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A empresa Holding de seguros e as
classificações de dívida
A
s holdings de seguros (IHC) e suas estruturas associadas de capital podem gerar grandes resultados na solidez financeira geral das subsidiárias das companhias de seguro, oferecendo a elas um grau de flexibilidade financeira através de injeções de capital, acesso a mercados de capital, e em alguns casos, mais fontes de fluxo de caixa provenientes de outras operações. De igual forma, a dívida e os outros títulos são geralmente obrigações de uma IHC que, segundo o tamanho destas obrigações, podem diminuir a flexibilidade financeira da empresa e potencialmente obstaculizar ganhos futuros e inibir o crescimento de excedente de uma subsidiária. Este relatório de cri-térios descreve a abordagem utilizado para analisar e classificar as IHC e a dívida. Para mais informações sobre o processo de análise das holdings não seguradoras, consulteEvaluating Non-Insurance Ultimate Parents.
A análise realizada para atribuir a classificação de crédito da A.M. Best incorpora uma avaliação de fontes importantes de risco para as entidades classificadas, inclusive a exposição ao risco causado por atividades na controladora/IHC e nas afiliadas não clas-sificadas. É vital entender o possível impacto causado a uma entidade classificada pelas atividades da controladora/IHC, para poder construir uma visão abrangente do perfil de risco da entidade classificada. Como resultado disso, todas as maiores controladoras são revisadas e analisadas para determinar, no mínimo, se das atividades da controladora pode esperar-se que surja a opção de compra do capital da empresa operacional clas-sificada, ou que a entidade classificada a risco material seja exposta – mesmo em casos onde não é atribuída nenhuma classificação pública à controladora.
A abordagem fundamental para a atribuição de qualquer classificação de créditos da A.M. Best é a de examinar a organização de cima para baixo e de baixo para cima. O alicerce da abordagem de cima para baixo é a avaliação da IHC de forma consolidada. Os analistas da A.M. Best também podem avaliar a IHC analisando apenas a controla-dora para entender as próprias atividades diretas da desta. A A.M. Best revisa a entidade controladora e consolidada para capturar o desempenho de todo o grupo, assim como, sua posição de capital, sua alavancagem financeira, sua cobertura de comissão fixa, sua liquidez, sua qualidade e diversificação de passivos, além de outros fatores para garantir que a organização em sua totalidade encontre-se em boa posição financeira. Ainda, se a IHC emite dívida ou títulos híbridos para o mercado público, a A.M. Best analisa e pode classificar publicamente esses títulos.
Medições utilizadas para analisar a IHC
Alavancagem financeiraQuando o segurador obtém recursos, seja no nível de operações ou de IHC, seu perfil de risco muda. Para avaliar o nível de dívida dentro da estrutura de capital, a A.M. Best utiliza vários coeficientes de alavancagem financeira que comparam o nível de dívida com o nível de capital. Portanto, a A.M. Best elaborou diretrizes para estudar o impacto dos níveis de empréstimos e a capacidade de amortização na classificação do segurador. Esta análise é parte do processo de classificação, independentemente se o segurador emite dívida pública ou não (Vide Figura 1).
18 de março de 2013
Informações adicionais
Critérios: O BCAR Universal A avaliação das controlado-ras de não seguradocontrolado-ras A perspectiva sobre a alavancagem operacional da A.M. Best
Análise dos programas de títulos comerciais O BCAR para seguradores de ramos elementares O BCAR para seguradores de Vida/Saúde
A gestão de risco e o pro-cesso de classificação para as companhias de seguros O crédito patrimonial para títulos híbridos A medição do risco de transferência e conversão A classificação de membros de grupos de seguros Contato Analítico
Duncan McColl, CFA +1 (908) 439-2200 Ramal 5826
Duncan.McColl@ambest.com
Para as organizações complexas, com muitas subsidiárias em uma única IHC, toma-se uma decisão analítica sobre até onde o nível de cada subsidiária apoia o empréstimo e, como resultado, os níveis de alavancagem pertinentes para cada classificação de crédito da A.M. Best para a subsidiári.
