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Almeida Júnior: o homem e a natureza (2010) estudo de caso 3. Curso de Capacitação para Museus Sisem Módulo Curadoria. Ana Paula Nascimento

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Almeida  Júnior:  o  homem  e  a  natureza  (2010)  

estudo  de  caso  3  

 

Curso  de  Capacitação  para  Museus  –  Sisem  

Módulo    Curadoria  

 

 

 

Abril  de  2012  

 

(2)

Almeida  Júnior:  o  homem  e  a  natureza  

 

Local:  2

o

 Grupo  de  Ar@lharia  de  Campanha  Leve  –  Regimento  Deodoro  –  Itu  –  auditório  

Período:  8  de  maio  a  20  de  junho  de  2010  

Curadoria:  Ana  Paula  Nascimento  

 

Exposição  realizada  a  pedido  do  Sisem  para  a  cidade  de  Itu,  comemora@va  dos  400  anos  da  

cidade  e  dos  160  anos  do  nascimento  do  pintor  José  Ferraz  de  Almeida  Júnior  (1850-­‐1899).  

Tratou-­‐se  de  uma  exposição  de  pequeno  porte,  na  qual  vinte  obras  da  Pinacoteca  do  Estado  

foram   emprestadas   para   a   mostra   em   Itu.   Para   abrigar   a   exposição   foi   realizada   uma  

construção  dentro  do  próprio  auditório.  A  mostra  centrava-­‐se  na  relação  de  Almeida  Júnior  

com   a   região   de   Itu   e   adjacências   e   com   os   importantes   personagens   da   região   em  

determinados  episódios  da  história.  Contemplou  obras  desde  o  seu  período  formacional  na  

Academia   Imperial   de   Belas   Artes,   a   estada   na   França,   as   pinturas   regionalistas,   retratos   e  

uma  pintura  histórica.  A  exposição  contou  com  uma  cronologia,  na  qual  foram  reproduzidas  

outras   obras   do   pintor   ituano,   e@quetas   comentadas   para   todas   as   obras   e   um   pequeno  

catálogo   com   36   páginas.   O   serviço   educa@vo   foi   treinado   pela   Pinacoteca,   assim   como   a  

equipe  do  Museu  foi  responsável  pela  montagem  e  desmontagem  da  mostra.    

 

Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

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Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

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Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

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Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

(9)



14,1m





6,3m







8,9m





















24m















5,5m









7,3m

CORETO

AUDITÓRIO

PALCO

PORTAS

1,1x2,1m

PORTADEENTRADA

1,6x3,0m



JANELAS

1,5x2,3m

alturadochão

Ͳ3,5m



PALCO

PÉDIREITO––6,6m

Planta  esquemá@ca  do  auditório  do  2

o

 Grupo  de  

Ar@lharia  de  Campanha  Leve  –  Regimento  Deodoro  –

Itu  

(10)

Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

(11)
(12)

2

Exposição Almeida Junior

Comunicação visual

Maio/2010

© Zoldesign

Vista geral

1850

Nasce em Itu (SP), a 8 de maio, na rua do Carmo, filho de Ana Cândida de Amaral Souza e José Ferraz de Almeida. Batizado na Paróquia Nossa Senhora Candelária (Itu), no dia 12 do mesmo mês.

1869

Viaja para o Rio de Janeiro com o auxílio de amigos e parentes de Itu, entre os quais o padre Miguel Correia Pacheco – vigário da cidade –, o Barão de Jundiaí, Francisco José de Castro Andrade e Bento Paes de Barros, que financiam a ida e os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), onde será aluno de Vítor Meireles, Jules Le Chevrel e, possivelmente, de Pedro Américo.

1871

Solicita matrícula nas disciplinas matemática aplicada, desenho geométrico, desenho figurado e modelo-vivo. Recebe os primeiros prêmios da Academia: medalha de prata e pequena medalha de ouro, ambas em desenho figurado. Reside então na ladeira do Castelo, 10, Rio de Janeiro.

1872

Inscreve-se nas disciplinas pintura histórica e modelo-vivo. Conquista a medalha de prata em pintura histórica e menção honrosa em modelo-vivo. Recebe medalha de ouro em desenho figurado. Conclui a disciplina anatomia e fisiologia das paixões com o grau optime cum lauda.

1873

Cursa as disciplinas de modelo-vivo e pintura histórica, excedendo em faltas nesta última. Agraciado com medalha de prata e pequena medalha de ouro em pintura histórica, com primeira medalha de prata em modelo-vivo e menção honrosa em pintura.

1874

Matricula-se em pintura histórica, estética e modelo-vivo. Requer declaração comprobatória de habilitação como professor de desenho. Recebe o prêmio máximo conferido pela Academia Imperial de Belas Artes – a medalha de ouro –, com a tela Belizário esmolando. Não concorre ao prêmio de viagem ao estrangeiro e deixa Rodolfo Bernardelli como único candidato.

1875

Retorna a Itu em 28 de janeiro, onde é acolhido com festas. Nessa cidade, instala ateliê em parte do sobrado do capitão Bento Dias de Almeida. Anuncia em jornal ituano que leciona desenho e realiza pinturas. Inaugura, em 17 de fevereiro, na Casa Garraux (São Paulo), pequena mostra com

seis telas, incluindo Belizário esmolando e Tarquínio

e Lucrécia.

Em agosto, o imperador dom Pedro II convida-o para estudar na Europa a suas expensas.

1876

Em 23 de março, o imperador dom Pedro II assina decreto beneficiando Almeida Júnior com bolsa de estudo. Segue para Paris em outubro, a bordo do navio francês Panamá. Antes de viajar, termina três quadros representando estátuas da Fé, da Esperança e da Caridade para a sede da Sociedade Beneficência Ituana. Na capital francesa reside na rua Motholon, 30, e na rua Turgot, 22.

1877

Tristão Mariano da Costa escreve “Um artista ituano”, artigo publicado no Almanach

Literário de S. Paulo de 1878.

1878

Inscreve-se na École des Beaux-Arts de Paris em março, tendo como professores Alexandre Cabanel e Lequien Fils. Recebe menção e terceiro lugar em desenho de ornato.

1879

Expõe pela primeira vez em mostra internacional – no Salon Officiel des Artistes Français – o retrato de José Magalhães.

1880

Recebe a visita do conde d’Eu no ateliê parisiense. Morre sua mãe, Ana Cândida do Amaral Souza, em Itu, no dia 20 de abril, quando o artista está na Europa. Participa do Salon com Derrubador brasileiro e Remorso de Judas.

1881

Viaja para a Itália e permanece em Roma durante o mês de agosto. Exibe no Salon Officiel des Artistes Français a pintura Fuga

da Sacra Família para o Egito,

posteriormente enviada ao imperador dom Pedro II.

1882

Toma parte do Salon com Descanso do modelo. Retorna ao Brasil no vapor Ville le Bahia em outubro. Realiza exposição da produção parisiense em sala da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro (Fuga da Sacra

Família para o Egito, Descanso do modelo, Remorso de Judas e dois estudos de cabeça) com seu contemporâneo

Rodolfo Amoedo, ocasião em que a AIBA adquire Derrubador

brasileiro, Remorso de Judas e Descanso do modelo.

