E-commerce
Prof Marcus Regenold Disciplina Negócios pela Internet
O comércio eletrônico (CE) é, basicamente, a
realização de transações empresariais vida rede de telecomunicações, especialmente a Internet.
Ele pode ocorrer entre empresas e consumidores
(quando alguém encomenda um livro da
saraiva.com, por exemplo) ou entre empresas. Também é possível entre um governo e outras partes, entre consumidores e entre uma empresa e seus empregados (B2E).
Há quem considere a denominação comércio
eletrônico um tanto restritiva, ao abranger apenas transações efetuadas em um mercado
eletrônico. Por isso, prefere a expressão e-business (ou e-biz), com ela referindo-se a uma
definição mais ampla do comércio eletrônico, não restrita a comprar e vender, mas abrangendo também serviços aos consumidores, colaboração com parceiros de negócios, e a realização de transações eletrônicas no âmbito de uma organização.
No início dos anos 80 a Internet era constituída apenas de aproximadamente 25 redes ligadas, em 1995 ela já incluía mais de 44.000 redes estendidas em 160 países e 26.000 entidades comerciais registradas.
Algo entre 40 a 50 milhões de computadores estavam conectados aos hosts da Internet, e esse número estava crescendo numa estimativa de 10 a 20% ao mês.
a
n
o
s
invenção
Década de 70 surge a transferência eletrônica de
capital.
Surgiu então o intercâmbio de dados (EDI), com o
qual o CE se expandiu de transações financeiras para outros tipos de processamento de
transações.
A partir da comercialização da Internet e da
introdução da Web no início da década de 90, as aplicações do CE tiveram um acelerado
Ao longo dos últimos anos, testemunhamos o
surgimento de inúmeras aplicações inovadoras, desde marketing direto em grande escala até leilões e compras eletrônicos.
O ato de comprar alimentos de uma
máquina automática com um cartão inteligente ou com um telefone celular também é considerado comércio eletrônico.
• Catálogo eletrônico: no começo, as empresas utilizaram a Internet como um mecanismo de publicação unidirecional;
• Interação com o cliente: nessa fase, as empresas
criam um diálogo com seus clientes;
• Disponibilização de transações: as empresas
começam a usar a Internet para expandir os processos orientados a transação;
• Relacionamento um-a-um: a Internet é utilizada
para criar interações customizadas;
• Organizações em tempo real: as empresas
começam a planejar, executar e agregar
compradores e vendedores num espaço virtual para entender as necessidades e entregar valor em tempo real;
• Comunidades: a Internet auxilia as empresas a
criar comunidades de interesse que reunam os parceiros de uma cadeia de valor.
Um mercado eletrônico é uma rede de interações
e relacionamentos em que se desenvolve um intercâmbio de informações, produtos e
pagamentos.
Quando o mercado é eletrônico, a central de
negócios não é um shopping, mas um site em rede em que compradores, vendedores e outros parceiros encontram-se eletronicamente para fazer negócios.
O mercado cuida de todas as transações
necessárias à sua finalidade, inclusive transferência de dinheiro. Os mercados
eletrônicos admitem transações B2B, centradas em empresas e B2B.
O comércio eletrônico é um solvente econômico, que esta revolucionando os velhos modelos de negócios, reestruturando custos e as formulas de conexões entre compradores, vendedores e intermediários.
Um sistema de informação interorganizacional
(SII) compreende o fluxo de informações entre duas ou mais empresas.
Seu objetivo principal é o processamento eficiente
de transações, como a transmissão de pedidos, contas e pagamentos.
Em comparação com os mercados eletrônicos,
aqui todos os relacionamentos são determinados previamente; não há negociação, somente
execução.
Os SII reduzem os custos de transações de
rotina, eliminando a ineficiência e o alto custo do processamento da documentação inerentes ao processo;
Melhoram a qualidade de fluxo de informações
pela redução ou eliminação de erros; reduzem o tempo de ciclo para a execução de transações comerciais independentemente da distância geográfica entre os participantes;
Facilitam os processos de compra e venda para
os usuários e simplificam a coordenação e a colaboração ao longo da cadeia de suprimentos.
Os sistemas interorganizacionais são utilizados
exclusivamente para aplicações de B2B,
enquanto que mercados eletrônicos existem tanto no B2B como no B2C.
A tendência atual aponta para a combinação dos
dois sistemas.
