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LEVANTAMENTO DA OCORRÊNCIA DE PODODERMATITE INFECCIOSA OVINA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA FRANCELENE VALENTE DE CASTRO

LEVANTAMENTO DA OCORRÊNCIA DE PODODERMATITE

INFECCIOSA OVINA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

Manaus 2014

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FRANCELENE VALENTE DE CASTRO

LEVANTAMENTO DA OCORRÊNCIA DE PODODERMATITE

INFECCIOSA OVINA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

Trabalho de conclusão de curso como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel. Escola Superior Batista do Amazonas. Curso de graduação em Medicina Veterinária.

Orientadora Dra. Graziela Aparecida Santello

Manaus 2014

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FICHA CATALOGRÁFICA

Bibliotecária Responsável: Anna Kelly de Lima Gouvêa – CRB/11ª – 620 Castro, Francelene Valente de

C355L Levantamento da ocorrência de pododermatite infecciosa ovina na região metropolitana de Manaus. / Francelene Valente de Castro. -- Manaus: [s. n.], 2014.

48 p.

Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) – Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM).

Orientadora: Dra. Graziela Aparecida Santello.

1. Pododermatite 2. Pequenos ruminantes 3. Claudicação 4. Medicina veterinária I. Título

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FRANCELENE VALENTE DE CASTRO

LEVANTAMENTO DA OCORRÊNCIA DE PODODERMATITE INFECCIOSA OVINA NA REGIA METROPOLITANA DE MANAUS

Trabalho de conclusão de curso como requisite parcial para obtenção do grau de Bacharel. Escola Superior Batista do Amazonas. Curso de graduação em Medicina Veterinária.

Aprovado em: 27/05/2014.

_________________________________________________________ Graziela Aparecida Santello. Dra. ESBAM

________________________________________________________ Raquel Silva Lisbôa. Dra. ESBAM

________________________________________________________

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Dedicatória

Dedico este trabalho primeiramente a Deus e à minha família e a todos os que se preocupam, realmente, com a saúde animal e humano.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, que me permitiu viver para encarar este desafio e mostrar do quanto sou capaz e por todos os acontecimentos que foram, é e será. Do seu eterno amor eu sempre me lembrarei. Ensina-me a ser Ensina-melhor Ensina-mesmo que seja com muitas dificuldades.

A todos os colegas de faculdades que durante cinco anos estive junto, em especial as minhas amigas Benedita Frazão e Karina Machado que sempre estiveram ao meu lado. Aos mestres e aos responsáveis do programa bolsa universidade que me deram essa oportunidade com 75% de bolsa obrigada meu deus!

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EPÍGRAFE

"Todo o cachorro independentemente do seu sexo, é complemento da vida humana. Todo o ser humano deveria experimentar amar um cão, só assim entenderia o que é amor. Todo o ser vivo é uma manifestação da natureza, e a natureza é uma manifestação da vida”

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RESUMO

A pododermatite ou pododermatite contagiosa está entre as doenças que causam os maiores prejuízos aos rebanhos de ovinos, principalmente nos períodos com grandes oscilações de umidade e calor. Ela também é conhecida como pietin, foot-rot, podridão dos cascos, manqueira ou peeira. Também conhecida como manqueira, a pododermatite tem duas formas clínicas: a benigna e a virulenta ou agressiva. Na forma benigna as lesões não são progressivas, estão limitadas aos tecidos moles do casco e há uma regressão natural com o advento do clima quente .A forma virulenta ou agressiva se caracteriza por descolamento da parte dura do casco e destruição de todos os tecidos que formam esse órgão. A pododermatite contagiosa ataca essencialmente os caprinos e os ovinos. Quando o produtor observar mudanças no caminhar, mancar levemente (claudicar) é o momento de começar o tratamento. Além desse sintoma, a pododermatite contagiosa se caracteriza ainda pelo cheiro pútrido e descolamento dos cascos. O período de incubação é muito variável, geralmente de 10 a 14 dias e os sintomas dependem fundamentalmente do estado das pastagens, virulência da amostra do Dichelobacter nodosus, duração da doença, número de patas afetadas e complicações secundárias. A infecção se desenvolve pelos tecidos moles e casco, provocando o seu descolamento. O processo é acompanhado de reação dolorosa, levando o animal a claudicar acentuadamente e caminhar com dificuldade. Quando a infecção atinge outras patas, há uma tendência de o animal ajoelhar-se ou permanecer deitado, dificilmente caminhando a procura de alimento. Em tais condições, o animal não se alimenta convenientemente, cai sua resistência aos agentes infectantes, os reprodutores perdem a capacidade de monta, há um emagrecimento progressivo, podendo chegar à morte. Nesta pesquisa foram realizados entrevistas com os proprietários em 15 criatórios na região metropolitana de Manaus sobre o manejo sanitário, com objetivo de caracterizar a doença, os dados, numeros de propriedades e animais acometidos pela doença, verificando a ocorrência dos dados de acordo com a estação e clima da região.

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ABSTRACT

The foot pad dermatitis or contagious foot pad dermatitis are among the diseases that cause the greatest harm to the flocks of sheep , especially in periods with large fluctuations in moisture and heat. She is also known as pietin , foot- rot , foot rot , lameness or foot rot . Also known as lameness , the pododermatitis has two clinical forms: benign and virulent or aggressive . In benign lesions are not progressive , are limited to the soft tissues of the hull and there is a natural regression with the advent of warm weather . The virulent and aggressive form is characterized by detachment of the hard part of the hull and destruction of all tissues that form this organ . The contagious pododermatitis attacks mainly goats and sheep . When the producer observe changes in walking, limping slightly ( limping ) is the time to begin treatment . In addition to this symptom, contagious pododermatitis is still characterized by the putrid smell and detachment of the hooves . The incubation period is variable , usually 10-14 days and the symptoms depend fundamentally on the state of pastures , virulence of the sample Dichelobacter nodosus , disease duration , number of affected paws and secondary complications . The infection develops the hull and soft tissues , leading to their detachment . The process is accompanied by painful reaction , causing the animal to limp sharply and walk with difficulty. When the infection reaches other legs , there is a tendency for the animal to kneel or lie down , hardly walking in search of food . In such conditions , the animal is not feeding properly , drops its resistance to infectious agents , the players lose the ability to ride , there is a progressive loss of weight , reaching to death . In this study, interviews were conducted with owners on 15 farms in the metropolitan region of Manaus on health management , in order to characterize the disease , data , numbers of properties and animals affected by the disease , verifying the occurrence of data according to season and climate.