Chega a São Paulo em 15 de novembro e dois dias depois parte para sua cidade natal, Itu, onde é recebido com festas e solenidades. É convidado a lecionar na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, mas opta por se fixar em São Paulo. Expõe na Casa Garraux dois estudos.

1883

Fixa-se na cidade de São Paulo e estabelece ateliê na rua da Princesa (atual rua Benjamin Constant), 11. Almeida Júnior expõe em seu ateliê, entre os dias 25 e 28 de maio, a tela encomendada por dona Veridiana da Silva Prado representando uma alegoria do sono [Aurora].

1884

Recebe visita da princesa Isabel e do conde d’Eu em 10 de março. Torna-se sócio do Club Haydn (São Paulo), dedicado à promoção de eventos musicais e presidido por Clemente Falcão de Souza Filho. Em 5 de abril morre sua irmã, Maria Amália de Souza Prado. Participa de exposição na Academia Imperial de Belas Artes com as obras Derrubador

brasileiro, Descanso do modelo, Remorso de Judas e Fuga da Sacra Família para o Egito; a última é

doada à Academia nessa ocasião pelo imperador dom Pedro II. Começa a dar aulas para Pedro Alexandrino, que será seu aluno até 1887.

1885

Em 7 de março, a Academia Imperial de Belas Artes outorga ao artista o título de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por merecimento artístico. Mostra realizada por Almeida Júnior em 1882 na Academia Imperial de Belas Artes é analisada no livro de Félix Ferreira, Bellas-Artes, publicado nesse ano.

1886

A 2 de fevereiro, Ezequiel Freire lhe dedica o artigo “Au retour du bal” [Volta do baile] no Correio Paulistano. Recebe a visita do imperador dom Pedro II em seu ateliê no dia 8 de novembro.

1887

Parte para a Europa em fevereiro e permanece no Velho Continente até junho. Em setembro é nomeado “Professor Honorário da Academia”. Em outubro, o escritor português Ramalho Ortigão visita seu ateliê. No mesmo mês, expõe na Casa Henschel (São Paulo) retrato do Padre João José Rodrigues, vigário de Jundiaí.

1888

Em abril exibe o retrato de Clemente Falcão de Souza Filho na Casa Volsack (São Paulo) e, em agosto, o do barão de Ramalho na Casa Henschel (São Paulo). Em outubro, expõe em seu ateliê, então localizado na rua do Imperador (atual praça João Mendes), o retrato do general José Vieira Couto de Magalhães e Caipiras negaceando – pintura que é analisada por vários críticos em artigos de jornal, comentários e solicitações para que a obra seja adquirida pelo governo da Província de São Paulo. Em dezembro, expõe o retrato do barão de Santa Branca na Casa Volsack (São Paulo).

1889

Em maio, exibe Caipiras negaceando no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. No mesmo mês, é nomeado “Professor Honorário” da seção de pintura da Academia Imperial de Belas Artes e inaugura o retrato de meio corpo do imperador dom Pedro II no salão principal da Câmara Municipal de Amparo. Almeida Júnior propõe à Assembleia Provincial de São Paulo a aquisição de Caipiras

negaceando. Envia Caipiras negaceando para a Exposição Universal de Paris. 1890

Participa, com a obra Caipiras negaceando, da I Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, ocasião em que a pintura é adquirida pela Escola Nacional de Belas Artes. Em outubro são leiloadas no Paço de São Cristóvão (Rio de Janeiro) as obras que pertenceram à coleção do imperador dom Pedro II: Um jardineiro, Entrada do sol em

Arramanche e Normandia.

1891

Terceira viagem para a Europa, de onde retorna em setembro pelo navio Equateur.

1892

Recusa convite da comissão de “protesto artístico” para ser membro da comissão de belas-artes na Exposição Internacional de Artes, Indústrias Manufatureiras e Produtos do Solo das Minas e do Mar (Exposição Columbiana) em Chicago, nos Estados Unidos. A seleção da delegação paulista é feita por Adolfo Augusto Pinto, conterrâneo e amigo de Almeida Júnior. Expõe na vitrine da Casa Garraux retrato de Martim Francisco, na época secretário da fazenda.

1893

Alcança premiação internacional, obtendo medalha de ouro pela exibição de Descanso

do modelo, Caipiras negaceando e Leitura na Exposição Columbiana.

Acompanha o então ministro do interior, Cesário Motta Júnior, em visita ao edifício comemorativo da independência (atual Museu Paulista da Universidade de São Paulo), tendo em vista a instalação de uma galeria de pintura no prédio.

1894

Organiza, em junho, exposição em seu ateliê, então situado na rua da Glória, com as pinturas Bernardino de

Campos, Cerqueira César, Cesário Motta Júnior, Busto de caipira, Pescaria, Cascata do Votorantim, Caipira picando fumo e Amolação interrompida, além de outros retratos.

Comparece à II Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com as obras Amolação interrompida, Caipira picando fumo, Pescaria,

A Pintura, Cascata do Votorantim, Leitura e Cabeça de estudo.

Em 28 de setembro é oferecido ao dr. Siqueira Campos o retrato de seu filho primogênito, Pedro de Siqueira Campos, obra realizada por Almeida Júnior. Inaugurado solenemente na sala nobre do Tribunal de Justiça de São Paulo o retrato de Campos Salles, em 13 de outubro. Nasce, em 23 de outubro, o único filho do artista beneficiado em testamento, Mário Ybarra de Almeida, fruto do relacionamento com Rita Ybarra.

É um dos 139 sócios fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

1895

Em 18 de junho exibe obras de seus alunos e obras próprias, entre as quais Recado

difícil, Leitura, Batismo de Jesus, Monjolo, Ponte da Tabatinguera, Cozinha caipira, Nhá Chica, Apertando o lombilho, retrato e duas

cabeças. Expõe na III Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) Recado difícil, Cozinha

caipira, Apertando o lombilho, Monjolo, Nhá Chica, Caipira picando fumo e uma cabeça. Nessa

ocasião, a pintura Recado difícil é adquirida por indicação da comissão encabeçada por Rodolfo Bernardelli. Alfredo Pujol, então secretário do interior, visita o ateliê do artista em 12 de outubro. Exibida na Casa Henschel (São Paulo), em 15 de novembro, tela destinada à Câmara Municipal de Amparo, retratando o presidente (hoje

governador) do estado Bernardino de Campos. No dia 7 de setembro inaugura-se o Museu Paulista e são apresentadas, entre outras pinturas, as telas Caipira picando fumo e Amolação interrompida.

1896

Em janeiro, são inaugurados na Câmara Municipal de Serra Negra (SP) os retratos de Bernardino de Campos, Prudente de Moraes e Marechal Floriano Peixoto e, em março, no salão nobre do Tesouro (São Paulo), os retratos de João Alves Rubião Júnior e Bernardino de Campos. Viaja com Pedro Alexandrino, amigo e ex-aluno, para a Europa a bordo do Ligúria, em 28 de abril, a fim de se restabelecer de moléstia no estômago, segundo notícia da época.

1897

Toma parte da IV Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com as obras

Caçando, Ponte da Tabatinguera e Tanque velho.

