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9390/2/21 REV 2 mdd/am/mjb 1 LIFE.2

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Conselho da União Europeia Bruxelas, 24 de junho de 2021 (OR. en) 9390/2/21 REV 2 PECHE 179 CODEC 814 Dossiê interinstitucional: 2018/0193(COD) NOTA de: Presidência para: Conselho

Assunto: Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO

CONSELHO que altera os Regulamentos (CE) n.º 1224/2009, (UE) n.º 768/2005, (CE) n.º 1967/2006, (CE) n.º 1005/2008 do Conselho e os Regulamentos (UE) 2016/1139 e (UE) 2017/2403 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita ao controlo das pescas

- Orientação geral

I. INTRODUÇÃO

1. Em 30 de maio de 2018, a Comissão apresentou a proposta em epígrafe ao Parlamento Europeu e ao Conselho1. A proposta foi apresentada ao Conselho (Agricultura e Pescas) em 18 de junho de 2018. Anteriormente, em 17 de outubro de 2017, o Conselho adotara conclusões sobre o Relatório Especial n.º 8/2017 do Tribunal de Contas Europeu

intitulado: “Controlo das pescas da UE: são necessários mais esforços”2.

1 doc. 9317/18 + ADD 1-3.

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2. O regime de controlo das pescas da União é definido principalmente em três regulamentos do Conselho: 1) relativo ao regime de controlo das pescas da União, de 2009 ("Regulamento Controlo")3; 2) relativo à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, de 20084; e 3) relativo à Agência Europeia de Controlo das Pescas (AECP), de 20195. Alguns outros regulamentos contêm regras específicas adicionais relativas ao controlo das pescas6.

3. A proposta da Comissão que altera estes regulamentos prevê a primeira grande revisão do regime de controlo das pescas da União desde a última reforma em 2009. A maior parte das alterações diz respeito à revisão do Regulamento Controlo. Os principais objetivos da proposta são os seguintes: 1) Alinhar o regime de controlo das pescas com a política comum das pescas (PCP) reformada7; 2) Estabelecer a coerência entre o controlo das pescas e outras políticas novas da União; 3) Assegurar um controlo das pescas mais eficaz e eficiente através de regras, procedimentos e instrumentos melhorados, simplificados e modernizados; e 4) Facilitar o desenvolvimento de uma cultura de cumprimento e o tratamento equitativo dos operadores ao nível da UE e nos Estados-Membros.

3 Regulamento (CE) n.º 1224/2009 do Conselho de 20 de novembro de 2009 que institui um regime de controlo da União a fim de assegurar o cumprimento das regras da Política Comum das Pescas (JO L 343

de 22.12.2009, p. 1).

4 Regulamento (CE) n.º 1005/2008 do Conselho, de 29 de setembro de 2008, que estabelece um regime comunitário para prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (JO L 286 de 29.10.2008, p. 1).

5 Regulamento (UE) 2019/473 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de março de 2019, sobre a Agência Europeia de Controlo das Pescas (JO L 83 de 25.3.2019, p. 18). A proposta da Comissão refere-se ao

antecessor desse regulamento de 2005, que foi substituído em 2019 (Regulamento (CE) n.º 768/2005 do Conselho, de 26 de abril de 2005, que estabelece uma Agência Comunitária de Controlo das Pescas (JO L 128 de 21.5.2005, p. 1).

6 Por exemplo, o Regulamento (CE) n.º 1967/2006, de 21 de dezembro de 2006, relativo a medidas de gestão para a exploração sustentável dos recursos haliêuticos no mar Mediterrâneo (JO L 409 de 30.12.2006, p. 11) e o Regulamento (UE) 2016/1139 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de julho de 2016, que estabelece um plano plurianual para as unidades populacionais de bacalhau, de arenque e de espadilha do mar Báltico e para as pescarias que exploram essas unidades populacionais (JO L 191 de 15.7.2016, p. 1).

7 Os objetivos e os princípios da PCP são definidos no Regulamento (UE) n.º 1380/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 354 de 28.12.2013, p. 22).

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4. O Comité Económico e Social Europeu emitiu o seu parecer em 12 de dezembro de 20188. O Comité das Regiões Europeu decidiu, em 1 de outubro de 2018, não emitir parecer.

5. O Parlamento Europeu adotou alterações à proposta da Comissão em 11 de março de 2021 e reenviou a questão para o Comité PECH, a fim de se procederem às negociações interinstitucionais.9

6. O Grupo da Política Interna e Externa das Pescas (a seguir designado por "Grupo") analisou a proposta nas reuniões realizadas entre 26 de julho de 2018 e 30 de janeiro de 2020. Para facilitar os trabalhos sobre o extenso texto jurídico e preparar um compromisso, a proposta foi dividida em quatro blocos.