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LISTA DE FIGURAS

Páginas

Figura 1. Imagens de sinais clínicos de pododermatite. 17

Figura 2. Imagens de necose e perda do casco. 19

Figura 3. Uso pedilúvio como forma de controle. 24

Figura 4. Demarcação das zonas na cidade de Manaus, AM e respectivas dos

dados coletados entre março a maio de 2014. 26

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SUMÁRIO Páginas 1 INTRODUÇÃO 12 2 REVISÃO DE LITERATURA 13 2.1 Histórico 13 2.2 Etiologia 13 2.3 Patogenia 14 2.4 Epidemiologia 15 2.5 Sinais Clínicos 17 2.5.1 Forma Benigna 17 2.5.2 Forma Virulenta 18 2.6 Diagnóstico 19 2.7 Tratamento 20 2.8 Controle e Erradicação 22

2.9 Algumas Raças Comuns e que podem ser Adaptáveis na Região 24

3 MATERIAL E MÉTODOS 26

3.1 Local e Período do Trabalho 26

3.2 Metodologia 26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 27

5 CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS 38

APÊNDICE 44

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1 INTRODUÇÃO

A pododermatite infecciosa ovina (PIO) é uma enfermidade infecciosa e altamente contagiosa do espaço interdigital e tecido córneo que cursa com severa claudicação e perdas econômicas em razão da queda na produção de lã, carne e leite além dos custos com o tratamento e descarte dos animais acometidos (FITCH, 2006). É causado pela ação sinérgica entre duas bactérias gram negativas e anaeróbias, o Fusobacterium necrophorum e

Dichelobacter nodosus (RODRIGUES et al., 2001).

Esta enfermidade pode ocorrer em suínos, eqüinos, gado, veados e possivelmente em outros ruminantes, embora a severidade dos sinais clínicos nessas espécies seja muito menor do que nos ovinos (BAGLEY, 1998).

Segundo (REILLY et al .,2005 ) o crescimento excessivo do casco e eventualmente sua coloração branca podem ser fatores predisponentes. Lesões mais severas são observadas em animais mais velhos e a transmissão ocorre quando um animal infectado é introduzido em um rebanho sadio ou simplesmente através do contato com equipamentos contaminados por D.

nodosus onde a fonte de infecção é um ovino portador crônico ou animal com infecção

inaparente que contamina o ambiente. Os principais fatores de risco associados com a transmissão da PIO são a umidade, o calor e as lesões prévias no casco dos ovinos típico dessa região. Os primeiros sinais clínicos ocorrem entre 10 a 20 dias após a infecção (RADOJICIC et al., 2005).

Os ovinos são altamente representativos na composição do sistema de produção em propriedades familiares em toda a região Amazônica. São animais de pequeno porte, de fácil manejo e algumas raças têm como característica a alta adaptabilidade a diferentes condições climáticas (BENDIGO, 2007).

Frente à grande importância dessa doença devido as perdas e quedas de produção a PIO sendo uma das principais causas de claudicação em ovinos resultando em perdas econômicas, custos com o tratamento, descarte dos animais acometidos e também a morte dos mesmo, sendo assim o objetivo desde trabalho foi realizar um levantamento e ocorrência da doença nas propriedades na região metropolitana de Manaus , tendo como objetivo específico os dados, números de propriedades e animais acometidos pela doença , as tecnicas de prevenção, curativas e verificando a ocorrência da de acordo com a estação e clima da região.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Histórico

A pododermatite infecciosa é uma das mais antigas doenças conhecida dos ovinos. Foi descrita na França em 1791, na Itália em 1808, na Alemanha em 1815 e na Inglaterra em 1837. O estudo clássico da doença foi realizado nos Estados Unidos pelos pesquisadores Mohler e Washburn em 1904. Na Austrália foi largamente estudada a partir de 1933 e, a partir destes estudos, ocorreram também relatos da doença na Nova Zelândia, Países Baixos, Rússia e Canadá (BEVERIDGER, 1941).

Somente em 1941 isolou-se a bactéria causadora da doença, denominada de Fusiformis

nodosus, que hoje é classificada de Dichelobacter nodosus.Estudos posteriores demonstraram

que na verdade a pododermatite infecciosa ovina é causada pela associação de duas bactérias:

D. nodosus e Fusobacterium necrophorum (EGERTON ET., 1969,ROBERTS etal.,1969).

A pododermatite infecciosa ainda permanece como um dos problemas sanitários mais comuns em rebanhos ovinos de vários países, já que repetidas infecções não induzem uma resposta imune competente (HINDSON; WINTER, 2002; MOORE et al., 2005).

2.2 Etiologia

A pododermatite infecciosa é produzida pela associação das bactérias Fusobacterium

necrophorum e Dichelobacter nodosus , sendo esta última responsável pela transmissão

(LINKLATER ; SMITH, 1993; BONINO et al., 2001). Outras bactérias como

Arcanobacterium (Actinomices) pyogenes e Treponema spp. podem estar envolvidas

secundariamente (HIRSH; ZEE, 2003).

Fusobacterium necrophorum, é uma bactéria gram-negativa, não esporulada, que se

desenvolve em condições de anaerobiose, sendo habitante comum da flora gastrintestinal de animais e de seres humanos (CARTER, 1988; NAGARAJA et al., 2005). Em ovinos, o F.

necrophorum está presente nas fezes e no ambiente e provoca síndrome clínica moderada

conhecida como dermatite interdigital que geralmente se cura quando o solo torna-se mais seco (REILLY et al., 2004). Radostits et al. (2007) citam que o período máximo de sobrevida de F. necrophorum , em condições favoráveis, é provavelmente de um mês. Uma característica interessante é que esta bactéria produz uma toxina leucolítica que o protege, assim como aos outros componentes da flora, da fagocitose (RIET-CORREA et al., 2001).

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Dichelobacter nodosus é um bastonete gram-negativo, anaeróbico, não esporulado,

porém ao contrário de F. necrophorum, é parasita obrigatório e o seu único habitat conhecido é o tecido epidérmico dos cascos de ruminantes afetados por pododermatite, permanecendo no ambiente por não mais que sete dias. Comumente, rebanhos livres de pododermatite adquirem a doença de ovelhas portadoras introduzidas no lote (EGERTON, 2007; CONINGTON et al., 2008).

Para Marsh (1960), um importante fator na etiologia da doença é a condição de umidade das pastagens, currais ou apriscos onde os ovinos permanecem. A infecção não seria transmitida de um animal infectado para um sadio enquanto os ovinos estivessem em locais secos. A infecção por Corynebacterium pyogenes (Actinomyces) pode aumentar a suscetibilidade do casco à proliferação de F. necrophorum e de D. nodosus (REILLY et al., 2004).

2.3 Patogenia

O espaço interdigital é normalmente resistente a infecções bacterianas, se tornando susceptível em casos de exposição prolongada à umidade, que predispõe a maceração e desvitalização desta região (ABBOTT; LEWIS, 2005).

Desta forma, quando os fatores predisponentes estão atuando sobre os cascos dos animais, F. necrophorum aproveita as condições favoráveis para invadir a pele interdigital, ocasionando uma inflamação da mesma. Caso esteja presente, o Corynebacterium pyogenes

(Actinomyces) pode auxiliar a penetração e replicação desta bactéria através da derme. Ao

realizar a colonização dos tecidos dérmicos, F. necrophorum exerce sua ação patogênica através de leucotoxinas, endotoxinas, hemolisina, hemaglutinina, proteases e adesinas, ocasionando inflamação e destruição destes tecidos, resultando na Dermatite interdigital. O principal fator de virulência parece ser desempenhado pelas leucotoxinas, que são proteínas de baixo peso molecular ativas contra os leucócitos de ruminantes e que impedem a fagocitose. (SCOTT; HENDERSON, 1991; RODRIGUES et al., 2001; QUINN et al., 2005; NAGARAJA et al., 2005).