Inaugurada em 23 de dezembro a primeira exibição pública da pintura Partida

da Monção, na rua do Paredão (atual Xavier de Toledo), São Paulo.

1898

Morre seu pai, José Ferraz de Almeida. Participa da V Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com Água represada, Cabeça de estudo, Futuro artista, Partida

da Monção, Lavadeiras, São Jerônimo (estudo) e Velha beata.

Recebe medalha de ouro de 1ª classe, conferida pela Escola Nacional de Belas Artes pela tela Partida da Monção. Colegas participantes dessa exposição expedem telegrama de congratulação ao artista pelo conjunto enviado. Chega a Piracicaba em 31 de dezembro para a abertura da exposição de seu aluno Joaquim Matos, no Salão Morgado.

1899

Expõe no ateliê da rua da Glória obras de sua autoria e de seus alunos, entre as quais O violeiro,

O importuno, Saudade, Mamão, A mendiga e Piquenique no rio das Pedras.

Do pintor, figuram na VI Exposição Geral de Belas Artes: Cabeça de estudo (duas), A estrada, O

importuno, Mamão, A mendiga, Piquenique no rio das Pedras, Saudade e O violeiro.

Em 9 de setembro é promulgada lei estadual paulista autorizando a aquisição da pintura

Partida da Monção pelo governo do estado.

Morre em Piracicaba, vítima de crime passional, no dia 13 de novembro.

1900

É realizada mostra póstuma com 130 obras, organizada por comissão de amigos, entre 11 de janeiro e 28 de fevereiro, na rua São Bento, 95.

Em 1º e 5 de março são realizados dois leilões de objetos pessoais e de obras do espólio de Almeida Júnior, com o propósito de arrecadar fundos para a construção de um mausoléu a fim de preservar a memória do artista.

1905

É inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo em sala do edifício do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, a partir da transferência de 26 pinturas do Museu Paulista, dentre as quais Caipira picando fumo, Amolação interrompida, Leitura e Partida da Monção.

1929

A tela Partida da Monção retorna ao Museu Paulista, onde se abre a Sala das Monções “Almeida Júnior”.

1936

Criação da “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca do Estado de São Paulo, quando esta se localiza na rua Onze de Agosto (1933-1947).

1939

Em 29 de agosto é inaugurada no Museu Paulista a “Galeria Almeida Júnior”, a partir de iniciativa de Affonso d’Escragnolle Taunay e de Adhemar de Barros, respectivamente diretor do museu e interventor federal em São Paulo naquele período.

1947

O então diretor do Museu Paulista, Sérgio Buarque de Hollanda, por intermédio do interventor José Carlos de Macedo Soares transfere para a Pinacoteca do Estado 19 pinturas de Almeida Júnior cujo valor histórico estivesse em segundo plano, dominando o valor artístico, além de objetos da coleção Almeida Júnior. É criada a “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca Luz.

1948

São transferidos mais cinco retratos realizados por Almeida Júnior do Museu Paulista para a Pinacoteca do Estado.

1950

Exposição comemorativa do Primeiro Centenário de Nascimento de José Ferraz de Almeida Júnior, organizada pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, composta de 50 obras pertencentes ao acervo da Pinacoteca e a colecionadores particulares. A mostra é apresentada em São Paulo, Itu, Piracicaba, Campinas, Araraquara, Marília, Guaratinguetá e Rio de Janeiro. Na ocasião é cunhada moeda alusiva ao evento, e o dia 8 de maio, data de nascimento do artista, passa a ser comemorado como o “Dia do artista plástico”.

1954

Inaugurada em 8 de maio a Pinacoteca Circulante em Itu, evento organizado pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado em homenagem a Almeida Júnior, com obras do pintor ituano e de outros artistas, no salão do Grupo Escolar “Cesário Motta”.

1965

Realizada exposição de pinturas de Almeida Júnior na cidade de Itu com 15 quadros da Pinacoteca do Estado no salão da Prefeitura, entre 8 e 15 de maio.

1971

Nova edição da “Pinacoteca Circulante” em Itu.

1981

Semana Almeida Júnior em Itu com apresentação de obras da Pinacoteca do Estado de São Paulo; na mesma ocasião é inaugurado o Salão de Artes Plásticas de Itu na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio.

2000

A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugura em 25 de janeiro a exposição “Almeida Júnior: um artista revisitado”, com interpretações de artistas contemporâneos partindo da produção do artista.

2007

Como um dos eventos comemorativos do Primeiro Centenário da Pinacoteca do Estado é inaugurada no aniversário da cidade de São Paulo a exposição retrospectiva “Almeida Júnior, um criador de imaginários”.

Cronologia Almeida Junior Escala 1:10

Almeida Júnior (1850 – 1899)

Tarquínio e Lucrécia, 1874

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Derrubador brasileiro, 1879

Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Fuga da Sacra Família para o Egito, 1881

Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Descanso do modelo, 1882

Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior em 1882, Paris Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca do Estado de São Paulo Aurora, 1883

Iate Clube de Santos, SP

Depois do baile, 1886

Coleção particular, Rio de Janeiro

Clemente Falcão de Souza Filho, 1888

Faculdade de Direito / USP

Sem título (Cena de família de Adolfo

Augusto Pinto), 1891

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Leitura, 1892

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Amolação interrompida, 1894

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Recado difícil, 1895

Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Partida da Monção, 1897

Museu Paulista / USP

Menino (Cabeça de criança), 1894

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Caipiras negaceando, 1888

Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior entre os familiares de Clemente Falcão

de Souza Filho (o segundo, da esquerda para a direita) Coleção particular

Almeida Júnior e seu pai, José Ferraz de Almeida Coleção particular

Saudade, 1899

Pinacoteca do Estado de São Paulo Sala Almeida Júnior na Pinacoteca do Estado de São Paulo, rua Onze de Agosto, c.1937Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa e reprodução do retrato em bico de pena do artista no catálogo da exposição “Almeida Júnior”, 1900 Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Galeria Almeida Júnior, 1939 Museu Paulista

Pinacoteca Circulante em Itu, 1965 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa do catálogo “Almeida Júnior: um artista revisitado”, 2000 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Vista de uma das salas da exposição “Almeida Júnior, um criador de imaginários”, 2007 Pinacoteca do Estado de São Paulo Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo Capa da revista Paulistania comemorativa do centenário de nascimento de Almeida Júnior, 1950 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Sala Almeida Júnior, 1947 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Pinacoteca Circulante em Itu, 1971 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Padre Miguel Correia Pacheco, 1890

Igreja Nossa Senhora Candelária, Itu

Curso  de  capacitação  para  museus:    

módulo  curadoria  

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Exposição Almeida Junior

Comunicação visual

Maio/2010

© Zoldesign

1850

Nasce em Itu (SP), a 8 de maio, na rua do Carmo, filho de Ana Cândida de Amaral Souza e José Ferraz de Almeida. Batizado na Paróquia Nossa Senhora Candelária (Itu), no dia 12 do mesmo mês.

1869

Viaja para o Rio de Janeiro com o auxílio de amigos e parentes de Itu, entre os quais o padre Miguel Correia Pacheco – vigário da cidade –, o Barão de Jundiaí, Francisco José de Castro Andrade e Bento Paes de Barros, que financiam a ida e os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), onde será aluno de Vítor Meireles, Jules Le Chevrel e, possivelmente, de Pedro Américo.

