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Wagner Menezes (Coordenador)

DIREITO INTERNACIONAL

Anais do 9º Congresso Brasileiro de Direito Internacional

Brasília / DF

2011

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos PESQUISADORES que participaram da presente obra e contribuíram para o amadurecimento do Direito Internacional no país;

à CAPES pelo indispensável apoio na publicação da presente obra;

à ITAIPU pelo apoio incondicional em todos esses anos;

à AGENCIA MITZ na pessoa de seu Diretor Ricardo Bernardo dos Santos, pela dedicação e comprometimento;

à todos que trabalharam pela organização e realização do livro.

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DEDICATÓRIA

A presente obra é dedicada à trajetória acadêmica do professor Antonio Paulo Cachapuz de Medeiros.

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ANTONIO PAULO CACHAPUZ DE MEDEIROS – BIOGRAFIA

O Professor Antonio Paulo Cachapuz de Medeiros nasceu em Uruguaiana, no Estado do Rio Grande do Sul e é Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1975), Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1983) e Doutor em Direito, com louvor e distinção, pela Universidade de São Paulo (1995).

Ingressou no magistério no ano de 1976 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul onde venceu todas as etapas da carreira do magistério superior. Hoje é Professor Titular daquela Universidade (em licença). Lecionou como Professor Titular no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores.

É Professor Titular da Universidade Católica de Brasília, onde no ano de 2000 fundou e foi o primeiro Diretor do Programa de Mestrado em Direito Internacional Econômico da referida instituição. É Professor do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), no qual formou parte do grupo de professores que organizaram e fundaram o Programa de Mestrado em Direito das Relações Internacionais.

Exerce o cargo de Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores desde 1998, e a convite do Itamaraty já chefiou vinte e nove delegações diplomáticas brasileiras a conferências internacionais. Foi agraciado pelo Governo brasileiro com a Ordem do Rio Branco, no grau de Grande Oficial.

No nível bilateral, chefiou as delegações diplomáticas brasileiras que negociaram o Tratado de

Amizade, Cooperação e Consulta entre o Brasil e Portugal. Em virtude deste trabalho, recebeu do Governo

da República Portuguesa a Grã-Cruz do Infante Dom Henrique. Teve ativa participação nas negociações do

Acordo entre o Brasil e a Santa Sé sobre o Estatuto da Igreja Católica no Brasil. Após a ratificação do

Acordo, recebeu da Santa Sé a Ordem de São Gregório Magno. Foi Membro do Conselho Seccional da

OAB/RS e exerceu a presidência do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul entre 1986 e 1989. É

membro da Corte Permanente de Arbitragem da Haia, membro do Conselho de Administração do

UNIDROIT (Roma), Presidente do Tribunal Administrativo-Trabalhista da ALADI, Juiz do Tribunal

Administrativo-Trabalhista do MERCOSUL e advogado. Tem experiência na área de Direito e de Relações

Internacionais, com ênfase em Direito Internacional Público e Privado, atuando principalmente nos

seguintes temas: tratados internacionais, direito internacional econômico, direito comparado, direito

internacional penal, direito constitucional e política externa.

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APRESENTAÇÃO

____________________________________________________________________

Apresento a presente edição dos anais no congresso em modelo digital, uma nova ferramenta que utilizamos para publicar trabalhos classificados para o 9º Congresso Brasileiro de Direito Internacional‖ e a cada edição é como se obtivéssemos uma nova vitória diante de um grande desafio, pois quando iniciamos a organização do congresso e abrimos o edital para chamada de artigos não sabemos exatamente até quando conseguiremos sustentar sua publicação. Para nossa alegria é crescente a participação através do envio de artigos.

Os Anais em formato digital são a face mais nítida do Congresso que historicamente se consolidou como o mais importante e denotado acontecimento do gênero no Brasil, apresentando nesses nove anos números expressivos, tendo tido a participação de mais de 8.000 expectadores, foram apresentadas mais de 2.500 palestras, além de ter sido um foro para discussões acadêmicas, encontros de pesquisadores, lançamento de obras, estabelecimento de parcerias, formulação de propostas e novas teorias.

Portanto, a edição do presente trabalho é uma aventura contada ao longo desses noves anos em que publicamos essa coletânea, nesse tempo, muitas transformações aconteceram: Surgimento de novos instrumentos de publicação, o crescimento exponencial de artigos de boa qualidade. Hoje chegar a conclusão de mais uma publicação é, sem dúvida, uma tarefa árdua e tenaz, que demanda muita dedicação e tolerância, e que por isso é motivo de júbilo.

O que nos mantém dedicados a publicação desta coletânea é a essência fundamental da obra e o idealismo que lhe permeia, como uma edição não comercial, mas de fomento de pesquisa, de incentivo ao desenvolvimento de novas teses, ou o caminho para divulgação de idéias, e certamente tornou-se referência de pesquisa avançada no estudo do Direito Internacional no Brasil e instrumento indispensável, nas mais completas bibliotecas jurídicas do país. Certamente será sempre uma referencia histórica como retrato de um tempo, de uma realidade que representa a leitura contemporânea da percepção da academia sobre temas de Direito Internacional.

A presente obra vocaliza o que de mais moderno está sendo discutidos nas universidades brasileiras sobre o Direito Internacional e reproduz as pesquisas realizadas sobre o tema nos cursos de graduação, pós-graduação e nas instituições de pesquisa. O corpo de autores é formado por já destacados e conhecidos doutrinadores e jovens promissores pesquisadores, professores, profissionais que trabalham com o tema, dentre os mais robustos artigos selecionados pelo comitê editorial.

O Direito internacional contemporâneo passa por profundas transformações onde se intensificam

as abordagens sobre as suas diversas ramificações temáticas, alargando seus campos de análise sistêmica,

não possuindo fronteiras definidas entre suas linhas temáticas, entre o público e o privado, o nacional o

transnacional, o internacional o global e o universal. Obviamente não enxergamos tal fenômeno como um

processo de fragmentação do Direito Internacional, como resultado de um conjunto de acontecimentos que

possibilitou o surgimento de ―regimes‖ ou de ―microssistemas‖, na realidade a unidade sistêmica do Direito

Internacional continua imutável e não foi quebrada, o que ocorre é um processo dinâmico de ampliação do

seu núcleo temático através de uma ―pluralização endógena‖ em que novos campos que compõem a agenda

internacional passam a ser regulamentados e disciplinados sistemicamente no corpo do Direito

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Internacional, regulado por seus princípios, fontes e por seus mecanismos de resolução de conflitos e de balizamento normativo.

Nesse sentido, o presente volume é a representação das pesquisas e estudos de Direito Internacional no país e possui uma diversidade de perspectivas de novas e inovadoras abordagens, a temática central que norteia a presente obra é voltada para análise da efetividade e a institucionalização do Direito Internacional, com enfoque sobre o papel das instituições no desenvolvimento e na eficácia do Direito Internacional..

Neste volume poderão ser encontrados textos de vários pesquisadores vinculados a diversas instituições de ensino e pesquisa e que tratam com diferentes enfoques os mais variados temas relacionados ao Direito Internacional contemporâneo, público, privado e do comércio.

É a diversidade dos temas que representa o mérito da obra, aberta, democrática, reflexiva, permitindo ao leitor uma perspectiva ampla e rica de vários assuntos ligados ao Direito Internacional. Ao visitar os diversos artigos, vai-se permitir que o leitor tenha uma visão bastante completa e aprofundada de temas contemporâneos que inquietam os pesquisadores.

Além dessas referências, cabe ressaltar outra importância fundamental da obra, esta edição dos

―Estudos do Direito Internacional‖ foi organizada em homenagem ao professor ANTONIO PAULO CACHAPUZ DE MEDEIROS, professor universitário em cursos de pós-graduação, professor formador dos diplomatas brasileiros no Instituto Rio Branco, e consultor jurídico do Itamaraty, sendo o responsável pela boa manutenção e condução dos acordos internacionais celebrados pelo país nas ultimas gestões governamentais.

Atributos como a firmeza de princípios e a seriedade acadêmica, inatos aos grandes professores, tornaram o professor CACHAPUZ um dos grandes nomes do Direito Internacional contemporâneo no Brasil, e hoje é a maior referência do direito dos Tratados, além de que, com seus pareceres e posicionamentos críticos e equilibrados, é o responsável pela consolidação do mais alto nível acadêmico em exercício na consultoria jurídica do Itamaraty, e também responsável por velar pela aplicação e observância pelo Estado brasileiro do Direito Internacional.