As injúrias e a hiperqueratose induzidas pela infecção do F. necrophorum criam um ambiente propicio para a penetração do D. nodosus que ao crescer, produz proteases e um fator que estimula o crescimento e a capacidade destrutiva do F. necrophorum evidenciando o sinergismo entre estas duas bactérias (RIET-CORREA et al., 2001; HIRSH ; ZEE, 2003; RADOSTITS et al., 2007). A infecção pelo D. nodosus leva a um aumento das lesões em

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razão da sua capacidade proteolítica. Desta maneira há invasão da epiderme parietal, liquefação do estrato córneo e conseqüente separação entre epiderme parietal, epiderme lamelar e derme (SCOTT; HENDERSON, 1991; RINGS, 1999; RODRIGUES et al., 2001; ABBOTT ; LEWIS, 2005; EAST, 2006).

Há variações na severidade das lesões provocadas pelo D. nodosus influenciadas por características de virulência das bactérias envolvidas na infecção e fatores ambientais (ABBOTT; EGERTON, 2003). Quando ovinos portadores de dermatite interdigital são expostos a uma cepa benigna de D. nodosus (baixa atividade ceratolítica) o desenvolvimento do tecido córneo mole é prejudicado ocorrendo inflamação da pele interdigital, mas sem lesões adicionais. Essa condição é conhecida como pododermatite infecciosa benigna e espera-se regressão espontânea das lesões após diminuição da umidade no ambiente ou tratamentos tópicos (RODRIGUES et al., 2001; QUINN et al., 2005; GREEN; GEORGE, 2008). Segundo Liu e Yong (1997) e Wani e Samanta (2006) a pododermatite infecciosa benigna causa mínimos impactos na produção e não justificaria a intervenção.

Quando os ovinos entram em contato com a cepa virulenta do D. nodosus instala uma doença muito mais grave, conhecida como pododermatite infecciosa virulenta. Esta é caracterizada pela separação do estojo córneo da matriz subjacente, estendendo-se do talão à sola, podendo chegar até a pinça do casco envolvido. Outra característica é a formação de um exsudato necrótico de odor fétido característico da ação de bactérias anaeróbias (OLSON et al., 1998; REILLY et al., 2004; QUINN et al., 2005). Este odor atrai moscas que provocam miíase podendo haver total destruição do casco. Com o processo doloroso, os animais recusam-se a pastejar mantendo-se em decúbito esternal, levando à necrose neste local. A morte pode ocorrer devido ao estado debilitante dos animais ou pela infecção bacteriana sistêmica (LINKLATER; SMITH, 1993).

2.4 Epidemiologia

A pododermatite infecciosa é uma doença cosmopolita, observada com mais intensidade nos países com desenvolvida produção de ovinos (Nova Zelândia, Austrália e o Reino Unido) onde causa danos econômicos significativos (RINGS, 1999; RADOJICIC et al., 2005).

Apesar de ser uma infecção comum aos ovinos e caprinos, tem sido relatado casos em bovinos, eqüinos e suínos (WANI; SAMANTA, 2006). Dentre os pequenos ruminantes é menos prevalente e severa em caprinos do que nos ovinos isso em condições de estresse (REILLY et al., 2004). Os caprinos podem servir como reservatório da pododermatite ovina

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já que pesquisas demonstram que existem cepas do D. nodosus que podem ser transmitidas naturalmente entre estas espécies (GHIMIRE; EGERTON, 1996; GHIMIRE et al., 1999; GHIMIRE et al., 2002).

A pododermatite ocorre em qualquer faixa etária, porém a gravidade da doença geralmente aumenta com a idade. Quanto à raça, são mais sensíveis os ovinos da raça Merino, resistentes os da raça Romney Marsh e de resistência intermediaria os da raça Corriedale. Alguns animais não se infectam ou apenas manifestam sinais clínicos brandos, suspeitando-se de resistência de base genética (SCOTT; HENDERSON, 1991; MARECO, 1996; EGERTON, 2007).

A doença ocorre principalmente durante períodos prolongados de calor e umidade e, em condições favoráveis um número significativo de animais pode adoecer (RODRIGUES et al., 2001; ABBOTT ; LEWIS, 2005). O ph do solo pode influenciar na incidência da pododermatite, pois a prevalência da doença parece aumentar em solos com ph ácido (SCOTT; HENDERSON, 1991). O crescimento excessivo do casco e eventualmente sua coloração branca também podem ser fatores predisponentes (REILLY et al., 2004).

Animais dentro do mesmo rebanho ou da mesma fazenda são freqüentemente infectados com diferentes cepas de Dichelobacter nodosus . Isso implica que a virulência das cepas varia de indivíduo para indivíduo ou que a interação hospedeiro e patógeno é importante (ZHOU; HICKFORD, 2000). Segundo Hirsh e Zee (2003) a suscetibilidade é maior para animais em amamentação, ovinos das raças Merino e de lãs finas, pois as diferenças genéticas podem influenciar na predisposição à infecção.

A infecção é introduzida em um rebanho pela aquisição de um ovino carreador. Ela também pode ter origem no próprio ambiente quando ovinos livres da doença utilizam campos, estradas e caminhões transportadores recentemente utilizados com ovinos contaminados (RADOSTITS et al., 2007). O período de incubação estabelecido na infecção natural da pododermatite infecciosa é de sete a 14 dias (FOIX et al., 2000).

Os ovinos são predispostos por vários fatores. Estes incluem: precipitações contínuas ou pastagens irrigadas com alta densidade, gramíneas altas, pedras, chão irregular ou terreno duro, camas úmidas, fratura e trauma, inflamação de estruturas anatômicas e glândulas, ausência de casqueamento, solas perfuradas, cascos rachados ou com fissuras, crescimento ou desgaste excessivo. O local e profundidade das injúrias determinam a extensão do dano estrutural. O papel dos fatores predisponentes varia, dependendo da idade, tamanho de rebanho e sistemas de manejo adotados pelos fazendeiros. Ovinos são mantidos principalmente em sistema de manejo semi-intensivo ou extensivo o que os expõe a vários

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perigos (OLSON et al., 1998; OGILVIE, 2000; BOKKO; CHAUDHARI, 2001; RIET-CORREA et al., 2001; RADOSTITS et al., 2007).

Pelo menos três fatores devem ser considerados ao avaliar a pododermatite infecciosa: o tempo para que a infecção seja disseminada no rebanho; as condições ambientais e a variação na resistência inerente entre cada animal (ABBOUTT; LEWIS, 2005).

2.5 Sinais Clínicos

O sinal clínico mais comum nos casos de pododermatite infecciosa é a claudicação. Casos graves com lesões nos cascos anteriores fazem que os animais permaneçam em decúbito ou pastem ajoelhado, o que leva a maceração e consequentemente miíase (RIBEIRO, 2001; RADOSTITS et al., 2007; EGERTON, 2007). Carneiros infectados podem ficar incapazes de efetuar a monta e ovelhas com lesão similar ficam impossibilitadas de sustentar o peso de um carneiro durante a cópula. Em alguns casos, pode-se observar claudicação em 90% dos ovinos, podendo acometer todos os quatro pés (AIELLO, 2001).

Figura 1. Imagens de sinais clínicos de pododermatite.

Fontes: Rodrigues et al. (2001) e Linklater; Smith (1993).