1871

Solicita matrícula nas disciplinas matemática aplicada, desenho geométrico, desenho figurado e modelo-vivo. Recebe os primeiros prêmios da Academia: medalha de prata e pequena medalha de ouro, ambas em desenho figurado. Reside então na ladeira do Castelo, 10, Rio de Janeiro.

1872

Inscreve-se nas disciplinas pintura histórica e modelo-vivo. Conquista a medalha de prata em pintura histórica e menção honrosa em modelo-vivo. Recebe medalha de ouro em desenho figurado. Conclui a disciplina anatomia e fisiologia das paixões com o grau optime cum lauda.

1873

Cursa as disciplinas de modelo-vivo e pintura histórica, excedendo em faltas nesta última. Agraciado com medalha de prata e pequena medalha de ouro em pintura histórica, com primeira medalha de prata em modelo-vivo e menção honrosa em pintura.

1874

Matricula-se em pintura histórica, estética e modelo-vivo. Requer declaração comprobatória de habilitação como professor de desenho. Recebe o prêmio máximo conferido pela Academia Imperial de Belas Artes – a medalha de ouro –, com a tela Belizário esmolando. Não concorre ao prêmio de viagem ao estrangeiro e deixa Rodolfo Bernardelli como único candidato.

1875

Retorna a Itu em 28 de janeiro, onde é acolhido com festas. Nessa cidade, instala ateliê em parte do sobrado do capitão Bento Dias de Almeida. Anuncia em jornal ituano que leciona desenho e realiza pinturas.

Inaugura, em 17 de fevereiro, na Casa Garraux (São Paulo), pequena mostra com

seis telas, incluindo Belizário esmolando e Tarquínio e Lucrécia.

Em agosto, o imperador dom Pedro II convida-o para estudar na Europa a suas expensas. 1876

Em 23 de março, o imperador dom Pedro II assina decreto beneficiando Almeida Júnior com bolsa de estudo. Segue para Paris em outubro, a bordo do navio francês Panamá. Antes de viajar, termina três quadros representando estátuas da Fé, da Esperança e da Caridade para a sede da Sociedade Beneficência Ituana.

Na capital francesa reside na rua Motholon, 30, e na rua Turgot, 22.

1877

Tristão Mariano da Costa escreve “Um artista ituano”, artigo publicado no Almanach Literário de S. Paulo de 1878.

1878

Inscreve-se na École des Beaux-Arts de Paris em março, tendo como professores Alexandre Cabanel e Lequien Fils. Recebe menção e terceiro lugar em desenho de ornato.

1879

Expõe pela primeira vez em mostra internacional – no Salon Officiel des Artistes Français – o retrato de José Magalhães.

1880

Recebe a visita do conde d’Eu no ateliê parisiense.

Morre sua mãe, Ana Cândida do Amaral Souza, em Itu, no dia 20 de abril, quando o artista está na Europa.

Participa do Salon com Derrubador brasileiro e Remorso de Judas.

1881

Viaja para a Itália e permanece em Roma durante o mês de agosto. Exibe no Salon Officiel des Artistes Français a pintura Fuga da Sacra Família para o Egito, posteriormente enviada ao imperador dom Pedro II.

1882

Toma parte do Salon com Descanso do modelo. Retorna ao Brasil no vapor Ville le Bahia em outubro. Realiza exposição da produção parisiense em sala da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro (Fuga da Sacra Família para o Egito, Descanso do modelo, Remorso de Judas e dois estudos de cabeça) com seu contemporâneo Rodolfo Amoedo, ocasião em que a AIBA adquire Derrubador brasileiro, Remorso de Judas e Descanso do modelo.

Chega a São Paulo em 15 de novembro e dois dias depois parte para sua cidade natal, Itu, onde é recebido com festas e solenidades.

É convidado a lecionar na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, mas opta por se fixar em São Paulo.

Expõe na Casa Garraux dois estudos.

1883

Fixa-se na cidade de São Paulo e estabelece ateliê na rua da Princesa (atual rua Benjamin Constant), 11.

Almeida Júnior expõe em seu ateliê, entre os dias 25 e 28 de maio, a tela encomendada por dona Veridiana da Silva Prado representando uma alegoria do sono [Aurora].

1884

Recebe visita da princesa Isabel e do conde d’Eu em 10 de março.

Torna-se sócio do Club Haydn (São Paulo), dedicado à promoção de eventos musicais e presidido por Clemente Falcão de Souza Filho.

Em 5 de abril morre sua irmã, Maria Amália de Souza Prado.

Participa de exposição na Academia Imperial de Belas Artes com as obras Derrubador brasileiro, Descanso do modelo,

Remorso de Judas e Fuga da Sacra Família para o Egito; a última é doada à Academia nessa ocasião pelo imperador dom Pedro II. Começa a dar aulas para Pedro Alexandrino, que será seu aluno até 1887.

1885

Em 7 de março, a Academia Imperial de Belas Artes outorga ao artista o título de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por merecimento artístico.

Mostra realizada por Almeida Júnior em 1882 na Academia Imperial de Belas Artes é analisada no livro de Félix Ferreira, Bellas-Artes, publicado nesse ano.

1886

A 2 de fevereiro, Ezequiel Freire lhe dedica o artigo “Au retour du bal” [Volta do baile] no Correio Paulistano.

Recebe a visita do imperador dom Pedro II em seu ateliê no dia 8 de novembro.

1887

Parte para a Europa em fevereiro e permanece no Velho Continente até junho. Em setembro é nomeado “Professor Honorário da Academia”.

Em outubro, o escritor português Ramalho Ortigão visita seu ateliê. No mesmo mês, expõe na Casa Henschel (São Paulo) retrato do Padre João José Rodrigues, vigário de Jundiaí.

1888

Em abril exibe o retrato de Clemente Falcão de Souza Filho na Casa Volsack (São Paulo) e, em agosto, o do barão de Ramalho na Casa Henschel (São Paulo).

Em outubro, expõe em seu ateliê, então localizado na rua do Imperador (atual praça João Mendes), o retrato do general José Vieira Couto de Magalhães e Caipiras negaceando – pintura que é analisada por vários críticos em artigos de jornal, comentários e solicitações para que a obra seja adquirida pelo governo da Província de São Paulo. Em dezembro, expõe o retrato do barão de Santa Branca na Casa Volsack (São Paulo).

1889

Em maio, exibe Caipiras negaceando no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. No mesmo mês, é nomeado “Professor Honorário” da seção de pintura da Academia Imperial de Belas Artes e inaugura o retrato de meio corpo do imperador dom Pedro II no salão principal da Câmara Municipal de Amparo.

Almeida Júnior propõe à Assembleia Provincial de São Paulo a aquisição de Caipiras negaceando. Envia Caipiras negaceando para a Exposição Universal de Paris. 1890

Participa, com a obra Caipiras negaceando, da I Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, ocasião em que a pintura é adquirida pela Escola Nacional de Belas Artes. Em outubro são leiloadas no Paço de São Cristóvão (Rio de Janeiro) as obras que pertenceram à coleção do imperador dom Pedro II: Um jardineiro, Entrada do sol em Arramanche e Normandia.

