Algumas notas acerca do
comportamento mecânico dos solos
Fundações de Estruturas
Jaime A. Santos (IST)
Algumas particularidades
do comportamento dos geomateriais
Geralmente muito complicado
vs
Relativamente simples
Propriedade variável
vs
Propriedade estável
Variabilidade extremamente elevada
vs
Variabilidade pequena
Pode ser extremamente não uniforme
vs
Produto
Relativamente uniforme
Natural
vs
Artificial
Solos e Rochas
Aço e Betão
Propriedade variável (nos geomateriais) devido a variações:
- na compacidade; grau de saturação …
- efeito da tensão de confinamento; história recente das tensões e
deformações, consolidação, fluência …
Tensão de confinamento nula
Tensão
Deformação
Elevada tensão de confinamento
Baixa tensão de confinamento
Efeito da tensão de confinamento num solo granular
Comportamento tensão-deformação
Comparação entre: aço, solo e água
Quase nenhum
Quase nenhuma
Muito elevada
Água
Reduzido a Elevado
Reduzido a quase nenhum
Elevada a
Quase nenhuma
Reduzida a
muito elevada
Solo
Quase nenhum
Muito pequeno
Quase nenhuma
Muito elevada
Muito reduzida
Reduzida
Aço:
Dom. Elástico
Pós-cedência
Efeito da história das
tensões-deformações no
comportamento presente
Capacidade de
memória
Deformabilidade
Materiais
Em certas situações, o solo pode
transformar-se num líquido
Estudo na mesa sísmica para analisar a estabilidade de uma conduta
num depósito arenoso susceptível à liquefacção
Areia não compactada
estado solto, D
r
=20%
Areia compactada nas
zonas adjacentes, D
r
=70%
Noutras situações, o solo pode exibir
elevadas características mecânicas
Areia sob elevada tensão de confinamento:
G
e
e
o
kPa
0
2
0 5
6900
2 17
1
=
−
+
′
( .
)
(
)
.
σ
Areia Ottawa
Para e = 0.5 ,
σ
'
0
= 1000kPa tem-se:
G
0
= 406 MPa
Comportamento não linear dos solos
ε
σ
1
1
E
0
E
tan
A
1
E
sec
1
E
eq
q
p
'
Zona I
Zona III
Zona II
Y3
Y2
Y1
Jardine (1985; 1992)
τ
γ
1
G
0
1
G
γ
G
ξ
G ,ξ
Curvas G,
ξ em função de γ
G
0
~10
-6
G/G
0
ξ
γ
(em escala logarítmica)
Muito
pequenas
distorções
Pequenas
distorções
Médias a
Grandes
distorções
Linear
Não linear
Praticamente
sem degradação
Com degradação
Zona A
Zona B
Zona C
γ
t
v
Principais factores que afectam o G
0
•
Tensão efectiva média (na direcção da
propagação da onda e na direcção da
vibração da partícula)
•
Índice de vazios
•
Efeito do tempo (argilas)
•
Grau de saturação (argilas e siltes)
•
Cimentação
e
G
0
Areias
menor % finos
bem graduado
Argilas
menor IP
maior OCR
Estado de pico, estado crítico e estado residual
τ
∆L/L
o
τ
c
τ
pico
Areia densa
Areia solta
σ'
≈
c
te
τ
σ'
σ
'
i
τ
i
Estado de pico
Para prever as deformações do terreno (
verificação da
funcionalidade das estruturas
) é importante caracterizar
as propriedades elásticas dos materiais, porque:
1) as deformações induzidas no terreno são relativamente
pequenas;
2) as deformações são portanto essencialmente “elásticas”,
embora o comportamento tensão-deformação possa ser
altamente não linear.
180
160
140
120
100
80
60
10
-610
-510
-410
-310
-2E
l
ev
at
i
o
n
@
T
P
-(m
)
Ve r t i c a l s t r a i n @
ε
vPi e r 2 P
Pi e r 3 P
Sistema de medição das
extensões verticais no cascalho
e na rocha branda sedimentar
segundo o eixo da fundação
Profundidade (m)
Extensões verticais
Pier 2P: B=80m,
σ
=530kPa
Pier 3P: B=78m,
σ
=480kPa
Como medir o G
0
?
