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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS MICRORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS UTILIZANDO O PIB REAL AGROPECUÁRIO NO PERÍODO DE

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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS MICRORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS UTILIZANDO O PIB REAL AGROPECUÁRIO NO PERÍODO DE

1999-2003

FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ; MILENE LOPES DE CARVALHO; CLAUDINEY GUIMARÃES RIBEIRO; IVIS BENTO DE LIMA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - UFSJ, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL.

fabricioeconomia@yahoo.com.br POSTER

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E RURALIDADE

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS MICRORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS UTILIZANDO O PIB REAL AGROPECUÁRIO NO PERÍODO

1999-2003

Grupo de Pesquisa: 11 – Desenvolvimento Territorial e Ruralidade

Resumo: A atividade agropecuária no Brasil sempre possuiu grande relevância para a economia. Neste sentido, é cada vez mais importante a realização de estudos detalhados sobre o setor agropecuário mineiro, visando fornecer informações para o desenvolvimento de políticas que possam oferecer subsídios aos municípios menos produtivos. A partir deste contexto, este estudo busca analisar o comportamento do PIB real agropecuário nas sessenta e seis microrregiões de Minas Gerais, no período de 1999 a 2003, tendo por objetivo destacar a evolução e a importância das mesmas na produção agropecuária do estado. A análise é feita a partir do uso da TGC, que propicia resultados pormenorizados para cada das microrregiões, as quais foram agrupadas em seis clusters. Apesar de 3 dos 6 grupos formados apresentarem alta no PIB real agropecuário, a queda no PIB estadual é justificável, uma vez que, das 66 microrregiões, 45 sofreram queda no produto agropecuário.

Palavras – chave: PIB real, agropecuária, Minas Gerais.

Abstract: The farming activity in Brazil always possessed great relevance for the economy. In this direction the accomplishment of studies detailed on the mining farming sector is each more important time, aiming at to supply information the development of politics that can offer subsidies to the cities less productive. From this context, this study it searchs to analyze the behavior of the farming real GIP in the 66 microregions of Minas Gerais, in the period of 1999 the 2003, having for objective to detach the evolution and the importance of the same ones in the farming production of the state. The analysis is made from the use of the GTG, that it propitiates resulted detailed for each of the microregions, which had been grouped in 6 clusters. Although 3 of the 6 formed groups to present high in the farming real GIP in the

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period, the fall in the state GIP is justifiable, a time that, of the 66 microregions, 45 had suffered fall in the farming product.

Key Words: The real GIP, farming, Minas Gerais.

1. Introdução

A atividade agropecuária no Brasil sempre possuiu grande relevância para a economia, pois é grande empregadora de mão-de-obra, promove o incremento de divisas para o país via exportação de produtos agropecuários, principalmente no setor do agronegócio, fornecendo, também, alimentos para a população (SILVA et. al., 2003).

Segundo BRANDÃO (2005), o agronegócio brasileiro é o setor da economia com maior capacidade de geração de empregos, respondendo, em 2004, pela geração de 27% de todos os empregos do país. Representa também 3% das negociações internacionais, tendo uma participação relativa de aproximadamente 10% do PIB nacional e registrando um superávit de US$ 34,1 bilhões no saldo da balança comercial brasileira.

Em Minas Gerais, segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG, 2006), o setor agropecuário mineiro vem passando por um momento de turbulência, tendo, em 2005, o Valor Bruto da Produção (VBP) atingido a cifra de R$ 19,6 bilhões e apresentando queda de 3,8%. A queda no VBP mineiro foi conseqüência dos altos juros e custos de produção, preços baixos dos produtos, dólar desvalorizado e queda na produção. O resultado da balança comercial do agronegócio mineiro, porém, foi positivo, tendo registrado crescimento de 18% em janeiro de 2006 em relação a igual período de 2005.

Historicamente, Minas Gerais tem um papel importante na agropecuária brasileira. De 1889 e 1930 a atividade econômica desenvolvida era predominantemente rural, com plantações de café e produção leiteira. A partir da década de 50, o estado passa por processo de urbanização e industrialização e os incentivos ao setor primário mineiro foram minimizados. O processo de urbanização foi bastante concentrado, permitindo que regiões menosprezadas pelo surto de industrialização continuassem a fazer do setor primário sua principal fonte de renda. Nas décadas de 70 e 80, Minas passa por uma intensa fase de expansão da fronteira agrícola em direção aos cerrados, mostrando, assim, que o crescimento do setor agropecuário mineiro se deu mais em função de ganhos de produtividade relativamente à expansão de áreas exploradas.

Na década de 90, a modernização agropecuária chegou à Minas Gerais criando pólos de desenvolvimento, principalmente no Triângulo Mineiro, onde o uso intensivo de máquinas,

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adubos e corretivos possibilitou ao estado ganhos produtivos e de capital (1). A criação de pólos de desenvolvimento, por meio da modernização agropecuária, caracterizou a diversidade do setor agropecuário mineiro. Segundo ANDRADE et. al. (2004), existem no estado regiões com uso intensivo de tecnologia e alta produtividade e outras com base produtiva extremamente rudimentar e voltada para a subsistência. Portanto, observa-se que a heterogeneidade da agropecuária mineira é caracterizada por políticas voltadas para áreas em busca do mercado externo, onde há um elevado nível de modernidade, e outras áreas onde prevalece uma agricultura tradicional, com características de produção familiar.

Diante deste contexto, torna-se cada vez mais importante a realização de estudos detalhados sobre o setor agropecuário mineiro, visando fornecer informações para o desenvolvimento de políticas que possam oferecer subsídios às regiões menos desenvolvidas.

Portanto, este trabalho analisa o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) real agropecuário nas sessenta e seis microrregiões de Minas Gerais, no período de 1999 a 2003, tendo por objetivo destacar a evolução e a importância das mesmas na produção agropecuária do estado. Dadas as economias externas e a relativa mobilidade de recursos entre as regiões vizinhas, espera-se, inicialmente, que microrregiões próximas e que tenham níveis de modernização relativamente semelhantes, apresentem taxas de crescimento e peso relativo semelhantes na produção agropecuária mineira.