1891

Terceira viagem para a Europa, de onde retorna em setembro pelo navio Equateur. 1892

Recusa convite da comissão de “protesto artístico” para ser membro da comissão de belas-artes na Exposição Internacional de Artes, Indústrias Manufatureiras e Produtos do Solo das Minas e do Mar (Exposição Columbiana) em Chicago, nos Estados Unidos. A seleção da delegação paulista é feita por Adolfo Augusto Pinto, conterrâneo e amigo de Almeida Júnior.

Expõe na vitrine da Casa Garraux retrato de Martim Francisco, na época secretário da fazenda.

1893

Alcança premiação internacional, obtendo medalha de ouro pela exibição de Descanso do modelo, Caipiras negaceando e Leitura na Exposição Columbiana.

Acompanha o então ministro do interior, Cesário Motta Júnior, em visita ao edifício comemorativo da independência (atual Museu Paulista da Universidade de São Paulo), tendo em vista a instalação de uma galeria de pintura no prédio.

1894

Organiza, em junho, exposição em seu ateliê, então situado na rua da Glória, com as pinturas Bernardino de Campos, Cerqueira César, Cesário Motta Júnior, Busto de caipira, Pescaria, Cascata do Votorantim, Caipira picando fumo e Amolação interrompida, além de outros retratos. Comparece à II Exposição Geral de Belas Artes (Rio de

Janeiro) com as obras Amolação interrompida, Caipira picando fumo, Pescaria, A Pintura, Cascata do Votorantim, Leitura e Cabeça de estudo. Em 28 de setembro é oferecido ao dr. Siqueira Campos o retrato de seu filho primogênito, Pedro de Siqueira Campos, obra realizada por Almeida Júnior. Inaugurado solenemente na sala nobre do Tribunal de Justiça de São Paulo o retrato de Campos Salles, em 13 de outubro.

Nasce, em 23 de outubro, o único filho do artista beneficiado em testamento, Mário Ybarra de Almeida, fruto do relacionamento com Rita Ybarra.

É um dos 139 sócios fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

1895

Em 18 de junho exibe obras de seus alunos e obras próprias, entre as quais Recado difícil, Leitura, Batismo de Jesus, Monjolo, Ponte da Tabatinguera, Cozinha caipira, Nhá Chica, Apertando o lombilho, retrato e duas

cabeças. Expõe na III Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) Recado difícil, Cozinha caipira, Apertando o lombilho, Monjolo, Nhá Chica, Caipira picando fumo e uma cabeça. Nessa ocasião, a pintura Recado difícil é adquirida por indicação da comissão encabeçada por Rodolfo Bernardelli.

Alfredo Pujol, então secretário do interior, visita o ateliê do artista em 12 de outubro. Exibida na Casa Henschel (São Paulo), em 15 de novembro, tela destinada à Câmara Municipal de Amparo, retratando o presidente (hoje

governador) do estado Bernardino de Campos.

No dia 7 de setembro inaugura-se o Museu Paulista e são apresentadas, entre outras pinturas, as telas Caipira picando fumo e Amolação interrompida.

1896

Em janeiro, são inaugurados na Câmara Municipal de Serra Negra (SP) os retratos de Bernardino de Campos, Prudente de Moraes e Marechal Floriano Peixoto e, em março, no salão nobre do Tesouro (São Paulo), os retratos de João Alves Rubião Júnior e Bernardino de Campos.

Viaja com Pedro Alexandrino, amigo e ex-aluno, para a Europa a bordo do Ligúria, em 28 de abril, a fim de se restabelecer de moléstia no estômago, segundo notícia da época.

1897

Toma parte da IV Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com as obras Caçando, Ponte da Tabatinguera e Tanque velho.

Inaugurada em 23 de dezembro a primeira exibição pública da pintura Partida da Monção, na rua do Paredão (atual Xavier de Toledo), São Paulo.

1898

Morre seu pai, José Ferraz de Almeida.

Participa da V Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com Água represada, Cabeça de estudo, Futuro artista, Partida da Monção, Lavadeiras, São Jerônimo (estudo) e Velha beata. Recebe medalha de ouro de 1ª classe, conferida pela Escola Nacional de Belas Artes pela tela Partida da Monção. Colegas participantes dessa exposição expedem telegrama de congratulação ao artista pelo conjunto enviado.

Chega a Piracicaba em 31 de dezembro para a abertura da exposição de seu aluno Joaquim Matos, no Salão Morgado.

1899

Expõe no ateliê da rua da Glória obras de sua autoria e de seus alunos, entre as quais O violeiro, O importuno, Saudade, Mamão, A mendiga e Piquenique no rio das Pedras.

Do pintor, figuram na VI Exposição Geral de Belas Artes: Cabeça de estudo (duas), A estrada, O importuno, Mamão, A mendiga, Piquenique no rio das Pedras, Saudade e O violeiro. Em 9 de setembro é promulgada lei estadual paulista autorizando a aquisição da pintura Partida da Monção pelo governo do estado. Morre em Piracicaba, vítima de crime passional, no dia 13 de novembro.

1900

É realizada mostra póstuma com 130 obras, organizada por comissão de amigos, entre 11 de janeiro e 28 de fevereiro, na rua São Bento, 95.

Em 1º e 5 de março são realizados dois leilões de objetos pessoais e de obras do espólio de Almeida Júnior, com o propósito de arrecadar fundos para a construção de um mausoléu a fim de preservar a memória do artista.

1905

É inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo em sala do edifício do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, a partir da transferência de 26 pinturas do Museu Paulista, dentre as quais Caipira picando fumo, Amolação interrompida, Leitura e Partida da Monção.

1929

A tela Partida da Monção retorna ao Museu Paulista, onde se abre a Sala das Monções “Almeida Júnior”.

1936

Criação da “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca do Estado de São Paulo, quando esta se localiza na rua Onze de Agosto (1933-1947).

1939

Em 29 de agosto é inaugurada no Museu Paulista a “Galeria Almeida Júnior”, a partir de iniciativa de Affonso d’Escragnolle Taunay e de Adhemar de Barros, respectivamente diretor do museu e interventor federal em São Paulo naquele período.

1947

O então diretor do Museu Paulista, Sérgio Buarque de Hollanda, por intermédio do interventor José Carlos de Macedo Soares transfere para a Pinacoteca do Estado 19 pinturas de Almeida Júnior cujo valor histórico estivesse em segundo plano, dominando o valor artístico, além de objetos da coleção Almeida Júnior. É criada a “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca Luz.

1948

São transferidos mais cinco retratos realizados por Almeida Júnior do Museu Paulista para a Pinacoteca do Estado.

1950

Exposição comemorativa do Primeiro Centenário de Nascimento de José Ferraz de Almeida Júnior, organizada pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, composta de 50 obras pertencentes ao acervo da Pinacoteca e a colecionadores particulares. A mostra é apresentada em São Paulo, Itu, Piracicaba, Campinas, Araraquara, Marília, Guaratinguetá e Rio de Janeiro. Na ocasião é cunhada moeda alusiva ao evento, e o dia 8 de maio, data de nascimento do artista, passa a ser comemorado como o “Dia do artista plástico”.