7. Com base nos debates realizados no Grupo e nas videoconferências informais dos membros do Grupo da Política Interna e Externa das Pescas, as Presidências croata e alemã apresentaram compromissos sobre os blocos 1 e 2 e parte do bloco 310 e realizaram progressos importantes na elaboração de um compromisso sobre as

disposições constantes desses blocos. A Presidência croata prestou informações sobre os progressos alcançados durante o primeiro semestre de 2020 na videoconferência

informal dos ministros da Agricultura e das Pescas de 29 de junho de 202011. O Coreper debateu o relatório intercalar da Presidência alemã em 25 de novembro de 202012.

8 doc. 9492/19.

9 Alterações adotadas pelo Parlamento Europeu em 11 de março de 2021 relativas à proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o Regulamento (CE) n.º 1224/2009, (UE) e os Regulamentos (CE) n.º 768/2005, (CE) n.º 1967/2006 e (CE) n.º 1005/2008 do Conselho e o Regulamento (UE) 2016/1139 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita ao controlo das pescas (COM(2018)0368 – C8--0238/2018 – 2018/0193(COD)), P9_TA(2021)0076.

10 Dos docs. WK 5173/2020 REV 1 e o WK 10304/2020 REV 1 constam as últimas propostas de compromisso durante as Presidências croata e alemã.

11 doc. 8729/20 e WK 7083/2020.

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8. Durante a atual Presidência, os trabalhos incidiram sobre os blocos 3 e 4 da proposta e sobre a resolução das questões pendentes nos blocos 1 e 2. Com base nos debates realizados no Grupo e nas videoconferências informais dos membros do Grupo, a Presidência apresentou em primeiro lugar um compromisso sobre toda a proposta para análise na videoconferência informal de 29 de abril dos membros do Grupo13. Na sequência dessa reunião, a Presidência apresentou uma primeira versão revista do seu compromisso, que foi analisada pelo Grupo em 20 de maio14. Embora numerosas delegações tenham manifestado o seu apoio a essa versão revista, várias delegações continuaram a manifestar preocupações acerca de disposições específicas.

9. Com base nas observações formuladas pelas delegações, a Presidência apresentou uma segunda versão revista do seu compromisso, que foi analisada pelo Grupo em

3 de junho15. A maioria das delegações apoiou este segundo compromisso revisto, sob reserva de uma alteração. O texto alterado consta da ADD 1 à presente nota. Algumas delegações observaram que determinadas disposições do compromisso as impediam de dar o seu pleno apoio.

II. COMPROMISSO DA PRESIDÊNCIA COM VISTA A UMA ORIENTAÇÃO GERAL

10. O compromisso da Presidência engloba toda a proposta da Comissão, com exceção dos considerandos, que não foram debatidos em profundidade. Estes considerandos e o aditamento de novos considerandos, especialmente para clarificar o âmbito de algumas disposições, serão abordados numa fase posterior e refletirão os resultados das

negociações com o Parlamento sobre o articulado. Relativamente a algumas

disposições, as sugestões relativas aos considerandos são mencionadas em notas de rodapé no compromisso da Presidência.

11. O compromisso da Presidência foi elaborado com base nos debates do Grupo e nas videoconferências informais dos membros do Grupo, bem como em numerosas

observações das delegações, formuladas por escrito, e em amplos contactos bilaterais. A Presidência considera que o compromisso exprime o melhor equilíbrio possível entre as posições de todas as delegações e constitui uma muito boa base para futuros debates com o Parlamento Europeu.

13 WK 5389/2021.

14 WK 5389/2021 REV 1.

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12. O compromisso da Presidência propõe um grande número de alterações à proposta da Comissão. As alterações mais pertinentes dizem respeito aos seguintes pontos (todas as referências dizem respeito a artigos do Regulamento Controlo e são geralmente

apresentadas pela ordem de apresentação dos artigos desse regulamento):

a) Controlo das pequenas embarcações com algumas simplificações e uma

isenção limitada (artigos 9.º, 14.º, 15.º e novo 15.º-AA)