Poucas inovações na história humana englobam
tantas vantagens quanto o comércio eletrônico. A natureza global da tecnologia, seu baixo custo, a oportunidade de alcançar centenas de milhões de pessoas, seu caráter interativo, a infinidade das aplicações potenciais, a multiplicidade de
recursos e o rápido crescimento da Internet resultam em inúmeras vantagens que mal começam a se materializar, mas que irão se expandir significativamente com a ampliação do comércio eletrônico.
O comércio eletrônico dá ao vendedor a
possibilidade de atingir um número muito
grande de clientes, em qualquer parte do mundo, com escasso desembolso de capital e baixo custo operacional.
As empresas podem rapidamente localizar e
adquirir materiais e serviços de outras
companhias, e isso a preços entre 5 a 20% mais
baixos que em qualquer outra modalidade.
Os canais de distribuição de comercialização
podem ser drasticamente reduzidos ou até meso eliminados, tornando os produtos
simultaneamente mais baratos e os lucros mais altos para o vendedor. Na verdade, alguns intermediários são eliminados, permitindo marketing e vendas diretas.
O CE reduz em ate 90% os custos de criação,
processamento, distribuição, armazenamento e recuperação de informações em relação a
O CE permite reduzir estoques e despesas
administrativas, pois facilita os procedimentos para uma cadeia de suprimentos do tipo
“puxado”. No sistema puxado, o processo começa com o pedido do cliente e utiliza processamento just-in-time de produção e entrega. Isso possibilita a personalização do produto e baixos custos de estocagem.
Os serviços e o relacionamento com os clientes
são facilitados pela comunicação interativa, pessoa a pessoa, a baixo custo.
O CE consegue reduzir o tempo decorrido entre
o desembolso de capital e o recebimento dos produtos e serviços.
Reduz os custos de telecomunicações, pois a
Internet é muito mais barata do que as redes VAN.
Possibilita modelos empresariais inovadores que aumentam a competitividade e a lucratividade. A publicidade tem condições de utilizar
multimídia, ser constantemente atualizada,
atingir grandes massas e ser personalizada.
O comércio eletrônico é igualmente capaz
de dar a pequena empresa condições de enfrentar as grandes corporações.
O comércio eletrônico proporciona, de maneira
geral, produtos e serviços mais baratos, ao permitir que se compre em um número muito maior de fontes, isso depois de uma comparação
online de preços e qualidades extremamente ágil. Oferece mais escolhas aos clientes. Isso porque
eles têm condições de fazer suas opções entre um número bem maior de fornecedores e de produtos.
Permite aos consumidores comprar ou fazer
outras transações 24 horas por dia, o ano todo, a partir de qualquer ponto do planeta.
Os clientes recebem informação detalhada e
relevante e outros serviços em questão de
segundos, em vez de passarem dias ou semanas à espera.
O CE permite aos consumidores obter produtos e serviços personalizados a preços
competitivos, desde automóveis até PCs, para citar apenas alguns dos itens mais interessantes.
Permite a participação em leilões virtuais. Assim,
os clientes conseguem comprar artigos exclusivos ou itens de colecionador, sem depender para tanto de viajar aos locais dos leilões, com todo o planejamento e despesas que tais viagens
implicam.
O CE permite aos consumidores interagir com
outros clientes e com os vendedores em
comunidades eletrônicas para trocar idéias e
O Comércio eletrônico é um grande facilitador da
economia digital, que tem permitido aos Estados Unidos e a outros países desfrutarem de uma fase prolongada de forte desenvolvimento
econômico, com inflação baixa, resultante da alta produtividade.
Permite que mais pessoas trabalhem em casa,
reduzindo a necessidade de transporte, o que se traduz igualmente em menor trânsito e redução
de poluição atmosférica.
Devido ao comércio eletrônico, alguns produtos normalmente inacessíveis para a maioria dos consumidores têm seus preços reduzidos,
proporcionando que mais pessoas de baixo poder aquisitivo os adquiram, melhorando com isso seu
padrão de vida.
O CE proporciona à boa parte da população dos países em desenvolvimento e as áreas rurais acesso a
produtos e serviços que de outra forma não lhes seriam disponíveis. Isso inclui oportunidades de
aprender uma profissão e obter um diploma, ou de receber assistência médica melhorada.
