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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Goiás. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Recolhimento

espontâneo em atraso

a ICMS - Serviço de

comunicação

a ICMS - Serviço de transporte

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

29/2014

Goiás

/

a

Federal

IPI

Industrialização - Renovação ou recondicionamento . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Antecipação tributária . . . . 04

/

a

IOB Setorial

Federal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito presumido - Indústria auto-motiva . . . . 13

/

a

IOB Comenta

Estadual

ICMS - Entrega de bens e mercadorias a terceiros, adquiridos por órgãos ou entidades da administração pública . . . . 14

/

a

IOB Perguntas e Respostas

ICMS/GO

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : industrialização : renovação ou recondicionamento.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2199-9

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-06481 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Industrialização - Renovação ou

recondicionamento

SUMÁRIO

1. Hipótese de incidência

2. Operações não sujeitas à incidência do imposto 3. Base de cálculo

4. Documentação fiscal (operações sob encomenda) 5. CFOP

6. Solução de consulta

1. HIPótESE dE InCIdênCIa

As operações consideradas pela legislação do IPI como industrialização (transformação,

beneficiamento, montagem etc.) estão expressamente indicadas no art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. Entre as referidas operações figuram as de renovação ou recondicio-namento, ou seja, aquelas que, exercidas sobre produtos usados ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renovem ou restaurem o produto para a sua utilização.

Assim, os produtos resultantes da operação de renovação ou recondicionamento poderão estar sujeitos à incidência do tributo. Contudo, a incidência em causa só alcança a operação cujos produtos renovados ou recondicionados se destinem à comer-cialização (pelo próprio executor da operação ou por aquele que a tenha encomendado).

Caso contrário, isto é, se os produtos forem destinados a uso próprio (daquele que executou a operação ou daquele que a tenha encomendado), a operação estará fora do campo de incidência do IPI, conforme veremos no item seguinte.

Analisando essa questão, a Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da

Fazenda decidiu que a substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes) em rolamentos usados indica a renovação ou restauração do produto e o sujeita à incidência do imposto.

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB - (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

Transcrevemos, a seguir, a ementa da referida decisão (divulgada no DOU 1 de 22.03.1999) e, logo depois, as considerações de maior interesse à ma-téria contidas no voto do conselheiro-relator:

Acórdão: 203-04.464 - DOU de 22.03.99 Processo: 10783.005325/92-18 Sessão: 12 de maio de 1998 Recurso: 97.198 Recorrente: ... Recorrida: DRF em Vitória - ES IPI - a) Rolamentos Usados - Reno-vação ou Restauração - Incidência do Imposto - A substituição de peças desgastadas (esferas, agulhas e roletes), indica a renovação ou restauração do pro-duto e sujeita-o a incidência do imposto. b) [...] Voto do Conselheiro-Relator Mauro Wasilewski O cerne da questão é saber se a atividade consiste na mera “limpeza (lavagem) e engraxamento dos rolamentos usados” ou renova os rolamentos colocando roletes, esfe-ras e agulhas, que se desgastam com a utilização. Ocorre que a empresa não mais opera no endereço, sendo impossível a realização de nova verificação in loco. Todavia, depreende-se dos autos, máxime do termo de verificação de atividade, item 4 (fls. 01), que foi lavrado no próprio estabelecimento, que é feita a desmontagem, sele-cionadas as partes, limpeza, polimento com “recuperação das partes boas” e posterior montagem dos rolamentos. Obviamente, se são recuperados (sic) apenas as partes boas, as desgastadas são substituídas e, assim sendo, ocorre renovação ou restauração dos rolamentos, ativi-dade que é gravada pelo IPI.

(RIPI/2010, art. 4º)

a

Federal

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça

a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere,

portanto, no campo de incidência do IPI

(4)

2. OPEraçõES nãO SujEItaS à InCIdênCIa dO IMPOStO

Não são considerados industrialização o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas opera-ções forem executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio desses produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Diante da mencionada disposição regulamentar, conclui-se que:

a) haverá incidência do IPI quando o produto usa-do, submetido a qualquer das operações cita-das (conserto, restauração ou recondiciona-mento), se destinar à comercialização pelo pró-prio executor ou quando essas operações fo-rem executadas em produtos usados de tercei-ros e estes os destinarem (consertados, restau- rados ou recondicionados) à comercialização; b) se o produto for destinado a uso próprio do en-comendante, a operação estará fora do campo de incidência do IPI, sujeitando-se apenas à incidência do ISS, de competência dos municí-pios, e à do ICMS, que recairá sobre o valor de partes e peças eventualmente empregadas.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 recauchutagem de pneus para usuário final

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabe-leça a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere, portanto, no campo de incidência do IPI.

Entretanto, como já dissemos, a operação somente será gravada pela incidência do imposto caso o produto (pneu recauchutado) seja destinado à comercialização pelo próprio estabelecimento que executou a recauchu-tagem ou por aquele que a tenha encomendado. Não se verificando tal hipótese, a operação estará sujeita à incidência do ISS, de competência dos municípios.

(Parecer Normativo CST nº 299/1970; Parecer Normativo CST nº 437/1970)

2.2 realização de pequenos consertos, limpeza etc.

A realização de pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, limpeza, revisão etc., não caracteriza o recondicionamento ou a renovação.

Nesse sentido, o item 3 do Parecer Normativo CST nº 214/1972 esclarece que:

Para que se caracterize o recondicionamento ou a renova-ção não basta que sejam efetuados pequenos consertos,

mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcionamento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restau-ração da pintura não caracterizam o recondicionamento.

Ainda a respeito do assunto, vejamos, a seguir, a ementa da decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 30.10.1995, no julgamento da Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG:

Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG Relator: O Exmº Sr. Juiz Tourinho Neto Apelante: Fazenda Nacional

Procurador: Dr. André Luiz da Silva Cristino Apelada:

Advogada: Dra. Mara Rúbia Pedrosa Remetente: Juízo Federal da 5ª Vara-MG

Ementa Tributário. Industrialização. Inocorrência. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

A simples manutenção, reforma parcial, pintura, troca de peças gastas, não caracterizam industrialização, para efeito de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.

Acórdão

Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação e à remessa.

Brasília - DF, 30 de outubro de 1995 (data do julgamento). Tourinho Neto

Juiz Presidente e Relator

(Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

3. BaSE dE CálCulO

Para determinação da base de cálculo (valor tributável do IPI), o contribuinte deverá atentar para as regras constantes dos subitens seguintes.

3.1 renovação para revenda

Na hipótese de produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010 (renovação ou recondicionamento), o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisi-ção e a revenda.

É oportuno ressaltar, ainda, que o critério de fixa-ção do valor tributável previsto no art. 194 do RIPI/2010 é aplicável apenas no caso de produto resultante do processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010, ou seja, renovação ou recondicionamento, não sendo extensivo à hipótese em que se obtém o produto por meio de outros processos descritos no referido dispositivo (transformação, por exemplo).

(5)

3.2 renovação de produtos locados ou arrendados

As saídas de produtos, fabricados pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente, destina-dos à locação ou ao arrendamento, estão sujeitas à incidência do IPI. Todavia, a saída subsequente à pri-meira não se sujeita à incidência do imposto, salvo se o produto tiver sido submetido a nova industrialização.

