• Nenhum resultado encontrado

Escrevo a vocês p. 24. Para uma comunhão visível p. 25. Informações do Governo Geral p. 29. Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Escrevo a vocês p. 24. Para uma comunhão visível p. 25. Informações do Governo Geral p. 29. Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p."

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

 Escrevo a vocês … p. 24

 Para uma comunhão visível p. 25

 Informações do Governo Geral p. 29

 Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p. 30

 Plenamente conformadas a Cristo Pastor p. 33

 Na partilha dos bens p. 36

 No espírito de Familía Paulina p. 37

 Igreja – Mundo p. 39

 Aprofundemos juntas p. 40

 Da conexão à comunhão p. 42

 Agenda de família p. 43

 Vivendo na casa do Pai p. 43

Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421 Bollettino Informativo anno XXXXI

(2)
(3)

Queridas Irmãs,

na festa de Maria, Mãe do Bom Pastor, enquanto me encontro nas Filipinas, depois de ter visitado pela primeira vez a China e ter realizado a visita canônica na Coreia, quero enviar, como de costume, as minhas felicitações a todas as Irmãs que neste dia fazem memória da sua consagração religiosa. Neste ano, porém, desejo ampliar tais felicitações, alcançando especialmente todas as Pastorinhas, enquanto nos preparamos para celebrar o nosso 9ºCG. O tema escolhido: “Mulher, eis o teu filho. O dom profético da maternidade pastoral”, convida-nos a acolher com maior consciência o dom da nossa vocação pastoral, a exemplo de Maria, a primeira Pastorinha.

Neste nosso mundo, necessitado de reencontrar a verdadeira paz, o grito da humanidade sofrida se faz sempre mais intenso e insistente, interpelando-nos profundamente acerca do nosso jeito de sermos próximas daqueles que são provados e tentados a desencorajar-se, ou até mesmo a se desesperar, diante das contínuas frustrações e dificuldades da vida.

Fazer memória de como Maria assumiu o cuidado dos filhos que o Pai lhe entregava, através Jesus, pode ajudar-nos a redescobrir o dom de ser mães por vocação: “Maria é mãe do

Verbo encarnado, sim do Verbo, isto é, o Filho de Deus encarnado. Ó, então ela é a mãe do Filho de Deus e é também a mãe das almas que se salvam. A Irmã se torna mãe das almas pelas quais dá a vida, as quais leva a graça por meio do seu ministério, da sua palavra, do seu exemplo e da sua oração “Aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, é minha mãe, é meu irmão, é minha irmã” (Mt 12,50). Com a sua palavra santifica as almas e quantas delas verá ao seu lado, no dia do juízo”. (AAP 1957, 157-158)

Como seria bom se nós nos ajudássemos mais a viver em conjunto este cuidado materno para com as pessoas! Um cuidado que nasce da consciência de sermos filhas do mesmo Pai e que não cai no maternalismo, mas vai gerando outras mães, outras pessoas capazes de esquecer de si próprias, para que muitos possam saborear a beleza da vida, aquela vida nova que somente Deus Trindade quer doar para todos.

À Maria, que é Mãe para todos e “cuida com carinho e preocupação materna deste mundo

ferido”1, peçamos o dom de “contemplar este mundo com um olhar mais sapiente”2 e pleno de

amor.

Desejemos reciprocamente aquilo que o Papa tinha dito, próprio no dia 3 de setembro de 2014, numa audiência geral: “Confiemo-nos a Maria para que Ela, como mãe do nosso Irmão

primogênito, Jesus, nos ensine a ter o seu mesmo espírito materno em relação aos nossos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, de perdoar, de dar força e de infundir confiança e esperança. É isto que faz uma mãe!”

Saudações de coração para todas, com muito carinho, e de modo especial às festejadas.

Ir. Marta Finotelli

Superiora geral Manila, Quezon City, 3 de setembro de 2016

Maria Mãe do Bom Pastor

1

Papa Francisco, Carta Encíclica “Laudato Sì”, 24 de maio de 2015, 241. 2

(4)

Do grupo do governo geral…

“«Eterna é a sua misericórdia»:

tal é o refrão que aparece em cada versículo do Salmo 136, ao mesmo tempo que se narra a história da revelação de Deus. Em virtude da misericórdia, todos os acontecimentos do Antigo Testamento aparecem cheios de um valor salvífico profundo. A misericórdia torna a história de Deus com Israel uma história da salvação”1.

Neste ano do Jubileu extraordinário da Misericórdia, em comunhão com toda a Igreja, povo em caminho, experimentamos na cotidianidade da nossa vida pessoal e comunitária, a Misericórdia do Pai, que nos impulsiona a repetir, juntamente com o salmista, a expressão: «eterna é a sua

misericórdia»,

«Eterna é a sua misericórdia»

porque nEle partilhamos no dia 14 de abril, um momento fraterno na nossa comunidade, com algumas Irmãs da comunidade da Casa Mãe-Albano, que neste ano celebram 60 anos de profissão religiosa. Fazer memória de uma vida doada a Jesus Bom Pastor e vivida a serviço do povo, é fonte de alegria que nos leva a agradecer a Deus pelo testemunho delas, como mulheres consagradas, como Pastorinhas. E no dia 29 de junho, na Celebração Eucarística da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, juntamente com outras Pastorinhas e membros da Família Paulina, que celebravam o próprio jubileu de consagração religiosa, elevamos o nosso louvor a Deus e a nossa gratidão pelo dom da Sua fidelidade. As Irmãs Pastorinhas que celebraram os 50 anos de consagração religiosa, também nos brindaram com uma visita, no dia 29 de agosto, partilhando conosco um momento de oração e reflexão que nos preencheu o coração de gratidão e alegria.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque em 18 de abril, as portas da nossa casa, e antes de mais nada do nosso coração, abriram-se para acolher, como todos os anos, os participantes do Curso de Formação sobre o Carisma da Família Paulina. Foram 17 membros dos diversos Institutos – entre os quais uma Pastorinha, Ir. Milagros Rojas (CI-PE-CU) – que partilharam a experiência de Família, a qual preencheu a vida deles de alegria, própria de quem saboreou com maior profundidade um carisma dado pelo Espírito à Igreja e ao mundo, por meio do nosso Fundador, o Bem-aventurado Tiago Alberione.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque nos meses de maio e junho nos permitiu acompanhar com a oração e o afeto as nossas Irmãs da comunidade de Cuba, da Província BRCdS e da Delegação CO-VE-ME, visitadas pela Ir. Marta Finotelli, superiora geral, realizando como uma peregrinação, porque “... a peregrinação se

associa à missão. E esta se revela como uma partilha de vida, uma participação de experiência (...). Trata-se de oferecer um testemunho, uma experiência vivida ao longo da estrada, na incandescente conversão do coração”2.

1

Misericordiae Vultus, Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. 2

Innocenzo Gargano, Prior do Monastério de S. Gregorio al Celio (Roma), Atti del Convegno Nazionale, “Le

nuove sfide del pellegrinaggio postgiubilare. Una pastorale pellegrinante per una Chiesa missionaria” Roma, 21-22 de novembro de 2002.

(5)

«Eterna é a sua misericórdia»

porque no espírito de comunhão nos sentimos próximas as Irmãs que participaram do Encontro Latino-americano sobre Economia, realizado em São Paulo, Brasil, de 22 a 26 de maio, com a presença de Irmã Marta Finotelli e Irmã Aminta Sarmiento, ecônoma geral. Estiveram presentes 19 Irmãs: ecônomas e superioras maiores, das cinco circunscrições da América Latina, além de alguns membros dos conselhos provinciais das duas províncias brasileiras. Na sua palestra inicial, Ir. Marta fez uma exortação, que podemos sentir como dirigida a todas nós, Pastorinhas: “...

desejo ressaltar a importância da concretude do amor fraterno, que coloca em discussão o nosso estilo de vida pessoal, comunitário e circunscricional e, na cotidianidade nos solicita a partilhar e vigiar, para permanecer unidas entre nós”.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque continua abençoando a Família Paulina que, com a proposta de uma peregrinação neste Ano Jubilar, atravessou em conjunto a Porta Santa da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, no dia 30 de junho, solenidade de São Paulo Apóstolo. Enquanto todos os presentes atravessavam a Porta Santa, cantando o hino do Ano da Misericórdia, o Espírito Santo acompanhava os nossos passos verso ao altar, no qual Jesus Eucaristia nos revelou mais uma vez, o rosto misericordioso do Pai. Realizando este gesto como Família, todos nós “... somos

chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco”3 «Eterna é a sua misericórdia»

porque permitiu a um grupo de Irmãs da nossa comunidade e da Comunidade de Estudos da Via Traversari (RM), de participar ao Congresso de Pastoral promovido pelo Centro Aletti, que aconteceu de 3 a 8 de julho, em Assis. Com o tema deste ano, “As inspirações da vida no Espírito

– Uma mentalidade batismal”, fizemos a experiência de imergir novamente no sacramento do

Batismo onde “a água pura se torna ao mesmo tempo tumba e mãe”4, o que ajudou a nossa reflexão sobre a maternidade da Igreja, que gera os filhos exatamente no Batismo. E nós, Pastorinhas, estamos vivendo a preparação ao 9º Capítulo Geral com esta ótica do dom profético da maternidade pastoral. Uma Irmã da nossa comunidade participou, de 25 a 28 de agosto, da 14ª Edição da Jornada Nacional de Formação e Espiritualidade Missionária, que a Fundação Missio realiza todos os anos. Neste ano o tema foi: No nome da Misericórdia... pela reforma da Igreja, à luz das palavras de Papa Francisco: “Desejo uma Igreja feliz, com o rosto de mãe, que

compreende, acompanha, acaricia. Sonhai também vós esta Igreja, acreditai nela, inovai com liberdade”5

«Eterna é a sua misericórdia»

porque “A fé na ressurreição nos abre à comunhão fraterna que vai além dos umbrais da morte...” (RdV 24). Neste tempo o Pai acolheu as nossas Irmãs Silvia Salmistraro, Nicolina Squarzon, Shirley Torrente, Chiara Zanella e Lavinia Mantovani. “Assim como os recordamos na celebração

eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim”6

.

