Modelação do Relevo
1. Fontes
2. Representação
3. Declive, orientação, curvatura
4. Caracterização morfológica
5. TIN
6. Isolinhas
7. GRID vs. TIN vs. Isolinhas
8. Modelação hidrológica
9. Visibilidade
Sistemas de Informação Geográfica II
Modelo Digital do Terreno
POR MODELO DIGITAL DE TERRENODESIGNA-SE QUALQUER
CONJUNTO DE DADOS EM SUPORTE NUMÉRICO QUE, PARA UMA DADA ZONA, PERMITA ASSOCIAR A QUALQUER PONTO DEFINIDO SOBRE O PLANO CARTOGRÁFICO UM VALOR CORRESPONDENTE À SUA ALTITUDE.
assim, um modelo digital de terreno (mdt) poderá ser uma expressão matemática aplicando R2em R3, um conjunto de pontos ou de linhas com uma regra de interpolação associada ou, como é mais correntemente considerado, como uma superfície composta por faces num espaço tridimensional ou células dispostas regularmente.
Fontes
•Curvas de nível digitalizadas a partir de mapas topográficos e interpoladas
•Levantamentos topográficos
•Processamento fotogramétrico de pares estereoscópicos de fotografias aéreas •Laserscanning (ALS ou LIDAR) •Inteferometria radar
•etc.
MDT globais
• GTOPO
– pixeis 30 arc sec (ca. 1km no equador)
– USGS EROS Data Center:
http://edc.usgs.gov/
- Elevation Æ GTOPO
• Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM)
– pixeis 90 m p/ público (original 30 m)
–
http://srtm.usgs.gov
Representação
Matriz
TIN C. nível + linhas de fluxo
Representação
Pontos em espaça-mento regular Pontos em espaça-mento irregular Células regularesRepresentação matricial
Quase toda a análise é
feita sobre MDT em
formato matricial
Superfície topográfica
— valores de altimetria
representação hipsométricamatricial: declive
• Definido ou representado como
– Gradiente ∇z (dz/dx, dz/dy)
– Vector com componente x e y (Sx, Sy)
– Vector com magnitude (declive) e direcção (exposição ou
orientação)(S, α)
matricial: declive
espaç_x * 8 i) 2f (c -g) 2d (a+ + + + = dx dz espaç_y * 8 c) 2b (a -i) 2h (g+ + + + = dy dz 2 2 ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = dy dz dx dz dp dh ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = dp dh decl(º) arctan a b c d e f g h i Declive (º) = 30 Declive (%) = 58 Declive (º) = θ Declive (%) = dh/dp * 100 dh/dp = tan θ dp dhmatricial: orientação
• Direcção de maior declive descendente
• Usada para radiação solar, derretimento de neve, evapotranspiração dx dz dy dz ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ dy dz dx dz / / arctan
matricial: exemplo
30
80
74
63
69
67
56
60
52
48
a b c d e f g h i 229 . 0 30 * 8 ) 24 56 * 2 63 ( ) 60 69 * 2 80 ( = + + − + + = + + + + = espaç_x * 8 i) 2f (c -g) 2d (a dx dz 329 . 0 30 * 8 ) 63 74 * 2 80 ( ) 48 52 * 2 60 ( − = + + − + + = + + + + = espaç_y * 8 c) 2b (a -i) 2h (g dy dz o 8 . 21 ) 401 . 0 ( = arctan o Orient 34.8 329 . 0 229 . 0 =− ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = arctan o o 2 . 145 180 ⇒ + 145.2o 401 . 0 329 . 0 229 . 0 2+ 2 = = Declmatricial: gradiente
x , , 1r
H
H
i j ijx
H
=
−
∆
∆
→ +i-1,j-1 i,j-1 i+1,j-1 i-1,j i,j i+1,j i-1,j+1 i,j+1 i+1,j+1
y , 1 ,
r
H
H
ij ijy
H
−
=
∆
∆
↓ + 2 2 x , 1 , 1 yr
r
H
H
+
−
=
∆
∆
i+ j+ ijxy
H
para os 8 vizinhosmatricial: declive
80
74
63
69
67
56
60
52
48
80
74
63
69
67
56
60
52
48
30
45
.
0
2
30
48
67
−
=
50
.
0
30
52
67
=
−
Decl:
30
como a direcção da descida mais íngremeCaracterização morfológica
• Valor
• Declive
• Exposição / Orientação
• Curvatura
– Componente longitudinal
– Componente transversal
1ª derivada 2ª derivada Parâmetros funções focaisCaracterização morfológica
Representação discreta
• Objectivo: calcular os parâmetros para o
ponto central (por direcção)
Variações possíveis e ajuste de
uma função contínua
Representação discreta
• Objectivo: calcular os parâmetros
para o ponto central (focal)
Plano Cume Depressão Festo Talvegue Colo
Classificação
Convexidade local em todas as direcções. Depr.
