• Nenhum resultado encontrado

POTENCIALIDADES BIOLOGICAS DOS COCCINELf DEOS AFIDf FAGOS UTILIZADOS EM LUTA, INTEGRADA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "POTENCIALIDADES BIOLOGICAS DOS COCCINELf DEOS AFIDf FAGOS UTILIZADOS EM LUTA, INTEGRADA"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

POTENCIALIDADES BIOLOGICAS

DOS COCCINELf DEOS AFIDf FAGOS

UTILIZADOS EM LUTA, INTEGRADA

POr

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

Nos 6ltimos anos, tem vindo a ser dada a maior importhcla aos estudos dos efeitos secundkios dos pesticidas aplicados em agricultura.

Empregados com um fim imediato - a elirninacBo das pragas nocivas Bs culturas

-

a verdade 6 que, para al6m dos

ef eitos letais sobre aquelas

-

os chamados ef eitos prim6rios

-

cedo se verificou que outras consequ&ncias, por vezes graves, afectavam os agrossistemas submetidos & acego de produtos f itossanitArios.

Assim, comecou-se primeiro por substituir os pesticidas poli- valentes, cuja acego de largo espectro afectava toda uma vasta gama de pragas, por pesticidas especificos que, pel0 contrkio, afectavam apenas uma praga, ou urn tip0 especifico de pragas. Lirnitaram-se deste mod0 os efeitos biocidas de certos pro- dutos, os quais afectando toda a biocenose, provocavam roturas do equilibria biolbgico.

Num outro sentido, procurou-se substituir os agentes qui-

micos por agentes biol6gicos; 6 o caso da utilizacBo de parasitas  

(2)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

odfagos do genero

Trichogramma na luta contra os Noctuideos,

que tanto sucesso tem obtido recentemente no M6xim0, Francs,

URSS e Estados Unidos.

Ainda na luta bioldgica, o uso de Coccinelideos (Joaninhas) contra as Cochonilhas, como a especie

Chilocorus bipustulatus,

utilizada contra a cochonilha branca da palmeira tamareira,

Parlatoria blanchardi, no vale do Adrar, Mauritihia (PERT1

et alE.,

1970).

A mais recente tecnica, no entanto, consiste na associa~iio dos meios quimicos com os rneios bioldgicos de luta, ou seja, a chamada

luta integrada.

Usam-se pesticidas especificos, de baixa toxicidade, cujas aplicac5es no espago e no tempo sPo feitas de acordo com estudos ecoldgicos prCvios. E, corn base nestes estudos, fazem-se interven~aes com predadores ou para- sitas produzidos em massa.

Noutros casos, respeitam-se as faunas de inimigos naturais jii existentes, aplicando criteriosamente produtos tgo especificos quanto possivel e apenas quando estritamente necess6rios. Como exemplo podemos citar os estudos de luta integrada em curso no Laboratbrio de Ecologia Aplicada da Universidade dos AGO- res contra a dagarta das pastagens, (army-worm),

Mythimna

unipuncta

HAW. (GARCIA & TAVARES, 1977).

0 grupo de trabalho da OrganizaGPo International de Luta Bioldgica (OILB) denominado <Pesticides and Beneficial Arthro- pods>> inclui uma linha de pesquisa referente & influ6ncia de pesticidas sobre Coccinelideos afidifagos (GARCIA 1976). Esta linha C desenvolvida em Antibes, F r a n ~ a (Station de Lutte Bio- logique INRA) e no Laboratkio de E?cologia do I.U.tA., que se ocupa especialmente dos efeitos dos aficidas sobre joaninhas

afidifagas (GARCIA & SCHANDERL 1977).

neste dtirno aspecto das investiga~6es do L.E.A. do I.U.A. que se enquadra este nosso trabalho.

(3)

POTENCIALIDADES BIOL6GICAS DOS CQCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

CAPfTULO I

MATERIAL

E

WTODOS

1.

Material usado nu multiplica~bo dos hospedeiros

A multiplica@io dos hospedeiros destinados a alimentar a s joaninhas predadoras de pulgSes exige uma unidade climatizada,

corn uma estrutura que n5o e simples de instalar.

No entanto, o material usado B em si mesmo desprovido de complica~bes e compreende:

1

-

Vasos de pl6stico de aproximadamente 15

x

15

x

15 em, destinados ao cultivo do suporte vegetal (figura 1).

2 -Terra h h i d a , para germina@io e cultivo do vegetal.

3

-

Na fase de germina~go do suporte vegetal, uma pequena &ara semi-obscura e fresca. Na fase de crescimento das plhtulas, transferem-se para uma sala de culturas equipada corn lhmpadas a 6 o n ~ tipo <<GRO-LUX>> ou <DAY-LIGHT>>.

4 - Sementes de Vicia faba major L. ou Vicia faba minor L (fava e favica), em quantidade suficiente para aprovi- sionamento. Podemos considerar que cerca de 3 litros de fava d60 para semear cinco vasos plasticos do tipo descrito acima.

Material usado no estudo dos predadores

Este tip0 de material pode dividir-se em dois grupos: 1 - Material de observa~bo

Consiste essenciahnente numa boa dptica e em equipa- mento ligeiro para disseca~Bes, a saber:

a) lupa estereosc6pica Wild M-3, equipada com tub0 de desenho, permitindo observacSes de 40 a 1.000 dihmetros.

(4)

VASCO GARCIA e W I A R. FURTASO

b) alfinetes entomoldgicos e pincas de disseca~50 tip0

IDEALTEK

Inox n." 5.

c) urna pequena tina de dissecac50, soluto de Ringer ou soluto isotdnico de cloreto de sddio.

2

-

Material de captura

Este material 6 principalmente constituido por aspka- dores de boca de plhstico, fabricados no laboratbrio. Permitem o ficil manuseamento dos insectos de dimen- s6es relativarnente pequenas, como C o caso das cocci- nelas. TambCm s5o muito usados, por se acoplarem aos aspiradores de boca, os tubos de caca, com rolha de plhstico cuja parte central C substituida por rede fina de cobre (figura 2).

3. Material usado nos ensaios d e hormona juvenil

constituido pel0 prdprio produto a aplicar, neste caso urn

produto natural de substituicPo da hormona juvenil ou HJ, designado por juvabiona.

A origem da juvabiona utilizada nos nossos ensaios 6 fran- cesa, tendo sido fornecida pel0 Laboratdrio de Biologia Animal da Universidade de Bordhus I (PROFESSOR GIRARDIE), no quadro da cooperagiio com o Laboratdrio de Ecologia do I.U.A.

A sua fbrmula bruta 6 C1&& Quimicamente pertence ao grupo dos terpenos, os quais sPo mfdtiplos do hidrocarboneto isopreno.

A hormona juvenil apresenta notheis particularidades: C altamente especifica dos insectos, que s5o os ljnicos organismos capazes de sintetisi-la, nPo 6 tdxica para qualquer animal e age por simples contacto.

A HJ, como C normalmente conhecida, tem um papel essen- cial no desenvolvimento p6s-embrionhio, no mecanismo da muda, da metamorfose

e

da maturagZio sexual (JOLY 1972, in RANLADE 1972).

A

administracPo desta hormona, por vezes

(5)

POTENCIALIDADES BIOLOGICAS DOS COCCINELiDEOS AFIDiFAGOS

...

tambkm chamada neotenina, caso seja feita nurn momento ino- portuno do ciclo biolbgico dum insecto, pode comprometer o seu desenvolvimento ou a sua reprodu@io.

