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Patologia dos Revestimentos Cerâmicos

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Academic year: 2021

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(1)

Patologia dos

(2)

Introdução

Esta exposição tem por objetivo apresentar as

patologias mais freqüentes e significativas

encontradas em pisos e paredes, internos e externos,

revestidos com cerâmicas.

As patologias foram classificadas quanto aos tipos

de defeitos, formas de manifestação, causas, formas

de evitar seu aparecimento e procedimentos para a

sua recuperação.

(3)

Requisitos funcionais

 Desempenho térmico (principalmente isolação);  Desempenho acústico (principalmente isolação);  Estanqueidade à água;

 Controle da passagem de ar;

 Proteção e resistência contra o fogo;

 Desempenho estrutural (estabilidade, resistência mecânica e adequada

deformabilidade);

 Controle de iluminação (natural e artificial) e de raios visuais (privacidade);  Durabilidade;

 Custos iniciais e de manutenção adequados;  Padrões estéticos (conforto visual);

(4)

Causas possíveis

Seleção equivocada de produtos para ambientes mais

agressivos que sua característica de uso;

Técnica inadequada de assentamento por ausência de juntas

de expansão ou deformação devido à má impermeabilização;

Desconhecimentos das tensões provenientes de movimentos da

base;

(5)

Revestimento cerâmico

Disposição em profundidade:

1.

Substrato em concreto ou alvenaria,

2.

Argamassa de regularização,

3.

Argamassa de assentamento e

4.

Peça cerâmica e rejuntamento

(6)

Escolha do produto

Local do assentamento: piso ou parede

Ambiente: externo ou interno

Área: seca ou úmida

Condições especiais: piscina, sauna, fachada

Condições de uso: residencial, comercial, fábrica, área

social, área íntima, tráfego

(7)

Principais deteriorações

Descolamento de placas cerâmicas

Eflorescências

Sinais de riscos e desgastes

(8)

Descolamento de placas cerâmicas

1.

Formas de manifestação

: descolamento da base

sobre a qual foi assentada, muitas vezes

apresentando o tardoz limpo, o que aponta para

uma deterioração lenta e gradual;

2.

Causas

: desenvolvimento de tensões maiores que a

resistência de aderência, que podem ter resultado

de movimentos diferenciais ou de acomodação da

edificação

(9)

Movimentos diferenciais - Retração por secagem

Função da composição da argamassa e do concreto,

da proporção cimento:agregados, do fator A/C

(água:cimento), da velocidade de evaporação do

excesso d água.

Surge no 1º ano após o assentamento.

Aderência é função da espessura da argamassa,

quanto mais fina, mais rápido solta.

Placas espessas resistem melhor e encunham mais

(10)

Movimentos diferenciais – variações térmicas

As diversas camadas (substrato, regularização, colante

e cerâmica) têm coeficientes de dilatação diferentes e

sofrem tensões de escorregamento umas em relação

às outras.

(11)

Movimentos diferenciais – expansão do

revestimento cerâmico

Por absorção e perda de água motivadas por variação

de umidade, por lavagens e por chuvas.

As expansões podem atingir a 0,5 %.

As cerâmicas vítreas com baixa porosidade são as

(12)

Absorção de água – NBR 13.818

Grupo Absorção de água (%) Tipo

BIa

a < 0,5

Porcelanato

BIb

0,5 < a < 3,0

Grês

BIIa

3,0 < a < 6,0

Semigrês

BIIb

6,0 < a < 10,0

Semiporoso

BIII

10,0 < a

Poroso e Azulejo

B significa que o produto é prensado

(13)

Descolamento de placas cerâmicas

3.

Prevenção

i.

Selecionar sempre as cerâmicas mais antigas,

melhor vitrificadas e com menor absorção de água;

ii.

Projetar juntas para evitar ruptura da aderência;

iii.

As juntas absorvem parte das deformações dos

revestimentos cerâmicos, permitem que as

diferenças dimensionais entre as placas sejam

(14)

Juntas

Juntas de assentamento – espaço entre as placas;

Juntas de movimentação – espaço entre as partes da

superfície para absorção dos movimentos e alívio das

tensões;

Juntas de dessolidarização – espaço regular no

encontro entre revestimentos diferentes ou mudança

de direção do plano a ser revestido;

Junta estrutural – espaço regular previsto para alívio

(15)

Eflorescências

1.

