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Peregrino. das Letras

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(1)

Ribeirão Preto - SP - Ano IV - Nº 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00

Ribeirão Preto - SP - Ano VII - Nº 79 - novembro/2006

www.jperegrino.com.br

IMPRESSO DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

PREÇO NAS BANCAS R$1,00

Informação,

Informação,

Informação,

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Cultura

Cultura

Cultura

Cultura

Cultura

e e

e e

e

Livre Expressão

Livre Expressão

Livre Expressão

Livre Expressão

Livre Expressão

Peregrino

Peregrino

das Letras

“Sábio é aquele que de todos aprende. Forte o que se vence a si mesmo. Rico o que se contenta

com o que possui. Só aquele que respeita a pessoa humana merece por sua vez respeito.” –

Talmude

Peroração

Discurso de Rui Barbosa

Discurso feito em 1903 para

os diplomandos do Colégio

Anchieta em Nova Friburgo.

A parte final do discurso é

uma das mais belas páginas

na língua portuguesa.

Página 10

Santa

Simplicidade

Acordar com o despertador

do celular e apertar a tecla

soneca para mais cinco

minutos. Levantar, café da

manhã speed, com café

ins-tantâneo feito no

micro-ondas.

Página 7

Afinal, o que é o

Plano Diretor?

Muito se tem falado

atual-mente do atraso da Prefeitura

de Ribeirão Preto em relação

ao envio das peças

comple-mentares do Plano Diretor à

Câmara Municipal,...

(2)

Editorial

Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz

marizahrfruiz@jperegrino.com.br

e-mail: falecom@jperegrino.com.br

(16) 3621 9225 / 9992 3408

Peregrino

Peregrino

das Letras

Informação

Informação

Informação

Informação

Informação

Cultura e Livre Expressão

Cultura e Livre Expressão

Cultura e Livre Expressão

Cultura e Livre Expressão

Cultura e Livre Expressão

José Roberto Ruiz

JPeregrino Comunicação Visual Ltda.

Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000

Direção: José Roberto Ruiz - MTb 36.952 - Redatora: Mariza Helena R. Facci Ruiz WebDesign: Francisco Guilherme R. Ruiz

Fotolito e Impressão: Fullgraphics Gráfica e Editora - (16) 3965 5500

Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP - 14021-520, Telefone: (0**16) 3621 9225 / 9992 3408

Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: falecom@jperegrino.com.br

Peregrino

Peregrino

das Letras

Cursos – Oficinas - Palestras – Workshops

Novembro

4 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Ribeirão Preto / SP - Informações: Ana Lucia

Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224.

5 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Bragança e Atibaia / SP - Informações: Ana Lucia

Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224.

10 e 11 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Mococa / SP - Informações: Ana Lucia

Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224.

11, 12, 18 e 26 – Curso de Preparação para o Parto e Maternidade – Módulo 1 - Gestação e

Parto – Ribeirão Preto / SP - Informações: (16) 3911 4152 ou 9122 7278.

11 e 26 – Seminário de Reiki I – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3630 2236 / 9782

4150.

13 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Guaxupé / MG - Informações: Ana Lucia Braga

(16) 3021 5490 / 9994 7224.

25 – Curso de Radiestesia e Radiônica – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz

– (16) 3941 6116 / 3635 1336.

Dezembro

2 e 3 – Curso de Preparação para o Parto e Maternidade – Módulo 2 – Cuidados com o Bebê

– Ribeirão Preto / SP - Informações: (16) 3911 4152 ou 9122 7278.

3 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Bragança e Atibaia / SP - Informações: Ana Lucia

Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224.

5 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Ribeirão Preto / SP - Informações: Ana Lucia

Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224.

8 e 9 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Mococa / SP - Informações: Ana Lucia Braga

(16) 3021 5490 / 9994 7224.

9 e 12 – Seminário de Reiki – ABR – Ribeirão Preto / SP – Informações: Energia Superior

– (16) 3639 4271.

9 e 17 – Seminário de Reiki I – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3630 2236 / 9782

4150.

10 - Workshop “Constelação Sistêmica” - Guaxupe / MG - Informações: Ana Lucia Braga

(16) 3021 5490 / 9994 7224.

Eleições. É tempo de escolher alguém para dirigir nada

mais nada menos do que o nosso País. Alguns acreditam

que melhor foi votar naquele que rouba mas faz. Afinal,

di-zem, roubar todo mundo rouba. Alguns optaram pelo menos

pior. Triste momento pelo qual passamos! Delícia teria sido

se pudéssemos escolher entre o mais capacitado porém na

certeza de que ambos estariam a serviço do povo e portanto

da democracia. Lutamos tanto para nos livrar da ditadura.

Será que devíamos ter ficado lá, governados por um Grande

Pai Dominador? Será que não estávamos suficientemente

maduros para escolher nossos governantes? E não será uma

volta à ditadura escolher um governante que faz a cabeça

dos mais pobres, dos menos estudados, dos que vivem

abai-xo da linha da miséria? Tomara não seja escolhido um Paizão,

alguém que pseudoprotege, oferecendo migalhas que se

afi-guram grandes coisas. Alguém que permite pensar que a ética

é muito menos importante que a fome. Estaremos andando

de ré como os caranguejos? Todo mundo sabe a porcaria

que é um Pai dominador, arrogante, que impede que seus

filhos cresçam e que se tornem seres pensantes. Já tivemos

disso de sobra em tempos de ditadores. Ausência de limite.

E ao falar em limite, pensamos imediatamente no conceito

de retidão. Esta palavrinha que significa: inteireza de

cará-ter, modo correto de agir. Devo dizer, porém, que a melhor

definição que encontrei para ela estava contida no livro

Programa Sathya Sai de Educação em Valores Humanos

-Educare. É a seguinte: Retidão é fazer aos outros o que

gos-taríamos que fizessem a nós mesmos. Assim, levante a

mão quem quer ser roubado, quem quer ouvir mentiras, quem

quer ser enganado, quem quer ser injustiçado, quem quer

ser feito de bobo, quem quer ter seu território invadido. As

mãos certamente permanecerão abaixadas. E nenhum de nós

poderá dizer que prejudicar o próximo é normal.

(3)

A

vacinação é um dos cuidados mais importantes que devemos ter com nosso cão ou gato. Através da vacina, o sistema de defesa do animal “aprende” a produzir determinados anticorpos, rapidamente. A “me-mória” do sistema imunológico é relativamente curta nos animais. Assim, é preciso “relembrar” periodicamente a esse sistema de defesa como ele deve produzir anticorpos. É por isso que preci-samos revacinar cães e gatos todo ano. Sem a vacinação o animal volta a ficar desprotegido.

Os filhotes possuem um sistema imunológico que ainda está se desenvolvendo, por esse motivo o esquema de vacinação deles, em relação as vacinas múltiplas, é feito com pelo menos 3 doses seguidas, a partir dos 45 dias de idade. Já os adultos possuem um sistema imunológico desenvolvido, daí tomarem apenas uma dose de vacina por ano, tanto da raiva, quanto da vacina múltipla.

A vacinação deve sempre ser realizada por um Médico Veteri-nário, porque só ele é capaz de avaliar se o seu animalzinho está apto a receber a vacina. Para que esta realmente seja eficaz, o animal deve estar em perfeito estado de saúde, já que é o organismo dele que vai produzir os anticorpos. O Médico Veterinário antes da vacinação o avaliará quanto ao estado nutricional, presença de endo e ectoparasitas, como pulgas, carrapatos e verminoses, presença de doenças como a Erlichiose (“Doença do Carrapato”) que é muito comum na nossa região e vários outros fatores que se não estiverem dentro do normal podem prejudicar a eficácia da vacinação. Você deve ter a preocupação de saber a procedência da vacina que está sendo aplicada em seu animal. Uma vacina só é considerada “boa” se tiver como origem um labo-ratório conceituado, que invista em pesquisa e tecnologia. As chamadas “vacinas éticas” são produzidas por esses laboratórios e vendidas apenas para profissionais veterinários que têm o conhecimento de como armazenar o produto e em que con-dições aplicá-lo. A eficácia dessas vacinas é comprovada.