Como, alCrn disso, os insectos parecem niio adquirir resis- t6ncia a este composto, C evidente o seu interesse como pesti- cida de origem natural.

A juvabiona, o homblogo natural da hormona juvenil a que nos referimos, foi extraida por SLAMA (1965) da madeira do abeto Abies balsamea. A descoberta deu-se por mero acaso, devido ao facto de SLAMA ter verificado que certos insectos em contact0 com o papel feito com pasta daquela grvore, davam larvas que nunca mudavam para adultos, eram estQeis e morriam.

0 elemento existente no papel foi de inicio designado por <paper-factor)> e mais tarde, depois de isolado, juvabiona.

A juvabiona aplicada nos nossos ensaios faz parte de uma ampola de 100 miligramas, cujo contehdo foi dissolvido em 2 rnililitros de azeite neutro. 0 frasco contendo o azeite com a hormona e o azeite testemunha, foi conservado no frigorifico a 8" C.

Para as aplica~Bes tbpicas de hormona, utilizaram-se dois pinceis de pi30 de marta n.O 2, um exclusivamente para o azeite

(aplicacBes testemunha) e outro para o azeite contendo juva- biona.

Para retirarmos um pouco de soluto hormonal do frasco, utilizou-se uma seringa clinica, do tip0 das usadas nas apli- cat$jes de insulina (capacidade, 2 cc).

4. Condi~des ambientais

As coccinelas a estudar, assim como os pulgBes que lhes servem de alimento, foram criados na unidade de multiplica@io de predadores em funcionamento no Laboratbrio de Ecologia da Universidade dos Aqores.

(6)

V@CO GARCIA e MgRM R. FURTADO

Esta unidade e s a climatizada, com as seguintes condig6es: a) Temperatura, 22" C k 2" C.

b) Fotoperiodo, 16 horas de fotofase. C) Humidade relativa, 80 Q/o

+-

10

70.

Esta unidade possui quatro ccharriots~ de multiplica~Zio,

2 para os hospedeiros e 2 para os predadores e totaliza 60 m2.

A

funcionar normalrnente, pode produzir cerca de 10.000 ovos de coccinelas por dia, nas condic6es indicadas e utilizando como hospedeiro Aphis fabae SCOP. e como predador CheiZo- menes sulphu~ea (01.) (GAR,CU & SCHANDERL 1977).

Para manter estas condi~aes, utiliza-se urn condicionador de ar, um humidificador de tecto com higrostato, um convector de aquechento com termostato e dois relbgios de fotoperiodo, urn de corda manual e outro el6ctrico.

5. Mdtodos de multiplicagio dos hospedeiros

0 hospedeiro comumente utilizado no Laboratbrio de Eco- logia para alimenta~Zio das coccinelas B o pulgZio preto da fava,

Aphis fabae SCOP., que 6 produzido sobre urn suporte vegetal

de Vicia faba major, ou fava grada. A Vicia faba minor ou

favica, ainda que db excelente resultado, encontra-se dificil- mente nos A~ores.

A contamina@o das plhtulas di-se a partir do momento em que tbm cerca de 10 cm de altura. Uma semana depois, utilizando a cultura da fava em terra fresca, a contamina@io em pulgZio atinge valores 6ptimos.

Resta apenas utilizar, por corte, as pl5ntulas carregadas de afideos.

(7)

POTENCIALIDADES BIOLdGICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfB'AGOS

...

6. MBtodos de multiplicapio dos predadores

Dois casos se podem dar:

a) ou se multiplicam as coccinelas em caixas plhsticas transparentes com rede f ina de cobre, de capacidade de cerca de 2 litros, de modelo semelhante Bs usa- das para p6r alimentos no frigorifico.

b) ou se utilizam gaiolas de rede de musselina muito fina e resistente (tipo organza), com cerea de

%

de mS, cuja arma~iio interna C em arame de 2 mm de dametro e a base em barra de ctDEXIONs qua- drada com uma prancha de madeira prensada no fundo (GARCIA & SCHANDERL 1977).

No primeiro caso, utilizam-se no mkimo 12 casais por caixa. Destinam-se mais B observa@o cuidadosa, recolha de ovos para recuperaciio de reprodutores ou manuten@o das ctsouches,. A alimentaciio f a m e por ramos de fava cortados, guarnecidos de pulgiio.

No segundo caso, trata-se das caixas utilizadas em multi- plicacgo macica. Podem conter at6 50 casais, que nelas com- pletam o seu ciclo. A alimentas50 faz-se por substituigio semanal dos vasos plhsticos com plantas guarnecidas de pulgiio.

7. Mdtodos de aplica@io da hormona juzrenil

A aplica~iio do hom6logo da HJ foi feita por pincelagem da face ventral dos filtirnos anCis abdomiuais das f6meas de coccinelas, mediante a utilizaciio de pinc6is n.O 2, de p6o de marta.

Dado que o efeito residual da juvabiona 6 extremamente forte (MALAUSA 1976) s6 urn pincel 6 utilizado para a mistura de azeite e juvabiona.

(8)

VASCO GARCIA e MARIA. R. FURTAD0

A tCcnica teve de ser aperfeicoada. Chegou-se

A

conclusiio que o m6todo menos traumatizante para as coccinelas era segu- rBlas docemente entre os dedos, com a face ventral para cima e pincelar uma vez a t r h das patas metatorhcicas, nos 3 ou

4 6ltimos anCis abdominais.

A juvabiona era retirada com a seringa microlitica do pequeno frasco que a mantinha no frigorifico, em quantidades muito pequenas, apenas o suficiente para molhar completa- mente o pincel.

0 tipo de juvabiona utilizado destina-se a agir mais sobre a metamorfose que sobre a maturaciio sexual, conforme indi- ca&o do Laborathrio de Biologia Animal da Universidade de BordCus I.

Em insectos maiores - por exemplo, C&rabos

-

a ap1icat;iio pode fazer-se por injeccgo abdominal, utilizando microsseringas

(MALAUSA 1976).

8.

M4todos de contagem das posturas

0 s casais para controlo das posturas foram colocados em caixas circulares de pl5stico tip0 MINO-GAILLARD n." 2936, com tampa de rede fina de cobre, com o fundo coberto por papel de filtro.

A a1imentat;So era constituida por pedacos cortados de faveira, guarnecidos de Aphis

fabae.

Cada 48 horas (dia sim, dia nZio) era feito o controlo das posturas efectuadas e substi- tuida a nutriciio.

Nos ensaios efectuados eom hormona juvenil, as femeas eram tratadas no dia seguinte sua eclosiio.

Nos ensaios de distribui;%o da postura por classes, a idade das fgmeas era apenas aproximadamente conhecida, visto que o factor idade niio parece influir naquele tipo de ensaios, no que reside, aMs, uma das vantagens do mCtodo utilizado (GAR- CIA 1976).

(9)

POTENCIALIDADES BIOL6GICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

CAPfTL%O II

OS COCCINEUDEOS UTILIZADOS

.

Semiadalia undecimnotata

SCHNEIDER

Semiadalia undecimnotata SCHNEIDER, a coccinela origi- n h i a dos Alpes, C o exemplo do predador especializado.

Esta espCcie de joaninha, origin&% dos Alpes da Alta Provenca (regiiio de Digne, Franca), foi trazida para a Estaego de Luta Biolbgica de Antibes pela equipa do Laboratbrio de Monsieur IPERTI.