Tal como na proposta da Comissão, o compromisso da Presidência prevê que as

pequenas embarcações sejam sujeitas a obrigações em matéria de utilização de sistemas de localização dos navios por satélite (VMS) e de instrumentos de informação por via eletrónica, como o diário de pesca eletrónico. Contudo, a pedido de várias delegações, que manifestaram preocupações quanto à proporcionalidade dessas regras, o

compromisso prevê algumas simplificações para embarcações de comprimento inferior a 12 metros, para a utilização do VMS e dos instrumentos de informação por via

eletrónica (artigos 9.º, n.º 3, 14., n.º 2, alínea d) e 15.º, n.º 2)) e uma isenção limitada da obrigação de utilizar o VMS para algumas embarcações de comprimento inferior a 9 metros, sob reserva de condições estritas (artigo 9.º, n.º 3-A e n.º 3-B). A fim de facilitar a introdução do VMS e de instrumentos eletrónicos para as frotas da pequena pesca, a Comissão elaborará sistemas a nível da União a pedido de um ou mais Estados--Membros (novo artigo 15.º-AA).

O Parlamento Europeu apoia simplificações para embarcações de comprimento inferior a 12 metros no caso dos diários de pesca eletrónicos.

A Presidência considera que o texto de compromisso representa um justo equilíbrio entre as diferentes posições dos Estados-Membros. O texto reforça o controlo das frotas da pequena pesca e cria condições de concorrência equitativas entre os diferentes segmentos de frota e em todos os Estados-Membros, prevendo simultaneamente um número limitado de simplificações e isenções justificadas.

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b) Monitorização eletrónica à distância para controlar a obrigação de

desembarcar (novo artigo 13.º)

Tal como na proposta da Comissão, o compromisso da Presidência estabelece regras para o controlo da obrigação de desembarcar. Em vez de incidir sobre a videovigilância (TVCF), tal como proposto pela Comissão (artigo 25.º-A), o compromisso da

Presidência introduz sistemas de monitorização eletrónica à distância (REM), que poderão consistir em vários instrumentos, como sensores e TVCF, dependendo da evolução técnica (novo artigo 13.º). Os navios de captura de comprimento de fora a fora igual ou superior a 24 metros, que representem um risco grave de não cumprimento da obrigação de desembarcar, têm de estar equipados com sistemas REM. Está previsto que os Estados-Membros participem na avaliação do risco e da igualdade de acesso aos dados por parte dos Estados-Membros de pavilhão e dos Estados-Membros costeiros responsáveis pelo controlo. O compromisso contém igualmente várias garantias relativas à proteção do direito à vida privada, em especial no caso da utilização da videovigilância (artigos 13.º, 3.º, alínea b) e 112.º, n.º 3, alínea b)).

O Parlamento Europeu prevê a utilização da videovigilância em embarcações de comprimento igual ou superior a 12 metros que apresentem um elevado risco de não cumprimento. Também introduz um sistema baseado em incentivos e a utilização obrigatória da videovigilância em caso de recidiva.

O compromisso da Presidência reflete a abordagem preferida da esmagadora maioria dos Estados-Membros, assegurando a sua participação no processo de determinação das categorias de navios em causa, do acesso aos dados e do cumprimento das regras da União em matéria de proteção de dados pessoais. Ao contrário do Parlamento, o

compromisso da Presidência prevê o instrumento REM exclusivamente como elemento de controlo e não como sanção.

c) Margem de tolerância no diário de pesca (artigo 14.º, n.º 4, e novos n.º 4-A e n.º 4-B)

O compromisso da Presidência altera consideravelmente a proposta da Comissão relativamente às regras sobre a margem de tolerância entre as estimativas das capturas registadas no diário de pesca e as quantidades resultantes da pesagem. Para além de introduzir uma exceção para pequenas quantidades de capturas (50 kg ou menos, artigo 14.º, n.º 4), o compromisso prevê uma maior margem de tolerância para

determinadas pescarias (pequenos pelágicos e espécies industriais, espécies similares e pescarias mistas não separadas, artigo 14.º, n.º 4-A e n.º 4-B), a fim de fazer face a dificuldades específicas na estimativa das quantidades de capturas nessas pescarias.

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O Parlamento Europeu prevê igualmente regras especiais sobre a margem de tolerância para certas pescarias, com algumas diferenças em relação ao Conselho no que diz respeito ao âmbito de aplicação exato.