«Eterna é a sua misericórdia» porque diante da doença de diversas Irmãs, somos encorajadas

pelo Papa Francisco a “... viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao

Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação ...”7. Somos agradecidas, porque elas oferecem tudo pela Congregação e pela Igreja, rebanho do Bom Pastor.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque “tocamos com a mão” o seu amor de Pai, que com o sopro do Espírito conduz o caminho da nossa Congregação neste tempo de preparação ao 9ºCG. Somos gratas pela experiência de

3

Misericordiae Vultus, Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. 4

Cf. Cirilo, Catequeses, 20,5,7. 5

Papa Francisco, Encontro com os participantes do V Congresso da Igreja Italiana, 10 de novembro de 2015. 6

Cf. Carta do Papa Francisco com a qual se concede a indulgência por ocasião do jubileu extraordinário da misericórdia, 1º de setembro de 2015.

7 Ibid.

(6)

partilha com as Irmãs da Comissão de preparação, nos dois encontros ocorridos nestes últimos meses e pelo apoio amoroso das Irmãs da Comunidade da Casa Geral, durante os trabalhos realizados até agora. Desta forma, Ele nos permite de continuar a experiência de comunhão entre nós e com todas as Irmãs.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque na vivência cotidiana da nossa comunidade, a acolhida se torna sempre mais um estilo de vida. Papa Francisco nos exorta a viver esta dimensão evangélica: “A Palavra de Deus ensina

que, no irmão, está o prolongamento permanente da Encarnação para cada um de nós: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40). O que fizermos aos outros, tem uma dimensão transcendente (...) e corresponde à misericórdia divina para conosco: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso (...)”8. Assim procuramos viver a acolhida das pessoas, oferecendo a elas o nosso cuidado e fraternidade, juntamente com aquilo que somos e podemos. Esta é também a nossa missão pastoral que quer se tornar caridade efetiva para com o próximo.

«Eterna é a sua misericórdia»

porque no mês de agosto, como comunidade, acompanhamos Ir. Marta que realizou uma

“peregrinação” no continente asiático com a visita canônica às Irmãs da Delegação da Coreia e, portanto, também às Irmãs que se encontram em Shenyang – China, acompanhada por Ir. Inácia Josefa dos Santos, Conselheira Geral. Além disso, realizou o Encontro sobre Economia da Ásia-Oceania, em Manila (Filipinas), de 27 de agosto a 3 de setembro, juntamente com Ir. Aminta Sarmiento (economia general), no qual participaram 17 irmãs.

Por fim, pela festa de Maria Mãe do bom Pastor, no dia 03 de setembro, quando nos encontramos na Casa Mãe – Albano Laziale, com as Irmãs jubilares e outras Pastorinhas, para a Eucaristia de ação de graças. Sob o olhar materno de Maria que, aos pés da cruz do Filho, acolheu todos os filhos, renovamos o nosso “Fiat”, suplicando a ela que “...nos ensine a ter o seu mesmo espírito

materno em relação aos nossos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, de perdoar, de dar força e de infundir confiança e esperança. É isto que faz uma mãe!”9

Por tudo isso e por tantos dons recebidos neste tempo, “repetir continuamente «eterna é a sua

misericórdia», como faz o salmo, parece querer romper o círculo do espaço e do tempo para inserir tudo no mistério eterno do amor. É como se se quisesse dizer que o homem, não só na história mas também pela eternidade, estará sempre sob o olhar misericordioso do Pai”10.

Ir. Marisa Loser

Pelas Irmãs do governo

8

Evangeli Gaudium, 179. 9

Papa Francisco, Audiência Geral 03 de setembro de 2014. 10

(7)

Do grupo de governo da Delegação

Coreia

No grupo de governo, refletimos sobre as nossas experiências de misericórdia à luz da RdV 25: “O dom da comunhão fraterna nos torna abertas ao povo ao qual somos enviadas”, olhando o caminho que vivenciamos, segundo o objetivo do 8º Capítulo Geral, para sermos Irmãs e em Jesus Cristo rezarmos com fé.

Como delegação queremos partilhar três experiências feitas neste ano, com as quais pudemos experimentar a misericórdia de Deus.

A primeira foi na assembleia de 2016. A partir da exortação do Papa Francisco, de que “os

consagrados devem ser profetas, testemunhas e especialistas de comunhão e de misericórdia”,

pudemos aprofundar esta expressão e nos deixamos guiar pelo Espírito Santo, para partilhar o modo que a vivemos na prática. A assembleia foi assessorada pelo p. Pasquale Kim Yong-Su, jesuíta, o qual nos ajudou a aprofundar o tema, com a Palavra de Deus e a nossa Regra de Vida. Com um olhar objetivo, o estudo e a reflexão, segundo as “quatro rodas” de Alberione, sentimo-nos tocadas e chamadas a viver a compaixão de Jesus bom Pastor, que dá a sua vida por nós. Por isso assumimos o cuidado do povo de Deus com a maternidade pastoral e destacamos que é necessário antes de tudo, viver a vida de comunhão profética entre nós e nas nossas comunidades religiosas. Para ter mais forças e nos tornarmos um sustento umas para as outras, decidimos rezar cada dia por uma irmã da comunidade e escrever, todos os dias, no diário de exame de consciência, duas situações na qual experimentamos a misericórdia do Senhor, para acolher a nossa pobreza e fraqueza com o coração aberto.

A segunda experiência foi vivida nos dois cursos de exercícios espirituais que Ir. Bernarda Cadavid, fsp, guiou para nós sobre o “Donec formetur Christus in vobis”, patrimônio espiritual do Bem-Aventurado Tiago Alberione. Para nós foi um momento de conversão, no qual reconhecemos o que significa viver em relação com o Senhor e reconhecer quando não vivemos na fé, mas com uma religiosidade baseada somente na observância de preceitos. Por isso, sentimos uma forte chamada a viver o dom da unidade e da comunhão trinitária, como filhas de Alberione. Recebemos tantas graças e nos sentimos nascer de novo, como novas Pastorinhas, porque o Espírito nos conformou a Cristo. Para continuar neste caminho de graça, estamos fazendo o retiro mensal nas comunidades sobre o “Donec Formetur”. Graças a este dom, todas as Irmãs vivem no estupor, rezando e mantendo a consciência de viver em Deus Trindade.

A terceira experiência foi a realização da missão na China, que desejávamos há muito tempo. Ir. Bernardetta Kim Jeong Ja e Ir. Marianna Cho Hye Eun, que foram enviadas a Shenyang (China continental), em janeiro de 2016, estão realizando o ministério pastoral em uma comunidade coreana e aprendendo o chinês-mandarim. Este caminho missionário é um evento significativo do ponto de vista histórico, porque o cristianismo foi levado na Coreia por chineses.

O Bem-Aventurado Tiago Alberione, que tinha sonhado com a missão na China, recordava-nos que “a vossa paróquia é o mundo”. Mantendo vivo o amor pela evangelização caminhamos passo a passo na missão chinesa.

Temos a certeza que tudo aquilo que rezamos, organizamos e realizamos é dom da misericórdia do Senhor, por isso vivemos cada dia esperando o momento em que nEle a nossa vida se cumprirá.

(8)

A Superiora geral, Ir. Marta Finotelli, com o consenso do Conselho, de abril a setembro de 2016 encaminhou os seguintes assuntos:

 Nomeou o novo grupo de governo provincial da Província ICS-AL, para o quadriênio 2016-2020, o qual foi assim composto: Ir. Lina Santantonio (Superiora provincial); Ir. Claudia Bartoli, Ir. Emanuela Ciccomartino, Ir. Maddalena Longobardi e Ir. Angela Napoli (Conselheiras). No dia 16 de junho juntamente com as Conselheiras gerais, encontrou-se com as Irmãs do novo Governo Provincial.

