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Distribuição Espacial da Capacidade de Canal para Sistemas MIMO numa Microcélula

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Distribuic¸˜ao Espacial da Capacidade de Canal

para Sistemas MIMO numa Microc´elula

Ivo Sousa, Maria Paula Queluz, Ant´onio Rodrigues

Instituto de Telecomunicac¸˜oes / Instituto Superior T´ecnico

Universidade de Lisboa, Portugal

email: [ivo.sousa, paula.queluz, antonio.rodrigues]@lx.it.pt

Resumo—Neste trabalho ´e estudada a distribuic¸˜ao espacial da capacidade de canal dos sistemas sem fios Input Multiple-Output (MIMO) para um ambiente microcelular. Com base na dependˆencia da capacidade com o posicionamento dos terminais m´oveis, tornada aparente atrav´es de simulac¸˜oes realistas, a noc¸˜ao de regi˜oes de alta e baixa capacidade ´e introduzida e a sua forma ´e estudada para diferentes situac¸˜oes. Os resultados deste trabalho s˜ao especialmente ´uteis na optimizac¸˜ao do planeamento e implementac¸˜ao de sistemas MIMO.

I. INTRODUC¸ ˜AO

A utilizac¸˜ao de t´ecnicas Multiple-Input Multiple-Output (MIMO) ´e uma das mais interessantes evoluc¸˜oes modernas nos sistemas de comunicac¸˜oes sem fios. Este conjunto de t´ecnicas utiliza um conjunto de antenas de emiss˜ao e de recepc¸˜ao que permitem obter aumentos de capacidade importantes devido `a diversidade introduzida nas ligac¸˜oes e aos ganhos consegui-dos pela utilizac¸˜ao de agregaconsegui-dos de antenas. Al´em disso, as ligac¸˜oes MIMO permitem conseguir um ganho de multiplexa-gem atrav´es da abertura de canais espaciais paralelos dentro da mesma banda de frequˆencia [1], [2]. Isto ´e conseguido considerando canais de informac¸˜ao ortogonais, principalmente na presenc¸a de propagac¸˜ao multipercurso, conduzindo a uma maior descorrelac¸˜ao entre as antenas.

Dentro da ´area de cobertura de uma estac¸˜ao base, o desempenho obtido pelo uso do sistema MIMO num terminal m´ovel pode variar consoante a posic¸˜ao onde este se encontra. O efeito da orientac¸˜ao do agregado de antenas no desempenho do sistema, nomeadamente a capacidade de canal, foi investigado em [3], [4]. Em ambos os estudos foi verificada uma elevada correlac¸˜ao espacial, e consequentemente uma capacidade de canal mais baixa, quando o agregado de antenas se encontrava paralelo relativamente `a direc¸˜ao de propagac¸˜ao do sinal r´adio; por outro lado, quando os agregados de antenas da estac¸˜ao base e de um terminal m´ovel eram transversais `a respectiva direc¸˜ao de transmiss˜ao/recec¸˜ao do sinal r´adio, ent˜ao a capacidade de canal atingia o valor m´aximo.

Neste trabalho a an´alise da capacidade de canal ´e estendida ao dom´ınio da distribuic¸˜ao espacial dentro da ´area de cobertura de uma estac¸˜ao base. O objectivo ´e identificar as regi˜oes da ´area de cobertura onde se podem obter os valores de capacidade de canal mais elevados, regi˜oes estas que depois

This work was partially funded by Instituto de Telecomunicac¸˜oes/LA and by Fundac¸˜ao para a Ciˆencia e a Tecnologia (FCT) under a Doctoral grant (SFRH/BD/62003/2009).

podem ser ´uteis no planeamento e implementac¸˜ao de um sistema sem fios. Tendo por base a dependˆencia da capacidade de canal com a posic¸˜ao dos terminais m´oveis, dependˆencia esta tornada aparente atrav´es de resultados de simulac¸˜oes realistas obtidos utilizando um simulador que gera realizac¸˜oes de canal seletivas na frequˆencia para um ambiente microc´elula, as regi˜oes de capacidade elevada e baixa s˜ao identificadas, bem como o impacto que o espac¸amento entre antenas do mesmo agregado tem nestas regi˜oes.

Este trabalho est´a organizado da seguinte forma. Na secc¸˜ao II os modelos de simulac¸˜ao s˜ao descritos e a capacidade de canal de um sistema MIMO ´e revista. A secc¸˜ao III apresenta a separac¸˜ao entre regi˜oes de capacidade elevada e baixa, bem como a sua dependˆencia com diferentes configurac¸˜oes MIMO. Finalmente, as conclus˜oes s˜ao apresentadas na secc¸˜ao IV.