As “vacinas não éticas”, por sua vez, podem ser vendidas para lojas

ou pet shops. Por esse motivo, elas são aplicadas até mesmo nos balcões desses estabelecimentos, por vendedores ou funcionários. Como saber o caminho percorrido por essa vacina antes de ser aplicada em seu animal? Será que ela foi mantida o tempo todo na tempe-ratura ideal? Será que o cão estava em condições de saúde ideais para receber a imunização naquele momento? A eficácia desse tipo de vacinação, feita sem a supervisão de um veterinário, é discutível. Não há garantias de que seu animal estará protegido.

As vacinas que devem ser dadas anualmente são as vacinas múlti-plas: para Cães a V8 ou a V10 (tem a mais duas cepas de Leptospirose) que protegem contra Cinomose, Leptospirose, Adenovírus, Corona-virose e Hepatite. Para Gatos a Tríplice ou Quádrupla que pro-tegem contra Rinotraqueíte, Cali-civirose, Panleucopenia Felina e Clamidiose (presente só na quádrupla). A Anti-rábica deve ser feita tanto para cães como para gatos. Estas vacinas protegem con-tra várias doenças, sendo que algumas delas são zoonoses, ou seja podem ser transmitidas dos animais para os homens, como por exemplo a Leptospirose e a Raiva.

Além dessas existem também as vacinas contra Traqueobronquite Infecciosa Canina (Tosse dos Canis), que é muito importante principalmente para animais que freqüentam pet shop, pracinhas ou qualquer outro local em que entre em contato com vários animais, é especialmente indicada para os animais jovens e idosos. Outra vacina que existe no mercado é a contra a Giardíase.

Os esquemas de vacinação deverão sempre ser indicados pelo Médico Veterinário, pois só ele saberá qual o mais adequado para cada caso, que varia de animal para animal em relação ao local onde vive, estado imunológico da mãe, quando se tratar de filhotes e estado de saúde geral.

Dra Sandra R. R. da Silva Médica Veterinária

CRMVSP 10811 Arca de Noé Centro Médico

Veterinário www.arcadenoehv.com.br

D

esde o início da vida na terra somos envoltos por radiações; o ser humano se desenvolveu e vive nesse meio. O principal medo do homem é adoecer e morrer. O homem criou bombas atômicas que matam com radiação e desenvolveu instru-mentos de terapia que utilizam a radiação como terapia para combater tumores malignos.

As nossas células quando submetidas a certos níveis de radiação, tendem a se arranjar (ionizar) para que aquela ferida estranha que está nascendo não se transforme num tumor que vai lhe tirar a vida, para isso iniciou-se a busca pelo método ideal para tratamento.

Alguns filósofos do início do século passado começaram a utilizar a Helioterapia para a cura dessas feridas, e se baseava em utilizar as luzes do Sol que entregava uma certa quantidade de energia (solar) para que ocorresse uma mudança de comportamento no tecido. Numa tentativa de maximizar o uso das radiações solares, esses filósofos Roentgen, Bequerel, casal Curie e outros menos conhecidos se depararam com “raios invisíveis” que modificavam o comportamento dos tecidos humanos, provocando, em alguns casos, até a cura de doenças mais sérias e que até aqueles dias definiam o futuro de seu portador. Iniciou-se, nesse período, uma busca frenética por maneiras de se diagnosticar e tratar essas doenças, aparecendo equipamentos de ponta como os aparelhos de raios-X que não só diagnosticavam como permitiam ver através do ser humano os seus ossos quebrados e seus órgãos danificados.

Nos dias atuais é necessário identificar a doença com o uso da própria radiação: radiografia, tomografia, cintilografia, para que o médico especialista no uso de radiação qualifique esse tumor e o físico especialista use o conhe-cimento das radiações ionizantes X ou Gamma para que esse tumor não tenha uma vida muito próspera.

Existem equipamentos de radioterapia que tratam tumores malignos com uma eficiência de dar inveja a astronautas, fazendo com que os resultados dos tra-tamentos sejam muito bons a ponto

de se esperar cura do tumor em boa parte dos pacientes portadores de câncer, sabendo que na última publicação do Instituto Nacional do Câncer - o INCA 2006, a estatística mostra que quase 500.000 brasi-leiros sofrerão desse mal neste ano.

Marcos Vasques Moreira Físico Especialista em Radioterapia Professor de Radioterapia da Escola IZE

Vacinação de

Cães e Gatos

(4)

A

janela era estreita, mas dali se via longe. Logo que amanhecia, Antônia dei-tava os olhos naquele vão. Como as moças das cidades pequenas, que olham a vida passar, seios pendidos no batente. Deixava-os ali. Olhar langoroso, dependurado entre as pálpebras semicerradas. A estra-nheza daquele gesto despertava a curiosidade dos moradores do lugarejo. Julgavam. Os românticos projetavam sua melancolia. To-davia, a vizinha ressabiada pregava aos quatro ventos que era olho gordo.

Em contraponto à contem-plação, ela corria pra lá e pra cá. Encerava os móveis. Esfregava o chão. Mãos hábeis clareavam as roupas amareladas. Areava panelas. Fazia tudo às cegas, a casa conhe-cida de cor e salteado.

Aqueles olhos ali, dia e noite, noite e dia, feriado, fim de semana, olhando - olhando, botou minhoca na cabeça dos habitantes do lugar. Desacomodou os amantes, o vendedor, o traficante, o bancário, o padre, o agiota. A população exas-perada opinava, repartida. Menos o moço dos olhos de mormaço. Esse não se incomodava. Espelhava-se na misteriosa contemplação. A-quela solidão o comovia.

Distraída, olhos esquecidos na janela, ela cantava. Era um can-tochão. Repetia - repetia a canti-lena, sem antever o furor da cida-dezinha que se avolumava. As vozes vociferavam. Feriam. Veria.

Ainda não.

Em primeiro lugar, o carteiro. Trouxe más notícias. Ela fingiu que não se desgostava. Entrementes via. Perscrutava os haveres e desa-veres nas entrelinhas da carta. Ponderava. Aquela letra fina, deitada, não podia ser boa coisa.

Depois foram os telefonemas. Mudos. Aquele silêncio molestava. Faca afiada.

Um dia, levou uma pedrada. O olho direito sangrava. Fez com-pressa. Rezou dez ave-marias.

Perseverava.

Outra carta e mais outra. Muitos telefonemas mudos. Os olhos depositados no batente inchavam e se cansavam. Não mais o brilho anterior. Não mais a curiosidade mantinha as pálpebras

abertas. Poeira dos dias, teia de aranha. Vista turva.

Um dia, munida de cisma, a população avançou. Um grito rouco parecia um estampido de es-pingarda. Vindas de outra direção, vozes esganiçadas, pa-lavrões. O vozerio desenfrea-do ganhou coro, virou estouro de boiada na rua comprida. Os frágeis olhos de mormaço viam tudo.

Vitupérios.

Ela correu, pegou os olhos empoeirados na janela, mal teve tempo de ouvir as marteladas que ritmavam a assuada. Em cruz, se-laram para sempre a sua janela.

Colaboração: Teresa M. de Magalhães Araújo ave.palavra@uol.com.br

SOLARES*

Sobre a cabeça do jovem existe uma barra de ouro bruta Que pesa e só vai se definir, se moldar, derreter ou ficar leve Sob o calor dos sóis dos dias de luta.

O ouro será entregue ao jovem sob a forma de uma corrente prisioneira

Uma cruz companheira, uma jóia passageira

Mas o que ele enxerga e almeja é a luz verdadeira.

Aqueles seus longos cabelos dourados estão ficando bran-cos...

Ouro Branco Puro Ensolarado de Vivências.