A Presidência considera que o compromisso vai ao encontro de preocupações muito importantes de várias delegações e, de um modo geral e tendo em conta todo o compromisso, propõe uma solução aceitável para a grande maioria dos Estados--Membros.

d) Controlo da potência do motor (artigos 39.º e novo 39.º-A)

Ao contrário da proposta da Comissão, o compromisso da Presidência estabelece que a obrigação de equipar os navios com dispositivos permanentemente instalados para medir a potência do motor só se aplica a embarcações com artes de arrasto cujos

motores excedam os 221 kW e que representem um sério risco de não cumprimento das regras da PCP relativas à potência do motor. Os Estados-Membros realizam

conjuntamente a avaliação dos riscos em cooperação com a AECP. O compromisso permite igualmente regularizar a potência do motor, desde que sejam respeitados determinados critérios (novo artigo 39.º, n.º 2-A).

O Parlamento Europeu está mais perto da proposta da Comissão e prevê igualmente a utilização obrigatória de dispositivos de monitorização da potência do motor na sequência de infrações cometidas pelo operador.

A Presidência considera que o compromisso reflete as preferências da esmagadora maioria das delegações e propõe uma solução proporcionada que garante um elevado nível de controlo sempre que necessário.

e) Dois novos capítulos: Regionalização (novo artigo 46.º-A) e Pescas sem navio

de pesca (novo artigo 54.º-D)

Com base no pedido explícito de algumas delegações, o compromisso da Presidência introduz um novo capítulo sobre medidas de controlo regionais. Este capítulo constitui a base para a adoção de atos delegados da Comissão, com base numa recomendação comum apresentada em conformidade com as regras estabelecidas no Regulamento PCP16, para complementar o Regulamento Controlo com medidas de controlo regionais específicas.

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O compromisso da Presidência prevê igualmente um novo capítulo sobre o controlo das pescas sem navio de pesca, como a pesca em terra, e alarga determinadas regras de controlo a essas pescarias, como a rastreabilidade dos produtos. Pretende-se assim assegurar um certo grau de igualdade entre os operadores que pescam com ou sem navios, assegurando simultaneamente que as regras são proporcionais ao impacto relativo dessas pescarias nos recursos marinhos.

O Parlamento Europeu segue a mesma abordagem no que diz respeito à pesca sem navio.

A Presidência regista que a inclusão de ambos os novos capítulos é apoiada pela esmagadora maioria das delegações.

f) Pesca recreativa (artigo 55.º)

O compromisso da Presidência introduz alterações importantes na proposta da

Comissão, assegurando simultaneamente o necessário controlo das atividades de pesca recreativa. Em vez de prever um sistema geral de registo e licenciamento para a pesca recreativa, exige que os Estados-Membros garantam apenas o registo — e a

comunicação das capturas — no caso de espécies sujeitas a medidas de conservação específicas, como limites de capturas para os pescadores recreativos.

O Parlamento Europeu introduz alterações à proposta da Comissão que não vão tão longe.

A Presidência regista que o texto de compromisso, que toma em consideração as preocupações específicas dos Estados-Membros com uma forte tradição de pesca recreativa, tem o apoio da grande maioria das delegações.

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g) Rastreabilidade (artigo 58.º)

A proposta da Comissão estabelece regras para a rastreabilidade dos produtos de pesca e da aquicultura frescos e transformados. Devido a preocupações manifestadas por um grande número de delegações quanto a duplicações e incoerências com a legislação alimentar geral, o compromisso da Presidência limita-se aos produtos frescos (artigo 58.º, n.º 9). Estabelece regras pormenorizadas sobre a marcação dos lotes no Regulamento Controlo, em vez de atos de execução, e sobre a manutenção de registos (artigo 58.º, n.º 5-A e n.º 6-A). O compromisso não impõe a obrigação de utilizar um sistema digital para a rastreabilidade dos produtos (artigo 58.º, n.º 6-B).

O Parlamento Europeu pretende regulamentar a rastreabilidade dos produtos transformados no Regulamento Controlo.

A Presidência regista que as opiniões das delegações têm divergido consideravelmente no que diz respeito a elementos específicos da disposição relativa à rastreabilidade. Com base em numerosos comentários e debates, considera que o compromisso traduz as preferências da grande maioria das delegações, embora, na medida do possível, tenha em conta os pontos de vista de todas as delegações.

h) Pesagem de produtos da pesca (artigo 60.º)

O compromisso da Presidência recupera as derrogações atualmente em vigor relativas à pesagem dos produtos da pesca ao desembarcar, que deixaram de constar da proposta da Comissão.

O Parlamento Europeu segue uma abordagem muito semelhante.

