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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS

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Academic year: 2021

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03

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

DE SURDOS

Olá!

Nesta terceira aula estudaremos sobre o processo histórico que concebeu a educação dos surdos e os fatos marcantes, em relação à política e à sociedade, para as comunidades surdas no mundo e em nosso país.

Antes de iniciarmos, porém, penso ser necessário alguns questionamentos.

Quais os pensamentos sociais, a respeito da surdez, em cada período de concepções educacionais? A comunidade surda obteve resultados positivos em todo esse processo? Podemos considerar que, atualmente, a educação de surdos mudou/evoluiu? Como as mudanças políticas influenciaram a educação dos sujeitos surdos?

Não precisa responder a todos os questionamentos agora. Ao longo de sua leitura, extraia do texto as respostas para esta problematização. Os resultados de sua compreensão serão obtidos durante a realização das atividades.

Objetivos de aprendizagem

Ao final desta aula, vocês serão capazes de:

• conhecer os principais marcos políticos e históricos na educação de surdos; • identificar as maiores contribuições durante o processo;

• compreender os principais métodos educacionais propostos para o ensino de conteúdos aos surdos.

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Seções de estudo

 Seção 1 – Marcos históricos da educação de surdos no mundo  Seção 2 – Educação de surdos no Brasil

 Seção 3 – Métodos de ensino: oralismo, comunicação total e bilinguismo

Vamos iniciar a leitura? Bons estudos!

Seção 1 – MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO MUNDO

Os relatos existentes sobre a educação de pessoas surdas estão inseridos num contexto mundial que passou por inúmeras transformações até chegarmos, hoje, ao entendimento da inclusão. A prática do ensino formal às pessoas com necessidades especiais data do século XIX onde o atendimento inicial possuía caráter assistencialista que se sobrepunha ao educacional.

Com as revoluções Francesa e Industrial, os estudos desenvolvidos por Vygotski e as mudanças na mentalidade da sociedade, as instituições passaram a atender os alunos especiais em parceria com serviços de saúde e escolas regulares por entender que possuíam capacidade de aprender ofícios, adquirir conhecimento e contribuir com o desenvolvimento social de alguma forma. Fazendo uma análise desse processo, Perlin & Strobel (2006, p. 8) comentam:

A história da educação de surdos não é uma história difícil de ser analisada e compreendida, ela evolui continuamente apesar de vários impactos marcantes, no entanto, vivemos momentos históricos caracterizados por mudanças, turbulências e crises, mas também de surgimento de oportunidades. (PERLIN; SROBEL, 2006, p.8)

A educação dos surdos, especificamente, passou por um período em que a oralização era enfatizada. A partir do século XVI, alguns religiosos se propuseram a ensinar as pessoas surdas. Uns acreditavam no ensino da fala e outros utilizavam sinais que criavam para se comunicar dentro dos mosteiros, quando em situação de voto de silêncio.

Entre eles estão Pedro Ponce de León, padre espanhol que enfatizava o ensino da língua oral e da escrita através de um alfabeto manual criado por ele. Este alfabeto é utilizado até os dias de hoje sem muitas modificações (Soares, 1999, P. 7). Ponce de León tornou-se um pioneiro na formalização da educação de surdos.

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Neste mesmo período, Juan Pablo Bonet, também padre espanhol, destacou-se com seu método de ensino que preconizava os sinais (gestos) e a leitura labial, registrados em seu livro que foi publicado quarenta anos após a morte de Ponce de León. Por este motivo, a Juan Pablo Bonet foi creditado o título de primeiro educador de surdos (SACKS, 1998, p. 26).

Na França do século XVIII, o abade Charles Michel de L’Epeé transformou a própria casa em escola para surdos visando o ensino da leitura e escrita, da língua francesa, através do alfabeto manual e da língua de sinais nativa. Ele acreditava que, através dos sinais, os surdos poderiam se comunicar e serem “ouvidos”. Assim, não mais morreriam ignorantes quanto a palavra de Deus e, consequentemente, suas almas seriam salvas. (SACKS, 1998, p. 29).

O êxito do método de L’Epeé resultou na capacitação de outros professores de surdos e na abertura da primeira escola pública para surdos, em 1755, na capital francesa, Paris.

As contribuições deste personagem para a história das comunidades de surdos e suas línguas incluem a tarefa de documentar os sinais utilizados pelos estudantes da sua escola, organizá-los dentro de uma estrutura gramatical com o intuito de dar a essa língua viso-gestual uma ordem sintática mais parecida com a estrutura gramatical da língua francesa, e a criação de um alfabeto (dactolologia) da língua de sinais. Em 1791, após a morte de l’ Épée, a escola se transforma no National Institution for Deaf-Mutes em Paris, que foi dirigido à partir de então pelo gramático Sicard. De acordo com a linguísta Aldrete, esta língua de sinais que nascia em París deu origem à língua de sinais francesa, e, sua versão primitiva influenciou as línguas de sinais utilizadas na América, como a American Sign Language (ASL), a Lengua de Señas Mexicana (LSM) e a Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) COELHO, (2011, p. 21).