Nicolas Guto Publicitário e Poeta www.nicolasguto.zip.net

M

uito se tem falado atualmente do atraso da Prefeitura de Ribeirão Preto em relação ao envio das peças complementares do Plano Diretor à Câmara Municipal, para que esta as aprove e as remeta, em tempo hábil, ao Ministério das Cidades, conforme prevê o prazo estipulado pela Lei n. 10.257/01. Entretanto, poucas pessoas realmente sabem o que é o Plano Diretor e qual seu valor para a política urbana social. No sistema de escalonamento de normas jurídicas (hierarquização das normas), o Plano Diretor tem sua fonte normativa mediata insculpida no artigo 182, §1º da Constituição Federal, o qual estipula a obrigatoriedade de sua instituição para as cidades com mais de vinte mil habitantes, e sua fonte normativa imediata nas diretrizes gerais expostas pela Lei n. 10.257/01, denominada Estatuto da Cidade. A normas dispostas no Estatuto da Cidade dão efetividade aos artigos 182 e 183 da Cons-tituição que tratam, especi-ficamente, da política urbana, tornando o Plano Diretor o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. Pois aí está. O Plano Diretor, nada mais é, do que o conjunto de leis que dará a direção da ocupação ordenada do município, promovendo o seu desenvolvimento global, sob os aspectos físico, social econômico e administrativo da comunidade. Resumindo em uma frase, o “Plano Diretor é o vetor do

adminis-trador”, o qual este jamais poderá agir sem a observância estrita de suas normas. O Plano Diretor ao lado da Lei Orgânica do Município (LOM) devem ser o sustentáculo de toda a estrutura organizacional da política de desenvolvimento da cidade, tratando do disciplinamento do parcelamento, uso e ocupação do solo, do zoneamento ambiental, das diretrizes orçamentárias e orça-mento anual, dos programas de desenvolvimento setorial, do plano viário, da proteção ao meio ambiente, etc. Assim, por exemplo, toda pessoa tem garantido constitucionalmente o direito à propriedade, mas esse direito poderá ser limitado desde que a propriedade não cumpra sua função social. E para que haja o cum-primento da função social, a utilização da propriedade deve atender aos ditames previstos no Plano Diretor. É o que dispõe o artigo 151, §2º da LOM, segue: “a propriedade urbana cumpre sua função social quando atenda às exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no Plano Diretor”. E logo em seguida, no § 4º, inciso II do mesmo artigo, dispõe: “mediante lei específica para área incluída no Plano Diretor, exigir-se-á do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, de: imposto sobre a pro-priedade predial e territorial urbana progressivo no tempo”. Ou seja, se o uso da propriedade não condisser com as normas inseridas no Plano Diretor, a propriedade sofrerá a incidência do imposto predial e territorial urbano (IPTU) pro-gressivo no tempo, a fim de dar cumprimento à função social, desestimulando, destarte, a espe-culação imobiliária, bem como promoverá a tão propalada reforma urbana. E é exatamente isso o que se espera de um Plano Diretor vigoroso, transformador do am-biente social, não um que aja canhestra e contrariamente aos interesses gerais da população.

Colaboração: Rodrigo Gasparini Franco Advogado e pós-graduando em

Direito Tributário pelo IBET. rodrigorgf@hotmail.com

ABUTRE

O abutre ronda,

espia,

vigia,

procura,

espera.

Esmera-se na busca.

O abutre sonda

nos vales,

nos montes,

nas matas,

no mar.

Mas a verdade o ofusca.

E o abutre,

de tanto sondar e

procu-rar,

encontra o fruto

da morte,

do erro,

da falha,

da injustiça,

e o agarra,

apesar do belo que o

rodeia,

a desejada carniça.

Antônio Carlos

Tórtoro

ancartor@yahoo.com

(5)

Constelação Sistêmica é uma

abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fe-nomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influên-cias de outros membros do sistema. O sistema é um conjunto de pessoas que permanecem unidas ou vinculadas em função de um interesse comum ou forças que as permeiam, independente de que tenham consciência. Quando pensamos em sistema familiar, podemos dizer que é um grupo de

Parto na Água

O obstetra francês Michel Odent, na cidade de Pithiviers, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes e alívio da dor. Algumas parturientes se sentiam bem dentro da banheira e o bebê nascia ali mesmo. De lá para cá, o parto na água tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor, ajudando significativamente na dilatação do colo de útero. O nascimento para o bebê é muito mais suave e o períneo da mãe ganha maior flexibilidade com a água quente.

No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. Mas é possível levar uma banheira inflável para o apartamento de alguns hospitais e se utilizar da água pelo menos durante o trabalho de parto.

*Para saber mais sobre o parto na água: “O Parto na Água” Cornelia Enning; editora Manole.

Parto Sem Dor

O termo tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos

pessoas que se mantém unido por uma força invisível que é o Amor. Fazendo uma analogia com o corpo humano, o individuo está para a família assim como um órgão está para o corpo. Quando um órgão não funciona adequadamente, o corpo humano tende a entrar em so-frimento; assim como, quando uma pessoa da família não está bem, a família tende a entrar em dese-quilíbrio.

O desequilíbrio sistêmico é um desrespeito às Ordens, o que causa emaranhamentos. As conseqüências ou os efeitos deste desrespeito são o surgimento de doenças, conflitos, sentimentos de infelicidade. As

gerações seguintes passarão a reproduzir esses efeitos de forma inconsciente.

O Trabalho de Constelações possibilita um novo olhar para o sistema. No sentido terapêutico, a revelação da dinâmica do sistema é a própria intervenção.

Quando a pessoa configura sua Constelação, ela entra em contato com uma imagem que em parte é fruto de sua consciência individual e outra é fruto de uma consciência maior que ela não conhece, mas que se manifesta na configuração. A partir dos movimentos que acon-tecem na Constelação, a pessoa pode criar uma nova imagem e essa

nova imagem é que atua dentro do sistema. A imagem inicial é limi-tada e a imagem final é ampliada.

Quando uma dinâmica é reve-lada, algo vem à tona. É o ponto mais importante do trabalho. Às vezes é possível dar mais alguns passos e às vezes não. No trabalho Sistêmico de Constelações não se trata de alterar ou mudar algo, se trata do terapeuta encontrar a força que permeia aquela dinâmica, e encontrar posicionamentos dentro do sistema, ou completar frases que de alguma forma não têm sido permitidos.

Para que uma cura aconteça, vários passos devem ser dados até que se restabeleça a cura final. Nosso primeiro passo é a revelação da dinâmica, e muitas vezes isso basta. O importante é o

reco-nhecimento de uma nova ordem. E, se aquele que assiste chega a uma nova imagem para seu sistema, significa que ele expandiu algo em seu sistema. Ele acompanhou os passos e chegou a uma nova imagem, a alma dele encontrou uma solução e podemos perceber os efeitos que isto causa na pessoa. Quando, em uma Constelação, se acompanha a dinâmica dos fatos e se está em sintonia, isso é o suficiente, e em geral não depende de uma compreensão racional.

Ana Lucia Braga Terapeuta de Constelações Sistêmicas, Terapeuta Corporal

Neo Reichiana, Psicopedagoga Tel.: (16) 3021.5490 / 9994.7224

Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhe-cidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth.

No Brasil “Parto Sem Dor” é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de “empurrar” o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio à dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidas e utilizadas antes de serem

apli-cados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.

Parto Humanizado

Termo atual que tem sido usado indiscriminadamente e sem uma definição real do termo. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal, ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto e agora ter o direito a um acompanhante de escolha. Para alguns hospitais significa a presença de um acompanhante, música na sala de parto e a permissão de ficar alguns minutos com o bebê antes dele ser levado para o berçário.

Para o Rehuna (Rede Brasileira pela Humanização do Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio”, “Ong Bem Nascer”, “Despertar do Parto” entre muitos outros é devolver o papel

principal do parto à mulher e promover uma atenção ao parto centrado nas escolhas e necessidades individuais de cada mulher. Se a mulher vai escolher

dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas

por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São decisões informadas e baseadas em evidências científicas. O papel do médico e de toda a assistência seria a de oferecer apoio e respeitar a fisiologia do parto só interferindo se houver real necessidade e não rotineiramente.

Eleonora de Moraes Psicóloga, educadora perinatal e

doula (acompanhante de parto) Coordenadora do Curso para

casais grávidos “Nove Luas” Tel.: (16) 3911 4152 / 9705 8922

www.despertardoparto.com.br

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS

(6)

Muitas pessoas perguntam o que é o taoísmo e sinto necessidade de simplificar o conceito para que todos possam assimilar.

O taoísmo é um conjunto de conhecimentos sábios, profundos e complexos sobre o funcionamento de todos os seres existentes (vivos ou inanimados) e suas relações entre si e com o nosso planeta.

Estão inclusas todas as leis de nossa conduta ética, social e espi-ritualista.

Todas as regras de tratamento alquímico e vibracional.

Ao contrário do que muitos pensam, o tratamento vibracional Taoísta, desde a avaliação até a orientação dos instrumentos tera-pêuticos, é baseado em regras concretas, fórmulas precisas, além da percepção próxima (observação) e sutil (intuição).

