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3.3 Guião de visita de estudo ao Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso

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Academic year: 2021

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3.3 Guião de visita de estudo ao Museu Municipal Amadeo

de Souza-Cardoso

Panorâmica do antigo convento dominicano de S. Gonçalo, em Amarante, onde se encontra instalado o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso

Exterior e interiores da área intervencionada pelo arquiteto Alcino Soutinho 1

O museu

Então chamado Biblioteca-Museu Municipal de Amarante, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso foi fun-dado, em 1947, pelo Dr. Albano Sardoeira, com o propósito de reunir materiais relativos à História local, bem como a figuras da arte e da literatura nascidas em Amarante. Citam-se os nomes de António Carneiro, Amadeo de Souza-Car-doso, que daria o nome ao Museu, Acácio Lino, Teixeira de Pascoaes e Agustina Bessa-Luís.

O edifício que acolhe o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso é o antigo convento dominicano de S. Gonçalo, que data dos séculos XVII-XVIII. Depois de algumas alterações sofridas no século XIX, que desvirtuaram a área dos claustros, coube ao arquiteto Alcino Soutinho, já em 1980, uma intervenção sumamente revalorizadora daquele es-paço. Aí ficaram instaladas, em excelentes condições de luminosidade, as salas que albergam o espólio do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso.

Para além do importante núcleo de Arqueologia de que dispõe, o Museu mostra-se vocacionado para a Arte Portu-guesa Moderna e Contemporânea, nomeadamente a Pintura e a Escultura. Desde 1997, que o museu amarantino é responsável pela organização do concurso de atribuição do Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.

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Guião de visita de estudo ao Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso

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Amadeo de Souza-Cardoso 2

Os objetivos da visita de estudo

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Amadeo de Souza-Cardoso e o modernismo em Portugal

• Caracterizar o modernismo artístico português.

• Analisar o percurso artístico de Amadeo de Souza-Cardoso.

• Desenvolver as competências de observação, análise e comunicação, através do conhecimento do património histórico, artístico e arquitetónico.

• Sensibilizar para a preservação do património histórico-cultural.

• Promover o trabalho individual e/ou de grupo e a sociabilidade entre alunos e docentes.

Amadeo de Souza-Cardoso nasce em Manhufe, concelho de Amarante, a 14 de Novembro de 1887, numa família de abastados vinhateiros. De-pois dos estudos liceais na cidade do Tâmega e da frequência do curso de Arquitetura da Academia de Belas-Artes de Lisboa, em 1905, ruma para Paris no ano seguinte.

Em Paris, cedo troca a Arquitetura pela Pintura. Cedo, também, rompe com os preceitos que se aprendiam nas mais prestigiadas escolas. O convívio com nomes que haveriam de ficar na História da Arte, como Modigliani, Juan Gris, R. Delaunay e Brancusi, e o talento indesmentível de que deu provas unem-se para produzir o maior nome da pintura mo-dernista em Portugal.

Logo em 1913, Amadeo é reconhecido pela crítica, recebendo convite para participar no afamado Armory Show de Nova Iorque. Vende três quadros, que hoje pertencem ao Art Institut de Chicago.

Regressado a Portugal quando rebenta a 1.ª Grande Guerra, Amadeo refugia-se na casa da família, em Manhufe, com a sua jovem esposa, Lucia Pecetto, que conhecera em Paris. Trabalha a um ritmo voraz, aplica as tendências vanguardistas absorvidas na “cidade-luz”. Em 1916, expõe em Lisboa e no Porto, mas depara-se com a incompreensão da crítica e do público.

Entrevistado pelo jornal O Dia, no rescaldo das exposições, Amadeo declarou: “impressionista, cubista, futurista, abs-tracionista?… de tudo um pouco”.

De facto, a vasta obra pictórica do artista revela-se multifacetada: do desenho estilizado à pesquisa cubista, da via abstracionista ao compromisso expressionista, da revolução futurista ao nonsense dadaísta, de tudo experimenta Amadeo.