 Preparou as visitas finalizadas às comunidades de Cuba (16 a 20 de maio de 2016), Brasil- Caxias do Sul (27 a 30 de maio de 2016) e Colômbia (31 de maio a 6 de junho de 2016), considerando posteriormente com as Conselheiras o resultado.

 Realizou o Encontro das Ecônomas da América Latina em São Paulo (Brasil), de 22 a 26 de maio, e da Ásia – Oceania em Manila (Filipinas), de 27 de agosto a 1º de setembro de 2016. Ir. Marta foi acompanhada pela Ir. Aminta Sarmiento, ecônoma geral.

 Acolheu alguns pedidos, portanto: Ir. Saveria Demontis retornou à Itália, depois de 30 anos de experiência missionária na Delegação CI-PE-CU, passando fazer parte da Província ICS-AL; Ir. Mery Veloza retornou à Delegação CO-VE-ME, depois de quase seis anos de missão no Gabon, pertencente à Província BRSP-GA; Ir. Rosario De Guzman retornou às Filipinas, depois de uma experiência de assistência às Irmãs idosas e doentes da Província ICS-AL; Ir. Annita Ciccomartino da Província ICN-MZ passou a fazer parte da Província ICS-AL.

 Prorrogou por seis meses o mandato do Governo Provincial ICN-MZ, de 1º de junho de 2017 a 1º dezembro de 2017.

 Com as Irmãs do Governo Geral e a comissão preparatória do 9ºCG, concluiu o Itinerário de preparação para o Capitulo, enviando-o, nos meses de maio-junho, a todas as comunidades; no dia 8 de maio encontrou, juntamente com as Irmãs do Governo Geral, a Ir. Teresa Simionato, moderadora do 9ºCG; preparou e enviou para cada comunidade, no dia 29 de junho de 2016, a carta do Edital do Capítulo; preparou as orientações para a avaliação, a preparação e a celebração do Capítulo Provincial ou Assembleia de Delegação, em vista do Capítulo Geral, a qual foi enviada aos Governos de Circunscrição.

 Preparou e realizou, juntamente com a Ir. Inácia dos Santos (Conselheira geral), a visita canônica à Delegação da Coreia, de 3 a 26 de agosto de 2016. Por ocasião desta visita, Ir. Marta foi também até a Shenyang, na China Continental (3-8 de agosto), para visitar as duas Irmãs coreanas que lá se encontram desde janeiro de 2016, para o estudo da língua mandarino e para um serviço pastoral de meio período, na comunidade coreana presente naquela realidade.

 Por ocasião da sua presença em Manila, encontrou-se com as Irmãs do Governo Provincial e com as Superioras de comunidade da Província PI-AU-SA-TA.

 Partilhou com o Conselho sobre o encontro dos Superiores Gerais da Família Paulina, que foi realizado na Casa Geral das Pias Discípulas do Divino Mestre, no dia 13 de julho de 2016.  Admitiu a juniorista Gabriella Won para o ano de preparação à profissão perpetua.

(9)

C

APITOLI

P

ROVINCIALI E

A

SSEMBLEE DI

D

ELEGAZIONE

Ricordiamoci reciprocamente per il buon esito dei capitoli provinciali e delle assemblee di Delegazione. Lo Spirito Santo sia con tutte voi e il vostro cuore sia aperto alla sua grazia:

Argentina - Bolivia 12-16 gennaio 2017 Assemblea di Delegazione

Brasile Caxias do Sul 09-14 gennaio 2017 CP in forma assembleare

Brasile San Paolo – Gabon 29-31 dicembre 2016 CP in forma rappresentativa

Cile - Perù - Cuba 16-19 gennaio 2017 Assemblea di Delegazione

Colombia - Venezuela - Messico 28 dic. 2016 - 04 gen. 2017 Assemblea di Delegazione

Corea 02-05 gennaio 2017 Assemblea di Delegazione

Filippine - Australia - Saipan - Taiwan 27 dic. 2016 – 02 gen. 2017 CP in forma assembleare Italia Centro Nord - Mozambico 27-30 dicembre 2016 CP in forma rappresentativa Italia Centro Sud - Albania 27-30 dicembre 2016 CP in forma rappresentativa

D

ALLE

P

ERIFERIE

E

SISTENZIALI

BR CdS

“Io sono venuto perché abbiano la vita e l'abbiano in abbondanza” (Gv 10,10)

La realtà di tanti abbandonati, esclusi e ignorati dalla Chiesa e dalla società nella loro miseria e dolore è contro il progetto di Dio Padre (cfr. DA 358). Le periferie esistenziali chiedono vita degna e rispetto in tutto ciò che le è proprio: corpo, spirito e libertà.

Inserite nella realtà della Parrocchia Sant’Antonio, Bento Gonçalves-RS, Brasile, assumiamo questa dimensione del Servizio alla vita, con il desiderio di vivere la compassione di Gesù buon Pastore che conosce, ama, va incontro e dà la vita per quelli più bisognosi.

Accompagniamo la pastorale di appoggio ai tossicodipendenti, accogliendo i fratelli che soffrono per la dipendenza chimica, che colpisce le persone di tutti sessi e età. In questo lavoro si

(10)

assume il metodo dell’amore esigente: “io ti amo, però non accetto quello che fai di sbagliato”. Ciò aiuta non soltanto i dipendenti stessi, i quali sono avviati alle strutture rurali di ricupero, ma le loro famiglie, alle quali vengono presentati limiti e disciplina, allo scopo di raggiungere qualità di vita con il lavoro, la disciplina e la spiritualità.

Dal 2014-2015 con l’arrivo di più di 1.500 Haitiani a Bento Gonçalves, ci siamo sentite chiamate ad iniziare un servizio di accoglienza e accompagnamento delle loro necessità, che sono tante. Perciò abbiamo assunto anche la Pastorale del Migrante, servizio che include la ricerca di abitazione, lavoro, educazione, nutrizione e inserimento nella cultura locale, fortemente segnata dal preconcetto razziale. Si fanno progetti, allo scopo di soddisfare il bisogno di cibo, di cure mediche, di regolarizzare i loro documenti, di lavoro. Inoltre, insieme a dei volontari si cerca di aiutare con lezioni di lingua portoghese, per facilitare la comunicazione.

La crisi politica ed economica del Brasile ha provocato grande disoccupazione, non soltanto per gli immigrati, ma anche per i brasiliani, rendendo molto difficile trovare un posto di lavoro. Con lo scopo di far fronte a questa realtà è stata creata la “casa del Pane”, destinata alla raccolta di cibo e vestiti (in modo particolare nel periodo invernale). Vengono registrate le persone bisognose, immigrati e non, poveri e disoccupati, ai quali viene consegnato mensilmente un cestino con genere di prima necessità.

Ci dedichiamo ancora alla pastorale per la dignità della donna, che va incontro alle donne sfruttate con la prostituzione. Cerchiamo di essere una presenza di Chiesa che anima, porta speranza e li riconosce come persone umane bisognose di amore, affetto e attenzione gratuita.

Poiché sono tanti gli anziani abbandonati che soffrono la solitudine cerchiamo, con la pastorale degli anziani, di portare conforto, presenza, forza e gioia, aiutando a rinnovare la speranza e a vivere momenti di familiarità e calore umano.

Tutto ciò spinte dalla compassione di Gesù che vuole vita per tutti!

Suore Pastorelle di Bento Gonçalves- RS

BR SP

Esperienza pastorale di comunione

Noi, Suore Pastorelle di Tupanatinga-PE, Brasile, viviamo la nostra esperienza pastorale lavorando in comunione tra di noi, con tutti gli operatori pastorali. Svolgiamo il ministero di cura pastorale nella Parrocchia Santa Clara de Assis e a livello della Diocesi di Pesqueira. Tra le nostre attività più significative ci sono gli incontri con i Cooperatori “Amici di Gesù Buon Pastore”; gli incontri vocazionali con i giovani che si preparano alla cresima; la formazione e i ritiri con i Ministri della Parola e dell’Eucaristia; l’orientamento liturgico e circoli biblici nelle comunità; le celebrazioni della Parola nelle comunità rurali; celebrazione della speranza (esequie) quando richiesto; le visite alle famiglie e agli ammalati; la collaborazione in Diocesi come parte del coordinamento della Caritas; la collaborazione nella realizzazione del Sinodo diocesano che si sta svolgendo in questo periodo.