Forma de manifestação

São depósitos salinos esbranquiçados. Mais

frequente nas peças não vidradas de cor vermelha.

Aí, os sais são solúveis em soluções ácidas diluídas.

Nas cerâmicas vidradas é acompanhada por líquido

viscoso nas bordas das placas ou nas falhas do

vidrado. Este líquido, ao secar, apresenta-se como

sal pouco pulverulento ou como substância

translúcida, rígida e quebradiça. Aqui, os sais não

são solúveis.

(16)

Eflorescências

Resistências a manchas

Classe

Resistência

3

removível com produto de limpeza forte

4

removível com produto de limpeza fraco

5

máxima facilidade de remoção de manchas

Resistência a ataques químicos

É obrigatória a resistência a ataques químicos dos produtos

de limpeza domésticos

(17)

Eflorescências

2.

Causas

2.1. Revestimentos cerâmicos não vidrados

Ocorrem sais de metais alcalinos (Na, K), alcalino-terrosos

(Ca,Mg), solúveis em água e a umidade os dissolve. Na secagem

da superfície, a solução migra para a superfície e, por evaporação,

resulta um depósito salino.

O fenômeno se dá quando coexistem três características:

a.

Existem sais solúveis na base ou no material cerâmico,

b.

Umidade constante;

(18)

Eflorescências

2.

Causas

2.2. Revestimentos cerâmicos vidrados

O líquido exsudado é constituído por silicatos alcalinos, principal-

mente de Na e K e, em menores proporções de Ca e Mg.

Tais sais solúveis depositam-se no interior das microfissuras, não

permitindo a remoção por processos de limpeza usuais, às vezes

nem mesmo com soluções ácidas diluídas.

(19)

Eflorescências

3.

Prevenção

3.1. Não vidrados:

Não utilizar materiais com alto teor de sais solúveis. Utilizar

revestimentos mais bem queimados. Atenção aos compostos

com pirita (FeS), que calcinando gera anidrido sulfúrico!

Atenção aos gases da queima com SO2 que reagem com óxidos

da argila formando sulfatos de Na, K, Mg e Ca!

3.2. Vidrados:

Eliminar a água da base do assentamento! Secar bem a base,

aplicar brita para interromper a ascensão capilar. Caso o piso

seja abaixo da cota do lençol de água, é necessário

(20)

Sinais de riscos e desgastes

1.

Forma de manifestação

Consiste no desgaste num período muito curto de meses.

Nos vidrados, nota-se uma remoção local do vidrado.

Os sinais podem ser devidos a:

1.1. Seleção inadequada do tipo de revestimento para o

ambiente;

1.2. Baixo desempenho da cerâmica, por resistência à abrasão

inferior ao necessário;

1.3. Serviços de manutenção e limpeza inadequados. A palha de

aço deve ser evitada bem como as pastas abrasivas.

(21)

Sinais de riscos e desgastes

2. Classes de resistência à abrasão

0

baixíssima

1 (PEI 1)

baixa

2 (PEI 2)

média

3 (PEI 3)

média alta

4 (PEI 4)

alta

5 (PEI 5)

altíssima, s/ mancha depois da abrasão

Em ambientes de circulação intensa de pedestres: usar não vítrea

(22)

Fratura, lascamento e esfarelamento

1.

Forma de manifestação

Fratura – Fissura que atravessa a peça cerâmica;

Lascamento ou esfoliamento – Ocorre ao longo do bordo

Esfarelamento – Mossa superficial ou atravessando.

2.

Causas

Fratura – Resistência insuficiente para ação localizada;

Mossa - Resistência insuficiente para objetos pesados;

Lascamento - Resistência insuficiente para pontiagudos.

(23)

Fratura, lascamento e esfarelamento

3.