Verifica-se, assim, que, se o produto recebido após o término da locação ou do arrendamento for submetido a nova industrialização, sua saída subse-quente estará sujeita à incidência do IPI (com direito ao crédito pela reentrada), cuja base de cálculo deverá corresponder ao preço corrente do produto, ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente.

(RIPI/2010, art. 192)

3.3 renovação sob encomenda de terceiros

Se o retorno do produto ficar sujeito à incidência do IPI, isto é, quando o encomendante o destinar à comercialização, constituirão valor tributável, para fins de lançamento do imposto pelo estabelecimento industrializador, o preço da operação, compreendidos os produtos tributados de sua industrialização ou importação, utilizados na respectiva operação, e o valor da mão de obra cobrado.

(RIPI/2010, art. 492, II)

4. dOCuMEntaçãO FISCal (OPEraçõES SOB EnCOMEnda)

4.1 nota fiscal relativa à entrada

O contribuinte deve emitir nota fiscal relativa à entrada (modelo 1 ou 1-A), ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, na hipótese de o remetente dos objetos destinados a conserto, restauração ou recondicionamento não estar obrigado à emissão de documentos fiscais.

Se o remetente for contribuinte regularmente inscrito, os objetos serão acompanhados da nota fiscal por ele emitida, não se cogitando, portanto, da emissão de nota fiscal relativa à entrada.

(RIPI/2010, art. 407, IV, art. 429, art. 434, caput, IV; Ajuste Sinief nº 7/2005)

4.1.1 registro de Entradas

O lançamento no livro Registro de Entradas será feito com base na nota fiscal emitida pelo remetente ou no documento fiscal relativo à entrada, conforme o caso.

Nota

A contar de 1º.01.2014, todos os estabelecimentos dos contribuintes do ICMS/IPI estão obrigados a adotar a Escrituração Fiscal Digital (ICMS/IPI) e, em função disto, devem observar as regras de preenchimento previstas no Ato Cotepe nº 9/2008 e no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital. Esta obrigatoriedade não se aplica ao microempreendedor individual (MEI) sujeito ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) e a microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma da Lei Complementar n° 123/2006, art. 20, § 1º.

No tocante às empresas optantes pelo Simples Nacional, a obrigatorie-dade iniciará em 1º.01.2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação (Protocolo ICMS nº 3/2011).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; RIPI/2010, art. 456 e art. 457; Ato Cotepe nº 9/2008)

4.2 retorno ao encomendante

O produto consertado, restaurado ou recondi-cionado, quando restituído, será acompanhado de nota fiscal com lançamento do IPI, se devido, na qual serão mencionados os dados do documento fiscal de que trata o subitem 4.1.

(RIPI/2010, art. 392, I, art. 396, I, e art. 407, IV)

5. CFOP

Nos termos da Segunda Nota Genérica do Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP), do Con-vênio Sinief s/nº de 15.12.1970, o vocábulo “Industriali-zação”, constante da Codificação de Entradas e Saídas de Mercadorias, compreende também as operações de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galva-noplastia, acondicionamento, confecção, pintura, lustra-ção e similares, bem como as de conserto e restauralustra-ção de máquinas e aparelhos e a de recondicionamento de motores, quando estiverem, parcial ou totalmente, sujeitas ao Imposto de Circulação de Mercadorias, ainda que ao abrigo de suspensão ou diferimento.

Reproduzimos, a seguir, quadro sinótico com os CFOP relacionados à remessa e ao retorno de bens objeto de industrialização por encomenda, nas moda-lidades de renovação ou recondicionamento.

Entradas Saídas

CFOP Descrição CFOP Descrição

1.901/2.901 Entrada para industrialização por encomenda 5.901/6.901 Remessa para industrialização por encomenda

1.902/2.902 Retorno de mercadoria remetida para industrialização por encomenda 5.902/6.902 Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por encomenda 1.903/2.903Retorno de mercadoria remetida para industrialização e não aplicada no referido processo 5.903/6.903Retorno de mercadoria recebida para industrialização e não aplicada no referido processo (devolução dos

insu-mos remetidos pelo autor da encomenda) 1.915/2.915

Entrada de mercadoria ou bem recebido para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas de mercado-rias ou bens recebidos para conserto ou reparo

5.915/6.915

Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo: Classificam-se neste código as remessas de mercado-rias ou bens para conserto ou reparo

(6)

6. SOluçãO dE COnSulta

Por meio da Solução de Consulta Cosit nº 17/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), foi dado o entendimento de que o estabelecimento que impor-tar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabele-cimento importador, à operação de corte para redução de tamanho do produto, sem modificar a espessura, e mantida a forma original, não constitui operação de industrialização, uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto.

O executante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estran-geira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o imposto na saída do produto.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Con-sulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 17, DE 16.01.2014 - DOU 1 DE 10.02.2014

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: INDUSTRIALIZAÇÃO - CORTE DE PRODUTO - REDUÇÃO DE TAMANHO.

O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê--lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de indus-trialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa

ou altera a utilização ou funcionamento do produto. O exe-cutante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estrangeira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o IPI na saída do produto. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 3º, art. 4º, inciso II, art. 9º, inciso I, art. 35 e art. 39; PN CST nº 154, de 1971; PN CST nº 369, de 1971; E PN CST nº 398, de 1971

Ementa: CONSULTA - INEFICÁCIA PARCIAL - CLASSIFI-CAÇÃO FISCAL - TUBOS DE AÇO.

É ineficaz a consulta formulada na parte em que não se refira à interpretação da legislação tributária, não aten-dendo ao art. 3º, inciso III e IV, “ex vi” do art. 1º, da IN RFB nº 1.396, de 2013. Os processos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e sobre classificação fiscal de mercadorias, são espécies distintas, que atendem a propósitos específicos e não se confundem. Questões envolvendo a determinação do correto enquadramento fiscal de um produto na Tipi, não podem ser abordadas teoricamente, em processo de interpretação da legislação tributária. Ao contrário, havendo dúvidas sobre o enquadra-mento, só cabe dirimi-las apreciando-se o bem concreto, sobre o qual residem as dúvidas, de forma a determinar-se sua correta classificação fiscal. Essa análise só pode ser realizada por meio da consulta específica de classificação fiscal de mercadorias, corretamente instruída para tanto, observando-se, em particular, o disposto nos arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2007.

Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, inciso I, c/c art. 1º.

Fernando Mombelli - Coordenador-Geral (Solução de Consulta Cosit nº 17/2014)

N

Entradas Saídas

CFOP Descrição CFOP Descrição 1.916/2.916

Retorno de mercadoria ou bem remetido para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas em retorno de mercadorias ou bens remetidos para conserto ou reparo

5.916/6.916

Retorno de mercadoria ou bem recebido para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas em devolução de mercadorias ou bens recebidos para conserto ou reparo (Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970)

a

Estadual

ICMS

Antecipação tributária

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Mercadoria sem destinatário certo ou destinada a contribuinte não inscrito ou irregular

3. Diferencial de alíquotas 4. Operações interestaduais

5. Entrada de farinhas e arroz provenientes de outra Unidade da Federação

6. Escrituração do pagamento antecipado do ICMS na EFD 7. Substituição tributária

8. Penalidades 9. Jurisprudência

1. IntrOduçãO

Existem situações em que o imposto relativo a determinadas operações ou prestações é recolhido antecipadamente por força do que determina a legis-lação tributária competente.