Além da alavancagem, a A.M. Best leva em consideração a qualidade da estrutura de capital e a permanência do capital. Como parte da análise de qualidade de capital, a A.M. Best revisa os termos e as condições dos títulos emitidos, o vencimento da estrutura de capital e o nível de fundo de comércio, valor de força, custos de adquisição diferidas e outros ativos intangíveis no tocante aos ganhos demonstrados e à capitalização total. O nível de ativos intangíveis representa uma singular importância quando formam uma parte significativa da base de capital de uma organização, distorcendo assim, os coefici-entes de alavancagem financeira no tocante aos seus pares.s.
Coeficiente de cobertura
Ao avaliar a capacidade de serviço de suas obrigações financeiras de uma IHC, a A.M. Best leva em consideração vários coeficientes de cobertura, inclusive a cobertura de juros de comissões fixas. Ao avaliar os níveis de cobertura, a A.M. Best leva em consid-eração o ambiente atual e esperado das taxas de juros para a solidez da cobertura.
A capacidade de honrar obrigações financeiras ao longo do tempo é função da capitalização atual da organização e da capacidade de gerar renda com as operações. Papel moeda não onerado, dinheiro e investimentos a curto prazo nas IHC também podem sustentar o serviço da dívida e outras obrigações da controladora a curto prazo. O histórico comprovado por parte da gerência da recompra de ações e dividendos dos acionistas é considerado parte da aval-iação da futura capacidade creditícia e dos coeficientes de cobertura esperados pela IHC.
Alavancagem operacional
Para complementar a avaliação da alavancagem financeira, a A.M. Best também estuda a alavancagem operacional da empresa. A A.M. Best define a alavancagem operacional amplamente como dívida (ou instrumento similar) utilizada para financiar uma carteira específica de ativos corre-spondentes. Espera-se que o fluxo de caixa desse conjunto de ativos seja suficiente para financiar o pagamento de capital e de juros associados às obrigações, diminuindo con-sideravelmente a possível opção de compra do lucro e do fluxo de caixa do segurador. Geralmente, a A.M. Best considera que as obrigações de dívida podem receber trata-mento de alavancagem operacional que seria excluído do cálculo de alavancagem finan-ceira, a menos que um dos níveis de tolerância seja superado. (Consulte Perspective on
Operating Leverage da A.M. Best.) Liquidez
A liquidez da IHC depende do grau de satisfação de suas obrigações financeiras, seja através da operação de fluxo de caixa ou pela manutenção de dinheiro e investimentos
Figura 1
Diretrizes típicas de cobertura de
juros e alavancagem financeira de
uma holding
Categoria da ICR Dívida/Capital* Cobertura de juros**
aaa <15% >10x aa <25 >7x a <35 >5x bbb <45 >3x bb <65 >2x b >65% <2x
* Dívida de longo e curto prazo (ajustada para títulos híbri-dos)/[(Patrimônio total do acionista + Juros minoritários e outros + Ações preferenciais (Não patrimoniais) + Dívida de longo prazo + Dívida de curto prazo) líquida da AOCI] ** Renda operacional antes dos impostos + Despesas de juros/Despesas de juros + Dividendos preferenciais
sólidos, diversificados e líquidos. A fonte do fluxo de caixa disponível para uma IHC com poucas operações depende principalmente da capacidade de pagamento dos dividendos das subsidiárias. A capacidade de dividendos, por sua vez, depende parcialmente da estru-tura organizacional, reconhecendo que uma estruestru-tura geralmente plana é preferível a uma estrutura empilhada. A presença de subsidiárias lucrativas não reguladas é algo positivo e não há limites quanto à quantidade de dividendos que podem ser enviados à controladora. Fontes de dinheiro adicionais, inclusive linhas de crédito bancário, também podem mel-horar a liquidez da holding. Um alto grau de liquidez permite ao segurador de satisfazer as necessidades de dinheiro inesperadas, sem vender inoportunadamente os investimen-tos ou os ativos fixos, que podem acabar em perdas realizadas consideráveis devido às condições temporárias de mercado e/ou aos motivos fiscais. Para mais informações sobre a análise de liquidez da A.M. Best, consulte Analyzing Commercial Paper Programs.