Por isso, a Academia tem no professor ANTONIO PAULO CACHAPUZ DE MEDEIROS uma referência, e a certeza de estar bem representada e certa de que o Ministério das Relações Exteriores conta com um legítimo representante em seus quadros e se orgulha do seu trabalho. Este gesto de gratidão que ora se apresenta é por isso oportuno em razão da inestimável contribuição concreta e efetiva ao Direito Internacional no Brasil e a toda a academia, a quem com suas lições, pareceres e postura o professor CACHAPUZ sabiamente orienta. A homenagem ao professor denota o comprometimento do congresso com a honestidade acadêmica, com a intelectualidade verdadeira, com o comprometimento científico e com a firmeza de princípios e ideais.

Enfim, a presente obra mantém vivo um já consagrado conjunto de volumes que são o que de mais moderno tem-se discutido nas Universidades e nos cursos de pós-graduação no Brasil em matéria de Direito Internacional, e que por tudo que representa é uma vitória da honestidade, da dedicação, do idealismo, da perseverança e comprometimento com a ciência e com o pensar.

Esta nova publicação dos Anais em modo digital consagra o sempre vivo ideal do direito como

instrumento de pacificação social e de construção de uma comunidade, pautada pelo respeito aos direitos,

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agora, mais do que nunca com a nitidez da construção de uma comunidade Humana universalista, constituída por uma comunidade de povos, sob o império e a égide do direito.

Professor Wagner Menezes

Organizador

Brasil, Primavera de 2011.

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9 SUMÁRIO

ADEMAR POZZATTI JUNIOR - ARBITRAGEM E INTEGRAÇÃO REGIONAL. O PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DOS LAUDOS ARBITRAIS COMERCIAIS NO ÂMBITO DO MERCOSUL...18 AGATHA BRANDÃO DE OLIVEIRA E VALESCA RAIZER BORGES MOSCHEN - O FUNDAMENTO DA AUTONOMIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA ARBITRAL E A

“EXTENSÃO” DE SUA EFICÁCIA NOS GRUPOS SOCIETÁRIOS E CONTRATUAIS ...277 ALAN ENNSER - ARBITRAGEM INTERNACIONAL E O PODER JUDICIÁRIO...37 ALEXANDRE GARRIDO DA SILVA, KAROLINE FERREIRA MARTINS, RUAN ESPÍNDOLA FERREIRA - A INFLUÊNCIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS NO SURGIMENTO DAS TEORIAS DIALÓGICAS: UM ESTUDO SOBRE OS MODELOS CANADENSE E ISRAELENSE. ...52 ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA - DIREITO INTERNACIONAL ECONÔMICO E O DIREITO DO MAR: O BRASIL E A EXPANSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL BRASILEIRA...62 CAROLINA SOARES HISSA E ALEXSANDRO RAHBANI ARAGÃO FEIJÓ - POLÍTICAS PROTECIONISTAS E DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE BRASIL E EUA: A QUESTÃO DO ALGODÃO...72 ANA CLÁUDIA COSTA COELHO BATISTA - INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL. ...82 ANA KARINA TICIANELLI MÖLLER E TÂNIA LOBO MUNIZ - ESTADO E MEIO AMBIENTE:

CONSIDERAÇÕES SOBRE +O DESENVOLVIMENTO E A SUSTENTABILIDADE NA PÓS-

MODERNIDADE...95

ANA LUIZA BECKER SALLES E PAULO POTIARA DE ALCÂNTARA VELOSO -

JURISDIÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE INVESTIMENTOS: O ICSID...104

ANA PAULA DA CUNHA - OS DIREITOS HUMANOS NO GOVERNO LULA: EM BUSCA DE

SOFT POWER. ...114

ANDRÉIA ROSENIR DA SILVA - O ESTUDO DE GÊNERO NAS RELAÇÕES

INTERNACIONAIS E A ONU MULHERES NO BRASIL...123

ANDREY JOSÉ TAFFNER FRAGA E DRA. PATRÍCIA LUIZA KEGEL - RECONHECIMENTO

DA NACIONALIDADE ITALIANA AOS DESCENDENTES DE IMIGRANTES TRENTINOS NO

BRASIL...131

ANDRÉ PIRES GONTIJO e KACCIA BEATRIZ ALVES MARQUEZ - A “ILUSÃO MUNDIAL”: OS

ESTUDOS JURÍDICOS COMPARATIVOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO

...139

ANDRÉ PIRES GONTIJO e KALINDE VON LOHRMANN

-

A POSSIBILIDADE DE

DERROGAÇÃO DE JUS COGENS E SEU VALOR NORMATIVO NO PLANO

INTERNACIONAL... ...148

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ANDRÉIA COSTA VIEIRA - A INSTITUCIONALIZAÇÃO E JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: UM ESTUDO DA DEFESA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA OMC... ...155 ANTONIO JOSÉ IATAROLA E LUÍS RENATO VEDOVATO - NACIONALIDADE E CIRCULAÇÃO DE PESSOAS PELO MUNDO... ...166 BETHÂNIA ITAGIBA AGUIAR ARIFA - O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E A ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA... ... ...176 BRUNA MOZINI GODOY E CHRISTIAN EDUARDO MENIN - BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL: BRICS E UMA NOVA PERSPECTIVA PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS... ... ...186 BRUNO ALMEIDA E EMÍLIA LANA DE FREITAS CASTRO - OS CONTRATOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM ENERGIA E AS CLÁUSULAS DE ESTABILIDADE ...195 CAMILLA CAPUCIO - MULTILATERALISMO, REGIONALISMO E UNIDADE NO DIREITO INTERNACIONAL: REVISITANDO A CONTROVÉRSIA DOS PNEUS ENVOLVENDO O BRASIL NO MERCOSUL E NA OMC... ...204 CARLA DANTAS - A EXECUÇÃO FORÇADA NO BRASIL DAS SENTENÇAS DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS DE CARÁTER PECUNIÁRIO...217 CARLOS ALBERTO DI LORENZO - MERCOSUL E O DIREITO TRABALHISTA: A NECESSIDADE DE HARMONIZAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO...233 CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA MORAES E THIAGO CARVALHO BORGES - A COMPETÊNCIA DA ONU PARA REGULAR QUESTÕES COMERCIAIS...242 CAROLINA KOSCHDOSKI DE SOUZA E PAULO EMILIO VAUTHIER BORGES DE MACEDO - A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMO CONFLITO DE DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL: O CASO DAS PAPELERAS...250

CAROLINA PEREIRA NEVES E HELOÍSA ASSIS PAIVA - AS INTERVENÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS: A DITADURA NA LÍBIA ...263

CATARINA DACOSTA FREITAS E PAULA WOJCIKIEWICZ ALMEIDA - AS LACUNAS DE

PROTEÇÃO DOS IMIGRANTES NO ÂMBITO DA OEA: A CONTRIBUIÇÃO DA CIDH E DA

CORTE IDH...274

CHIARA ANTONIA SOFIA MAFRICA BIAZI - LIBERDADE RELIGIOSA E SECULARISMO EM

CONFRONTO NA CORTE EUROPEIA DOS DIREITOS HUMANOS: O CASO SAHIN CONTRA

TURQUIA...286

CYNTHIA SOARES CARNEIRO - A IMPORTÂNCIA DOS TRIBUNAIS COMUNITÁRIOS SUL-

AMERICANOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO DIREITO DE INTEGRAÇÃO E DO DIREITO

INTERNACIONAL PRIVADO...296

DANIELE CASSIOLA BOZZA - O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E A EFETIVIDADE NA

PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: APONTAMENTOS SOBRE A QUESTÃO AFRICANA

...307

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DANIELE MARANHÃO COSTA - CONSTITUCIONALISMO GLOBAL DOS DIREITOS HUMANOS...322 DEISE FAUTH ARIOTTI - A APLICABILIDADE DAS CONVENÇÕES DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO...328 DEO CAMPOS DUTRA - A CONVENÇÃO DA HAIA SOBRE COBRANÇA DE ALIMENTOS DE 2007: ASPECTOS FUNDAMENTAIS NUMA PERSPECTIVA DA DOUTRINA BRASILEIRA E AMERICANA. DEO CAMPOS DUTRA...334 DIEGO CARLOS BATISTA SOUSA E SILVANO DENEGA SOUZA - CONSTRUINDO A INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL: NOVAS PERSPECTIVAS COM A UNASUL...348 ERIKA MAEOKA - O DEVER DE JUSTIÇA INTERNA: A ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS...357 FABIANO TÁVORA - ADR (ALTERNATIVE DISPUTE RESOLUTION)...368 DENISE ESTRELLA TELLINI E FABIO PIMENTEL FRANCESCHI BARALDO - LIMITES E POSSIBILIDADE DE RESTRIÇÃO AO EXERCÍCIO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS, NO ESTADO DE EXCEÇÃO: JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS E CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988...375 FELIPE KERN MOREIRA - DIREITOS HUMANOS E NORMAS COSTUMEIRAS INDÍGENAS:

APONTAMENTOS PARA O DEBATE...385 FERNANDA CRISTINA UCHA CAETANO, MARIANNA DE DEUS HOLANDA VALENÇA E LUIS FERNANDO DE P. B. CARDOSO - A PROTEÇÃO JURÍDICA DA LÍNGUA COMO ELEMENTO INTEGRANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL: O CASO DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL...395 FERNANDA WEIGERT E RAFAEL T. WOWK - A CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY DE 1982 SOBRE O DIREITO DO MAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO...406 FLÁVIA SALDANHA KROETZ - O TRIBUNAL DE NUREMBERG E O DESENVOLVIMENTO DA RESPONSABILIDADE PENAL INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO JULGAMENTO PARA O COMBATE À IMPUNIDADE...417 GABRIELA DAOU VERENHITACH E DAIANE LONDERO - HAITI EM RUÍNAS: ENTRE A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO PÓS- TERREMOTO...427 GERMANA DE OLIVEIRA MORAES E WILLIAN PAIVA MARQUES JÚNIOR

-

A INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA NA UNASUL VIA PETRÓLEO, GÁS NATURAL E HIDRELÉTRICAS...436 CAROLINA SOARES HISSA E GINA VIDAL MARCÍLIO POMPEU - A VALORAÇÃO DO INDIVÍDUO POR MEIO DO ACESSO AO CRÉDITO...447 GRAZIELA TAVARES DE SOUZA REIS - ESTRANGEIRIZAÇÃO NA AMAZÔNIA LEGAL:

ESTUDO SOBRE DESPRESTÍGIO À SOBERANIA BRASILEIRA NO PARQUE ESTADUAL DO

JALAPÃO NO ESTADO DO TOCANTINS...456

GRAZIELLA ULIANA DE MELLO - A VISÃO JURÍDICA DO MURO DE ISRAEL...464

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12

GUILHERME TORRES PERETTI E PATRICIA AYUB DA COSTA LIGMANOVSKI - REFLEXÕES SOBRE A SOBERANIA FRENTE O DIREITO COMUNITÁRIO...479 SARA TIRONI E PROF. DR. GUSTAVO ASSED FERREIRA - A INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA E A PROTEÇÃO AO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS SOB O VIÉS DA ESCOLA INGLESA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS...488 HELOISE VIEIRA - MALVINAS/FALKLANDS: SOBERANIA E DIREITO INTERNACIONAL...498 HENRIQUE LAGO DA SILVEIRA - A RELATIVIZAÇÃO DO PRIMADO DA NÃO-EXTRADIÇÃO DE NACIONAIS PELO MANDADO DE DETENÇÃO EUROPEU...505 HENRIQUE PISSAIA DE SOUZA - ARBITRAGEM INTERNACIONAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...515 JAVIER RODRIGO MAIDANA - REFLEXÕES PONTUAIS ACERCA DA GUERRA, DA PAZ E DA MANUTENÇÃO DA PAZ: EXPERIÊNCIAS DA COMUNIDADE INTERNACIONAL...525 .

JEANCEZAR DITZZ DE SOUZA RIBEIRO - A IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO NO DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO: A IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO DO CHEFE DE ESTADO AO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL...535 JOSÉ CRETELLA NETO - DA IMPORTÂNCIA PREÂMBULO NOS CONTRATOS

INTERNACIONAIS DO COMÉRCIO...543 JOSÉ DANIEL GATTI VERGNA - MECANISMOS INTERNACIONAIS DE APLICAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO...562 JOÃO CARLOS LEAL JÚNIOR E FRANCISCO EMÍLIO BALEOTTI - DA ADOÇÃO INTERNACIONAL SEGUNDO A LEI Nº 12.010/2009...572 JULIANA KIYOSEN NAKAYAMA E PATRICIA AYUB DA COSTA LIGMANOVSKI - A TENDÊNCIA JURISPRUDENCIAL BRASILEIRA ACERCA DA COBRANÇA DE DÍVIDA DE JOGO CONTRAÍDA POR BRASILEIRO NO EXTERIOR...584 JULIANA PINHEIRO DA SILVA E RODRIGO DE ALMEIDA LEITE - A PROTEÇÃO INTERNACIONAL CONTRA O HETEROSSEXISMO...592 KAMILA SORAIA BRANDL - OS ATORES EMERGENTES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: A POSSIBILIDADE DE ATUAÇÃO INTERNACIONAL DOS GOVERNOS SUBNACIONAIS...613 KARLA LEANDRA MELO SILVEIRA E SIDNEY GUERRA REGINALDO - SOFT LAW COMO FONTE DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO...623 LAÉCIO NORONHA XAVIER - O CINEMA COMO FERRAMENTA METODOLÓGICA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO...633

LARA R NUNES E TATIANA DE A F R CARDOSO - INCIDENTE JOSÉ PEREIRA: BREVES

APONTAMENTOS SOBRE O TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL SOB A ÉGIDE DO DIREITO

INTERNACIONAL...647

LARA SALLES DE MORAIS - O BRASIL COMO POSSÍVEL NOVO DESTINO DE FLUXOS

MIGRATÓRIOS E A QUESTÃO DA PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS MIGRANTES

...655

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13

LARISSA CRISTINA UCHÔA DAS NEVES NOGUEIRA - CONVENÇÃO DE HAIA SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQUESTRO INTERNACIONAL DE MENORES ...666 LARISSA CRISTINA UCHÔA DAS NEVES NOGUEIRA E SILVIA FAZZINGA OPORTO - COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL- A PROTEÇÃO DA CRIANÇA NO DIREITO INTERNACIONAL...673 LARISSA MARIA MELO SOUZA E VINÍCIUS HAESBAERT FEITOSA - INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO INTERNACIONAL AOS DIREITOS HUMANOS SOB O PRISMA DA FERTILIZAÇÃO-CRUZADA...689 LAÉCIO NORONHA XAVIER - BRIC E POLÍTICA EXTERNA DO SÉCULO XXI...698 LIGIA RIBEIRO VIEIRA - UMA CONCEPÇÃO CRÍTICA SOBRE A PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS EM UM MUNDO MULTICULTURALISTA...716 LUCAS BEVILACQUA - INCENTIVOS FISCAIS PERANTE A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO...724 .

LUCAS CARLOS LIMA E ARNO DAL RI JÚNIOR - O DESENVOLVIMENTO DA ARBITRAGEM

INTERNACIONAL AO LONGO DO SÉCULO XIX COMO MOVIMENTO PRECURSOR DAS

CONVENÇÕES DA PAZ DE HAIA DE 1899 E 1907...734

LUCAS DANIEL CHAVES DE FREITAS - A EUROPA, O DIREITO E A DIVERSIDADE: A

CONSTRUÇÃO DA INTEGRAÇÃO JURÍDICA EM NÚMEROS...744

LUCIANA COELHO E SARAH CAVALCANTI - HABEAS MEMORIAM: A NOVA

INTERPRETAÇÃO DO HABEAS CORPUS E A EFETIVIDADE DO DIREITO À MEMÓRIA NA

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS...756

LUCIANO BENJAMIN GOMEZ - A COBRANÇA DE DÍVIDA DE JOGO CONTRAÍDA

LEGALMENTE POR BRASILEIRO NO EXTERIOR...767

LUCIANO ALVES RODRIGUES DOS SANTOS E ROZANE DA ROSA CACHAPUZ - OS

PILARES DE EDIFICAÇÃO NORMATIVA EM ÂMBITO INTERNACIONAL...777

LUIZ FERNANDO BOLDO DO NASCIMENTO

E PATRICIA AYUB DA COSTA LIGMANOVSKI

- O RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL ACERCA DA EXPULSÃO DE

ESTRANGEIRO COM FILHOS BRASILEIROS DEPENDENTES ECONOMICAMENTE...784

LUIZ HENRIQUE MAISONNETT - UM PANORAMA HISTÓRICO DO DIREITO

INTERNACIONAL ECONÔMICO: DESAFIOS PARA UM MUNDO GLOBALIZADO...793

LUÍS PAULO BOGLIOLO PIANCASTELLI DE SIQUEIRA - CONCORRÊNCIA ENTRE A

RESPONSABILIDADE DO ESTADO E DO INDIVÍDUO PELO CRIME DE GENOCÍDIO...804

LÍVIA LEMOS FALCÃO DE ALMEIDA E ALESSANDRA MARCHIONI - A ORGANIZAÇÃO

INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) E A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS NORMAS