(7)

2. MErCadOrIa SEM dEStInatárIO CErtO Ou dEStInada a COntrIBuIntE nãO InSCrItO Ou IrrEGular

A pessoa, inscrita ou não como contribuinte do imposto, que conduzir mercadoria procedente de outra Unidade da Federação, destinada à comercia-lização ou industriacomercia-lização, sem destinatário certo neste Estado, ou destinada a contribuinte não inscrito no cadastro estadual ou em situação cadastral irre-gular, deve recolher o ICMS por antecipação.

O imposto deve ser recolhido quando a mercadoria adentrar em território goiano, no 1º posto fiscal de divisa interestadual ou, na falta deste, na Agência Fazendária (Agenfa) do município onde se situar esta divisa ou, ainda, caso o ingresso se faça por meio de transporte aéreo, aquaviário ou ferroviário, na Agenfa em cuja circunscrição ocorrer o desembarque da mercadoria.

(Instrução Normativa GSF nº 155/1994, art. 3º, III, “a”)

3. dIFErEnCIal dE alíquOtaS

Relativamente ao diferencial de alíquotas, tratando-se de contribuinte obrigado a manter e escriturar livros fiscais, o pagamento do ICMS devido é efetuado no mesmo prazo fixado para o pagamento do imposto devido pelas operações ou prestações que realizar, porém, nos demais casos, o diferencial de alíquotas deve ser recolhido por antecipação.

Assim, recolherá o imposto antecipadamente o contribuinte não autorizado a manter escrituração fiscal, relativamente à diferença de alíquotas, na aquisição de mercadoria para uso, consumo final ou integração ao Ativo Fixo do estabelecimento, ou pela utilização de serviço de transporte ou de comu-nicação, em operação ou prestação interestadual não vinculada à operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do imposto.

Da mesma forma do item anterior, o ICMS deve ser recolhido no momento em que a mercadoria adentrar no território goiano, no 1º posto fiscal de divisa inte-restadual ou, na falta deste, na Agenfa do município onde se situar esta divisa ou, ainda, caso o ingresso se faça por meio de transporte aéreo, aquaviário ou ferroviário, na Agenfa em cuja circunscrição ocorrer o desembarque da mercadoria.

(RCTE-GO/1997, art. 76, II; Instrução Normativa GSF nº 155/1994, art. 3º, III, “b”)

4. OPEraçõES IntErEStaduaIS

No Estado de Goiás, o pagamento do ICMS devido relativamente à operação interestadual e à prestação de serviço de transporte interestadual

rela-cionados em ato próprio do Secretário da Fazenda é efetuado antes de iniciada a saída ou a prestação, por intermédio de documento de arrecadação distinto, observado o seguinte:

a) o comprovante do pagamento do imposto deve acompanhar o documento fiscal próprio para validar a cobertura fiscal do produto no transporte;

b) é permitido ao contribuinte que mantenha es-crituração fiscal utilizar seu saldo credor para substituir o documento de arrecadação exigi-do em cada saída exigi-do produto ou prestação de serviço, exceto em relação ao produto e à prestação de serviço excluídos desta permis-são por ato próprio do Secretário da Fazenda; c) na hipótese da letra “b”, o contribuinte reme-tente deve utilizar o Demonstrativo da Existên-cia de Saldo Credor do ICMS (Desi), na forma estabelecida em ato do Secretário da Fazenda; d) o contribuinte deve apresentar ao órgão

fazen-dário em cuja circunscrição se localizar seu es-tabelecimento os livros e os documentos fiscais exigidos para demonstrar o valor do saldo apu-rado no período imediatamente anterior à saída; e) o produtor que promover a saída interesta-

dual com emissão de documento por intermé-dio de órgão fazendário pode, de acordo com as normas estabelecidas em ato do Secretário da Fazenda, subtrair o crédito presumido do débito correspondente a essa saída.

(RCTE-GO/1997, art. 76, V)

4.1 Produtos sujeitos

Na operação interestadual e respectiva pres-tação de serviço de transporte com os produtos a seguir enumerados, o ICMS correspondente deve ser pago antecipadamente, na forma prevista no RCTE-GO/1997, art. 76, V:

a) algodão em caroço e em pluma e caroço de algodão; b) feijão; c) milheto; d) milho; e) soja; f) sorgo;

g) couro em estado fresco, salmourado ou salga-do e wet-blue;

h) queijo e requeijão; i) gado bovino e bufalino; j) semente de capim.

(8)

4.2 Casos de não aplicação

Com exceção da operação e da prestação com semente de capim, não se sujeitam à antecipação a saída de semente dos produtos relacionados no item anterior, genética, básica, certificada de 1ª geração (C1), certificada de 2ª geração (C2), não certificada de 1ª geração (S1) e não certificada de 2ª geração (S2), destinadas à semeadura, desde que produzidas sob controle de entidades certificadoras ou fiscaliza-doras, bem como as importadas.

O disposto tem aplicação desde que atendidas as disposições da Lei nº 10.711/2003, regulamentada pelo Decreto nº 5.153/2004, e as exigências esta-belecidas pelos órgãos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou por outros órgãos e entidades da administração federal, dos Estados e do Distrito Federal, que mantiverem convênio com aquele Ministério, bem como a respectiva prestação de serviço de transporte.

A exigência do pagamento antecipado não se aplica:

a) à operação e à prestação de serviço de trans-porte realizadas:

a.1) por contribuinte que tenha celebrado Termo de Acordo de Regime Especial (Tare) para: a.1.1) fruição de benefícios dos Progra-mas Fomentar e Produzir e seus subprogramas e crédito especial para investimento;

a.1.2) concessão de prazo de pagamento do ICMS diferente daqueles previs-tos na Instrução Normativa GSF nº 598/2003 e em instrução normativa que trata do calendário fiscal (in-clusive para o substituto tributário); a.2) pela Companhia Nacional de

Abasteci-mento (Conab);

b) ao contribuinte que obtiver Termo de Creden-ciamento junto à Superintendência de Gestão da Ação Fiscal (SGAF) dispensado do paga-mento antecipado, observados os critérios previamente estabelecidos em ato do titular dessa Superintendência;

c) à prestação de serviço de transporte realizada por estabelecimento transportador filial da em-presa remetente;

d) ao contribuinte enquadrado no Simples Na-cional, nos termos da Lei Complementar nº 123/2006, exceto com relação às situações em que o contribuinte seja o substituto tributário. Vale ressaltar que a não aplicação do pagamento antecipado do imposto, exceto quanto ao disposto

no item “d”, não se aplica à operação com couro em estado fresco, salmourado ou salgado e wet-blue.

(Instrução Normativa GSF nº 598/2003, art. 1º, §§ 2º a 3º-B)

4.3 aplicação no serviço de transporte

A exigência de pagamento antecipado do ICMS aplica-se, também, ao serviço de transporte de:

a) açúcar e álcool, por ocasião da saída da usina; b) calcário e gesso (fosfogesso e sulfato de cál-cio) quando destinados à utilização como cor-retivo de acidez ou como condicionador de solo, respectivamente;

c) óleo de soja;

d) farelos, tortas, farinhas e outros resíduos in-dustriais, de origem vegetal ou animal;

e) carga que corresponda a transporte de produ-to a granel.