Desse Laboratbrio, onde desde 1964 se mant6m em multipli- caciio macica, foi trazida para os Acores, onde vem sendo utilizada como material de teste para os efeitos de pesticidas sobre entom6fagos. Pensa-se ainda que, dadas as suas caracte- risticas biolbgicas, poderSl ser utilizada contra as populacBes primaveris de pulgiio preto da beterraba e da fava (IPERTI 1971).

Senziadalia 11 - notata 6 uma espCcie estivo-hibernante, de que se conhecem bem os mecanismos de diapausa e os locais de hibernacbo, para o Sudeste da Franca (IPERTI e HODEK 1974). AlCm disso, C uma espCcie migradora e monovoltina: migra da planicie para a montanha e viceversa e possui uma s6 geraciio anual.

0 seu monovoltinismo torna-a

um

material biolbgico ideal para ensaios de pesticidas, dado que germite realizar ensaios

B saida da diapausa, em actividade, B entrada da diapausa e

em diagausa, com resultados surpreendentes (GARCIA 1976). 0 s estudos sobre distribuiciio das frequencias de postura por classes de postura, realizados em Antibes, necessitavarn de confirmaciio.

Do ponto de vista ecolbgico podemos ainda dizer que S. 11 notata 6 uma espCcie corn preferencia pelos estratos vegetais constituidos por plantas baixas cultivadas, tal como o definiu

(10)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

IPERTlC (1965). Este autor considera o termo gestrato~ vegetal como gas porcijes de espaco onde vivem as coccinelas, sem ter em conta as espCcies bothicas ou as associacijes vegetab. Assim, os bi6topos ocasionais poder-se-iam repartir em 5 classes, em relaciio B sua altura mCdia, B sua densidade e a considera~8es culturais :

- de 0 a 50 cm de altura

+

plantas baixas expontheas

+

plantas baixas cultivadas

+

plantas arbustivas expontbeas $ plantas arbustivas cultivadas

- acima de 2 m

+

b o r e s cultivadas ou expontheas

Semiadalia 11-notata encontra-se essencialrnente na beter- raba e na fava, estratos cultivados de 0 a 50 cm de altura, praticamente enfeudada a uma s6 espCcie de pulgiio, Aphis

fabae

SCOP.

AcEalia bipunctata LIMN.@, a coccinela das laranjeiras de

Lisboa, C urn predador corn tendCncia para a especializa~80. Recdhidos alguns casais nas laranjeiras do aeroporto de Lisboa, em Junho de 1977, foram a partir destes realizadas culturas no Laboratbrio, que permitiram os ensaios sobre postura. Utilizou-se como aliment0 Aphis fabae, embora n8o seja a melhor nutri~go para A.2-punctata, que prdere Myzodes per- sicae SULZER

(PERT1

1965).

(11)

POTENCIALIDADES BIOLdGIOAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

A.2-pnctata C um coccinelideo com tendencia para o mo-

novoltinismo, mas pode desenvolver uma segunda gera~Bo (Ju- nho- Julho)

.

I3 tambCm uma coccinela adaptada

A

Europa, portanto pos- suindo estivo-hiberna~Bo, originando a primeira gerac;Bo no inicio da Primavera.

No entanto, difere de S.ll-notata por nLo ser propriamente uma espCcie Europeia, mas sim cosmopolita.

12

abundante em Portugal continental e possui uma prefe- rencia nitida pelos estratos arbbreos.

3. Cheilomenes sulphurea (OLIVIER)

Ch&Zomenos sulphurea (OLIVIER),

a

coccinela origingria de Angola, 6 o exemplo do predador nLo especializado.

Esta espCcie foi enviada para a E s t a ~ g o de Luta Biolbgica de Antibes pela Divisdo de Entomologia do Instituto de Investi- gac;Bo Cientifica de Angola, em Junho de 1974. Mantida desde e n s o em reprodu@io em Francs, em Junho de 1976 uma estirpe de descendentes transitou para o Laboratbrio de Ecologia Apli- cada do I.U.A.

Trata-se duma esp6cie extremamente resistente, abundante sobretudo nas savanas secas do litoral de Angola e nas bacias algodoeiras do Bengo-Quanza e de Novo Redondo.

A sua alimenta~go consiste principalmente, em Angola, em

Aphis gossypii, Myzodes (Mgzus) persicae e Aphis nerii. Nos

ensaios de preferencia afidifaga realizados em Angola (GARCW 1974) verificou-se que o afideo Histercmeura setaria, sobre a gra- minea Eragrotis superba, era tdxico para a espCcie.

Nos Asores, adaptou-se excelentemente

B

nutri$4o sobre

Aphis fabae, apresentando muito fraca mortalidade e um bom

poder reprodutor.

De notar que, nas esouches~ de Antibes, a mortalidade C significativa, embora se use tambhm A. fabae. Mas, o substrato

(12)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

vegetal C cultivado sobre aparas de pinheiro htimidas, enquanto que nos Acores se usa terra de cultivo da Estaciio Agrhia.

Dado que a climatizacgo C identica nos dois lcrcais, pensamos que deve estar ai a diferenca.

Cheilomenes sulphurea C

urn

predador polivoltino, chegando a ter 10 gerac6es anuais (GARCIA, comunica~iio pessoal). NZio se conhecem dados sobre possibilidade de hibernacgo.

Neste sector, s6 agora foram iniciados estudos nos Acores, com vista & introduciio da specie. As largadas experimentais

j6 feitas foram executadas apenas como ensaio.

0 s estudos morfol6gicos e bioldgicos j6 efectuados sobre

Cheilomenes sulphurea levam-nos a considerar esta espCcie um

born material de estudo, dado que se conhece bem a biologia dos estados imaturos (GARCIA 1972) e dos adultos (GARCIA

& SCHANDERL 1977).

TambCm a sua distribuiciio geogrhfica, essencialmente afri- cana, mostra uma adaptaciio ao clima tropical. Isso explica o seu polivoltinismo em condic6es naturais. Donde, uma das t6c- nicas para a sua introdu~iio nos Acores ser a experimentaciio da sua capacidade de hibernacgo.

Esta C alihs uma das nossas linhas de trabalho para futuro pr6ximo.

0 s estratos vegetais donde C originhria Cheilomenes sulphu-

rea pertencem ao grupo das plantas arbustivas expontheas (Cdotropis procera ART.) ou cultivadas (algodoeiro) com 50 cm

(13)

POTENCIALIDADES BIOLdGICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

C A P ~ ~ U L O

m

OS ENSAIOS

DE

AVALIACAO

DAS POSTURAS

A avalia~bo das posturas dos Coccinelideos estudados fez-se sobre 3 aspectos:

- Quantidade &dia dos o v a postos em 48 horas, e sua evolugh durante 45 dim.

-

Distribu&&o das posturas no espago (tactismos e tropis- mos d a ovipcrsipZo).

- Distribuigdo das frequhcias de postura por classes de postura.

1. Quantidade d d i a dos ovos postos cada 48 horas e sua evo- lugiio durante 45 dim

0 m6todo de contagem das posturas, para as trbs espCcies estudadas, foi jh descrito no parhgrafo 8 do capitulo I.

Como se pode ver na tabela I, a mkdia de ovos postos cada 48 horas foi de 28 para S.11-notata, de 25 para A.2-panctata e de 22 para Cheilomefies sulphurea.