Concavidade local ortogonal
a uma direcção sem concavidade/convexidade. Talvegue
Todas as direcções sem concavidade / convexidade. Plano
Convexidade local ortogonal a uma concavidade local. Colo
Convexidade local ortogonal
a uma direcção sem concavidade/convexidade. Festo
Convexidade local em todas as direcções. Cume Descrição 2asderivadas Entidade Wood (1998)
Modelo matemático
• A superfície na vizinhança do ponto
que queremos caracterizar pode ser
modelizada por diferentes funções
polinomiais.
• As funções quadráticas bidimensionais
são as mais simples que permitem o
cálculo dos 5 parâmetros necessários.
Aproximação quadrática
F
Ey
Dx
Cxy
By
Ax
z
=
2+
2+
+
+
+
D
Cy
2Ax
z
=
+
+
x
δ
δ
E
Cx
2By
z
=
+
+
y
δ
δ
ao centrar a solução (x = y = 0): D D Cy 2Ax z = + + = x δ δ E E Cx 2By z= + + = y δ δ(
2)
arctan
D
2+
E
=
decl
⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
=
D
E
arctan
orient
Aproximação quadrática
z
= Ax
2+ By
2+ Cxy + Dx + Ey + F
Precisamos de 5 pontos, temos 9…
O ajuste pode ser feito por mínimos quadrados; a solução pode ter a restrição de ser exacta no ponto central.
Classificação
Altitude 100 - 200 200 - 300 300 - 400 400 - 500 500 - 600 600 - 700 700 - 900 900 - 1100 1100 - 1308 Classe 1 2 3 4 5 6 Wood (1998)TPI - índice de posição topográfica
Weiss (2001) )) ( ( / ) ( ) ( ) (x Hx Hx n x Vizx TPI i x i i ∈ − =∑
) ) 100 ) / ) ) ( int(((( ) (x= TPIx−µ σ ⋅ +12 TPIstd• diferença entre altitude de uma célula e a
média numa dada vizinhança
TPI
índice de posição topográfica
Vale ValeTergo Meia-encosta
Plano
TPI baixo TPI alto TPI médio Declive acentuado
TPI médio Declive quase nulo
TPI baixo
TPI alto TPI baixo TPI médio Declive acentuado
TPI alto TPI baixo Vale Tergo Vale Meia-encosta Tergo Weiss (2001)
TPI
índice de posição topográfica
TPIstd(M) >= 100 TPIstd(m) >= 100
Tergos íngremes e cumes
10
-100 < TPIstd(M) < 100 TPIstd(m) >= 100
Pequenas colinas e tergos
9
TPIstd(M) <= -100 TPIstd(m) >= 100
Tergos de declive médio
8
TPIstd(M) >= 100 -100 < TPIstd(m) < 100
Planaltos e colinas de declive suave
7 >= 5º -100 < TPIstd(M) < 100 -100 < TPIstd(m) < 100 Meias-encostas 6 < 5º -100 < TPIstd(M) < 100 -100 < TPIstd(m) < 100 Planícies 5 TPIstd(M) <= -100 -100 < TPIstd(m) < 100 Vales em U (largos) 4 TPIstd(M) >= 100 TPIstd (m) <= -100
Vales locais em tergos
3
-100 < TPIstd(M) < 100 TPIstd (m) <= -100
Vales de declive suave
2
TPIstd(M) <= -100 TPIstd(m) <= -100
Vales em V (estreitos) e depressões
1
Declive TPI vizinhança maior TPI vizinhança menor
Designação Classe
Weiss (2001)
TPI
índice de posição topográfica
TIN – Triangulated Irregular
Network
TIN: Topologia
TIN: Entidades
• Pontos de massa
mass points
• Linhas de quebra
• Polígonos de corte
Clip polygons
• Polígonos de eliminação
Erase polygons
• Polígonos de substituição
Replace polygons
TIN: Entidades
As breaklines definem e controlam o comportamento da superfície topográfica em termos de continuidade e aderência a entidades do mundo real.
As hard breaklines definem interrupções na triangulação e na suavização da função de altimetria e usam-se tipicamente para a representação de liinhas de água, tergos, linhas de costa, contornos de edifícios, barragens, e outros, de abrupta mudança no valor da superficie.
As soft breaklines usam-se para assegurar que valores conhecidos de cota ao longo de uma entidade linear são mantidos na TIN - mas não definem interrupções na suavidade da função de altimetria. A diferença é portanto a descontinuidade da função de declive
TIN vs. GRID vs. Isolinhas
GRID
Vantagens
• Modelo conceptual simples
• Fácil de relacionar com outros dados em formato matricial • Pode sempre interpolar-se Desvantagens • Variabilidade do terreno sujeita à resolução • Representação das entidades lineares TIN Vantagens
• Capta formas do relevo • Poucos triângulos para
áreas planas
• Análise interna simples (declive, orient.)
