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História da 6ª Conferência Nacional de Saúde DISCURSO DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PAULO DE ALMEIDA MACHADO 6ª CNS

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História da 6ª Conferência Nacional de Saúde

DISCURSO DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PAULO DE ALMEIDA MACHADO

6ª CNS

Brasília, DF, 1 a 5 de agosto de 1977.

"Senhor Presidente – Senhores Ministros de Estado – Senhores

Palamentares – Senhores Secretários Nacionais de Saúde – Senhores Secretários de Saúde dos Estados e Territórios – Senhoras e Senhores: Pela Segunda vez instala-se, neste Governo, uma Conferência Nacional de Saúde, sob a presidência do próprio Chefe da Nação.

O Presidente Ernesto Geisel, que tanto nos honra com sua presença, demonstra uma vez mais o desvelo com que acompanha dia a dia e superiormente oirenta as grandes linhas políticas do setor saúde.

Senhor Presidente,

A comunidade dos profissionais ligados ao Sistema Nacional de Saúde recebe com especial privilégio a visita de Vossa Excelência e, após as respeitosas homenagens de que é credor o Presidente do quarto governo da Revolução, não pode deixar de acrescentar a manifestação de sua profunda admiração e reconhecimento pela maneira com que vem conduzindo Vossa Excelência o estudo e as soluções para os grandes desafios contidos em nossa problemática de Saúde.

Senhor Presidente,

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Naqueles dias tumultuados a Lei foi sancionada pelo Presidente do Senado Federal e contemplou apenas as atividades administrativas de apoio, sem considerar as atividades afins e sem explicar a missão da nova pasta. Nasceu o Ministério da Saúde como um órgão burocrático.

Profissionais competentes e dedicados, servidores do antigo

Departamento Nacional de Saúde, iniciaram uma longa e penosa marcha, sem contar com uma estrutura organizada e amparada em lei, sem contar com atribuições definidas, sem contar com um quadro adequado.

Examinando a legislação federal do setor saúde, desde a criação do

Ministério, verifica-se que até 1964 muito pouco foi feito no sentido de se abordar uma política, adotar uma doutrina e criar uma estrutura

operacional.

A exceção foi a Lei 2312 baixando normas gerais sobre a defesa e proteção da saúde, sancionada em 1954 e que somente seria

regulamentada em 1961, quando a pasta da saúde estava confiada ao Ministro Armando Falcão.

Os Ministros pouco permaneciam no cargo e não dispunham do tempo mínimo para traçar planos e, menos ainda, para executá-los.

Somente em 1964 foi iniciada uma série de medidas de racionalização, série que veio atingir o clímax durante o governo de Vossa Excelência. Os salutares efeitos do Decreto-Lei 200 foram progressivamente

amandurecendo e após as primeiras medidas tomadas no governo do Presidente Castelo Branco, fomos caminhando, lenta mas prudente e tenazmente, para o estabelecimento de um verdadeiro corpo de doutrina. A Lei 6229, de 1975, ao instituir o Sistema Nacional de Saúde, explicitou finalmente a missão do Ministério.

Definida a missão faltava os textos básicos para uma organização moderna definindo os procedimentos fundamentais para o seu desempenho.

Já em 1975, sancionou Vossa Excelência a Lei instituindo o Sistema de Vigilância Epidemiológica, alicerce de qualquer programa de saúde e, em 1976, foi sancionada a Lei 6360, institucionalizando a Vigilância de

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Para executar a missão faltava uma estrutura racional e, aos 31 de dezembro de 1976, assinava Vossa Excelência o decreto aprovando a modernização administrativa do Ministério da Saúde.

Finalmente cumpria constituir o quadro executor e, em 1977, foi

sancionada a lei estabelecendo os níveis de remuneração do Grupo Saúde do Pessoal Civil da União, a tão desejada carreira do sanitarista, diploma ímpar uma vez que contempla não só equipes multidisciplinares de nível universitário, mas também profissionais de nível médio.

Foi um plano corajoso, executado de maneira metódica e disciplinada. Agradecemos a Vossa Excelência todo o progresso havido desde 1964. Agradecemos, também, a confiança demonstrada por Vossa Excelência na Saúde Pública Brasileira.

Depois de Campos Salles raríssimas foram as oportunidades concedidas à Saúde Pública Brasileira para assumir a responsabilidade por projetos de vulto sem orientação e supervisão estrangeira.

Talento e capacidade não faltavam, o que se evidenciou na campanha contra a meningite, na elaboração de toda a legislação básica de Saúde Pública e em várias outras empreitadas de vulto, confiadas por Vossa Excelência aos sanitaristas brasileiros.

Semelhante confiança aumenta a nossa responsabilidade.

Senhores Congressistas,

Dos resultados obtidos nestes três anos, muito devemos à alta compreensão e espírito público de Vossas Excelências.

Comparecendo espontaneamente à Comissão de Saúde e atendendo diligentemente os convites que me foram formulados, demonstrei

repetidamente meu acatamento e meu alto apreço pelo Poder Legislativo. Nos debates prolongados, por vezes ardorosos, sobressaía sempre a

determinação comum, que tem sido somente a de melhor servir o homem brasileiro.

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Senhores Secretários de Saúde dos estados e territórios e Senhores Participantes,

Reunimo-nos mais uma vez para harmonizar pensamentos e integrar esforços.

Grandes são as dificuldades que enfrentamos e parcos os recursos para uma tarefa imensa. Unidos, seremos menos fracos. E as dificuldades só poderão diminuir depois que arregarçarmos as mangas e nos dispusermos a enfrentá-las. Com tenacidade e persistência iremos caminhando

lentamente, sem poder atingir a velocidade que desejamos, mas, palmo a palmo, iremos conquistando o terreno. Da profundidade da análise da nova conjuntura e da imparcialidade com que for avaliada a posição de cada um no cenário, dependerá o sucesso desta reunião.

Meus companheiros do Ministério da Saúde,

Solicitados até o limite de sua resistência, todos os integrantes da equipe podem hoje ter a satisfação de ter cumprido o seu dever. Muito ainda resta a fazer. Façamo-lo sem diminuir o empenho pois a nossa tarefa só estará concluída em 15 de março de 1979 e, até lá, muito ainda exige de nós o homem brasileiro, o objeto supremo de todo o planejamento

nacional no Governo do Presidente Ernesto Geisel.

Senhores Ministros de Estado,

A colaboração fraterna reinante entre os diversos Ministérios integrantes do Conselho de Desenvolvimento Social é penhor seguro do êxito do Sistema Nacional de Saúde.

Os resultados colhidos em cada setor redundam em benefícios para todo o Sistema Nacional de Saúde.

Não posso silenciar minha admiração pelos resultados obtidos pelo

Ministério do Trabalho na prevenção de acidentes, pela notável expansão quantitativa e qualitativa do serviços oferecidos pelo INPS, pelos inéditos progressos na cooperação entre o Ministério da Educação e Cultura e o Ministério da Saúde, pela ação profícua da Secretaria do Meio Ambiente do Ministério do Interior e pela constante e atenta colaboração da Secretaria de Planejamento.

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E nesta hora, cumpre-me ainda agradecer a fidalga hospitalidade do

Ministério das Relações Exteriores que, por especial deferência do Ministro Azeredo da Silveira, abriga uma vez mais a Conferência Nacional de

Saúde."

Referências

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