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CARIDADE. Sertão Central

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Academic year: 2021

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CARIDADE

Sertão Central

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PESQUISA DE CAMPO, ANÁLISE DE DADOS E PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

Equipe Macrorregional do Sertão Central

C387l Ceará. Secretaria das Cidades

Levantamento de Arranjos Produtivos: Caridade / Secretaria das Cidades. – Florianópolis: Foco Opinião e Mercado, 2014.

26p. : il.

Levantamento realizado no Municipio de Caridade (CE)

1. Pesquisa Socioeconômica. 2. Planejamento Econômico. I. Título CDU: 338

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Michel Temer – Vice-Presidente

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior – MDIC

Mauro Borges Lemos – Ministro de Estado

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

Cid Ferreira Gomes – Governador

Domingos Gomes de Aguiar Filho – Vice-governador

Secretaria de Estado das Cidades

Carlo Ferrentini Sampaio – Secretário Mário Fracalossi Junior – Secretário Adjunto

Magno Silva Coelho – Secretário Executivo

Carolina Gondim Rocha – Coordenadora de Desenvolvimento Urbano e Territorial Pedro Capibaribe – Gerente da CEAFE

Georgiana Mont'Alverne – Analista de Projetos Gilber Costa – Gestão de Convênios

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ (IFCE) – UNIDADE QUIXADÁ

Helder Caldas – Diretor Geral

Joselito Brilhante Silva – Coordenador Macrorregional do Projeto Carlos Alexandre da Silva Pereira – Pesquisador Estagiário Francisco de Assis Bezerra Júnior – Pesquisador Estagiário

Maria Audilene da Silva – Pesquisadora Estagiária

FOCO OPINIÃO E MERCADO Direção da Instituição

Cleisimara Salvador – Diretora Executiva Welinton Lucas dos Santos – Diretor Comercial

Cinthia Fraga – Diretora Administrativa

Equipe Envolvida no Projeto

Cleisimara Salvador / Élvio J. Bornhausen – Coordenadores Executivos Rejane Roecker – Coordenadora Técnica Institucional

Laércio de Matos Ferreira – Coordenador Técnico Local Kélen Gonçalves de Abreu – Especialista em Gestão de Projetos MasanaoOhira – Especialista em Elaboração de Projetos de Pesquisa Juliana RadatzKickhöfel– Especialista em Elaboração de Projetos de Pesquisa

EdimartaSteckertPaladini – Especialista em Aplicação de Pesquisa de Campo Ulisses Karl – Especialista em Aplicação de Pesquisa de Campo

Felipe Ercílio Martins – Administrador do Projeto Kelli Pierini da Silva – Supervisão de Pesquisadores Estagiários

Rodolpho Rodrigues de Souza – Assessoria Técnica em Tecnologia da Informação Bruno de Lima – Especialista em Sistematização de Dados

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governo e da sociedade é criar oportunidades para reduzir as disparidades econômicas e sociais entre a capital e o interior do estado.

O Governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, implementa uma política de desenvolvimento local e regional que incentiva o crescimento das atividades produtivas endógenas. A estratégia de ação está centrada no fortalecimento da governança local e no apoio ao desenvolvimento produtivo dos territórios, incentivando a vocação da região e o empreendedorismo local, inclusive de suas aglomerações produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL).

A opção estratégica pela atuação em aglomerações produtivas e APLs decorre, fundamentalmente, do reconhecimento de que políticas de fomento são mais efetivas quando direcionadas a grupos de empresas e não a empresas individualizadas. O tamanho da empresa passa a ser secundário, pois o seu potencial competitivo advém não de ganhos em escala individual, mas sim de ganhos decorrentes de uma maior cooperação entre essas organizações.

Além disso, vem ao encontro da Política Nacional de APLs do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Plano Brasil Maior e a nova política industrial brasileira do governo federal, as quais, entre outros aspectos, visam à promoção do desenvolvimento local e regional, ao estímulo à inovação e a modernização tecnológica nos processos de gestão no âmbito das organizações, associações e cooperativas de produtores, à melhoria da infraestrutura dos espaços de produção e à ampliação à comercialização de produtos e serviços.