2.5.1 Forma Benigna

Manifesta-se através de dermatite interdigital. Há grau brando a moderado de laminite. A claudicação é comum, porém menos grave do que na pododermatite virulenta. O tecido córneo mole apresenta-se pálido e edemaciado podendo haver separação da junção pele-tecido córneo (superfície axial próximo ao talão ou bulbo), mas essa separação não envolve o tecido córneo duro. A pele interdigital pode estar coberta por uma fina camada de material necrótico

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(BOUNDY, 1988; AIELLO, 2001; SCOTT, 2007; REILLY et al., 2004; RADOSTITS et al., 2007; MORCOMBE, 2008).

2.5.2 Forma Virulenta

O estágio inicial compreende uma infecção interdigital com hiperemia , inchaço, umidade e perda de pêlos da pele interdigital. A margem axial do casco começa a se separar da pele, sob a forma de uma fina e irregular faixa branca de 2-3 mm. Segue a separação e erosão do tecido córneo da região do talão na parede axial estendendo-se pela sola até atingir a parede abaxial do casco causando necrose dos tecidos moles e duros (BOUNDY, 1988; LINKLATER; SMITH, 1993; LIU; YONG, 1997; EGERTON, 2007; RADOSTITS et al., 2007).

A margem axial da sola assume uma aparência folhada (várias camadas), maleável e de consistência amolecida. A sola pode ser desprendida ou levantada expondo o corium subjacente que se apresenta avermelhado e granular sangrando facilmente. A infecção pode se estender pela parede abaxial destruindo toda a muralha. Comumente ambas as unhas estão acometidas, mas não necessariamente na mesma extensão. Durante o exame, percebe-se um exsudato acinzentado de odor pútrido característico. Neste estágio a ovelha tem claudicação severa e pode nem estar apoiando o pé no chão. A laminite é grave e quando instalada em dois ou mais membros causa decúbito esternal prolongado e complicações como miíase, infecções secundárias e morte por emaciação (MARSH, 1960; HINDSON, 2002; REILLY et al., 2004; SCOTT, 2007).

Em infecções crônicas da pele interdigital, especialmente na pododermatite virulenta, projeções verugosas únicas ou múltiplas podem ocorrer como uma resposta aberrante a inflamação. Similarmente, lesões granulomatosas podem acontecer nos pés de ovelha onde o tecido dérmico/corium foi lesionado por casqueamento excessivo ou contato com formalina (BOUNDY, 1988; EGERTON, 2007; SCOTT, 2007).

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Figura 2. Imagens de necrose e perda do casco.

Fontes: Linklater ; Smith (1993) – Diseases and disorders of the sheep and goat.

O próprio manejo na ocasião das visitas relatadas nos criatórios, com aparo e limpeza do casco dos animais com pododermatite no intuito de melhorar a inspeção, pode ter proporcionado razoável recuperação de alguns animais , principalmente em cascos com lesões iniciais leves pode ter acelerado a cura, como também notado por Silva Sobrinho et al. (2000). A diminuição ou aumento dos fatores predisponentes também leva a declínios ou picos da expressão da doença no rebanho. Foi possível, dentro do rebanho, observar ovinos que tinham severas lesões no casco, com comprometimento da marcha, outros com claudicação perceptível apenas ao salto e alguns sem problema de claudicação, mas com infecções interdigitais ativas como observado por Abbott ; Lewis (2005).

Provavelmente o elevado índice pluviométrico e umidade da região juntamente com os fatores relacionados às condições do solo e infra-estrutura da propriedade que permitiam a presença de áreas úmidas, acúmulo de sujidades e elevada densidade de animais no aprisco, contribuíram para o número de ovinos enfermo por Aguiar et al. (2007).

Dentre a distribuição das lesões, observou-se também que uma grande quantidade de animais (20%) possuíam lesões nos quatro membros, concordando com os dados de Aguiar et al. (2009) na Paraíba (35,13%). Segundo Bagley (1998) e Whittier; Umberger (1996) geralmente a pododermatite acomete ambas as unhas em mais de um membro.

2.6 Diagnóstico

O diagnóstico pode ser clínico e laboratorial. O diagnóstico clínico é realizado pela observação das características da lesão, pelo aparecimento de surtos associados a épocas úmidas e quentes do ano e pelo caráter crônico e recidivante da doença (RINGS, 1999; FITCH, 2002; REILLY et al., 2004; EAST, 2006; WHITTIER ; UMBERGER, 2009). A

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pododermatite benigna ou estágio inicial da pododermatite virulenta é clinicamente indistinguível da dermatite interdigital (HOSIE, 2004; ABBOUTT; LEWIS, 2005).

Em países com ovinocultura pouco tecnificada a identificação de D. nodosus , na maioria dos laboratórios é realizada pela sua observação em esfregaços corados pela técnica de Gram e por imunofluorescência para aumentar a precisão. O agente pode também ser isolado em meio seletivo (RINGS, 1999; RIBEIRO, 2001; RADOSTITS et al., 2007).

O isolamento do D. nodosus é um processo difícil e demorado, parcialmente devido à natureza exigente deste anaeróbio estrito, mas também devido ao grande número de diferentes bactérias presentes na microflora das lesões podais (BELLOY et al., 2007). Outro grande problema no diagnóstico é a identificação de ovinos portadores subclínicos. Um diagnóstico precoce depende de diversas inspeções nos animais infectados para discriminar entre casos benignos e virulentos e de técnicas microbiológicas que demandam certo tempo (CAGATAY; HICKFORD, 2005).

Tradicionalmente, a identificação de D. nodosus se baseia no isolamento da bactéria através do material da lesão podal com subseqüentes testes microscópicos, microbiológicos e bioquímicos. Testes convencionais incluem exame microscópico, teste da elastase e outros ensaios baseados em diferenças nas propriedades das proteases extracelulares (DEPIAZZI et al., 1991).

O diagnóstico diferencial envolve outras doenças que causam claudicação em ovinos. Neste grupo inclui-se: abscesso de casco, dermatite interdigital, dermatite digital contagiosa, laminite, claudicação por Erysipelothrix insidiosa, lesões podais causadas a dermatofilose, ectima contagioso, língua azul e febre aftosa, além de traumas por corpo estranho (MARSH, 1960; RINGS, 1999; EAST, 2006; SCOTT, 2007; WHITTIER; UMBERGER, 2009).

Para Reilly et al. (2004) o diagnóstico diferencial deve-se investigar outras possíveis enfermidades que cursem com claudicação. Entre elas pode-se citar a dermatite digital ovina, abscessos de sola, laminite , traumatismos, corpo estranho entre os dígitos, língua azul e febre aftosa.

2.7 Tratamento

A eliminação da infecção requer dedicação contínua e um tratamento sistemático. Devem-se examinar todas as ovelhas e separar as infectadas das sadias. A forma e intensidade do tratamento variam conforme o número de casos benignos e virulentos presentes no rebanho. Nos casos benignos o tratamento através de passagens semanais em pedilúvio de

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sulfato de zinco a 10% é eficaz. E, o tempo de imersão prolongado (1h) é mais efetivo que imersões breves, mesmo quando realizado em intervalos de 10 dias (STEWARD, 1989; RIBEIRO, 2001; REILLY et al., 2004; SMITH, 2006).