Estas diferencas de fertilidade seriam possivelmente devi- das a diferentes graus de afinidade alirnentar em relacgo a Aphis fabae.

No entanto, esta opinigo carece de um estudo mais apro- fundado, ainda que os estudos de

IPERTI

(1971) confirmem os dados que obtivemos para a fertilidade m6dia relativa de A.2-punctata e S.11-notata.

Por outro lado, os dados obtidos para a fertilidade de Cheilmenes sulphurea confirmam os obtidos em Angola (GAR-

CIA

1973 ngo publicado).

No que respeita B evo1uc;Zio das posturas, durante 45 dias, os resultados obtidos estZo representados no grSico da figura 3.

(14)

VASCO GARCIA e lKBRIA R. FURTADO

Para verificar se havia diferencas estatisticamente signifi- cativas entre 3 series de posturas referidas Bs 3 esphcies de Coccinelideos estudados e apresentados na figura 3, recorremos ao teste de NIANN-WHITNEY.

Trata-se de urn teste destinado a pequenas amostras (n<30) que niio seguem a distribuiciio normal e que C especialmente indicado para estas curvas de postura (RABASSE, in GARCIA 1976).

0 teste de MANN-WHITNEY mostra-nos que duas distribui- ~ 6 e s de valores sgo idsnticas sempre que o valor de

I

Z

1

<

1,96. Pelo contrhio a hip6tese de identidade entre duas distribui- c6es 6 rejeitada sempre que

1

Z

1

>

1,96 (nivel de significh- cia de 5

%).

0 process0 de execuciio deste teste C apresentado no anexo I, no fim deste trabalho.

0 s resultados obtidos mostraram aceitac;iio da hip6tese nula (identidade entre as sCries de posturas, comparadas 2 a 2). Ngo h6 diferencas estatisticamente significativas entre as pos- turas de S.ll-notata e A.2-punctata, pois o

I

Z

I

=

] 1,31

1,

logo inferior a 1,96. 0 mesmo sucede entre Cheilomenes sulphurea e A.2-punctata, pois

1

Z ] = 11,86

1,

inferior portanto a 1,96. Iden- tic0 resultado para a comparaciio das posturas de S.ll-notata e Cheilomenes sulphurea, corn

I

Z

1

=

1

-

0,80

1,

tamb6m inferior a 1,96.

Niio devergo portanto ser de considerar diferen~as entre o comportamento das posturas destas 3 espkies, apesar de aparentemente essas diferencas existirem.

2. Distribuktio das posturas no espaCo (tactismos e tropismoa da oviposigiio)

0 s dados destes estudos foram retirados de trabalhos efec- tuados por

IPERTI

(1965), no que diz respeito a Semiaduliu.ll- -notata e AdaEia.2-punctata. A mesma tCcnica foi utilizada por GARCLA (1973) em .Angola, no que se refere a Chez'lomenes

(15)

POTENCIALIDADEIS BIOL6GICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDltlFAGOS

...

dphurea. Pensamos que a cornparacZo destes resultados pode- ria ter interesse. Por outro lado, utilizando tkcnica idhtica, embora corn rnodificasdes ligeiras, fizernos urn ensaio do mesmo tip0 corn S.11-notata e A.2-punctata.

As tkcnicas utilizadas sHo simples: basta contar a cada controlo, o n h e r o de ovos postos na tarnpa das caixas, nas paredes laterais, nos pedacos de vegetal corn afideos ou no papel de filtro do fundo.

Sd os dispositivos variarn ligeiramente (figura 4).

IPERTI (1965) utilizou caixas de plhstico, corn cerca de

?h litro de capacidade, corn tarnpa de rede de cobre. No fundo, sobre papel de filtro que assentava numa base perfurada, encai- xando num recipiente corn hgua, colocou batatas em gerrninacHo, contaminadas corn Myzodes persicas (nutri~Ho de S.11-notata e A.2-punctata) .

GARCIA (1973) utilizou chaminbs de candeeiro, de vidro, corn tampa de rede de gaze, invertidos sobre caixas de Petri corn papel de filtro. No papel de filtro, assentavarn frutos duma Asclepiadicea tropical, Calotropis procera ART., conta- minados corn Aphis nerii (nutrieHo de Cheilomenes sulphurea).

N6s utilizamos caixas plhsticas circulares, MINO-GAILLARD ref. 2936, corn tampa de rede de cobre e fundo coberto de papel de filtro. Sobre o papel de filtro colocamos pequenos ramos de faveira contaminados corn Aphis fabae (nutri~go de S.11-notata).

0 s resultados estHo expresses na figura 5.

A anidise destes resultados leva-nos a considerar que as posturas, no seu aspect0 geral, se efectuam na maior quanti- dade na tampa e no vegetal com afideos em 4 casos: S.11-notata, LEA 1977 e IPERTI 1965 e A.2-punctata, IPERTI 1965 e

LFA

1977. Em Cheilomenes sulphurea (GARCIA 1973), sbo os lados dos recipientes e o vegetal corn afideos que representam os locais prderidos de oviposi@io: 46

YO

no primeiro caso e 35

YO

no segundo.

(16)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

Podemos assim concluir que, em 4 casos, a ventila~do, o geotropismo negativo e a atrac@io alimentar associada ao higro- tropism0 atrairarn duas esgcies: S.ll-not& e A.bpnctata.

No outro caso, foi o fototropismo, associado ao higrotro- pismo e B atrac@io alimentar que atrairarn

a

oviposig5o de Cheibrnaaes sulphurea.

Niio sera entdo correct0 dizer-se que a oviposigio dos Coccinelideos se dB em principio junto das popula~Ses de afideos, pois outros factores sZio determinantes.

3. Distribui~Bo das frequ8ncias de postura por classes de postura

Esta tknica de anhlise da postura dos predadores foi posta em pratica corn resultados interessantes, na EstacZio de Luta Biol6gica de Antibes (GARCIA 1976).

Consiste em agrupar as posturas segundo o n6mero de ovos, distribuindo-as em classes cujo interval0 15 de 10 (0 a 10 ovos, 10 a 20 ovos, etc.

...).

Ha assim classes em que se verifica uma maior frequencia, noutras uma menor.

Ora, uma conclusdo interessante dos ensaios realizados em 1976 em Antibes, fora a de que, fosse qual fosse o estado ecofisiolbgico do predador, a distribuigbo das posturas era seme- Ihante, para cada espCcie estudada, desde que submetida Bs mesmas condicSes de ensaio.

Foi curioso verificar que a figura estatistica da distribuiggo das posturas de S m i W i u u&c2;mnotutu obtida no LEA, nos A~ores, coincidiu grandemente com as que se obtiveram em Antibes, igualmente com animais de cultura de laboratbrio (fi- guras 6 e

7).

Assim, verifica-se que as frequencias maiores, sdo nos dois casos, nas classes de dez a vinte ovos e de vinte a trinta ovos, para as posturas de baixa gama. Nas posturas maiores h6, uma espCcie de planalto entre a classe 50 e a classe 70.

(17)

POTENCIALIDADES BIOL6GICAS DOS COCCINELfDE30S BFIDfFAGOS

...

Uma distribui@o parecida com a anterior, foi verificada no caso da A.2-punctatQ, nos ensaios que realizhos.

Observando a figura 8, verifica-se que h6 uma maior fre- q u h c i a nas posturas de baixa gama (10, 20, 30 ovos).

