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EMPODERAMENTO DE MULHERES RURAIS: A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DISTANTE COM FAMÍLIAS INSERIDAS NA POLÍTICA PÚBLICA DO BIODIESEL

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EMPODERAMENTO DE MULHERES RURAIS: A PARTIR

DE UMA “EXPERIÊNCIA DISTANTE” COM FAMÍLIAS INSERIDAS NA POLÍTICA PÚBLICA DO BIODIESEL

Haudrey Germiniani1 Maria das Dores Saraiva de Loreto2

Resumo: O presente estudo buscou problematizar a partir de questões teóricas e metodológicas as pesquisas de campo realizadas com famílias inseridas no Programa Nacional de Biodiesel (PNPB), em assentamentos do Ceará e Pernambuco (2012 a 2014), que buscavam analisar as relações familiares a partir da categoria gênero. Através da percepção das/os agricultores sobre algumas das dimensões da vida cotidiana e do trabalho e suas repercussões no empoderamento feminino.

Palavras-chave: Política Pública; Gênero; Empoderamento

Introdução

O conceito de “experiência” cunhado por Joan Wallach Scott (1999) nos mostra que os sujeitos são constituídos a partir da experiência, ou seja, como os grupos sociais se relacionam com o que vivenciam. Para tanto, como aponta Scott, nos aproximamos das correntes da hermenêutica que reforçam a necessidade de compreensão enquanto mecanismo primordial para a inteligibilidade das práticas sociais. E ainda, recorremos aos ensinamentos de Geertz ao diferenciar a experiência próxima da experiência distante para refletir sobre as ilusões da identificação das pesquisadoras, por serem apenas mulheres, com as agricultoras pesquisadas é ainda sobre as impossibilidades de se “colocar debaixo da pele do outro”. Assim, esse estudo realizou uma (re) visita aos dados obtidos no trabalho de campo para apontar e sugerir a necessidade de caminhos teórico-metodológicos que problematizem as epistemologias dominantes e possam dar voz aos sujeitos e que essas vozes, possam efetivamente levar ao empoderamento feminino.

Scott, em seu texto “Experiência”, trouxe-nos a idéia de que “não são os indivíduos que têm experiência, mas os sujeitos é que são constituídos através da experiência” (1999: p. 27). Para Scott não há um ponto de chegada pré- determinado, a experiência vai constituindo as identidades e visões de mundo que, como mostra a história, estão em constante mutação. Como os grupos sociais,

1 Pós-doutoranda na Universidade Federal de Viçosa, Programa de pós-graduação em Economia Doméstica,bolsista

CAPES, Viçosa-MG, Brasil.

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Viçosa-entre eles as mulheres, se vêem relaciona-se com o que estão vivenciando. O trabalho de Scott reforça a necessidade de aproximação com as correntes da hermenêutica, no sentido da importância da ‘compreensão’ enquanto elemento fundamental de inteligibilidade das práticas sociais. Clifford Geertz e Anthony Giddens alertam os pesquisadores para que não se iludam quanto à sua identificação com o grupo estudado, por mais simpatia que tenham pelas idéias de que seus participantes são portadores. Em O saber local, Geertz (2003) diferencia a “experiência próxima” da “experiência distante”. Ele desconfia da possibilidade do investigador de colocar-se “debaixo da pele do outro”, alertando que, como qualquer um de nós, os outros também “preferem considerar suas almas como suas”.

Os dados registrados ao longo do trabalho de campo são fontes quase inesgotáveis para a nossa reflexão teórica e metodológica acerca das relações de gênero na agricultura familiar e do empoderamento de mulheres rurais. Assim sendo, ao retornar aos dados coletados e ainda as anotações do caderno de campo fomos levadas a novas interpretações e a novos objetos, desta forma, como nos ensinou Geertz existem diversas interpretações possíveis de uma mesma realidade. Com o distanciamento temporal em relação ao trabalho de campo, outras possibilidades de interpretações, com outros significados, são acionadas a partir dos dados coletados.

Este trabalho buscou problematizar a partir de questões teóricas e metodológicas as pesquisas de campo realizadas com famílias inseridas no Programa Nacional de Biodiesel (PNPB), em assentamentos do Ceará e Pernambuco (2012 a 2014), que buscavam analisar as relações familiares a partir da categoria gênero. Através da percepção das/os agricultores sobre algumas das dimensões da vida cotidiana e do trabalho e suas repercussões no empoderamento feminino A pesquisa de campo foi realizada nos Estados do Ceará, especificamente nos municípios de Madalena e Monsenhor Tabosa,. No Estado do Ceará foram objetos da pesquisa agricultores e agricultoras que se inseriram no Programa Nacional de Produção de Biodiesel para o fornecimento da mamona. Em Pernambuco, a pesquisa foi realizada nos municípios de Pesqueira, distante a 215 km da capital pernambucana, situa-se na microregião do Vale do Ipojuca e mesorregião do Agreste Pernambucano. Foram entrevistadas 23 famílias de produtores, distribuídos espacialmente, com o plantio de mamona, nas seguintes comunidades mineiras: Quitéria, Bacalhau, Cedro, Pirapetinga, Piedade, Boa Vista, Beira Rio, Mestre C, Canoas, Cotanho, Coelhos, Guiné, Vista Alegre, Quilombo, Cunhas, Pinheiro, Paraíso e Monteiro.