Percebemos que este período ficou marcado pela grande abertura educacional e linguística, resultando em conquista para a comunidade surda, que agora poderia utilizar sua própria língua, compreender os conceitos e ser co-participante no processo de ensino voltado às pessoas surdas.

Porém, no século XIX, mais precisamente em 1880, a comunidade surda sofreu um grande golpe: a proibição do uso das línguas de sinais em todos os países, dentro das escolas e fora delas.

Esta decisão foi tomada no Congresso Internacional de professores de surdos em Milão, na Itália, para discutirem sobre os métodos existentes na educação de surdos. No contexto dos questionamentos ali levantados, a rivalidade entre os defensores da língua de sinais e os “advogados” do método oralista ficou evidente e as discussões revelaram as influências políticas, de cada país, na

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CONCEITO

?

VOCÊ

SABIA (...) quase metade dos professores eram surdos. Não existiam audiologistas, terapeutas de reabilitação, ou psicólogos

educacionais e, para a maioria, nenhum destes eram aparentemente necessário. (...) pelo contrário, a criança e o adulto surdos eram descritos em termos culturais: a que escola freqüentaram, quem eram os seus parentes e amigos surdos (caso os houvesse), quem era a sua esposa surda, onde trabalhavam, quais as equipes desportivas de surdos e organizações de surdos a que pertenciam, qual o serviço que prestavam à comunidade dos surdos?(LANE, 1992, p.36)

tomada de decisões.

Os temas propostos foram: vantagens e desvantagens do internato, tempo de instrução, número de alunos por classe, trabalhos mais apropriados aos surdos, enfermidades, medidas, medidas curativas e preventivas, etc. Apesar da variedade de temas, as discussões voltaram-se às questões do oralismo e da língua de sinais. (BORNE, 2002, p.51)

Conforme Perlin&Strobel (2006, p. 13), no dia 11 de setembro de 1880, houve uma votação por 160 votos com quatro contra, a favor de métodos orais na educação de surdos, a partir daí a língua de sinais foi proibida oficialmente com a alegação de que a mesma destruía a habilidade da oralização dos sujeitos surdos.

(...) ficou decidido no Congresso Internacional de Professores Surdos, em Milão, que o método oral deveria receber o status de ser o único método de treinamento adequado para pessoas surdas. Ao mesmo tempo, o método de sinais foi rejeitado, porque alegava que ele destruía a capacidade de fala das crianças. O argumento para isso era que ‘todos sabem que as crianças são preguiçosas’, e por isso, sempre que possível elas mudariam da difícil oral para a língua de sinais. (WIDELL, 1992, p. 26)

Após o Congresso, a maioria dos países adotou o oralismo nas escolas de surdos, proibindo, oficialmente, a língua de sinais, que foi subjugada por cem anos. Este período ficou conhecido como o “Século Negro” e, para a comunidade surda, representou o domínio do pensamento hegemônico ouvintista.

Ouvintismo: segundo Skliar (1998, p.15), “é um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte”.

Como resultado da substituição das línguas de sinais pelo método oral, muitos professores surdos perderam os empregos e as crianças saíam da escola sem ter recebido uma educação de qualidade e, consequentemente, com as habilidades sociais limitadas.

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Somente em 1971, no Congresso Mundial de surdos de Paris, o tema “língua de sinais” voltou às discussões e passou a ganhar visibilidade. Conforme Sacks (1998, p. 57), a volta do status das línguas de sinais refletia o fracasso do método oralista: os surdos educados assim não conseguiam fluência na língua oral, não desenvolvendo uma boa comunicação com os ouvintes desconhecidos.

Em 1981, a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu o Ano Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência. Assim, através da luta da Federação Mundial de surdos, a Língua de Sinais voltou a fazer parte da vida dos surdos (MOURA, 2000, p. 195).

Partindo deste momento, a educação de surdos passou a ser realizada numa perspectiva cultural e de seus direitos linguísticos. Porém, é pertinente observar que a valorização das línguas de sinais, nos espaços escolares e sociais, não significou o banimento do método oralista, que é utilizado até os dias atuais.

Então, como será que estes acontecimentos foram interpretados pelos educadores brasileiros ao longo de todos estes anos?