TRABALHISTAS: APLICAÇÃO NO BRASIL DAS CONVENÇÕES SOBRE ABOLIÇÃO DO

TRABALHO FORÇADO...814

MANUELA MADEIRA CALHEIROS E ALESSANDRA MARCHIONI - LIMITES À EFETIVIDADE

DAS CONVENÇÕES DE DIREITO INTERNACIONAL EM MATÉRIA DE USO E GESTÃO DE

RECURSOS DE ÁGUA DOCE...824

(14)

14

MARCELA BARBOSA DE MENEZES E THIAGO BORGES - O CONSELHO DE DIREITOS

HUMANOS DA ONU E A UNIVERSALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS...835

MARIA OLÍVIA FERREIRA SILVEIRA - ASPECTOS CONTROVERSOS SOBRE A POSSÍVEL

APLICABILIDADE DA JURISDIÇÃO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL NA PALESTINA

...845

MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO E THAIS BERNARDES MAGANHINI - A TRIBUTAÇÃO NO

PROCESSO DE INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL ECONÔMICA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A

PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO CONTRIBUINTE...856

MARIANA YANTE B. PEREIRA - A VALIDADE DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM NOS

CONTRATOS COM O ESTADO- ASPECTOS DE LEGITIMIDADE E EFICÁCIA...866

MARIANA DE ARAÚJO MENDES LIMA - A RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO

ESTADO POR VIOLAÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS, O SISTEMA INTERAMERICANO DE

PROTEÇÃO E O CASO BELO MONTE...876

MARILDA ROSADO E BRUNO ALMEIDA - A RELAÇÃO ENTRE A GLOBALIZAÇÃO E O

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO...887

MARINA COSTA ESTEVES COUTINHO E THIAGO CARVALHO BORGES - O TRATADO DE

LISBOA E A GARANTIA A CARTA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPÉIA

... ...898

MÁRCIA TESHIMA - O DIREITO A SER DIFERENTE...907

NATÁLIA SACCHI SANTOS - A EURO-ORDEM E SUA TRANSPOSIÇÃO AO ORDENAMENTO

INTERNO DOS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPÉIA...917

NATHALIE DE PAULA CARVALHO - O SISTEMA DE MERCADO E A SUSTENTABILIDADE

ECONÔMICA: A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS NO SUPERCAPITALISMO

...,...928

PAULA DOS SANTOS MANOEL - TERRORISMO, REPRESSÃO E REPERCUSSÃO NAS

GARANTIAS DOS DIREITOS HUMANOS...938

JÚLIA WICHER MARIN E PATRICIA AYUB DA COSTA LIGMANOVSKI - O CONFLITO

ENTRE A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E O DIREITO À SAÚDE COM

ÊNFASE NO ACESSO A MEDICAMENTOS ...955

HELOÍSA ASSIS DE PAIVA E PATRÍCIA MARIA DA SILVA GOMES - O PRINCÍPIO DA

AUTONOMIA DA VONTADE NOS CONTRATOS INTERNACIONAIS DO COMÉRCIO...963

PATRÍCIA SAMPAIO FIAD E ELY CAETANO XAVIER JUNIOR - A PRODUÇÃO NORMATIVA

DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E SUA INSERÇÃO NO ÂMBITO DO DIREITO

ADMINISTRATIVO GLOBAL...972

PAULA DE SOUSA CONSTANTE E WILLIAN KEN AOKI - LIMITES E RESTRIÇÕES DA

LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS

HUMANOS...982

PATRICIA AYUB DA COSTA LIGMANOVSKI E PEDRO HENRIQUE ARCAIN RICCETTO -

POSICIONAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ACERCA DA EXTRADIÇÃO EM

CASOS DE NATUREZA POLÍTICA. CASOS FIRMENICH E FALCO...991

(15)

15

RAQUEL TRABAZO CARBALLAL FRANCO - A SUBJETIVIDADE INTERNACIONAL DO INDIVÍDUO...1000 REBECCA PARADELLAS BARROZO E HELOÍSA ASSIS DE PAIVA - CONTRATOS INTERNACIONAIS E A CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM...1010 MÁRCIA TESHIMA E RENATA RALISCH - ADOÇÃO HOMOAFETIVA E A TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS...1019 ROGÉRIO RIBEIRO PARREIRA E HELOÍSA ASSIS DE PAIVA - O INSTITUTO DA ARBITRAGEM: A VIABILIDADE CONTRATUAL JURÍDICA E ECONÔMICA NO PLANO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL ...1028 RUI AURÉLIO DE LACERDA BADARÓ - A LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO TURÍSTICA ENTRE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS E HUMANOS: BREVE ESTUDO SOBRE O PRISMA DA TEORIA DE ROBERT ALEXY. ...1050 SÉRGIO HENRIQUE DOS SANTOS MATHEUS E MOACYR MIGUEL DE OLIVEIRA - AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA E INTEGRAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS NAS AÇÕES POLICIAIS...1066 MOACYR MIGUEL DE OLIVEIRA E SÉRGIO HENRIQUE DOS SANTOS MATHEUS - A CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS E A PROTEÇÃO À DEMOCRACIA:

“CASO DEL TRIBUNAL CONSTITUCIONAL VS. PERÚ”...1074

SIDNEY GUERRA - PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM INTERNACIONAL

AMBIENTAL: A ORGANIZACÃO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE:...1081

SUSANA DAMASCENO DE OLIVEIRA - A CONDIÇÃO PENAL INTERNACIONAL DO

INDIVÍDUO APÓS A CRIAÇÃO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL...1093

TAHINAH ALBUQUERQUE MARTINS - A IMPLEMENTAÇÃO DAS SENTENÇAS

INDENIZATÓRIAS DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

...1104

TALITA DAL LAGO E OMAN FILHO - DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES: NOVAS

PERSPECTIVAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS...1124

THAÍS DE OLIVEIRA - CULTURA E MERCOSUL: UMA QUESTÃO DE IDENTIDADE...1139

THIAGO CARVALHO BORGES - A CRISE DA ONU E SEU PAPEL NA

(DES)FRAGMENTAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL...1148

THIAGO JOSÉ ZANINI GODINHO - A JURISPRUDÊNCIA DO ICSID RELATIVA AO

TRATAMENTO JUSTO E EQUITÁVEL OUTORGADO AOS INVESTIDORES ESTRANGEIROS

NOS TRATADOS DE INVESTIMENTOS...1158

THIAGO PALUMA E JULIANA DEMORI DE ANDRADE - DIREITO AO DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL DOS ESTADOS E O DIREITO AMBIENTAL...1169

TÚLIO DI GIÁCOMO TOLEDO - AS NEGOCIAÇÕES MULTILATERAIS NO ÂMBITO AGRÍCOLA

...1177

MAYRA DO AMARAL GURGEL ALVES DE SOUZA E TÂNIA LOBO MUNIZ - A CORTE

INTERNACIONAL DE JUSTIÇA E SUA FUNÇÃO CONSULTIVA...1189

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16

TÂNIA LOBO MUNIZ E VICTOR HUGO ALCALDE DO NASCIMENTO - A DOUTRINA DA ANÁLISE DE INTERESSES NO MÉTODO UNILATERALISTA NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E A COMPARAÇÃO FUNCIONAL: UMA ANÁLISE PERANTE O PRINCÍPIO DA TOLERÂNCIA...1196 VIVIAN C. K. DOMBROWSKI - A SUSTENTABILIDADE NO DIREITO INTERNACIONAL: AS PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS...1203 VIVIAN DANIELE ROCHA GABRIEL E LUDMILA ANDRZEJEWSKI CULPI - A PAZ E O DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO DO DIREITO INTERNACIONAL...1216 VIVIANE CEOLIN DALLASTA - REFLEXÃO ACERCA DO COMBATE À IMPUNIDADE DOS CRIMES QUE AFRONTAM OS DIREITOS HUMANOS NO SÉCULO XXI: ASPECTOS DA COMPETÊNCIA UNIVERSAL DAS JUSTIÇAS NACIONAIS E DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL...1225 VIVIANE RUFINO PONTES - EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SUPRANACIONALIDADE ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DA UNIÃO EUROPEIA...1236 WILLIAM PAIVA MARQUES JÚNIOR - OS LEVANTES POPULARES NO ORIENTE MÉDIO:

REVOLUÇÃO OU GOLPE DE ESTADO? REFLEXOS NA TEORIA DO PODER CONSTITUINTE E NOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS...1247 WILLIS JOSÉ RODRIGUES FILHO - A RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO POR VIOLAÇÃO DE TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS POR AUSÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DE DECISÃO INTERNACIONAL...1256 AMANDA ZANATTA PEREIRA, RAFAELA ALVES DO CARMO E HELOISA HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - O BINÔMIO DA SOBERANIA E DEMOCRACIA NA LIBIA DE KADAF ...1267 FABIANO TÁVORA - DOING BUSINESS IN BRAZIL: UM ESTUDO DO BANCO MUNDIAL QUE DEVE SER CONHECIDO, ESTUDADO E IMPLANTADO PELOS GOVERNOS PARA TERMOS UMA ECONOMIA MAIS COMPETITIVA...1276 SILVANA MOREIRA FURLANETO

,

DOUGLAS EMERSON DIAS DOS SANTOS E HELOISA HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - TEORIA DOS JOGOS APLICADA A OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO DA PAZ DO HAITI... ...1283 LIVIA TIEKO CERVO MACENO, BRUNO HEIDY IZUMI RACANELLI E HELOISA PORTUGAL - CASO CESARE BATTISTI: APONTAMENTOS DA EXTRADIÇÃO E SUA REPERCUSSÃO INTERNACIONAL...1292 THAÍS ZANONI MIOLA, MARCELO TAKESHI OMOTO E HELOISA HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E APLICAÇÃO DA PENA DE MORTE..