Alocação de ativos/Risco de investimento
A qualidade e a diversificação de ativos contribuem à estabilidade financeira da empresa. Os ativos investidos (principalmente títulos, ações comuns, hipotecas e imóveis) são avaliados para estabelecer o risco de inadimplência e o possível impacto no excedente se a baixa do valor de mercado desses ativos ocorresse de maneira ines-perada. Quanto maior a liquidez, diversificação e/ou qualidade da carteira de bens, menor a incerteza quanto ao valor a ser percebido na venda de um bem, e menor a probabilidade de inadimplência. Portanto, as diretrizes de investimento da empresa são revisadas para identificar a falta de diversificação entre as indústrias ou regiões geográfi-cas, prestando-se uma atenção especial aos grandes investimentos únicos que superam 10% do capital total de uma empresa. As empresas que mantêm ativos não líquidos, não diversificados e/ou especulativos e que têm uma exposição significativa à subscrição de linhas de negócios voláteis vulneráveis a mudanças não favoráveis na subscrição e/ou condições econômicas, podem colocar em perigo o excedente do segurado.
Risco não incluído ao balanço contábil
Se uma IHC está exposta a itens não incluídos no balanço patrimonial, entre eles os balanços associados a ativos não controlados, a garantias para afiliados, os passivos con-tingentes, as obrigações de planos de pensão não financiados, as obrigações de arren-damento a longo prazo, e os swaps de taxas de juros, os itens não incluídos no balanço são analisados para que seja estabelecido o possível impacto na flexibilidade financeira, liquidez, e exposição ao excedente ou à perda do grupo.
Adequação de capital
Como parte da análise da solidez financeira da organização como um todo, a A.M. Best pode utilizar o Índice de Adequação de Capital (BCAR) consolidado para avaliar o capi-tal ajustado ao risco, utilizando as demonstrações contábeis consolidadas da IHC ou a companhia controladora de seguros operacional, caso não exista a IHC. Para mais infor-mações, consulte Understanding Universal BCAR, Understanding BCAR for Property/
Casualty Insurers e Understanding BCAR for Life/Health Insurers.
O BCAR consolidado é calculado com base no coeficiente do capital disponível da orga-nização no tocante ao capital líquido requerido.
BCAR Consolidado = Capital Disponível
Capital líquido requerido
O capital disponível representa o capital acessível para que toda a organização absorva quais-quer divergências em seus investimentos, crédito, subscrição e risco não incluídos no balanço.
A fórmula de capital da A.M. Best utiliza uma abordagem de capital baseada no risco onde o capital líquido requerido é calculado para sustentar três grandes categorias de risco: o risco de investimento, o risco de crédito e o risco de subscrição. A fórmula da A.M. Best para a adequação de capital também contém um ajuste para a covariância, indicando a suposta independência estatística dos componentes individuais. O capital disponível de uma empresa é dividido pelo capital líquido requerido, após feito o ajuste de covariância, para determinar o BCAR.
A A.M. Best faz uma série de ajustes no capital avisado da empresa no seu modelo de capital, a fim de proporcionar uma base com mais sentido econômico e comparável para qua a adequação de capital seja avaliada. Após entender o risco inerente dos itens não incluídos no balanço, o analista faz uma avaliação qualitativa dos passivos não incluídos no balanço patrimonial que podem imputar um ônus ao crescimento ou à preservação do excedente de uma empresa, e pode modificar o encargo de capital no BCAR consolidado para demonstrar o devido nível de risco.
As diferentes estruturas de contabilidade e de requerimentos reguladores no mundo requerem muitos ajustes no capital avisado de uma empresa. O fundo de comércio e outros passivos intangíveis são ajustados. As reservas para catástrofes são retiradas das reservas para perdas e passadas para o capital disponível com efeito tributário. São feitos os ajustes por qualquer valor implícito em reservas de prêmios não adquiridos, reservas de perdas e títulos de renda fixa, caso a companhia ainda não o tenha indicado em seu capital avisado. Mais ajustes são feitos no capital para mostrar outros riscos que não pertencem ao balanço patrimonial, inclusive a exposição a catástrofes e os requeri-mentos de serviço da dívida.