Nossos estudos são complexos e prolongados. Para se formar um profissional de saúde vibracional da linha Taoísta, a pessoa necessita primeiramente ter o dom e aceitar os princípios para que sua conduta de vida e profissional sejam coerentes. Todo esse conhecimento ne-cessita de um caminho persistente, árduo e humilde no que diz respeito à nossa abertura ao novo e ao não convencional. O preconceito é uma porta trancada. O único caminho que facilita a aquisição da Sabedoria é o desprendimento.

O Taoísmo não prega a per-feição, muito menos despreza o materialismo e as regras sociais atuais. Apenas sugere o não radi-calismo (o equilíbrio) e o resgate à mãe Natureza, respeitando a eco-logia, evitando prejudicar animais e plantas e aproveitando com digni-dade toda a abundância material e espiritual que a vida nos propor-ciona.

É muito importante cuidarmos e valorizarmos nosso corpo físico, por gratidão ao empréstimo e pelo simples fato de que é nosso veículo básico para podermos estar presentes nesse mundo.

Nossa meta é a evolução es-piritual, através da ampliação de nossos conhecimentos, das vivências práticas dos mesmos (ATITUDE) e da eterna troca entre nossos irmãos humanos e não humanos como os outros animais, vegetais e minerais. Temos que nos conscientizar que todos nós estamos nesse planeta para evoluir, amadurecer e devemos nos ajudar mutuamente, sem criarmos expectativas, dependências ou co-branças; sem interferir abusiva-mente, invadindo sem pedir licença. Isso tudo e muito mais nos é ensinado pelo Taoísmo, a base de todas as religiões orientais (Budismo e Hinduísmo, por exemplo) e das técnicas de tratamento originalmente vibracionais (Acupuntura, Ayur-védica, Reiki, Homeopatia, essências de cristais).

Mas como tudo tem dois cami-nhos... O ideal não é o frio ou o quente, mas sim o frio e o quente, transformando-se em morno = equilíbrio.

Segundo os princípios da Medi-cina Taoísta existem dois raciocínios de diagnóstico:

1- Sintomático, paliativo, ime-diatista, linear, que tem como objetivo o alívio dos sintomas e o reajuste das disfunções momen-taneamente sem se preocupar com a origem do desequilíbrio ou da doença. Por exemplo: na falta de hormônios naturais, são indicados hormônios artificiais e químicos;

2 - Vibracional, Íntegro, Pro-fundo, vulgo holístico.

Nesse caso, existe também a preocupação em aliviar os incô-modos agudos, mas a intenção mais sublime é descobrir o grande vilão, entender a engrenagem do dese-quilíbrio e procurar reverter, para o sentido da saúde, naturalmente, através de mudanças no padrão do comportamento (psicológico e espiritual).

A integridade é a única conduta que pode nos levar à cura de qualquer doença física e emocional. Por isso quando iniciamos um tratamento verdadeiramente taoísta (holístico) as primeiras mani-festações são as mobilizações orgânicas e emocionais também conhecidas por reações. Na verdade são desintoxicações, isto é, a limpeza de tudo aquilo de que não mais necessitamos e que está ocupando espaços impedindo dessa forma a entrada de algo novo, muito mais essencial e importante para o momento. (reciclagem).

Com exceção das doenças con-gênitas e genéticas como a síndrome de Down, por exemplo, e as conse-qüências dos acidentes em geral, qualquer condição de saúde pato-lógica pode ser revertida.

E mesmo nos casos irreversíveis, o tratamento vibracional tem muito

recurso para melhorar a qualidade de vida e nos casos de acidentes, acelerar o processo de recuperação. A Radiestesia Clínica é uma técnica que permite detectar exa-tamente onde estão os pontos frágeis no corpo físico, psicológico, mental e espiritual.

Muitas vezes detectamos uma doença no seu estágio inicial de evolução, permitindo a possibilidade de recuperação muito mais rápida e efetiva.

As essências Cristais de Oz são produtos vibracionais utilizados para reverter o desequilíbrio físico e psicológico. Primeiramente recar-regando a energia de todas as nossas baterias (chacras), nutrindo dessa forma o terreno a ser tratado para poder nos auxiliar na mudança íntima de tudo aquilo que nos prejudica, valorizando ao mesmo tempo e aprimorando mais ainda tudo aquilo que já temos como qualidade.

Dr. Osvaldo Coimbra Júnior Sintonizador do Sistema de

elixires Cristais de Oz Médico Clínico Geral Radiestesista Holístico

CRM: 54.243 (16) 3941 6116

osvaldocoimbrajr@terra.com.br

A cura pela natureza

A descoberta da cenoura

Bonita, saborosa e rica em vitamina A, ela está sempre presente na alimentação de adultos e crianças. Mas apesar de sua inegável po-pularidade, poucos sabem que a saudável cenoura é igualmente rica numa série de outros elementos importantes para o organismo. Contendo grande quantidade de ferro, cálcio, sódio, manganês e enxofre, é tida por especialistas em nutrição como uma fonte de saúde, beleza e juventude.

Cozida, a cenoura perde a maior parte de suas propriedades. Por isso, evite levá-la ao fogo. Crua, ralada ou cortadinha, ela fica deliciosa e mil vezes mais saudável. Seu suco -revigorador da pele, cabelos e unhas - deve ser bebido logo depois de preparado, para evitar que o oxigênio do ar “roube” seus preciosos elementos. Tomado 3 vezes por semana, o suco de cenoura se encarrega de purificar a bílis e fazer o fígado funcionar melhor. Também os rins, por causa do sódio e do enxofre que ela contém, trabalham de modo mais eficiente, garantindo a saúde, conservando a beleza e a juventude. Até suas sementes devem ser usadas como remédio. Uma pitada de semente cozida em 1/2 copo de água, tomado diariamente durante o processo de amamentação, aumenta o fluxo de leite. Além disso, a semente ainda entra na composição de um ótimo xarope contra a tosse e a rouquidão. Ferva 300 g de cenoura com casca em um litro de água, amasse bem e junte 1 cálice de água, onde foi cozida uma pitada de semente do legume. Adoce com mel e tome 1 colher de 4 em 4 horas, até a tosse passar e a rouquidão ser eliminada. Por causa do ferro, do cálcio e do manganês que possui, a cenoura é indicada no tratamento do raquitismo e da anemia, devendo constar em todas as refeições. Mas quem estiver saudável não deve exagerar, pois sua composição, muito concentrada, pode provocar amarelidão na pele. É indicada para os cuidados com a pele envelhecida ou queimada pelo sol. Nesses dois casos ela deve ser usada ralada e envolvida num pedaço de gaze para funcionar como cataplasma. Durante o tratamento, não se exponha ao sol, para evitar manchas nas áreas tratadas.

Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e

beleza.

Anis Estrelado

(Illicium anisatum)

O anis estrelado ficou famoso por entrar na composição de licores e por suas propriedades medicinais. Mais recentemen-te, vem sendo utilizado tam-bém na decoração. Enfeita quadrinhos, bandejas, cortinas e tudo o mais que a imaginação pedir.

Partes utilizadas: Todas. Ajuda a tratar de: Bronquite,

dificuldades de lactação, fraqueza, flatulência, pro-blemas de estômago.

Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a

saúde e beleza.

(7)

A

cordar com o despertador do celular e apertar a tecla soneca para mais cinco minutos. Levantar, café da manhã speed, com café instantâneo feito no microondas. Trânsito maluco, ce-lular, chegada ao escritório, verificar e-mails, celular o dia todo. Depois do expediente fazer uma hora de cooper, lógico que com o MP3 ou com o IPod última geração e o tênis? O amortecedor de alta tecnologia e com contador de passos, senão não dá pra correr. No final de semana, ir para o MBA já que não tem PHD, pesquisar na wikipedia, anotar tudo no notebook (como viver sem ele?).

Até muito pouco tempo atrás as pessoas, pasmem, viviam sem o celular. E ninguém morria por isso. Hoje se tornou artigo de primei-ríssima necessidade. Insubstituível. Com o computador, microondas e todos os adereços modernosos da atualidade, acontecia a mesma coisa. Não havia o hábito nem a necessidade.

Nós precisamos de muito pouca coisa para viver. Mas “achamos” que precisamos de muito. Por exemplo, antigamente os guarda-roupas eram pequenos, duas portas, os mais chiques tinham quatro, acompanhados de uma cômoda e pronto, estava composto todo espaço que uma pessoa necessitava para guardar suas roupas e sapatos. E era mais que suficiente. Hoje, precisamos de tanta roupa que existem os quartos de se vestir ou closets, caso a casa não o tenha, os guarda-roupas devem ser, no mínimo, gigantes. Precisamos de roupas diferentes para cada humor e moda.