Nos casos virulentos, o corte adequado do casco é essencial e apesar de poder aumentar a claudicação em curto prazo, propicia taxa de cura muito elevada. É importante lembrar que expor as áreas doentes frequentemente resulta em alguma hemorragia, porém se estas áreas não são expostas totalmente há uma boa chance de a doença progredir. Aparar cascos com a lesão é procedimento técnico e cortes incorretos ou muito profundos podem provocar mais danos que a própria doença, além de impedir o sucesso do tratamento tópico (RODRIGUES et al., 2001; HINDSON, 2002; ABBOTT ; LEWIS, 2005; WHITTIER ; UMBERGER, 2009).

No tratamento tópico todo o tecido com necrose deve ser removido para proporcionar a correta aeração. Em seguida deve-se realizar aplicação direta de drogas antibacterianas como tetraciclina ou anti-sépticos como sulfato de cobre, sulfato de zinco ou formalina. No tratamento de poucos animais estes medicamentos podem ser aplicados via spray ou bandagens, caso contrário faz-se uso de pedilúvio. A maioria dos veterinários recomenda a passagem no pedilúvio pelo menos três vezes na semana, porém uma cura mais rápida resultará se for possível fazer diariamente. Isto pode ser realizado posicionando o pedilúvio em uma área em que as ovelhas parem para comer ou beber, na entrada do aprisco ou saída para o pasto (MARSH, 1960; STEWARD, 1989; RINGS, 1999; HOSIE, 2004; QUINN et al., 2005).

Animais com lesões severas ou demonstrando muita dor devem ser tratados com medicação sistêmica por razões de bem-estar animal. Somente após alguns dias, devem ter seus cascos aparados e tratados. Casos com exposição do corium não devem ser tratados com banho de formalina (SCOTT, 2007).

Os animais tratados devem ser deslocados para uma área seca isolada do resto do rebanho. Permanecer algumas horas em uma área seca é importante, pois pesquisas demonstram que a efetividade de tratamento tópico aumenta em 60 a 80 por cento (BEER, 1999; FITCH, 2002; HIGGS, 2005; BROWNING, 2007).

Tratamento parenteral com antibióticos associado ao tratamento tópico tem se mostrado bastante efetivo, principalmente em condições secas. Tem-se utilizado por via intramuscular com sucesso: penicilina com estreptomicina (70.000 UI/Kg e 70mg/kg S.I.D), oxitetraciclina de longa ação (20mg/kg S.I.D), eritromicina (5mg/kg B.I.D), lincomicina com espectinomicina (20mg/kg e 20mg/kg) e florfenicol (20mg/kg S.I.D).(SCOTT ;

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HENDERSON, 1991; RENDELL; CALLINAN, 1997; SMITH, 2006; RADOSTITS et al., 2007).

Os animais doentes devem ser avaliados a cada semana a procura de melhoras. Uma vez curados devem ser movidos para uma terceira área durante 14 dias. Isto permitirá a avaliação antes de retornar para o rebanho sadio. Há certo número de animais que serão portadores crônicos (3-5%) e não responderão ao tratamento devendo ser descartados do rebanho (RIBEIRO, 2001; FITCH, 2002).

2.8 Controle e Erradicação

O controle da pododermatite está baseado em várias práticas de manejo que diminuem os fatores predisponentes e no tratamento e imunização dos ovinos infectados e suscetíveis. Os melhores resultados são obtidos quando alguns dos métodos seguintes são combinados: Casqueamento, pedilúvio, tratamento sistêmico, quarentena, manejo de pastagens, terapia oral, vacinação, descarte, seleção de animais resistentes (RODRIGUES et al., 2001; HINDSON ; WINTER, 2002; ABBOTT ; LEWIS, 2005; WHITTIER ; UMBERGER, 2009).

Segundo Ribeiro (2001), o conhecimento da epidemiologia proporcionou a base para o controle e erradicação da doença. O esquema é baseado em três pontos: o agente não permanece viável no meio ambiente (fora do casco ovino) por mais de uma semana; o agente é um parasita estrito e a remoção de todos os casos clínicos do rebanho leva à erradicação.

A erradicação da pododermatite é possível, porém freqüentemente difícil, principalmente em locais que permanecem úmidos durante a maior parte do ano (REILLY et al., 2004). Em casos de pequenos rebanhos intensamente infectados com pododermatite crônica, pode ser aconselhado o descarte de todos os animais e aguardar um período de sete dias antes de introduzir novos animais livres da doença (ABBOTT; LEWIS, 2005; EGERTON, 2007).

Um programa de erradicação típico deve separar as ovelhas assintomáticas das sintomáticas em grupos. As ovelhas assintomáticas deverão ter seus cascos aparados e se submeter à pedilúvios preventivos sendo posteriormente deslocadas para um pasto limpo. Para confirmar que estão livres, deverão ser examinadas duas vezes no intervalo de um mês. Os animais sintomáticos serão examinados e os acometidos com maior gravidade serão tratados ou eliminados do rebanho (BOUNDY, 1988; HINDSON; WINTER, 2002; EGERTON, 2007).

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23

Casos crônicos representam animais geneticamente suscetíveis e a sua eliminação favorecerá o controle (RIBEIRO, 2001). Todo material utilizado no casqueamento devera ser desinfetado (REILLY et al., 2004), assim como os tecidos cortados deverão ser incinerados (BOUNDY, 1988).

Na aquisição de novos animais devem-se preferir animais jovens a adultos (portadores crônicos) e sempre de fontes confiáveis livres da doença. De qualquer forma estes novos animais devem ficar um mês de quarentena passando por pedilúvios preventivos e serem examinados minuciosamente antes de retornar para o rebanho (HOSIE, 2004; ABBOTT; LEWIS, 2005; BENDIGO, 2007; SCOTT, 2007). Durante este período qualquer animal que apresente sinal da doença deverá ser descartado (REILLY et al., 2004). O casqueamento não tem contribuição na prevenção da pododermatite a não ser nos casos graves em que este procedimento auxilia no tratamento (HOISE, 2004; ABBOTT; LEWIS, 2005; GREEN; GEORGE, 2008).

Das soluções para pedilúvio, Sulfato de Cobre (5%), sulfato de zinco (10%) e formalina (5%) mostraram-se eficazes (REED; ALLEY, 1996; JELINEK et al., 2001). O lauril sulfato de sódio parece melhorar a penetração do sulfato de zinco (RIBEIRO, 2001). Antes do pedilúvio os cascos devem estar devidamente limpos. Isto pode ser realizado através da passagem dos animais por um pedilúvio que contenha somente água (lava-pés). Após o pedilúvio, os animais devem ser mantidos em local seco durante algumas horas, antes de serem colocados em pastagens limpas (SCOTT; HENDERSON, 1991; RINGS, 1999; HOISE, 2004; ABBOTT; LEWIS, 2005).

Pode-se optar também por um pedilúvio seco em um local onde os ovinos costumam passar. Geralmente se utiliza uma mistura de cal virgem com sulfato de zinco em pó. Esta medida não trata os animais infectados, mas evita a disseminação da doença por diminuir a umidade do casco (RELLY et al., 2004; WHITTIER; UMBERGER, 2009).