2. Metodologia

2.1. Produto Interno Bruto (PIB) Real Agropecuário

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2004), a mensuração da atividade agropecuária nas Contas Regionais é feita a partir de grupos de atividade econômica compostos por lavoura permanente, lavoura temporária, pecuária, horticultura, extrativa vegetal, silvicultura, investimentos em formação de matas plantadas e lavouras permanentes, pesca, indústria rural, produção particular do pessoal residente no estabelecimento rural e serviços auxiliares da agropecuária. Cabe observar que, diferentemente das demais atividades econômicas, a distribuição dos grupos da agropecuária é realizada em relação ao valor bruto da produção de cada um destes grupos. Isto porque o tratamento dado nas Contas Regionais não contempla a distribuição do consumo intermediário pelos grupos de atividades econômicas supracitadas. O consumo intermediário nas Contas Regionais é construído englobando toda a atividade agropecuária. A estrutura obtida, com a soma de cada uma das parcelas do valor bruto da produção, é então utilizada para distribuir o valor adicionado da agropecuária, conforme expressão abaixo:

+ + + + + + + + + +

= VBP(LP LT PEC HOR EXT SIL PES IMP IR PPP SAA)

PIBagr (1)

onde: o PIB agropecuário é igual ao somatório do valor bruto da produção (VBP) da lavoura permanente (LP), lavoura temporária (LT), pecuária (PEC), horticultura (HOR), extrativa vegetal (EXT), silvicultura (SIL), pesca (PES), investimentos em formação de matas plantadas e lavouras permanentes (IMP), indústria rural (IR), produção particular do pessoal residente no estabelecimento rural (PPP) e serviços auxiliares da agropecuária (SAA).

(1) Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Polocentro), Programa Nipo-Brasileiro de Desenvolvimento

Agrícola da Região dos Cerrados (Prodecer), Programa de Crédito Integrado e Incorporação dos Cerrados (PCI), Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba (PADAP), são exemplos de alguns dos programas federais de incentivo à produção agropecuária em algumas regiões de Minas Gerais.

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O PIB agropecuário é medido a preços correntes, ou seja, em valores monetários vigentes no momento de sua mensuração. Sendo assim, traz embutido os efeitos da inflação do período ao qual se refere. Para que se tenha uma real medida do desempenho econômico de uma região, deve-se utilizar o PIB agropecuário real, que representa tudo aquilo que foi produzido em bens e serviços finais no setor agropecuário, excluída a parcela da inflação. Assim, a medida revela o verdadeiro desempenho do setor na economia, sem os efeitos ilusórios gerados pelos preços. Para o processo de deflação do produto agropecuário, foi utilizado o defltator implícito do PIB, calculado pelo Intituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2005).

2.2. Taxa Geométrica de Crescimento

Para se obter as variações percentuais do PIB real agropecuário no período de 1999 a 2003, utilizou-se neste estudo a técnica de Taxa Geométrica de Crescimento (TGC) a partir da operacionalização dos dados no programa EViews 4.0.

A TGC é uma técnica que permite captar a oscilação dos dados de uma série considerando todos os valores a serem analisados em um determinado período e não somente os valores inicial e final, sendo representada conforme expressão a seguir:

( )

t 0 t Y 1 r

Y = + (2)

onde: Yt representa o valor do PIB real agropecuário no período t (com t = 1, 2, ..., n), Y0

representa o valor do PIB real agropecuário quando t = 0, ré a taxa de crescimento e t

representa o tempo.

A partir da expressão (2) e com a utilização do modelo de regressão por mínimos quadrados ordinários (MQO), pode-se obter o valor da TGC para um dado período. Como na expressão (2) tem-se um modelo não-linear nas variáveis, o modelo de regressão adequado para o cálculo da TGC é o modelo log-log, pois este fornece a taxa de crescimento num dado período composto, enquanto o modelo de regressão linear apenas indica a tendência dos valores.

De acordo com GUJARATI (2000), calculando o logaritmo em ambos os lados da equação (2), pode-se escrever (2):

) r 1 log( t Y log Y log ) r 1 log( Y log Y log ] ) r 1 ( Y log[ Y log 0 t t 0 t t 0 t + + = + + = + = (3)

Considerando β0 =logY0 e β1 =log(1+r), pode-se reescrever a equação (3) da seguinte maneira:

t Y

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onde Yt é o valor do PIB real agropecuário no período t (com t = 1, 2, ..., n); t representa o tempo em anos; β0 é o intercepto; β1 é o coeficiente de inclinação que indica o comportamento da variável Yt.

Para obter a TGC, calcula-se o antilog de β1 , estimado a partir da equação (4), subtraindo 1 e multiplicando a diferença por 100. Se o resultado encontrado for positivo, há uma tendência crescente em Yt, se for negativo, há uma tendência decrescente (REIS, 2004).

2.3. Análise de Agrupamento

A análise de cluster ou agrupamento tem o propósito de identificar e classificar unidades (variáveis ou objetos) em grupos distintos, de acordo com determinadas características, a partir de indicadores de semelhança (MANLY, 1986). Dadas as características dos dados, nesta pesquisa será utilizada a análise de agrupamento de objetos (municípios).

De acordo com FERNAU e SAMSON (1990), a análise de agrupamento compõe-se de um conjunto de técnicas estatísticas cujo propósito é classificar os dados, unindo-os pelas semelhanças ou pelas diferenças, conforme o estudo. Os elementos de um mesmo grupo devem ser o mais semelhante possível entre si, enquanto a diferença entre os grupos deve ser a maior possível. GONG e RICHMAN (1995), destacam que a distância entre pontos é usualmente determinada pela distância euclidiana ou pelo coeficiente de correlação, podendo variar de 0 (variáveis idênticas) a + ∞ (variáveis sem relação).

Há diversos métodos para mensuração dessa distância, dentre os quais o mais utilizado é a distância euclidiana. Assim, são selecionadas as variáveis a serem padronizadas, e, em seguida, é construída uma matriz de distância euclidiana para o processo de agrupamento dos objetos. Esta distância é expressa algebricamente por (MANLY, 1986):

2 1 ) ( Bj m i Aj AB X X D =

− = (5)

em que, DAB é a medida de distância euclidiana do objeto A ao B e j é o indexador das variáveis. Quanto mais próxima de zero for a distância, maior a similaridade entre os objetos em comparação.