...1305

IVANILDA DA SILVA PESTANA, LILIAN CRISTINA DA SILVA E SERGIO CARDOSO - DAS

RESPONSABILIDADES SOBRE O AQÜÍFERO GUARANI: ÁGUAS INTERNACIONAIS

COMPARTILHADAS OU RESPONSABILIDADE LOCAL. UMA QUESTÃO A DISCUTIR

...1311

MARIANA CESTI RAFFA, AMANDA AMADOR MANRIQUE QUEIROZ BRAGA E HELOISA

HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - A DIPLOMACIA BRASILEIRA NA CONSTRUÇÃO DA

DEMOCRACIA E PAZ: PERSPECTIVAS A PARTIR DO CASO DO HAITI...1324

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MARIANA CESTI RAFFA, AMANDA AMADOR MANRIQUE QUEIROZ BRAGA E HELOISA HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - A SOBERANIA NO ÂMBITO DA GOVERNANÇA MULTINÍVEL: UM CONCEITO DE VALOR TÉCNICO-JURÍDICO...1332 ANDERSON BARBOSA E ROBERTO MUSATTI - COMÉRCIO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA E A OMC...1341 VERA LÚCIA DA SILVA, MARIA CRISTINA CROSCATTO E LUIS GUSTAVO JUNQUEIRA DE SOUZA - A RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO BRASIL PELA GUERRILHA DA ARAGUAIA E A CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DE ANISTIA...1349 CLEVERSON CUSTÓDIO ALVES E MICHELE CONRADO DOS SANTOS - ANDRÉA REGINA UBEDA LOPES COMÉRCIO DE CRÉDITO DE CARBONO: ESTUDO DA CERÂMICA LUARA DE PANORAMA-SP...1358 MARIANA KARAN E FEREZ KARAN - CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE HAIA E A ADOÇÃO INTERNACIONAL: O ABANDONO DO NEONATAL...1367 LORRAINE REIS BRANQUINHO DE CARVALHO FERREIRA E HELOISA PORTUGAL - A HUMANIZAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL: A QUARTA TENDÊNCIA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA...1377 DÉBORA DA SILVA MARQUETTI E HELOISA PORTUGAL - JURISDICIONALIZAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DOS TRIBUNAIS AD HOC DA EX-IUGUSLÁVIA E RUANDA...1383 ILTON GUEDES DE OLIVEIRA, CAMILA BORDONI E HELOÍSA PORTUGAL - APÓS QUASE 2 DÉCADAS O MERCOSUL AINDA E VIÁVEL?...1392

LUTHEGARD DE ALMEIDA PORTUGAL E HELOISA PORTUGAL - A ACEITAÇÃO DO INIMIGO COMO NÃO PESSOA E O RISCO DE ENFRAQUECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS ...,.1399 HELOISA HELENA DE ALMEIDA PORTUGAL - O ENSINO DO DIREITO INTERNACIONAL NO BRASIL: GÊNESE, EXÍLIO E RETORNO PREMIADO AOS CURRÍCULOS DAS FACULDADES DE DIREITO1414...1414 CAMILA BORDONI , LUCIANA TIEKO HIRATA TABUSE E EVANDER DIAS - ANALISE COMPARATIVA LUSO-BRASILEIRA DA REPARAÇÃO CIVIL ANTE O ABANDONO MORAL...1433 LORRAINE REIS BRANQUINHO DE CARVALHO FERREIRA, CAMILA SÍLVIA SOBU VALERO E EVANDER DIAS - O SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA COMO DIREITO INTERNACIONAL FUNDAMENTAL...1441 MICHELE ALESSANDRA HASTREITE - O FLUXO DE TRABALHADORES NO DIREITO INTERNACIONAL………..………1450

DOMINGOS POLINI NETTO - UNILA: CULTURA E EDUCAÇÃO COMO MEIOS DE

INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA ...1473

(18)

18

ARBITRAGEM E INTEGRAÇÃO REGIONAL. O PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DOS LAUDOS ARBITRAIS COMERCIAIS NO ÂMBITO DO MERCOSUL.

ADEMAR POZZATTI JUNIOR

1

1. Prolegômenos

A arte imortalizou inúmeras metáforas da justiça, ocupando-se, em larga medida, de seus aspectos instituintes e de suas virtudes coesivas. O gênio e a acidez de La Bruyère levaram-no, contudo, a cunhar um aforismo sarcasticamente lúcido acerca das mazelas e misérias do processo judicial: ―O dever dos juízes é fazer a justiça; seu ofício é adiá-la. Alguns conhecem seu dever e fazem seu ofício‖.

2

A observação do pensador francês do século XVII faz pensar em alguns dos motivos que levam as partes envolvidas em um conflito a solucioná-lo através de métodos alternativos ao judiciário. A arbitragem sobressai nesse contexto, fomentada pela atual conjuntura de crises do Poder Judiciário, a busca por características distintas daquelas da prestação jurisdicional, além da morosidade, evocada acima.

No Mercado Comum do Sul - MERCOSUL coexistem dois sistemas de arbitragem, regidos por normas distintas: um sujeito ao Direito Internacional Público e outro ao Direito Internacional Privado.

O primeiro sistema - arbitragem regulada pelo Direito Internacional Público - surgiu em 1991 com o Tratado de Assunção, criador do MERCOSUL. O Protocolo de Brasília, também de 1991, prevê a arbitragem ad hoc para resolver controvérsias entre os Estados-partes. Já o Protocolo de Olivos, de 2004, criou um Tribunal Permanente de Revisão, composto por cinco membros, para rever as decisões do tribunal arbitral ad hoc de primeira instância.

Por sua vez, o sistema arbitral que visa solucionar os conflitos comerciais entre particulares, pessoas físicas ou jurídicas, de diferentes Estados-partes segue as regras de Direito Internacional Privado. Nesses conflitos, onde a questão refere-se a contratos de Direito Comercial Internacional, a vantagem do procedimento arbitral é notável, já que as partes não ficarão vinculadas à morosidade das justiças pátrias, terão seus contratos analisados em segredo e podem eleger o seu árbitro ou tribunal arbitral. A arbitragem internacional se constitui, portanto, de um foro neutro, o que significa segurança e imparcialidade nas controvérsias.

O MERCOSUL é, em essência, um projeto de integração comercial, sendo que pretende favorecer o intercâmbio de produtos entre os Estados-partes e também a otimização da produção dos bens regionais em prol da obtenção de uma maior e melhor inserção dos produtos da região no mercado mundial.

No Tratado de Assunção nada foi dito sobre arbitragem comercial, a qual só foi incluída através do Acordo sobre Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL, do Protocolo de Las Leñas e do Regulamento do Acordo sobre Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL.

Este artigo busca averiguar o instituto da arbitragem comercial no âmbito da normativa mercosulina. Dentro dessa temática, o recorte feito abrange especificamente o procedimento de execução dos laudos arbitrais estrangeiros.

2. Acordo de Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL (1998)

O Acordo de Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL, concluído em Buenos Aires, em 23 de julho de 1998, foi promulgado pelo Brasil através do Decreto nº. 4.719/03, de 04 de junho de 2003.

Este Acordo tem por objetivo regular a arbitragem como forma de solução de conflitos surgidos de contratos comerciais internacionais, firmados entre pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, sediados nos países integrantes do MERCOSUL.

1

Palestrante. Professor do Curso de Direito do CESUSC/SC e da UNIVALI. Mestre em Relações Internacionais do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina – CPGD/UFSC.

2

Citado por François Ost. Contar a lei: as fontes do imaginário jurídico. Tradução de Paulo Neves. São Leopoldo:

UNISINOS, 2004. p. 101.