Imunização com vacinas multivalentes pode alcançar dois efeitos: prevenção da transmissão e aceleração da cura em elevada proporção de animais reduzindo a severidade e duração da infecção. O reforço pode ser semestral ou anual, e deve ser aplicado antes da estação de maior ocorrência da doença (HINDSON; WINTER, 2002; HOSIE, 2004; ABBOTT; LEWIS, 2005; EGERTON, 2007).

A erradicação em grandes rebanhos pode ser alcançada com programas bem planejados e executados. As chances de sucesso dependem da prevalência da infecção no inicio do programa e da habilidade e competência do pessoal envolvido. Por isso antes do programa começar deve-se utilizar medidas de controle que reduzam a prevalência para menos de 10%

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e sistemas de prevenção de reinfecções por rebanhos vizinhos ou animais adquiridos devem ser estabelecidos. O uso de vacinas específicas tem acelerado a erradicação em situações de difícil condição ambiental (EGERTON, 2007). Para se conseguir erradicar a doença em um rebanho podem ser necessários dois anos ou mais até que a propriedade seja considerada livre (BAGLEY, 1998).

A terapia oral com suplementação de zinco é controversa. A partir dos estudos de Rodriguez et al. (1996), Lopéz et al. (1999) e Alkan e Yavru (2000) concluiu-se que o efeito terapêutico deste mineral para a pododermatite infecciosa pode ser obtido quando existe uma condição de deficiência do mesmo. Caso os teores séricos de zinco estejam normais, não se faz necessário a suplementação.

Programas de controle têm muito mais chances de serem bem sucedidos durante os estágios sem transmissão, que ocorrem nos períodos de secas existentes durante o ano (MARECO, 1996; SCOTT, 2007). A seleção genética, na tentativa de obter animais resistentes, deve ser um procedimento adicional no controle da doença (RIBEIRO, 2001; REILLY et al., 2004; RADOSTITS et al., 2007).

Figura 3. Uso de pedilúvio como forma de controle.

Fonte: Rodrigues et al. (2001).

2.9 Algumas Raças Comuns e que podem ser Adaptáveis na Região

Segundo alguns criadores a raça Morada Nova não é muito bem definida cientificamente sendo, possivelmente, o resultado da seleção natural e da recombinação de fatores em ovinos Bordaleiros e Churros. Sendo assim, tanto a variação genética quanto a ação seletiva do ambiente quente e seco e úmido do norte agiram no sentido desfavorável à lã e favoráveis à multiplicação destes (BAGLEY, 1998).

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25

As características dessa raça são: ausência de chifres, tórax profundo, costelas chatas, ventre pouco desenvolvido, coxas musculosas e os pelos curtos, finos e ásperos. Em relação à carne, ela cumpre uma função social relevante, pois, devido a sua rusticidade, a raça Morada Nova se desenvolve nas regiões mais áridas, proporcionando uma fonte de alimento à população rural nos sertões nordestinos (RODOSTITS et al., 2007).

A raça Santa Inês teve sua origem no nordeste brasileiro. Analisando-se as suas características e de acordo com a informação de técnicos e criadores, sabemos que essa espécie tem traços genéticos das raças Morada Nova, Crioula e Bergamácia (SMITH, 1993).

As principais características da raça Santa Inês são: cabeça de tamanho médio, ausência de chifres, focinho alongado, pescoço bem inserido no corpo, garupa levemente inclinada, cauda média e troncos fortes. Essa raça tem um duplo propósito: produção de carne e pele (BAGLEY, 1998).

A raça Dorper é o resultado da busca por uma espécie produtora de carne que atendesse às exigências de mercado. Suas características se diferem na cor, permitindo que os criadores optem por uma delas. Esses animais têm pelos curtos, peles grossas e lã. Apesar de ser um ovino produtor de carne, as exigências nutricionais dos Dorper não são tão altas, entretanto bem apitáveis ao clima da região (BAGLEY, 1998).

De acordo com Rodrigues et al. (2001) pela excelente condição de resistência e vigor, a doenças a raça Dorper tem atendido a uma grande variedade de condições ambientais das regiões tropicais e semitropicais. Os animais dessa espécie apresentam taxas excepcionais de reprodução e boa habilidade materna. Outra característica deles é a estação reprodutiva longa. A estacionalidade não é, portanto, um fator limitante para a produção e sim um fator predisposto, já no caso das doenças podais as estações do ano e a falta de manejo adequado nos criatórios são fatores relacionados com as estações do ano.

A raça Somalis é originária da África, mais especificamente da Somália, da Etiópia e do Quênia. A principal característica dessa espécie de ovinos é a cor negra da cabeça e do pescoço, admitindo-se também a tonalidade parda (BAGLEY, 1998).

Animais da raça Somalis também apresentam porte médio, chanfro curto, ausência de chifres, orelhas curtas, olhos negros, pescoço grosso e curto, garupa forte e recoberta com gordura e cauda curta e gorda. Suas aptidões destacam-se pela boa capacidade para produzir carne e pele. O peso dos machos varia de 40 kg a 60kg. Já o peso das fêmeas varia de 30kg a 50kg (MARECO,1996).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local e Período do Trabalho

As coletas de dados foram através de questionários sobre o manejo sanitário a respeito da pododermatite em ovinos , foram coletadas em 15 propriedades rurais particulares na região metropolitana de Manaus, AM. O período da coleta dos dados foi de Março a Maio de 2014, abrangendo principalmente pequenos produtores, com isso os dados foram tabulados e estão apresentados por freqüência de ocorrência, em valores percentuais.

Locais das propriedades rurais particulares na região metropolitana de Manaus, AM onde foram coletados os dados dos questionários.

Figura 4. Demarcação das zonas na cidade de Manaus, AM e respectivas dos dados coletados

entre março a maio de 2014.

3.2 Metodologia

Foi elaborado um questionário sobre a doença, e a causa primária foi o principal motivo que levaram os proprietários ao método profilático como a limpeza do casco. Relataram como queixa principal a ocorrência de animais que apresentam manqueira.

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27

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o levantamento dos dados solicitados nos 15 propriedades questionados, no qual representava 100% dos entrevistados preferiram não informar os dados, podendo significar, o desconhecimento da própria área da propriedade, o numero total de animais ou ate mesmo, a desconfiança em fornecer tais dados, mesmo sendo alegado o sigilo de tais informações coletadas.

Sendo assim foram realizados através do questionário sobre o manejo sanitário as propriedades com relação a pododermatite em ovinos.

Nas propriedades de criatórios como as raças predominantes, sete criavam raça pura ,sendo Dorper e Santa Inês com (46,67%), um criatório somente com raças mestiças com (6,67%), composta pelo cruzamento de Dorper e Santa Inês, e somente sete criatórios com (46,67%), sem raça definida (SRD) mencionaram que criavam animais.