Tramite la Caritas Parrocchiale accompagniamo il progetto “Crescendo con i Cittadini”, in cui si sviluppano attività educative con quaranta bambini, da 5 a 12 anni, provenienti dal quartiere più bisognoso del paese, con la collaborazione di sette educatori. Dovuto alla precarietà dell’ambiente, in cui sono realizzate le attività con i bambini e le loro madri, abbiamo deciso, con l’appoggio della Caritas Diocesana, di ristrutturare gli ambienti. Inoltre sono in atto diverse iniziative per raccogliere fondi, come lotterie e lavori manuali con materiali riciclabili, contando sempre sulla generosità del popolo.

In questo Anno della Misericordia, auspichiamo la crescita della vita comunitaria, riconoscenti ai nostri protettori: Gesù Buon Pastore, Maria Pastora e i Santi Apostoli Pietro e Paolo. Tale atteggiamento spinge ognuna a mettere i propri doni a servizio della costruzione del Regno di Dio!

(11)

K

“Deo Gratias"

Dal 7 all’ 11 agosto 2016, 70 persone: 57 studenti, 9 formatori, 2 preti e 2 pastorelle - della scuola domenicale della parrocchia di Sinsa Dong hanno partecipato al campeggio estivo sul tema "Deo Gratias" all'isola di Geju.

Geju è la più grande isola della Corea e anche la più bella. È un luogo importante per la Chiesa perché ci sono le tombe del beato Giriang Felix Kim e della beata Nangiu Maria Jeong, beatificati in occasione della visita di Papa Francesco nel 2014, e dove Degeon Andrea Kim, il primo sacerdote coreano, era stato trascinato dalla tempesta ritornando dalla Cina. Inoltre, ci sono località di diversi santi.

Seguendo le orme di questi santi abbiamo fatto un pellegrinaggio a piedi di circa 40 chilometri sotto un caldo intenso, più di 30 gradi. Anche se eravamo molto stanchi a motivo del calore soffocante, gli studenti cantavano e pregavano il rosario a gran voce incoraggiandosi a vicenda e condividendo l’acqua. Nella pausa hanno riflettuto sulla propria vita cristiana guardando la vita dei martiri, che hanno confessato la fede anche nella persecuzione severa. Nella loro condivisione hanno espresso la speranza di assomigliare alla vita dei martiri, pensando a come spesso nella propria vita cristiana ci si dimentichi del Signore mettendo al primo posto lo studio e la relazioni di amicizia.

Inoltre visitando il villaggio di Gangiong - dove si sta stabilendo una base navale per la "Pace", ma in realtà non è così. Infatti questa base navale distrugge "la pace" - abbiamo riflettuto come la vera pace sia voluta dal Signore.

Alla fine abbiamo condiviso su altri punti che hanno portato a ringraziare Dio in questo cammino sentendoci come una "famiglia". Guardando gli studenti e vedendo la loro "comunione" e il loro volersi bene, ho detto "Deo Gratias".

Rufina Yun Hee Hong (Comunità di Sinsa Dong)

CO-VE-ME

Crescendo forti fisicamente e spiritualmente

“Benedici Signore Gesù, tutti i bambini del mondo e dona loro il cibo necessario per stare bene”, sono le parole di un gruppo di bambini con scarse risorse sostenuti dall’apostolato della

“Mensa Infantile Santa Faustina”, a cui ci appoggiamo noi suore Pastorelle presenti nel Santuario Signore Gesù della Divina Misericordia in Cali (Colombia), dove svolgiamo l’apostolato da vari anni. Questi bambini hanno tra quattro e dodici anni, abitano in una realtà molto povera, dove, secondo i dati dell’Unicef, in Colombia uno su tre bambini vive in condizioni di povertà estrema.

Gesù Buon Pastore ci ha chiamate ad essere madri di questi piccoli. Con quest’apostolato abbiamo l’opportunità di aiutarli nella crescita fisica e spirituale, offrendo loro il pranzo durante la settimana e, il sabato, alimentando anche il loro spirito con una formazione che comprende temi come: amici di Gesù, conoscere un personaggio biblico, amici del pianeta, giochi, ecc. e con l’Eucaristia domenicale. Questo servizio ha cominciato a portare frutti, perché alcuni di questi bambini sono cresciuti e ora sono leader che accompagnano questo processo. Chiediamo che Maria continui ad intercedere per tutte le Pastorelle il dono della maternità pastorale.

(12)

ICS - AL

Dalla comunità di FOGGIA

“Le gioie e le speranze, le tristezze e le angosce degli uomini d'oggi, dei poveri soprattutto e di tutti coloro che soffrono, sono pure le gioie e le speranze, le tristezze e le angosce dei discepoli di Cristo, e nulla vi è di genuinamente umano che non trovi eco nel loro cuore”(GS 1). Ciò che lo Spirito Santo ha ispirato ai Padri conciliari ben si addice all’esperienza che noi Pastorelle viviamo a Foggia, a nemmeno un anno dall’aperura di questa nuova comunità (7/10/15).

Situata nel rione Biccari, nato recentemente nella periferia ovest della città, la parrocchia conta circa 9mila abitanti. E’ intitolata a S. Filippo Neri e non a caso, ma, essendo in prevalenza costituita da famiglie giovani con bambini e ragazzi, quale miglior protettore che il santo educatore, il santo dell’oratorio? Inaugurata da poco la chiesa, la ripresa imminente dei lavori avrà infatti la priorità di creare spazi per i ragazzi. Vi sono inoltre famiglie con serie situazioni di disagio: disoccupazione, problemi di relazione, problemi con la legge, … Tutto questo ci interpella a fare nostre tali situazioni, a prendercene cura con la vicinanza e la solidarietà. Nel quartiere, salvo due piccoli negozi e un panificio, non vi sono altri servizi (a breve una farmacia). La parrocchia si pone come unica occasione di aggregazione per cui si è attenti a cogliere le opportunità che ci si presentano per stare insieme e conoscersi, come ad esempio, nella settimana in preparazione alla festa di S. Filippo Neri (26 maggio). Sono state organizzate serate di degustazione, culturali e musicali, per stare insieme nella gioia e nella serenità, oltre che di preghiera e di evangelizzazione. Siamo agli inizi, le prospettive sono molteplici. Il Signore voglia benedire ogni sforzo!

Sr Antonietta, sr Michela, sr Rosa e sr Rosalia

Ir. LUCINA DAL POZZO

Uma missão de beleza

Paraí é uma pequena e bonita cidadezinha brasileira, com aproximadamente 7.000 mil habitantes, situada no estado do Rio Grande do Sul, numa zona famosa pela produção de basalto, bem como pela florescente agricultura na produção de milho. É reconhecida pela bela Igreja paroquial dedicada a São Braz, de estilo neogótico, com uma fachada de um delicado cor-de-rosa e uma alta torre que, com os seus sinos, marca as horas para os habitantes.

Nesta alegre cidadezinha gaúcha nasceu, no dia 12 de março de 1940, Iraídes, filha de Augustinho Dal Pozzo, de origem italiana, e Margarida Suzen, sendo a quinta de 10 filhos, 5 homens e 5 mulheres. Uma das Irmãs, Lídia, tornar-se-ia Filha de São Paulo.

Iraídes foi batizada na Igreja paroquial três dias após o nascimento, em 15 de março, recebendo a crisma sucessivamente, aos 08 de maio, ainda bebê, como era costume na época. Os pais, com uma sólida fé cristã, criaram seus filhos com amor, ensinando-lhes a amar a Deus e o próximo. Iraídes recebeu também o exemplo dos seus muitos irmãos e irmãs e participava com eles na vida da paróquia. Desde pequenina manifestou um aguçado talento artístico e um olhar atento à beleza da natureza.

Quando tinha apenas seis anos, a família se transferiu de Paraí para Torres, uma cidade próxima, por razões de trabalho. Torres era uma cidade muito maior, sendo que a família passou de

(13)

uma região de colinas para uma de litoral, mas, mesmo mudando o estilo de vida, permaneceu fortemente enraizada na vida da comunidade cristã. Iraídes frequentava a escola primária e desenvolvia ainda mais o seu talento artístico.

Em Torres passavam, de tempo em tempo, as Irmãs Pastorinhas, provenientes de Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Elas realizavam a sua missão pastoral também de forma itinerante, reunindo os pequeninos para o catecismo e os adolescentes para a formação cristã. As irmãs eram alegres, dinâmicas, criativas. As meninas do lugar ficavam fascinadas com o modo como elas se colocavam, e a nossa Iraídes percebeu logo beleza da vocação delas na Igreja, deixando-se atrair pelo testemunho missionário. “Que belo ser freira assim e poder anunciar o Evangelho deste modo!” Assim pensou no seu coração de jovenzinha, até manifestar o desejo de se tornar como elas.

