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Tema Vulnerabilidade das Áreas Urbanas Palestra: Jan Bitoun, UFPE

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(1)

Tema Vulnerabilidade das Áreas Urbanas

Palestra:

Jan Bitoun,

(2)

IV CONFERÊNCIA REGIONAL SOBRE MUDANÇAS GLOBAIS

São Paulo – 07 de abril de 2011

ENFRENTAR A VULNERABILIDADE

DAS ÁREAS URBANAS

CONSTRUIR UMA AGENDA PARA O

PLANEJAMENTO DA SOCIONATUREZA URBANA

JAN BITOUN (GEOGRAFIA – UFPE) jbitoun@terra.com.br

(3)

IV CONFERÊNCIA REGIONAL SOBRE MUDANÇAS GLOBAIS

São Paulo – 07 de abril de 2011

CONSTRUIR UMA AGENDA PARA O PLANEJAMENTO DA SOCIONATUREZA URBANA

-2ª PARTE: O TEMPO LONGO NA CONSTRUÇÃO DA SOCIONATUREZA URBANA

3ª PARTE: A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA SOCIONATUREZA URBANA

1ª PARTE: SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

4ª PARTE: AS ESCOLHAS NO TEMPO CURTO

(4)

SOCIONATUREZA URBANA

“Observando mais de perto, contudo, a cidade e o

processo urbano são uma rede de processos

entrelaçados há um só tempo humanos e naturais,

reais e ficcionais, mecânicos e orgânicos. Não há

nada „puramente‟ social ou natural na cidade, e

ainda menos antissocial ou antinatural; A cidade é,

ao mesmo tempo, natural e social, real e fictícia. Na

cidade,

sociedade e natureza

,

representação e ser

são

inseparáveis

,

mutuamente

integrados,

infinitamente ligados e simultâneos;

Essa „coisa‟

híbrida socio-natural chamada „cidade‟ é cheia de

contradições, tensões e conflitos."

(SWYNGEDOUW,

(5)

SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

AGENTES DO PLANEJAMENTO URBANO INTERDISCIPLINARIDADE

PLANEJAMENTO URBANO VS. GESTÃO AMBIENTAL

DIAGNÓSTICO

AMBIENTAL, URBANISTICO E SOCIAL DOS MORROS

REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

RELATÓRIO FINAL 2003

(6)

SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

“Uma visão moderna do

planejamento

urbano vai

concebê-lo, em essência, diretamente como um instrumento de

gestão

ambiental, pois seus objetivos se confundem

totalmente na meta da melhoria da qualidade de vida das

populações. A intervenção planejada sobre a cidade é, em

si, a busca de um

melhor ordenamento do habitat

urbano, tornando-o um ambiente mais saudável e

agradável para seus habitantes

. Nesse sentido, o ideal

seria não dicotomizar o ambiental e o urbano na

formulação das políticas públicas. Porém, há de se

reconhecer a força inercial das estruturas institucionais dos

dois setores, que se formaram no aparelho de Estado

brasileiro

de

modo

separado

(com

temporalidades

distintas) e não comunicantes.”

(7)

SISTEMAS NATURAIS , “CICLOS”

DA ÁGUA, DE EROSÃO, DE DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS PERTURBADOS PELA EDIFICAÇÃO DA CIDADE

INTENSIDADE DAS PERTURBAÇÕES DEPENDE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-NATURAIS DO SÍTIO (SUSCEPTIBILIDADE) E DOS MODELOS DE

DESENVOLVIMENTO URBANO ADOTADOS (VULNERABILIDADE) COMPENSADOS POR SISTEMAS ARTIFICIAIS

DE SANEAMENTO BÁSICO, DE MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS, DAS TÉCNICAS DE IMPLANTAÇÃO E CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES, DOS

SERVIÇOS DE COLETA E DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS

DA QUALIDADE, DA EXTENSÃO E DA UNIVERSALIDADE

DESSES SISTEMAS DEPENDEM A REDUÇÃO DE RISCOS E A

QUALIDADE AMBIENTAL DA CIDADE

(8)

SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

SISTEMAS NATURAIS / SISTEMAS ARTIFICIAIS

Estudo das transformações dos meios bióticos (seres vivos) e abióticos (habitat) demonstra o peso crescente

das ações antrópicas Abordagem das Ciências

Naturais Abordagem da Geografia

Estudo das relações entre sistemas naturais e culturais servem para identificar quais

mudanças precisam ocorrer para melhorar o “habitat” do

(9)

SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

SISTEMAS NATURAIS / SISTEMAS ARTIFICIAIS

Sistemas Técnicos cumprindo funções especializadas buscando eficiência e eficácia (cálculo da oferta, durabilidade e resiliência, por exemplo)

Abordagem das Engenharias Abordagem da Geografia

Sistemas de objetos que, inseridos num meio (delimitado por escala)

herdado com especificidades, permitem maior ou menor desenvolvimento e qualificam

esse desenvolvimento no contexto dos debates contemporâneos

(10)

SISTEMAS NATURAIS , SISTEMAS ARTIFICIAIS

RELACIONAM-SE COM O SÍTIO

SISTEMAS NATURAIS, SISTEMAS ARTIFICIAIS

RELACIONAM-SE COM A POSIÇÃO

SISTEMAS NATURAIS , SISTEMAS ARTIFICIAIS

RELACIONAM-SE COM O TEMPO LONGO

SISTEMAS NATURAIS , SISTEMAS ARTIFICIAIS

RELACIONAM-SE COM O TEMPO CURTO

SISTEMAS NATURAIS , SISTEMAS ARTIFICIAIS

RELACIONAM-SE COM EVENTOS

(11)

CAPÍTULO 1

Os Morros Urbanos da RMR – entre acomodação e inovação 18 CAPÍTULO 2

Ocupar os Morros – o modelo de ocupação e o ambiente 28 CAPÍTULO 3

Construir os Morros – padrões urbanísticos e intervenções 43 CAPÍTULO 4

Administrar os Morros – a ação das prefeituras 77 CAPÍTULO 5

Viver nos Morros – a visão dos moradores 93 CAPÍTULO 6

Considerações Finais 107 CAPÍTULO 7

Relação dos participantes das consultas realizadas 114 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 119

SOCIONATUREZA URBANA: IMPLICAÇÕES

DIAGNÓSTICO

AMBIENTAL, URBANISTICO E SOCIAL DOS MORROS REGIÃO METROPOLITANA DO

RECIFE

RELATÓRIO FINAL 2003

Coordenação Geral:

Margareth Mascarenhas Alheiros Coordenação Técnica

Meio Físico: Margareth Mascarenhas Alheiros Aspectos Urbanos: Maria Ângela Souza

(12)

O TEMPO LONGO NA CONSTRUÇÃO DA SOCIONATUREZA URBANA

A TRADIÇÃO HIGIENISTA

Num sítio estuarino, com problemas de enchentes e de

escoamento de águas pluviais, o ambiente urbano relembra anualmente aos seus habitantes os perigos biológicos de uma natureza que não conseguiram domar. Faz parte, portanto, do hábito dos vereadores relembrarem, a cada inverno, aos poderes executivos que precisam limpar as galerias, construir canaletas, aterrar as ruas transformadas em lamaçais, tornando público um lamento que se constitui numa tática de legitimação de ritmo

sazonal. Assim sendo, a postura higienista ganha um valor

eleitoral. Para os executivos municipais e, em particular, para o seu corpo de engenheiros, o controle das águas assume uma conotação de teste de eficiência, também renovado a cada estação

chuvosa.”

(

BITOUN, 1991 A intervenção no espaço urbano: memória

e identidade - ensaio sobre o Recife. In Anais do 1º Encontro Regional de Estudos Geográficos, Recife: NAEG-UFPE, 21 a 25 jan., 1991. p.157)

(13)

O TEMPO LONGO NA CONSTRUÇÃO DA SOCIONATUREZA URBANA

A TRADIÇÃO DESENVOLVIMENTISTA

A importação dos padrões do chamado "primeiro mundo", aplicados a uma parte da cidade (ou da sociedade) contribuiu para que a

cidade brasileira fosse marcada pela modernização incompleta ou

excludente. A crise da matriz modernista/funcionalista que alimentou o planejamento urbano no século XX prepara espaço para sua substituição. Cabe perguntar se a nova matriz que está sendo gerada resulta de um processo endógeno calcado na práxis urbana ou segue o mesmo caminho de dominação econômica, política e ideológica de inspiração externa, seguido pela primeira. Em que medida esse processo de substituição não está

reproduzindo modelos alienados em relação à nossa realidade,

modelos esses que vincularão desde a formação profissional e acadêmica, até a produção reificada de conceitos e da representação da cidade? (MARICATO E. As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias in ARANTES, O. VAINER, C. MARICATO, E. A cidade do pensamento único, Ed. Vozes, Petrópolis, 2000. p.123,124.)