O mercado sabe bem disso, e para inserir um novo produto no mercado, é só criar uma nova necessidade. Bem ao estilo: você não pode viver sem ter isso. E o ser humano, vulnerável como ele só, cai direitinho.

Observe e veja a quantidade e variedade de novas necessidades que surgem todos os dias. Quando lançaram o tomate seco, ninguém nunca tinha ouvido falar nisso. Hoje as pizzas só tem graça se ele estiver lá. E a picanha? Hoje não existe churrasco sem ela. E o

A

prática educativa Waldorf

visa desenvolver o indivíduo como pessoa e ser social, inserido em seu tempo. Por isso ela trabalha o aprendizado como habi-lidade do pensar, do sentir e do querer.

A integração entre essas três faculdades do ser humano orienta todas as nossas ações educativas e usamos, entre outros recursos, particularmente a arte para atingir tal objetivo. Ela está presente em praticamente todas as nossas atividades de aprendizado: na sala de aula, nas oficinas coletivas semanais e festas anuais.

A Pedagogia Waldorf considera a arte uma ferramenta eficaz para a promoção do aprendizado. Nesse contexto filosófico, o aluno desen-volve o discernimento sobre si próprio, sobre os conteúdos que deve assimilar, bem como sobre o funcionamento do mundo. É por isso que a criança do Ensino Funda-mental, por exemplo, aprende nos primeiros anos do curso a fazer tricô e crochê. As duas habilidades ajudam a desenvolver a lateralidade. O tricô, no primeiro ano, estimula igualmente as duas mãos. Aos 7 anos a dominância de um dos lados (esquerdo ou direito) ainda não foi definida. O crochê, em que pre-domina o uso de uma das mãos, só é introduzido no ano seguinte, quando a dominância já foi definida. Quando chegam ao 5º ano aprendem geo-metria desenhando rosáceas e tentando localizar dentro delas o quadrado, o triângulo, o retângulo e a circunferência; entre outras figuras, os alunos estão tendo acesso à percepção dos conteúdos abstratos da matemática a partir do concreto. Através de variadas brincadeiras rítmicas, elas dominam ainda a coordenação motora para manejar os instrumentos pedagógicos que utilizam nessa fase, como a régua e o esquadro, o compasso e, a partir dela, controlam seu equilíbrio físico e emocional, dois aspectos que andam juntos e estão em rota de ajustamento nesta idade. Na oficina de marcenaria finalmente, os alunos aprendem a modular a própria personalidade, mais agressiva ou dócil, ao ter que trabalhar com tipos diferentes de madeira – mais duras e mais moles. As crianças mais “agressivas” se saem bem no uso das madeiras duras, mas chegam a quebrar as mais moles até aprender a dosar a força e a pressão exercidas sobre o material. As crianças mais introvertidas experimentam o inverso, ou seja, acabam tendo de mobilizar maior energia e esforço físico para dar conta de manipular a madeira dura. O resultado é o equilíbrio e a harmonia, não só da ação – uma vez que essa condição é necessária para que consigam dosar o esforço empregado e sejam bem

sucedidos na produção da peça planejada na oficina – uma colher, uma escultura, etc. A incorporação da arte em todos os âmbitos de nossas estratégias de ensino permite aos alunos conhecer o material com que trabalham, as leis que o regem – que é o do domínio técnico; desen-volver o pensar – que é do domínio da percepção estética – para o belo ser bem feito; e modular o sentir enquanto vontade de concretizar uma tarefa da melhor maneira – que é do domínio do crescimento emo-cional.

A mesma concepção orienta a vivência dos conteúdos.

O corpo docente leva a pintura, a música, a poesia e o teatro para a sua prática, como recurso didático. Os alunos podem aprender geografia pintando a costa litorânea brasileira e suas características variadas, por exemplo, ou recitando um poema em que os versos descrevem um por um cada tipo de relevo e acidente geográfico. Quando a relação com o outro começa a tornar-se mais complexa ou até dramática, o que costuma ocorrer no final do ensino fundamental, a música, o teatro, a poesia passam a ser recursos básicos para transformar os sentimentos e o humor vivenciados pelos adoles-centes, em produto de conheci-mentos e criação artística. No trabalho obrigatório de teatro, o oitavo ano, por exemplo, enfrenta o desafio de superar seus próprios limites, inibições e constrangimentos para levar ao público um espetáculo inteiro, ao mesmo tempo em que estudam textos literários, modulação da voz, postura; e desenvolvem a sociabilidade, solidariedade, enfim, a camaradagem entre eles e com a comunidade escolar. A experiência da arte no aprendizado, entre outras palavras, integra a necessidade de aprender com a vontade de entender e de experimentar, bem como com a vontade de realizar. O percurso feito pelo aluno dentro dessa metodologia contribui, a nosso ver, para que além de bom estudante se torne um ser ativo no meio social, capaz de empreender e criar, liderar e participar.

Impresso originalmente no Informativo da Escola Waldorf

de São Paulo.

catupiry, os refrigerantes light, internet, microondas, televisão no quarto, telefone sem fio, youtube, orkut, tv a cabo, controle remoto,... Santo Deus, só de pensar dá desespero: será que o dia não precisaria ter 40 horas para darmos conta de tanta coisa necessária?

Como as pessoas antigamente viviam sem tudo isso?

A resposta é : eles VIVIAM, e muito bem. Sabiam o prazer de andar com calma, escutar um “causo”, contar uma “lorota”, tomando café com o vizinho. No final de semana, havia a roupa bonita de sair, passada com esmero, e que voltava para o guarda-roupa para ser usada várias e várias vezes. As crianças brincavam no chão, e saudavelmente se sujavam. Hoje a brincadeira se resume aos games eletrônicos e aos espaços infantis dos shoppings centers. Vemos com freqüência crianças trancadas dias nos apartamentos tendo como companhia os videogames e computadores. Depois os pais não sabem porque os filhos estão tão irritados, nervosos e brigões. As crianças riam, gargalhavam, subiam em árvores (os adultos também).

Não sou contra a tecnologia, longe disso. Mas é preciso nos depararmos com o exagero da atualidade. São tantas coisas supér-fluas que tomam conta de nosso dia a dia, que mal sobra tempo para o essencial. Aqui está o erro. Valores mais verdadeiros estão sendo substituídos por outros superficiais, e nossos filhos desde cedo estão lidando com essa inversão de valores. Quer um exemplo? Qual é o comentário que se faz quando uma pessoa atende um celular daqueles antigos e grandões? No mínimo quem está perto torce o nariz, não é? Já imaginou o seu filho adolescente atendendo um aparelho “jurássico” desses dentro do colégio?

Concluímos que além de termos necessidades novas, temos também a obrigação de modernizá-las, tornando-nos escravos de algo que não tem fim, pois a cada dia é lançado um sem número de novos produtos, cada vez mais modernos. Mas... tudo isso é realmente essencial?

Quando for adquirir uma coisa nova, pergunte-se: isso é essencial ou supérfluo? Com certeza você irá desistir da compra.

Este assunto está incomodando muita gente já há um bom tempo, e existem vários movimentos espa-lhados pelo planeta pregando o retorno da simplicidade e de um modo de vida mais saudável. Você pode fazer parte desse movimento simplificando a sua própria vida. Não acha que é capaz?

Tente. O ser humano é simples, muito simples, e precisa de muito pouca coisa pra viver.

Maria de Fátima Hiss Olivares Psicóloga

olivaresmh@ig.com.br

Santa Simplicidade

ARTE NA ESCOLA

ARTE NA ESCOLA

ARTE NA ESCOLA

ARTE NA ESCOLA

ARTE NA ESCOLA

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LA VIE DES

BEBES

ANIMAUX

L’Aiglon Royal, un bébé élevê sans tendresse

C‘est dans les montagnes, difficilement accessibles à 1’homme, que vivent les aigles royaux. Lorsqu’il a choisi une compagne, l‘aigle lui est fidèle jusqu’à la mort. Le mâle et la femelle chassent et veillent sur leur territoire où aucun étranger ne sera admis. Ils préparent ensemble le nid, “l’aire” où naitront les petits. La construction de l’aire commence en novembre-décembre. Le nid, en général très vaste, est fait de branchages. En mars, Ia femelle y pond 2 gros oeufs blanchâtres tachetés de brun et de gris. Elle les couve pendant 6 semaines environ. Durant cette période, le mâle chasse seul. Régulièrement il apporte de la nourriture fraiche à la femelle.