Seção 2 – Educação de surdos no Brasil

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CURIOSIDADE

Embora não tenha acompanhado o ritmo das discussões mundiais sobre educação de surdos, o Brasil, partindo do governo de Dom Pedro I, passou a financiar uma educação para surdos, baseada no modelo francês e europeu.

Assim, os primeiros atendimentos educacionais especiais para surdos foram registrados a partir de 1857 quando foi inaugurado o Imperial Instituto de Surdos-Mudos que hoje é conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Destacamos Edward Huet, professor surdo francês, que desenvolveu o trabalho como primeiro coordenador do INES reproduzindo o modelo europeu.

Porém, em 1957 a língua de sinais foi proibida nas escolas brasileiras e, ainda na década de 1970, praticava-se o oralismo.

Somente com as discussões e transformações em relação às Políticas Nacionais de Educação é que surgiram as primeiras leis deliberando a respeito da Educação Especial e defensores de uma educação bilíngue onde os alunos surdos teriam acesso a duas línguas: língua de sinais e o português (Lei nº 4024/61 artigos 88 e 89; Lei nº 5692/71 artigo 9º - LDBN e Lei nº 9394/96 capítulo V artigo 58 – ECA).

A divulgação das leis juntamente com os questionamentos realizados no Seminário Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiências, em 1994, impulsionou o processo de inclusão. Neste mesmo ano um grupo de estudiosos elaborou a Declaração de Salamanca que norteia todas as ações e legislações acerca da inclusão escolar no mundo todo.

No ano de 2002 os surdos e todos educadores a favor de uma educação bilíngue se beneficiaram com o reconhecimento da LIBRAS (Língua de Sinais Brasileira) como meio legal de comunicação e expressão através da Lei nº 10436/2002 que em 2005 seria ratificada pelo Decreto 5626/2005.

Atualmente no Brasil, pratica-se a inclusão escolar com a proposta do bilinguismo, posto que os estudos acerca da cultura e identidade surda admitem a Libras como língua mãe e a língua portuguesa como segunda língua para esses alunos. Segundo Quadros (2001, p. 387), se uma criança surda aprender a língua de sinais da comunidade surda da qual será participante, ela terá facilidade em aprender a língua oral-auditiva da comunidade ouvinte.

Será que alguém se lembra das salas especiais, situadas dentro das escolas regulares, que continham fones de ouvido para estimulação auditiva das crianças surdas? Então, estas salas existiram até a década de 1990 em algumas regiões do país. Dêem uma olhada na figura que ilustra o início desta seção!

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Para tornar nosso estudo, sobre este tema, mais eficiente, vamos fazer a leitura de um artigo escrito pela fonoaudióloga Genivalda Barbosa Vilela, colaboradora da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS e pesquisadora da História da Educação e dos Movimentos surdos.

Boa leitura!

Histórico da Educação do Surdo no Brasil

Genivalda Barbosa Vilela

A partir deste artigo, vocês acompanharão o desenrolar da educação do surdo no Brasil, enquanto reflexo das posições tomadas no mundo sobre a educação para esta determinada população. Foram abordados também, o reconhecimento oficial da Língua de Sinais (LIBRAS) enquanto língua própria da comunidade de surdos do Brasil.

A história da educação dos surdos no Brasil é iniciada com a decisão de Dom Pedro II que incumbiu o Marquês de Abrantes para organizar uma comissão a fim de promover a fundação de um instituto para a educação de surdos-mudos.

Em 1856 essa comissão se reuniu e tomou, como primeira deliberação à criação do Instituto. Em 26 de setembro de 1857 foi aprovada a Lei de n. 939 que designava a verba para auxilio orçamentário ao novo estabelecimento e pensão anual para cada um dos dez alunos que o governo imperial mandou admitir no Instituto.

Assim sendo, Dom Pedro II trouxe para o Brasil um surdo francês chamado Edward Huet, iniciando assim a educação dos surdos no Brasil.

O trabalho proposto por Huet seguia a Língua de Sinais, uma vez que este teria estudado com Clerc no Instituto Francês, podendo-se deduzir que ele utilizava os sinais e a escrita, sendo considerado inclusive, como sendo o introdutor da Língua de Sinais Francesa no Brasil.

O primeiro instituto para surdos no Brasil foi fundado em 1857 por Edward Huet, inicialmente chamado de Imperial Instituto de Surdos-Mudos, passando a receber o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos, em 1956, e de Instituto Nacional de Educação de Surdos em 1957. Assim, a proposta de curriculum

apresentado tinha como disciplinas o português, aritmética, história, geografia, linguagem articulada e leitura sobre os lábios para os que tivessem aptidão.