Assim, apenas com 17 anos, no dia 12 de junho de 1957, entrou na Congregação em Caxias do Sul, na casa da Avenida São Leopoldo, a qual se ia aumentando sempre mais, para acolher as numerosas jovens que desejavam ser Pastorinhas. Naquele contexto, Iraídes se mostrou de caráter dócil, fiel à oração, capaz de costurar, bordar, pintar e mesmo datilografar, amava o apostolado e tinha uma saúde forte. Deste modo, foi enviada à comunidade de Cazuza Ferreira, aberta há pouco tempo, para colocar à prova o seu zelo pela missão pastoral. Assim, superada a prova, aos 02 de fevereiro de 1958, recebeu o hábito religioso, sentindo-se já uma verdadeira Pastorinha.

No relatório para a admissão ao noviciado, afirmou-se que Iraídes fez uma ótima prova na experiência apostólica, porque “se empenha com zelo e criatividade” para fazer tudo bem. Entrou no noviciado no dia 1º de fevereiro de 1960 e a mestra de formação afirmava que ela “se tornou mais

paciente e dócil”. De fato, conseguia ir bem no estudo, era generosa e responsável no apostolado,

amava a Congregação, mas, sobretudo amava o Senhor, e como se dizia na época, quase com certo pudor, a jovem era: “de bom espírito religioso”. Assim foi admitida à Profissão Religiosa, que emitiu em 02 de fevereiro de 1961, recebendo o nome de Lucina, uma pequena luz, que não cessaria mais de brilhar, mesmo nos acontecimentos dolorosos e nas provações da vida.

Logo após a profissão, Ir. Lucina retornou à comunidade de Cazuza Ferreira, onde esteve como postulante e um ano depois foi nomeada superiora local, demostrando um grande amor pelas Irmãs e pelo povo de Deus, que servia com muita paixão pastoral. Enfrentava sorridente até as contrariedades que tal inserção comportava, para ir até as casas mais longínquas, a fim de conhecer e cuidar espiritualmente das ovelhas do rebanho de Jesus.

No relatório para a admissão à profissão perpétua, consta que realizava o apostolado com entusiasmo, saindo-se bem em todos os campos. Empenhava-se na vida comunitária e era generosa nas relações. Nos anos dos votos temporâneos prosseguiu com os estudos escolares, concluindo-os. Em seguida dedicou-se também aos estudos de teologia, bíblia e de metodologia pastoral. Fez ainda um curso de pintura, para expressar do melhor modo possível o seu talento natural. Ir. Lucina tinha um temperamento aberto e muito alegre, que manifestava até mesmo certo orgulho, além de uma aguçada autoconfiança. Tal orgulho exigiu dela um intenso trabalho espiritual nos anos sucessivos, quando a sua vida interior, logo após a doença, adquiriu maior profundidade e maior gratuidade. Emitiu a profissão perpétua no dia 02 de fevereiro de 1966.

Depois da consagração definitiva, foi enviada como superiora na comunidade de Fagundes Varela, onde viveu com alegria e fazendo frutificar os seus dons artísticos, com os quais foi enriquecida pelo Senhor. Tudo aquilo que vivia e fazia, em casa e na paróquia, tinha sempre o toque da beleza, aquela beleza de Deus, que se manifesta em todas as realidades tocadas pelo Espírito Santo. Lucina era particularmente sensível em proprocionar beleza artística e espiritual à realidade que a circundava, ao ponto que podemos dizer que toda a sua missão pastoral teve sempre este toque atraente da beleza de Deus.

Depois de concluir o seu mandato em Fagundes Varela, retomou os estudos em Caxias do Sul e em seguida, em 1974, quando foi aberta a comunidade de Redenção do Araguaia, no Norte do Brasil, pediu para ser enviada exatamente nesta difícil e desafiadora fronteira da missão pastoral. Foi para lá no ano de 1975 e se deu conta que permanecer em Redenção exigia um espírito pioneiro e corajoso, por causa das dificuldades referentes ao clima e também ao empenho que requer uma população em sua maioria de origem indígena, com características culturais muito diferentes daquelas do Sul do Brasil, onde prevalecem as origens europeias. Mas Lucina se dedicava à missão com o seu habitual zelo, de quem não se poupava, animando e formando as Comunidades de Base e se dedicando especialmente aos mais jovens. Mas pouco tempo depois da sua inserção naquela comunidade, manifestou-se um câncer, já em estado avançado e com algumas metástases. Tratava-se de um tumor nos ossos que pouco a pouco Tratava-se estendeu por todo o corpo.

(14)

Mas Lucina não se rendeu, queria viver e acolheu os tratamentos com coragem e determinação. Desejava ser curada a todo custo e no ano de 1980 voltou para Caxias do Sul para os tratamentos e também para retomar os estudos, frequentando a faculdade de Assistência Social. Lutou como uma leoa contra o mal, recorrendo ao seu amor à beleza, que lhe ajudava a suportar as fases mais dolorosas da quimioterapia.

Rezava muito e pedia orações pela graça da cura, porque queria voltar para a missão. A sua luta era também com Deus, pedindo, ao mesmo tempo, a cura e a graça de viver a doença em maneira fecunda. Assim escrevia em uma carta para a superiora geral: “Tenho a convicção de que o

sofrimento físico é também um mistério, um dom da vida e da saúde, na dor insistente pelo bem dos outros, sofrer é um serviço que requer muita paciência”. E mais tarde, quando o tratamento se tornou

muito doloroso: “Sinto que estou me familiarizando com a doença. Ao mesmo tempo em que não

compreendo tudo isso, sinto-me feliz, como um instrumento de transformação no meio do povo de Deus. Para mim o sofrimento é apostolado e oração. Para as Pastorinhas não é possível separar aquilo que se vive da missão. Peço todos os dias, para integrar inteligência, vontade, coração, forças físicas e juntos viver na alegria. Sempre coloco intenções especiais muito amplas, são pobres e simples, mas creio que Deus as acolhe”.

Em um período no qual a doença parecia diminuir muito as suas forças, no ano de 1984, pediu e lhe foi permitido de ir para em missão em Campo Grande, na comunidade do Mato Grosso do Sul, aberta há pouco tempo. Era uma paróquia de periferia, dedicada a Santa Rita de Cassia, a santa dos impossíveis, que torna possível uma missão fecunda também para as Pastorinhas, entre as quais a nossa Ir. Lucina que se dedicou a organizar as Comunidades Eclesiais de Base, grupos de famílias, pastoral vocacional e pastoral social, até 1989. A sua grande alegria era quando alguma jovem pedia para entrar na Congregação, ela acompanhava o seu caminho com a oração e a oferta de si. Paras as jovens não media sacrifícios. Cada vez que se apresentava uma oportunidade, fazia para elas a proposta vocacional, testemunhando a beleza de uma vida inteiramente doada ao Senhor Jesus, o Bom Pastor.

Para receber tratamento mais adequado ia com frequência a São Paulo, acolhida pelas irmãs daquela Província, que com grande generosidade e delicadeza ofereciam os melhores tratamentos, na esperança de que fossem eficazes. Em um primeiro momento parecia que tivesse alguma melhora, porém durava pouco. Após cada ciclo de seu tratamento retornava para a missão. Na sua última ida para São Paulo, permaneceu um tempo maior na esperança de receber um tratamento de maior eficácia. No mês de junho de 1989 viajou 36 horas de ônibus para participar da profissão das noviças, entre as quais uma jovem de Campo Grande. Na sua doença e no seu rosto marcado pelo sofrimento, manifestava uma beleza interior que a tornava atraente, aquela beleza que o Criador tinha colocado no seu coração desde o início.

No dia 07 de outubro de 1989, enquanto se celebrava o 51º aniversário de fundação da Congregação, Ir. Lucina sofreu uma embolia pulmonar, além de uma fratura do fêmur: sinal de que o câncer estava tomando todo o seu corpo. A gravidade da situação sugeria de levá-la para a comunidade de Caxias do Sul. Era muito limitada também nos movimentos, mas o seu dinamismo interior se manifestava através da palavra, da oração, do escrito, dando testemunho de um grande amor à vida, que ela oferecia constantemente ao Senhor pelos outros.

À meia noite do dia 29 de outubro, ainda consciente, formula explicitamente o oferecimento da sua vida como dom à Igreja, às vocações e à Congregação. Era consciente que a plenitude da vida se manifestava no dom de si, chegando assim à maior fecundidade pastoral. Logo após este oferecimento, Ir. Lucina entregou o seu espírito ao Pai e se despediu deste mundo. Tinha 49 anos de idade e 28 anos de vida religiosa “pastorinha”.

Na sua última carta para a superiora geral tinha escrito: “As forças estão sempre diminuindo,

mas peço a Cristo que me ilumine com a sua Palavra e vida, animando-me e aumentando a minha fé. Peço para crescer na consciência que a dor tem o seu valor no mistério da salvação e na paz do mundo. Sinto isto como uma missão redentora que o Senhor me confiou e assim busco ajudar a todos, e fazer de mim, agora e sempre, um instrumento de alegria e de paz”.

(15)

Carissime Sorelle,

con gioia condivido l’esperienza vissuta negli incontri di Economia realizzati nell’America Latina e nell’Asia-Oceania. E’ stato un dono di Dio e ringraziamo ogni sorella che ci ha sostenuto con la preghiera e la vicinanza.