Os métodos mais comuns de agrupamento para determinar a distância entre agrupamentos são ligação simples, ligação completa e ligação pela média, centróide e método das médias, “Ward’s” ou método da mínima variância (FERNAU e SAMSON, 1990; GONG e RICHMAN, 1995). Para esse estudo foi utilizado o método das médias. Este define a distância entre dois grupos como sendo a média dos valores das distâncias entre os elementos dos grupos. Esse método gera o dendograma, que será utilizado para a determinação do número de grupos a ser pesquisado.

A análise de agrupamento envolve algumas decisões subjetivas, como qual a técnica constitui-se a mais conveniente, quais as distâncias a serem consideradas, o número ótimo de agrupamentos, entre outras (FERNAU e SAMSON, 1990; POLLAK e CORBETT, 1993).

Para a determinação do número de grupos a serem considerados, não há critério pré-estabelecido, sendo utilizado nesse estudo a linha de Fenon no dendograma, que segundo FERREIRA e SOUZA (1997), é o tracejo de uma linha paralela ao eixo horizontal,

(2) O termo aleatório (ε

t) foi omitido, pois o objetivo é apenas mostrar a forma matemática que a relação pode

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interceptando qualquer número de ramos. O número de ramos interceptados é o número de agrupamentos formado. Para a obtenção do dendograma e posterior cálculo do número de agrupamentos foi utilizado o programa SPSS 11.0 para Windows.

3. Caracterização da região e fonte dos dados 3.1. O Estado de Minas Gerais

De acordo com informações do IBGE (2001), Minas Gerais possui uma área territorial de 588,4 mil km2. Isso representa 6,9% da área territorial brasileira (8,5 milhões km2), o que faz de Minas o quarto maior estado em termos de extensão territorial. É constituído por 853 municípios que foram agrupados em sessenta e seis microrregiões, estando localizado na região Sudeste do Brasil, junto com São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A economia do estado é bastante heterogênea, apresentando grande potencial na exploração mineral e no setor agrícola. É o maior produtor de nióbio do mundo, estando na primeira posição do ranking nacional na produção de minério de ferro, aço, zinco, cimento, leite e café. Figura como maior pólo de empresas de biotecnologia do Brasil e detém o maior rebanho eqüino entre os estados da federação. Os setores turístico e industrial representam desenvolvimento para a economia mineira. O parque industrial é o segundo maior do país, com uma planta diversificada e em expansão. Mais recentemente, os setores eletrônicos, de biotecnologia e fashion goods (confecções, calçados, jóias) têm crescido de forma expressiva (GOVERNO DO ESTADO DE MG, 2005).

Em relação à população, o estado possuía, em 2004, uma população residente acima de 18,9 milhões de habitantes. (IBGE, 2005).

3.2. Fonte dos dados

Os dados relativos ao Produto Interno Bruto dos anos de 1999 a 2003 foram disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2005).

4. Resultados e Discussões

Dada a expressão (4) e procedimentos descritos no item 2.2, foi possível calcular as TGC´s para as sessenta e seis microrregiões do estado (3). Posteriormente, após o aplicação da análise de cluster, a partir do programa SPSS 11.0, obteve-se seis grupos homogêneos de níveis de evolução do PIB real agropecuário em Minas. Os grupos foram formados de acordo com o dendograma (4), sendo apresentados a seguir (5).

O grupo 1 é formado unicamente pela microrregião de Unaí (64). O grupo 2 é composto pelas microrregiões de Araxá (6), Frutal (21), Ituiutaba (29), Nanuque (38), Ouro Preto (40), Pará de Minas (42), São Lourenço (56) e Uberaba (62). Compõem o grupo 3 as microrregiões de Almenara (3), Andrelândia (4), Barbacena (7), Bom Despacho (10), Cataguases (14), Conceição do Mato Dentro (15), Conselheiro Lafaiete (16), Curvelo (17), Divinópolis (19), Formiga (20), Itabira (26), Itajubá (28), Janaúba (30), Januária (31), Mantena (35), Montes Claros (36), Paracatu (41), Patos de Minas (43), Pirapora (48), Ponte

(3) Ver Tabela 1, em anexo. (4) Ver Figura 1, em anexo. (5)

(7)

Nova (51), Pouso Alegre (52), São João del Rei (55), Sete Lagoas (58), Teófilo Otoni (59), Ubá (61), Uberlândia (63).

O grupo 4, por sua vez, é composto pelas microrregiões de Aimorés (1), Araçuaí (5), Belo Horizonte (8), Bocaiúva (9), Campo Belo (11), Capelinha (12), Diamantina (18), Governador Valadares (22), Guanhães (24), Itaguara (27), Juiz de Fora (32), Lavras (33), Manhuaçu (34), Oliveira (39), Passos (45), Peçanha (46), Pedra Azul (47), Piumhi (49), Salinas (53), Santa Rita do Sapucaí (54), Três Marias (60) e Viçosa (66). O grupo 5 é constituído por Alfenas (2), Caratinga (13), Ipatinga (25), Muriaé (37), Patrocínio (44), Poços de Caldas (50), São Sebastião do Paraíso (57) e Varginha (65). Por fim, o grupo 6 é formado apenas pela microrregião de Grão Mogol (23).

Os grupos 1 e 6 constituem casos clássicos de outliers (6), uma vez que são compostos

apenas por 1 microrregião cada, apresentando taxas de variação discrepantes em relação aos demais grupos. O grupo 1 foi o que apresentou o maior crescimento (13,14%) e o grupo 6 foi o de maior decréscimo (20,01%). Estes dois grupos divergiram bastante em relação ao desempenho do PIB real agropecuário estadual no período, que obteve queda de 2,08%.