1. Técnicas que baseiam-se na teoria da
propagação das ondas (velocidades)
G
0
=ρV
S
2
; M
0
=ρV
P
2
2. Técnicas que baseiam-se na teoria da
elasticidade (tensões-deformações):
10
100
1000
10000
-70
-65
-60
-55
-50
Profundidade (m)
Kobe: rochas brandas
E
f(a partir de V
s)
E
PLT: módulo tangente no
carregamento primário
E
BHLT: carregamento primário
E
50(compressão simples,
medição externa)
E
0Valor médio TC-CD
(medição interna - LDTs)
E (MPa)
Variabilidade muito elevada entre os valores
obtidos nos diferentes ensaios
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 v External LDT Dev iator s tress , q (MPa) Axial strain, ε (%) 0 1 2 3 0 2 4 6 8 10 12 0 max q = 9.39 MPa, E = 1520 MPa h σ '= 0.51 MPa (CD) Sedimentary soft sandstone (Kobe Formation)
External LDT v Dev iator stres s , q (MPa) Axial strain, ε (%)
0.0000
0.0005
0.0010
0.0015
0.0020
0.00
0.01
0.02
0.03
0.04
0E = 1520 MPa
1
LDT vDeviator stre
ss, q (M
Pa)
Axial strain, (
ε) (%)
Triaxiais de compressão em
amostras indeformadas
reconsolidadas para as
tensões in situ
Erros de medição no triaxial clássico (medição externa)
Erros devidos a:
• Faces não perfeitamente planas
• Faces não perfeitamente paralelas
• Atrito nas faces
Sistema triaxial utilizado na
Universidade de Tokyo.
Sistema triaxial para provetes
de 30 cm de diâmetro
Universidade de Tokyo
Medições internas recorrendo a sensores
LDT; Local deformation transducer (Goto et al., 1991)
P hosphor bronz e
strain-gaged strip
L D T
P seudo-hinge
M em brane
H eart of L D T
(includes electric resistance strain gages,
term inals, w iring, sealant)
S cotch tape used to fix w ire
on the specim en surface
Instru m ent L eadw ire
M em brane S urface
PB strip
(Back) (Front)
Teflon tube protection
Instrument leadwire Terminal Gage leadwire Active e.r.s.g. D' B' C A No. 2 No. 1
Back face (compression side) C' A' B D No. 4 No. 3
Front face (tension side)
Sistema desenvolvido no
Institute of Industrial Science,
University of Tokyo, 1986
Argila rija:
H=12 cm ; D=5 cm
Areia+cimento:
H=60 cm ; D=30 cm
Transdutores LVDT submersíveis
LVDT radial
LVDT axial
Ensaios de campo (mais utilizados)
para avaliação do módulo de distorção dos solos
Ensaio Princípio da técnica do ensaio Nível de
distorção Sísmico entre furos de sondagem
"Crosshole seismic testing"
determinação da velocidade de
propagação das ondas de corte ~ 10-6 Sísmico ao longo de furos de sondagem,
com fonte à superfície "Downhole seismic testing"
Sísmico ao longo de furos de sondagem, com fonte no interior do furo
"Uphole"
Piezocone sísmico
“Refracção e reflexão sísmica” Vibração em regime permanente
determinação da velocidade de
propagação das ondas de superfície ~ 10
-6
Análise espectral de ondas de superfície
Ensaio pressiométrico (auto-perfurador) curva tensão-deformação > 10-3
Ensaio Princípio da técnica do ensaio Nível de
distorção Sísmico entre furos de sondagem
"Crosshole seismic testing"
determinação da velocidade de
propagação das ondas de corte ~ 10-6 Sísmico ao longo de furos de sondagem,
com fonte à superfície "Downhole seismic testing"
Sísmico ao longo de furos de sondagem, com fonte no interior do furo
"Uphole"
Piezocone sísmico
“Refracção e reflexão sísmica” Vibração em regime permanente
determinação da velocidade de
propagação das ondas de superfície ~ 10
-6
Análise espectral de ondas de superfície
Geofones
Sismógrafo
Martelo
sísmico
~
_ 3m
~
_ 3m
Ensaios sísmicos entre furos de sondagem
(cross-hole)
Crosshole Testing
Oscilloscope
PVC-cased
Borehole
PVC-cased
Borehole
Downhole
Hammer
(Source)
Velocity
Transducer
(Geophone
Receiver)
∆t
∆x
Shear Wave Velocity:
V
s
=
∆x/∆t
Test
Depth
ASTM D 4428
Pump
packer
Note: Verticality of casing must be established by slope inclinometers to correct
distances ∆x with depth.