Desta forma, seguindo a abordagem interpretativa a pesquisa foi realizada em duas etapas de trabalho de campo. Uma primeira etapa, determinada por Woortmanne Woortmann (1997), como

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“viagem de reconhecimento”, quando foram percorridas as localidades a serem pesquisadas, visando estabelecer um primeiro contato com a população local e com as lideranças vinculadas ao PNPB.

No Estado do Ceará, a pesquisa de campo iniciou-se como uma primeira visita aos agricultores/as vinculados/as ao Programa. Para tanto, foram escolhidos alguns assentamentos contemplados pelo PNPB. O primeiro assentamento visitado foi o 25 de maio3. Mas, em função de sua baixa representatividade, em termos da produção de mamona, a equipe seguiu para o município de Monsenhor Tabosa, localizado a 319 km de Fortaleza, especificamente para o Assentamento Santana.

Em função do universo populacional foi selecionada aleatoriamente uma amostra estatisticamente significante de 50 famílias de agricultores do Município de Monsenhor Tabosa, especificamente do distrito de Barroso, cadastrados no PNBP, estando estas famílias residentes nos assentamentos Santana, Bargados, Tira teima, Curitiba, Cachoeirinha e Agrobel. Os informantes foram entrevistados por meio do questionário contendo perguntas abertas e fechadas.

Para uma análise mais aprofundada sobre a vida cotidiana feminina, do grupo de famílias foi retirada uma sub- amostra de 10 mulheres, que foram ouvidas através da entrevista narrativa, sendo algumas a próprias beneficiárias do Programa e a grande maioria esposas de agricultores cadastrados.

Assim, a condução metodológica da pesquisa seguiu as orientações da abordagem qualitativa, envolvendo observação participante entrevistas semiestruturadasjunto aos produtores e mulheres, envolvidas na produção de oleaginosas (mamona e pinhão manso), buscando refletir sobre a realidade vivenciada “antes e depois do acesso ao PNPB”, considerando atividades realizadas, espaço relacional e capacidade de empoderamento. No caso do segmento feminino do Ceará, foi feito uso do método da história oral junto a uma sub-amostra de mulheres, visando apreender as mudanças ocorridas no cotidiano feminino e as possibilidades de empoderamento (empowerment), em face à introdução das culturas agroenergéticas no agroecossistema familiar.

Os dados foram examinados por meio da análise de conteúdo. Segundo Bardin (2011), esta modalidade de análise segue três fases: leitura flutuante, identificação das categorias por meio das convergências ou divergências dos discursos dos sujeitos e elaboração da temática do estudo,

3Esse assentamento é constituído por 420 famílias que, organizadas pelo MST, sindicatos e Comissão Pastoral da Terra

– CPT, no dia 25 de Maio de 1989, ocuparam a antiga fazenda Reunidas São Joaquim. Tendo essas famílias,após 15 dias de luta, recebido a emissão de posse desta terra. O assentamento está localizado na região Sertão do Ceará, a 212 km da capital Fortaleza, uma área de 22.992 hectares, dividida em 11 comunidades, pertencentes ao município de

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refletindo as concepções das mulheres sobre as repercussões do PNPB na sua vida cotidiana. O desenvolvimento do campo se deu por intermédio da observação participante, com uso da entrevista, seguindo a abordagem interpretativa.

Ao buscarmos compreender o empoderamento feminino de mulheres inseridas no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel que foi uma política pública que tinha como um dos principais objetivos a inclusão social, nos deparamos com outras políticas sociais e atividades em setores como educação e artesanato que acabaram por proporcionar maior inclusão e até mesmo um modesto empoderamento as mulheres rurais. O PNPB como podemos afirmar após 5 anos de estudo, não conseguiu realizar a inclusão social da agricultura familiar e em nenhum momento da sua implantação foi direcionado ou pensado como uma política para o segmento feminino.

Na agricultura familiar, na região pesquisada, os dados mostraram que as desigualdades de gênero são visíveis e “naturalizadas”, as narrativas das mulheres e dos homens entrevistados revelaram uma expressiva ausência das mulheres na agricultura, no entanto, elas realizam esse trabalho, a omissão do trabalho feminino na agricultura nos relatos deve-se ao fato da atividade feminina na lavoura ser considerada pelas próprias mulheres e familiares como um complemento do trabalho masculino. Ou seja, apesar das mulheres trabalharem no cultivo a sua mão-de-obra não é valorizada.