O CE facilita a disponibilidade dos serviços públicos, tais como licenciamento de atividades,
reduzindo o curso de distribuição e a fraude, e
aumenta a qualidade do serviço social, do
trabalho da polícia, da assistência médica e da educação.
e-Gov: Governo eletrônico a serviço do cidadão
Clique na imagem
1. A inexistência de padrões universalmente aceitos de qualidade, segurança e confiabilidade.
2. Largura de banda insuficiente nas telecomunicações. 3. Ferramentas de desenvolvimento de software anda em
evolução.
4. A dificuldade de integrar a Internet e software de comércio eletrônico com alguns aplicativos existentes e os banco de dados.
5. O curso agregado dos serviços especiais da Web em acréscimo aos dos serviços da rede.
1. Muitos aspectos legais ainda não resolvidos, como os relativos aos impostos.
2. Padrões e regulamentos governamentais nacionais e internacionais que ainda não foram criados para determinadas circunstâncias.
3. Dificuldade de avaliar certos benefícios do comércio eletrônico, tais como anúncios na Web. Os métodos para justificar o CE estão ainda na primeira infância. 4. Muitos compradores e vendedores estão esperando o
CE estabilizar-se antes de a ele aderir.
5. A resistência dos consumidores a passar de uma loja real para uma virtual. As pessoas ainda não confiam inteiramente em transações virtuais, sem rostos visíveis.
6. A impressão de que o comércio eletrônico é caro e não oferece garantias. Como resultado, muitos não querem sequer testá-lo.
7. Em muitas atividades do CE, ainda inexiste a massa crítica (número suficiente) de vendedores e
compradores, indispensável para tornar rentável uma operação.
Qual a diferença entre comércio eletrônico e
negócio eletrônico?
Quais as principais limitações do comércio
eletrônico. Quais delas tendem a desaparecer?
Quais as vantagens de comprar em casa via
Internet em relação ao processo convencional de compra?
Para ver a seção desejada, basta clicar no botão “pesquisar“. Um arquivo PDF irá abrir.
Pesquisas sobre Mercado na Internet
Vendas Comércio Eletrônico – Brasil
Existem vários tipos de modelos de comércio
eletrônico. A modalidade B2B é a responsável por quase 85% do volume de comércio eletrônico. Vejamos os 8 modelos apresentados por Turban:
1. Empresa-a-empresa (B2B –
business-to-business). São transações em que tanto
compradores quanto vendedores são empresas.
2. Empresa-a-consumidores (B2C – business-to
consumers). Neste caso, os vendedores são
empresas e os compradores são indivíduos.
3. Consumidor-a-empresa (C2B –
consumer-to-business). Aqui, os clientes anunciam a
necessidade específica de um produto ou
serviço, e as empresas concorrem para fornecê-los.
4. Consumidor-a-consumidor (C2C –
consumer-to-consumer). Ocorre quando alguém vende
produtos ou serviços a outra pessoa. Um caso especial deste tipo é o P2P (peer-to-peer – ponto a ponto).
5. Comércio intra-organizacional (intrabusiness).
Uma empresa utiliza o comércio eletrônico internamente para melhorar as operações. Um caso especial deste tipo é o B2E (da empresa para seus empregados).
6. Governo-para-cidadão (G2C) e outros. Neste
caso, o governo fornece serviços aos seus cidadãos via tecnologia de comércio eletrônico. Os governos também podem fazer negócios com outros governo e com empresas.
7. Comércio coorperativo (e-commerce). É a
modalidade em que os parceiros de negócios colaboram pela via eletrônica. Essa cooperação ocorre em geral entre parceiros de negócios na cadeia de suprimentos. Varejistas e fabricantes fazem previsões conjuntas sobre a demanda nos setores que lhes interessam.
8. Comércio móvel (m-commerce). Quando o
comércio eletrônico ocorre em um ambiente sem-fio – via telefone celular para acesso à
1. Defina comércio eletrônico e negócio eletrônico. 2. Cite os benefícios do comércio eletrônico para
as empresas.
3. Cite os benefícios do comércio eletrônico para
os consumidores.
4. Cite os benefícios do comércio eletrônico para a
sociedade.
5. Defina comércio eletrônico B2C, B2B e
intra-empresarial.
6. Relacione os principais elementos da
infraestrutura do comércio eletrônico.
TURBAN, McLEAN e WETHERBE, Tecnologia
da informação para gestão. 3ª Edição – Porto
Alegre: Bookman, 2004.
Evolução da Internet e do e-commerce.
Disponível
em:<http://www.e-commerce.org.br/stats.php>. Acesso em 12 maio 2009.