No entanto, a atual falta de informações sobre a configuração destas aglomerações no interior do Ceará cria obstáculos à efetividade das ações a elas direcionadas. É fundamental conhecer quais são os setores com potencial de crescimento nas localidades e os entraves ao seu desenvolvimento.

Como resposta a este cenário, o Governo do Estado e a Secretaria das Cidades está implantando o projeto Observatórios Econômicos Sociais, que tem por objetivo mapear as aglomerações produtivas, bem como os APLs das macrorregiões de Sertão dosInhamuns / Crateús, Litoral Oeste / Ibiapaba, Baturité eSertão Central. Realizado em parceria com Instituições de Ensino Superior de cada região, abrangem 67 (sessenta e sete) municípios, levantando informações que subsidiarão ações futuras dos próprios Observatórios e do Governo.

O estudo “Levantamento de Arranjos Produtivas em Caridade”, ora apresentado, traz um panorama do município, a percepção da comunidade local sobre o desenvolvimento econômico da cidade, suas forças atuais e sua vocação, além das aglomerações produtivas ali identificadas. Dessa forma será possível conhecer o cenário de atuação que se deseja transformar, contribuindo com todos os agentes indutores de desenvolvimento local interessados em investir no município de Caridade.

CARLO FERRENTINI SAMPAIO

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1. OBSERVATÓRIOS ECONÔMICOS SOCIAIS DO CEARÁ ... 6

2. NOTAS METODOLÓGICAS ... 7

2.1. Conceito de Aglomerações Produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL) ... 7

2.2. Coleta de Dados ... 8

2.3. Análise de Dados e Resultados ... 9

3. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO ... 10

3.1. Localização... 10

3.2. População... 11

3.3. Desenvolvimento Humano e Social ... 12

4. MERCADO LOCAL ... 14

5. ARRANJOS PRODUTIVOS IDENTIFICADOS ... 19

6. PERFIL DOS ENTREVISTADOS ... 20

6.1. Sexo ... 20 6.2. Faixa Etária ... 20 6.3. Escolaridade ... 21 6.4. Setor de Atuação ... 21 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 22 Lista de Tabelas... 23 Lista de Figuras ... 24 Lista de Gráficos ... 25

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 6

1. OBSERVATÓRIOS ECONÔMICOS SOCIAIS DO CEARÁ

Os Observatórios Econômicos Sociais do Ceará são fruto da parceria entre o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria das Cidades, que visa o desenvolvimento das aglomerações produtivas do interior do estado. O projeto compreende a instalação de quatro Observatórios, em parceria com instituições de ensino superior nas macrorregiões de Sertão dosInhamuns / Crateús, Litoral Oeste / Ibiapaba, Baturité e Sertão Central, totalizando 67 (sessenta e sete municípios) cearenses.

Os Observatórios Econômicos Sociais se configuram em centros de informação que envolvem a oferta de dados econômico-financeiros, mercados, cenários, clientes, fornecedores, transformados em “informação com valor agregado” para a tomada de decisão.

Para alimentar e direcionar as ações a serem desenvolvidas pelos Observatórios Econômicos Sociais e pelo próprio Governo do Estado nestes municípios,foi realizado o estudo “Levantamento de

Arranjos Produtivos”, do qual trata este documento.

O objetivo geraldo “Levantamento de Arranjos Produtivos”é auxiliar no direcionamento de possíveis investimentos no território, através da leitura e da análise dos seus aspectos potenciais e limitativos e pela identificação de suas aglomerações produtivas, organizadas em APLs ou não.

Nesse contexto, os objetivos específicos são os seguintes:

 Apresentar um panorama das condições demográficas, sociais, empresariais e econômicas do município;

 Identificar os pontos fortes da economia do município e sua vocação na visão da comunidade;

 Avaliar as principais demandas e gargalos produtivos;

 Propor indicadores de acompanhamento das aglomerações produtivas, estabelecendo parâmetros para investigações e mensurações futuras.

Desenvolvida como primeira iniciativa do Observatório Econômico Social da Macrorregião do Sertão Central, este documento apresenta o “Levantamento de

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 7

2. NOTAS METODOLÓGICAS

Este capítulo, inicialmente, apresenta os conceitos adotados neste estudo para caracterizar aglomerações produtivas e APLs. A seguir descreve a forma de coleta e análise dos dados.