II. MODELOS DESIMULAC¸ ˜AO

A. Modelo de Canal do Sistema MIMO

Considerando um sistema MIMO, o vetor do sinal recebido ~

sR(f ) no recetor com nR antenas pode ser escrito como

~

sR(f ) = [sR,1(f ), sR,2(f ), . . . , sR,nR(f )]

>

(1) onde sR,i(f ) corresponde ao sinal recebido na i-´esima antena

do agregado, f denota a frequˆencia da portadora e [·]> simbo-liza a operac¸˜ao de transposic¸˜ao. De forma an´aloga, os sinais transmitidos de nT antenas do emissor definem o vetor ~sT(f ).

Os sinais ~sT(f ) e ~sR(f ) est˜ao relacionados pela express˜ao

~

sR(f ) = H(f ) ~sT(f ) + ~n(f ) (2)

onde ~n(f ) representa o vetor do ru´ıdo aditivo branco gaussiano e H(f ) ∈ CnR×nT corresponde `a matriz do canal r´adio MIMO

instantˆaneo, isto ´e, refere-se a uma “fotografia instantˆanea”do canal de propagac¸˜ao r´adio.

A caracterizac¸˜ao do ambiente r´adio ´e feita por uma implementac¸˜ao validade do modelo de canal direcional COST 273 para cen´arios microcelulares [5]. De acordo com este modelo, o sinal recebido num terminal m´ovel ´e composto por v´arias r´eplicas do sinal transmitido, as quais s˜ao desfasadas no tempo devido ao multipercurso mas podem ser agrupadas em clusters. Estes clusters s˜ao definidos pela sua potˆencia, atraso, ˆAngulo de Partida (AdP), ˆAngulo de Chegada (AdC) e s˜ao determinados estocasticamente de acordo com o proce-dimento de gerac¸˜ao descrito em [5]. Para as microc´elulas, um terminal m´ovel tem sempre um cluster `a sua volta e vˆe mais

(2)

3 clusters em m´edia. Cada um destes clusters ´e composto por 7 Componentes de Multipercurso (CdM).

A (r, t)-´esima componente de H(f ) ´e calculada aplicando uma transformada de Fourier `a resposta impulsional do canal dada por [5]. Considerando que tanto a estac¸˜ao base como os terminais m´oveis est˜ao equipados com agregados lineares uniformes (uma configurac¸˜ao que apresentou o desempenho de sistema MIMO mais elevado para diferentes cen´arios de propagac¸˜ao [4]), assumindo que cada antena dos agregados ´e omnidirecional e com ganho unit´ario, a resposta impulsional do canal pode ser escrita como

hr,t(f ) = N X n=1 M X m=1 7 X l=1 am,le−j 2π λdtsin(ϕm,l,AdP) ×e−j2π λdrsin(ϕm,l,AdC)e−j2πf τng(τ m,l, τn) (3)

onde N simboliza o n´umero de “etapas” do atraso, M denota o n´umero de clusters vis´ıveis, am,l representa a amplitude

complexa do l-´esimo CdM do m-´esimo cluster, λ corresponde ao comprimento de onda, dt (dr) simboliza a distˆancia da

antena t (r) do emissor (recetor) `a antena de referˆencia (para a qual d1 = 0), e ϕm,l,AdP (ϕm,l,AdC) denota o AdP (AdC)

para o (m, l)-´esimo CdM no emissor (recetor) em relac¸˜ao `a normal do agregado de antenas. A func¸˜ao auxiliar g(τm,l, τn)

´e dada por

g(τm,l, τn) =



1 τm,l∈ [τn−1, τn[

0 caso contr´ario (4)

onde τm,lcorresponde para o (m, l)-´esimo CdM ao atraso em

excesso em relac¸˜ao ao caminho r´adio Com Linha de Vista (CLdV) e τn simboliza a n-´esima “etapa” do atraso, a qual

depende da largura de banda B do sistema pois τn = 1/B

[6]. Estas “etapas” do atraso permitem adicionar `a simulac¸˜ao o efeito da largura de banda do sistema, o qual ´e importante pois afeta os parˆametros do desvanecimento de pequena escala, influenciando desta forma o desempenho do sistema MIMO. B. Ambiente de Teste Microcelular

O ambiente de teste utilizado nas simulac¸˜oes ´e caracte-rizado por uma microc´elula com uma ´area de cobertura de 100 m × 100 m, estando a estac¸˜ao base posicionada no centro da c´elula (x = y = 0) e com o seu agregado de antenas a 10 m de altura. Os terminais m´oveis est˜ao uniformemente posicionados na microc´elula, estando separados de 1 m entre si (o que perfaz um total de 10201 terminais m´oveis), e tˆem os respetivos agregados de antenas a 1.5 m de altura.