Em 1862 Huet deixou o Instituto por problemas pessoais, sendo o seu cargo de diretor ocupado por Dr. Manuel de Magalhães Couto, que não era especialista em surdez e consequentemente deixou de realizar o treino de fala e leitura de lábios no Instituto. Por este motivo, após uma inspeção governamental, em 1868 o Instituto foi considerado um asilo de surdos. Com isso o cargo de diretor passou a ser ocupado por Tobias Leite que foi estabelecida obrigatoriamente a aprendizagem da linguagem articulada e da leitura dos lábios.

Em 1889 o governo determinou que, a leitura dos lábios e a linguagem articulada deveriam ser ensinadas apenas para aqueles alunos que apresentassem um bom aproveitamento sem prejudicar a escrita.

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Para

Refletir

Por volta de 1897, o caráter educacional sofria forte influencias da Europa, inclusive devido às decisões tomadas no Congresso de Milão. Portanto, em 1911, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) passou a seguir a tendência mundial, utilizando o oralismo puro em suas salas de aula. Todavia, o uso dos sinais permanece até 1957, momento em que a proibição é dada como oficial.

É na década de setenta que chega ao Brasil a Comunicação Total, após a visita de uma professora de surdos à Universidade Gallaudet, nos Estados Unidos.

Na década de oitenta, são iniciadas as discussões acerca do bilinguismo no Brasil. Linguistas brasileiros começaram a se interessar pelo estudo da Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) e da sua contribuição para a educação do surdo. A partir das pesquisas desenvolvidas por Lucinda Ferreira Brito sobre a Língua Brasileira de Sinais, deu-se início as pesquisas, seguindo o padrão internacional de abreviação das Línguas de Sinais, tendo a brasileira sida batizada pela professora de LSCB (Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros), para diferenciá-la da LSKB (Língua de Sinais Kapor Brasileira), utilizada pelos índios Urubu-Kapor no Estado do Maranhão. A partir de 1994, Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que foi criada pela própria comunidade surda para designar a LSCB.

Todavia, no ano de 1986 a direção do Instituto Nacional de Educação de Surdos, sob a luz dos efeitos dessa nova era, iniciou o projeto de pesquisa PAE (Projeto de Alternativas Educacionais), um trabalho de implementação da Comunicação Total em grupos de alunos ali matriculados.

Entretanto esta perspectiva não tomou corpo, podendo ser observado que, atualmente, segundo a Procuradoria Geral do Trabalho (2001/2002) foi sancionada, em 24 de abril de 2002, a lei nº 10. 436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão. Esta foi vista como sistema linguístico de natureza visualmotora, com estrutura gramatical própria oriunda da comunidade de pessoas surdas do Brasil. Desta maneira, o sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de professores da educação especial, licenciaturas, de Fonoaudiologia e de magistérios, em seus níveis médios e superior, o ensino das LIBRAS, como parte integrante dos parâmetros Curriculares Nacionais.

Disponível em: http://www.feneis.org.br/page/noticias_detalhe.asp?categ=1&cod=623

Atualmente, a educação de surdos, no Brasil, passa por um período desafiador, mas, para o sucesso do método proposto pela Política Nacional, precisamos que toda sociedade seja instruída em relação à língua brasileira de sinais, à identidade e cultura das pessoas surdas, auxiliando e facilitando o acesso das mesmas ao conhecimento para concretizar a inclusão, refletindo, não só no âmbito educacional, e sim em todos os setores da sociedade onde os surdos transitam.

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Disponível em: http://www.feneis.org.br/page/noticias_detalhe.asp?categ=1&cod=623

Seção 3 – MÉTODOS DE ENSINO: ORALISMO, COMUNICAÇÃO TOTAL E BILINGUISMO

Desde os séculos passados até os dias atuais, a hegemonia de discursos ligando a surdez à questão médica, fez predominar uma abordagem clínico-terapêutica dentro dos projetos educacionais. A escola, desta forma, para lei do espaço pedagógico, se apresenta enquanto proposta clínica de atendimento aos alunos surdos.

Autores como Skliar (1997, p.246), procurando contextualizar historicamente a Educação de Surdos, fazem referência a essa perspectiva clínico-terapêutica, que tem predominado na educação e nas escolas, interferindo diretamente nos projetos pedagógicos.

Ainda segundo Skliar (1997, p. 248):

As ideias dominantes nos mos cem anos são um claro testemunho de um sentido comum segundo o qual os surdos correspondem, encaixam-se com naturalidade a um modelo clínico-terapêutico, versão amplificada e exagerada da pedagogia corretiva de princípios do século XX e vigente até o momento.