Prevenção

Substrato plano;

Distribuição uniforme da cola e aditivos;

Execução de juntas de movimentação e de

dessolidarização;

Revestimentos sem expansão exagerada em contato

(24)

Normas Técnicas

 NBR 7175/03 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos

 NBR 7200/98 – Exec de revest de paredes/tetos argam inorg – Procedim  NBR 9817 – Execução de piso com revestimento cerâmico

 NBR 11801/92 - Argamassa de alta resistência mecânica para pisos

 NBR 12260/90 - Execução de piso com argam de alta resistência mecânica  NBR 13281/05 – Argam p/ assent e revest. de paredes e tetos - Requisitos  NBR 13749/96 – Revestim paredes/tetos de argam inorg – Especificação  NBR 14081/98 – Argam colante industr para assent de pl de cerâm - Especif  NBR 13753/96 – Revestim piso int ou ext com placas cerâm e com utiliz de

argam colante

 NBR 13754/96 – Revestim de paredes int com placas cerâm e com utiliz de

argam colante – Procedimento

(25)

Termos Gerais

 BISCOITO: No revestimento esmaltado, é a face inferior, formada de argila

e outras matérias primas, na qual é aplicado o esmalte.

 ENGOBE: Uma cobertura argilosa com acabamento fosco. Pode ser

permeável ou impermeável, branca ou colorida. As placas cerâmicas

produzidas em fornos de rolos possuem uma aplicação de engobe, no lado do tardoz, destinada a permitir a movimentação dentro do forno sem grudar sobre os rolos.

 TARDOZ OU MURATURA: É o relevo no lado do avesso da peça, destinado a

melhorar a aderência. Pode ser constituído por saliências (caso normal para pisos e paredes interiores) ou por reentrâncias com forma de rabo de

andorinha, específico para usos especiais, tais como fachadas.

 ESMALTADOS: São placas compostas pelo biscoito e em seguida

esmaltadas. São representadas pelo símbolo - GL (glazed).

 NÃO ESMALTADOS: São placas compostas apenas pelo biscoito, sem

aplicação da camada de esmalte. São representadas pelo símbolo - UGL (unglazed).

 ESMALTE: É uma cobertura vitrificada, impermeável, aplicada sobre o corpo

ou biscoito das placas cerâmicas.

 EXTRUDADOS: É um processo de conformação de peças cerâmicas, ainda

no estado plástico, através de extrusão. Este processo é representado pela letra A. Pode ser tipo ‘precisão’ e tipo ‘artesanal’.

(26)

Termos em argamassas e rejuntes

TEMPO EM ABERTO: é o intervalo entre a aplicação da

argamassa até a formação de uma pele que impede a

aderência. É o intervalo máximo de tempo, depois de

estendidos os cordões, em que as placas ainda podem ser

assentadas dentro da resistência de arrancamento estabelecida

em norma.

TEMPO DE MATURAÇÃO: É o intervalo de tempo de descanso

da argamassa colante após sua mistura - entre 10 a 15 minutos

- e serve para que os aditivos possam iniciar sua reação. Após

este tempo, a argamassa deve ser rapidamente remisturada e

está pronta para o uso.

(27)

Identificações nas embalagens

As placas cerâmicas devem conter as seguintes informações nas suas embalagens:

 Marca do fabricante e o país de origem;  Identificação de primeira qualidade;

 Grupo de classificação (Referência à norma NBR 13 818 e ISO 13006);  Tamanho nominal (N); Dimensão de fabricação (W); Modular (M) ou não

modular; GL de esmaltado (glazed) ou UGL de não esmaltado (unglazed);

 Classe de abrasão para pavimentos esmaltados;  Nome e código do produto;

 Referência de tonalidade do produto;

 Código de rastreamento do produto (ex: data, turno, lote de fabricação);  Número de peças;

 Metros quadrados que cobrem;

(28)

Termos Gerais

PLACAS ou PEÇAS CERÂMICAS: São placas feitas de argila e outras

matérias primas inorgânicas geralmente utilizadas para revestir pisos

e paredes. São conformadas por extrusão (processo representado

pela letra A) ou por prensagem (processo representado pela letra B);

em seguida são secadas e queimadas à temperatura acima da

incandescência. São incombustíveis e não são afetadas pela luz.

Podem ser esmaltadas ou não esmaltadas, em correspondência aos

símbolos GL (

glazed

) ou UGL, (

unglazed

).

POLIMENTO: É um acabamento mecânico aplicado sobre a superfície

de um revestimento não esmaltado, como última fase do processo de

fabricação. Resulta num brilho-espelho, não constituído por esmalte.

PRENSADOS: É um processo de conformação de peças cerâmicas

através de prensagem a partir de uma mistura finamente moída. Este

processo é representado pela letra B.