A microrregião de Unaí, que representa o grupo 1, obteve o melhor desempenho em relação aos demais grupos no período de 1999 a 2003. Conforme se pode observar na Tabela 2, sua participação no PIB real agropecuário de Minas aumentou de 2,53% em 1999 para 4,69% em 2003, demonstrando a real evolução da microrregião no período. Apesar de apresentar uma queda no valor do PIB real agropecuário no ano de 2001, conforme se pode observar na Tabela 1, a microrregião se sobressaiu nos anos seguintes. Cabe ressaltar que a microrregião de Unaí, no ano de 2003, foi a terceira microrregião de maior participação na formação do PIB real agropecuário com 4,70% (7) do estado, demonstrando que seu crescimento não é apenas percentual, mas também em termos absolutos.

A disposição geográfica de cada um dos grupos pode ser observada através Figura 1 e as TGC´s do PIB real agropecuário dos grupos formados estão apresentadas na Tabela 1.

Figura 1 – Estado de Minas Gerais, microrregiões e agrupamentos conforme nível de crescimento do PIB real agropecuário - 1999-2003

(6) Outliers são valores extremos, atípicos, ou seja, são observações que não se ajustam bem ao modelo proposto. (7)

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Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05 Grupo 06

Fonte: Dados da Pesquisa

O grupo 2, composto por oito microrregiões, foi o responsável pela segunda maior taxa de crescimento do PIB real agropecuário no período em análise (6,45%), sendo bem superior ao desempenho estadual (-2,08%). Nesse grupo estão inseridas importantes microrregiões do setor agropecuário mineiro, como Uberaba com participação relativa de 4,12% (8) no PIB real agropecuário de Minas em 2003, Frutal (4,85%), Araxá (4,67%) e São Lourenço, que contribuiu com 2,33% para o PIB agropecuário estadual, possuindo também microrregiões que estão entre as de menor participação na composição do PIB real agropecuário total do estado, como Ouro Preto (0,16%). É interessante notar que grande parte das microrregiões que compõem este grupo fazem parte da mesorregião do Triângulo Mineiro, uma área de destaque no setor agropecuário do estado. Além disso, as microrregiões de maior representatividade no PIB real agropecuário do grupo fazem parte do Triângulo Mineiro, reforçando a posição desta mesorregião para a agropecuária de Minas Gerais.

Tabela 1 – PIB real (em mil R$) e TGC (em %) dos agrupamentos e de Minas Gerais - 1999-2003

Anos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Minas Gerais Brasil 1999 306746 1780300 4358731 2879547 2730723 46408 12102455 105713414 2000 344019 1738492 4088215 2773408 2380709 45668 11370511 104178125 2001 261573 1766944 3889284 2260105 1715156 22768 9915830 117865918 2002 433217 2129235 4447790 2540543 2024163 23737 11598685 140783976 2003 506822 2199076 4300743 2202977 1556156 21083 10786856 152456744 TGC 13,14 6,45 0,58 -6,04 -12,08 -20,01 -2,08 10,89 Fonte: Dados da pesquisa

Esse grupo foi responsável por 20,39% do PIB real agropecuário de Minas Gerais no ano de 2003, uma participação elevada em relação ao tamanho do grupo. Esta participação, como se pode observar na Tabela 2, foi crescente ao longo de todo o período analisado, demonstrando crescimento de aproximadamente 6 pontos percentuais (p.p.), o maior crescimento dentre os grupos formados. A microrregião de São Lourenço foi a que obteve o maior índice de evolução (8,01%), enquanto a microrregião de Frutal foi a que obteve o menor índice (4,67%). Geograficamente, o grupo 2 é bastante concentrado, visto que 50% das microrregiões que o compõem estão localizadas no região do Triângulo Mineiro, e as demais estão localizadas em pontos dispersos do território estadual, conforme se observa na Figura 1.

Tabela 2 – Participação relativa dos grupos no PIB de Minas Gerais – 1999-2003 (em % PIB total)

Anos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 1999 0,02535 0,14710 0,36015 0,23793 0,22563 0,00383

(8)

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2000 0,03026 0,15289 0,35955 0,24391 0,20938 0,00402 2001 0,02638 0,17819 0,39223 0,22793 0,17297 0,00230 2002 0,03735 0,18358 0,38347 0,21904 0,17452 0,00205 2003 0,04699 0,20387 0,39870 0,20423 0,14426 0,00195 Fonte: Dados da pesquisa

O grupo 3 é o maior entre os grupos analisados, totalizando vinte e seis microrregiões. Esse grupo apresentou um crescimento de 0,58% no PIB real agropecuário no período, um desempenho pouco expressivo mas bem superior ao do setor no estado. Em termos de participação no PIB real agropecuário do estado, este grupo é o mais representativo, pois, no ano de 2003, respondia por 39,87% do total, o que se deve, em grande parte, à sua representatividade geográfica, visto que é maior dentre os grupos formados. A participação relativa, conforme se observa na Tabela 2, oscilou bastante entre os anos analisados. Observando a Tabela 1, nota-se que o PIB real agropecuário deste grupo apresentou uma queda considerável do ano 2000 para 2001, acompanhando a tendência estadual. Entretanto, observando a taxa de participação do grupo no PIB estadual no ano de 2001, em relação à taxa do ano 2000, constata-se que a redução, apesar de significativa, foi menor que a redução do estado, uma vez que a participação relativa deste grupo aumentou no período em mais 3 p.p., conforme a Tabela 2.

Entre as microrregiões que compõem o grupo 3, a de maior evolução no período foi a de Pirapora, com um crescimento de 3,44%, contrapondo-se à microrregião de Pouso Alegre, que sofreu um decréscimo de 2,63%. Destaca-se ainda nesse grupo a microrregião de Uberlândia que representou, em 2003, cerca de 17% do valor total do PIB real agropecuário deste grupo e aproximadamente 6,78% do PIB real agropecuário estadual (a maior participação dentre todas as microrregiões). Mais uma vez se constata a relevância econômica do setor agropecuário da mesorregião do Triângulo Mineiro para o estado, apesar de a microrregião de Uberlândia ter apresentado uma taxa de crescimento inferior às das demais microrregiões que fazem parte do Triângulo. Contrapondo-se à elevada participação da microrregião de Uberlândia no PIB real agropecuário do estado em 2003, Mantena foi a microrregião de menor participação, respondendo por apenas 0,36% no mesmo ano. Essa reduzida participação de Mantena no PIB real agropecuário de Minas Gerais no ano de 2003 pode ser, em parte, justificada por sua reduzida dimensão, visto que um dos fatores de produção mais relevantes para a agropecuária é a terra.