(14)

“O Direito vai mal. Há um desequilíbrio sócio-econômico. A legislação sofre, não sendo aplicada ou sendo aplicada tardiamente. É preciso mudar muita coisa: educação, leis, políticas, livros. Mas a reforma assusta os legisladores. A tendência é piorar, mas enquanto isso vou advogando com o que tenho.”

(Entrevista de advogado de proprietário em conflito com invasores – Pesquisa FJN, 1978/1983)

“Eu só julgo quando as partes entrarem em acordo”.

(Depoimento de um juiz na audiência de conciliação de um conflito entre proprietário e invasores – Pesquisa FJN)

LOTEAMENTOS / ASSENTAMENTOS DE

GÊNESE ILEGAL NA METRÓPOLE DO RECIFE: DESCOMPASSO ENTRE O ARCABOUÇO

JURÍDICO E A REALIDADE SOCIAL Maria Angela de A. Souza

UFPE / Observatório das Metrópoles

(15)

A LEI É PARA VALER?

INSTRUMENTOS DE

GESTÃO EFICIENTES?

DEFINIÇÃO DA

FUNÇÃO SOCIAL DA

PROPRIEDADE

A CIDADE – UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA DA

SOCIEDADE (ORDENAMENTO PÓS 1988)

A QUALIDADE DA RELAÇÃO DA CIDADE COM O SÍTIO É O REFLEXO DA

QUALIDADE DAS RELAÇÕES SOCIAIS E DEPENDE DOS VALORES QUE NORTEIAM AS AÇÕES DOS HABITANTES

(16)

NAS CIDADES

NO CAMPO

LATIFÚNDIOS

IMPRODUTIVOS

DESTRUIÇÃO DE

TODA A VEGETAÇÃO

NATURAL

PROIBIÇÃO DO

TRABALHO ESCRAVO

A IRRESPONSABILIDADE DE QUEM

MANTÉM “VAZIOS” ESPECULATIVOS

A INSUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

E EM RELAÇÃO À MOBILIDADE

A IDÉIA QUE O DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO É UM FIM EM SI

QUAIS VALORES SUSTENTAM A FUNÇÃO SOCIAL DA

PROPRIEDADE? O QUE PRECISA ACABAR?

(17)

O Ministério das Cidades e a Política Nacional de

Desenvolvimento Urbano

O TEMPO LONGO NA CONSTRUÇÃO DA SOCIONATUREZA URBANA

Ministério da Cidade: Habitação, Mobilidade, Saneamento

Ambiental, Programas Urbanos (incl. Planos Diretores;)

Agendas próprias, mas esforços de integração entre essas

dimensões do “habitat”;

Unidades

Habitacionais?

Estradas e meios

para mobilidade?

sistemas de

engenharia

ambiental?

Ou construir

cidade?

Construir e Manter

(18)

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(19)

A DESIGUALDADE – PRINCIPAL DIFICULDADE PARA A

CONSTRUÇÃO COLETIVA DA CIDADE

DESIGUALDADE DE RENDA - PATRIMÔNIO - EDUCAÇÃO

DESIGUALDADE DAS CAPACIDADES DE CONCEBER E

IMPLEMENTAR PROJETOS DE MÉDIO E LONGO PRAZOS

NA SOCIEDADE NO ESTADO

DESIGUALDADE DAS CAPACIDADES DE SE PREPARAR E DE

ENFRENTAR EVENTOS DESASTROSOS

NA SOCIEDADE NO ESTADO

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(20)

QUEM, NA SOCIEDADE, TEM MAIOR CAPACIDADE DE

IMPLEMENTAR PROJETOS DE MÉDIO E LONGO PRAZO

COM FREQUÊNCIA, IGNORA AS CONDIÇÕES DOS OUTROS, E

SE LIVRA DAS DEFICIÊNCIAS DE REDES COLETIVAS DE

INFRAESTRUTURAS (ÁGUA, ESGOTO, MANEJO DAS ÁGUAS

PLUVIAIS, ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER) E DE

MOBILIDADE URBANA

BITOUN, Jan. Impactos sociambientais e desigualdade social: vivências diferenciadas frente à mediocridade das condições de infra-estrutura da cidade brasileira: o exemplo do Recife In: MENDONÇA, Francisco. (Org.). Impactos socioambientais urbanos. Curitiba: Editora UFPR, 2004. p. 255 – 269. ISBN 85-7041-455-2