2.1. Conceito de Aglomerações Produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL)

Genericamente, aglomerações produtivas podem ser definidas como uma concentração setorial e espacial de empresas (Schmitz e Nadvi, 1999). Já um Arranjo Produtivo Local (APL), segundo o MDIC, caracteriza-se por “aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.”

Conforme Cassiolato, Lastres&Szafiro (2000), as principais peculiaridades de um APL são:

 a dimensão territorial (os atores do APL estão localizados em certa área onde ocorre interação);

 a diversidade das atividades e dos atores (empresários, sindicatos, governo, instituições de ensino, instituições de pesquisa e desenvolvimento, ONGs, instituições financeiras e de apoio);

 o conhecimento tácito (conhecimento adquirido e repassado através da interação, conhecimento não codificado);

 as inovações e aprendizados interativos (inovações e aprendizados que surgem a partir da interação dos atores) e

 a governança (liderança do APL, geralmente exercida por empresários ou pelo seu conjunto representativo – sindicatos, associações).

A abordagem de Arranjos Produtivos, nesse sentido, valoriza a cooperação, o aprendizado coletivo, o conhecimento tácito e a capacidade inovativa das empresas e instituições locais como questões centrais e como funções interdependentes para o aumento da competitividade sustentável, fortalecendo os mecanismos de governança.

Este estudo tem por objetivo identificar os principais Arranjos Produtivos do município e aglomerações de empresas que configurem potenciais APLs, independentemente do seu grau de

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 8

organização. Desta forma, considera a concentração de empresas e/ou trabalhadores em determinada atividade, segundo dados secundários do IPECE, RAIS e IBGE. Além disso, verifica através da sistematização de dados coletados em entrevistas com lideranças e empresários locais, indicativos não contemplados na primeira leitura para atividades consideradas expressivas ou promissoras nos municípios, que devam ser monitoradas pelos Observatórios Econômicos Sociais.

2.2. Coleta de Dados

O estudo foi realizado através do levantamento de dados primários e secundários. Os dados secundários são oriundos da sistematização de informações disponibilizadas por fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos especializados, como IBGE, IPECE, RAIS, MTE. Já os dados primários foram obtidos por “pesquisa de caráter qualitativo”, realizada por levantamento amostral, sendo a coleta executada através de entrevistas pessoais.

A amostra foi integrada por representantes de diferentes segmentos da população ou áreas de atuação no município, isto é, pelo poder público municipal, por empresas privadas (indústria, comércio, serviços), por representantes do setor de agronegócios e por associações ou entidades organizadas.

Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, que visa reduzir a incerteza a respeito dos seus objetivos, foi de fundamental importância que os entrevistados selecionados se caracterizassem como essenciais para o esclarecimento do assunto. Por conta disto, para a realização deste estudo, adotou-se uma amostragem não probabilística e a seleção dos sujeitos levou em consideração os critérios de acessibilidade e intencionalidade (neste caso consideradas as lideranças dos segmentos supracitados). Além disso, a escolha dos mesmos utilizou o estudo dos dados secundários, que apontou quais os setores têm maior representatividade local, totalizando assim, 17 (dezessete) entrevistados.

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 9

2.3. Análise de Dados e Resultados

Os percentuais referentes às respostas da pesquisa não podem ser inferidos para o município de Caridade, visto o levantamento adotar uma amostra não probabilística, com pequeno número de respondentes e intencional. Trata-se de pesquisa qualitativa e as distribuições de frequência representam as respostas, apenas, dos entrevistados na pesquisa.

Os dados oficiais do município, apresentados nos capítulos 3 e 4 deste documento estão baseados em fontes oficiais e referem-sea dados formais, de modo que empresas, empregos, atividades econômicas e outras informações de natureza informal não são contabilizadas.

Os resultados da pesquisa estão dispostos em 3 (três) capítulos, são eles:

 Aspectos gerais do município;

 Mercado local;

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 10

3. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO

Este capítulo apresenta um panorama populacional, social e econômico do município, baseado em dados secundários extraídos de fontes de consulta pública.

3.1. Localização

O município de Caridade está localizado na Macrorregião do Sertão Central, distante 96 km da capital. Possui área de 846,37 km2 e altitude de 144,60 m acima do nível do mar.