O campo de estudo assim como a literatura sobre a abordagem de gênero e o universo rural, revelaram que as mulheres eram as responsáveis pelo trabalho doméstico nas propriedades, como cozinhar, lavar e o cuidado das crianças. O trabalho da mulher apesar de ser considerado na agricultura como apenas “ajuda”, a grande maioria das informantes possui jornadas duplas de trabalho, pela expressiva participação nas atividades agrícolas, como relatos a seguir especificados: ...a gente trabalha, ajudo o esposo os filhos na roça, na colheita maior parte eu ajudo na colheita, colher o feijão, organizando a merenda para eles fazendo o almoço (Entrevistada).

No entanto, nas localidades pesquisadas são as outras fontes de rendas oriundas dos programas sociais do governo federal que acabam “empoderando” mais as mulheres. . São os incentivos e auxílios para a agricultura, como o fornecido pelo PNPB, o Perca Safra e o Auxílio Estiagem, para os períodos de seca improdutivos. Além desses, a Bolsa Família também contribui fortemente para a sustentabilidade social das famílias, na medida em que atua como uma complementação da renda limitada obtida na área produtiva, castigada pela seca. Essas outras fontes de renda apesar de eventuais e de pouco valor, acabam proporcionando mais autonomia a essas mulheres que são em sua maioria as beneficiadas dessas políticas públicas.

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A busca por uma formação na universidade mesmo que ainda pequena, nos últimos anos se tornaram uma saída para deixar o trabalho rural. Muitas jovens através do investimento da família, do incentivo do Programa Universidade para Todos (PROUNI) estão saindo das suas comunidades em busca de formação universitária, como também estão cursando o ensino superior à distância e, ainda, através dos convênios do MST, com a Universidade Federal do Ceará.

Nas comunidades estudadas, as mulheres exercem também funções sociais ligadas a Igreja Católica, como também organizam as festividades e cultos realizados nos assentamentos. Entretanto, na ausência dos padres, são os homens que conduzem os terços e orações. Cabe às mulheres a limpeza do templo e o preparo da alimentação em ocasiões festivas. No assentamento Santana, as mulheres participam das assembléias da cooperativa (Copáguia), com direito ao voto, mas, como o voto representa a família, dificilmente uma mulher vota contra o seu marido. A direção desta cooperativa sempre foi masculina, sendo somente o cargo de secretária ocupado por mulheres.

A pesquisa revelou que a implantação do PNPB nas comunidades estudadas não trouxe aumento significativo e não desenvolveu novas habilidades entre as mulheres. Conforme observação, as reuniões com os técnicos agrícolas ocorreram esporadicamente e a capacitação sempre foi voltada para o público masculino. Assim, podemos constatar através das entrevistas e da observação participante que o Programa de Biodisel não colaborou para a inclusão social e menos ainda para proporcionar trabalho e renda para as mulheres.

As desigualdades de gênero são cotidianas, a maioria das entrevistadas consideram que possuem seus direitos e que existe “igualdade de gênero para todos”, o que implica em uma “naturalização” dessas relações assimétricas entre homens e mulheres, mesmo com espaços proibidos tradicionalmente as mulheres, em termos de possibilidades de ações e decisão.

As mulheres no seu cotidiano “naturalizam” o papel atribuído a elas na divisão sexual do trabalho, colaborando para a invisibilidade do trabalho desenvolvido. Para as mulheres ainda é percebido como natural que o trabalho doméstico seja estritamente da sua responsabilidade, ao ser considerado mais “leve”, e o trabalho na lavoura fique sob a responsabilidade dos homens, sendo considerado o trabalho mais “pesado”. Segundo Maria Ignez S. Paulilo (2013, p.7), trabalho “leve” e trabalho “pesado” são categorias que nos ajudam a compreender as desigualdades de gênero presentes no trabalho realizado no meio rural, assim o trabalho “leve” e “pesado” são categorias que são atribuídas as diferentes formas de trabalhos segundo o sexo de quem as exercem e as condições de exploração da terra nas várias regiões agrícolas. Existe uma convicção de que o trabalho

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feminino seria menos custoso. Na literatura sociológica sobre a força de trabalho feminina nas cidades as profissões consideradas femininas são menos remuneradas em relação as masculinas. Mesmo ocupando os mesmo cargos que os homens as mulheres continuam recebendo menores salários

No que concerne à questão referente a funções e papeis na família e na sociedade, percebeu-se pelas narrativas das mulheres entrevistadas e da obpercebeu-servação que todas têm como principal função ser mãe e dona de casa, embora algumas exerçam outras atividades, como: agricultora; educadora, auxiliar de serviço, auxiliar administrativo dentre outros. Assim, a pesquisa in loco vem a reafirmar um comportamento tradicional no mundo rural, onde as mulheres concentram suas ações na “reprodução social”.