(Instrução Normativa GSF nº 598/2003, art. 1º, § 5º)

4.4 utilização do demonstrativo da Existência de Saldo Credor do ICMS (desi)

É permitido ao contribuinte que mantenha escritura-ção fiscal, exceto em relaescritura-ção à operaescritura-ção com couro em estado fresco, salmourado ou salgado, utilizar seu saldo credor para substituir o documento de arrecadação exigido em cada remessa do produto ou prestação de serviço, hipótese em que deve utilizar o Desi, constante do Anexo I da Instrução Normativa GSS nº 598/2003.

O Desi deve ser preenchido em 2 vias, que, após serem numeradas e visadas pela repartição fiscal, devem ter a seguinte destinação:

a) a 1ª via deve ser retida pelo órgão fazendário responsável pelo visto, devendo ser encaminha-da para a delegacia fiscal encaminha-da sua circunscrição; b) a 2ª via deve ser arquivada no

estabelecimen-to emitente, para exibição ao Fisco.

O Extrato do Desi, emitido pelo Sistema Informatizado da Secretaria da Fazenda, conforme modelo constante do Anexo III da Instrução Normativa nº 598/2003, é o documento hábil para substituir o documento de arrecadação exigido em cada remessa do produto ou prestação de serviço, devendo acom-panhar a mercadoria no seu trânsito e ser entregue, pelo transportador, ao destinatário.

Fica dispensada a emissão do Extrato do Desi na hipótese de as informações referentes à dedução do ICMS do saldo credor do contribuinte e o número do Desi constarem do campo “Informações Comple-mentares” da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) emitida por intermédio de órgão fazendário.

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4.5 declaração de Entradas e Saídas de notas Fiscais

O contribuinte deve apresentar ao órgão fazen-dário em cuja circunscrição se localizar seu estabe-lecimento os livros e os documentos fiscais exigidos para demonstrar o valor do saldo apurado no período imediatamente anterior à saída.

Para aproveitamento de créditos oriundos de entradas ocorridas no mês fluente, o contribuinte deve apresentar a Declaração de Entradas e Saídas de Notas Fiscais, conforme modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa GSF nº 598/2003.

(Instrução Normativa GSF nº 598/2003, art. 2º, §§ 1º e 3º e Anexo II)

4.6 dedução do valor pago antecipadamente

Fica facultado ao contribuinte deduzir, no Do-cumento de Arrecadação (Dare) correspondente ao pagamento antecipado do ICMS, o valor:

a) do crédito presumido utilizado:

a.1) pelo produtor agropecuário ou pelo extra-tor de substância mineral ou fóssil, nos per-centuais estabelecidos no art. 14 da Instru-ção Normativa GSF nº 673/2004, devendo obrigatoriamente constar no Dare, no cam-po “Observações”, a seguinte expressão: “Utilizado crédito presumido de ____% (________________) sobre o débito de ICMS de R$ ________ (___________________), destacado na nota fiscal, conforme o art. 3º da IN 598/2003-GSF”;

a.2) pelo prestador de serviço de transporte interestadual e intermunicipal de carga, excetuado o de transporte aéreo, no per-centual de 20%, nos termos do RCTE--GO/1997, art. 64, I, devendo obrigatoria-mente constar no Dare, no campo “Ob-servações”, a seguinte expressão: “Uti-lizado crédito presumido de 20% (vinte por cento) sobre o débito de ICMS de R$ ________ (___________________) desta-cado no CTRC, conforme o art. 3º da IN 598/2003-GSF”;

b) do crédito outorgado de 9% na operação in-terestadual com feijão, nos termos do RCTE--GO/1997, Anexo IX, art. 11, XXXIV, “b”, de-vendo obrigatoriamente constar no Dare, no campo “Observações”, a seguinte expressão: “Utilizado crédito outorgado de ICMS de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo de R$ ________ (___________________), conforme o art. 3º da IN 598/2003-GSF”.

(Instrução Normativa GSF nº 598/2003, art. 3º)

5. Entrada dE FarInHaS E arrOz PrOvEnIEntES dE Outra unIdadE da FEdEraçãO

Também se exige o pagamento antecipado do ICMS na entrada dos produtos a seguir relacionados, prove-nientes de outra Unidade da Federação ou do exterior:

a) farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio (NBM/SH 1101.0) acondicionada em embalagem cujo conteúdo seja de até 5 kg; b) farinhas de trigo ou de mistura de trigo com

centeio (NBM/SH 1101.0), acondicionada em embalagem cujo conteúdo seja superior a 5 kg; c) arroz descascado (arroz “cargo” ou castanho)

parboilizado ou não;

d) arroz semibranqueado ou branqueado, mes-mo polido ou brunido, parboilizado ou não; e) arroz quebrado (trinca de arroz).

(Instrução Normativa GSF nº 598/2003, art. 1º, caput e Anexo Único)

5.1 Casos de não aplicação

A antecipação supracitada não se aplica:

a) em relação à farinha de trigo ou de mistura de trigo com centeio, à operação:

a.1) que destine a mercadoria a estabeleci-mento que irá utilizá-la como matéria-prima na fabricação de nova espécie de merca-doria, exceto quando destinada à indús-tria de panificação, ainda que cadastrada sob outro código na classificação nacional de atividades econômicas (CNAE); a.2) de entrada do produto já elaborado

des-tinado à comercialização, do qual o ad-quirente seja seu fabricante;

b) em relação ao arroz, à operação:

b.1) destinada à Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), visando à execução da Política de Preços Mínimos (PGPM); b.2) de transferência de estabelecimento

in-dustrial a estabelecimento inin-dustrial que tenha celebrado Termo de Acordo de Re-gime Especial (Tare) para esse fim.

(Decreto nº 6.716/2008, art. 1º, parágrafo único)

5.2 responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido por antecipação

É responsável pelo pagamento do ICMS devido por antecipação o contribuinte estabelecido neste Estado adquirente da mercadoria, sendo permitido ao industrial, ao atacadista e ao distribuidor estabe-lecidos em outra Unidade da Federação, mediante assinatura de Tare, assumir a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido por antecipação.

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5.3 Base de cálculo

A base de cálculo, para efeito de antecipação do ICMS, é obtida por meio da soma das seguintes parcelas:

a) maior valor entre o preço praticado no merca-do atacadista goiano, informamerca-do na pauta de valores elaborada pela Secretaria da Fazenda, e o valor da operação;

b) montante dos valores de seguro, frete, emba-lagem ou acondicionamento, tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente da mercadoria; c) valor da margem de lucro bruto, encontrado

mediante a aplicação do Índice de Valor Agre-gado (IVA), por espécie de mercadoria, previs-to no Anexo Único do Decreprevis-to nº 6.716/2008 (a seguir reproduzido), aplicado sobre o somató-rio dos valores mencionados nos itens “a” e “b”. Quando a informação contida na pauta de valo-res, elaborada pela Secretaria da Fazenda para esses produtos, referir-se ao preço praticado no mercado varejista goiano, este prevalecerá como base de cálculo para efeito de antecipação.