Lorsque les petits viennent au monde, ils sont recouverts d’un duvet laineux blanc grisâtre. Pendant 3 semaines, la mère les nourrit du gibier apporté par le père. Puis, en dehors des moments où elle gave ses bébés, la femelle ne leur accordera aucune attention car elle préfère chasser.

Lorsque les aiglons ont à peu près deux mois, les parents cessem de leur apporter leur nourriture. Pour les petits une terribie période de jeúne commence. Souvent le plus fort des bébés tue l’autre et le dévore... Une vingtaine de jours après avoir été abandonné par ses parents, l’aiglon se résoudra à quitter le nid pour les rejoindre. Affamé, désespéré, il se jette dans le vide ... Instinctivement, il déploie ses ailes. I1 plane ... et bientôt il vole.

L’aiglon apprend à chasser en suivant ses parents qui le tolèrent dans leur territoire jusqu’à l’âge de 8 mois environ. Puis, à peine adolescent, il devra vivre seul et conquérir son propre domaine...

Cet ouvrage a été réalisé sous la direction de Christian Zuber avec la collaboration du WWF

France. Édité par Prisunic

Parolado de

Parolado de

Parolado de

Parolado de

Parolado de

Rui Barbosa

Rui Barbosa

Rui Barbosa

Rui Barbosa

Rui Barbosa

En 1903, la mondkonata brazila verkisto, oratoro ëurnalisto kaj politikisto Rui Barbosa faris salutparoladon al junuloj kursfinintoj de la Kolegio Anchieta, en Nova Friburgo. La fina parto de tiu fama oratoraëo estas prave rigardata kiel unu el la plej belaj paûoj en la portugala lingvo.

Floriano Pessoa Rio de Janeiro - RJ

Dio, kiu faris îi tiujn montojn, la globon kiu ilin subtenas, la spacon nin îirkaöantan, la îielon kiu nin envolvas, vi, kiu disïutas la stelojn de la firmamento kaj la florojn de la tero; kiu helege brilas en la sankteco de la justaj, kaj fulme tondras en la konscienco de la malbonaj; vi, semanta per la senkulpeco de infanoj, kaj rikoltanta per la sperto de maljunuloj, disverïu vian favorkorecon sur tiun îi domon, sur ûian laborantan loûantaron, sur tiun îi svarmon el esperoj tie daöre renoviûantaj, sur tiun îi etan burûonon miaaniman, kiun mi îi tie lasas sub zorgado de viaj apostoloj, sed ankoraö pli sur tiujn hodiaö adiaöantajn la domon, ricevinte ateston pri la plenumo de la unuaj ïtupoj de lernado, por fronti aliajn defiojn.

Vi, kiu enmane havas forton, vivon kaj bonecon, disvolvu ilin en boneco kaj vivo kaj forto.

En iliajn korojn plantu la virtojn formantajn la homon kaj tiujn kreantajn la popolojn.

Îe ili retenu fidelecon al la kredo al vi kaj al viaj leûoj, same kiel al la inspirita parolo de iliaj instruistoj, kaj al la bonaj ekzemploj de la gepatroj.

Plenigu iliajn animojn, tiel per amo al justeco kaj libereco, kiel ankaö per la sento de tradicio kaj respekto, kaj ia instinkta ïato de disciplino kaj ordo.

Faru, ke îe ili kunmiksiûu la karesa amo al la gefiloj kaj la kulto al la memoro de la prapatroj - tiu signo de dankemo neniam estingiûonta îe vere fortaj popoloj.

Kiam ilin sieûos danûero kaj luktoj, kaj amareco pro suferado, konsentu al ili la heroecon de kuraûo, heroecon de rezignacio, heroecon de humilo, heroecon por agnoski vian favoron, meze de la malfeliîoj vualantaj tiun bonfaradon por la miopa malforta homo.

Konsekru ilin per la spirito de vero, ke ili amu la studadon, per la spirito de rebonigo, ke ili malamu perforton, per la spirito de obeemo, por agi laö la leûo, per la spirito de solidareco, ke ili unuiûu por fari bonon, per la spirito de rezisto, por kontraöstari premadon.

Aöskultu, nin, Sinjoro, laö via senfina grandanimeco, kies trezoroj ne malgrandiûas, kiel ajn abunde ili estas disdonataj tra la mirindaëoj de kreado kaj favorado al la kreitoj.

Por ke tiuj multobliûe nasku idojn, plue irontajn laö tiu via sama vojo, kaj unu plia generacio kaj aliaj, kaj ankoraö aliaj pasu, rigardante, benante kaj servante al la bonfara kreinto de la Universo.

Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / n-ro 112 majo-amgusto 2005. n-ro 112 majo-amgusto 2005. n-ro 112 majo-amgusto 2005. n-ro 112 majo-amgusto 2005. n-ro 112 majo-amgusto 2005.

FALAR BEM...

Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1 - Lembranças podem ser positivas ou negativas... Você pode contar alguma coisa que aconteceu HÁ muito tempo ATRÁS?

Acredito que deu “um branco”!!! Impossível lembrar alguma coisa

HÁ muito tempo ATRÁS!!! HÁ é forma verbal que indica fato

passado.

Usa-se ou HÁ ou ATRÁS, mas não ambas as palavras na mesma frase. O correto é: Você pode contar alguma coisa que aconteceu há muito tempo?

Outro exemplo: HÁ dez anos tudo era muito diferente.

OU

Dez anos atrás tudo era muito diferente.

2 - Para MAIORES informações ligue para 0800....

Há pessoas que ligam mesmo!!! É muito comum ouvir a frase acima. O problema está na palavra

MAIORES.

Preste atenção, prezado amigo leitor: informações não se medem por metros. O correto seria trocar

MAIORES por: mais

informa-ções, mais detalhes, mais comen-tários...

Dessa forma correta, até eu ligaria...

3 - Ele vive

“”MAU-HUMO-RADO””!!!

Acerte no uso correto de MAL e

MAU que o humor , com certeza,

melhorará.... Dica:

Use MAU quando puder substituí-lo por BOM.

Use MAL quando puder substituí-lo por BEM.

Ex.: Ele está mau.(contrário de

bom)

Ela vive mal-humorada.(contrário de bem)

Colaboração: Renata Carone Sborgia

Advogada e Profª de Português e Inglês, Mestra USP / RP renatacs@freemail.convex.com.br

O Segredo das frutas

Máscara para pele seca

Melão

Com uma colher, raspe a polpa da

fruta e encha com ela uma xícara

de café. Acrescente uma colher

(sopa) de óleo vegetal e uma gema

de ovo. Amasse bem, até formar

uma massa pastosa. Passe no rosto

e lave com água morna depois de

meia hora.

Abacate

Descasque um abacate inteiro e corte-o

em pedaços. Amasse-os, acrescentando

leite aos poucos, até formar uma massa

pastosa. Aplique, com os dedos no rosto limpo, de baixo

para cima. Evite as pálpebras e a região dos olhos. Deixe

por vinte minutos e retire com um chumaço de algodão

embebido em água morna. Lave o rosto em seguida.

Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a

saúde e beleza.

ANUNCIAR

(16)

3621 9225

9992 3408

(9)

Cura espiritual, o que é isso? Nos dias atuais, existem muitas maneiras para curar uma pessoa dos mais diversos tipos de doenças. Por exemplo: você está com alguma dor, vai ao médico tradicional e ele pode dar a você uma pílula.

Quando toma a pílula, aparece alguma mudança na substância química do seu organismo e, claro, o efeito. Mas esse efeito é temporário, pois o ser humano não é somente um corpo físico. Isso precisa ser entendido.

Aconteceu de uma pessoa ir ao médico pedindo ajuda:

- Por favor! Ajudem-me! O médico perguntou: - Que problema você tem E ele respondeu:

- Sinto muita dor em minha mão esquerda!

Mas essa pessoa já não tinha a mão esquerda, que havia sido amputada devido a um acidente acontecido há quatro anos. Agora imagine, não existia a mão, mas ela doía.

E ouvindo isso o médico respondeu:

- Eu não sei como ajudá-lo, não tem mais o que cortar, você não tem mais essa mão...