Geograficamente, o grupo 3 ocupa uma vasta área do território do estado, não se podendo falar em dispersão ou concentração, visto que ocorre em todas as regiões de Minas Gerais (o que caracterizaria dispersão), mas as microrregiões aparecem sempre fazendo fronteira com pelo menos uma das microrregiões do grupo (o que caracterizaria concentração), com exceção de Uberlândia, que é a única microrregião isolada.

Além disso, as microrregiões do grupo 3 fazem fronteira com todos os demais grupos, não se podendo fazer uma análise geral a respeito de externalidades geradas ou recebidas por estas microrregiões. Uma observação que se faz necessária é a possibilidade de ocorrência de algum tipo de externalidade negativa imposta pela microrregião de Patrocínio (que teve uma taxa de crescimento negativa de 11,22% no período) sobre a microrregião de Uberlândia, que é uma região de importância histórica para a agropecuária do estado de Minas, mas que apresentou uma taxa de crescimento do PIB real agropecuário inferior a seus vizinhos no Triângulo Mineiro.

Outras microrregiões que merecem análise são as de Almenara e Teófilo Otoni, ambas localizadas no nordeste de Minas Gerais. Nesta região predominaram microrregiões do grupo 4, que apresentaram decréscimo no PIB real agropecuário do período, com exceção das duas microrregiões citadas, que fazem parte do grupo 3 e da microrregião de Nanuque, que se

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localiza no grupo 2. Provavelmente, Almenara e Teófilo Otoni receberam externalidades positivas da microrregião de Nanuque, o que lhes possibilitou um crescimento em seu PIB agropecuário no período analisado.

O grupo 4, composto por vinte e duas microrregiões, apresentou uma queda em seu PIB real agropecuário da ordem de 6,04% no período de 1999 a 2003, um resultado ainda pior que o resultado estadual de - 2,08%. Em termos de participação no PIB real agropecuário de Minas Gerais, este grupo representava, em 2003, cerca de 20,42%, sendo a segunda maior participação dentre os grupos obtidos neste estudo; esta participação oscilou ao longo do período analisado, mas com uma tendência decrescente.

O pior desempenho deste grupo foi o da microrregião de Campo Belo, que teve um decréscimo de 8,18% no PIB real agropecuário no período. Por outro lado, o menor decréscimo foi o da microrregião de Viçosa, da ordem de 3,47%. No caso de Viçosa, seu desempenho pode ter sido influenciado pelo crescimento da microrregião de Ouro Preto, que faz parte do grupo 2 e com a qual a região de Viçosa faz fronteira.

Em termos de participação no PIB real agropecuário do estado, o grupo 4 comporta a microrregião de menor relevância, Diamantina, que representa apenas cerca 0,14% do PIB do estado. A microrregião deste grupo de maior participação no PIB real agropecuário de Minas Gerais foi Passos, com 1,89% do PIB agropecuário do estado em 2003, o que mostra que a representatividade do grupo 4 no PIB real agropecuário de Minas Gerais, da ordem de 20,42% em 2003, se deve principalmente ao grande número de microrregiões que o compõe, e não à representatividade individual de cada uma delas no estado.

Fazendo uma análise geográfica das microrregiões do grupo 4, percebe-se que as microrregiões que o compõem estão relativamente concentradas. A oeste e noroeste não há nenhuma microrregião do grupo, e a concentração maior está no nordeste do estado, se prolongando para leste, sul e centro. Algumas microrregiões deste grupo se encontram isoladas das demais, como Santa Rita do Sapucaí, Juiz de Fora e Três Marias. As outras fazem fronteira com pelo menos mais uma microrregião do grupo. No caso de Juiz de Fora e Três Marias, sua taxa de crescimento diverge bastante da taxa das microrregiões vizinhas, visto que Juiz de Fora faz fronteira apenas com microrregiões do grupo 3, que apresentaram incremento de PIB no período. Já Três Marias faz fronteira com microrregiões do grupo 3 e com Pará de Minas, microrregião do grupo 2 e que apresentou crescimento considerável de 7,31% no período. Portanto, é de se esperar que estas duas microrregiões não conseguiram absorver os efeitos positivos gerados pelas regiões vizinhas.

Composto por apenas oito microrregiões, o grupo 5 apresentou no período de 1999 a 2003 uma taxa de crescimento do PIB real agropecuário negativa de 12,08%, cerca de 10 p.p. negativos a mais que a queda estadual. Conforme se observa na Tabela 1, os valores absolutos do PIB real apresentaram quedas bruscas de 1999 até 2001, tendo uma pequena recuperação em 2002 mas voltando a cair em 2003. Dentre as microrregiões deste grupo, a que apresentou queda mais acentuada foi Muriaé, que caiu 14,38%. A microrregião que apresentou a menor queda foi Poços de Caldas, que sofreu decréscimo de 9,99% em seu PIB real agropecuário.

Quanto ao índice de participação do grupo no PIB real agropecuário do estado de Minas Gerais, este foi da ordem de 14,43% em 2003, uma participação relativamente elevada, visto ser o grupo 4 composto por um pequeno número de microrregiões e por ter apresentado uma queda expressiva. Contudo, a participação do grupo 4 no PIB real agropecuário do estado sofreu uma queda de cerca de 8 p.p. de 1999 a 2003, mostrando que o resultado do grupo no setor agropecuário foi bem mais negativo que o resultado estadual no período analisado. A microrregião do grupo de menor expressividade para o PIB real agropecuário do estado em 2003 foi Ipatinga, que respondeu por cerca de 0,34% do total, e a de maior expressividade foi a microrregião de Patrocínio, responsável por aproximadamente 3,44% do PIB real agropecuário de Minas Gerais no ano de 2003.