O modelo BCAR produz uma pontuação absoluta, que é o coeficiente do capital da empresa, ajustado ao seu próprio capital líquido requerido. Esse coefici-ente específico para a empresa indica se sua solidez de capital está em linha com as categorias de clas-sificação “Segura” ou “Vulnerável” da A.M. Best, e está baseado no perigo específico de risco das operações de uma empresa.
Gestão de risco empresarial
A A.M. Best acredita que a gestão de risco empresarial (ERM-Enterprise Risk Management) - estabelecimento de uma cultura consciente do risco, utilização de ferramen-tas mais sofisticadas para identificar e gerenciar, assim como, medir o risco de forma mais constante; e captura-ção das correlações de risco – é um componente cada vez mais importante da estrutura de gestão de risco de um segurador. Isto inclui o melhoramento de um esforço corrente e constante para afinar uma estrutura de ERM, incluindo o desenvolvimento de modelagem de capital econômico interno em nível consolidado ou de grupo. Ao analisar uma IHC, a A.M. Best avaliará as práticas de gestão de risco da organização relativas ao perfil de risco da empresa segundo a volatilidade da receita e do capital ao longo do tempo. (Consulte Risk Management and
the Rating Process for Insurance Companies.)
Figura 2
Componentes de capital disponível
Capital avisadoAjustes patrimoniais: Prêmios não adquiridos Ativos
Reservas de perdas Resseguros Ajustes de dívida:
Dívida/Títulos híbridos
Requerimentos de serviço da dívida Outros ajustes:
Potencial de perdas por catástrofe (líquido do resseguro) Perdas operacionais futuras
Dividendos futuros Capital contingente Reservas contingentes
Valor na solidez (negócio de Vida) Custo diferido de adquisição Fundo de comércio Outros ativos intangíveis
Afiliadas não classificadas
Outra parte importante da abordagem de classificação de cima para baixo da A.M. Best é a revisão e análise de afiliadas não classificadas. Isso geralmente é incorporado na avaliação das atividades da controladora através da análise de informações, tais como o organograma e as demonstrações consolidadas, obtidas junto à gerência da empresa. A A.M. Best revisa o grupo para detectar a presença possível de benefícios ou retarda-mentos que possa apresentar alguma afiliada. Para sentir-se confortável com as afiliadas não-seguradoras do grupo, os analistas da A.M. Best mantém reuniões com a gerência para determinar como se enquadram estrategicamente essas entidades. Além disso, os analistas da A.M. Best utilizam informações públicas, estudos analíticos de terceiros e relatórios do setor, assim como, informações fornecidas pela gerência a fim de avaliar o estado financeiro de uma afiliada não-seguradora.
Alavancagem dupla
Outra medida para avaliar a capitalização é a alavancagem dupla, ou o coeficiente dos investimentos de uma holding nas subsidiárias ao seu patrimônio ajustado. A alavancagem dupla é utilizada para estabelecer até que ponto a dívida emitida na holding contribui como patrimônio a uma ou mais empresas operacionais. A alavancagem dupla alta não é compensada por fatores mitigatórios que podem levar a uma visão não favorável da estru-tura de capital de uma organização ou da qualidade do capital na empresa operacional.
Classificação da IHC
A classificação da IHC é estabelec-ida em referência à ICR do segura-dor operacional e reflete a análise das consequências do risco de crédito da IHC como entidade jurídica diferente da seguradora operacional e da subordinação normal dos credores da IHC aos acionistas da empresa operacional (Veja a Figura 3)
Já que uma IHC não costuma
auferir ganhos significativos independentes das operações das subsidiárias, essa separação jurídica da empresa operacional representa um grau adicional de risco, especialmente em termos de controle atual ou potencial que o regulador pode aplicar ao movimento de recursos de um segurador operacional para uma IHC. Além disso, os segurados de um segurador operacional costumam obter antiguidade no escalão de credores da IHC. Devido em parte ao maior nível de risco obtido pelos
credores seniores não garantidos da IHC, relativos aos da empresa operacional, é geralmente atribuída à IHC uma ICR inferior à da empresa operacional (Veja a Figura 4). Os níveis
máximos de dividendos ou outras limitações no movimento de fundos da empresa operacional à IHC também estão refletidos nos pontos entre as ICR operacionais e a IHC. Para seguradores operacionais com classificação extrema-mente alta, as ICR das IHC possuem geralextrema-mente dois ou três pontos a menos. Continuando em descenso pela escala de classificação, isso pode chegar a até quatro ou cinco pontos.