Figura 1: Localização do município, em 2013

Fonte: Mapa político-administrativo do Ceará - IPECE, 2014 Figura 2: Mapa do município, em 2014

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 11

3.2. População

Fundado em 1958, o município de Caridadetotalizou 20.020habitantes no ano de 2010, segundo dados do Censo do IBGE. O crescimento populacional registrou taxa positiva de 2,52 % desde o último censo (ano 2000), e a densidade demográfica era de 23,65 habitantes/km2 em 2010.

Tabela 1: População e taxa de crescimento, em Caridade, no período 1991 a 2010

Ano População crescimento Taxa de anual* Densidade demográfica 2010 20.020 2,52 23,65 2000 15.604 2,56 19,80 1991 12.432 0,35 17,91

Fonte: Anuário Estatístico do Ceará – IPECE, 2013

*Taxas nos períodos 1980/91 e 1991/00 para os anos de 1991, 2000 e 2010, respectivamente

Na distribuição populacional porgênero, segundo dados do IPECE extraídos do Censo Populacional do IBGE 2010, os homens totalizavam 50,57% e as mulheres somavam 49,43%. O percentual depopulação urbana é superior ao da população rural, representando 57,56% do total.

Tabela 2: Participação relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Caridade (1991 a 2010)

Ano Gênero Localidade

Homens Mulheres Urbana Rural

2010 10.124 9.896 11.523 8.497

2000 8.060 7.544 8.381 7.223

1991 6.402 6.030 5.646 6.786

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 12

3.3. Desenvolvimento Humano e Social

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é uma medida resumida do progresso em longo prazo, em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O IDH Municipal (IDH-M) de Caridade, no ano de 2010, era de 0,592, posicionando o município na 148ª colocação em relação ao estado, valor 13,20% menor que o índice do Ceará e 18,57% menor que o índice brasileiro no mesmo ano.

Tabela 3: Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1991 a 2010

Ano Educação Longevidade Renda IDH Municipal IDH Estadual IDH Nacional

2010 0,505 0,779 0,528 0,592 0,682 0,727

2000 0,675 0,703 0,476 0,618 0,699 0,766

1991 0,459 0,572 0,431 0,487 0,597 0,742

Evolução

1991/2010 10,02% 36,19% 22,51% 21,56% 68,40% -2,02%

Fonte: Anuário Estatístico do Ceará – IPECE, 2013

Segundo o IPEA, o Índice de GINI é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um, no qual o valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, restando o valor um no extremo oposto, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

O município de Caridade registrou coeficiente de Gini de 0,50 em 2010, indicando renda menos concentrada do que a do Estado do Ceará (Coeficiente de Gini do Ceará era igual a 0,61 no mesmo ano), e também menos concentrada quando verificada em níveis nacionais (Coeficiente de Gini do Brasil era igual a 0,60 em 2010).

Gráfico 1: Coeficiente de Gini

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013

Caridade Ceará Brasil

0,50

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 13

Segundo os dados do IPECE, o município de Caridade possuía, em 2010, 29,69% das famílias possuíam renda mensal de até ½ salário mínimo. A figura a seguir demonstra um panorama dos municípios cearenses frente à incidência da extrema pobreza, ou seja, com renda familiar per capita de até R$ 70,00.

Figura 3: Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios cearenses, em 2010

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 14

4. MERCADO LOCAL

Este capítulo apresenta um panorama do mercado local baseado em dados secundários a respeito das empresas, empregos e atividades econômicas desenvolvidas no município.

Além disso, apresenta os pontos fortes da economia local, a vocação do município e a percepção do empresário baseado nos resultados apurados das entrevistas realizadas com o empresariado e lideranças locais.

O PIB cearense atingiu o montante de R$ 87,982 bilhões em 2011, de acordo com os dados do IBGE. No mesmo ano, Caridade aparece na 117ª posição do ranking estadual,respondendo por 0,094% da composição do PIB cearense. O município de Caridade, em 2011, possuía um PIB per capita da ordem de R$ 4.056,66, colocando-o na 169ª posição do ranking estadual. No período de 2007 a 2011, o PIB do município apresentou evolução de 83,39%, acima dos 43,4% da média cearense para o mesmo período.