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O grupo 5 apresenta relativa concentração espacial, sendo que 50% das microrregiões que o compõe se localizam ao sul do estado, três se localizam a leste e apenas uma se encontra a oeste. A microrregião de Patrocínio, que se encontra a oeste, apresenta um aspecto que deve ser analisado; ela se localiza em uma área de grande representatividade para a agropecuária em Minas Gerais, e, como foi analisado anteriormente, foi a microrregião mais expressiva do grupo para o PIB real agropecuário do estado. Contudo, apesar da proximidade com microrregiões que registraram crescimento real no período, Patrocínio apresentou uma queda de 11,22% em seu PIB real agropecuário, evidenciando que esta microrregião não foi capaz de absorver os efeitos positivos das regiões vizinhas. Outra microrregião do grupo 5 que faz fronteira com uma microrregião de elevado crescimento é Varginha, que também não foi capaz de absorver os efeitos positivos da microrregião de São Lourenço (grupo 2).

Quanto às demais microrregiões que compõem o grupo 5, fazem fronteira apenas com microrregiões do mesmo grupo e dos grupos 3 e 4, não recebendo nenhuma externalidade positiva destes grupos, que apresentaram resultados um pouco melhores.

Por fim, o grupo 6, que é composto apenas pela microrregião de Grão Mogol, apresentou queda de 20,01% em seu PIB real agropecuário de 1999 a 2003. A participação de Grão Mogol no PIB real agropecuário estadual, no ano de 2003, foi de aproximadamente 0,19%, uma participação muito baixa e decrescente no período analisado. Fazendo-se uma comparação entre as taxas de participação das microrregiões no PIB real agropecuário de Minas Gerais, Grão Mogol figura como a terceira menor participação, perdendo apenas para Diamantina e Ouro Preto, cujas participações foram de pouco menos de 0,14% e 0,16%, respectivamente.

De um modo geral, o desempenho de Minas Gerais em relação ao desempenho nacional foi pequeno. O estado de Minas Gerais obteve um decréscimo de 2,08% em seu PIB real agropecuário de 1999 a 2003, enquanto o Brasil cresceu 10,89% no mesmo período. A participação relativa do estado na produção agropecuária nacional caiu de 11,45% em 1999 para 7,07% em 2003. O ano de 2001 foi decisivo para essa discrepância. Enquanto a nível nacional esse ano representou uma grande alta, a nível estadual o ano demonstrou queda considerável.

5. Conclusões

Este estudo buscou analisar o comportamento do PIB real agropecuário nas sessenta e seis microrregiões de Minas Gerais, no período de 1999 a 2003, tendo por objetivo destacar a evolução e a importância das mesmas na produção agropecuária do estado.

Como pode ser observado nos resultados, as sessenta e seis microrregiões demonstraram evolução e a importância bastante distintas. Por possuir atividades econômicas diversificadas, Minas apresentou grandes disparidades regionais, pois historicamente as regiões Sul, Zona da Mata e Central apresentam condições socioeconômicas superiores às regiões do Noroeste e Norte de Minas.

Deve-se considerar também o fato de existir no estado políticas distintas de incentivo à agropecuária. Essas políticas obtiveram resultado, possibilitando às regiões, principalmente do cerrado mineiro, um bom desempenho no PIB real agropecuário no período. As regiões onde impera a agricultura familiar, em sua maioria, obtiveram resultados relativamente baixos, como as regiões do Vale do Jequitinhonha e Mucuri e o Leste de Minas.

Dentro do estado, pode-se constatar a ocorrência de externalidades positivas entre algumas microrregiões. A região do Triângulo Mineiro se destacou pelo bom desempenho em suas microrregiões, pois os complexos agroindustriais ali existentes impulsionam o desenvolvimento do setor agropecuário, incentivando os pequenos produtores a investirem em tecnologia, aprimorando o processo produtivo em busca de melhor produtividade. Esse efeito

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proporciona à região um crescimento relativamente homogêneo. Ressalta-se ainda o bom desempenho da microrregião de Unaí, que impulsionou as microrregiões vizinhas.

Minas apresentou um crescimento real negativo e insatisfatório em relação ao crescimento nacional no mesmo período, o que demonstra que o estado passou por um momento de dificuldades nesse setor. Além disso, o baixo desempenho estadual fez com que sua participação relativa no produto agropecuário nacional tivesse grande queda. Face a isso, deve-se considerar que sendo Minas Gerais um estado de importância histórica significativa para o setor agropecuário nacional, seu baixo desempenho limitou as possibilidades de crescimento do país, visto que este poderia ter sido ainda maior.

Apesar de três dos seis grupos formados apresentarem alta no PIB real agropecuário no período, a queda no PIB do estado é justificável, uma vez que, das sessenta e seis microrregiões, quarenta e cinco tiveram queda no produto agropecuário.

Por fim, deve-se considerar que estudos em nível microrregional são cada vez mais importantes. Portanto, a realização de pesquisas detalhadas sobre o setor agropecuário mineiro, visa fornecer informações para o desenvolvimento de políticas que possam oferecer subsídios às regiões menos desenvolvidas, disponibilizando aos municípios de pequeno e médio porte informações que muitas vezes só estão disponíveis nos grandes centros regionais. Isso proporcia aos formuladores de políticas econômicas destes municípios informações importantes quanto a distribuição de recursos públicos e incentivos ao desenvolvimento da produção local.