Nell’America Latina l’incontro si è svolto a Sao Paolo, dal 22 al 26 maggio, e vi hanno partecipato i governi di Circoscrizione dell’Argentina-Bolivia, Brasile Caxias do Sud, Brasile San Paolo, Cile-Perù-Cuba e Colombia-Venezuela-Messico. Nell’Asia-Oceania l’incontro è stato ospitato a New Manila dal 27 agosto al 1 settembre e vi hanno partecipato i governi delle Circoscrizioni Filippine-Australia-Saipan-Taiwan e della Corea.

Gli incontri sono stati caratterizzati da una magnifica accoglienza da parte delle sorelle delle Circoscrizioni che ci hanno ospitato e dalla partecipazione attiva, responsabile e gioiosa delle sorelle dei governi di Circoscrizione che vi hanno partecipato. Tutte hanno contribuito al buon esito di questi incontri compresi i membri della Commissione economica generale. A tutte un grazie di cuore !

Il tema dell’incontro è stato: “Divenire povere per evangelizzare - Un’economia al servizio del

Regno” che corrisponde al titolo del nostro Progetto Economico Generale avviato nel 2000 e reso

definitivo nel 2011. Abbiamo iniziato con una giornata di spiritualità e formazione sui fondamenti della nostra povertà, guidata da sr Marta Finotelli, superiora generale; giornata che ha preparato il terreno ai contenuti e ai lavori di gruppo dei giorni successivi.

Tra gli obiettivi di questi incontri è stato di fondamentale importanza:

• Renderci più consapevoli che l’economia non è una parte secondaria del cammino Congregazionale. Anche l’economia ha una sua spiritualità che si esprime nella responsabilità di tutte verso tutto, affinché i beni di una Circoscrizione siano a disposizione di tutta la Congregazione, per una condivisione più evangelica tra sorelle delle diverse Circoscrizioni e con i poveri. Quindi i beni che riceviamo non sono mai personali o solo di una circoscrizione, ma appartengono a tutte e alla Chiesa.

• Conoscere le modalità con cui siamo riconosciute giuridicamente in ogni Nazione e di come il nostro agire debba essere quello di persone “consacrate” e non comportarci come un’organizzazione laica o un’azienda. La profezia della vita religiosa, quindi, non sta nel “cosa” facciamo, ma nel “come” lo facciamo. Per questo siamo chiamate ad amministrare come religiose.

• Approfondire gli Orientamenti della CIVCSVA in materia economica e rivisitare i contenuti della Regola di Vita, del Progetto Economico Generale e del Regolamento Economico. Abbiamo avuto anche una visione -se pur limitata- dell’economia mondiale con riferimento particolare ai continenti dove si realizzava l’incontro.

• Incoraggiarci vicendevolmente a superare la tendenza all’individualismo, per diventare segno profetico nel mondo, vivendo nella logica dell’offerta e della gratuità. Mentre il mondo ci incita a prendere le cose per noi, con la paura che non ci bastino per garantire il nostro futuro; la logica del Vangelo invece ci sprona ad affidarci alla Provvidenza e a porci nella logica del dono nella previdenza.

• Riflettere insieme su come “condurre” l’anzianità e la malattia in ogni Circoscrizione e aprirci di più ai progetti inter-circoscrizionali e inter-Congregazionali a tutti i livelli. Avviare una riflessione sulle fonti di sostentamento esistenti e la loro evoluzione; e anche considerare la previdenza sociale in ogni Nazione.

Sono state belle e significative anche le visite ad alcune strutture religiose dedite alla cura delle sorelle anziane e malate, nonché lo scambio di esperienze con le responsabili di questi centri e la condivisone tra di noi. La cura della liturgia, dei momenti culturali, i pellegrinaggi fatti per

(16)

attraversare la Porta Santa come gruppo e le comunicazioni con alcuni relatori del posto hanno arricchito la nostra esperienza formativa e di discernimento.

Credo siamo cresciute non solo nel sentirci Chiesa, ma anche nella gioia di appartenere alla Congregazione e sentire che possiamo pensare, agire, sognare, testimoniare insieme che è possibile “Divenire povere per evangelizzare e quindi porre l’economia al servizio del Regno”. Inoltre abbiamo fatto l’esperienza di come la nostra interculturalità possa divenire una grande ricchezza, una risorsa che può permetterci di servire sempre meglio le diverse povertà che sono presenti dove viviamo il nostro ministero di cura pastorale.

Mentre affidiamo all’intercessione di San Giuseppe l’ultimo incontro di Economia che si realizzerà entro dicembre con le due Province Italiane; affidiamo al Signore anche il lavoro che fanno i governi di Circoscrizione nel condividere con le singole comunità i contenuti e l’esperienza di questi incontri realizzati nell’America Latina, Asia e Oceania.

Ringraziamo la Provvidenza e preghiamo secondo le intenzioni dei nostri benefattori, amici e familiari.

Vi lascio con le parole di Papa Francesco riguardo alla povertà:

«È un “muro” perché protegge la vita consacrata, è una “madre” perché la aiuta a crescere e la conduce nel giusto cammino. L’ipocrisia di quegli uomini e donne consacrati che professano il voto di povertà e tuttavia vivono da ricchi, ferisce le anime dei fedeli e danneggia la Chiesa. Pensate anche a quanto è pericolosa la tentazione di adottare una mentalità puramente funzionale e mondana, che induce a riporre la nostra speranza soltanto nei mezzi umani, distrugge la testimonianza della povertà che Nostro Signore Gesù Cristo ha vissuto e ci ha insegnato”1.

Con gratitudine,

sr Aminta Sarmiento Puentes

economa generale

GIAPPONE: LA FAMIGLIA PAOLINA CELEBRA LA MISERICORDIA

Il 30 giugno 2016, Solennità dell’Apostolo Paolo, i membri della Famiglia Paolina a Tokyo, hanno vissuto il “Pellegrinaggio” per il Giubileo della Misericordia. A questo evento di Famiglia hanno partecipato membri della Società San Paolo, delle Figlie San Paolo, delle Pie Discepole del Divin Maestro, e dei Cooperatori Paolini. La prima parte della giornata “conversione della Famiglia Paolina” è stata vissuta con un momento di preghiera, alla luce delle parole del Fondatore “Non temere, io sono con voi, ... ”, con l’ascolto della “Lettera apostolica per l’Anno Santo della Misericordia” e della “Lettera ai Romani”. Poi, dopo avere attraversato la Porta Santa della Chiesa di Sant’Ignazio, i membri di ogni Istituto hanno rinnovato i voti durante la celebrazione Eucaristica votiva a San Paolo. La liturgia è stata vissuta in un clima di profondo raccoglimento e ringraziamento. Dopo la celebrazione si è trascorso un momento di gioia insieme per rafforzare l’amicizia e la comunione come figli e figlie di Don Alberione.

1

(17)

BRASILE: CORSO SUL CARISMA DELLA FAMIGLIA PAOLINA

Dal 21 al 31 luglio scorso in Brasile, si è cominciato il secondo modulo del corso sul carisma della Famiglia Paolina, presso la casa di preghiera della città Regina, Via Raposo Tavares. Il gruppo dei partecipanti è stato accolto dagli organizzatori: don Antonio F. da Silva, ssp, sr. Maria de Lourdes Quartieiro, fsp, sr. Izonete Dalla Corte, fsp, sr. Luzia Sena, fsp, sr. Daniela Vasconcelos, sjbp e sr. Marilez Furlanetto, pddm. I 24 partecipanti provenivano da varie regioni del paese tra i quali due Cooperatori Paolini. I lavori della giornata sono iniziati con la presenza dei superiori provinciali delle Congregazioni della Famiglia Paolina che hanno consegnato a ciascuno dei partecipanti la candela accesa. Poi i partecipanti hanno portato una candela in processione fino alla cappella per la celebrazione della Santa Messa presieduta da P. Luiz Miguel Duarte e concelebrata dai sacerdoti don Antonio F. Silva e don José Carlos de Freitas Junior. La prima fase di questo secondo modulo del corso - 22 e 23 - è stata dedicata all’approfondimento del contesto socio-ecclesiale degli anni 1930-1955, sviluppato dal Prof. Domingos Zamagna, che ha tracciato un parallelo con la storia carismatica della Famiglia Paolina, mettendo in evidenza le grandi difficoltà incontrate dai pionieri del tempo.