As realizac¸˜oes do canal r´adio para todos os terminais m´oveis para uma frequˆencia da portadora de 2 GHz s˜ao geradas na mesma simulac¸˜ao, isto ´e, o simulador utiliza uma abordagem de ambiente multi-terminal (e n˜ao de terminal ´unico), permitindo assim simular de forma apropriada as correlac¸˜oes entre os diferentes terminais m´oveis.

Considerando uma das poss´ıveis configurac¸˜oes da tecno-logia Long Term Evolution (LTE) [7], para simulac¸˜ao do sistema MIMO foi escolhida a configurac¸˜ao 2 × 2 (antenas no recetor × antenas no emissor) com 20 MHz de largura de banda.

C. Capacidade de Canal do Sistema MIMO

O ganho de multiplexagem espacial MIMO pode ser obtido com ou sem informac¸˜ao do estado do canal por parte do emissor, sendo que eficiˆencias espectrais mais elevadas s˜ao atingidas no segundo caso [8]. Infelizmente n˜ao ´e f´acil ao emissor ter conhecimento do estado do canal [9], e por isso neste trabalho apenas s˜ao considerados os sistemas sem informac¸˜ao do estado do canal por parte do emissor.

A capacidade normalizada de canal do sistema MIMO (em bit/s/Hz) para uma dada realizac¸˜ao de canal H ´e dada por [1], [2] C = log2det  InR+ SNIR nT HFH†F  (5) onde InR representa a matriz identidade de ordem nR, (·)

denota a transposic¸˜ao complexa conjugada e HF corresponde

`a matriz normalizada de canal, isto ´e, HF = H/ρ, ρ =

q

kHk2F/(nTnR) (6)

onde k·kF simboliza a norma de Frobenius. Esta normalizac¸˜ao ´e aplicada de forma a investigar a influˆencia da correlac¸˜ao de canal na capacidade. Deste modo HF torna-se independente da

atenuac¸˜ao de canal, sendo esta atenuac¸˜ao refletida na relac¸˜ao sinal/ru´ıdo mais interferˆencia (SNIR).

Definindo W = HFH†F como a matriz de correlac¸˜ao

de canal, tendo tamb´em em atenc¸˜ao que W ´e uma matriz Hermitiana definida n˜ao negativa e por isso tem nR valores

pr´oprios reais e n˜ao negativos, a capacidade de canal (5) pode ser reescrita utilizando os valores pr´oprios γi de W, isto ´e,

C = nR X i=1 log2  1 +SNIR nT γi  (7)

As express˜oes (5)-(7) n˜ao tˆem em conta o facto de um canal sem fios de banda larga ser seletivo na frequˆencia. Esta carac-ter´ıstica torna a matriz de canal do sistema MIMO dependente na frequˆencia. Uma forma de lidar com este assunto ´e dividor a largura de banda do canal em Q subcanais de desvanecimento plano, representados pelas matrizes correspondentes HF(fq),

onde fq ´e a q-´esima frequˆencia central da subportadora. Os

diferentes subcanais de frequˆencia podem ser vistos como canais paralelos, originando assim uma capacidade de canal dada por [8] C = 1 Q Q X q=1 nR X i=1 log2  1 +SNIR nT γi,q  (8) onde γi,q representa o i-´esimo valor pr´oprio da matriz

Wq = HF(fq)H†F(fq).

A express˜ao da capacidade anterior requer caracterizac¸˜ao estat´ıstica devido `a aleatoriedade das matrizes de canal. Para canais com desvanecimento r´apido, onde uma transmiss˜ao de informac¸˜ao se estende por um elevado n´umero de intervalos de tempo de coerˆencia, o conceito de ergodicidade pode ser utilizado. Isto significa que a m´edia temporal converge para o mesmo limite que a m´edia sobre todas as realizac¸˜oes do processo de desvanecimento. A capacidade erg´odica C

(3)

representa assim a taxa de comunicac¸˜ao fi´avel que pode ser atingida, sendo esta dada por [8]

C = E[C] = E " 1 Q Q X q=1 nR X i=1 log2  1 + SNIR nT γi,q # (9)

onde E [·] denota o operador valor esperado.