Quando existe alguma doença, algum problema, e se age somente no corpo físico, o resultado será somente sobre ele, e existe o grande risco de que a doença surja novamente e de uma forma mais aguda e mais ampla. Por quê?

Para entender melhor isso precisamos saber que o ser humano é composto por alguns tipos de energia, e que as vibrações mais sutis controlam os planos mais grosseiros. È como se existissem duas pessoas, uma forte, grande, dura, e outra inteligente. O que normalmente acontece? O grande trabalha e o inteligente o que faz? O inteligente comanda.

Da mesma maneira acontece com as energias que formam nosso corpo, sendo o físico o plano mais grosseiro, e o que chamamos corpos energéticos são nossas vibrações mais sutis. E todas as doenças físicas, mentais e emocionais, todos os problemas, toda sorte, amor, dinheiro, sucesso, são cons-eqüências do estado desses corpos. Ao longo da nossa vida, vamos acumulando grande carga de

energia e não fomos ensinados sobre a importância de uma limpeza, como um banho, de todos os nossos corpos, para remover essas cargas energéticas que nos influenciam de maneira direta. Assim, algo natural e simples, devido ao acúmulo, se torna complexo.

Apometria Quântica é a técnica pela qual podemos acessar e curar esses corpos. O termo quântico foi inserido por se tratar de uma proposta de cura energética que pode ser comprovada e explicada pelas Ciências Exatas, e pela rapidez que as curas acontecem quando as doenças são curadas diretamente na causa.

Nos atendimentos são tratados desequilíbrios físicos e psicoe-mocionais como estresse, depres-são, dores no corpo, problemas gastrointestinais, circulatórios, respiratórios; é feito equilíbrio do campo energético e limpeza de chakras; são removidas energias que influenciam nosso estado, como implantes, chips, elementais, formas-pensamento, etc, provo-cando traumas, culpas, fobias e vícios.

A Apometria Quântica e a Cura Quântica fazem parte de uma nova proposta de cura e educação, espiritual e física, procurando, com amor e respeito, desmistificar os antigos conceitos e padrões que restringem nossa evolução e crescimento, e reforçam a culpa dentro de nós, fazendo com que não sejamos capazes de nos curar.

João Araújo Pinheiro Mestre em Cura Quântica / Apometria Quântica/ Reiki

Magnificado Instrutor de Transmeditação -Meditações Ativas joao_araujo_pinheiro@hotmail.com -(16) 9188.6761

A

s palavras fascinam-me. Acho delicioso usá-las. Elas fornecem infinitas possibilidades de dizer. Agrupam-se, mudam de posição. Permitem muitas vezes que encontremos sentido em algo de que não havíamos dado conta. Trazem conhecimento e novas formas de pensar a vida e de entendê-la. Quantas vezes, se colocada em lugar adequado, a palavra vem esclarecer coisas que desconhecemos. Quantas vezes nos acode em momentos de confusão mental.

Como admiramos aqueles que sabem utilizar as palavras! E que influência tremenda elas exercem sobre nós! Especialmente a palavra falada. É por isso que eu as divido em palavras mudas e palavras falantes. As mudas ficam lá dei-tadas no papel. Podem ter muito conteúdo, exercem grande influ-ência sobre as pessoas, mas não têm o peso das palavras falantes. É que as falantes têm som e o som é uma força inimaginável. Pensemos em duas palavras: “Heil Hitler” entoadas por milhões de alemães. Todos nós sabemos o que foi gerado a partir delas! Pensemos nas campanhas políticas, todas elas acompanhadas por bordões cantados a elogiar candidatos de caráter duvidoso. E estamos can-sados de saber como dão certo. E o que dizer do treinamento para soldados e sua litania que incita à disciplina sem questionamentos. Se queremos fixar algo na mente de alguém nada mais eficaz que a repetição de palavras. Jesus Cristo dizia que não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas sim o que sai da boca do homem. Sai Baba diz que ao dizermos a verdade devemos ser gentis embora firmes. O que se fala pode provocar grandes mudanças, para melhor ou para pior. Já notaram como alguém que

fala mal de alguém pode levar um grupo inteiro a sentir-se descon-fortável? Já perceberam como críticas que condenam podem desconstruir as boas intenções de um indivíduo? A palavra é mesmo poderosa. Acompanhada de som pode ser avassaladora. Pode con-taminar grupos inteiros, provocar guerras, provocar catástrofes de âmbito mundial. Então, porque não utilizá-la para o bem? Eu sei que muita gente vai dizer: nossa como é ingênua essa senhora. Pois é, que seja! Esta senhora ingênua, que sou eu, acredita no bem. Acredita nas palavras como emissárias do bem ou do mal. Assim, que tal evitarmos as críticas sem sentido, os co-mentários maldosos? Que tal utilizarmos as palavras, tão amplas, tão ricas, a serviço de uma construção sólida que nos permita auxiliar o nosso semelhante e mudar o nosso entorno? Que tal engolirmos as falantes palavras que vêm para ferir e marcar? Pesquisas têm demonstrado que as palavras emitidas com conteúdo positivo modificam as moléculas da água, agrupando-as de forma a formarem desenhos de rara beleza.

Ima-ginemos então, nós que somos 70% de água o que podemos provocar emitindo sons harmônicos acom-panhados das palavras adequadas?

Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz

Terapeuta Floral, Practitioner pela Edward Bach Foundation, Escritora e membro da UBE. marizahrfruiz@jperegrino.com.br

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Peroração

Discurso de Rui Barbosa

Discurso feito em 1903 para os diplomandos do Colégio Anchieta em Nova Friburgo. A parte final do

discurso é uma das mais belas páginas na língua portuguesa.

Deus, que fizestes estas mon-tanhas, o globo que as agüenta, esses mundos que nos cercam, esses céus que nos envolvem; que esparzis as estrelas do firmamento e as flores da terra; que resplandeceis na santidade dos justos, e trovejais na consciência dos maus; que semeais na inocência das crianças, e colheis na experiência dos velhos, derramai a vossa mise-ricórdia sobre esta casa, sobre aqueles que a povoam no trabalho, sobre este enxame de esperanças, que aqui continuamente se renovam, sobre esta vergôntea pequenina de minha alma, que aqui fica entregue aos vossos apóstolos, mas ainda mais sobre os que hoje os deixam, galar-doados com os primeiros graus do saber, para se afrontar com outras lidas.

Vós, que tendes nas mãos a força, a vida e a bondade, medrai-os na bondade, na vida e na força.

Incuti-lhes nos corações as virtudes que formam o homem e as virtudes que criam os povos.

Retende-os na fidelidade à vossa crença e aos vossos mandamentos, à inspirada palavra de seus mestres e aos bons exemplos de seus pais.

Ponde-lhes n’alma, com o amor da justiça e da liberdade, o sen-timento da tradição e do respeito,o instinto da disciplina e da ordem.

Misturai-lhes com a ternura pelos filhos a memória dos antepassados, esse gênero de gratidão, imarcescível no seio das nações robustas.

Dai-lhes, no perigo das lutas e na amargura dos sofrimentos, o he-roísmo da coragem, o hehe-roísmo da resignação, o heroísmo da humil-dade, o heroísmo do reconhecimento aos vossos benefícios entre as calamidades que os escurecem aos olhos da fraqueza humana.

Ungi-os no espírito de verdade, para amarem o estudo, no espírito de regeneração, para detestarem o abuso, no espírito de obediência, para guardarem a lei, no espírito de solidariedade, para se associarem pelo bem, no espírito de resistência, para contrastarem a opressão.

Ouvi-nos, Senhor, na vossa infinita generosidade, cujos tesoiros não diminuem, por mais que se despendam em maravilhas com a criação, em liberalidades com as criaturas.

Para que estas se venham a multiplicar em descendentes, que os sigam no vosso caminho, e mais uma geração e outras e outras passem, contemplando, abençoando e ser-vindo o Criador benfazejo de todas as coisas.

Fonte: La Lampiro – 46ª jaro / n-ro 112 majo-amgusto 2005.

O que todo adulto deveria saber e a

criança gostaria que soubesse

Vamos concluir esse tema objetivando uma auto-reflexão:

Como podemos reconhecer a criança ferida dentro de nós?