REVESTIMENTO CERÂMICO: Entende-se como revestimento

(29)

Termos dimensionais

DIMENSÃO NOMINAL (N): É a dimensão utilizada para descrever o

formato do produto.

CALIBRES: Os lados das placas cerâmicas são medidos e classificados

pelo fabricante em faixas de dimensão denominados calibres, como o

exemplo a seguir, de placas 200 x 200 mm : 197- 198 mm, 198-

199mm, 199- 200 mm.

MÓDULO (M): É a dimensão de fabricação W, acrescida da largura da

junta (J).

FORMATO: Descreve a dimensão nominal N (10X10, 20X20, 30x30

cm).

ESPAÇADORES (saliências distanciadoras): São oito protuberâncias

localizadas ao longo das bordas das placas. Quando duas placas são

colocadas lado a lado, as saliências distanciadoras adjacentes

separam as placas por uma distância não menor do que a largura

especificada para a junta. As saliências distanciadoras são produzidas

com uma espessura menor que as placas, de modo que as juntas

possam ser preenchidas com rejunte, sem que as saliências

permaneçam expostas.

(30)

Termos sobre a forma

RETITUDE LATERAL: É a

flecha do lado, medida

no sentido do plano da

peça.

ORTOGONALIDADE

(esquadro): É o desvio

dos ângulos com relação

ao ângulo reto, ou seja,

o esquadro da peça, sua

(31)

Termos sobre a forma

curvatura central: é a flecha

vertical no centro da peça,

referida percentualmente à

diagonal.

curvatura lateral: é a flecha

vertical no centro do lado,

referida percentualmente ao

lado.

empeno: é o desvio de um

vértice com relação ao plano

dos outros três. Pode ser

visualizado como o balanço

da peça sobre uma diagonal

(32)

Declarações e identificações nos catálogos

Nos catálogos, folhetos técnicos e informativos das

placas cerâmicas devem constar informações sobre as

seguintes classes de qualidade ISO ou NBR:

Grupo de classificação, conforme NBR 13 817;

Classe de abrasão dos pisos - de 0 a 5;

Classe de resistência química - A, B, C;

Classe de resistência a manchas - de 0 a 5;

(33)

Resistência à abrasão superficial (PEI)

A resistência à abrasão é uma característica importante na

especificação de pisos cerâmicos. Alguns revestimentos cerâmicos

estão preparados para suportar o tráfego intenso de uma indústria,

por exemplo, sem sofrer danos; outros suportam apenas pequeno

fluxo, como em banheiros residenciais.

Para diferenciar as placas cerâmicas esmaltadas, foi adotada a escala

PEI (Porcelain Enamel Institute) que varia de 0 a 5. Esta classificação

descreve a resistência ao desgaste superficial do esmalte da placa

cerâmica em decorrência do trânsito de pessoas e contato com

objetos. Juntamente com a absorção de água, as classes de

resistência à abrasão formam o conjunto das principais características

para pisos.

A diferença fundamental entre esmaltados e não esmaltados é que a

placa cerâmica esmaltada possui duas camadas distintas, o biscoito e

o esmalte na superfície e estas apresentam características físicas e

químicas diferenciadas, enquanto os revestimentos não esmaltados

se constituem de um corpo único. As placas cerâmicas esmaltadas

são sempre ensaiadas por abrasão superficial (NBR 13818-D),

(34)

Resistência à abrasão superficial (PEI)

PEI Resistência à abrasão USO

Grupo 0 PEI-0 Baixíssima não para pisos

Grupo 1 PEI-1

Baixa ambientes onde se

caminha com pés

descalços ou chinelos Grupo 2

PEI-2 Média ambientes residenciais sem portas para

ambientes externos Grupo 3

PEI-3 Média Alta ambientes residenciais com portas para

ambientes externos Grupo 4

(35)

Resistência ao gretamento

A resistência ao gretamento é

característica exigida para todas as placas cerâmicas e garantida para produtos com certificação CCB/ Inmetro.

A gretagem apresenta-se através do aparecimento de várias microfissuras em forma de círculos irregulares ou uma teia de aranha na superfície esmaltada da peça. Essas fissuras são semelhantes a um fio de cabelo e acontecem apenas em placas

esmaltadas.