III. REGIOES DE˜ CAPACIDADEELEVADA EBAIXA

Os resultados apresentados de seguida s˜ao baseados em 200 simulac¸˜oes para cada configurac¸˜ao MIMO. Depois de se obter as matrizes de canal do sistema MIMO, ´e importante ter a certeza que o canal seletivo na frequˆencia ´e didivido apropriadamente em subcanais de desvanecimento plano. Para esse efeito, os 20 MHz de largura de banda s˜ao divididos em Q = 512 subcanais, isto ´e, a largura de banda de cada subcanal ´e igual `a largura de banda de coerˆencia de um canal que apresenta um espalhamento do atraso de 12.8 µs [8]. Considerando o downlink (transmiss˜ao da estac¸˜ao base para o terminal m´ovel), assume-se que todos os terminais m´oveis dentro da c´elula tˆem o mesmo n´ıvel de SNIR = 15 dB, o que permite tamb´em avaliar a dependˆencia da capacidade com a localizac¸˜ao dos terminais m´oveis para um certo n´ıvel de SNIR. A capacidade erg´odica para cada posic¸˜ao dos terminais m´oveis ´e ent˜ao obtida invocando a lei dos grandes n´umeros. isto ´e,

1 S S X s=1 C −→ E [C] = C (10)

onde S simboliza o n´umero total de simulac¸˜oes.

A Fig. 1 mostra a capacidade erg´odica obtida para cada posic¸˜ao dos terminais m´oveis, considerando uma configurac¸˜ao MIMO 2 × 2 (terminal m´ovel×estac¸˜ao base) com as antenas de cada agregado separadas entre si por meio comprimento de onda (0.5λ), e para situac¸˜oes pobres e ricas em multipercurso, CLdV e Sem Linha da Vista (SLdV), respetivamente. Como se pode observar, a capacidade apresenta valores mais baixos no caso CLdV. Este ´e um resultado esperado nas condic¸˜oes de simulac¸˜ao devido ao facto de que no caso SLdV um terminal m´ovel recebe mais sinais via multipercurso, o que leva a uma maior descorrelac¸˜ao espacial e consequentemente o ganho MIMO ´e mais elevado (recorde-se que a comparac¸˜ao entre as situac¸˜oes CLdV e SLdV ´e feita para o mesmo n´ıvel de SNIR; o objetivo ´e estudar a distribuic¸˜ao espacial da capacidade no resto do trabalho). Outro resultado que pode ser extra´ıdo da Fig. 1 ´e a n˜ao uniformidade da capacidade dentro da c´elula; valores mais elevados s˜ao obtidos nas regi˜oes que s˜ao transversais ao plano definido pelo agregado de antenas da estac¸˜ao base, enquanto os valores mais baixos se encontram na zona do plano definido pelo agregado da estac¸˜ao base. Isto tem como justificac¸˜ao a orientac¸˜ao do agregado, tal como referido na introduc¸˜ao.

No entanto, pode-se especular que se os agregados dos terminais m´oveis tivessem outra orientac¸˜ao (n˜ao paralelos ao da estac¸˜ao base) ent˜ao talvez a distribuic¸˜ao espacial da capaci-dade fosse diferente. Assim, foram efetuadas mais simulac¸˜oes com os agregados dos terminais m´oveis perpendiculares ao da estac¸˜ao base (uma func¸˜ao seno de (3) foi alterada para coseno) e os resultados encontram-se na Fig. 2. Comparando

a Fig. 1 com a Fig. 2 observa-se que para o caso SLdV a orientac¸˜ao dos agregados dos terminais m´oveis tem um impacto insignificante. Para o caso CLdV verifica-se uma alterac¸˜ao da distribuic¸˜ao espacial da capacidade, contudo n˜ao se observa uma simples rotac¸˜ao da distribuic¸˜ao (ali´as, as zonas de pior capacidade encontram-se de novo na zona do plano definido pelo agregado da estac¸˜ao base, embora agora seja menos not´oria a diferenc¸a). Daqui pode-se concluir que para situac¸˜oes SLdV apenas a orientac¸˜ao do agregado da estac¸˜ao base influencia a distribuic¸˜ao espacial da capacidade, que a orientac¸˜ao dos agregados nos terminais m´oveis apenas tem influˆencia nas situac¸˜oes CLdV e mesmo nestes casos tamb´em ´e necess´ario ter em conta a orientac¸˜ao do agregado da estac¸˜ao base. Estas conclus˜oes est˜ao de acordo com os resultados te´oricos apresentados em [3], onde ´e referido que a orientac¸˜ao do agregado com o menor espalhamento angular domina o efeito na capacidade (estac¸˜ao base no nosso caso, cf. [5]), e tamb´em que o efeito da orientac¸˜ao dos agregados pode ser eliminado se o espalhamento angular for elevado (o que acontece no nosso caso para os terminais m´oveis nas situac¸˜oes SLdV, cf. [5]).