H&

a seguir m a queda, relativamente brusca e uma nova elevacgo nas frequhcias de postura de alta gama. Este segundo m6ximo de frequ6ncias verifica-se na classe de 60 a 70 ovos e origina

um fendmeno de <<planalto> semelhante ao verificado no caso de Serniadalia undecimnotata.

No caso de Cheilomenes sulphurea, verifica-se um nitido desequilibrio entre a frequ4ncia das posturas de alta gama (muito baixa) e a frequencia de posturas de baixa gama (extre- mamente alta, representando a quase totalidade das posturas).

0 fen6meno de qlanalto> que se segue

B

queda suave do g r ~ i c o e que se verificou no caso de S.11-notata e de A.2-punc- tata 6 totalmente inexistente.

Isto mostra que a s posturas de alta gama (60 a 70 ovos) existem com certa frequencia nos casos de S.11-notata e A.2- -punctata e s8o muito pouco frequentes em Cheilomenes sul-

phurea.

Esta constata~iio

C

extremamente importante sobre dois aspectos:

- primeiro, porque permite estabelecer uma certa dis- tin~Zio entre os predadores estudados, do ponto de vista ecol6gico;

- segundo, porque as figuras estatisticas agora confir- madas podem ser utilizadas para referenciar a in- flubcia de certos pesticidas sobre a postura dos Coccinelideos af idif agos, conf orme f ora sugerido por

(18)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

4. A

ac~Bo

da juvabiona sobre a postura

de Cheilomenes sul- phurea.

As aplica~aes de rnistura de azeite e hormona juvenil sobre 5 femeas adultas de Cheilomenes sulphurea levaram, por com- p a r a ~ g o com as posturas de 5 femeas adultas da mesma espdcie pinceladas apenas com azeite (testemunhas) aos seguintes re- sultados.

TABELA 11

Sx = desvio padrlo

As observac6es deste teste duraram cerca de 70 dias, com as contagens de ovos feitas cada 48 horas. Todos os insectos se encontravam em identicas condi@ies ambientais.

0 s valores das posturas mLdias que permitiram elaborar a tabela 11, vCm indicados no fim do trabalho, nos elementos de chlculo para as tabelas.

A priori, seriam necessiirias mais observas6es para conch- sBes definitivas, dado que os valores do desvio padr5o s5o elevados. Com este fim e para avaliar a signific&cia das mC- dias, efectuamos urn teste estatistico de MANN-WHITNEY, cujo emprego jii foi referido no parggrafo 1 do capitulo

III.

No caso do ensaio efectuado, as distribui~ces de posturas da s6rie tratada com juvabiona e da sLrie testemunha deram um valor de Z = 6,04, portanto

1

6,04

1

>

1,96 e a hip6tese nula 6 rejeitada. As duas sCries de valores s5o significativamente diferentes.

Podemos assim aceitar que estas diferencas s5o devidas a

urn aumento da postura pela accZio da juvabiona.

de ouos 18.3 15,7 T. de ovos 641 550 Tratadas Testernunhas sx 6,81 534 N . O do postwas 35 35

(19)

POTENCIALJDADBS BIOMGICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

ENSAIO DE

UMA

T&CNICA SIMPLES

PARA AVALIAWO DO RITMO CARDfACO DAS PUPAS

0 estudo das potencialidades biolbgicas das coccinelas adul- tas oferece menos dificuldades que a aprecia~go das mesmas em relacgo aos estados imaturos (ovos, larvas e pupas).

No entanto, no estudo dos efeitos secundkios de certos pesticidas sobre os predadores considerados, C necesskio dis- por-se de parhmetros biolbgicos cuja varia~iio nos permita aquilatar em que medida o pesticida afecta ou n8o as <perfor- mances> bioldgicas dos insectos.

Ora, no caso dos adultos, isto tem sido realizado, utilizando como parhmetro bdsico a capacidade de postura, como foi exposto nos capitulos precedentes.

No caso das larvas, os trabalhos em curso no LEA assim como mCtodos aperfeicoados de determinacgo da voracidade por meio de radioelementos empregados no INRA de Antibes,

(FERRAN,

a publicar) p6em o problema em vias de solucBo. Mas, o caso dos estados imdveis (ovos e pupas) afigura-se mais dificil.

Duas tCcnicas seguras podergo servir para resolver esta questgo:

- um mCtodo respiromCtrico, que possa medir a in- flu8ncia dos pesticidas na taxa de consumo de oxi- gCnio pelos ovos e pupas;

-

urn mCtodo cardiomCtrico, que permita avaliar a influ8ncia dos pesticidas sobre o ritmo de batimentos cardiacos dos insectos.

Isto porque pretendemos ensaiar pesticidas que ngo tenham efeitos letais sobre os predadores (GARCIA 1976), conforme o espirito que preside &s tCcnicas de luta integrada.

(20)

Como complemento, pode pensar-se na observacgo de outros efeitos, como sejam a percentagem de eclos6es viiiveis.

E ainda, no caso dos ovos, os efeitos sobre as larvas eclo- didas ou no caso das pupas, os efeitos sobre os adultos eclodidos. Mas s6 o mktodo respiromktrico e cardiom6trico sgo mktodos de estudo direct0 dos efeitos secundiu-ias nZio letais.

Uma vez que a respirometria exige aparelhagem sofisticada, de que o Laboratdrio de Ecologia ainda ngo dispae, pensamos numa t6cnica simples que permitisse, sem usar aparelhos de electrocardiografia (que serlo necessariamente de alta sensi- bilidade) t r a ~ a r , com exactidgo aceitiivel, o perfil cardiogrb- fico das pupas.

Utilizando uma lupa estereosc6pica W E B M/3, com amplia- c5.o de 40 dihetros, torna-se possivel observar atravhs do tegument0 translccido da face dorsal das pupas de Chez'lomenes sulphurea, o pulsar do vaso dorsal e a passagem da hemolinfa.

Com o auxilio de dois observadores, um a lupa, utilizando

um

contador meciinico (<TALLY COUNTER%, ref." Ward's n." 15W2640) e outro actuando como registador e cronometrista (crondmetro

OMEGA,

precisgo 1/10 do segundo), conseguiu-se, em ensaios prkvios, definir as regras tkcnicas de observaclo. Com o material utilizado, verificou-se que os resultados eram seguros, se se considerasse urn period0 minim0 de obser- va~6es, para cada pupa, de pel0 menos 1 hora.

2. As pupas obsemtadas

As pupas utilizadas foram as da esp6cie Cheilomenes sulphurea, em virtude do seu tegumento, de cor amarela, permitir uma melhor observacZio & lupa das pulsa~6es do vaso

dorsal ou <coracgo>.

A este respeito, podemos dizer que as observac6es foram feitas sempre numa regigo bem determinada da pupa:

i

altura

(21)

POTENCIALIDADES BIOLdGICAS DOS COCCINELTDEOS AFIDfFAGOS

...

da linha mCdia da face dorsal do terceiro anel abdominal, onde

a visiio das pulsacties 6 geralmente mais nitida.

Tratando-se de urn ensaio prCvio, niio escolhemos pupas todas da mesma idade.

Sabendo-se que a duracgo da pupactio C para a Cheilomenes

sulphurea, de cerca de 4 a 6 dias, conforme as condiciies ecol6gicas do ciclo

(GARCIA

1972), 6 provhel que as diferencas nos cardiogramas obtidos sejam devidas ao facto de se tratar de pupas de idade diferente. Isto porque se sabe que C na fase de pupa que se dlo as maiores transformacSes morfol6- gicas e fisioldgicas das coccinelas.