O gretamento ocorre principalmente em decorrência da expansão por

umidade, que provoca o aumento do corpo cerâmico e aparecimento de tensões na camada de esmalte. Como conseqüência, o esmalte fissura,

criando pequenas fendas, tão finas como fio de cabelo (NBR 13818-F)

(36)

Expansão por umidade

A expansão por umidade ocorre com maior freqüência em lugares

com altos índices de umidade, como banheiros, piscinas, saunas;

significa o aumento nas dimensões da peça cerâmica em função da

absorção da umidade pelas partículas de argila - quando estas estão

mal moídas ou sinterizadas - (NBR 13818-J). A expansão por

umidade está diretamente relacionada ao processamento de

fabricação.

É a característica tecnológica que melhor permite avaliar a qualidade

da massa cerâmica. Quando a queima é parcial, feita em temperatura

insuficiente, feita em tempo rápido demais ou a moagem é grosseira,

a reação cerâmica é incompleta e o produto apresenta expansão por

umidade que pode produzir gretagem ou estufamento. O limite

recomendado por norma é de 0,6 mm/m. (CCB, 1995).

A expansão é, freqüentemente, a maior responsável pelo

descolamento das peças, agindo isoladamente ou em conjunto com

outros fatores, como a ausência de juntas de assentamento, por

(37)

Resistência ao risco - Dureza Mohs

Significa o desgaste da peça cerâmica através do risco, com perda de brilho e de

beleza. A classificação que define resistência ao risco para vários tipos de produtos adota a escala Mohs. Todos os pisos riscam, em proporções diferentes. Produtos com aparência brilhosa tendem a riscar com maior facilidade, pois possuem

resistência ao risco mais baixa que produtos com acabamento rústico, que possuem classe de resistência ao risco mais alta.

Assim, em áreas externas e entradas, os pisos rústicos são mais recomendados. Os revestimentos lisos e brilhosos devem ser utilizados para áreas internas, quando a sujeira do sapato já foi deixada para trás. Ao se especificar pisos brilhantes para entradas, deve-se ter o cuidado de colocar faixas de capacho e/ou pisos rústicos, de forma a reter a sujeira dos sapatos.

Em geral, a resistência ao risco em placas cerâmicas esmaltadas brilhantes é inferior a 4 (menos resistente) e, em produtos rústicos, superior a 7 (mais resistente).O

desgaste por risco e o desgaste por abrasão (relatado pelo PEI) são propriedades distintas, no entanto constantemente confundidas. Pode haver desgaste por risco sem haver desgaste por abrasão, mas o contrário não é possível. O desgaste por abrasão ocorre após um determinado tempo de uso e é provocado pelo tráfego constante e repetitivo, quando a camada superficial do esmalte é gradativamente removida (podendo haver também a presença de risco), fazendo aflorar os

microporos internos da camada de esmalte, onde a sujeira penetra e se acumula, encardindo o piso. No caso do risco, o processo é mais rápido, pois o esmalte é removido - riscado - pela fricção de uma partícula, em geral de areia ou por outro material de dureza superior ao piso, podendo ocorrer ainda na primeira semana de

(38)

Resistência a manchas - classes de limpabilidade

A classe de resistência a manchas indica a facilidade de limpeza das

placas cerâmicas. Quando a placa consegue ser limpa apenas com

uso de água, é considerada com grande facilidade de limpeza (classe

5); mas quando há impossibilidade de remoção de manchas, mesmo

com produtos de limpeza fortes, esta cerâmica é considerada classe

1. A classificação a seguir mostra as cinco classes de limpabilidade

(NBR 13818-G)

Deve-se considerar a interrelação entre a classe de limpabilidade e o

coeficiente de atrito para algumas cerâmicas com superfícies rugosas

ou granilhadas. Nestas situações, quanto maior a resistência ao

escorregamento, mais difícil de limpar a placa. Quando as duas

características são requeridas para o mesmo uso, deve ser realizada

uma avaliação crítica para definir prioridades.