O tema da surdez vem, ao longo da história, sendo explicado, fundamentalmente, por médicos, linguistas, psicólogos, a partir de uma lógica que o enquadra numa questão médica, terapêutica: surdez enquanto falha e deficiência. A educação dos surdos, por muito tempo ligada a essa matriz particular de saber, vem se desenvolvendo através de diferentes projetos educacionais que se inscrevem numa tentativa de normalização /ouvintização dos sujeitos surdos.

Neste contexto, várias abordagens educacionais foram propostas para a educação do sujeito surdo. Dentre elas destacamos três principais que marcaram o processo educacional brasileiro: o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo.

3.1. Oralismo

Apesar dos estudos sobre as línguas de sinais, em 1979, o primeiro método proposto para o ensino de surdos, no Brasil, foi o oralismo. Através da divulgação de um material denominado Proposta Curricular para Deficientes Auditivos, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) assume oficialmente a proposta de ensino, justificando o uso exclusivo da língua oral e escrita, com objetivo de preparação do educando para a participação efetiva na sociedade (ALBRES, 2005, p. 30).

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CONCEITO

no Brasil, denominada linguagem mímica, é alvo de várias críticas, com uma caracterização da língua de sinais um tanto quanto reducionista e considerada perigosa ao desenvolvimento da escrita. Considerada, também, simplificada e com erros gramaticais. Com estes argumentos, o oralismo se fortaleceu no país.

O oralismo é o “processo educacional pelo qual se pretende capacitar o surdo a compreensão e na produção da linguagem oral e que parte do princípio de que o indivíduo surdo, mesmo não possuindo o nível de audição para receber os sons da fala, pode se constituir como interlocutor por meio da linguagem oral” (SOARES, 1999, p. 01).

Segundo Perlin&Strobel (2006, p. 21), o método oralista possui três técnicas mais utilizadas: treinamento auditivo, desenvolvimento da fala e leitura labial.

O treinamento auditivo: estimulação auditiva para reconhecimento de ruídos, sons ambientes e sons relativos à fala, geralmente fazem treinamento com aparelhos específicos.

O desenvolvimento da fala: exercícios para a mobilidade e tonicidade dos músculos de órgãos envolvidos na fonação, lábios, mandíbula e língua. Exercícios de respiração e relaxamento final dos músculos trabalhados.

- A leitura labial: treino para a reconhecimento da palavra falada através da decodificação dos movimentos orais do emissor.

Segundo Albres (2005, p. 32), na década de 1960, o oralismo sofreu várias críticas por não apresentar resultados satisfatórios: os surdos educados com este método não conseguiam uma comunicação plena com pessoas ouvintes, desenvolvendo uma fala mecânica. Assim, fica evidente o possível fracasso do método oralista, vigente no panorama mundial.

3.2. Comunicação Total

Com a repercussão da ineficiência do método, surge uma proposta de “misturar” o oralismo com a língua de sinais, surgindo o modelo misto denominado de Comunicação Total, trazendo o reconhecimento e valorização das línguas de sinais dos seus respectivos países. Somente em janeiro de 1981, com a Conferência Internacional “Surdez e o ano Internacional das Pessoas Deficientes”, o novo método é oficialmente implantado nas escolas de todo o mundo. Porém, no Brasil, o documento de 1979 continua sendo o oficial, apesar de algumas escolas brasileiras adotarem o novo método, muito discutido nos eventos universitários (ALBRES, 2005, p. 32).

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COMUNICAÇÃO TOTAL: É a filosofia que procura desenvolver todas as habilidades da comunicação. Tais como, a fala, a audição, os sinais, leitura, escrita e outros recursos. Aqui no Brasil e em outros países, a comunicação total usa muito o Bimodalismo.

BIMODALISMO: É a utilização simultânea das duas modalidades de língua: a oral-auditiva e a gestual-visual, misturando as duas línguas e deformando-as gramaticalmente.

CONCEITO

Vários autores publicados criticaram duramente essa modalidade mista, dizendo que o maior problema é a mistura de duas línguas, a língua portuguesa e a língua de sinais, resultando numa terceira modalidade que é o ‘português sinalizado’, essa prática recebe também o nome de ‘bimodalismo’ que encoraja o uso inadequado da língua de sinais, já que a mesma tem gramática diferente de língua portuguesa.

Para entender melhor como este método foi idealizado e implantado, vamos fazer a leitura de um trecho do artigo intitulado “História e Educação: o Surdo, a Oralidade e o uso de Sinais” das autoras Maria Cecília de Moura, Ana Claudia B. Lodi e Kathryn M. R. Harrison. Seu capítulo I destina-se a explanar sobre o método da Comunicação Total, suas origens e filosofia.

Leiam com atenção!