As tarefas domésticas e o cuidado dos/as filhas/os, exclusivo para as mulheres, são assim caracterizados como trabalho (re) produtivo ocultado, negligenciado e desvalorizado pelo contexto social. As funções desempenhadas pelas mulheres no sustento da casa são desqualificadas e não visíveis ainda é legítimo o homem como provedor da família, “o que confere uma posição de trabalhadora complementar à mulher, embora os fatos da realidade revelem que as mulheres trabalhadoras muitas vezes são as reais provedoras do sustento familiar” (FONSECA, 2000, p.46).

A divisão sexual do trabalho familiar é tida como uma das categorias que define o universo camponês, sendo os papéis constituídos socialmente e variando de acordo com os diferentes contextos culturais. A importância social das atividades de homens e mulheres, variam em cada sociedade e sofrem alterações ao longo da história, essas transformações sociais, refletem nas relações de gênero que acabam por adquirir novos significados. Assim, apesar da divisão sexual do trabalho, nas regiões pesquisadas, ainda atribuírem as mulheres o cuidado do espaço doméstico, entre alguns casais pesquisados, essa dinâmica mais tradicional está se modificando a partir da obtenção de outras rendas pelas mulheres quer seja pelos trabalhos nas escolas locais ou ainda com a venda de peças de artesanatos, como as rendas no Pernambuco.

As pesquisas no Ceará e em Pernambuco, em duas regiões produtoras das matérias-primas mamona, tiveram dificuldades no cultivo devido às condições climáticas, no entanto, podemos perceber um descompasso entre o discurso e a prática concreta da política de promoção dos biocombustíveis, que tinha como principal objetivo conciliar inclusão social e eficiência na produção, principalmente quanto à inserção da agricultura familiar e maior valorização do trabalho feminino. A política não atingiu os seus principais objetivos, quanto a inclusão social, e em relação às mulheres foram negligenciada em todas as etapas da política.

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Considerações Finais

As políticas do PNPB não foram concebidas visando a uma organização social do trabalho que compreenda o papel das mulheres. A produção das matérias-primas para o biocombustível foi pensada para ser realizada pelos homens da comunidade e as mulheres apenas como “ajudantes”, pois o trabalho produtivo, no plano do discurso e das representações sociais, ainda, é delegado aos homens. As mulheres participaram da produção, principalmente no plantio e colheita, conforme observação de trabalho de campo, as mulheres tem se engajado em outras atividades, como o serviço público na área da saúde e educação. No entanto, apesar das mulheres das comunidades pesquisadas possuírem mais autonomia que as mulheres das gerações passadas, elas ainda consideram o trabalho realizado por elas na agricultura como “ajuda”, isto é, apenas como um complemento do trabalho masculino, sendo “reprodução social” delegada as mulheres.

A mulher ser responsável pelo trabalho doméstico ainda é um papel reforçado pela lógica da sociedade que não apenas apresenta uma postura neutra em relação a uma perspectiva de gênero, mas reforça a lógica de que a economia do lugar se define pelo trabalho dos homens, naturalizando o papel que lhes é atribuído na divisão sexual do trabalho. Essa lógica é comum nos assentamentos pesquisados, apesar das mulheres terem sua renda ainda são as responsáveis pelo trabalho doméstico.

Tanto as mulheres quanto os homens reconhecem a roça como um espaço de domínio masculino, sendo a casa um domínio feminino. Desta forma, a produção e a comercialização das oleaginosas são de responsabilidade dos homens, enquanto as mulheres estão buscando outros espaços de atuação, seja no âmbito da “ajuda”, dos quintais produtivos, do serviço público. Essas atividades revelam mais do que invisibilidade, mas que as mulheres estão buscando outras práticas sociais que apontam para uma forma “silenciosa de resistência”. As mulheres pesquisadas se mostraram hábeis em reinventar novas formas de empoderamento, elas apesar de serem negligenciadas pela política do biodiesel, enquanto, capazes de serem protagonistas assumiram outros espaços como o da educação formal nas escolas e ainda partir da renda do Programa Bolsa Família criaram hortas, salões de beleza, pizzarias e ainda investiram no artesanato, assim, aumentaram a renda e se tornaram mais empoderadas em relação as gerações de mulheres anteriores à elas.

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Referências

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Public Biodiesel Policy

Astract: The present study sought to problematize from the theoretical and methodological questions the field surveys carried out with families included in the National Biodiesel Program (PNPB), in settlements of Ceará and Pernambuco (2012 to 2014), which sought to analyze family relations From the gender category. Through farmers' perceptions about some of the dimensions of everyday life and work and their repercussions on female empowerment.

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