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19

Convencidos da necessidade de uniformizar o funcionamento da arbitragem internacional para contribuir à expansão do comércio regional e internacional e para incentivar a solução extrajudicial de controvérsias privadas por meio da arbitragem, o Conselho do Mercado Comum aprovou o referido Acordo, que vai ao encontro dos seguintes documentos internacionais:

- Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional, de 30 de janeiro de 1975, concluída na cidade de Panamá,

- Convenção Interamericana sobre Eficácia Extraterritorial das Sentenças e Laudos Arbitrais Estrangeiros, de 08 de maio de 1979, concluída em Montevidéu, e a

- Lei Modelo sobre Arbitragem Comercial Internacional da Comissão das Nações Unidas para o Direito Mercantil Internacional, de 21 de junho de 1985;

O presente Acordo se aplicará à arbitragem, sua organização e procedimentos, e às sentenças ou laudos arbitrais, se ocorrer alguma das seguintes circunstâncias

1

:

a) a convenção arbitral for celebrada entre pessoas físicas ou jurídicas que, no momento de sua celebração, tenham sua residência habitual ou o centro principal dos negócios, ou a sede, ou sucursais, ou estabelecimentos ou agências, em mais de uma Parte Signatária;

b) o contrato-base tiver algum contato objetivo - jurídico ou econômico - com mais de uma Parte Signatária;

c) se as partes não expressarem sua vontade em contrário e o contrato-base tiver algum contato objetivo – jurídico ou econômico – com uma Parte Signatária, sempre que o tribunal tenha a sua sede em uma das Partes Signatárias;

d) o contrato-base tiver algum contato objetivo - jurídico ou econômico – com uma Parte Signatária e o tribunal arbitral não tiver sua sede em nenhuma Parte Signatária, sempre que as partes declararem expressamente sua intenção de submeter-se ao presente Acordo;

e) o contrato-base não tiver nenhum contato objetivo – jurídico ou econômico – com uma Parte Signatária e as partes tenham elegido um tribunal arbitral com sede em uma Parte Signatária, sempre que as partes declararem expressamente sua intenção de submeter-se ao pressente Acordo.

No art. 5º, o Acordo estabelece o reconhecimento do caráter obrigatório e do efeito vinculante da cláusula compromissória. Os arts. 8º e 18º dispõem sobre a autonomia da cláusula compromissória e o princípio da competência - pelo qual o próprio Tribunal Arbitral decide acerca de sua competência.

O art. 21º prevê a possibilidade de requerimento ao Tribunal Arbitral de retificação e ampliação do laudo. A anulação do mesmo poderá ser feita através de ação de anulação da sentença arbitral, a ser ajuizada junto à autoridade judicial do Estado sede do Tribunal Arbitral, conforme o artigo 22º.

A arbitragem poderá ser prevista preliminarmente ou ser vislumbrada num momento posterior ao surgimento de uma certa controvérsia. Pode ser ainda institucional ou ad hoc.

As partes ainda podem escolher as regras de direito a serem aplicadas durante a solução da controvérsia, podendo a questão ser solucionada por eqüidade, conforme disposição do artigo 9º. Os princípios norteadores do procedimento arbitral devem ser a igualdade do tratamento das partes, o devido processo legal, o contraditório e a decisão pela livre convicção do árbitro.

Ainda dispõe o Acordo que os árbitros devem ser de confiança das partes, independentes, parciais e neutros.

O acordo trata de inúmeras questões de grande relevância em matéria de arbitragem, tais como:

- validade da convenção arbitral, a sua autonomia em relação ao contrato principal, a lei aplicável ao mérito da arbitragem - que foi objeto de reserva;

- a lei aplicável ao processo arbitral;

- a competência concorrente do Judiciário e do tribunal arbitral para a concessão de medidas cautelares e a fixação da competência do foro da sede da arbitragem como o único competente para apreciar a ação de nulidade do laudo.

Especificamente quanto à execução do laudo ou sentença arbitral estrangeiros, dispõe o artigo 23 do Acordo que se aplicará, para as Partes Signatárias que sejam Estados-Partes do MERCOSUL, o disposto, no que couber, nos seguintes documentos internacionais:

1

Artigo 3 da Decisão 04/98 do Conselho do Comércio Comum do MERCOSUL. Disponível em

<http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

(20)

20

- Protocolo de Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa do MERCOSUL, aprovado por decisão do Conselho do Mercado Comum N.° 5/92 (Protocolo de Las Leñas),

- Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional do Panamá de 1975 e a

- Convenção Interamericana sobre a Eficácia Extraterritorial das Sentenças e Laudos Arbitrais Estrangeiros de Montevidéu de 1979.

Para as Partes signatárias não vinculadas pelo referido Acordo, aplicar-se-ão as convenções internacionais no número anterior, ou, na sua falta, o direito do Estado onde se deva executar o laudo ou sentença arbitral estrangeira.

Este Acordo surge, portanto, como resposta à carência de legislação atinente à solução de conflitos entre particulares surgidos no âmbito das relações comerciais sub-regionais.

3. O Protocolo de Las Lenãs

O Protocolo de Las Leñas, sobre Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa é de 1992.

Quanto ao âmbito de aplicação do Protocolo de Las Leñas, note-se que as suas disposições serão aplicáveis ao reconhecimento e à execução das sentenças e dos laudos arbitrais pronunciados nas jurisdições dos Estados-partes em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa, e serão igualmente aplicáveis às sentenças em matéria de reparação de danos e restituição de bens pronunciadas na esfera penal

1

.

Segundo o Protocolo de Las Leñas, o pedido de reconhecimento e execução de sentenças e de laudos arbitrais por parte das autoridades jurisdicionais será tramitado por via de cartas rogatórias e por intermédio da Autoridade Central

2

.

O artigo 2º do Protocolo de Las Leñas estabelece as Autoridades Centrais em cada um dos Estados-partes do Mercosul

3

, cuja indicação fica a cargo de cada país.

Tais órgãos têm por objetivo agilizar a circulação das provisões jurisdicionais entre os Estados-partes e a facilitação da harmonização de procedimentos, aumentando a integração entre os países. As Autoridades Centrais são responsáveis pelo contato entre os países, fazendo a ponte entre os diferentes sistemas jurisdicionais. Assim, as Autoridades Centrais comunicam-se diretamente entre si.

Na prática, as Autoridades Centrais cuidam do encaminhamento e recebimento de petições de assistência jurisdicional. Cuide-se que esses podem não ser órgãos jurisdicionais, fazendo, no caso, a remessa das petições ao órgão jurisdicional competente no Estado-parte correspondente. É o que acontece no caso brasileiro, por exemplo, em que a Autoridade Central é o Ministério das Relações Exteriores e o responsável pelo juízo de delibação é o Superior Tribunal de Justiça

4

.

O desafio maior das Autoridades Centrais é a desburocratização dos procedimentos de cooperação, reduzindo gastos com a legalização de documentos, e a facilitação da integração entre as diferentes justiças nacionais.

Assim, cada Estado-parte indicará uma Autoridade Central encarregada de receber e dar andamento às petições de assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa. Para tanto, as Autoridades Centrais comunicar-se-ão diretamente entre si, permitindo a intervenção de outras autoridades respectivamente competentes, sempre que seja necessário.

1

Artigo 18 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

2

Artigo 19 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

3

Artigo 2º - ―Para os efeitos do presente protocolo, cada Estado Parte indicará uma Autoridade Central encarregada de receber e dar andamento às petições de assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e

administrativa. Para tanto, as Autoridades Centrais se comunicarão diretamente entre si, permitindo a intervenção de outras autoridades respectivamente competentes, sempre que seja necessário. Os Estados Partes, ao depositarem os instrumentos de ratificação do presente Protocolo, comunicar o fato, no mais breve prazo possível, ao Governo depositário do presente Protocolo, para que dê conhecimento aos demais Estados Partes da substituição efetuada‖.

4

Constituição Federal da República Federativa do Brasil, artigo 105: ―Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I -

processar e julgar, originariamente: i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas

rogatórias‖. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

(21)

21

Os Estados-partes, ao depositarem os instrumentos de ratificação do Protocolo de Las Leñas, devem comunicar tal providência ao Governo depositário, o qual dela dará conhecimento aos demais Estados- partes.

A Autoridade Central poderá ser substituída em qualquer momento, devendo o Estado-parte comunicar o fato, no mais breve prazo possível, ao Governo depositário do Protocolo de Las Leñas, para que dê conhecimento aos demais Estados-partes da substituição efetuada.