(Decreto nº 6.716/2008, art. 3º)

5.3.1 tabela

Segue tabela com os percentuais de Índices de Valor Agregado (IVA):

TABELA DE IVA

CÓDIGO DA

NBM/SH MERCADORIA IVA % 1101.00 FARINHAS DE TRIGO OU DE MISTURA DE TRIGO COM CENTEIO

a) acondicionada em embalagem cujo con-teúdo seja de até 5,0 kg 70% b) acondicionada em embalagem cujo con-teúdo seja superior a 5,0kg 150% 1901.20.00

MISTURAS E PASTAS PARA A PREPARAÇÃO DE PRODUTOS DE PADARIA, PASTELARIA E DA INDÚSTRIA DE BOLACHAS E BISCOITOS, DA POSIÇÃO 19.05 - PRÉ-MISTURAS PRÓPRIAS PARA FABRICAÇÃO DE PÃO DO TIPO COMUM a) acondicionada em embalagem cujo con-teúdo seja superior a 5,0 kg 70% b) acondicionada em embalagem cujo con-teúdo seja superior a 5,0 kg 150% 1006.20 ARROZ DESCASCADO (ARROZ “CARGO” OU CASTANHO) PARBOILIZADO OU NÃO 130% 1006.30 ARROZ SEMIBRANQUEADO OU BRANQUE-ADO, MESMO POLIDO OU BRUNIDO,

PAR-BOILIZADO OU NÃO 130% 1006.40.00 ARROZ QUEBRADO (TRINCA DE ARROZ) 130%

(Decreto nº 6.716/2008, Anexo Único)

5.4 Cálculo

A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo para efeito de antecipação do ICMS é a vigente para a operação interna com a mercadoria.

O valor do ICMS é o resultante da aplicação da alíquota sobre o valor tomado como base de cálculo para efeito de antecipação, deduzindo-se do resultado obtido o valor do ICMS normal devido e destacado no documento fiscal, relativo à operação e à prestação de serviço de transporte a ela vinculada.

(Decreto nº 6.716/2008, arts. 4º e 5º)

5.5 Pagamento

O pagamento do ICMS antecipado deve ser feito no momento do ingresso da mercadoria no território goiano, no posto fiscal de divisa interestadual ou, na falta deste, nos estabelecimentos integrantes da rede arrecadadora localizados no município onde se situar essa divisa.

Caso o ingresso da mercadoria se faça por meio de transporte aéreo, aquaviário ou ferroviário, o pagamento deve ser efetuado nos estabelecimentos integrantes da rede arrecadadora localizados na circunscrição onde ocorrer o desembarque da mercadoria.

(Decreto nº 6.716/2008, art. 6º, caput e § 1º)

5.5.1 Concessão de prazo

O contribuinte pode efetuar o pagamento do ICMS devido por antecipação, no prazo de 15 dias, contados da data de entrada da mercadoria no terri-tório goiano. Para tanto, o mesmo deve estar:

a) com sua situação cadastral regular;

b) desbloqueado no sistema de processamento de dados para emissão do documento de ar-recadação;

c) adimplente em relação ao pagamento do ICMS devido por antecipação, corresponden-te a aquisições ancorresponden-teriores;

d) em dia com suas obrigações tributárias, assim entendida a inexistência de crédito tributário inscrito em dívida ativa ou, existindo, esteja com sua exigibilidade suspensa, inclusive em razão de parcelamento.

A concessão do prazo para pagamento será implementada por meio de documento de arreca-dação Dare 2.1, cuja emissão dar-se-á na unidade interligada ao sistema de processamento de dados da Secretaria da Fazenda, situada na localidade da divisa interestadual em que se der o ingresso da mercadoria no território goiano.

O pagamento do Dare 2.1 deve ser efetuado em qualquer estabelecimento integrante da rede arreca-dadora da Secretaria da Fazenda.

A emissão de Dare 2.1 com prazo para pagamento deve ser bloqueada, a partir do 1º dia do mês

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sub-sequente ao mês no qual deveria ter sido entregue a DPI, para o contribuinte que deixar de pagar o imposto devido por antecipação, sendo permitido ao delegado regional, visando a resguardar o interesse da Fazenda Pública, efetuar o bloqueio antes de decorrido o prazo.

No caso de mercadoria destinada a contribuinte não obrigado à entrega da DPI, a emissão de Dare 2.1 com prazo para pagamento deve ser bloqueada a partir do 10º dia, contado da data de vencimento deste documento.

Se o ingresso da mercadoria ocorrer em locali-dade onde inexista unilocali-dade de divisa interestadual da Secretaria da Fazenda ou por meio de transporte aéreo, aquaviário ou ferroviário, o contribuinte deve procurar, no dia seguinte, a delegacia regional em cuja circunscrição localizar-se seu estabelecimento para providenciar a emissão do Dare 2.1, sendo que, nesta hipótese, o prazo de 15 dias deve ser contado da data de saída da mercadoria constante do documento fiscal ou, na sua falta, da data de sua emissão.

O disposto se aplica às situações em que não houver emissão de Dare 2.1 na unidade de divisa inte-restadual da Secretaria da Fazenda, em decorrência de problemas técnicos, de motivos de força maior ou de outras circunstâncias que impeçam a emissão do referido documento, hipótese em que o prazo de 15 dias deve ser contado da data do carimbo do agente do Fisco no documento fiscal.

Observa-se que a Secretaria da Fazenda, no caso referido, pode disponibilizar ao contribuinte a emissão do Dare 2.1 por meio da Internet no site www.sefaz. go.gov.br.

(Instrução Normativa GSF nº 893/2008, arts. 1º a 5º e art. 7º)

5.5.2 Inaplicabilidade do prazo de 15 dias

O contribuinte deve pagar o ICMS no momento do ingresso da mercadoria se:

a) o ingresso da mercadoria em território goia-no ocorrer em localidade que possua unidade não integrada ao sistema de processamento de dados da Secretaria da Fazenda;

b) a mercadoria for destinada a contribuinte que não satisfaça as condições estabelecidas no item 5.5.1.

O prazo de 15 dias também não se aplica ao contribuinte signatário de Tare que lhe conceda prazo especial para pagamento do ICMS devido por antecipa-ção, celebrado a partir da data de vigência da instrução Normativa GSF nº 893/2008 (27.02.2008). Mesmo assim, o Tare não poderá prever prazo superior a 15 dias.

(Instrução Normativa GSF nº 893/2008, arts. 6º e 9º)

5.5.3 Cancelamento do dare 2.1

O cancelamento de Dare 2.1 correspondente a ICMS devido por antecipação dar-se-á nas seguintes situações:

a) emissão indevida;

b) emissão com erro, situação em que o do-cumento incorreto deve ser substituído;

c) emissão correspondente a documento fiscal que contenha informação falsa quanto ao des-tinatário da mercadoria ou do bem (neste caso, a autoridade fiscal pode, mediante proces-so administrativo, suspender pelo prazo que entender suficiente, limitado a 90 dias, conta-dos da data do requerimento do interessado, os efeitos decorrentes do Dare 2.1 quanto ao bloqueio, para que o interessado comprove a inexistência da relação comercial referente ao documento fiscal);

d) devolução total ou parcial da mercadoria ou bem; e) pagamento do ICMS por meio de Guia Na-cional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE).

Quando o destinatário da mercadoria não for loca-lizado ou se recusar a recebê-la, o transportador deve apresentar a mercadoria não entregue, juntamente com os respectivos Dare 2.1 e nota fiscal ao posto fiscal de divisa, na saída, onde deve ser providenciado o cance-lamento do Dare 2.1 emitido em nome do destinatário.