Figura 3
Resumo da relação entre as diferentes classificações
ICR de empresa holding não operaciona
ICR publicada da empresa operacional Perfil de risco da holding é incorporada na ICR publicada da empresa operacional ICR da holding derivada da ICR publicada da empresa operacional Classificação da dívida (Específica para as obrigações da dívida) Classificação da dívida (Específica para as obrigações da dívida)
Figura 4
Pontos típicos de ICR a ICR
Empresa operacional Empresa Holding
aaa 0-2 aa+ 2-3 aa/aa- 3 a+/a/a- 3 bbb+/bbb 3 bbb- 3-4 bb+/bb 4 bb- 4-5
Por outro lado, para as organizações muito fortes, com operações diversificadas, esses pon-tos poderiam reduzir-se a zero (ou seja, após tomar em conta os riscos destacados anterior-mente, o perfil de crédito da IHC holding ainda equivale a uma classificação “aaa”).
Para organizações mais complexas, com múltiplas operações de seguradoras e não-seguradoras de propriedade da IHC, aplica-se a mesma lógica analítica. Decisões suple-mentares devem ser tomadas a respeito de qual das subsidiárias operacionais são mais dependentes da IHC , para honrar suas obrigações e, consequentemente, quais ICR das empresas são mais relevantes para o processo de atribuição de pontos (veja a Figura 5).
Uma IHC pode melhorar a classificação de uma empresa operacional (Consulte Rating
Mem-bers of Insurance Groups). Se uma IHC mantém ativos líquidos consideráveis, estes serão
incorporados à ICR publicada da empresa operacional, se for estabelecido que tais recursos estarão disponíveis para satisfazer as obrigações constantes do seguro. Se tais recursos não forem considerados como sendo disponíveis para satisfazer obrigações de apólices e con-tratos, mas parecerem ser uma caraterística sustentável do balanço da IHC, a liquidez da IHC pode ser incorporada ao grau de pontos entre a IHC e a ICR da empresa operacional. Igualmente, se a IHC mantém uma alavanca ou medidas de cobertura fracas relativas à ICR da empresa operacional, então, esse fator será incorporado na ICR publicada da empresa operacional. Em ambos casos, a ICR da IHC recebe os pontos da ICR publicada da empresa operacional.
Classificação de dívida e de ações preferenciais
Se um segurador emite dívida pública, a A.M. Best designará uma classificação específica dada sua visão da qualidade creditícia da emissão de dívida. A classificação da dívida é estabelecida fazendo referência à classificação do emissor (ICR), seja uma holding oper-acional ou uma IHC.
A classificação da dívida emitida por uma IHC recebe pontos da ICR da IHC. A dívida não garantida emitida por uma IHC muitas vezes representará sua mais antiga
obriga-ção. Nesse caso, tais obrigações receberão o mesmo nível de classificação que a ICR da IHC, onde à dívida subordinada é atribuído um ponto mais baixo (Veja a Figura 6).
Os títulos e as ações preferenciais são percebidos como tendo uma capacidade creditícia inferior à dívida subordi-nada júnior, e geralmente recebem uma classificação de dois pontos abaixo da ICR da IHC. Nos casos onde a A.M. Best
Figura 5
Resumo da relação ente as diferentes classificações para organizações
complexas
a) A ICR da holding obtém-se das ICR publicadas das empresas operacionais por meio da análise da A.M. Best sobre o grau de impacto que cada empresa operacional possui na capacidade creditícia da holding, além de quaisquer benefícios que sejam obtidos de fontes diversificadas de recursos resultantes das operações.
b) As ICR publicadas das empresas operacionais refletem a análise da A.M. Best do grau até onde cada uma delas está sus-tentando a dívida, ou outras obrigações, da holding ou das empresas afiliadas.