Tabela 4: Produto interno bruto de Caridade e PIB per capita no período de 2007 a 2011

Período PIB (em milreais) de Caridade Posição Estadual PIB per capita (R$) Caridade Posição Estadual

2011 82.589,51 117 4.056,66 169 2010 74.084,72 111 3.691,44 161 2009 60.414,41 118 3.086,82 161 2008 59.627,35 112 3.146,49 139 2007 45.035,48 120 2.501,41 154 Evolução

2007/2011 83,39% Subiu 03 posições 62,17% 15posições Desceu

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 15

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2012, o Ceará possuía um total de 219.773 empresas formalmente estabelecidas. Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2012, foram responsáveis por 1.423.648 empregos formais.

Em Caridade, existiam no mesmo ano 1.447 empresas formais, as quais geraram 4.960 postos de trabalho com carteira assinada. Considerando a evolução ao longo do período de 2010 a 2012, entretanto, a taxa absoluta de criação de empresas no município foi negativa em 44,44% e a de empregos positiva em 24,59%.

Gráfico 2: Número de empregos e empresas formais em Caridade entre 2010 e 2012

Número EM PR ESA S EM PR EG O S

Fonte: Ceará em números, 2013 2010 2011 2012 225 141 125 2010 2011 2012 1041 1262 1297

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 16

No que se refere ao recorte setorial em 2011, o setor terciário (comércio) era o mais representativo em número de empresas, mas o setor terciário (serviços) gerou mais empregos.

Gráfico 3: Número de empresas e empregos formais de Caridade, segundo o setor, em 2012

Fonte: Ceará em Números, 2013.

A tabela a seguir apresenta o número de empresas e empregos de Caridade, organizadas segundo seções da CNAE e o seu respectivo porte, tomando por referência o ano de 2012.

Tabela 5: Número de empresas e empregos de Caridade, em 2012

Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE – versão 2.0 Empresas Empregos

Número Part. (%) Número Part. (%)

Seção A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 4 3,20% 28 2,16%

Seção B Indústrias extrativas - - - -

Seção C Indústrias da transformação 9 7,20% 248 19,12%

Seção D Eletricidade e gás - - - -

Seção E Água, esgoto, atividades de descontaminação de resíduos - - - -

Seção F Construção 2 1,60% 9 0,69%

Seção G Comércio; reparação de veículos automotores e bicicletas 66 52,80% 30 2,31%

Seção H Transporte, armazenagem e correio 2 1,60% 3 0,23%

Seção I Hospedagem e alimentação - - - -

Seção J Informação e comunicação 1 0,80% 7 0,54%

Seção K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 1 0,80% 3 0,23%

Seção L Atividades imobiliárias - - - -

Seção M Atividades profissionais, científicas e técnicas 1 0,80% 1 0,08%

Seção N Atividades administrativas e serviços complementares 1 0,80%

Seção O Administração pública, defesa e seguridade social 2 1,60% 965 74,40%

Seção P Educação - - - -

Seção Q Saúde humana e serviços sociais 2 1,60%

Seção R Artes, cultura, esporte e recreação 1 0,80%

Seção S Outras atividades de serviços 33 26,40% 3 0,23%

Seção T Serviços domésticos - - - -

Seção U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - - - -

Total 125 100% 1297 100%

Fonte: Resultados elaborados pela Foco Opinião e Mercado com base nos dados da RAIS e CAGED, 2012

Primário Secundário Terciário

(comércio) (serviços) Terciário

4 10

66

45

Empresas

Primário Secundário Terciário

(comércio) (serviços) Terciário

28

249

30

990

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 17 Tabela 6: Número de empresas e empregospor atividade de Caridade, em 2012

Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE – versão 2.0 Empresas Empregos Salário Médio

% %

A 151202 Criação de bovinos para leite 1 0,80% 1 0,08% R$ 658,22

A 154700 Criação de suínos 1 0,80% 15 1,16% R$ 661,21

A 155501 Criação de frangos para corte 2 1,60% 12 0,93% R$ 737,68

C 1066000 Fabricação de alimentos para animais 2 1,60% 37 2,85% R$ 717,14

C 1091102 Fabricação de produtos de panificação 1 0,80% - - -

C 1412601 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida 3 2,40% 179 13,80% R$ 661,90