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6. Referências Bibliográficas

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7. Anexos

Tabela 1 – PIB real agropecuário (em R$ mil) e taxa geométrica de crescimento das microrregiões e do estado de Minas Gerais no período 1999-2003 (continua)

Microrregiões PIB real 1999 PIB real 2000 PIB real 2001 PIB real 2002 PIB real 2003 TGC 1. Aimorés 184196,2 163869,4 135886,5 145095,2 136180,7 -7,00% 2. Alfenas 396841,7 387992,0 237164,1 304262,0 208886,6 -14,16% 3. Almenara 94725,4 91996,3 84328,1 98319,6 96437,8 1,03% 4. Andrelândia 65740,0 60363,3 51844,0 63014,8 64924,7 0,18% 5. Araçuaí 55710,6 60883,2 38958,2 51050,5 44385,7 -6,11% 6. Araxá 390723,2 377946,8 375228,1 487580,5 503518,4 7,92% 7. Barbacena 81302,7 78885,5 76957,2 80496,5 83140,3 0,65% 8. Belo Horizonte 129836,3 198245,8 186110,8 132312,1 120861,7 -5,33% 9. Bocaiúva 43792,1 44031,6 40650,2 39319,6 36094,6 -4,87% 10.Bom Despacho 175031,5 159115,9 143923,4 157924,2 164819,3 -1,27% 11.Campo Belo 128518,8 108963,5 84876,4 105418,5 85237,6 -8,19% 12.Capelinha 92825,7 152459,9 109198,2 110016,9 89082,9 -4,00% 13.Caratinga 178034,1 147076,0 122913,3 122914,6 99518,1 -12,56% 14.Cataguases 89991,9 82130,2 74268,8 83262,0 86506,5 -0,65% 15.Conceição M. Dentro 45025,9 46215,9 48803,3 45671,1 45049,2 -0,11% 16.Conselheiro Lafaiete 48559,6 48907,2 44820,6 45506,2 44964,7 -2,23% 17.Curvelo 98823,1 118381,6 99792,2 113643,1 101629,4 0,15% 18.Diamantina 19804,5 18328,0 15249,9 20700,4 14760,8 -4,55% 19.Divinópolis 170395,0 156789,8 144605,6 178067,6 173286,2 1,62% 20.Formiga 118828,1 117639,8 97546,1 118771,6 109748,0 -1,48% 21.Frutal 452507,5 448038,5 490218,4 528686,7 523386,7 4,67% 22.Gov. Valadares 139457,4 126660,3 107043,6 129478,6 109746,7 -4,47% 23.Grão Mogol 46408,2 45667,5 22768,0 23737,0 21083,2 -20,01% 24.Guanhães 81048,6 86382,2 82544,4 77362,4 67625,2 -4,61% 25.Ipatinga 53187,8 64967,5 56326,5 46696,1 36544,8 -10,24% 26.Itabira 96657,5 109895,5 80644,6 84145,5 122065,2 2,02% 27.Itaguara 48573,9 45470,9 40677,1 42356,5 39143,0 -4,90% 28.Itajubá 98185,1 94947,4 102287,0 105005,6 92997,9 -0,08% 29.Ituiutaba 155626,5 151581,4 141201,1 170573,5 199481,8 6,34% 30.Janaúba 145819,6 160333,1 163014,3 183188,8 137687,8 0,19% 31.Januária 134824,3 132668,5 122016,7 139141,9 138756,1 1,06% 32.Juiz de Fora 133092,3 134495,2 109148,6 116011,3 105066,1 -6,02% 33.Lavras 173603,7 152707,1 130398,5 154095,9 128321,6 -5,78% 34.Manhuaçu 295396,1 253185,4 171579,5 261826,6 195527,4 -7,61% 35.Mantena 43516,3 38015,8 31658,2 41020,2 38382,2 -1,74%

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Tabela 1 – PIB real agropecuário (em R$ mil) e taxa geométrica de crescimento das microrregiões e do estado de Minas Gerais no período 1999-2003 (conclusão)

Microrregiões PIB real 1999 PIB real 2000 PIB real 2001 PIB real 2002 PIB real 2003 TGC 36.Montes Claros 230764,4 233593,0 209907,9 248162,6 223574,9 -0,03% 37.Muriaé 253030,2 187414,4 139889,3 141549,4 133984,0 -14,38% 38.Nanuque 78662,2 81221,3 83921,7 103471,1 88988,7 5,01% 39.Oliveira 169791,4 144977,9 111743,4 131833,2 123365,9 -7,08% 40.Ouro Preto 13647,6 13865,0 12553,1 15813,3 16901,0 5,75% 41.Pará de Minas 139962,9 125456,1 125816,0 170823,4 170709,1 7,31% 42.Paracatu 490689,7 394929,8 373994,2 487546,5 464409,7 1,01% 43.Passos 292325,1 260513,6 212304,8 249166,4 203530,3 -7,40% 44.Patos de Minas 437299,4 374004,8 361331,1 415682,7 397460,1 -0,85% 45.Patrocínio 626968,8 471718,6 382047,8 409649,4 370969,7 -11,22% 46.Peçanha 74719,4 95963,2 57524,6 67319,4 65366,2 -6,03% 47.Pedra Azul 41490,2 39509,2 33625,6 34834,0 32560,4 -5,92% 48.Pirapora 120047,6 111956,2 118638,8 132408,9 130757,8 3,45% 49.Piumhi 162230,1 136152,7 128894,5 147542,9 125853,5 -4,18% 50.Poços de Caldas 294159,3 306980,4 194256,9 271155,7 184958,2 -9,99% 51.Ponte Nova 220888,0 211777,9 219108,5 232947,9 238698,2 2,54% 52.Pouso Alegre 171327,9 148193,2 144729,5 164503,0 142332,7 -2,63% 53.Salinas 116133,2 99040,0 87876,7 103361,4 82931,4 -6,11% 54.Santa Rita do Sapucaí 211085,0 186300,2 143056,7 169181,4 151693,3 -7,29% 55.São João del Rei 96745,8 97019,5 87297,3 98625,7 107712,7 2,34% 56.São Lourenço 196677,2 197155,2 201542,2 260623,5 251426,7 8,01% 57.São Sebastião Paraíso 372393,2 327246,5 227950,7 291695,4 203190,8 -12,42% 58.Sete Lagoas 151208,8 137625,9 126560,7 138073,2 135371,7 -2,16% 59.Teófilo Otoni 114840,3 119939,5 94171,4 116786,0 118939,7 0,44% 60.Três Marias 123924,6 118407,4 106648,8 109299,3 108016,7 -3,49% 61.Ubá 116294,7 106732,1 95730,2 111777,8 109531,5 -0,73% 62.Uberaba 352492,6 343228,0 336463,2 391662,8 444663,2 6,15% 63.Uberlândia 701198,6 656157,0 691304,3 764096,8 731558,4 2,40% 64.Unaí 306745,6 344019,1 261573,3 433217,4 506822,3 13,14% 65.Varginha 556108,0 487313,6 354607,0 436240,1 318103,9 -11,55% 66.Viçosa 161992,2 146861,4 126108,5 142960,3 137625,3 -3,47%