A. Impacto do espac¸amento das antenas da estac¸˜ao base Para estudar o impacto do espac¸amento das antenas da estac¸˜ao base na distribuic¸˜ao espacial da capacidade, foram efectuadas novas simulac¸˜oes mantendo o espac¸amento das antenas dos terminais m´oveis em meio comprimento de onda (0.5λ) enquanto as antenas da estac¸˜ao base assumiram como espac¸amentos 1.0λ e 2.0λ. Os resultados obtidos encontram-se nas Fig. 3 e Fig. 4 para o caso dos agregados estarem paralelos entre si (tal como na Fig. 1) e nas Fig. 5 e Fig. 6 para o caso do agregado da estac¸˜ao base estar perpendicular aos restantes (tal como na Fig. 2).

Comparando a Fig. 1 com a Fig. 3 e a Fig. 4 observa-se que com o aumento do espac¸amento o valor da capacidade aumentou em toda a c´elula. Al´em disso ´e interessante verificar que a zona de valores de maior capacidade (regi˜oes transversais ao plano definido pelo agregado de antenas da estac¸˜ao base) tamb´em aumentou de tamanho. No entanto, o aumento do espac¸amento entre antenas leva ao aparecimento de pequenas “ilhas”de capacidade mais baixa dentro da zona de valores de maior capacidade devido ao digrama de radiac¸˜ao do agregado. Daqui pode-se concluir que um aumento do espac¸amento entre antenas da estac¸˜ao base reduz o efeito da orientac¸˜ao do agregado.

Atendendo agora ao caso dos agregados dos terminais m´oveis perpendiculares ao da estac¸˜ao base, pela Fig. 5 e Fig. 6 verifica-se que para o caso da situac¸˜ao SLdV o comportamento da distribuic¸˜ao espacial da capacidade ´e em tudo idˆentico ao verificado na Fig. 3b e Fig. 4b, respetivamente. No caso das situac¸˜oes CLdV, com o aumento do espac¸amento das antenas na estac¸˜ao base verifica-se um aumento global dos valores de capacidade mas n˜ao se consegue definir claramente regi˜oes onde os valores da capacidade s˜ao mais elevados.

IV. CONCLUSOES˜

Neste trabalho foi estudada a distribuic¸˜ao espacial da capacidade para uma microc´elula. Com os resultados obtidos

(4)

(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 1. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(0.5λ), Agregados dos terminais m´oveis paralelos ao da estac¸˜ao base

por simulac¸˜ao identificaram-se as regi˜oes onde a capacidade ´e mais elevada: regi˜oes transversais ao plano definido pelo agregado de antenas da estac¸˜ao base. A dependˆencia destas regi˜oes com a variac¸˜ao do espac¸amento das antenas na estac¸˜ao base tamb´em foi estudada, verificando-se que aumenta a ´area destas regi˜oes quando aumenta o espac¸amento entre antenas.

Esta noc¸˜ao de regi˜oes de elevada e baixa capacidade, como prever a sua forma e como aumentar o seu tamanho, servem como base de trabalho na otimizac¸˜ao planeamento e implementac¸˜ao de um sistema sem fios MIMO. Por exemplo, tendo por base as conclus˜oes aqui apresentadas pode-se ajustar a orientac¸˜ao do agregado de antenas de uma estac¸˜ao base num largo ou prac¸a, de forma a que este agregado fique paralelo aos locais onde as pessoas passam mais tempo, tais como bancos de jardim ou paragens de autocarros.

(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 2. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(0.5λ), Agregados dos terminais m´oveis perpendiculares ao da estac¸˜ao base

REFERENCIASˆ

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(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 3. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(1.0λ), Agregados dos terminais m´oveis paralelos ao da estac¸˜ao base

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(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 4. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(2.0λ), Agregados dos terminais m´oveis paralelos ao da estac¸˜ao base

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(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 5. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(1.0λ), Agregados dos terminais m´oveis perpendiculares ao da estac¸˜ao base

(a) CLdV

(b) SLdV

Figura 6. Capacidade erg´odica – 2(0.5λ)×2(2.0λ), Agregados dos terminais m´oveis perpendiculares ao da estac¸˜ao base

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