C 1721400 Fabricação de papel 1 0,80% 26 2,00% R$ 784,53

C 2342701 Fabricação de azulejos e pisos 1 0,80% 6 0,46% R$ 622,00

C 2532201 Produção de artefatos estampados de metal 1 0,80% - - -

F 4120400 Construção de edifícios 1 0,80% 1 0,08% R$ 672,25

F 4330404 Serviços de pintura de edifícios em geral 1 0,80% 8 0,62% R$ 889,77

G 4530703 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 2 1,60% - - -

G 4541205 Comércio a varejo de peças e acessórios para motocicletas e motonetas 2 1,60% - - -

G 4619200 Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializado 1 0,80% - - -

G 4711301 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados 1 0,80% 2 0,15% R$ 630,64

G 4711302 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados 1 0,80% - - -

G 4712100 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 29 23,20% 1 0,08% R$ 622,00

G 4721102 Padaria e confeitaria com predominância de revenda 1 0,80% - - -

G 4722901 Comércio varejista de carnes - açougues 1 0,80% - - -

G 4731800 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores 5 4,00% 4 0,31% R$ 797,80

G 4732600 Comércio varejista de lubrificantes 1 0,80% 4 0,31% R$ 767,77

G 4744099 Comércio varejista de materiais de construção em geral 5 4,00% - - -

G 4754701 Comércio varejista de móveis 2 1,60% 11 0,85% R$ 941,49

G 4755502 Comercio varejista de artigos de armarinho 3 2,40% - - -

G 4755503 Comercio varejista de artigos de cama, mesa e banho 1 0,80% - - -

G 4761003 Comércio varejista de artigos de papelaria 1 0,80% - - -

G 4771701 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas 2 1,60% 4 0,31% R$ 1.346,54

G 4771704 Comércio varejista de medicamentos veterinários 1 0,80% - - -

G 4772500 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 1 0,80% - - -

G 4781400 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 4 3,20% 3 0,23% R$ 622,00

G 4784900 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP) 1 0,80% 1 0,08% R$ 849,91

G 4789004 Comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de estimação 1 0,80% - - -

H 4923002 Serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista 1 0,80% - - -

H 5310501 Atividades do Correio Nacional 1 0,80% 3 0,23% R$ 1.976,94

J 6010100 Atividades de rádio 1 0,80% 7 0,54% R$ 622,00

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 18

M 6912500 Cartórios 1 0,80% 1 0,08% R$ 639,27

N 8299706 Casas lotéricas 1 0,80% - - -

O 8411600 Administração pública em geral 2 1,60% 965 74,40% R$ 973,36

Q 8711502 Instituições de longa permanência para idosos 1 0,80% - - -

Q 8730199 Atividades de assistência social prestadas em residências coletivas e particulares não especificadas anteriormente 1 0,80% - - -

R 9001904 Produção de espetáculos circenses, de marionetes e similares 1 0,80% - - -

S 9420100 Atividades de organizações sindicais 1 0,80% - - -

S 9430800 Atividades de associações de defesa de direitos sociais 29 23,20% - - -

S 9491000 Atividades de organizações religiosas 1 0,80% 3 0,23% R$ 622,00

S 9493600 Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte 1 0,80% - - -

S 9499500 Atividades associativas não especificadas anteriormente 1 0,80% - - -

(19)

Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 19

5. ARRANJOS PRODUTIVOS IDENTIFICADOS

Este capítulo apresenta as aglomerações produtivas identificadas no município, baseadas nos pontos fortes da economia local, na vocação e especialidades produtivas identificadas, informações baseadas nas opiniões dos entrevistados. Além disso, apresenta o número de empresas relacionadas a cada atividade, informados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A tabela a seguir apresenta as aglomerações produtivas identificadas neste estudo, de acordo com a análise de dados secundários e informações prestadas pelas lideranças locais em entrevistas. Incialmente, este setores serão os monitorados pelos Observatórios e, posteriormente, estudados sob a ótica de APLs.