O Protocolo de Las Leñas não alterou a exigência de que qualquer sentença estrangeira – ou a concessão de medida cautelar – para tornar-se exeqüível no Brasil, há de ser previamente submetida à homologação do Superior Tribunal de Justiça, o que obsta admissão de seu reconhecimento incidente, no foro brasileiro, pelo juízo a que se requeira a execução; inovou, entretanto, a convenção internacional referida, ao prescrever, no art. 19, que a homologação (dito reconhecimento) de sentença provinda dos Estados-partes se faça mediante rogatória, o que importa admitir a iniciativa da autoridade judiciária competente do foro de origem e que o exequatur se defira independentemente da citação do requerido, sem prejuízo da posterior manifestação do requerido

1

.

Com a criação de uma nova maneira facilitada de homologação - por rogatória - pelo Protocolo de Las Leñas, passa a existir dois tipos de homologação de sentenças estrangeiras no Brasil: um, para os países do Mercosul, que podem remeter diretamente a sentença e obter o exequatur na própria carta rogatória; e o outro, da forma tradicional. Isto representa a criação de um canal mais célere para as decisões provenientes dos países do MERCOSUL.

Para homologar laudos arbitrais originários de outros países do MERCOSUL, portanto, já não é necessário recorrer ao procedimento de homologação de sentenças estrangeiras previsto no Regulamento 09/2005 do STJ

2

.

Basta que o árbitro que profira o laudo solicite a autoridade central do seu país que, por intermédio de Carta Rogatória, faça o pedido de homologação de dito laudo à Autoridade Central do país onde o laudo deve ser executado.

Recebida a Carta Rogatória pela Autoridade Central, esta a enviará para a autoridade nacional competente para a outorga do exequatur.

O exequatur será expedido se estiverem cumpridos os seguintes requisitos

3

:

a) que venham revestidos das formalidades externas necessárias para que sejam considerados autênticos no Estado de origem;

b) que estejam, assim como os documentos anexos necessários, devidamente traduzidos para o idioma oficial do Estado em que se solicita seu reconhecimento e execução;

c) que emanem de um órgão jurisdicional ou arbitral competente, segundo as normas do Estado requerido sobre jurisdição internacional;

d) que a parte contra a qual se pretende executar a decisão tenha sido devidamente citada e tenha garantido o exercício de seu direito de defesa;

e) que a decisão tenha força de coisa julgada e/ou executória no Estado em que foi ditada;

f) que claramente não contrariem os princípios de ordem pública do Estado em que se solicita seu reconhecimento e/ou execução.

Ademais, a parte que, em juízo, invoque uma sentença ou um laudo arbitral de um dos Estados-partes deverá apresentar cópia autêntica da sentença ou do laudo arbitral com os requisitos do artigo precedente

4

. Quando se tratar de uma sentença ou de um laudo arbitral entre as mesmas partes, fundamentado nos mesmos fatos, e que tenha o mesmo objeto de outro processo judicial ou arbitral no Estado requerido, seu reconhecimento e sua executoriedade dependerão de que a decisão não seja incompatível com outro pronunciamento anterior ou simultâneo proferido no Estado requerido

5

.

1

Pucci, Adriana Noemi. Arbitragem Comercial nos Países do Mercosul. São Paulo: Editora LTR, 1997. p. 116.

2

Disponível em <http://www.stj.gov.br>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

3

Artigo 18 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

4

Artigo 21 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

5

Artigo 22 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de

2008.

(22)

22

Do mesmo modo, não se reconhecerá, nem se procederá à execução, quando se houver iniciado um procedimento entre as mesmas partes, fundamentado nos mesmos fatos e sobre o mesmo objeto, perante qualquer autoridade jurisdicional da Parte requerida, anteriormente à apresentação da demanda perante a autoridade jurisdicional que teria pronunciado a decisão da qual haja solicitação de reconhecimento.

Segundo João Bosco Lee, o procedimento previsto no Protocolo de Las Leñas aprsenta alguns inconvenientes. Primeiramente, ao invés de a parte interessada endereçar a sentença arbitral à autoridade do país onde a sentença deve ser executada, a parte deve passar por intermédio da jurisdição estatal local, ocorrendo um duplo exequatur. Ora, a análise das condições de homologação da sentença arbitral é realizada tanto pela autoridade judicial do país de origem da sentença como pela autoridade judiciária do país requerido

1

.

Se uma sentença ou um laudo arbitral não puder ter eficácia em sua totalidade, a autoridade jurisdicional competente do Estado requerido poderá admitir sua eficácia parcial mediante pedido da parte interessada

2

. Os procedimentos, inclusive a competência dos respectivos órgãos jurisdicionais, para fins de reconhecimento e execução das sentenças ou dos laudos arbitrais, serão regidos pela lei do Estado requerido

3

.

Quanto aos procedimentos internos para reconhecimento de sentenças estrangeiras e laudos arbitrais, pertencem à margem nacional de apreciação

4

de cada um dos Estados-partes, já que ficarão a cargo da lei de cada Estado, conforme disposição do artigo 24 do Protocolo de Las Leñas

5

.

Portanto, no caso do MERCOSUL, cada Estado-parte terá os seus próprios procedimentos de internalização da sentença estrangeira, regulados por leis próprias de cada um, diferentemente do que acontece na União Européia, onde há uma padronização dos procedimentos adotados pelos Estados-partes, reflexo direito da supranacionalidade que caracteriza este bloco econômico.

Como visto na análise do Protocolo de Las Leñas, cada Estado-parte do Mercosul é responsável por organizar os procedimentos de internalização das sentenças. Isso ocorre em razão de este processo integracionista se basear, conforme anteriormente destacado, na intergovernamentalidade.

Em vista dessa diferença de procedimentos encontrada em cada Estado-parte do MERCOSUL, urge que se analise, brevemente, a legislação peculiar de cada um deles. É o que se fará a seguir.

São vários os aspectos positivos do Protocolo de Arbitragem do MERCOSUL. Em primeiro lugar, mesmo não havendo grandes inovações no campo jurídico, o diploma vem para regular as relações entre particulares, pessoas físicas ou jurídicas, o que não era previsto até então.

Outro aspecto diz respeito à institucionalização da arbitragem no MERCOSUL, o que se demonstra de extrema relevância quando se verifica que os países-membros têm uma tradição estatalista, sobretudo no âmbito do Judiciário.

Logo, o Protocolo vem para dar maior conhecimento ao instituto da arbitragem, extremamente utilizado na prática comercial internacional, sobretudo pelas grandes corporações.

Como último ponto, cabe ressaltar sua importância no tocante ao desenvolvimento e aumento do número de Câmaras de Arbitragem nos países membros do MERCOSUL, uma vez que as poucas instituições do gênero que existem não são conhecidas ou apresentam uma estrutura pequena para absorver os potenciais usuários de seus serviços.

As partes poderão de forma livre escolher o Tribunal Arbitral ou Árbitro para solucionar o conflito, sendo de convenção das partes também a forma como se dará a arbitragem, a saber, de direito ou por eqüidade. A convenção arbitral é autônoma em relação ao contrato, vale dizer: se o contrato que desencadeou a arbitragem contiver vícios, a convenção em momento algum ser torna viciosa.

1

LEE, João Bosco. Arbitragem comercial internacional nos países do Mercosul. Curitiba: Juruá, 2005. p. 319.

2

Artigo 23 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

3

Artigo 24 do Protocolo de Las Leñas. Disponível em <http://www.mercosur.org.uy>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

4

Margem nacional aqui também tem o mesmo sentido àquele da jurista francesa Mireille Delmas-Marty. Compõe a margem nacional tudo aquilo que não é legislado pelo grupo integracionista, ficando a cargo do poder legislativo dos Estados-partes. DELMAS-MARTY, Mireille. Por um direito comum. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 162-178.

5

Artigo 24: ―Os procedimentos, inclusive a competência dos respectivos órgãos jurisdicionais, para fins de

reconhecimento e execução das sentenças ou dos laudos arbitrais, serão regidos pela lei do Estado requerido‖.

(23)

23

Uma empresa estrangeira que contrata com uma empresa nacional, não confiará na jurisdição pátria, pois teme que não seja respeitado o princípio da imparcialidade na nossa organização judicial.

Como bem destaca Pucci, ―de forma geral as quatro legislações (dos países do MERCOSUL) coincidem em autorizar a submissão à arbitragem daquelas controvérsias que têm por objeto direitos disponíveis pelos particulares, de caráter patrimonial, que não afetem a ordem pública e que sejam suscetíveis de transação‖

1

. 4. O Regulamento Modelo de Arbitragem Comercial Internacional para as Instituições Arbitrais do MERCOSUL

Além dos já analisados Protocolo de Las Leñas e Acordo de Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL, completa a normativa mercosulina acerca da arbitragem comercial internacional no âmbito do bloco, o Regulamento Modelo de Arbitragem Comercial Internacional para as Instituições Arbitrais do MERCOSUL.