Mas, interessou-nos sobretudo obter urna ideia geral acerca da existCncia de urn ritmo cardiaco e se este ritmo era seme- lhante de exemplar para exemplar, ou se todos estes insectos apresentavam urn tipo de ritmo semelhante, com pequenas variacSes.

3. 0 s cardiogramas obtidos

Comecemos por analisar tr&s grificos dos batimentos car- diacos correspondentes a trCs pupas que, quanto a nds, repre- sentam os trCs tipos clAssicos de cardiogramas obtidos (fi- gura 10).

A pupa 1, durante a hora que durou o registo de pulsagiies apresentou urn pulsar regular, praticarnente sem pausas ou corn pausas relativamente pequenas (cerca de 1 minuto, no m h o ) .

A pulsacZio media por minuto foi de 45,57 (desvio padrtio 8,47). 0 s valores das observaciies estlo representados na ta- bela

III.

A pupa 2, apresenta um tipo oposto de cardiograms. As

pausas longas predominam, interrompidas por pulsacijes de fre- qu6ncia mais alta: m6dia de 50,38 por minuto.

0 s longos periodos sem pulsac50 slo interrompidos por periodos curtos de pulsac50, mas corn batimentos rkpidos.

0 s valores das observaqiies estZio tamb6m representados na tabela

III.

(22)

VASOO GARCIA e U I A R. FURTADO

A pupa 3, apresenta um tip0 intermCdio entre os dois

cardiogramas anteriores.

0 s periodos de pulsa~Zio alternam com periodos de pausa, duma forma de certo mod0 regular.

A frequgncia m6dia de pulsagiio foi de 40,76 por minuto com urn desvio padriio de 17,67 (tabela III).

4. As possibilidades futuras

0 s resultados obtidos mostram-nos que 6 possivel estabelecer

um control0 do ritmo cardiac0 das pupas.

Concluimos ainda que, mesmo com os m6todos aproxima- tivos empregados, sem diwida que 6 possivel considerar trgs tipos base de ritmos cardiacos pupais.

PSe-se o problema de saber se os tr$s tipos base de car- diogramas correspondem a f ases dif erentes da diferenciaggo morfo-fisiolbgica das pupas, visto que, como a t r b dissemos, as pupas estudadas eram de idades diferentes.

Para tal, 6 necessario estabelecer-se um protocolo de pes- quisa, utilizando uma metodologia de observa@io das pupas, a

intervalos regulares, desde a formag50 da pupa at6 a eclos5o do adulto.

dbvio que, se dispusermos de um aparelho registador de impulses, associado a um arnplificador de alta sensibilidade, de

urn

osciloscbpio e duma unidade impressora, poderemos tentar a colocaciio de um microelr5ctrodo sobre o vaso dorsal das pupas e obter o cardiograms. Tal t6cnica s6 poderzi ser utilizada em colabora@o futura a estabelecer com o Laboratdrio de Biologia Animal da Universidade de BordCus I.

Podemos entender este ensaio como uma experimentacZio pr6via que nos permitiu saber se era possivel virmos a aplicar t6cnicas de cardiografia &s pupas das coccinelas.

Verificado este facto, resta depois comparar electrocar- diogramas de pupas tratadas corn pesticidas, corn os electrocar- diogramas testernunha e obter uma metodologia prdpxia para seleccionar os pesticidas segundo os efeitos produzidos.

(23)

POTENCIALIDADES BIOLOGICAS DOS COCCINDLfDEOS AFIDfFAGOS

...

DISCUSSAO

1 - 0 s estudos realizados s6 podem verificar-se num Labo- ratbrio que disponha de uma cultura permanente de hospedeiros e predadores, em condic6es de ambiente controlado.

2-As espbcies de Coccinelideos que foram object0 de estudo - Semiadalia undecimnotata SCHNEIDER, Adalia bipun- t a b LINN* e Cheilomnes sulphurea (OLIVIER) - represen- tam 3 tipos muito diferentes de afidifagos:

- S.11-notata 6 originkia dos Alpes, monovoltina, estivo-

-hibernante e praticamente enfeudada a Aphis fabae e Bs plantas cultivadas.

-

A.2-punctata 6 cosmopolita, com tend&& para o mono- voltinsmo e prefere Myzodes persicae e os estratos arbheos.

- Cheilomenes sulphurea 6 origin&ria de Africa, polivoltina,

prefere Aphis gosqgpii e os estratos arbustivos expontheos.

3 -As diferencas ecol6gicas entre as trQs espCcies estu- dadas constituiram uma grande vantagem para as observagBes, sobretudo com respeito h aniilise da postura, B distribuieZo das

posturas no espaco e B distribuicZo das frequgncias de postura por classes de postura.

4 - 0 s ensaios de avaliagiio das posturas dos trCs Cocci- nelideos afidifagos estudados pareciam, B prirneira vista, mostrar diferencas quanto h fertilidade relativa dos mesmos. At6 porque

estudos anteriores davam esta impress50 (PERT1 1971; GAR-

CIA 1973).

0 emprego adequado do teste estatistico de MANN-WHIT-

NEY mostrou que as difereqas existentes nos ensaios 1160 eram significativas e que portanto a fertilidade de Semiadalia ll-no-

tata, Adalia bipnctata e Cheilomenes sulphurea, nas condicBes

(24)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

5 -A avalia~go da postura respeitante & sua distribuis20 no espaco, levou &s seguintes conclus6es:

-A ventila~20, o geotropismo negativo por um lado e a atracc50 alirnentar associada do higrotropismo por outro, s2o os factores mais importantes que atraem a oviposic20 de S.11-notata e A.2-punctata.

-

A atraccgo alimentar e o higrotropismo, se siio importan- tes na oviposi@io de Cheilomenes sdphurea, n2o o s5o tanto quanto o fototropismo.

Podemos concluir que a oviposi@o C determinada por um complexo de factores, possivelmente vari6veis com a espCcie estudada e que ser6 arrislcado afirmar que os Coccinelideos pdem os seus ovos principalmente junto das popula@3es afidianas. 6 -A distribuic2o das posturas por classes revelou ser o melhor mod0 de avaliar o comportamento da postura dos ~occinelideos afidifagos. A representag50 gruica da evoluc5o das posturas (figura 3) ou a sua express20 num6rica em termos

de fertilidade mCdia (figura 2) nem sempre nos d2o uma ideia clara sobre o tip0 de predador utilizado.

7 -As figuras estatisticas da distribui~50 das frequQncias de postura por classes, s5o independentes da idade e do estado ecofisiol6gic0, o que acaba de ser confirmado mais uma vez neste estudo. Assim, a distribui@o das frequencias de postura por classes mostrou, no caso da S.ll-notata, o mesmo compor- tamento que o obtido nas experiencias realizadas na Estac;Ho

de Luta Bioldgica de Antibes.

Partindo do mesmo mCtodo de an6lise da figura estatistica da distribuic50 de frequencias de postura por classes, verifi- cou-se que A.2-pmctata tern uma distribuic50 semelhante: a seguir a uma frequ.%ncia e l d a de posturas de aEta g u m , h6 uma queda brusca, baixando a frequQncia nas posturas de alta gama, mas com um niunero sigaificativo, dando origem a uma especie ~ l a n a l t o s (figuras 6 e 7).