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(21)

QUEM NA SOCIEDADE TEM MENOR CAPACIDADE DE

IMPLEMENTAR PROJETOS DE MÉDIO E LONGO PRAZO

MANTÉM-SE PRESENTE; MESMO SE, COM FREQUÊNCIA,

ACEITA REMENDOS DE BAIXA QUALIDADE, “MELHOR ISSO

DO QUE NADA”, VEM SE FORTALECENDO INCLUSIVE

ATRÁVES DA VALORIZAÇÃO DAS IDENTIDADES CULTURAIS E

DAS INSTÂNCIAS PARTICIPATIVAS

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(22)

“A paisagem do Recife reflete a profunda desigualdade

social e econômica entre seus habitantes. Moradores de

Boa Viagem, com padrão de vida igual ao da Noruega,

convivem com habitantes do Coque, onde as condições

de sobrevivência são semelhantes às da África. O Atlas

de Desenvolvimento Humano expõe por que os poucos

que possuem tanto procuram se isolar da multidão que

sobrevive com tão pouco.”

“Capital

pernambucana,

de

acordo

com

estudo

patrocinado pela ONU, é uma cidade de cruel

distribuição de renda e um crescente abismo social

entre a população mais rica e a mais pobre.”

(DIÁRIO DE PERNAMBUCO: 2005)

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

(23)

A convivência na mesma cidade de populações em áreas com Índices de Desenvolvimento Humano tão dispares significa exatamente o que?

Seguramente, nenhuma dessas

populações mora na Noruega nem no Gabão.

O Índice de Desenvolvimento

Humano não mensura padrões de vida porque, simplesmente, nessa escala, não foi concebido para isso!

Indicadores estatísticos precisam ser politicamente entendidos nas

suas intenções e finalidades

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(24)

O valor do IDH representa, mais do que as condições de Educação, de Longevidade e de Renda, um estado a partir do qual será mais ou menos provável o alcance, pelos indivíduos de uma determinada sociedade, de novas capacidades e de liberdades de escolha. Em suma, um baixo Índice significa que os indivíduos vivem em condições de miséria e opressão que entravam “o crescimento do ser humano em direção a ele mesmo” segundo a expressão do economista René Passet, ou que “as escolhas simplesmente não estão disponíveis e muitas oportunidades na vida mantêm-se inacessíveis”, conforme o Relatório de DH 2001 (PNUD).

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(25)

Em escala intra-urbana, a coexistência na mesma cidade de IDH norueguês e gabonês significa que existem enormes

dissimetrias afetando essas

possibilidades de escolha, ou que essas seriam monopolizadas por poucos. Em suma, constatar que em poucas Unidades de Desenvolvimento Humano no Recife se alcança IDH norueguês não indica que a população que lá reside adotou as mesmas escolhas que a população norueguesa, mas que da

qualidade das suas escolhas

dependeram muitas ações definidoras do padrão de desenvolvimento urbano do conjunto da cidade.

A DESIGUALDADE NO PLANEJAMENTO DA

SOCIONATUREZA URBANA

(26)

AS ESCOLHAS NO TEMPO CURTO

“O Recife tem um grande número de bairros populares cuja população não podemos estimar, mas é enorme a sua concentração sobre os morros do Noroeste da Cidade. É um terreno magnífico para fazer uma cidade popular modelo, mas é preciso dar-lhe um tratamento diferente e acreditarmos com Gilberto Freire que é preciso não pensar na sua transformação em habitat de tipo europeu e, sim, no melhoramento do habitat nativo, sob o aspecto da higiene e num tipo de urbanização original.

O sítio é magnífico, mas os trabalhos são consideráveis. Entretanto temos certeza que bons urbanistas dariam um tratamento adequado a esse grande bairro que, de uma maneira muito interessante, viria permitir uma vida sadia a essa população subproletarizada ou em rápida via de subproletarização.” LEBRET L.J. Série Planificação Econômica

(27)
(28)

MORROS

ESPAÇOS DA CRIATIVIDADE POLÍTICA

(FALCÃO/SOUZA SANTOS)

VS.