De acordo com Rodrigues et al.,(2001) a pododermatite ocorre em qualquer faixa etária, porém a gravidade da doença geralmente aumenta com a idade. Quanto a raça, são mais sensíveis os ovinos da raça Merino, resistentes os da raça Romney Marsh e de resistência intermediaria os da raça Corriedale. Alguns animais não se infectam ou apenas manifestam sinais clínicos brandos, suspeitando-se de resistência de base genética (SCOTT; HENDERSON, 1991; MARECO, 1996; EGERTON, 2007). No entanto, raças como Dorper e Santa Inês são bem adaptáveis na região norte. São raça maternas adequadas para os programas de cruzamento, fornece as matrizes. Isto ocorre quando a raça possui características naturais ou melhoradas, tais como boa fertilidade e prolificidade, baixa estacionalidade reprodutiva, boa produção de leite e afeição pela cria e boa e boa adaptabilidade às condições climáticas para região norte. A pododermatite ocorre em qualquer faixa etária, porém a gravidade da doença geralmente aumenta com a idade. Quanto a raça, são mais sensíveis os ovinos da raça Merino, resistentes os da raça Romney Marsh e de resistência intermediaria os da raça Corriedale. Alguns animais não se infectam ou apenas manifestam sinais clínicos brandos, suspeitando-se de resistência de base genética (SCOTT; HENDERSON, 1991; MARECO, 1996; EGERTON, 2007).

No sistema de exploração para criação desses animais como extensivo, semi- intensivo e intensivo, somente três dos entrevistados relataram que trabalhavam com o sistema intensivo totalizando (20%), já o sistema extensivo ficou como sendo o principal sistema utilizado com oito dos entrevistados responderam utilizar com (53,33%) , seguido do sistema

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semi- intensivo quatro responderam utilizar totalizando (26,67%) do sistema adotado para criação.

O que diferencia um sistema do outro é a forma de exploração dos recursos disponíveis hoje. Desta forma, são classificados em: Sistema extensivo: o mais simples, rústico e de menor custo e normalmente são criados animais de menor exigência nutricional são mantidas as pastagens naturais, sendo que o rendimento da atividade depende totalmente da fertilidade natural da terra, das condições climáticas e da produção sazonal das pastagens. Reforçado por Bendigo (2007); sistema semi-intensivo com certo grau de adoção de tecnologia, uma vez que envolve a base do sistema extensivo com algumas melhorias dos índices produtivos por meio da adoção de algumas ferramentas como a suplementação dos animais, práticas de manejo sanitário, dentre outras. E no sistema intensivo tem como objetivo a maior produtividade por animal ou maior produção por área, por meio da melhor utilização de recursos tecnológicos, como cultivo e adubação de pastagens, divisão das pastagens em piquetes, fornecimento de ração balanceada, uso da estação de monta, instalações adequadas e correto manejo sanitário dos animais (BAGLEY, 1998).

Dos onze (73,33%) entrevistados, afirmaram que a ovinocultura é a única fonte de renda da propriedade e quatro (26,67%) responderam que, além da criação de ovinos, exploravam criação de patos, galinha, peixes e plantações de bananas e laranjas.

Em relação à assistência técnica, 100% responderam que não tinham nenhuma assistência profissional, o que pode levar a propriedade a não utilizar manejos sanitários que minimizariam os problemas no rebanho.

Em relação higienização das instalações, quatro (26,67%) propriedades relataram realizar diariamente, seis (40%) realizavam semanalmente e cinco (33%) mensalmente.

A limpeza das instalações consiste na remoção de toda a sujidade (fezes, resto de alimentos, insetos etc..) presente no piso , paredes (divisórias) ,teto.cochos,bebedouros e saleiros.De acordo com o método e os equipamentos utilizados, a limpeza pode ser classificada em seca, úmida e molhada. A falta de higienização nas instalações pode aumentar os prejuízos econômicos. (RODRIGUES et al., 2001; HINDSON, 2002; ABBOTT; LEWIS, 2005; WHITTIER; UMBERGER, 2009). Sobre a presença ou não do pedilúvio nas propriedades, sete (46,67%) relataram possuir, e oito (53,33%) a sua ausência. Na utilização o do pedilúvio como manejo, nove (60%) dos relataram usar o pedilúvio como preventivo e seis (40%) como método curativo. Porém, ocorreu uma incoerência sobre essa questão, pois 53,33% afirmaram não possuir tal instalação, porém 60% afirmaram utilizá-lo, significando assim, má informação dos entrevistados, do significado da instalação do pedilúvio para seu

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29

uso correto. O objetivo do pedilúvio é evitar que os animais levem para dentro das instalações os germes que provocam infecções nos cascos. Deve ser instalado na entrada do aprisco. (REED; ALLEY, 1996; JELINEK et al., 2001).

Sobre o método preventivo da pododermatitenos nos criatórios, no que se refere ao produto utilizado no pédiluvio, sete (46,67%) relataram utilizar cal virgem e oito (53,33%) não utilizavam nenhum produto. Outro método preventivo para a pododermatite é a realização do manejo de casqueamento dos animais e segundo oito (53,33%) das propriedades entrevistadas relataram realizar esse manejo fazendo duas vezes ao mês totalizando, mostrando mais uma vez a incoerência das respostas, pois tal manejo é recomendado duas vezes ao ano (HOISE, 2004; ABBOTT; LEWIS, 2005; GREEN;GEORGE, 2008). O restante relataram não utilização dessas prática de casqueamento totalizando 46,67% dos criatórios visitados.

A respeito do conhecimento da doença como podridão do casco das 15 propriedades questionadas, 12 (80%) relatam que conhecem e três (20%) relataram o não conhecimento total da doença.

Sendo a pododermatite uma enfermidade infecciosa e altamente contagiosa, causando perdas econômicas em razão da queda na produtividade animal e elevados custos de tratamento o seu conhecimento é de extrema importância na atividade. (LINKLATER; SMITH, 1993). Entre os 15 propriedades visitadas 11 relataram o acometimento da doença em seu rebanho equivalente a 73,3%, e somente quatro relataram não terem tido problema totalizando 26,67% dos casos.

Em relação aos animais acometidos pela doença esses animais permanecem nas instalações, oito (53,33%) dos criatórios relataram recolher somente no período noturno, três (20%) utilizaram o sistema de confinamento e provavelmente esse manejo minimiza o problema da pododermatite, já que o contato com ambientes úmidos e sujos propague a doença. E quatro (26,67%) relataram que os animais ficam no sistema de pastejo tanto no período da noite quanto o dia.

Segundo Egerton (2007) Animais infectados devem ser isolados do rebanho e passar pelo tratamento a cada dois dias, até que tenha cura total do casco.

Quanto ao monitoramento dos cascos, seis relataram realizar a pratica eventualmente (40%), cinco (33,3%) relataram realizar semanalmente, e quatro (26,67%) mensalmente. Segundo RADOSTITS et al. (2007). Os animais devem ser casqueados uma ou duas vezes ao ano, antes de iniciar as chuvas e no meio do período seco. Esta ação provoca oxigenação no

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casco, ajudando a combater a bactéria, já que ela sobrevive em ambientes anaeróbicos. No solo, a bactéria vive cerca de 10 dias, um período longo e perigoso para os animais.

Sobre a identificação da doença no rebanho, 100% relataram não saberem e com relação à prevenção e controle da doença e os métodos utilizados, dos 100% entrevistados relataram nenhum tipo de método de prevenção. Os dados relatados demonstram o desconhecimento da doença e de sua importância nos prejuízos econômicos que ela propicia.

A identificação da doença é realizada de acordo com as características da lesão, pelo aparecimento de surtos associados às épocas úmidas e quentes do ano e pelo caráter crônico e recidivante da doença (RIET-CORRÊA et al., 2001). O sinal clínico mais evidente da pododermatite infecciosa dos ruminantes é a claudicação.