1954

Inaugurada em 8 de maio a Pinacoteca Circulante em Itu, evento organizado pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado em homenagem a Almeida Júnior, com obras do pintor ituano e de outros artistas, no salão do Grupo Escolar “Cesário Motta”.

1965

Realizada exposição de pinturas de Almeida Júnior na cidade de Itu com 15 quadros da Pinacoteca do Estado no salão da Prefeitura, entre 8 e 15 de maio.

1971

Nova edição da “Pinacoteca Circulante” em Itu.

1981

Semana Almeida Júnior em Itu com apresentação de obras da Pinacoteca do Estado de São Paulo; na mesma ocasião é inaugurado o Salão de Artes Plásticas de Itu na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio.

2000

A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugura em 25 de janeiro a exposição “Almeida Júnior: um artista revisitado”, com interpretações de artistas contemporâneos partindo da produção do artista.

2007

Como um dos eventos comemorativos do Primeiro Centenário da Pinacoteca do Estado é inaugurada no aniversário da cidade de São Paulo a exposição retrospectiva “Almeida Júnior, um criador de imaginários”.

Cronologia Almeida Junior

Escala 1:10

Almeida Júnior (1850 – 1899)

Tarquínio e Lucrécia, 1874 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Derrubador brasileiro, 1879 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Fuga da Sacra Família para o Egito, 1881 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Descanso do modelo, 1882 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior em 1882, Paris Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca

do Estado de São Paulo Aurora, 1883 Iate Clube de Santos, SP

Depois do baile, 1886 Coleção particular, Rio de Janeiro

Clemente Falcão de Souza Filho, 1888 Faculdade de Direito / USP

Sem título (Cena de família de Adolfo Augusto Pinto), 1891 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Leitura, 1892 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Amolação interrompida, 1894 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Recado difícil, 1895 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Partida da Monção, 1897 Museu Paulista / USP Menino (Cabeça de criança), 1894

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Caipiras negaceando, 1888 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior entre os familiares de Clemente Falcão

de Souza Filho (o segundo, da esquerda para a direita) Coleção particular

Almeida Júnior e seu pai, José Ferraz de Almeida Coleção particular

Saudade, 1899 Pinacoteca do Estado de

São Paulo Sala Almeida Júnior na Pinacoteca do Estado de São Paulo, rua Onze de Agosto, c.1937 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa e reprodução do retrato em bico de pena do artista no catálogo da exposição “Almeida Júnior”, 1900

Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Galeria Almeida Júnior, 1939 Museu Paulista

Pinacoteca Circulante em Itu, 1965 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa do catálogo “Almeida Júnior: um artista revisitado”, 2000 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Vista de uma das salas da exposição “Almeida Júnior, um criador de imaginários”, 2007 Pinacoteca do Estado de São Paulo Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo Capa da revista Paulistania

comemorativa do centenário de nascimento de Almeida Júnior, 1950 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Sala Almeida Júnior, 1947 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Pinacoteca Circulante em Itu, 1971 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo Padre Miguel Correia Pacheco, 1890

Igreja Nossa Senhora Candelária, Itu

detalhe 1

esc.1:10

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4

Exposição Almeida Junior

Comunicação visual

Maio/2010

© Zoldesign

1850

Nasce em Itu (SP), a 8 de maio, na rua do Carmo, filho de Ana Cândida de Amaral Souza e José Ferraz de Almeida. Batizado na Paróquia Nossa Senhora Candelária (Itu), no dia 12 do mesmo mês.

1869

Viaja para o Rio de Janeiro com o auxílio de amigos e parentes de Itu, entre os quais o padre Miguel Correia Pacheco – vigário da cidade –, o Barão de Jundiaí, Francisco José de Castro Andrade e Bento Paes de Barros, que financiam a ida e os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), onde será aluno de Vítor Meireles, Jules Le Chevrel e, possivelmente, de Pedro Américo.

1871

Solicita matrícula nas disciplinas matemática aplicada, desenho geométrico, desenho figurado e modelo-vivo. Recebe os primeiros prêmios da Academia: medalha de prata e pequena medalha de ouro, ambas em desenho figurado. Reside então na ladeira do Castelo, 10, Rio de Janeiro.

1872

Inscreve-se nas disciplinas pintura histórica e modelo-vivo. Conquista a medalha de prata em pintura histórica e menção honrosa em modelo-vivo. Recebe medalha de ouro em desenho figurado. Conclui a disciplina anatomia e fisiologia das paixões com o grau optime cum lauda.

1873

Cursa as disciplinas de modelo-vivo e pintura histórica, excedendo em faltas nesta última. Agraciado com medalha de prata e pequena medalha de ouro em pintura histórica, com primeira medalha de prata em modelo-vivo e menção honrosa em pintura.

1874

Matricula-se em pintura histórica, estética e modelo-vivo. Requer declaração comprobatória de habilitação como professor de desenho. Recebe o prêmio máximo conferido pela Academia Imperial de Belas Artes – a medalha de ouro –, com a tela Belizário esmolando. Não concorre ao prêmio de viagem ao estrangeiro e deixa Rodolfo Bernardelli como único candidato.

1875

Retorna a Itu em 28 de janeiro, onde é acolhido com festas. Nessa cidade, instala ateliê em parte do sobrado do capitão Bento Dias de Almeida. Anuncia em jornal ituano que leciona desenho e realiza pinturas.

Inaugura, em 17 de fevereiro, na Casa Garraux (São Paulo), pequena mostra com

seis telas, incluindo Belizário esmolando e Tarquínio e Lucrécia.

Em agosto, o imperador dom Pedro II convida-o para estudar na Europa a suas expensas. 1876

Em 23 de março, o imperador dom Pedro II assina decreto beneficiando Almeida Júnior com bolsa de estudo. Segue para Paris em outubro, a bordo do navio francês Panamá. Antes de viajar, termina três quadros representando estátuas da Fé, da Esperança e da Caridade para a sede da Sociedade Beneficência Ituana.

Na capital francesa reside na rua Motholon, 30, e na rua Turgot, 22.

1877

Tristão Mariano da Costa escreve “Um artista ituano”, artigo publicado no Almanach Literário de S. Paulo de 1878.

1878

Inscreve-se na École des Beaux-Arts de Paris em março, tendo como professores Alexandre Cabanel e Lequien Fils. Recebe menção e terceiro lugar em desenho de ornato.

1879

Expõe pela primeira vez em mostra internacional – no Salon Officiel des Artistes Français – o retrato de José Magalhães.

1880

Recebe a visita do conde d’Eu no ateliê parisiense.

Morre sua mãe, Ana Cândida do Amaral Souza, em Itu, no dia 20 de abril, quando o artista está na Europa.

Participa do Salon com Derrubador brasileiro e Remorso de Judas.

1881

Viaja para a Itália e permanece em Roma durante o mês de agosto. Exibe no Salon Officiel des Artistes Français a pintura Fuga da Sacra Família para o Egito, posteriormente enviada ao imperador dom Pedro II.

1882

Toma parte do Salon com Descanso do modelo. Retorna ao Brasil no vapor Ville le Bahia em outubro. Realiza exposição da produção parisiense em sala da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro (Fuga da Sacra Família para o Egito, Descanso do modelo, Remorso de Judas e dois estudos de cabeça) com seu contemporâneo Rodolfo Amoedo, ocasião em que a AIBA adquire Derrubador brasileiro, Remorso de Judas e Descanso do modelo.