História e Educação: o Surdo, a Oralidade e o uso de Sinais

Maria Cecília de Moura Ana Claudia B. Lodi Kathryn M. R Harrison

[...]

Comunicação total

Na década de 60, a insatisfação com os resultados do trabalho de reabilitação dos surdos numa linha oralista era muito grande nos EUA.

Novos conhecimentos teóricos e a realização de pesquisas levaram a questionar o trabalho feito até aquele momento, pois este não levava ao desenvolvimento esperado de fala, leitura orofacial, desenvolvimento de linguagem e habilidades de leitura.

Estas pesquisas baseavam-se em comparações de filhos surdos de pais ouvintes (FSPO) com filhos surdos de pais surdos (FSPS). Os FSPS eram expostos à Língua de Sinais desde o nascimento e normalmente colocados em escolas oralistas. Os resultados mostraram que eles tinham melhor desempenho acadêmico em matemática, leitura e escrita, vocabulário, sem diferenças na leitura orofacial e na fala (Moores, 1978).

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Outro estudo de grande importância foi o de STOKOE em 1960 (SIGN LANGUAGE STRUCTURE), que estudando a Língua de Sinais provou que ela tinha valor linguístico semelhante às línguas orais, cumprindo as mesmas funções, com possibilidades de expressão a qualquer nível de abstração.

A partir do descontentamento com o desenvolvimento das crianças surdas, da “redescoberta” da Língua de Sinais, agora legitimada como língua e das pesquisas que demonstravam que crianças expostas a ela tinham um desenvolvimento melhor do que aquelas expostas só à oralidade, partiu-se para o desenvolvimento de uma nova forma de trabalho.

Esta nova abordagem, desenvolvida nos EUA, recebeu o nome de Comunicação Total. Ela não foi considerada somente como uma metodologia, mas “como uma filosofia que incorpora as formas de comunicação auditivas, manuais e orais apropriadas para assegurar uma comunicação efetiva com as pessoas surdas” (SCHINOLER, 1988).

A premissa básica é a utilização de toda e qualquer forma para se comunicar com a criança surda, sendo que nenhum método ou sistema particular deve ser omitido ou enfatizado. Para tanto, devem-se usar gestos naturais, AMESLAN (American Sign Language - Língua Americana de Sinais), alfabeto digital, expressão facial, tudo acompanhado com fala ouvida através de um aparelho de amplificação sonora individual. A ideia é usar qualquer forma que funcione para transmitir vocabulário, linguagem e conceitos de ideias entre o falante e a criança surda. O conceito fundamental é fornecer uma comunicação fácil, livre, de dois caminhos entre a criança surda e o seu ambiente mais próximo (NORTHERN & DOWNS, 1975).

Os Sinais retomavam, portanto, à educação do surdo. Não através da Língua de Sinais, que como veremos posteriormente, iniciou a sua incursão na educação do surdo somente na década de 80, mas de uma forma semelhante àquela utilizada por l’EpÉE & EOWARO GALLAUOET nos séculos XVIII e XIX. Os Sinais serviam para fazer com que a fala se tornasse visível, mas a estrutura usada era a da língua oral. Isto significa que tudo que é falado é acompanhado concomitantemente de Sinais, na estrutura da língua oral.

Ao mesmo tempo é realizado o treinamento em todos os aspectos, já mencionados no oralismo, para propiciar o desenvolvimento dos restos auditivos e da fala. A proposta inicial de se usar a Língua de Sinais (que será explicada de forma mais detalhada a seguir) foi abandonada e foram criados sistemas para representar melhor a língua oral.

Esta filosofia contentava as necessidades americanas de promover uma melhor educação e desenvolvimento para a criança surda, ao mesmo tempo em que a fala era contemplada. Não interessava para a política americana o fortalecimento de uma cultura dos surdos, cuja representação maior é a Língua de Sinais, pois o sistema de educação para surdos serve a uma instituição maior, que é quem estabelece as regras e as formas de trabalho.

Enquanto filosofia, a Comunicação Total pretendia que qualquer forma de comunicação fosse usada e aceita, sendo que a criança não seria discriminada por não dominar a oralidade. A comunicação que se mostrasse mais eficaz com a criança seria a escolhida (NORTHERN & DOWNS, 1975). Entretanto não foi isto que

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aconteceu. A oralidade continuou a ser o objetivo principal do trabalho.

Segundo SCHLESSINGER & MEADOW (SCHINDLER, 1988), o termo que melhor designa esta forma de atuação, para não entrarmos nas questões controvertidas de método ou filosofia, é o de Comunicação Bimodal.