ESPAÇOS DA POUCA CRIATIVIDADE URBANÍSTICA

(29)

Socorro de Paula Barbosa Leite (Universidade Federal de Pernambuco)

Maria de Jesus de Britto Leite (orientadora)

"A função do arquiteto e urbanista? Ao arquiteto brasileiro caberão a

reestruturação e requalificação dos espaços, muito mais que a criação de novos."

Urbanização no córrego do Boleiro

Em estudo, as fases de ocupação e formas de intervenção que vêm ocorrendo ao longo dos anos nos morros da cidade do Recife, PE. De posse dos principais problemas que a área enfrenta, foram analisados as condições das edificações, situações de risco, os espaços vazios gerados pelas remoções, situações de insalubridade e a criação de novos lotes. Ainda fazem parte da proposta, estudos complementares de drenagem e um reordenamento da rua central, devido à sua importância para a área.

Parecer (júri nacional)

O respeito às condicionantes ambientais é a característica mais marcante do trabalho. A proposta urbanística equaciona com propriedade infra-estrutura viária e de serviços públicos, respeitando situações pré-existentes. Dentro de um contexto social e de um sítio físico complexos, o autor indica soluções

simples e de baixo custo. (11º CONCURSO PAVIFLEX, 1999.)

AS ESCOLHAS NO TEMPO CURTO

(30)

GRANDES EMPREENDIMENTOS (CENTRO DE CONVENÇÕES, SHOPPING CENTERS, ETC.).

O MODELO DE CONSTRUÇÃO DA CIDADE E AS PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO, DESDE 1978 – PÓS OBRAS DE CONTROLE DAS CHEIAS

COMUNIDADES POBRES OCUPANDO ALAGADOS E MARGENS DE RIOS RETIFICADOS.

CONSTRUÇÃO DE SISTEMA VIÁRIO MARGINAL AO CANAL FLUVIAL

AMESQUINHADO

LENTOS INVESTIMENTOS NA MELHORIA DAS CONDIÇÕES HABITACIONAIS DAS FAMÍLIAS DESALOJADAS OU

ESTABILIZADAS

(31)
(32)

AS ESCOLHAS NO TEMPO CURTO - ATUAL

“é preciso que se posicione a cidade com funções competitivas que lhe assegurem primazia em relação às realidades do Nordeste, do Estado de Pernambuco e da Região Metropolitana do Recife. Para tanto, há que considerar o novo paradigma de desenvolvimento nacional que apresenta, basicamente, duas variantes: uma, manifestada pela adesão incontinente ao paradigma mundial em curso, consubstanciado na globalização do capitalismo, na internacionalização financeira, na liberalização comercial e na integração macrorregional de mercados; outra, na perspectiva de um novo ciclo de crescimento sustentado para o país.” (RECIFE, Projeto Capital,1999)

(33)
(34)

• Busca de novas centralidades

Papel articulador das bacias do Pina e de Santo Amaro

•Reconhecimento de « pólos »

ignorando as atividades « informais » •Urbanismo de « oportunidades »

•No Centro, os primeiros

reinvestimentos: PRODETUR / MONUMENTA / P. DIGITAL

POLO MEDICO HOSPITALAR

A CIDADE EMPREENDEDORA E COMPETITIVA

(35)

EM ANDAMENTO

Anos 2000: O modelo de intervenção do « Complexo Turístico-Cultural Recife/Olinda » Um « Waterfront » - um Grande Projeto Urbano atualmente elaborado no centro da RMR Como e com quais ritmos estão sendo previstas:

As ameliorações do habitat dos pobres? Assentamento Popular

Assentamento Popular

Assentamento Popular

A reabilitação do patrimônio histórico? Bairro Colonial

Bairro 40/60

Bairro Colonial

Bairro 1920

As novas construções em terrenos e brownsfields?

Futura Expansão imobiliária

Torres residenciais

(36)

http://img16.imageshack.us/i/viamangue1.png/

(37)

Anos 2010: O modelo de intervenção da « Cidade da Copa » em Penedo (São Lourenço da Mata) - um Grande Projeto Urbano atualmente elaborado, visando consolidar estratégias imobiliárias em áreas da franja rural - urbana da Região Metropolitana.