Chega a São Paulo em 15 de novembro e dois dias depois parte para sua cidade natal, Itu, onde é recebido com festas e solenidades.

É convidado a lecionar na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, mas opta por se fixar em São Paulo.

Expõe na Casa Garraux dois estudos.

1883

Fixa-se na cidade de São Paulo e estabelece ateliê na rua da Princesa (atual rua Benjamin Constant), 11.

Almeida Júnior expõe em seu ateliê, entre os dias 25 e 28 de maio, a tela encomendada por dona Veridiana da Silva Prado representando uma alegoria do sono [Aurora].

1884

Recebe visita da princesa Isabel e do conde d’Eu em 10 de março.

Torna-se sócio do Club Haydn (São Paulo), dedicado à promoção de eventos musicais e presidido por Clemente Falcão de Souza Filho.

Em 5 de abril morre sua irmã, Maria Amália de Souza Prado.

Participa de exposição na Academia Imperial de Belas Artes com as obras Derrubador brasileiro, Descanso do modelo,

Remorso de Judas e Fuga da Sacra Família para o Egito; a última é doada à Academia nessa ocasião pelo imperador dom Pedro II. Começa a dar aulas para Pedro Alexandrino, que será seu aluno até 1887.

1885

Em 7 de março, a Academia Imperial de Belas Artes outorga ao artista o título de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por merecimento artístico.

Mostra realizada por Almeida Júnior em 1882 na Academia Imperial de Belas Artes é analisada no livro de Félix Ferreira, Bellas-Artes, publicado nesse ano.

1886

A 2 de fevereiro, Ezequiel Freire lhe dedica o artigo “Au retour du bal” [Volta do baile] no Correio Paulistano.

Recebe a visita do imperador dom Pedro II em seu ateliê no dia 8 de novembro.

1887

Parte para a Europa em fevereiro e permanece no Velho Continente até junho. Em setembro é nomeado “Professor Honorário da Academia”.

Em outubro, o escritor português Ramalho Ortigão visita seu ateliê. No mesmo mês, expõe na Casa Henschel (São Paulo) retrato do Padre João José Rodrigues, vigário de Jundiaí.

1888

Em abril exibe o retrato de Clemente Falcão de Souza Filho na Casa Volsack (São Paulo) e, em agosto, o do barão de Ramalho na Casa Henschel (São Paulo).

Em outubro, expõe em seu ateliê, então localizado na rua do Imperador (atual praça João Mendes), o retrato do general José Vieira Couto de Magalhães e Caipiras negaceando – pintura que é analisada por vários críticos em artigos de jornal, comentários e solicitações para que a obra seja adquirida pelo governo da Província de São Paulo. Em dezembro, expõe o retrato do barão de Santa Branca na Casa Volsack (São Paulo).

1889

Em maio, exibe Caipiras negaceando no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. No mesmo mês, é nomeado “Professor Honorário” da seção de pintura da Academia Imperial de Belas Artes e inaugura o retrato de meio corpo do imperador dom Pedro II no salão principal da Câmara Municipal de Amparo.

Almeida Júnior propõe à Assembleia Provincial de São Paulo a aquisição de Caipiras negaceando. Envia Caipiras negaceando para a Exposição Universal de Paris. 1890

Participa, com a obra Caipiras negaceando, da I Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, ocasião em que a pintura é adquirida pela Escola Nacional de Belas Artes. Em outubro são leiloadas no Paço de São Cristóvão (Rio de Janeiro) as obras que pertenceram à coleção do imperador dom Pedro II: Um jardineiro, Entrada do sol em Arramanche e Normandia.

1891

Terceira viagem para a Europa, de onde retorna em setembro pelo navio Equateur. 1892

Recusa convite da comissão de “protesto artístico” para ser membro da comissão de belas-artes na Exposição Internacional de Artes, Indústrias Manufatureiras e Produtos do Solo das Minas e do Mar (Exposição Columbiana) em Chicago, nos Estados Unidos. A seleção da delegação paulista é feita por Adolfo Augusto Pinto, conterrâneo e amigo de Almeida Júnior.

Expõe na vitrine da Casa Garraux retrato de Martim Francisco, na época secretário da fazenda.

1893

Alcança premiação internacional, obtendo medalha de ouro pela exibição de Descanso do modelo, Caipiras negaceando e Leitura na Exposição Columbiana.

Acompanha o então ministro do interior, Cesário Motta Júnior, em visita ao edifício comemorativo da independência (atual Museu Paulista da Universidade de São Paulo), tendo em vista a instalação de uma galeria de pintura no prédio.

1894

Organiza, em junho, exposição em seu ateliê, então situado na rua da Glória, com as pinturas Bernardino de Campos, Cerqueira César, Cesário Motta Júnior, Busto de caipira, Pescaria, Cascata do Votorantim, Caipira picando fumo e Amolação interrompida, além de outros retratos. Comparece à II Exposição Geral de Belas Artes (Rio de

Janeiro) com as obras Amolação interrompida, Caipira picando fumo, Pescaria, A Pintura, Cascata do Votorantim, Leitura e Cabeça de estudo.

Em 28 de setembro é oferecido ao dr. Siqueira Campos o retrato de seu filho primogênito, Pedro de Siqueira Campos, obra realizada por Almeida Júnior. Inaugurado solenemente na sala nobre do Tribunal de Justiça de São Paulo o retrato de Campos Salles, em 13 de outubro.

Nasce, em 23 de outubro, o único filho do artista beneficiado em testamento, Mário Ybarra de Almeida, fruto do relacionamento com Rita Ybarra.

É um dos 139 sócios fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

1895

Em 18 de junho exibe obras de seus alunos e obras próprias, entre as quais Recado difícil, Leitura, Batismo de Jesus, Monjolo, Ponte da Tabatinguera, Cozinha caipira, Nhá Chica, Apertando o lombilho, retrato e duas

cabeças. Expõe na III Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) Recado difícil, Cozinha caipira, Apertando o lombilho, Monjolo, Nhá Chica, Caipira picando fumo e uma cabeça. Nessa ocasião, a pintura Recado difícil é adquirida por indicação da comissão encabeçada por Rodolfo Bernardelli.

Alfredo Pujol, então secretário do interior, visita o ateliê do artista em 12 de outubro. Exibida na Casa Henschel (São Paulo), em 15 de novembro, tela destinada à Câmara Municipal de Amparo, retratando o presidente (hoje

governador) do estado Bernardino de Campos.

No dia 7 de setembro inaugura-se o Museu Paulista e são apresentadas, entre outras pinturas, as telas Caipira picando fumo e Amolação interrompida.

1896

Em janeiro, são inaugurados na Câmara Municipal de Serra Negra (SP) os retratos de Bernardino de Campos, Prudente de Moraes e Marechal Floriano Peixoto e, em março, no salão nobre do Tesouro (São Paulo), os retratos de João Alves Rubião Júnior e Bernardino de Campos.

Viaja com Pedro Alexandrino, amigo e ex-aluno, para a Europa a bordo do Ligúria, em 28 de abril, a fim de se restabelecer de moléstia no estômago, segundo notícia da época.