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A Máscara do Olho Verde/Cabeça, óleo sobre tela (1915)

viver em Portugal (1914-1918), Amadeo con-tribui para o amadurecimento do modernismo português. Priva com Eduardo Viana e o casal Delaunay, instalados em Vila do Conde. Enta-bula contactos com o grupo do Orpheu, espe-cialmente com Almada Negreiros. Um terceiro número da revista, que não chegou a sair, con-tava com obras suas. Participa no Portugal

Fu-turista, apreendido pela polícia à saída da

tipo-grafia, hoje considerado a “peça fundamental do movimento futurista português”.

Ceifado pela pneumónica em 25 de outubro de 1918, quando se preparava para voltar a Paris, Amadeo é, pela sua carreira, breve mas tão intensa, comparado a “um cometa que atravessou as artes”. Almada Negreiros consi-derou-o “a primeira descoberta de Portugal na Europa do século XX”!

Apesar do entusiasmo dos modernistas, du-rante largo tempo a obra de Amadeo ficaria esquecida na posse da família e da viúva, que regressou a Paris. Só nos anos 50, e muito em particular devido aos estudos de José-Augusto França, historiador e crítico de arte, Amadeo obteria a consagração merecida. Posterior-mente, negociações levadas a cabo entre a Fundação C. Gulbenkian e Lucia P. Souza-Car-doso, que durante todos esses anos zelara com devoção pela obra do marido, permitiram que a maior parte do espólio artístico de Amadeo possa ser devidamente apreciado no Centro

de Arte Moderna, em Lisboa. A Casa de Manhufe, óleo sobre madeira (c. 1913)

1. Distinga dois estilos arquitetónicos no edifício que alberga o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso.

2. Selecione três obras pictóricas naturalistas presentes no Museu. Identifique o seu autor.

3. Atente, agora, na obra de Amadeo.

3.1. Saliente a diversidade de correntes vanguardistas que é possível vislumbrar nos vários quadros.

3.2. Redija uma síntese subordinada ao título: Amadeo, um modernista português.

4. Aprecie o contributo de outros artistas que, no século XX, se aventuraram em percorrer novos caminhos na arte.

Selecione três obras e respetivos autores.

5. Identifique a obra de arte modernista que mais o impressionou. Justifique a sua escolha.

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Atividades

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Guião de visita de estudo ao Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso

Casa de Pascoaes

Esta quinta com solar, onde residiu Teixeira de Pascoaes, possui um museu com o espólio do poeta. Situa-se em São João de Gatão.

A Igreja Matriz ou Igreja de S. Gonçalo

Na sacristia, apresenta-se S. Gonçalo, que a devoção popular diz favorecer os casamentos de mulheres a quem o noivo tarda em aparecer.

Fundação Eça de Queiroz

Na fundação Eça de Queiroz fica-se a conhecer melhor a vida e a obra deste escritor português, da segunda metade do século XIX. Situa-se na Casa de Tormes (freguesia de Santa Cruz do Bispo, concelho de Baião), que serviu de cenário ao romance A Cidade e as Serras.

A ponte de S. Gonçalo

Esta ponte setecentista sobre o rio Tâmega define, juntamente com a Igreja Matriz, o centro histórico de Amarante.

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Ainda em Amarante…

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Aula de preparação e motivação para a visita

Exploração de alguns dos seguintes recursos:

– Documentário Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, disponível no Youtube ou no endereço eletrónico http://www.amadeosouza-cardoso.pt/pt/galerias;

– Documentário “Amadeo de Souza-Cardoso – À velocidade da inquietação” emitido na RTP 2, disponível no Youtube ou no endereço eletrónico http://www.amadeosouza-cardoso.pt/pt/galerias;

– Apresentação de trabalhos dos alunos sobre algumas das obras e respetivos artistas a conhecer no Museu.

Aula de avaliação da visita

Correção das atividades realizadas pelos alunos no decorrer da visita. Informações úteis

Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso Avenida Teixeira de Pascoaes

4600-011 Amarante-Portugal +351 255420272

+351 255420238

Referências

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