ICR de holding não operacional
a b a b a b ICR publicada do segurador
operacional ICR publicada do segurador operacional Análise do não segurador operacional
Figura 6
Pontos típicos de uma ICR
de holding a um instrumento
de dívida de uma holding
Dívida sênior
não garantida Dívida subordinada Ações preferenciais
classifica papéis preferenciais respaldados por dívida subordinada, o instrumento é clas-sificado no mesmo nível que o título preferencial. Pode haver modificações quanto a isso, segundo os detalhes da emissão.
As classificações de dívida emitidas pelas empresas operacionais recebem pontos da ICR publicada da empresa operacional. Para a dívida emitida por empresas operacio-nais, o grau de subordinação da emissão classificada aos credores com mais alto grau de senioridade (geralmente segurados) está refletido no nível de classificação. Para os segu-radores de maior classificação, a dívida sênior não garantida seria, mais frequentemente, um ponto abaixo da ICR (demostrando a subordinação entre a dívida e o segurado), a dívida subordinada dois pontos, e assim por diante. Não obstante, para emissores nos níveis de classificação mais baixa, os pontos entre os segurados e as obrigações dos que têm uma dívida sênior pode expandir-se na medida em que a ICR desce pela escala de classificação. O aumento dos pontos nos níveis mais baixos de ICR mostra a probabili-dade, geralmente mais elevada, de uma intervenção reguladora (Veja a Figura 7).
Crédito patrimonial para híbridos
A emissão de títulos de dívida não tradicionais, seja por uma IHC ou uma companhia operacional de seguros, pode receber tratamento favorável dos títulos híbridos com-parados com instrumentos tradicio-nais de dívida, devido à existência de caraterísticas similares a capital. A avaliação da A.M. Best desses títulos e os resultados, tanto na alavancagem financeira quanto nos coeficientes de cobertura, focalizamna utilização de instrumentos dentro da estrutura de capital da entidade e no impacto dos coeficientes financeiros e da flexibilidade financeira.
Ao classificar títulos de crédito de participação continuadamente, a A.M. Best coloca a dívida propriamente dita e os títulos com uma opção de compra em dinheiro em um extremo e ações comuns no outro extremo. Todos os títulos entram no meio, com base nas caraterísticas de absorção de perdas e flexibilidade de fluxo de caixa. Em geral, quanto mais longo o vencimento, mais tarde podem ser diferidos os pagamentos de juros/dividendos, e quanto mais profunda a subordinação, maior o crédito de capital dado a um seguro híbrido. Não obstante, esses instrumentos podem ser extremada-mente complexos e requerem uma extensa análise de classificação. Como tal, a deter-minação de crédito de capital para títulos híbridos será feita individualmente. Em geral, a A.M. Best oferece crédito de capital que alcança até 20% do capital total de uma empresa, para títulos híbridos que mostram as caraterísticas de capital comum. A quan-tidade de crédito dado aos títulos híbridos está baseado na crença da A.M. Best de que o setor de seguros, assim como o mais amplo setor de serviços financeiros, é muito sensível às mudanças na percepção do mercado da solidez financeira do emissor (Veja
Equity Credit for Hybrid Securities).
Tetos de transferência e conversão
As classificações da IHC estão sujeitas a tetos de transferência e conversão (T&C). A A.M. Best define o risco de transferência e conversão como o risco de que as autori-dades governamentais possam impor controles de capital e de câmbio que impeçam o
Figura 7
Pontos típicos de uma ICR de empresa
operacional a um instrumento de dívida
de uma empresa operacional
Classificação de
emissor de crédito Dívida sênior não garantida Papéis excedentes/outra dívida subordinada Ações preferenciais
aaa/aa/a 1 2 3
bbb+/bbb 1 ou 2 2 or 3 3 ou 4
bbb- 2 ou 3 3 or 4 4 ou 5
bb+/bb 3 4 5
setor privado de cambiar a moeda local em moeda estrangeira ou de transferir fundos a credores não residentes. A A.M. Best utiliza um processo de duas etapas para calcular o teto T&C. O processo começa com uma classificação soberana e depois um cálculo da probabilidade de que o governo implemente restrições monetárias dada a inadim-plência. Para tanto, os tetos para T&C são sempre iguais ou maiores que a classificação soberana do país (Veja Measuring Transfer and Convertibility Risk).