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Tabela 2 – Participação relativa no PIB real estadual por microrregião 1999-2003 (continua) Microrregiões 1999 2000 2001 2002 2003 Aimorés 1,52% 1,44% 1,37% 1,25% 1,26% Alfenas 3,28% 3,41% 2,39% 2,62% 1,94% Almenara 0,78% 0,81% 0,85% 0,85% 0,89% Andrelândia 0,54% 0,53% 0,52% 0,54% 0,60% Araçuaí 0,46% 0,54% 0,39% 0,44% 0,41% Araxá 3,23% 3,32% 3,78% 4,20% 4,67% Barbacena 0,67% 0,69% 0,78% 0,69% 0,77% Belo Horizonte 1,07% 1,74% 1,88% 1,14% 1,12% Bocaiúva 0,36% 0,39% 0,41% 0,34% 0,33% Bom Despacho 1,45% 1,40% 1,45% 1,36% 1,53% Campo Belo 1,06% 0,96% 0,86% 0,91% 0,79% Capelinha 0,77% 1,34% 1,10% 0,95% 0,83% Caratinga 1,47% 1,29% 1,24% 1,06% 0,92% Cataguases 0,74% 0,72% 0,75% 0,72% 0,80%

Conceição do Mato Dentro 0,37% 0,41% 0,49% 0,39% 0,42% Conselheiro Lafaiete 0,40% 0,43% 0,45% 0,39% 0,42% Curvelo 0,82% 1,04% 1,01% 0,98% 0,94% Diamantina 0,16% 0,16% 0,15% 0,18% 0,14% Divinópolis 1,41% 1,38% 1,46% 1,54% 1,61% Formiga 0,98% 1,03% 0,98% 1,02% 1,02% Frutal 3,74% 3,94% 4,94% 4,56% 4,85% Governador Valadares 1,15% 1,11% 1,08% 1,12% 1,02% Grão Mogol 0,38% 0,40% 0,23% 0,20% 0,20% Guanhães 0,67% 0,76% 0,83% 0,67% 0,63% Ipatinga 0,44% 0,57% 0,57% 0,40% 0,34% Itabira 0,80% 0,97% 0,81% 0,73% 1,13% Itaguara 0,40% 0,40% 0,41% 0,37% 0,36% Itajubá 0,81% 0,84% 1,03% 0,91% 0,86% Ituiutaba 1,29% 1,33% 1,42% 1,47% 1,85% Janaúba 1,20% 1,41% 1,64% 1,58% 1,28% Januária 1,11% 1,17% 1,23% 1,20% 1,29% Juiz de Fora 1,10% 1,18% 1,10% 1,00% 0,97% Lavras 1,43% 1,34% 1,32% 1,33% 1,19% Manhuaçu 2,44% 2,23% 1,73% 2,26% 1,81% Mantena 0,36% 0,33% 0,32% 0,35% 0,36% Montes Claros 1,91% 2,05% 2,12% 2,14% 2,07% Muriaé 2,09% 1,65% 1,41% 1,22% 1,24% Nanuque 0,65% 0,71% 0,85% 0,89% 0,82% Oliveira 1,40% 1,28% 1,13% 1,14% 1,14%

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Tabela 2 – Participação relativa no PIB real estadual por microrregião 1999-2003 (conclusão) Microrregiões 1999 2000 2001 2002 2003 Ouro Preto 0,11% 0,12% 0,13% 0,14% 0,16% Pará de Minas 1,16% 1,10% 1,27% 1,47% 1,58% Paracatu 4,05% 3,47% 3,77% 4,20% 4,31% Passos 2,42% 2,29% 2,14% 2,15% 1,89% Patos de Minas 3,61% 3,29% 3,64% 3,58% 3,68% Patrocínio 5,18% 4,15% 3,85% 3,53% 3,44% Peçanha 0,62% 0,84% 0,58% 0,58% 0,61% Pedra Azul 0,34% 0,35% 0,34% 0,30% 0,30% Pirapora 0,99% 0,98% 1,20% 1,14% 1,21% Piumhi 1,34% 1,20% 1,30% 1,27% 1,17% Poços de Caldas 2,43% 2,70% 1,96% 2,34% 1,71% Ponte Nova 1,83% 1,86% 2,21% 2,01% 2,21% Pouso Alegre 1,42% 1,30% 1,46% 1,42% 1,32% Salinas 0,96% 0,87% 0,89% 0,89% 0,77%

Santa Rita do Sapucaí 1,74% 1,64% 1,44% 1,46% 1,41% São João del Rei 0,80% 0,85% 0,88% 0,85% 1,00%

São Lourenço 1,63% 1,73% 2,03% 2,25% 2,33%

São Sebastião do Paraíso 3,08% 2,88% 2,30% 2,51% 1,88%

Sete Lagoas 1,25% 1,21% 1,28% 1,19% 1,25% Teófilo Otoni 0,95% 1,05% 0,95% 1,01% 1,10% Três Marias 1,02% 1,04% 1,08% 0,94% 1,00% Ubá 0,96% 0,94% 0,97% 0,96% 1,02% Uberaba 2,91% 3,02% 3,39% 3,38% 4,12% Uberlândia 5,79% 5,77% 6,97% 6,59% 6,78% Unaí 2,53% 3,03% 2,64% 3,74% 4,70% Varginha 4,60% 4,29% 3,58% 3,76% 2,95% Viçosa 1,34% 1,29% 1,27% 1,23% 1,28%

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Figura 01 – Dendograma com os grupos de modernização (continua) 5  (Linha de Fenon) 53  32  46   33   47    8   1   39    43     54   4 34     11    60     66    12     49    9    27   18   24   22    55    63    51     19      26      48     4     30     17     15   3  28     36     3      42     31      7      59     16     Figura 01 – Dendograma com os grupos de modernização (conclusão) 58     52    (Linha de Fenon)   14     61     44     10     20    35   

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6     56     41  2   21       38      29      62     40    64 1  2    37  5  25      50     13     57    45    65   23 6

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