SUD SUDAN: FSP IN MEZZO AL POPOLO SOFFERENTE

Le Figlie di San Paolo sono arrivate a Juba (Sud Sudan) nel 2008, in una regione appena uscita da 25 anni di guerra civile. Qui le sorelle hanno trovato abitazioni distrutte, strade sterrate, poche costruzioni in cemento e soprattutto una popolazione stremata dalla guerra e dalla povertà. La nazione non aveva ancora l’indipendenza dal Nord Sudan, sancita tre anni dopo con referendum. Per l’intera popolazione, la libreria paolina era l’avverarsi di un sogno. In questa realtà le Paoline hanno svolto la loro missione a favore della pace e della riconciliazione offrendo un servizio a tutto campo: dall’impegno apostolico a favore della cultura e del Vangelo svolto dalla libreria, ai programmi tenuti su Radio Bakhita, agli incontri di formazione e di catechesi realizzati per i rifugiati nei campi delle Nazioni Unite, all’aiuto per le necessità delle persone più bisognose. Purtroppo dal dicembre del 2013 il paese patisce di nuovo una sanguinosa guerra civile. Nonostante un fragile accordo di pace nell’agosto 2015, i combattimenti sono ripresi quest’estate nella capitale Juba e hanno già fatto centinaia di morti. Di fronte a questa situazione Sr Anna Maria Parenzan, Superiora Generale, in una lettera alle FSP dell’11 di Luglio 2016, ha fatto memoria del voto fatto da Alberione a Maria durante la seconda guerra mondiale, e si è così espresso: “Questo voto è sempre stato da noi riconfermato, specialmente in occasione di situazioni pericolose. Ora lo ricordiamo alla Regina con particolare insistenza perché protegga le nostre sorelle e tutto il popolo del Sud Sudan che sta molto soffrendo”.

INDIA: MISERICORDIA IN UNA PROSPETTIVA INTERRELIGIOSA

Le Figlie di San Paolo dell’India a luglio 2016, nella sede delle Paoline in Bandra/Mumbai, hanno organizzato un simposio interreligioso dal tema: “Misericordia oltre i confini: una prospettiva interreligiosa”. I relatori rappresentavano le diverse religioni: indù, sikh, musulmana e cristiana. Ognuno di loro, in un modo vivace e coinvolgente, ha spiegato l'aspetto della misericordia presente nella propria religione. Sr Pauline Chakkalakal, delle Figlie di San Paolo, è intervenuta a nome della Chiesa cattolica. I partecipanti, circa 250, erano persone di alto livello tra cui: sacerdoti, religiosi/e, un gruppo misto di rappresentanti delle varie religioni, di diverse fasce di età. Tutti sono rimasti entusiasti per la possibilità di riflettere insieme sul tema della misericordia presente in ogni religione.

(18)

La Chiesa Ortodossa con uno sguardo misericordioso sul mondo

Si è concluso con la solenne celebrazione eucaristica a Kolymbari (Creta), il Santo e Grande Concilio della Chiesa Ortodossa, tenuto in Grecia dal 19 al 26 giugno. È la prima volta di un evento atteso da oltre mille anni, che finalmente i presenti si sono impegnati a convocare con regolarità. Su quattordici Chiese ortodosse autocefale erano presenti dieci, che però rappresentavano solo un terzo dei 200 milioni di ortodossi nel mondo. Tuttavia il Concilio è stato un evento di comunione, in cui, nonostante le difficoltà, è prevalsa in modo netto la volontà di trovare l’unità. Il Patriarca ecumenico Bartholomeos, che ha presieduto i lavori del Concilio, ha sottolineato che si è trattato di “un evento d’importanza capitale che negli anni e nei secoli che verranno prenderà il suo posto nella storia”. Papa Francesco, ha espresso la sua opinione positiva riguardo al Concilio, giacché ci sono cose che si possono risolvere e il solo fatto che ci sia stato un incontro per guardarsi negli occhi, pregare insieme e parlare è molto positivo; per questo ha ringraziato al Signore soprattutto perché ci saranno “maggiori presenze al prossimo incontro!”.

Il messaggio finale è stato tratto dall’Enciclica, approvata dal Concilio all’unanimità, e ha espresso ripetutamente la coscienza che “la Chiesa non esiste per sé stessa”, ma per il mondo: l’evangelizzazione fino agli estremi confini della terra fa parte della sua ragion d’essere. Questo però deve essere fatto nel rispetto profondo della dignità di tutti, e quindi è stata rilevata l’assoluta necessità del dialogo, a vari livelli, ma soprattutto nel tentativo di ristabilire l’unità tra i cristiani e di promuovere la conoscenza tra i credenti delle varie religioni. Questo dialogo, che contribuisce a favorire la fiducia reciproca, la pace e la riconciliazione, è stato proposto come soluzione che contrasta la violenza suscitata dal fondamentalismo. Inoltre, il Concilio ha chiesto la protezione della comunità internazionale verso i cristiani e le minoranze perseguitate in Medio Oriente. Ha dato uno sguardo positivo sullo sviluppo delle scienze e della tecnologia senza dimenticare i suoi aspetti ambigui e rischiosi davanti ai quali si richiedono vigilanza e una parola profetica della Chiesa. Riguardo all’attuale crisi ecologica il Concilio ha affermato che essa è dovuta a cause spirituali ed etiche, legate alla cupidigia e all’egoismo.

Insomma, il Concilio della Chiesa Ortodossa ha rivolto uno sguardo ampio e pieno di misericordia sul mondo, cosciente che essa non può mai restare chiusa su di sé, ma deve sempre camminare accanto agli uomini e alle donne di ogni tempo. Tale responsabilità certamente deve avere sempre come termine ultimo “la prospettiva dell’eternità”, ma non può mai dimenticare l’hic

et nunc della storia. Il Concilio, in fondo, è stato un grande invito rivolto alla chiesa intera e a tutti

gli uomini a compiere un esodo da quella che l’arcivescovo Anastasios di Albania ha definito “la più grande eresia, la madre delle eresie: l’egocentrismo, personale, collettivo, etnico, nazionale ed ecclesiale”.

(19)

MISERICÓRDIA

E

COMUNIONE

“Misericórdia e comunhão” é um tema importante e decisivo para a vida de nossas comunidades. Tendo presente que são dois aspectos que recordam explicitamente a ação de Deus, devemos admitir que, somente na escola da história da salvação, nós aprendemos o que significa Misericórdia e Comunhão.

O homem não é capaz nem de comunhão, nem de misericórdia. Não pode criar a comunhão, não pode e não consegue ser misericordioso. Nós não somos capazes de comunhão, a qual é o dom da Páscoa. É necessário aprender da Trindade o que quer dizer a Comunhão.

Entramos neste tema considerando o capítulo 18 de Mateus, o discurso eclesial, onde encontramos a expressão Ecclesía, Igreja. Neste texto, por um lado temos o grande testemunho que a Igreja é chamada a dar ao mundo, como disse Mateus: Onde dois ou três estão reunidos

harmoniosamente (cf. Mt 18,20), onde existe uma harmonia eu estarei no meio deles, é o tema da

comunhão; por outro lado, aquela comunhão que é sempre ameaçada pela fragilidade daqueles que pertencem à Igreja e ao Reino. Como se faz para manter e evangelizar a partir da comunhão, se dentro de nossas comunidades não somos espertos na arte da misericórdia?

É interessante como em Mt 18 o tema da misericórdia e da comunhão são introduzidos por duas perguntas: “Quem é o maior no reino dos céus”? (v.1) e “Senhor, quantas vezes devo

perdoar, se meu irmão pecar contra mim”? (v. 21). Estas duas perguntas não foram feitas por

Jesus, mas pelos discípulos.

Quem é o maior no reino dos céus?

No evangelho de Lucas, esta pergunta é feita no contexto da última ceia: uma discussão

surgiu entre eles... (cf. Lc 9,46). Jesus tinha apenas pronunciado as palavras: “Isto é o meu corpo, entregue por vós” (1Cor 11, 24), e os discípulos estavam preocupados de quem seria o maior

entre eles. Pode-se permanecer no grupo dos discípulos, mas ter o coração longe da lógica do Mestre, da lógica eucarística. A resposta de Jesus é gestual. Ele cumpre um gesto profético, a exemplo dos profetas e não responde imediatamente, mas pega uma criança e diz: “se não vos

converterdes e não vos tornardes como criança, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”.(Mt 18,4). O gesto foi associado à palavra: conversão. Sabemos que a expressão “criança” não deve ser entendia no sentido psicológico, mas social. A criança é portadora de um direito, mas tudo aquilo que ela recebe, na cultura antiga, é fruto da benevolência do adulto; o caminho de fé é um caminho de dependência progressiva e não um caminho de progressiva autonomia. A maturidade, do ponto de vista biológico e psicológico, chega quando o homem começa a ser responsável, autônomo, capaz de tomar decisões. Na vida espiritual é exatamente o oposto. O homem quanto mais progride, mais se torna dependente. Como o filho, reconhece que tudo lhe é doado. A sua vida está enraizada na graça, na benevolência, na Misericórdia de Deus. O caminho da fé, o caminho do discípulo é um caminho que faz descobrir progressivamente que o seu ser é resultado de uma eleição, uma benevolência absolutamente gratuita.