Tabela 7: Aglomerações produtivas identificadas

Atividade referência Ano de Número de empresas formais identificadas Número de empregos formais

Indústria têxtil 2012 11 182

Ração 2006 2012 2.743 4 28 -

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 20

6. PERFIL DOS ENTREVISTADOS

O perfil dos entrevistados em cada município está apresentado a seguir, nos quesitos sexo, faixa

etária, escolaridade e setor de atuação.

6.1. Sexo

A maioria dos entrevistados é do sexo masculino (55,0%).

Tabela 8: Sexo

Opções Ocorrências Percentual

Masculino 9 53,0%

Feminino 8 47,0%

Total 17 100,0%

Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado

6.2. Faixa Etária

A maioria dos entrevistados possui em média 39,52 anos.

Gráfico 4: Faixa Etária

Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado

23,5% 23,5% 17,6% 5,9% 23,5% 5,9% 0% De 18 a 24 anos De 25 a 34 anos De 35 a 44 anos De 45 a 54 anos De 55 a 64 anos 65 anos ou mais Não informou

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 21

6.3. Escolaridade

A escolaridade dos entrevistados está entre média e elevada, pois 47,0% dos entrevistados possuem o ensino médio completo e 41,2 % possuem nível superior completo ou incompleto.

Tabela 9: Escolaridade

Opções Ocorrências Percentual

Sem instrução - - Fundamental incompleto 1 5,9% Fundamental completo 1 5,9% Médio incompleto - - Médio completo 8 47,0% Superior incompleto 2 11,8% Superior completo 5 29,4% Pós-graduação - - Total 17 100,0%

Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado

6.4. Setor de Atuação

Em relação ao setor de atuação, os entrevistados atuam no setor do comércio e dos serviços, predominantemente, conforme tabela a seguir.

Tabela 10: Setor de Atuação

Opções Ocorrências Percentual

Indústria - - Comércio 12 70,6% Serviços 4 23,5% Agronegócio - - Setor público 1 5,9% Total 17 100,0%

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 22

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASSIOLATO, J., LASTRES H. E SZAPIRO, M. Arranjos e sistemas produtivos locais e proposições de políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. NT 27 - Projeto de pesquisa arranjos e sistemas

produtivos locais e as novas políticas. Rio de Janeiro, 2000.

IBGE. Dados cartográficos, Google. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em Julho/2014.

IBGE. Dados do PIB Municipal 2007 a 2011. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em Julho/2014. IPECE. Anuário Estatístico do Ceará. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014. IPECE. Ceará em Mapas. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.

IPECE. Ceará em Números. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.

IPECE. Mapa político-administrativo do Ceará. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.

MTE. Dados da RAIS e CAGED. Disponível em: www.mte.gov.br. Acessado em Julho/2014.

PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: www.atlasbrasil.org.br. Acessado em Julho/2014.

SCHMITZ, Hubert; NADVI, Khalid. Clustering and industrialization: introduction. World Development, Oxford, v. 27, n. 9, p. 1503-1514, 1999.

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 23

Lista de Tabelas

Tabela 1: População e taxa de crescimento, em Caridade, no período 1991 a 2010 ... 11

Tabela 2: Participação relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Caridade (1991 a 2010) ... 11

Tabela 3: Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1991 a 2010 ... 12

Tabela 4: Produto interno bruto de Caridade e PIB per capita no período de 2007 a 2011 ... 14

Tabela 5: Número de empresas e empregos de Caridade, em 2012 ... 16

Tabela 6: Número de empresas e empregospor atividade de Caridade, em 2012 ... 17

Tabela 7: Aglomerações produtivas identificadas ... 19

Tabela 8: Sexo ... 20

Tabela 9: Escolaridade ... 21

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 24

Lista de Figuras

Figura 1: Localização do município, em 2013 ... 10 Figura 2: Mapa do município, em 2014 ... 10 Figura 3: Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios cearenses, em 2010 ... 13

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Levantamento de Arranjos Produtivos de Caridade 25

Lista de Gráficos

Gráfico 1: Coeficiente de Gini ... 12

Gráfico 2: Número de empregos e empresas formais em Caridade entre 2010 e 2012 ... 15

Gráfico 3: Número de empresas e empregos formais de Caridade, segundo o setor, em 2012 ... 16

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Referências

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