Na devolução da mercadoria com emissão da respectiva nota fiscal pelo destinatário, este deve comparecer à Delegacia Regional ou Fiscal de sua circunscrição, onde deve apresentar o Dare 2.1 para o qual solicita cancelamento e a respectiva nota fiscal de devolução, situação em que o cancelamento do Dare fica condicionado à comprovação da efetiva devolução da mercadoria, que pode se feita mediante a apresentação de um dos seguintes documentos:

a) cópia da nota fiscal de devolução contendo carimbo dos postos de fiscalização de trânsito; b) cópia do Manifesto de Carga em que esteja lis-tada a nota fiscal de devolução, contendo ca-rimbo dos postos de fiscalização de trânsito; c) cópia da página do livro Registro de Entradas

do contribuinte para o qual a mercadoria este-ja sendo devolvida em que esteeste-ja registrada a nota fiscal de devolução.

Na devolução da mercadoria por contribuinte que não possua Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, devem ser adotados os procedimentos descritos, hipótese em que a nota fiscal de devolução deve ser emitida por repartição fazendária em cuja circunscrição localizar--se o contribuinte.

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Devem ser analisadas caso a caso pelo Delegado Regional ou Fiscal, mediante requerimento do contri-buinte interessado, as seguintes situações:

a) devolução de mercadoria por contribuinte cadastrado no regime tributário simplificado, cujo Dare 2.1 tenha sido emitido;

b) outras modalidades de devolução não previs-tas na Instrução Normativa GSF nº 550/2002. Observa-se que a autuação de Dare 2.1 vencido e não pago não implica cancelamento do bloqueio para emissão de Dare 2.1 com prazo para pagamento, exceto nos casos em que houver parcelamento do débito pelo contribuinte.

(Instrução Normativa GSF nº 893/2008, art. 8º; Instrução Normativa GSF nº 550/2002)

5.6 Escrituração

As operações com as mercadorias relacionadas no item 5 sujeitam-se às normas comuns de tributação e escrituração com débito e crédito do ICMS, sendo que o imposto destacado no documento correspon-dente à operação de aquisição e o imposto pago ante-cipadamente constituem crédito para o adquirente.

(Decreto nº 6.716/2008, art. 8º)

6. ESCrIturaçãO dO PaGaMEntO antECIPadO dO ICMS na EFd

Além de informar os dados do documento fiscal nos registros próprios, deverão ser informados os registros referentes ao pagamento antecipado do ICMS nas situações descritas a seguir.

6.1 Pagamento antecipado na saída interestadual

O valor do ICMS pago antecipadamente deverá ser informado como crédito no registro 1200:

a) informar, no campo COD_AJ_APUR, o código de ajuste GO090004 (tabela 5.1.1) e, caso o arquivo da EFD seja de período de apuração anterior a 2013, usar o código GO020064; b) informar, no campo CRED_APR, o valor total

do crédito pago.

A utilização do crédito deverá ser informada no registro 1210. No campo TIPO_UTIL, informar o código descrito na tabela 5.5, conforme a utilização do crédito. Exemplo: se for usar o crédito para abater/deduzir o débito de ICMS próprio, informar GO01. No campo NR_DOC, deixar em branco; no campo VL_CRED_UTIL, informar o total do crédito utilizado (pago).

Nota

No caso de o crédito do ICMS relativo ao pagamento antecipado ser su-perior ao Saldo Devedor Apurado informado no registro E110, o valor do crédi-to a ser utilizado no período terá como limite máximo o valor do saldo devedor.

O valor do crédito do ICMS, correspondente ao valor lançado no registro 1210, também deverá ser informado no registro E110 como “ajuste de dedução” para abater/deduzir o imposto devido do período.

No campo VL_TOT_DED, deve-se informar o valor total do ICMS pago antecipadamente.

Discriminar, no registro E111, o ajuste da apura-ção correspondente ao “ajuste de deduapura-ção” lançado no registro E110.

No campo COD_AJ_APUR, deve-se informar um dos códigos de dedução a seguir, de acordo com a utilização do crédito:

GO040010 ICMS média FOMENTAR/PRODUZIR, pagamento an-tecipado ICMS saída interestadual. Reg. 1210. RCTE - Art. 340, § 1º, IV, e IN 598/03

GO040011 ICMS parcela não financiada - FOME/PROD, paga-mento antecipado ICMS saída interestadual. Reg. 1210. RCTE - Art. 340 § 1º IV e IN 598/03

GO040012 ICMS Próprio ou Operações não Incenti-FOMENTAR/PRODUZIR, pagamento antecipado ICMS saída inte-restadual. Reg. 1210. RCTE - Art. 340 § 1º IV e IN 598/03

No campo VL_AJ_APUR, deve-se informar o total do crédito do ICMS pago antecipadamente (utilizado).

Nota

Esse valor deverá igual ao valor informado no registro 1210, campo VL_CRED_UTIL.

O valor total do pagamento antecipado deverá ser informado no registro E110, como débito especial, no campo “DEB_ESP”.

Deve-se discriminar, no registro E111, o ajuste da apuração correspondente ao “débito especial” lançado no registro E110:

a) no campo COD_AJ_APUR, informar o código de débito especial:

GO050005 Débito especial referente ao paga-mento antecipado do ICMS - saída interestadual - Registro 1200

RCTE - Art. 340 §1º e IN 598/03

b) no campo VL_AJ_APUR, informar o valor total do ICMS pago antecipadamente (utilizado). Para detalhar o ajuste do débito especial do ICMS, referentes ao pagamento efetuado por meio do Documento de Arrecadação (Dare), deverão ser informados, ainda:

a) registro E112: informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS;

b) registro E113: informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS - Identificação dos documentos fiscais.

Nota

Deverá ser informado um ajuste de apuração de débito especial (registro E111) para cada documento fiscal e os correspondentes registros E112 e E113.

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Por fim, informar o registro E116: Obrigações do ICMS a recolher - Operações próprias.

6.2 Pagamento antecipado pela futura operação interna

O valor do ICMS pago antecipadamente deverá ser informado como “ajuste de crédito” no registro E110, no campo VL_TOT_AJ_CREDITOS.

Deve ser discriminado, no registro E111, o ajuste da apuração correspondente ao “ajuste de crédito” lançado no registro E110.

No campo COD_AJ_APUR, informar o código de ajuste a crédito a seguir:

GO020004

Antecipação de ICMS de imposto apropriado em decorrência de paga-mento antecipado pela futura opera-ção interna.

Dec. 6.716/08 - Art. 8, § único e

IN 893/08

No campo VL_AJ_APUR, deve-se informar o total do crédito pago.

O valor total do pagamento antecipado deverá ser informado no registro E110, como débito especial, no campo “DEB_ESP”.

Deve-se discriminar, no registro E111, o ajuste da apuração correspondente ao “débito especial” efetuado no registro E110.

No campo COD_AJ_APUR, informar o código de débito especial:

GO050006

Débito especial referente a antecipa-ção de ICMS de imposto apropriado em decorrência de pagamento ante-cipado pela futura operação interna.

Dec. 6.716/08 - Art. 8, § único

e IN 893/08

No campo VL_AJ_APUR, informar o valor total do ICMS pago antecipadamente (utilizado).

Para detalhar o ajuste do débito especial do ICMS, referentes ao pagamento efetuado por meio do Documento de Arrecadação (DARE), deverão ser informados, ainda:

a) registro E112: Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS;

b) registro E113: Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS - Identificação dos documentos fiscais.

Nota

Deverá ser informado um ajuste de apuração de débito especial (registro E111) para cada documento fiscal e os correspondentes registros E112 e E113.

Por fim, informar o registro E116: Obrigações do ICMS a recolher - Operações próprias.

(Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI) de Goiás, Versão 2.25)

7. SuBStItuIçãO trIButárIa

O Estado de Goiás também exige o pagamento antecipado do imposto devido pela futura operação interna, inclusive quanto à operação a ser realizada pelo próprio adquirente, na hipótese de entrada de mer-cadoria proveniente de outra Unidade da Federação ou do exterior e sujeita à substituição tributária.

Para efeito de exigência do imposto devido por antecipação, na hipótese de entrada de mercadoria proveniente de outra Unidade da Federação ou do exterior e sujeita à substituição tributária, devem ser observados os procedimentos previstos no RCTE-GO/1997, Anexo VIII, Título VI (Da Substituição Tributária pela Operação Posterior).

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 32, § 4º)

8. PEnalIdadES

Ao infrator da legislação tributária do ICMS são cominadas as seguintes penas:

a) multa;

b) proibição de transacionar com os órgãos da administração pública estadual;

c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de controle, fiscalização e pagamento do imposto. Dentre as penalidades cabíveis, destacamos a aplicação das seguintes multas:

a) de 120% do valor consignado no documento de arrecadação pela sua adulteração, vício ou falsificação;

b) de 25% do valor da operação ou da prestação pela adulteração, vício ou falsificação de do-cumentos fiscais;

c) de 25% do valor da operação ou da presta-ção pela utilizapresta-ção ou prestapresta-ção de serviços de transporte ou de comunicação, acobertada por documentação fiscal inidônea;

d) de 25% do valor da operação ou da presta-ção pela aquisipresta-ção, importapresta-ção, recebimento, posse, transporte, estocagem, depósito, ven-da, exportação, remessa ou entrega de mer-cadoria desacompanhada de documento de controle exigido pela legislação tributária; e) equivalente a 2% do valor das operações ou

prestações indevidamente inseridas ou omiti-das, total ou parcialmente, em documento de informação e apuração do imposto.

(RCTE-GO/1997, art. 370, caput, e art. 371, III, “b”, VII, “a”, “j” e “n”, XII, “d”)

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9. jurISPrudênCIa

A seguir, são transcritas ementas de acórdãos administrativos relacionados ao tema, extraídos do

site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja

utiliza-ção pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em diário oficial.

00155/12 ICMS. Obrigação principal. Omissão de recolhi-mento do imposto. Remessa interestadual de feijão sem o comprovante do recolhimento antecipado do ICMS devido na operação. Improcedência. Decisão unânime. É impro-cedente o auto de infração quando ficar constatado, no curso do processo, que a saída de produto primário, para a qual há exigência de recolhimento antecipado do imposto, se fazia acompanhar do comprovante do recolhimento do ICMS devido na operação

02309/11 ICMS. Obrigação principal. Falta de recolhi-mento de ICMS-ST na aquisição interestadual de mer-cadoria sujeita a substituição tributária pela operação posterior. Procedência. Decisão unânime. I - O regime de substituição tributária pela operação posterior - retenção na fonte - consiste na retenção, apuração e pagamento do imposto devido por operação interna subseqüente. (art. 32, Anexo VIII, RCTE); II - Quando a mercadoria for destinada à indústria de vestuário, de roupas de cama, de mesa e de banho, aplica-se o regime de substituição tribu-tária. (art. 32 § 6° I “e” Anexo VIII do RCTE); III - É exigido o pagamento antecipado do imposto devido pelas futuras operações internas, inclusive quanto a operação a ser realizada pelo próprio adquirente, na hipótese de entrada de mercadoria proveniente de outro Estado ou do exterior, e sujeita a substituição tributária. (art. 51 § 3° CTE). 01969/11 ICMS. Obrigação principal. Omissão de recolhi-mento do imposto. Remessa interestadual de feijão sem o comprovante do recolhimento antecipado do ICMS devido na operação. Improcedência. Decisão unânime. É impro-cedente o auto de infração quando ficar constatado, no curso do processo, que a saída de produto primário, para o qual há exigência de recolhimento antecipado do imposto, se fazia acompanhar do comprovante do recolhimento do ICMS devido na operação

00992/11 ICMS. Obrigação principal. Omissão de reco-lhimento do imposto. Redução indevida da base de cálculo. Saída interna de gado para abate em estabele-cimento não signatário de Termo de Acordo de Regime Especial. Procedência. Decisão não unânime. I - Nos termos do art. 8º, XIV, do Anexo IX do Regulamento do Código Tributário Estadual, a utilização da redução na base de cálculo do imposto na saída interna de gado bovino, bufalino, asinino, eqüino, muar, ovino e caprino destinados ao abate em estabelecimento frigorífico ou abatedor, está condicionada, entre outras, ao cumpri-mento da exigência de que o estabelecicumpri-mento frigorífico ou abatedor onde ocorrer o abate do gado seja signatário de termo de acordo de regime especial com a Secre-taria da Fazenda, para tal fim. Na ausência de Termo de Acordo ou com Termo de Acordo revogado, as saídas em questão não são contempladas com o benefício da redução na base de cálculo, hipótese em que o imposto deve ser calculado sobre o valor total da operação e recolhido antecipadamente. II - É procedente a exigência do ICMS correspondente à diferença entre o imposto efe-tivamente devido e o valor já recolhido pelo contribuinte. ICMS. Processual. Acolhimento do recurso da

Represen-tação Fazendária de reforma da decisão cameral e de reinclusão dos solidários na lide. Decisão não unânime. I - Nos termos do artigo 45, XII, do Código Tributário Es-tadual, são solidariamente obrigadas ao pagamento do imposto devido na operação ou prestação as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, especialmente, com o contribuinte, os acionistas controladores, os dire-tores, gerentes, administradores ou representantes da pessoa jurídica, relativamente à operação ou prestação decorrente dos atos que praticarem, intervirem ou pela omissão de que forem responsáveis. II - Fica obrigada ao pagamento do imposto devido, a pessoa jurídica de direto privado que resultar de fusão, transformação, incorporação ou cisão de outra ou em outra, em relação aos fatos geradores ocorridos nas operações ou presta-ções realizadas até a data do ato, pela pessoa jurídica de direito privado fusionada, transformada, incorporada ou cindida, conforme disposição do art. 47 do CTE. 01332/11 I - PROCESSUAL. Nulidade. Insegurança na determinação da infração. Não observância de benefício fiscal. Rejeitada. Decisão unânime. Não há que se falar em nulidade do lançamento por insegurança na determi-nação da infração quando ficar provado que o auto de infração contém todos os requisitos constantes do art. 8º, da Lei nº 16.469/09, inclusive aqueles atinentes à base de cálculo. II - ICMS. Obrigação Principal. Falta de pagamento antecipado do imposto em operação interes-tadual com produto relacionado em ato do Secretário da Fazenda. Procedência. Decisão unânime. 1. Na operação interestadual com semente de capim o imposto deve ser pago antes de iniciada a saída da mercadoria, devendo o comprovante de pagamento acompanhar o documento fiscal próprio para validar a cobertura fiscal do produto no transporte (Decreto nº 4.852/97, art. 76, inciso V e Instrução Normativa nº 598/03-GSF, art. 1º, X); 2. Decisão singular confirmada.