Paulo na carta aos Coríntios diz: “não desanimamos no exercício deste ministério que

recebemos da misericórdia divina” (2Cor 4,1). Um ponto decisivo se quisermos abordar o tema da

grandeza, é a atitude de conversão. É importante verificar a forma como o serviço da autoridade é percebido, se é como um “serviço” e não como “plataforma” ou “pedestal”. A conversão é a memória de tudo aquilo que nos é dado, de que somos todos agraciados, como as crianças. Às vezes nos empregamos tanto, mas também podemos aprender que tudo nos é dado, por meio

(20)

das nossas falhas. Isto se torna a lógica com o qual o discípulo se relaciona com os outros. “E

quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. Quem, ao contrário, escandaliza, mesmo que um só dos pequenos, que creem em mim, melhor seria que lhe amarrassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem no fundo do mar”. (Mt 18,5-6). O

modo com o qual você é aceito e escolhido por Deus, torna-se a maneira como você acolhe. A comunhão é a expressão desta atenção que você tem para com o outro, evitando tudo o que possa ser “obstáculo” para o outro. É este o significado da palavra “escândalo”, o que nos solicita a viver na Igreja, tentando remover os obstáculos que estão dentro e fora de nós.

Precisa salvaguardar a comunhão, verificando se existe algo que a dificulta, antes que possa impedir a conversão dos outros. Consideremos a passagem da ovelha perdida. Encontramos esta parábola também em Lc 15, mas qual é a perspectiva? Os fariseus murmuravam, porque Jesus se dirigia aqueles que estavam distantes. Aqui a parábola é inserida dentro da Igreja. Trata-se de alguém que é de dentro e se afasta, separa-se da comunhão. Portanto, o contexto é intereclesial, intercomunitário, que se torna extracomunitário. Como fazer? Não deixará as 99 na montanha e irá a procurar aquela que se perdeu? “Do mesmo modo, o Pai

que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos” (Mt 18,14).

De fato, Deus procura você. Como Deus lhe acolhe e procura, e quer que você esteja em comunhão com Ele, assim os membros da comunidade são animados por um desejo intenso, louco, não proporcionado ao bom senso, para recuperar, porque nenhum de nós deixaria as 99 na montanha. No máximo as levaria no ovil, para ir em busca da ovelha perdida, e, uma vez encontrada se faz a festa. Este modo de agir de Deus, do Pai, coloca-nos em crise e faz uma reviravolta no modo habitual de pensar. A evangelização, o anúncio da misericórdia, o Evangelho, o sair para recuperar, não conhecem pausa.

A este ponto se coloca a correção fraterna. A prospectiva é “se o teu irmão” (Mt 18, 15), expressão que não tem um início ocasional, mas evidencia uma orientação clara: aquela ovelha que se transviou “é o teu irmão”. Aqui o Senhor dá uma série de indicações para recuperar aquele irmão, uma espécie de exemplificação de como é possível exercitar a misericórdia na comunidade. Creio que não exista nada de mais diabólico do que contrapor verdade e misericórdia. A misericórdia não é a indiferença entre o bem e mal. O problema é se quando você entra na vida dos irmãos, realmente os considera como tais.

O tema da comunhão implica que aqueles que fazem parte da comunidade, estão a caminho para se tornar filhos. Então existe a preocupação ou cuidado para que nenhum se perca. Se nós recuperássemos nas nossas comunidades a franqueza, aquela que brota da caridade e do amor para com o irmão que se afastou! Muitas vezes as nossas observações são verdadeiras, mas sem caridade. A hipocrisia é fazer o bem sem querer bem. Dizemos coisas verdadeiras, mas sabemos que não queremos bem. Verdade que brota do ressentimento e não da caridade.

Quantas vezes devo perdoar?

Senhor se o meu irmão pecar contra mim, quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes?

(Mt 18,21). E a resposta é: setenta vezes sete. Na parábola, no v.35, lemos o convite para perdoar de coração. Qual foi o pecado do homem, ao qual foi perdoada uma grande dívida? Não ter tido compaixão. O patrão teve compaixão daquele servo e, ao final disse: “Não devias tu também ter

compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? (Mt 18,33). Portanto, isto quer

dizer comunhão e misericórdia. E se não somos capazes de fazer memória da misericórdia e da compaixão que recebemos, seremos incapazes de conservar o bem. Não somos uma comunidade de perfeitos. Na comunidade cristã a lógica do perdão, da compaixão e da misericórdia é a normalidade e não uma exceção. Quantas energias perdidas. Na tentativa de superar situações, conflitos, rancores, ressentimentos, do presente e do passado. Verdadeiramente é necessária uma ascese, um exercício para a comunhão, para não nos fecharmos dentro da lógica do ressentimento, do orgulho, da vingança. A dívida não é somente prorrogada, fracionada, mas é perdoada. A parábola fala da loucura de alguém que estava à beira do abismo, e se encontra completamente em segurança. Esta é a loucura: ter uma atitude semelhante a esta com relação a nossos irmãos.

(Anotações de um retiro espiritual, no dia 18 de junho de 2016, na comunidade da Casa Geral, com Pe. Giacomo Morandi, subsecretário da Congregação para a Doutrina da fé)

(21)

As Armadilhas da Rede

Não queremos dizer que todos aqueles que navegam na Internet devem ser especialistas, porém é necessário ter os conhecimentos técnicos básicos e ao menos se informar sobre os perigos que nos circundam neste ambiente, cultivando uma atitude de constante discernimento espiritual.

Quando falamos que a Rede tem as suas armadilhas, não nos referimos às inumeráveis dificuldades técnicas que podem surgir, devido a um utilizo sem os devidos conhecimentos técnicos, ao menos de base. As armadilhas que podem realmente ameaçar o testemunho fiel de um religioso no ambiente digital, talvez sejam muito mais ocultas e difíceis de individuar, e portanto muito mais difíceis de enfrentar. Falamos das tantas culturas que invadem a Rede, a qual é sujeita a um grande degrado moral; falamos da dependência da Internet – uma doença já reconhecida – a qual todos os cibernautas correm o risco, e portanto também os religiosos; falamos do uso de materiais pornográficos; falamos do consumismo, etc...

Certamente, na fluidez da Rede nos deparamos com o problema da autoridade e apoiar-se na tradição não parece que tenha um grande efeito. O anonimato pode favorecer a transgressão de regras observadas desde sempre e não existem meios eficazes de coerção. O constante apelo ao individualismo e ao consumismo e a sexualidade exacerbada são armadilhas que devem ser enfrentadas. Neste contexto, a liberdade responsável, apoiada solidamente na longa tradição da vida religiosa, assume um papel ainda mais importante.

De fato, pode-se começar com uma simples atitude de indiferença, pensando que tudo é normal, que faz parte da realidade, passando, consequentemente, a uma consciência muito larga, que não evoca mais o senso do pecado, acabando por se distanciar completamente do comportamento esperado de um religioso.

O apelo da Rede se torna mais urgente nos momentos comuns, da oração, do trabalho pessoal, do repouso noturno, etc… Além disso, o suporte social que a pessoa consegue obter na Internet é reforçado e satisfaz a necessidade de relações, sobretudo quando os relacionamentos interpessoais são conflituosos (...)1

Permanece claro, portanto, que a maior dificuldade não é somente o degrado moral que seguramente se encontra na Rede, mas como o enfrentamos. Se o fazemos como verdadeiros religiosos, fieis ao estado de vida que assumimos livremente, com a profissão pública dos conselhos evangélicos, então teremos algo de muito sólido e fecundo para comunicar. Somente nesta perspectiva, de quem não é conivente com a lógica da Internet, podemos nos tornar verdadeiros missionários, neste mundo que certamente tem sede de Deus.

Ir. Cristiane Ribeiro, sjbp

1

Referências

Documentos relacionados

linearmente, mas forma de notas, conceitos e estruturas, criando assim uma impressão óptica que lembra os mapas geográficos..  Os Mapas Mentais servem para resumir e analisar

Por isso, propomos “Belém em tua casa” porque queremos trazer o episódio de Belém para cada casa, de crentes e não crentes, para tentarmos (re)aprender como a

O atual estudo teve como objetivo investigar a pre- valência e os fatores associados ao co-leito e ao des- pertar noturno entre as crianças da coorte de Pelotas de 2004, no Sul

Bens no pátio de Guarulhos.... Bens no pátio

O processo 2, no qual os grãos foram submetidos a um tratamento hidrotérmico antes do pipoqueamento, mostrou-se mais eficaz para ambas as variáveis estudadas, sendo capaz de

A freqüência diminui abruptamente do lado esquerdo e brandamente segue em direção ao lado direito (esquerdo). Este tipo ocorre frequentemente quando 100% da classificação é feita

[r]

E se a Júlia está vindo morar com você é sinal que ela gosta muito de você, minha amiga.. DÉBORA: - Você