(25)

POTENCIALIDADES BIOLdGICAS DOS COCCINELfDEOS BfflDfFAGOS

...

8 -No caso das posturas de Cheilonaes sulphurea, o con- traste com as esphcies anteriores 6 flagrante: hb

urn

nftido desequilibrio entre as posturas de baixa gama (que constituem a quase totalidade) e as de alta gama, eliminando praticamente o q l a n a l t o ~ terminal.

9 -Retira-se da angise das figuras estatisticas referi- das atrbs:

- a frequencia de posturas de alta gama com certa irnpor- t b c i a , confere maior impact0 ecol6gico & accHo dos predadores de tendgncia monovoltina, como S.11-notata e A.2-punctata, pois a sua ac@io sobre as poputla@ies de pulgaes num dado momento devera ser maior, sobretudo se a concentra~Ho de maiores pos- turas coincidir com a maior popula@o de pulgSes.

-

Confirmou-se que as esp6cies monovoltinas ou com ten- d6ncia para o monovoltinismo d o , em principio, melhor mate- rial biol6gico para estudo dos efeitos secundbrios de pesticidas selectivos sobre a postura por possuirem dois tipos de postura (de alta e de baixa gama), que sZio evidenciadas na distribuicZio das frequhcias. A aplica~Bo dum pesticida alterark esta distri- buicHo, como jb foi estudado

(GARCIA

1976).

10 - A juvabiona, hom6logo da hormona juvenil que ensaib- mos em fCmeas de Cheilomenes sulphurea, teve urn efeito de aumento da fertilidade (cerca de mais 3 ovos por dia e por

f6mea). Estes resultados foram confirmados estatisticamente. 11 - A t6cnica cardiomktrica ensaiada deu bons resultados. Sabe-se agora que C possivel avaliar o ritmo cardiac0 das pupas dos Coccinelideos e que este ritmo obedece a certos padrties.

(26)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

1 -Um laboratdrio que se dedique a estudos de efeitos secund6rios de pesticidas selectivos sobre Coccinelideos afidi- fagos, devers reunir condi~ges para multiplicar em perma- nibcia, espCcies monovoltinas, polivoltinas e espCcies de volti- nismo intermkdio. As diferen~as ecol6gicas entre as especies estudadas slo importantes para este tipo de estudos.

2 - 0 mCtodo de estudo da postura atraves da sua evolu@io no tempo, com contagens sucessivas, n l o parece muito seguro.

Nenhum resultado estatisticamente significativo foi obtido com base nas mCdias de fertilidade, obtidas cada 48 horas, que permitisse caracterizar as trCs espkcies nos ensaios.

3 - 0 s locais de oviposiciio dos Coccinelideos afidifagos

slo afectados por um complexo de factores, de importancia vari6vel de espCcie para espkcie.

Sendo a atracclo alimentar importante, nlo C por vezes a mais importante (caso da esp6cie CheQonaenes sdphurea)

.

De- ver6 pois witar-se afirmlar que os predadores afidifagos da familia C ~ c ~ I Z i ~ e efectuam as suas posturas principalmente junto das populaGSes de afideos.

4 -0 melhor m&odo de estudo das posturas e aquele que parece ter mais utilidade, por permitir conclus6es ecol6gicas C o da avalia@o das frequencias de postura por classes. Assim se pdde concluir que a frequencia de posturas de alta gama (60 a 70 ovos) com certa importbcia, confere aos predadores com tendencia monovoltina um maior impact0 ecol6gico em certas Cpocas do ano. Na Primavera, por exemplcr, serd prefe- rive1 empregar contra as populagSes de afideos coccinelas mo- novoltinas ou de tendencia monovoltina, em vez de polivoltinas.

5 -A distribui~5o de frequencias de postura por classe, mostrou tamb6m que as coccinelas de tendencia monovoltina s5o

(27)

POTENCIALIDADES BIOLOGICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

melhor material biol6gico para utilizar nos estudos de efeitos secundkios de pesticidas sobre a postura, porque permite estudar os efeitos dos produtos sobre a frequhcia das posturas d e alta e baixa gama.

6

-

A aplica@o de juvabiona sobre as femeas de Cheilo- menes sulphurea provocou urn aumento da fertilidade de cerca de 3 ovos por dia e por femea em relacgo aos insectos tes-

temunhas.

7 - A partir dos resultados obtidos nos ensaios da tknica de avaliacZio do ritmo cardiaco das pupas, sabemos agora que ser& possivel, corn meios mais aperfeicoados, determinar quais os efeitos dos pesticidas sobre o ritrno cardiaco das pupas de Coccinelideos.

(28)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTAD0

BIBLIOGRAF'IA

I --GARCIA V , 1972-0s estados imaturos de Cheilomenes sulphurea sulphurea (OL.)

-

Coleoptma: Coccinellidue). Bol. Inst. Invest. Cientif. Ang., Vol. 9 (N,O 2). Luanda.

2 - GARCIA V., 1974 - A preferhcia afidifaga de Cheilomenes sulphurea suEphurea (OL.)

-

Coteoptera: Coccinellidue) na regigo de Luanda. Relathios e Conzunicac6es do In.stituto de Investiga@b CientZfica de Angola, N.O 31, Luanda.

3 - GARCIA V., 1966

-

Influence de trois produits phytosanitaires sur les performances biologiques d'une coccinelle aphidiphage (Semiadalia undecimnotata SCRNEIDER). Th&e de doctorat de spicialite' en Sciences Biologiques, Universitk de Provence, 114 pp., Marseille. 4

-

GARCIA & SCHANDERL, 1977

-

Biologia de urn coccinelideo afidifago

Chdomenes sulphurea (OL.), Relathws e Comunica~Ges do Labma- t6rio de Ecologia Aplicada do Instituto Universitcirio dos Acores, n.O 1, Ponta Delgada.

5 - GARCIA & TAVARES, 1977

-

Ecologia e mt5todos de combate k dagarta das pastagens Mythimnu (Cirphis) unipuncta HAW. (Lepi- doptera, Noctuidae). Relathios e Cmunicapies do Laborat&-w dk Ecologia Aplicada do Instituto Universitiirio dos Acmes, n.O 2, Ponta Delgada.

6 - HODEK I., 1973 -Biology of Coccinellidae. Dr. W. J U N K N. V.. The Hague, 260 pp.

7 - PERT1 G., LAUDZBO Y . BRUN J. et JANVRY C.. 1970-Les ento- mophages de Parlatoria blanchardi TARG, dans les palmeraies de 1'Adrar Mauritanien. Ann. Zool. Bcd. anim. Vol 2 (N.w 4), Paris. 8 - IPERTI G., 1965 - Ecology of aphidophagous Coccinellids (The choice of ovipositim sites in aphidophagous Coccinellidae). Proceedings of a Symposium held in Liblice. Academia, Praha, 360 pp.

9 -PERTI G., 1971 - L'emploi des Coccinelles dans la lutte contre le Puceron noir de la Beterave (Aphis fabae SCOP). Parasitica, Tome 27. n.O 4.

(29)

POTENCIALIDADDS BIOL6GICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

10 - IPERTI G. & HODEK I., 1974

-

Induction alimentaire de la dormance

imaginale chez Semiadalia 11-nofata SCHNEIDER. (Cd., Cocc.) pour

aider B la conservation des coccinelles hlevbs ao laboratoire avant une utilisation ulh5rieure. Ann. Zool. &ool. anim. 6 (I), 41-51.