Nos criatórios os proprietários informaram que na estação do ano que se pode observar maior incidência da doença, 14 relataram observar que na época de chuva (93,3%), um relatou durante todo o ano (6,67%) totalizando a assim a incidência da doença nessa estação. Em época de chuvas, os ovinos ficam mais expostos a várias bactérias, entre elas a Dichelobacter

nodosus, a bactéria pode prolongar sua sobrevivência quando esta em associação com outros

microrganismos anaeróbia presentes nas fezes e lama e alta umidade (REILLY et al., 2004). Segundo alguns dos criadores entrevistados em suas propriedades em relação a incentivo a doença e demais dos incentivos recebidos, 100% dos criatórios responderão que não recebem incentivos (100%). A faixa etária e categoria afetada nos animais relacionada a (sexo, idade e raça ), 14 (93,3%) relataram que acomete mais na fase adulta e um (6,67%) relatou ocorrer em todas as idades. A pododermatite ocorre em qualquer faixa etária, porém a gravidade da doença geralmente aumenta com a idade. Quanto a raça, são mais sensíveis os ovinos da raça Merino, resistentes os da raça Romney Marsh e de resistência intermediaria os da raça Corriedale. Alguns animais não se infectam ou apenas manifestam sinais clínicos brandos, suspeitando-se de resistência de base genética (SCOTT ; HENDERSON, 1991; MARECO, 1996; EGERTON, 2007).

Sobre os animais identificados com a doença de casco qual era o destino desses animais infectados com relação ao manejo, 12 (80%) relataram não tomar nenhuma providencia, três (20%) relataram que isolam os animais doentes. Segundo Steward (1989), Ribeiro (2001), Reilly et al. (2004) e Smith (2006), o primeiro passo para se controlar a disseminação e instituir o tratamento adequado é separar os animais acometidos dos sadios.

Sobre a mortalidade percentual em virtude da doença, onze (73,3%) relataram que raramente acontece, quatro relataram que há mortes devido à doença totalizando 26,67%. E o descarte final dos animais mortos equivalente a 86,67% relataram que enterram os animais e

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somente 13,33% relataram não enterrar deixando em decomposição em áreas isoladas da propriedade.

As propriedades visitadas e questionadas foram num total de 15, sendo representado em forma de gráfico, o questionário está relacionada de acordo com cada pergunta. (FIGURA

5).

Figura 5. Representações gráficas do questionário.

1) Qual é a raça predominante em sua propriedade? Pura Mestiça SRD 2)Qual é o sistema de exploração? Extensivo Sem_Intensivo Intensivo 3) A ovinocultura é a única exploração comercial da propriedade

Sim 11 Outros 4 Quant. 100% Pura 7 46,67% Mestiça 1 6,67% Quant 100% Extensivo 8 53,33% Sem-Intensivo 4 26,67% Intensivo 3 20% Quant. 100% Sim 11 73,33% Outros 4 26,67% Quant. 100% Sim 0 0% Não 15 100%

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4)Possui assistência de um profissional?

Sim Não

5) Com que frequencia faz-se limpeza nas instalações

Diaria Semanal Mensal

6) Possui pediluvio na entrada das instalações?

Sim Não

7) O pedilúvio é utilizado como manejo?

Curativo Prentiva

8) Qual o produto utilizado no pedilúvio? Cal Virgem Formol Nenhum Quant 100% Diária 4 26,67% Semanal 6 40% Mensal 5 33% Quant. 100% Sim 7 46,67% Não 8 53,33% Quant. 100% Curativo 9 60% Preventiva 6 40% Quant. 100% Cal Virgem 7 46,70% Formol 0 0% Nenhum 8 53,33%

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33 9) Faz casqueamento no rebanho

?

Sim Não sim não

10)Vc tem conhecimento sobre a doença ?

Sim Não

11)Essa doença vem acometendo o seu rebanho?

Noturno Confinado Somente em Pastagem

12) Os animais permanecem nas instalações?

Eventualmente Semanalmente Mensalmente

13) Faz vistoria nos casco dos animais:

Quant 100% Sim 8 53,33% Não 7 46,67% Quant. 100% sim 12 80% não 3 20% Quant. 100% Sim 11 73,30% Não 4 26% Quant. 100% Noturno 8 53,33% Confinado 3 20% Somente em Pastagem 4 26,67% Quant. 100% Eventualmente 6 40% Semanalmente 5 33,30% Mensalmente 26,67%

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14) Quais os métodos que vc utiliza para identificar a presença da doença no seu rebanho?

15) Você tem utilizado algum método de prevençâo , controle/ ou de cura para essa

doença? Não Sim Inverno/Chuva Verão Ano todo

16) Qual a época do ano que geralmente percebem manifestações da doença? Quant. 100% Métodos 15 100% Quant. 100% Não 15 100% Sim 0 0% Quant. 100% Inverno/Chuva 14 93,30% Verão 0 0% Ano todo 1 6,67% Quant. 100% Não 15 100%

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35

17) Você tem recebido em sua propriedade algum tipo de incentivo em relação a essa e demais doenças?

Não 15 Sim

Idade/Fase adulta

18)Essa doença acomete geralmente que categoria dos ovinos?

Nenhuma providência Isolamento

19)Que destino você tem dado aos animais acometidos com a doença.

Não há morte Morte

20)Qual o percentual de morte pela doença?

Sim 0 0% Quant. 100% Idade/Fase adulta 14 93,30% Todas as idades 1 6,67% Quant. 100% Nenhuma providência 12 80% Isolamento 3 20% Quant. 100% Não há morte 11 73,30% Morte 4 26,67%

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A pododermatite infecciosa ovina é uma doença importante em algumas propriedades da região, quando as condições ambientais (umidade e temperatura) são favoráveis ao desenvolvimento da doença. Formas de footrot maligno, com separação de tecidos córneos, são observadas tanto em caprinos quanto em ovinos de diversas raças criadas. Úlcera de sola e abscesso de pé também ocorre sendo lesões secundárias ao footrot. Devem ser investigadas formas eficientes de controle e profilaxia do footrot e outras doenças podais em ovinos.

Enteram

Deixam jogado no ambiente

21) Qual o destino dos animais mortos?

Quant. 100%

Interam 13 86,67%

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37

5 CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos nos questionários, podemos afirmar que as práticas de manejo sanitários em ovinos na região metropolitana de Manaus são deficientes. Tornando-se importante fomentar medidas profiláticas da importância do manejo sanitário no rebanho para melhorar a utilização correta do pedilúvio, para minimizar os custos na atividade da ovinocultura de pequenos produtores.

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REFERÊNCIAS

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ABBOTT, K.A.; LEWIS, C.J. Current approaches to the management of ovine footrot. The

Veterinary Journal, v. 169, p. 28-41, 2005.

AGUIAR, G.M.N.; ASSIS, A.C.O.; SILVA, T.R; ARAÚJO, J.R.B.; GARINO JUNIOR, F.; SIMÕES, S.V.; RIET-CORREA, F. Pododermatite Infecciosa em Ovinos e Caprinos no Sertão Paraibano. Ciência Animal Brasileira, v.1, p.585-590, 2009.

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BAGLEY, C.V. Contagious Foot Rot – An Update. Utah State University Extension

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