Incorporação do apoio do governo
O apoio do governo, seja através de formas explícitas (ou seja, garantia escrita) ou de apoio implícito (não contratual), pode aumentar a ICR publicada da IHC. O apoio finan-ceiro explícito mostra o comprometimento do governo com a organização. Esse apoio é fornecido na forma de contribuição de capital ou um convênio contratual que demon-stra o comprometimento. O nível de benefícios que pode sustentar a classificação IHC depende do tipo de apoio financeiro explícito proporcionado. Garantias que oferecem proteção completa podem proporcionar um aumento na classificação.
A IHC também pode receber um aumento na classificação baseado principalmente no nível de apoio implícito que se espera do governo. Não obstante, a quantidade de apoio explícito já proporcionado à IHC também influencia o nível de apoio implícito que a A.M. Best antecipa e o nível de benefício em uma classificação. Tais juízos são subjetivos e constituem decisão por parte de uma comissão de classificação após a realização de uma análise formal de classificação, que inclui a avaliação das informações reunidas por meio de discussões detalhadas junto a oficiais de governo e gerência a fim de obter um completo entendimento da relação do governo com a organização.
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Metodologia
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VICE PRESIDENTE EXECUTIVO Paul C. Tinnirello VICE PRESIDENTES SENIORManfred Nowacki, Matthew Mosher,
Rita L. Tedesco, Karen B. Heine A.M. BEST COMPANY
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A classificação de solidez financeira da Best é uma opinião independente da solidez finan-ceira de um segurador e da sua capacidade de satisfazer suas obrigações de apólices de seguros e de contratos. Tem base em uma avaliação abrangente quantitativa e qualitativa da solidez no balanço patrimonial da empresa, do desempenho operativo e do perfil empresarial. A classificação de solidez financeira diz respeito à capacidade relativa de um segurador de satisfazer suas obrigações de apólices de seguros e de contratos. Estas classificações não representam uma garantia da capacidade atual ou futura do segurador de que vai satisfazer suas obrigações contratuais. A classificação não é atribuída a apólices específicas de seguro ou contratos e não trata de nenhum outro risco, inclusive e não limitado às políticas ou procedimentos de pagamento do segurador em relação com as reclamações; a capacidade do segurador de disputar ou negar qualquer pagamento de disputa ou reclamação com base a uma falsa representação ou fraude, ou qualquer responsabilidade civil contratual do segurado ou de quem tem o contrato. A classificação de solidez financeira não constitui uma recomendação de compra, de manter ou terminar uma apólice de seguro, contrato nem qual-quer outra obrigação financeira emitida por um segurador, nem trata da adequação de uma apólice particular ou contrato para um propósito ou comprador específico.
A Classificação de crédito de dívida/emissor da Best é uma opinião sobre o risco de crédito futuro de uma entidade, um compromisso de crédito ou uma dívida ou título similar. Tem base em uma avaliação abrangente quantitativa e qualitativa da solidez no balanço patrimo-nial da empresa, do desempenho operativo e do perfil empresarial, e quando corresponde, da natureza específica e dos detalhes de um título de dívida classificado. O risco de crédito é o risco de que uma entidade pode não satisfazer usas obrigações contratuais financeiras quando vencem. Esta classificação de créditos não trata de nenhum outro risco, incluindo mas não limitado ao risco de liquidez, risco do valor do mercado ou da volatilidade de preços dos títulos classificados. A classificação não constitui uma recomendação de compra, venda, de manter qualquer título, apólices de seguro, contrato nem qualquer outra obrigação finan-ceira, nem trata da adequação de uma qualquer obrigação financeira particular ou propósito ou comprador específico.
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