11 - MALAUSA 3.-C., 1976 - f i d e 6cophysiologique des principaux types de cryptobiose o b s e ~ b chez les Caraboidea (Coleoptera) ThBse de

doctorat de sp6cialiti. Universite de F'rovence, 73 pp., Marseille.

12 - SLAMA K. & WIUIAMS C. M., 1965 - Juvenile hormone activity for the bug, Pyrrochoris apterus. Proc. nut. Acad. Sei., 54 411-414. 13 - RAMADE I?., 1972 - &volution et avenir de la lutte biologique. Bulle-

(30)

VASCO GARCIA e NARIA R. FURTADO

m x o

IV

TESTE ESTATfSTICO DE MANN-WHITNEY

Este teste destina-se a avaliar se ha ou n5o diferen~as estatisticamente significativas entre duas distribui~ties. Aplica- -se a pequenas amostras (n 30) e sempre que as distribui~lies se afastam da distribuic50 normal.

A estatistica de MANN-WHITNEY define-se a partir do valor

em que nl e n2 representam o nhnero de amostras da primeira e da segunda distribui@io. De notar que

C indiferente qual das

distribui~8es se considera primeiro.

Para efectuar os cAlculos de

U,

seriam-se os valores das duas amostragens (ou sejam os valores reais) por ordem cres- cente de grandeza. 0 s valores que lhes correspondem nesta escala (valores tdricos) C que s60 considerados no c5lculo das series

R1

e

R2.

Quando nl e n2 tem alguma express50 (digamos, supe- riores a 8), o teste C definido pelo valor de

(31)

FIGURA 1 - V a w de plktico para cultivo de Vicia faba

T U B 0 DE BORRACHA

(32)
(33)

POTENCIALIDADES BIOLdGICAS DOS COCCINELfDEOS AFIDfFAGOS

...

= TABELA I =

POSTURAS M E D I A S CADA 48 HORAS

X = mddia; n = n6rnero d e contagens; S x = d e s v i o dr8o.

FIGURA 3 - Evolugo das quantidades de avos postos cada 48 horas (S.11-notata, A.2-punctata e Cheilomenes sulphu7ea).

(34)

VASCO GARCIA e NARIA R. FURTADO I P E R T l G A R C I A L.E.A. 1 9 6 5 1 9 7 3 1 9 7 7 Lados F u n d o

+

I

FIGURA 4 - Material utilizado nos estudos de distribui~iio das posturas (tactismos e topismos)

.

(35)
(36)

VASCO GARCIA e MARIA R. FURTADO

FREQUENC l A

10 20 30 40 50 60 70 80 9 0 100 OVOS F'IGURA 6 - Frequgncia das posturas, distribuida por classes (GARCIA

1976) (Semiadalia 11-notata, cultura de laboratbrio).

F R E Q U E N C I A

OVO S

FIGURA 7 - Frequkcia das posturas distribuida por classes (L.E.A. 1977)

(37)

FREOUENCIA

ovos

FIGURA 8 - Frequhcia das posturas distribuidas por classes (L.E.A. 1977) (Adalia 2-ptmctata, cultura de laborat6rio).

F R E Q U E N C I A

FIGURA 9

-

Frequhcia das posturas distibuidas por classes (L.E.A. 1977)

(38)

ANEXO I

ELEHENTOS DE CALCULO PARA OS TESTES DE MANN-WHITNEY ( ~ i g u r a 3) VALORES MEDIOS DAS POSTURAS

TESTE 1 VAL OR REAL

-

36 34 35 3 4 36 3 7 3 3 32 25 24 2 0 2 3 2 1 27 2 8 3 1 2 4 2 5 26 30 26 1 8 2 5 1 9 1 9 JALOR rEoRICr 2 3 29,5 2 3 2 3 2 3 2 3 29,5 29,5 23 2 3 29,5 29,5 29,5 29,5 29,5 29,5 23 2 3 2 3 1 8 1 8 2 3 2 3 TESTE 2 VALOR REAL 36 34 3 5 34 36 37 3 3 32 25 2 4 2 0 23 2 1 27 2 8 3 1 24 2 5 2 6 30 26 1 8 2 5 1 9 1 9 JALOR FEORIC 37,5 33,5 33,5 33,5 37,5 37,5 33,5 33,5 25,5 23,5 19,5 23,5 l9,5 28 28 30,5 23,5 25,5 25,5 30,5 25,5 19,5 25,5 19,5 1 9

,

5 VALOR REAL P 2 7 2 8 28 28 2 7 30 3 1 2 7 2 1 1 9 2 2 2 3 2 1 2 1 1 8 14 12 1 8 18 2 0 1 8 '20 17 17 17 18 TESTE 3

-

l ALOR lEAL 27 28 2 8 2 8 2 7 30 3 1 27 2 1 1 9 2 2 2 3 2 1 2 1 1 8 1 4 12 1 8 1 8 2 0 1 8 20 17 17 17 1 8 VALOR TEORICI 23,5 2 7 27 2 7 23,5 2 7 2 7 2 7 27 27 27 27 2 7 33,5 2 7 2 7 21,5 23,5 21,5 17 17 21,5 23,5

(39)
(40)

ANEXO I T

ELEMENTOS DE CALCULO PARA OS TESTES DE MANN-WHITNEY ( e n s a i o de j u v a b i o n a )

VALORES MEDIOS DAS POSTURAS

TRATADAS

VALOR REAL VALOR TEORICO

TESTEMUNHAS

(41)

I E

ncn

~ ~ d r c m m e o e u m o n e d n o n n m d r c

3 D a m N m m w e W a W a m N a m w a m w N

(42)

ANEXO 111

ELEMENTOS PARA 0 CALCULO DO RITMO CARDIAC0 DAS PUPAS DE Choilomenaa sulphurea

PUPA TEMPO

1

6 0 6 0 60 6 0 6 0 60 60 60 60 . 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 Parada

%F

60 60 60 6 0 PUPA 2

1

PUPA 3 PULSA- CUES/n

-

4 9 57 4 5 4 1 39 2 8 9 32 6 3 6 0 41 7 50 34 57 42 32 6 0 6 5 44 39 47 3 3 31 2 9 90

-

PUPA 4 TEMPO

-

PUPA 5 TEMPO P,42 60 60 53 PUPA 6 TEMPO

-

PULSA- CUES/n PUPA 7

-

TEMPO

(43)

Referências

Documentos relacionados

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Como material vegetal, utilizou-se as cascas do Croton urucurana , que foram submetidas a macerações exaustivas com n-hexano, acetato de etila e etanol,

Nas redes DWDM tradicionais a capacidade de gerenciamento e controle são limitadas impedindo que haja garantias de confiabilidade, proteção/restauração e qualidade de

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

Atualmente, esses parâmetros físicos são subutilizados, servindo apenas, nas palavras de Silva (1999:41), &#34; para justificar os tetos financeiros solicitados e incluídos, ou

 Em janeiro de 2007 a RNI torna-se a primeira das Empresas Rodobens a ser negociada em bolsa, captando R$448 milhões através de Oferta Pública Inicial (IPO) de ações, 100%

A evolução sócio-cultural dos homens no cotidiano, na vida profissional, no meio - ambiente e, também, na empresa, provocou uma necessidade de mudanças nas regras de