Os revestimentos cerâmicos com superfície lisa não retêm poeira

nem resíduos; essas partículas não conseguem aderir na superfície

(39)

Resistência a manchas - classes de limpabilidade

Classe

Remoção da Mancha

5

máxima facilidade de remoção - com água quente

4

removível com produto de limpeza fraco - detergente

neutro

3

removível com produto de limpeza forte - saponáceo

2

removível com ácido clorídrico, hidróxido de potássio,

tricloroetileno

(40)

Resistência ao ataque químico

A resistência ao ataque químico significa a capacidade da

superfície cerâmica em manter-se inalterada quando em

contato com determinadas substâncias e produtos (NBR

13818-H). Os revestimentos estão sujeitos a vários tipos de ataques

químicos. Os mais comuns são os proporcionados por produtos

de uso doméstico comuns, por produtos de limpeza, ácidos e

álcalis. Em geral, os revestimentos cerâmicos apresentam uma

boa resistência ao ataque químico.

Produtos não esmaltados, com baixa absorção de água,

comumente têm excelente resistência química.

Existem três classes de resistência aos agentes químicos:

(41)

Resistência ao escorregamento - coeficiente de atrito

 A resistência ao escorregamento atesta a segurança do usuário ao caminhar

pela superfície, seja revestida ou não com placas cerâmicas, principalmente na presença de água, óleo ou qualquer outra substância ou em superfícies de aclive e declive. Dessa forma, não existem produtos antiderrapantes, mas sim condições de menor ou maior resistência ao escorregamento.

 Muitos dos pisos cerâmicos, esmaltados ou não esmaltados, apresentam

rugosidades ou adição de cristais de óxido ou de areia abrasiva sobre sua superfície, o que aumenta substancialmente sua resistência ao

escorregamento. O coeficiente de atrito dinâmico é considerado o parâmetro para mensurar o índice de escorregamento; maior atrito => menor

escorregamento (NBR 13818-N).

 No entanto, quanto maior o coeficiente de atrito, mais áspera é a superfície

e maior é a dificuldade de limpabilidade. Assim, o índice 01 de coeficiente de atrito seria ótimo se considerado isoladamente; mas, quando é necessário unir resistência ao escorregamento com a facilidade de limpeza, o ideal é ficar entre os limites de segurança apresentados na tabela a seguir.

 Os pisos cerâmicos com maior resistência ao escorregamento são

particularmente indicados para superfícies próximas a piscinas, rampas, degraus, banheiros, locais laváveis constantemente e áreas externas, além de ambientes públicos em geral e áreas industriais, ambientes hospitalares e laboratórios.

(42)

Resistência ao escorregamento - coeficiente de atrito

Valor

Indicações

< 0,4

Satisfatório para instalações normais

0,4 a 0,7 Recomendado para uso onde se requer

resistência ao escorregamento

> 0,7

Recomendado para locais onde o risco de

escorregamento é muito intenso (áreas

(43)

Outras características

Permanência da cor - Enquanto outros materiais têm sua coloração alterada em

função da exposição à luz solar, os revestimentos cerâmicos permanecem

inalterados. a ação da luz, mesmo os raios ultravioletas, não provoca perda de cor nem desbotamento da superfície cerâmica, mantendo estáveis suas cores. Trata-se de uma característica importante para uso em pisos ou paredes que estejam

expostos às radiações solares diariamente.

Resistência ao fogo - Comparado com outros materiais de construção, estudos

apontam os revestimentos como um dos mais resistentes (e seguros) quando

submetidos ao fogo. Os revestimentos cerâmicos são à prova de fogo em qualquer temperatura. A cerâmica não queima nem propaga o fogo e sua superfície não exala qualquer tipo de gás tóxico ou vapores durante a presença de chamas. Essa é uma característica muito importante na hora de escolher qualquer material para um

edifício.

Higiene - A superfície dos revestimentos cerâmicos não retém líquidos, não absorve

vapores, poeira, odores nem fumaça. São, portanto adequados a ambientes onde a higiene é essencial.

Condutividade elétrica - Materiais cerâmicos são isolantes elétricos, logo não

acumulam cargas eletrostáticas substanciais. Conseqüentemente, choques devido a cargas eletrostáticas ocorrem raramente.

Condutividade térmica - Os revestimentos cerâmicos têm um desprezível

coeficiente de condutividade térmica (0,5 a 0,9 kcal/m.h.ºC), sendo portanto um excelente isolante térmico, se comparado com mármores, granitos e argamassas.