A Presidência considera que existe um amplo apoio entre as delegações para manter essas derrogações.

i) Revisão do sistema de sanções (artigos 90.º a 93.º e anexos III e IV)

Com base num grande número de comentários e de intensos debates no Grupo e em videoconferências informais dos membros do Grupo, o compromisso da Presidência propõe várias alterações à proposta da Comissão. O compromisso:

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• prevê a possibilidade de recorrer a sanções administrativas e/ou penais, em vez de recorrer apenas a sanções administrativas (artigo 89.º-A, n.º 1, e artigo 91.º-A, n.º 5);

• sugere que se limite o número de infrações que, pela sua natureza intrínseca, sejam graves e que se alargue a lista de infrações graves por decisão das

autoridades competentes dos Estados-Membros com base em critérios uniformes estabelecidos no Anexo IV (artigo 90.º, n.º 2 e n.º 3);

• propõe um Anexo IV novo e estruturado de forma diferente, com critérios claros para cada infração, cuja gravidade deve ser determinada;

• não prevê sanções financeiras administrativas mínimas (artigo 91.º-A, n.º 1); e

• prevê que os pontos atribuídos por infrações graves sejam transferidos para futuros titulares das licenças, em caso de venda do navio ou da licença (artigo 92.º, n.º 3).

Com exceção da previsão de sanções administrativas e/ou penais, a abordagem adotada e as alterações específicas propostas pelo Parlamento Europeu diferem das estabelecidas no texto de compromisso.

A Presidência considera que o compromisso proposto exprime a via a seguir preferida pela esmagadora maioria das delegações, embora também, na medida em que a abordagem escolhida o permite, tenha em conta as preferências de determinadas delegações que teriam preferido seguir uma abordagem diferente, em especial no tocante ao anexo IV. Apesar das numerosas alterações inseridas na proposta da

Comissão, o compromisso facilita a consecução de um sistema de sanções mais eficaz e equitativo.

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j) Deduções e ajustamentos das quotas (novos artigos 105, n.º 2-A e n.º 3-A, e novo artigo 107.º-A)

Em resposta às preocupações concretas de algumas delegações, o compromisso da Presidência inclui duas novas disposições para fazer face às consequências da sobrepesca por parte de um ou mais Estados-Membros ao abrigo de acordos

internacionais. As novas disposições preveem que a Comissão proceda a deduções da quota do Estado-Membro que tenha pescado em excesso (artigo 105.º, n.º 2-A e n.º 3-A) no mesmo prazo que as deduções aplicáveis no âmbito desses acordos, e que o

Conselho ajuste as possibilidades de pesca dos Estados-Membros que não pescaram em excesso, para que estes não tenham de suportar as consequências negativas da

sobrepesca por outros Estados-Membros (artigo 107.º-A).

A Presidência regista que as novas disposições, que abordam um tema importante e atualmente não regulamentado, recolhem o amplo apoio das delegações.

k) Início diferido da aplicação das disposições (artigo 9.º, n.º 7, artigo 14.º, n.º 8.º-A, artigo 54.º-D, n.º 3, e vários outros artigos)

Embora a proposta da Comissão preveja que o regulamento de alteração comece a ser aplicado 24 meses após a sua entrada em vigor, o compromisso da Presidência prevê que várias disposições específicas, em especial as relativas à pequena pesca e que exigem ajustamentos importantes nos Estados-Membros, como o VMS e o diário de bordo eletrónico, e as que introduzem alterações importantes ou regras completamente novas, como as relativas às pescarias sem navio de pesca, começam a ser aplicadas 48 meses após a entrada em vigor (artigo 9.º, n.º 7, artigo 14.º, n.º 8-A, e artigo 54.º-D, n.º 3).

O Parlamento Europeu prevê igualmente o início diferido da aplicação de numerosas disposições (48 meses após a entrada em vigor).

A Presidência considera que o início da aplicação por fases, tal como estabelecido no compromisso da Presidência, espelha o desejo da grande maioria das delegações e permitirá preparar adequadamente a implementação do regime de controlo reformado.

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13. Em 16 de junho de 2021, o Coreper apoiou o compromisso da Presidência relativo a uma orientação geral sobre o regulamento que altera vários regulamentos no que respeita ao controlo das pescas, estabelecido na adenda 1 à presente nota

(doc. 9390/2/21 REV 2 ADD 1). A delegação espanhola indicou que emitiria uma declaração. Essa declaração foi distribuída na adenda 2 à presente nota (doc. 9390/2/21 REV 2 ADD 2).

III. CONCLUSÕES

14. Convida-se o Conselho a adotar a orientação geral relativa ao regulamento que altera vários regulamentos no que respeita ao controlo das pescas, estabelecido na adenda 1 à presente nota (doc. 9390/2/21 REV 2 ADD 1).

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