O Regulamento trata de questões procedimentais, da composição do Tribunal Arbitral, da forma e dos efeitos do Laudo Arbitral, assim como das custas do procedimento arbitral.

Note-se que o Regulamento não tece quaisquer diretrizes acerca da execução dos laudos arbitrais comerciais, razão pela qual não será feita uma analise pormenorizada nesse trabalho.

5. O estado da questão no Brasil

Brasil - Lei da Arbitragem – Artigo 3 - As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem (...) Este sistema brasileiro é chamado de monista, sendo, também, escolhido por outras legislações, como a lei inglesa e a convenção de Nova Iorque (1958). Do lado oposto, ou seja, aquelas legislações que diferenciam arbitragem interna e arbitragem internacional, há como exemplo os países que adotaram ipsis litteris a lei modelo da UNCITRAL e a lei francesa.

A arbitragem é um dos instrumentos de solução de conflitos mais antigo que existe e sempre teve atuação marcante na história brasileira, como na própria formação de parte expressiva do nosso território terrestre.

Por essas razões, dentre outras, é de estranhar que a arbitragem só tenha ganhado força normativa no direito brasileiro com a Lei 9.307/96.

A Emenda Constitucional nº. 45/2004 trouxe uma grande mudança no que tange a homologação de sentenças e laudos arbitrais estrangeiros, pois alterou o disposto no art. 105 da Constituição da República Federativa do Brasil, acrescentando a alínea ―i‖ ao mencionado artigo, transferindo assim a competência exclusiva para homologar sentenças estrangeiras do Supremo Tribunal Federal para o Superior Tribunal de Justiça.

Atualmente, para que as decisões estrangeiras tenham validade e produzam efeitos dentro do território nacional é necessária a homologação da sentença pelo STJ. O trâmite legal deste procedimento homologatório deveria estar previsto no Regimento Interno do STJ. Porém, como a alteração é recente, a previsão legal está na Resolução 09, editada pelo STJ para regular esta matéria e outras, como a concessão de cartas rogatórias e expedição de exequatur, também introduzidas pela EC 45/2004.

A homologação pode ser parcial, nos casos em que o STJ entender que só uma parte da decisão está de acordo com as regras homologatórias. Pode, ainda, ser admitida a tutela antecipada em casos de urgência. O juízo homologatório é apenas de delibação, não se adentrando no mérito da questão, devendo ser observado os seguintes requisitos: laudo arbitral ou sentença proferida por autoridade competente; partes citadas ou verificada legalmente a revelia; trânsito em julgado da decisão; a decisão deve estar autenticada por cônsul brasileiro e traduzida por tradutor oficial ou juramentado.

Deve-se, ainda, observar se o laudo ofende a soberania ou a ordem pública nacional.

Após ter sido relegado a segundo plano por muito tempo no direito brasileiro, o tema da arbitragem vem merecendo destaque na jurisprudência, na doutrina e na prática negocial.

Sobre o tratamento da matéria pela jurisprudência, deve-se lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2001 pela plena constitucionalidade da Lei de Arbitragem

2

. Essa decisão foi muito importante

1

PUCCI, Adriana Noemi. Arbitragem Comercial nos Países do Mercosul. São Paulo: Editora LTR, 1997. p. 8.

2

STF, Plenário, Agravo Reg. em Sentença Estrangeira n. 5.206-7, rel. Min. Presidente, DJU de 30.4.2004.

(24)

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porque tranqüilizou os meios jurídico e empresarial quanto à utilização da referida lei na celebração de negócios, sobretudo internacionais. Destacam-se também as decisões proferidas desde então pelo Judiciário brasileiro que tem favorecido o instituto da arbitragem, desmistificando a idéia de que a justiça estatal seria refratária ao meio alternativo de solução de controvérsias.

O acordo foi aprovado pelo Brasil com reserva do artigo 10, que prevê o critério de determinação da lei aplicável ao mérito da arbitragem.

A regra prevalecente no direito internacional é a da autonomia da vontade: as partes, que optam por subtrair as suas controvérsias do âmbito do judiciário e submetê-las à arbitragem também são livres para determinar a lei aplicável pelo tribunal arbitral. No silêncio das partes, caberá a este último decidir a respeito. Caso essa omissão das partes ocorra perante a jurisdição estatal, a autoridade competente para julgar a questão recorrerá ao seu direito internacional privado e, com base nas regras de conexão do foro, determinará a lei aplicável à hipótese.

Contudo, não se pode utilizar na arbitragem a mesma sistemática, já que o árbitro não dispõe de "lex fori", e assim não tem regras de conexão a que recorrer. Neste sentido, louvável a reserva feita pelo Executivo, que suprimiu a menção feita ao direito internacional privado, e assim o tribunal arbitral decidirá a lide aplicando a lei material que considerar cabível.

6. Considerações Finais

O MERCOSUL diante de seu gradual crescimento, ainda aquém do desejado, pela falta de cumprimento no sentido estrito dos objetivos propostos pelo mercado comum, emperrando o desenvolvimento do mesmo, clama por mudanças radicais, para que aflore no contexto do Comercio Internacional.

Infelizmente, como nem sempre a paz é mantida nas relações entre indivíduos, sejam eles privados ou públicos, pessoas naturais ou jurídicas, necessário se faz a existência de mecanismos de solução de controvérsias capazes de por fim às demandas com o retorno da paz social.

Como o MERCOSUL não possui, ainda, um órgão supranacional, representado por um tribunal

especializado somente para dirimir os conflitos oriundos de suas relações, a arbitragem vem a ser

instrumento efetivo de solução de controvérsias, célere, sigilosa, transparente e especializada, sem deixar de

lado a imparcialidade, bom senso e força de sentença encontrado nos juízes de direito.

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Referências:

ARAÚJO, Nádia de. ―Mecanismo de Solução de Conflitos‖. In: A agenda política e institucional do Mercosul. Fundação Konrad Adenauer, 1997.

AMARAL, Antonio Carlos Rodrigues. Arbitragem no Brasil e no Âmbito do comércio Internacional.

Disponível em <http:// www.hottopos.com/harvard4/ton.htm>.

BARRAL, Weber. A arbitragem e seus mitos. Florianópolis: OAB/SC, 2000.

DELMAS-MARTY, Mireille. Por um direito comum. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

LEE, João Bosco. Arbitragem comercial internacional nos países do Mercosul. Curitiba: Juruá, 2005.

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Disponível em <http://

www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/relext/mre/orgreg/mercom/index.htm>.

OST, François. Contar a lei: as fontes do imaginário jurídico. Tradução de Paulo Neves. São Leopoldo:

UNISINOS, 2004.

PUCCI, Adriana Noemi. Arbitragem Comercial nos Países do Mercosul. São Paulo: Editora LTR, 1997.

TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo. Arbitragem como meio de solução de conflitos no âmbito do Mercosul e

a imprescindibilidade da corte comunitária. Revista do Tribunal de 14 Contas do Estado de Minas Gerais,

Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 15-42, abr./jun. 1997.

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O FUNDAMENTO DA AUTONOMIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA ARBITRAL E A

“EXTENSÃO” DE SUA EFICÁCIA NOS GRUPOS SOCIETÁRIOS E CONTRATUAIS AGATHA BRANDÃO DE OLIVEIRA

1

VALESCA RAIZER BORGES MOSCHEN

2

RESUMO

No presente artigo, apresenta-se a discussão acerca das possibilidades e dos limites da ―extensão‖ da eficácia da cláusula arbitral perante o fundamento basilar da autonomia na arbitragem. Propõe-se analisar questões controversas como: Poderia uma parte que não assinou a convenção arbitral, invocar o pacto arbitral ou ser demandada com base nele? Seria possível estender a convenção a outrem que não participou do nascedouro legítimo da vontade una das partes? Como se conforma uma adequada de extensão sem ser abrupta? Tais pontos concernem ao desafio da interpretação sobre a manifestação da vontade no procedimento arbitral diante da imprescindível autonomia arbitral em situações complexas, nas quais a abrangência eficaz da convenção arbitral se apresenta no âmbito dos grupos societários assim como nas teias contratuais.

PALAVRAS-CHAVE

ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL; EXTENSÃO DA CLÁUSULA

COMPROMISSÓRIA; TEORIA DA UNIDADE ECONÔMICA DO GRUPO;

1

Bacharelanda em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e estudante de Relações Internacionais na Universidade de Vila Velha (UVV), desenvolvendo linha de pesquisa em Arbitragem Comercial Internacional.

2

Coordenadora do programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES),

Professora Adjunto do Departamento de Direito da UFES e Doutora em Direito e Relações Internacionais pela

Universidade de Barcelona.

Referências

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