Desvantagens
• Análise com outros dados mais complexa
Isolinhas
ISOLINHAS
Vantagens
• Fácil interpretação • Linhas próximas = alto
declive
• V em crescendo = linha de água
• V em decrescendo = tergo • Linha fechada = colina
tergo vale colina
Desvantagens
• Não tem modelo digital formal
• Tem de ser convertido p/ matricial ou TIN p/ análise • Geração a partir de pontos exige Rotinas de
interpolação complexas
Modelação hidrológica
• Geração de bacias;
• Classificação hierárquica de linhas de
água;
• Cálculo de áreas submergíveis;
• etc.
8 direcções
• Codificação
32
16
8
64
4
128
1
2
?
8 direcções (local drain direction)
2
2
4
4
8
1
2
16
1
2
4
8
4
128
1
2
4
8
2
1
4
4
4
1
1
8 direcções
8 direcções
• limitações: as 8 direcções...
Flow direction. Steepest direction downslope α1 α2 1 2 3 4 5 6 7 8 Proportion flowing to neighboring grid cell 3 is α2/(α1+α2) Proportion flowing to neighboring grid cell 4 is α1/(α1+α2)outros algoritmos de fluxo
• D∞
outros algoritmos de fluxo
• Slope ProportionedFlow Direction Grid
0.4 0.3
0.1 0.2
Rede hidrográfica
Área de drenagem (hip. 1)
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 3 3 12 2 2 3 2 16 6 25 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 3 3 12 2 2 2 3 16 25 6a área de drenagem inclui a própria célula
Área de drenagem (hip. 2)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 11 1 1 15 2 5 24 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 11 1 1 1 2 15 24 5
a área de drenagem não inclui a própria célula flow accumulation
Linhas de água
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 11 1 1 15 2 5 24 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 11 1 1 1 2 15 24 5 limiar de 500 cél. limiar de 1000 cél.Foz
“Pits” (depressões/poços)
• Um pit é uma (ou mais) célula(s) que não
drena para nenhuma sua vizinha
• A criação de um MDT resulta em
pits
artificiais
na superfície
• Se os pits não forem regularizados
tornam-se
sumidouros
e isolam partes da bacia
hidrográfica
• Pit filling
é a 1ª operação a ser realizada
Efeitos do pit filling
Topo to raster
• ferramenta para criar superfícies hidrologicamente correctas a partir de dados vectoriais (pt. cotados, c. nível, lagos, etc.)
• os elementos vectoriais actuam como restrições a ter em conta nos processos de interpolação
Topogrid
Topogrid (Arc/Info) IDWRede hidrográfica
5 5 1 1 1 3 2 2 3 3 4 4 4 4 4 5 5 6 6 6Troços de linhas de água
1 20 1 20 13 3 13 3 13 3 55 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 8 2 8 2 8 2 4 2 4 2 2
Rede hidrográfica
172 201 204 202 206 203 209Cada linha tem um identificador único
Bacias hidrográficas
Bacias hidrográficas
Troços entre confluências Acumulação de escoamento
Células terminais de cada troço.
Sub-bacias correspondentes a cada troço anteriormente identificado.
Vectorização das linhas de água
Vector
Matricial
O que é um rio?
Direcção da linha de água principal
15 1 3 2 22 2 2 19 5 39 1 1 1 2 1 2 60 2 1 2 50 3 5 64 1 53 1 1 2 1 2 5 70 55 1 2 3 3 2 125 1 1 1 3 1 1 2 130 2 32 128 32 128 128 128 32 128 32 64 32 32 MAP ALGEBRA (Script) Direcção da menor das diferenças positivas,
sujeita à restrição de que a célula de destino
seja tributária da célula de origem.
Determinação do rio principal
2 1 2 1 1 3 1 3 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Linhas de água RIOS 32 128 32 128 128 128 32 128 32 64 32 32
Direcção da linha de água principal
classificação da rede hidrográfica
• ordens de Strahler e Shreve
Strahler
Shreve
efeitos da resolução espacial
• maior resolução requer processamento
mais rápido e muito espaço de
armazenamento
• efeitos da generalização/reamostragem
– encurtamento dos fluxos Æ aceleração da
drenagem
– descida dos valores de declive Æ
retardamento da drenagem
efeitos da resolução espacial
100m 200m
300m 400m
Modelação da visibilidade
Perfis
q p a p f a q f pq q p , ) ) ( ( ) ) ( ( + − + = ∂ Po Aobs O P1 (visível) P2 (não visível) P3 (visível) S q p i p i i p a p f i f pi q p a p f a q f pq q p p , , : , , ) ) ( ( ) ( , ) ) ( ( ) ) ( ( < ∀ + − = ∂ ≥ + − + = ∂Sistemas de Informação Geográfica II
Algoritmo sequencial sobre perfil
1 O 2 3 4 5 6 Z03
Construção dos perfis
210 220 214 218 220 215 215 230 209 210 215 225 225 220 215 220 V1 V2 Linha de visibilidade V1: alvo não visível210 220 230 Linha de visibilidade V2: alvo visível 200 210 220 230 200
Modelo digital de terreno
necessidade de “rasterizar” uma recta