Observando-nos com olhos amorosos porém objetivos, pois todos nós fomos feridos de alguma maneira e reconheceremos o ferimento quando nos identificamos com alguma(s) das seguintes atitudes:

- Rejeitamos assumir o papel materno/paterno na constelação familiar. - Rejeitamos assumir as qualidades femininas/masculinas.

- Experimentamos falta de confiança no mundo em que vivemos. - Evitamos lidar com situações que nos tocam emocionalmente, tendo atitudes de escapismos, emburramento, exaltação excessiva, gritaria, chantagem emocional, etc.

- Desenvolvemos atitudes de crítica e de julgamento para com o outro. - Regredimos emocionalmente a estágios infantis (birra, vingança). - Colocamo-nos como vítimas das situações.

- Exageramos e dramatizamos a experiência emocional.

- Necessitamos servir ao outro (pais, figuras de autoridade) em detrimento de si próprio.

- Reprimimos os aspectos saudáveis da criança interior como a espontaneidade e alegria.

- Negligenciamos as nossas necessidades emocionais interiores.

- Não confiamos em nossa própria voz interna não tendo convicção por nós mesmos.

- Temos medo de perder o controle sobre os sentimentos profundos e traumáticos.

- Sentimo-nos carentes e incapacitados de lidar com as emoções. - Sentimo-nos desajeitados, sem graça, sem beleza interna.

- Tendemos a ser herói familiar arcando com responsabilidades que não são nossas.

- Temos tendência de nos sentir sempre rejeitados e indesejados. - Apegamo-nos a nossa identidade infantil como forma de agradar para se sentir amado.

- Não somos capazes de expressar as emoções profundas.

- Não estabelecemos identidade própria, independente da estrutura familiar.

- Suprimimos nossos dons e qualidades criativas.

- Vivenciamos expectativa de fracasso, negatividade e de autocensura. - Temos más relações com as figuras paternas e /ou com figuras de autoridade.

- Temos uma dependência excessiva para com a mãe ou a constelação familiar

- Vivenciamos sentimentos de culpa em relação à constelação familiar. - Sentimos que não habitamos o corpo físico plenamente, que o lugar onde nos encontramos não é o nosso lugar (sentimento de sermos alienígenas).

- Temos tendência a nos desculpar em todo momento.

- Nos sentimos incapazes de assumir responsabilidade para com a nossa cura.

- Desenvolvemos atitudes de co-dependência emocional.

- Guardamos mágoas e ressentimentos e não choramos nossas dores. - Levamos a vida com muita seriedade, sem leveza no coração, sem alegria. - Vivenciamos medo do desconhecido e de pesadelos.

- Endurecemos nossos corações pelas experiências amargas vividas. - Desenvolvemos a intolerância, a inflexibilidade e a inadaptabilidade. - Cultivamos profundo pesar por traumas ocorridos em nossas estórias de vida.

- Responsabilizamos o outro pelos nossos próprios sentimentos.

- Desenvolvemos a capacidade de manipulação do outro em benefício próprio.

- Nos sentimos incapazes de perceber com clareza nossos próprios valores.

Maria Cecília Paro CRP 06/30040-1

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Pintor

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El Greco (Domenikos Theotokopoulos, 1541 – 1614), pintor, escultor e

arquiteto nascido na ilha de Creta, na Grécia, e conhecido por um apelido

espanhol. Em Creta, foi educado a partir das tradições locais de pintura de

ícones, mas pouco se sabe sobre o trabalho que produziu antes de sua

mudança para a Itália, por volta de 1560. Em 1577, fixou-se em Toledo, na

Espanha, onde permaneceu pelo resto de sua vida, pintando uma série de

retábulos. Seu estilo bastante pessoal retrata figuras alongadas extáticas,

como se fossem chamas; através delas expressou seu enlevado respeito pelos

grandes acontecimentos espirituais. Também foi excelente retratista, e pintou

duas fantásticas vistas de Toledo. Além disso, projetou composições

completas para altares, como O Enterro do Conde de Orgaz, e trabalhou

como arquiteto e escultor.

Máquinas Elétricas – Teoria e Ensaios – Geraldo Carvalho

Esta publicação aborda, de forma simples e direta, a teoria de funcionamento, a execução de ensaios e aná-lises de máquinas elétricas, proporcionando aos estu-dantes, profissionais e ho-bbistas de eletrotécnica, eletroeletrônica e eletrônica uma fonte de informações práticas a respeito das máquinas mais empregadas na indústria, tais como: transformadores, motores e geradores. Para facilitar o aprendizado, fornece também exercícios de fixação e ensaios.

Editora Érica Ltda.

Tel.: (11) 2295 3066 Fax: (11) 6197 4060 www.editoraerica.com.br

Gravede – Flavio Rebelo Gravede – Flavio Rebelo Gravede – Flavio Rebelo Gravede – Flavio Rebelo Gravede – Flavio Rebelo La brazilano Flavio Rebelo debutas en la Esperanto-Literaturo per îi tiu libro plena je hajkoj (japanecaj poemoj fiksformaj). Admi-nistranto de la portalo Ûangalo kaj la Internacia Televido, du el la plej gravaj iniciatoj por Esperanto en la lastaj jaroj, Flavio Rebelo nun disponigas al îiuj diversajn hajkojn, kiujn li verkis laölonge de tri jaroj. Pri la hajkoj de Flavio Rebele jam pozitive parolis unu el la plej gravaj poetoj de la Esperanto-Literaturo, la skoto William Auld: “Mi ûuis kaj admiras lianjn poemojn, kiuj estas lingve kaj enhave trafaj”.

Editora Oportuno

Tel.: (11) 6155 7978 / 6297 1400 www.editoraoportuno.com.br

Mi ekster korpe – Márcia Mi ekster korpe – Márcia Mi ekster korpe – Márcia Mi ekster korpe – Márcia Mi ekster korpe – Márcia de Castro Soares

de Castro Soares de Castro Soares de Castro Soares de Castro Soares

Projekciologio estas la studo pri la kapablo de la inte-ligenta homo sin projekcii konscie ekster la korpo. Ankaö konata per diversaj terminaroj kiel “disfaldado de la spirito”, “astrala projekcio”, “projekcio de la psika korpo”, “projekcio de la Konscio” aö eksterkorpaj eksperimentoj. Sin projekcii estas natura fakultato de la spirito, ke malgraö meze de la surtera, materiala vivo, povas alproksimiûi de la korpo, kun zorgo kaj respekto al la Vivo.

Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz Tel.: (21) 2221 2269

http://editora_lorenz.sites.uol.com.br/

Chegando à Casa Espírita – Américo Canhoto

Finalmente um livro que responde às perguntas mais freqüentes daqueles que são convidados a freqüentar uma casa espírita. Médico de família, educador, escritor e orador espírita requisitado, o autor – amparado por benfeitores espirituais – prepara o terreno para aqueles que buscam nas casas espíritas socorro para suas aflições. Como é uma casa espírita? Todos os seus colaboradores são médiuns? Os médiuns são pessoas especiais? Até onde podemos contar com a casa espírita na busca de soluções para os nossos problemas? Petit Editora Ltda;

Tel.: (11) 6684 6000 www.petit.com.br

Sucesso Inteligente – Descubra o seu potencial – Robert Holden

O autor revela como des-cobrir nossos potenciais, liberar talentos adormecidos e alcançar o verdadeiro sucesso usando a sabedoria milenar aplicada aos dias de hoje. Sua eficiente e prática metodologia permite elimi-nar obstáculos que nos impedem de alcançar a rea-lização pessoal e progredir na direção de nossas metas e ideais. Repleto de ensinamentos, casos verídicos e sugestões práticas que ajudam a entender como descobrir potencialidades: uma alavanca para liberar o nosso talento.

Butterfly Editora Ltda. Tel.: (11) 6684 9392 www.flyed.com.br

Mitos de Luz – Metáforas orientais do eterno – Joseph Campbell

Quando retornou de sua viagem de um ano pela Ásia, em 1955, Joseph Campbell havia vivenciado uma experiência que, literal-mente, mudou a sua vida. Desde o encontro casual que tivera com Jiddu Krish-namurti, em 1927, Campbell ficou fascinado com os mitos e as religiões oriundos do que era, naquela época, universalmente conhecido como Oriente. Em 1942, conheceu o grande hinduísta Heinrich Zimmer que veio enriquecer e embasar seus conceitos. Campbell mostra neste livro a grandiosidade dessas experiências.

Grupo Editorial Madras

Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br

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