A diferenciação que se pode fazer entre a Comunicação Total e a Comunicação Bimodal é que a primeira não se refere a uma técnica específica, desde que muitas formas de trabalho podem ser adotadas, mas a uma filosofia de trabalho que, na sua concepção original, privilegia a criança surda nas suas necessidades e aceita qualquer forma de comunicação da criança. Já a Comunicação Bimodal refere-se à forma pela qual a língua é apresentada à criança. É através da língua oral acompanhada de Sinais que se espera que a criança venha a desenvolver suas habilidades linguísticas, sendo feito todo um trabalho de aproveitamento de restos auditivos e de fala, como já descrevemos para a Comunicação Total. Ela não prega uma filosofia de aceitação da forma de comunicação da criança, mas o uso de uma técnica para facilitar o desenvolvimento da fala.

Disponível em:

http://www.salesianolins.br/areaacademica/materiais/posgraduacao/Educacao_Especial_Inclusiva/ Topicos_Especiais_Libras

O que achou da explanação? Observamos que o artigo traz um pensamento educacional de berço norte-americano. Então, fica claro que os métodos adotados no Brasil são de origens estrangeiras com a intenção de adaptá-los conforme a realidade social e linguística de cada região.

3.3 Bilinguismo

A educação pela modalidade Bilíngue é uma proposta de ensino na qual as escolas garantem, aos alunos surdos, o acesso a duas línguas no contexto escolar.

As pesquisas têm mostrado que essa proposta é a mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo em vista que considera a língua de sinais como primeira língua e a partir daí se passam para o ensino da segunda língua que é o português que pode ser na modalidade escrita ou oral (QUADROS et .al, 2001, p. 3).

A proposta do bilingüismo na educação de surdos, porém, almeja que o aluno escolarizado nesta perspectiva se torne, efetivamente, bilíngue, ou seja, saiba duas línguas ao final do ensino fundamental. Sobre este posicionamento, Goldfeld (1997, p. 38) afirma:

O Bilingüismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser Bilíngüe, ou seja deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e, como Segunda língua , a língua oficial de seu país(...)os autores

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ligados ao Bilingüismo percebem o surdo de forma bastante diferente dos autores oralistas e da Comunicação Total. Para os bilingüistas, o surdo não precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo assumir sua surdez..

Conforme Perlin; Strobel (2006, p. 24), na ideologia de bilinguismo as crianças surdas precisam ser postas em contato primeiro com pessoas fluentes na língua de sinais, sejam seus pais, professores ou outros.

Desde o final da década de 1990, o INES realiza cursos para capacitar os professores da educação especial a como trabalhar dentro da proposta bilíngue, fazendo, também, parcerias com consultores na área de Educação e Fonoaudiologia, adeptos da proposta.

Vejamos a explanação sobre o bilinguismo, publicada pelo INES, elaborada pela consultora Profª Drª Lorena Kozlowski:

A Proposta Bilíngüe não privilegia uma língua, mas quer dar direito e condições ao indivíduo surdo de poder utilizar duas línguas; portanto, não se trata de negação mas de respeito; o indivíduo escolherá a língua que irá utilizar em cada situação lingüística em que se encontrar. Esta proposta leva em consideração as características dos próprios surdos, incluindo a opinião dos surdos adultos com relação ao processo educacional da criança surda (KOZLOWSKI, 1998). As pesquisas recentes no campo da educação do surdo (DRASGOW, 1993) mostram a tendência para a educação bilingüe / bicultural da criança surda, na qual a língua de sinais é considerada a primeira língua da criança surda e a língua oral (na sua modadlidade oral e/ou escrita) a segunda língua. A participação ativa de adultos surdos na educação da criança surda é fundamental. Ele terá a função de transmitir a língua da comunidade surda, a língua de sinais. Desta forma, através do aprendizado da língua natural, que deve ser também a língua materna, a criança surda terá acesso aos processos que permitirão todo seu desenvolvimento lingüístico e cognitivo. O surdo adulto no momento que estabelece contato com a criança surda, estará transmitindo toda a base lingüística necessária para a aquisição de outras “línguas”. (KOZLOWSKI, 1995, p. 151).

Nos dias atuais, as metas governamentais incluem a obrigatoriedade da prática da proposta bilíngue em todas as escolas nacionais, para a educação de alunos surdos.

Agora, chegou o momento de, após a leitura, fazermos nossa reflexão para concluirmos o entendimento.

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Seção 1 – A história da Educação de surdos não é difícil de ser analisada. Vimos na seção 1, intitulada “Marcos históricos da educação de surdos no mundo, que a estrutura religiosa do Estado, á época, influenciou totalmente as concepções sobre surdez. Foram os religiosos, também, que iniciaram a educação formal de surdos no mundo.

