação, especialmente aqueles que moram longe de seus locais de trabalho. Repre-sentantes de Itaguaí, Magé, Guapimirim, Itaboraí e Duque de Caxias já estão se mo-bilizando com a população e pretendem se articular política e economicamente, junto a governantes e empresas, para fir-mar o Projeto Central como prioridade.

O presidente do SENGE-RJ, Olímpio dos Santos, afirmou que é preciso vocar a população a se mobilizar e con-solidar o projeto. “O SENGE-RJ pode se encarregar disso junto à CUT, ao Crea-RJ e a outras entidades para o empenho do transporte”, acentuou. Foi decidido que cada município integrado ao movimento deverá marcar uma au-diência pública para apresentar o Pro-jeto Central em debate.

Sem olhos nem ouvidos para a sociedade

O diretor do SENGE-RJ Jorge Saraiva e o deputado Alessandro Molon conversam sobre o Projeto Central

Renovação da Concessão

da Supervia é ilícita e

inviabiliza o Projeto Central

Adriana Martins

O

SENGE-RJ vai ao Faixa Livre

debater melhorias para o

sistema ferroviário do Rio

• O diretor SENGE-RJ Luiz Anto-nio Cosenza marcou presença no debate realizado no programa Fai-xa Livre, Rádio Bandeirantes 1360 khz AM, dia 28 de janeiro. Com ele, estiveram o ferroviário Valmir Le-mos, conhecido como “Índio”; e Ed-gar Vaz, na representação do dire-tor da Divisão Técnica de Trans-porte do Clube de Engenharia e da Federação de Metroviários. O de-putado federal eleito Alessandro Molon (PT-RJ) deu seu depoimen-to ao programa no dia 31. Foram debatidas, tanto do ponto de vista técnico quanto político, as alterna-tivas para o sistema ferroviário no Brasil e os recursos que a popula-ção tem para ser ouvida.

Alessandro Molon disse que o problema dos transportes é um dos que mais afeta a vida dos trabalha-dores. Ele ressaltou o grande tem-po que é gasto no trânsito e valori-zou a iniciativa do Projeto Central. Sobre a renovação do contrato da SuperVia, Molon considera "mais uma daquelas prorrogações irregu-lares de concessão" e diz que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transpor-tes Aquaviários, Ferroviários, Me-troviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), ao contrário de seu dever de regu-lação, aprovou a concessão na mes-ma sessão em que aplicou multa de R$150 mil na SuperVia, devido a uma série de agressões realizadas por funcionários a passageiros (2008). "A concessão que iria até 2023 vai até 2048. É um escândalo na minha opinião". O deputado federal considera difícil a iniciati-va junto ao Ministério Público para a instalação de uma CPI de Metrô e SuperVia, embora já te-nha recolhido a quantidade de as-sinaturas suficiente.

Outro aspecto levantado foi o fato de que alguns trechos não constavam no contrato da Su-perVia, sendo inseridos com a re-novação da concessão, o que só poderia ser feito a partir de uma nova licitação, já que o que se está prorrogando são outras linhas.

Referências

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