1897

Toma parte da IV Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com as obras Caçando, Ponte da Tabatinguera e Tanque velho.

Inaugurada em 23 de dezembro a primeira exibição pública da pintura Partida da Monção, na rua do Paredão (atual Xavier de Toledo), São Paulo.

1898

Morre seu pai, José Ferraz de Almeida.

Participa da V Exposição Geral de Belas Artes (Rio de Janeiro) com Água represada, Cabeça de estudo, Futuro artista, Partida da Monção, Lavadeiras, São Jerônimo (estudo) e Velha beata. Recebe medalha de ouro de 1ª classe, conferida pela Escola Nacional de Belas Artes pela tela Partida da Monção. Colegas participantes dessa exposição expedem telegrama de congratulação ao artista pelo conjunto enviado.

Chega a Piracicaba em 31 de dezembro para a abertura da exposição de seu aluno Joaquim Matos, no Salão Morgado.

1899

Expõe no ateliê da rua da Glória obras de sua autoria e de seus alunos, entre as quais O violeiro, O importuno, Saudade, Mamão, A mendiga e Piquenique no rio das Pedras.

Do pintor, figuram na VI Exposição Geral de Belas Artes: Cabeça de estudo (duas), A estrada, O importuno, Mamão, A mendiga, Piquenique no rio das Pedras, Saudade e O violeiro. Em 9 de setembro é promulgada lei estadual paulista autorizando a aquisição da pintura Partida da Monção pelo governo do estado. Morre em Piracicaba, vítima de crime passional, no dia 13 de novembro.

1900

É realizada mostra póstuma com 130 obras, organizada por comissão de amigos, entre 11 de janeiro e 28 de fevereiro, na rua São Bento, 95.

Em 1º e 5 de março são realizados dois leilões de objetos pessoais e de obras do espólio de Almeida Júnior, com o propósito de arrecadar fundos para a construção de um mausoléu a fim de preservar a memória do artista.

1905

É inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo em sala do edifício do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, a partir da transferência de 26 pinturas do Museu Paulista, dentre as quais Caipira picando fumo, Amolação interrompida, Leitura e Partida da Monção.

1929

A tela Partida da Monção retorna ao Museu Paulista, onde se abre a Sala das Monções “Almeida Júnior”.

1936

Criação da “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca do Estado de São Paulo, quando esta se localiza na rua Onze de Agosto (1933-1947).

1939

Em 29 de agosto é inaugurada no Museu Paulista a “Galeria Almeida Júnior”, a partir de iniciativa de Affonso d’Escragnolle Taunay e de Adhemar de Barros, respectivamente diretor do museu e interventor federal em São Paulo naquele período.

1947

O então diretor do Museu Paulista, Sérgio Buarque de Hollanda, por intermédio do interventor José Carlos de Macedo Soares transfere para a Pinacoteca do Estado 19 pinturas de Almeida Júnior cujo valor histórico estivesse em segundo plano, dominando o valor artístico, além de objetos da coleção Almeida Júnior. É criada a “Sala Almeida Júnior” na Pinacoteca Luz.

1948

São transferidos mais cinco retratos realizados por Almeida Júnior do Museu Paulista para a Pinacoteca do Estado.

1950

Exposição comemorativa do Primeiro Centenário de Nascimento de José Ferraz de Almeida Júnior, organizada pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, composta de 50 obras pertencentes ao acervo da Pinacoteca e a colecionadores particulares. A mostra é apresentada em São Paulo, Itu, Piracicaba, Campinas, Araraquara, Marília, Guaratinguetá e Rio de Janeiro. Na ocasião é cunhada moeda alusiva ao evento, e o dia 8 de maio, data de nascimento do artista, passa a ser comemorado como o “Dia do artista plástico”.

1954

Inaugurada em 8 de maio a Pinacoteca Circulante em Itu, evento organizado pelo Serviço de Fiscalização Artística e pela Pinacoteca do Estado em homenagem a Almeida Júnior, com obras do pintor ituano e de outros artistas, no salão do Grupo Escolar “Cesário Motta”.

1965

Realizada exposição de pinturas de Almeida Júnior na cidade de Itu com 15 quadros da Pinacoteca do Estado no salão da Prefeitura, entre 8 e 15 de maio.

1971

Nova edição da “Pinacoteca Circulante” em Itu.

1981

Semana Almeida Júnior em Itu com apresentação de obras da Pinacoteca do Estado de São Paulo; na mesma ocasião é inaugurado o Salão de Artes Plásticas de Itu na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio.

2000

A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugura em 25 de janeiro a exposição “Almeida Júnior: um artista revisitado”, com interpretações de artistas contemporâneos partindo da produção do artista.

2007

Como um dos eventos comemorativos do Primeiro Centenário da Pinacoteca do Estado é inaugurada no aniversário da cidade de São Paulo a exposição retrospectiva “Almeida Júnior, um criador de imaginários”.

Cronologia Almeida Junior

Escala 1:10

Almeida Júnior (1850 – 1899)

Tarquínio e Lucrécia, 1874 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Derrubador brasileiro, 1879 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Fuga da Sacra Família para o Egito, 1881 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Descanso do modelo, 1882 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior em 1882, Paris Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca

do Estado de São Paulo Aurora, 1883 Iate Clube de Santos, SP

Depois do baile, 1886 Coleção particular, Rio de Janeiro

Clemente Falcão de Souza Filho, 1888 Faculdade de Direito / USP

Sem título (Cena de família de Adolfo Augusto Pinto), 1891 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Leitura, 1892 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Amolação interrompida, 1894 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Recado difícil, 1895 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro

Partida da Monção, 1897 Museu Paulista / USP Menino (Cabeça de criança), 1894

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Caipiras negaceando, 1888 Museu Nacional de Belas Artes / Ibram / MinC, Rio de Janeiro Almeida Júnior entre os familiares de Clemente Falcão

de Souza Filho (o segundo, da esquerda para a direita) Coleção particular

Almeida Júnior e seu pai, José Ferraz de Almeida Coleção particular

Saudade, 1899 Pinacoteca do Estado de

São Paulo Sala Almeida Júnior na Pinacoteca do Estado de São Paulo, rua Onze de Agosto, c.1937 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa e reprodução do retrato em bico de pena do artista no catálogo da exposição “Almeida Júnior”, 1900

Biblioteca Walter Wey / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Galeria Almeida Júnior, 1939 Museu Paulista

Pinacoteca Circulante em Itu, 1965 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Capa do catálogo “Almeida Júnior: um artista revisitado”, 2000 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Vista de uma das salas da exposição “Almeida Júnior, um criador de imaginários”, 2007 Pinacoteca do Estado de São Paulo Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo Capa da revista Paulistania

comemorativa do centenário de nascimento de Almeida Júnior, 1950 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo

Sala Almeida Júnior, 1947 Pinacoteca do Estado de São Paulo

Pinacoteca Circulante em Itu, 1971 Cedoc / Pinacoteca do Estado de São Paulo Padre Miguel Correia Pacheco, 1890

Igreja Nossa Senhora Candelária, Itu

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Curso  de  capacitação  para  museus:    

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Referências

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