Porém, nos séculos XVII e XVIII, as mudanças políticas e econômicas geraram um pensamento capitalista e o ensino passou a ser um instrumento de obtenção de lucro, para atender as necessidades comerciais. Assim, a educação especial e, consequentemente, a de surdos sofreu alguns golpes dentre os quais destacamos a proibição do uso das línguas de sinais.

Seção 2 - “Educação de surdos no Brasil”: vimos que o nosso Estado brasileiro adotou modelos europeus para iniciar os trabalhos educacionais com os surdos aqui “existentes”. Mas, inevitavelmente, acompanhou as resoluções mundiais sobre a educação de surdos, adotando, também, o oralismo.

Seção 3 – Ao estudarmos esta seção, “Métodos de ensino: oralismo, comunicação total e bilinguismo”, percebemos que, somente na década de 1990, o Brasil iniciou sua caminhada independente rumo às concepções sobre surdez e educação dentro dos centros acadêmicos, através de pesquisas financiadas. Após a tentativa de oferecer qualidade de ensino aos surdos, através de métodos como o Oralismo e Comunicação Total, atualmente estamos dentro de uma perspectiva inclusiva, com proposta de Educação Bilíngue para educação de surdos.

E você, o que conseguiu concluir após a leitura da aula?

Indicação de leitura complementar:

Sites

Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Disponível em:

www.ines.gov.br

Declaração de Salamanca. Documento disponível em: http://portal.mec.gov.br/

seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf

Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS. Disponível

em: www.feneis.com.br

Universidade Gallaudet . Disponível em: http://universidadegallaudet.blogspot.

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Filme

“Helen Keller: O Milagre Continua”

Título Original: Helen Keller: the miracle continue Genero: drama

Direção: Alan Gibson Lançamento: EUA – 1984

Descrição: relacionamento de uma professora cega, chamada Anne Sullivan, com sua aluna surda-cega, Helen Keller.

Este filme demonstra o rompimento de barreiras linguísticas, estruturais e do preconceito. Duas mulheres com deficiência no início do século XX. Mostra, também, o processo de identificação pela língua.

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___Referências Bibliográficas

ALBRES, Neiva de Aquino. História da Língua Brasileira de Sinais em Campo

Grande – MS. Disponível em: http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo15.

pdf Acesso em: 5 mai. 2012.

BORNE, Roseclélia Maria Malucelli. Representações dos surdos em relação

à surdez e implicações na interação social. Dissertação de mestrado da UTP,

Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Ensino de

língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica/Secretaria de

Educaçao Especial – Brasília: MEC/SEESP, 2002. 134 p.

COELHO, L. L. A Constituição do Sujeito surdo na cultura Guarani-Kaiowá: os processos próprios de interação e comunicação na família e na escola. Dissertação de Mestrado: UFGD/PPGEdu, 2011, 142 p.

GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997.

KOZLOWSKI, Lorena. O modelo bilíngue/bicultural na educação do surdo.

Distúrbios da comunicação. São Paulo, v. 7, n. 2, p. 147 – 156, dez. 1995. Distúrbios da comunicação, São Paulo, v. 7, n. 2, p.147 - 156, dez. 1995

LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.

MOURA, Maria Cecilia de. O surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter, Fapesp, 2000. p. 192-197.

PERLIN, Gladis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos. Curso de Licenciatura em Letras-Libras da UFSC, Santa Catarina, v. 1, n. 1, 2006, 66 p. Disponível em: <http://www.libras.ufsc.br/hiperlab/avalibras/moodle/ prelogin/adl/fb/logs/Arquivos/textos/fundamentos/Fundamentos%20da%20 Educa%E7%E3o%20de%20Surdos_Texto-Base.pdf> Acesso em: 5 mai. 2012.

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QUADROS, Ronice Müller de; LILLO-MARTIN, D. & MATHUR, G. O que

a aquisição da linguagem em crianças surdas tem a dizer sobre o estágio de infinitivos opcionais? Em Letras de Hoje. Curso de Pós-Graduação em Letras

da PUCRS, Porto Alegre, v. 36, n. 3, 2001, p. 391-398. Disponível em: < http:// www.ronice.cce.prof.ufsc.br/index_arquivos/Page484.htm>. Acesso em 05 mai. 2012.

SACKS, Oliver. Vendo Vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 196 p.

SKLIAR, Carlos. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998.

SOARES, Maria Aparecida Leite. A educação do surdo no Brasil. Campinas: Autores associados, 2005, 125 p.

WIDELL, Joanna As fases históricas da cultura surda. Revista GELES – Grupo de Estudos Sobre Linguagem, Educação e Surdez, nº 6, ano 5/ UFSC. Rio de Janeiro: Editora Babel, 1992.

Referências

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