(44)

Argamassas colantes para assentamento

 A introdução da argamassa colante ocorreu nos anos 60 em função da

necessidade de racionalizar o processo de assentamento dos revestimentos cerâmicos. A crescente demanda dos revestimentos cerâmicos, executados pelo processo convencional, não conseguia alcançar uma produtividade satisfatória, mesmo com o treinamento adequado. Foi então necessário encontrar um material capaz de ‘colar’ os revestimentos cerâmicos. Dessa forma surgiram as argamassas colantes, hoje largamente utilizadas na indústria do revestimento cerâmico.

 A primeira Norma Brasileira a falar sobre argamassa colante, citada como

‘adesivos à base de cimento’, foi a NBR 8214:1983 "Assentamento de Azulejos - Procedimento". Esta norma apresenta o procedimento a ser empregado no assentamento de azulejos com os adesivos à base de

cimento. A única exigência desta norma - para as argamassas adesivas - era a resistência de aderência do revestimento que, aos 28 dias de idade,

deveria apresentar em pelo menos 4 de 6 determinações, uma resistência de aderência igual ou superior a 0,3 MPa.

(45)

Classificação segundo seus componentes e aditivos

Argamassas de base cimentícia

, onde o ligante principal é o

cimento Portland, e que são denominadas como argamassas

colantes.

Argamassas monocomponentes: uma mistura de cimento Portland,

areia e aditivos retentores de água. É uma argamassa para

assentamento de camada fina (5 mm), com ótima resistência à água

e ao impacto, é não-inflamável e não necessita pré-umedecer as

peças cerâmicas. Para a preparação, basta acrescentar água;

Argamassas bicomponentes: uma mistura de cimento Portland, areia

e um aditivo especial - em geral, látex - comercializadas em duas

partes, sendo uma pulverulenta e outra na forma de dispersão

aquosa - o aditivo. Esta argamassa é menos rígida e com maior

capacidade de aderência que a argamassa de cimento. E mais

indicada para peças grandes e com baixa absorção de água;

(46)

Classificação das argamassas colantes

Argamassa colante é a mistura de aglomerante(s) hidráulico(s),

agregados minerais e aditivo(s). Tal mistura possibilita, quando preparada em obra com adição exclusiva de água, a formação de uma massa viscosa, plástica e aderente, para a utilização no assentamento de peças cerâmicas e de pedras de revestimento.

 A argamassa colante deve ser flexível, devido à elasticidade e flexibilidade,

para corresponder às deformações originadas pelo movimento da estrutura.

 As argamassas colantes industrializadas recebem, de acordo com suas

propriedades, a seguinte designação normalizada, segundo a ABNT:

 a) AC I: argamassa colante industrializada com características de resistência

às solicitações mecânicas e termoigrométricas típicas de revestimentos internos, com exceção daqueles aplicados em saunas, churrasqueiras e outros revestimentos especiais.

 b) AC II: argamassa colante industrializada com características de

adesividade que permitem absorver os esforços existentes em revestimentos de pisos e paredes externos sujeitos a ciclos de variação termoigrométrica e à ação do vento.

(47)

Classificação segundo seus componentes e aditivos

Adesivos de base não cimentícia: são materiais adesivos cujos ligantes principais são as resinas sintéticas de alto desempenho. São também

compostos de resinas orgânicas e cargas minerais e denominados em função do tipo de resina:

1. Pastas de resina constituídas basicamente de adesivos látex, notadamente o PVA;

2. Resinas de reação, denominadas colas.

O adesivo epóxi é um exemplo dos adesivos de resina de reação e possuem desempenho muito elevado em relação aos demais adesivos. Os materiais de base epóxi ou resina furânica (sem cimento) freqüentemente apresentam propriedades superiores aos materiais à base de cimento (resistência

química, perfeito assentamento). No entanto, são necessários técnicas e materiais especiais para o assentamento e o custo, tanto do material como da aplicação, é mais alto que o assentamento com materiais à base de

cimento. Após o preparo, a argamassa epóxi deve ser utilizada no prazo máximo de 50 minutos.

 No Brasil, o tipo de argamassa mais difundido e utilizado é a argamassa de

base cimentícia monocomponente, com diferentes tipos de aditivos, que necessita apenas a adição de água. As normas brasileiras para argamassa de assentamento referem-se às argamassas colantes monocomponentes.

(48)

Sessão encerrada

Obrigado a todos

Engº Marcelo Iliescu

iliescu@iliescu.com.br

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