(38)

Anos 2010: O modelo de intervenção da « Reserva do Paiva » em Cabo de Santo Agostinho - um Grande Projeto Urbano atualmente elaborado, visando o mercado imobiliário turístico nacional e internacional no litoral da RMR.

(39)

O MODELO?

“Os grandes empreendimentos imobiliários no Oriente Médio,

principalmente os de Dubai, costumam ser os maiores exemplos de

como uma arquitetura sustentável NÃO deve ser. Isso porque

eles simplesmente ignoram e desprezam todo o contexto social e

ambiental de onde são implantados, impulsionados pela abundante, porém esgotável, fonte de petróleo da região.”

(40)

FOLHA DE SÃO PAULO, 09/09/2010

(41)

FOLHA DE SÃO PAULO, 09/09/2010

“O especulador fez ofertas a todos os

ex-vizinhos de Neusa, num sinal de que quer

grandes terrenos. Pouco importou-se que o

bairro está numa Zeis (Zona Especial de

Interesse Social) e não se pode erguer prédios

ali. „Uma lei que vai revogar isso já está em

andamento. Em quatro ou cinco anos deve

liberar‟, disse o empresário, em entrevista

gravada.

Ele

pediu

anonimato.

A prefeitura informou que, da parte do

Executivo, não há "nenhum interesse em alterar

a característica das áreas Zeis, especialmente a

de Brasília Teimosa”.

(42)

FOLHA DE SÃO PAULO, 09/09/2010

“Mas basta olhar ao redor, na saturada zona sul

da cidade, para ver que é comum dar-se um

jeito. Na entrada do bairro, foi erguido em 2006

um prédio comercial de 20 andares. Parte do

terreno era Zeis, mas um acerto entre

empresários, prefeitura e moradores viabilizou

a obra. Do outro lado da bacia do Pina, já há

moradores nas novíssimas torres gêmeas de 41

andares, aberração urbanística cuja construção

o Ministério Público tentou sem sucesso barrar

na Justiça.”

(43)

NOVOS AGENTES: REDES DE SERVIÇOS AMBIENTAIS

METAMORFOSES NA DEFESA CIVIL: AGENTES DE REDUÇÃO DOS RISCOS: A EQUIDADE NO CENTRO DA METODOLOGIA

METAMORFOSES NA SAÚDE: AGENTES DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL, MOVIMENTO DE CIDADES SAUDÁVEIS: A EQUIDADE NO CENTRO DA METODOLOGIA

(44)

Resultados da Gestão de Risco

Ações de Gestão de Risco em

Pernambuco resultaram

concretamente em redução do número de mortes por

deslizamentos 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Recif e Camar agibe Olinda

Jaboat ão dos Guar ar apes Abr eu e Lima

Cabo de Sant o Agost inho Paulist a

Cor t ês Canhot inho

São Lour enço da Mat a Igar assu 1990-2000 2001-2009 Década Internacional de Redução de Riscos (ONU) = 158 mortes

Após implantação do Programa Viva o Morro (RMR)

Guarda-Chuva (Recife)

= 39 mortes

Margareth Alheiros

26/02/2010

REDES DE SERVIÇOS AMBIENTAIS NA PERSPECTIVA DA REDUÇÃO DOS RISCOS E DA QUALIDADE URBANA

(45)

O PROGRAMA DE SAÚDE AMBIENTAL

de 94 bairros em 3 níveis de risco às 11.000 quadras em 5

níveis de risco

Anselmo C. Bezerra Vasconcelos 2010

(46)

Vs. tradição positivista

Vs. interesses corporativos

(engenharia de saneamento)

Vs. “população-alvo”

Estar atento às agendas

urbanas de outros setores,

em especial à Política de

Desenvolvimento Urbano

no Brasil

O movimento “Cidades Saudáveis” no âmbito da Saúde

O MOVIMENTO CIDADES SAUDÁVEIS E OUTROS

MOVIMENTOS EM PROL DA QUALIDADE URBANA

Ultrapassar o higienismo

Construir a

intersetorialidade e uma

nova governança

(47)

COMO CONTAMINAR O URBANISMO?

Franja rural-urbana Incremento da Gestão de Riscos

Manejo das Águas Pluviais e Abastecimento d’Água Espaços disputados Espaços Intermunicipais Visibilidade / Importância do ambiente natural Produção de bases de informação Presença na ponta Intersetorialidade Ambiental/Urbano Adequação normativa Abordagem interescalar

Referências

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