01329/11 I - PROCESSUAL. Nulidade. Insegurança na determinação da infração. Não observância de benefício fiscal. Rejeitada. Decisão unânime. Não há que se falar em nulidade do lançamento por insegurança na determinação da infração quando ficar provado que o auto de infração contém todos os requisitos constantes do art. 8º, da Lei nº 16.469/09, inclusive aqueles atinentes à base de cál-culo. II - ICMS. Obrigação Principal. Falta de pagamento antecipado do imposto em operação interestadual com produto relacionado em ato do Secretário da Fazenda. Pro-cedência. Decisão unânime. 1. Na operação interestadual com semente de capim o imposto deve ser pago antes de iniciada a saída da mercadoria, devendo o comprovante de pagamento acompanhar o documento fiscal próprio para validar a cobertura fiscal do produto no transporte (Decreto nº 4.852/97, art. 76, inciso V e Instrução Normativa nº 598/03-GSF, art. 1º, X); 2. Decisão singular confirmada. 01790/10 ICMS. Obrigação principal. Exigência de imposto de forma antecipada em operação com algodão em pluma. Improcedência. Decisão unânime. A exigência antecipada de recolhimento do imposto só pode ocorrer dentro das situações expressamente previstas na legislação tribu-tária. No presente caso, a empresa gozava de Termo de dispensa de pagamento antecipado do ICMS, que lhe permitia ser desobrigada do recolhimento antecipado em suas operações interestaduais

(15)

a

IOB Setorial

FEdERal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito

presumido - Indústria automotiva

Os incentivos fiscais relacionados ao IPI, de acordo com o disposto no § 1º do art. 1º da Lei nº 9.440/1997, são aplicados exclusivamente às empresas instaladas ou que venham a se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que sejam montadoras e fabricantes de:

a) veículos automotores terrestres de passageiros e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes; b) caminhonetas, furgões, pick-ups e veículos

au-tomotores, de quatro rodas ou mais, para trans-porte de mercadorias de capacidade máxima de carga não superior a 4 toneladas;

c) veículos automotores terrestres de transporte de mercadorias de capacidade de carga igual ou superior a 4 toneladas, veículos terrestres para transporte de 10 pessoas ou mais e ca-minhões-tratores;

d) tratores agrícolas e colheitadeiras;

e) tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras;

f) carroçarias para veículos automotores em geral; g) reboques e semirreboques utilizados para o

transporte de mercadorias; e

h) partes, peças, componentes, conjuntos e sub-conjuntos - acabados e semiacabados - e pneumáticos, destinados aos produtos relacio-nados nesta e nas letras “a” a “g” anteriores. As empresas do setor automotivo, anteriormente mencionadas, poderão apurar crédito presumido do IPI, entre 1º.01.2011 e 31.12.2015, como ressar-cimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7 e 8/1970 e 70/1991 (PIS-Pasep/Cofins) no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês, decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por:

a) 2, no período de 1º.01 a 31.12.2011; b) 1,9, no período de 1º.01 a 31.12.2012; c) 1,8, no período de 1º.01 a 31.12.2013; d) 1,7, no período de 1º.01 a 31.12.2014; e e) 1,5, no período de 1º.01 a 31.12.2015.

No caso de empresa sujeita ao regime de apura-ção não cumulativa da contribuiapura-ção para o PIS-Pasep e da Cofins, o montante do crédito presumido será calculado com base no valor das contribuições efetiva-mente devidas, em cada mês, decorrentes das vendas no mercado interno, considerando-se os débitos e os créditos referentes a essas operações de venda.

Para a apuração do valor da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, devem ser utilizados os cré-ditos decorrentes da importação e da aquisição de insumos no mercado interno.

O benefício em referência fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvi-mento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

Por outro lado, o art. 1º da Lei nº 9.826/1999 dispõe que os empreendimentos industriais insta-lados nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) farão jus a crédito presumido do IPI, a ser deduzido na apuração deste imposto, incidente nas saídas de produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

O benefício fiscal alcança ainda os empreendi-mentos industriais instalados na Região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal.

O crédito presumido corresponderá a 32% do valor do IPI incidente nas saídas de ônibus e caminhões, nacionais ou importados diretamente pelo beneficiário, e está condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automo-tiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado, podendo ser aproveitado em relação às saídas ocorridas até 31.12.2020.

O benefício citado fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

(Lei nº 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, 11-A, caput, §§ 1º e 3º; Lei nº 9.826/1999, art. 1º, caput, §§ 1º a 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

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EStadual

ICMS - Entrega de bens e mercadorias

a terceiros, adquiridos por órgãos ou

entidades da administração pública

A entrega de bens e mercadorias adquiridos por órgãos ou entidades da Administração Pública Direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como suas autarquias e fundações públicas, poderá ser feita diretamente a outros órgãos ou entidades, indicados pelo adquirente.

O fornecedor deverá emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, relativamente:

a) ao faturamento, com destaque do imposto, se devido, contendo, além das informações pre-vistas na legislação:

a.1) como destinatário, o órgão ou entidade da Administração Pública Direta ou Indi-reta adquirente;

a.2) no grupo de campos “Identificação do Local de Entrega”, o nome, o CNPJ e o endereço do destinatário efetivo;

a.3) no campo “Nota de Empenho”, o número da respectiva nota;

b) a cada remessa das mercadorias, sem desta-que do imposto, contendo, além das informa-ções previstas na legislação:

b.1) como destinatário, aquele determinado pelo adquirente;

b.2) como natureza da operação, a expressão “Remessa por conta e ordem de terceiros”; b.3) no campo “Chave de Acesso da NF-e

Referenciada”, a chave de acesso da NF-e relativa ao faturamento;

b.4) no campo “Informações Complementares”, a expressão “NF-e emitida nos termos do Capítulo XXVII do Anexo XII do RCTE”. A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento de existência exclusivamente digital, emitido e arma-zenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou pres-tação de serviços, cuja validade jurídica é garantida por 2 condições necessárias: a assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte.

(RCTE-GO/1997, Anexo XII, arts. 128 e 128-A)

N

a

IOB Comenta

a

IOB Perguntas e Respostas

ICMS/GO

Crédito fiscal - Ativo Permanente - Forma de apropriação

Como será apropriado o crédito do imposto, a ra-zão de 1/48, referente ao Ativo Imobilizado?

A apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao Ativo Imobilizado é feita à razão de 1/48 por mês, proporcionalmente aumentada ou diminuí- da, pro rata die, se o período de apuração for superior ou inferior a um mês, devendo ser observado o seguinte:

a) a apropriação do crédito é o resultado da mul-tiplicação da razão de 1/48 pelo resultado da divisão entre o valor das operações e presta-ções tributadas e o valor total das operapresta-ções e prestações ocorridas no mesmo período, de-vendo ser observado, ainda, que:

a.1) as saídas e as prestações com destino ao exterior consideram-se como sendo tributadas;

a.2) não são computados no total das ope-rações os valores correspondentes às devoluções e às saídas de mercadorias, desde que retornem ao estabelecimento, tais como: remessa para armazém-geral, depósito fechado, industrialização, ex-posição, feira e conserto;

b) a apropriação deve ocorrer a partir do mês de entrada do bem no estabelecimento;

c) o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado, quando: c.1) ocorrer o final do quadragésimo

oita-vo mês, contado da data da entrada do bem no estabelecimento;

c.2) houver a alienação, transferência ou, na hipótese de arrendamento mercantil, res-tituição do bem antes de completado o 48º mês.

(RCTE-GO/1997, art. 46, § 4º)

Referências

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