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GESTÃO DE CUSTOS NA PECUÁRIA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA EM UMA PROPRIEDADE RURAL

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GESTÃO DE CUSTOS NA PECUÁRIA:

UMA ANÁLISE COMPARATIVA EM

UMA PROPRIEDADE RURAL

Laercio Rogerio Friedrich (UNISC)

laerciof@unisc.br

VANESSA CRISTIANE FERREIRA RUTSATZ (UNISC)

vanessa_cferreira@sicredi.com.br

As propriedades rurais caracterizam-se em sua grande maioria por grupos familiares, que através de seu esforço desenvolvem as atividades operacionais, buscando um resultado, sem ter os dados e ferramentas que permitam um adequado registro e acompanhamento sobre receitas, custos, despesas e investimentos realizados nas propriedades. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma propriedade rural, em especifico com a atividade da pecuária, buscando analisar os custos das atividades e propor um sistema que facilite o registro e gerenciamento das atividades, com base em dados dos exercícios de 2012, 2013 e 2014. A fundamentação teórica aborda a gestão de custos, e apresenta uma discussão sobre conceitos aplicados à atividade rural e suas peculiaridades. Trata-se de um estudo de caso, através de uma pesquisa descritiva, com levantamento de dados, documentos, entrevistas e visitas, com uma abordagem qualitativa. Os resultados revelaram que dentre as atividades desenvolvidas, a atividade de engorda por pastagem é a que apresenta melhor resultado, com um resultado de 77%. No que se refere à proposta do estudo, as principais informações consideradas foram os custos com insumos, mão de obra, estrutura, investimentos, além dos

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valores de comercialização praticados pelo pecuarista e pelo mercado agropecuário.

Palavras-chave: Administrador Rural. Custos na Pecuária.

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1 Introdução

O Brasil está entre os líderes mundiais na atividade de pecuária de corte, disputando colocação com os Estados Unidos em volume de carne produzida, alcançando a primeira posição em exportação, e também o maior rebanho nacional passando de 200 milhões de cabeça de gado. Segundo o Ministério da Agricultura (2013) o agronegócio no Brasil representa 22,3% do seu PIB (Produto Interno Bruto), sendo representado pela agricultura em 70,4% e pela pecuária em 29,6%. A ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) indica que o Brasil é o quinto maior país em território, com 8,5 milhões de km² de extensão, com cerca de 20% da sua área (174 milhões de hectares) ocupada por pastagens.

A região Sul do Brasil é caracterizada por baixas temperaturas e pastagens de mais alto valor nutritivo, características estas que permitiram aos Bostaurus (animais de raças taurinas), de origem europeia, se adaptarem perfeitamente a este ambiente. Com o propósito de aumentar a eficiência e a produtividade da bovinocultura de corte brasileira, algumas estratégias estão sendo adotadas por criadores de todo o país. O confinamento para terminação, o semi confinamento, e a suplementação de período seco são algumas delas e contribuem para a redução do ciclo de produção, para a obtenção de uma carcaça mais bem acabada e consequentemente para um uso mais sustentável da terra e dos recursos naturais.

No mercado atual pode-se verificar que está havendo muita oscilação nos preços do gado de corte, e variação nos preços de alimentos e suplementos para a engorda, dependendo do clima, prejudicando os pastos, pastagens e milhos, considerando o exposto, propõe-se uma estrutura para gerenciamento de custos em uma propriedade rural que auxilie no controle das receitas, custos e despesas e que proporcione resultados satisfatórios.

O trabalho de pesquisa foi realizado em uma propriedade rural, em especifico na área de custos da pecuária, tendo como principal foco analisar todos os custos e propor um sistema que facilite o manejo na pecuária, e o esclarecimento de dúvidas com alguns relatórios, no exercício dos anos de 2012, 2013 e 2014. Necessitando de informações e dados da propriedade e da atividade, analisar o mercado e obter as informações para realizar uma análise entre os custos do pecuarista com o mercado, chegando-se a um indicativo para se obter a melhor rentabilidade.

Além desta introdução, o artigo apresenta a fundamentação teórica contendo as informações necessárias sobre a pecuária, os custos de produção e controles de gerenciamento.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Pecuária

A pecuária é uma das atividades mais representativas na economia do Brasil (MARION, 2005). O gado pode se identificar como: criados em campos, para o serviço de lavoura, para consumo doméstico, ou para fins industriais e comerciais. Para a pecuária existem três sistemas de produção sendo ele: pecuária extensiva, intensiva e semi-intensiva ou rotacionada (MARION, 2005). No sistema extensivo os animais são mantidos em pastos nativos, sem qualquer outro complemento como ração e silagem, esses animais ocupam uma maior extensão de terra.

Sistema intensivo os animais ocupam menor área, a maioria obtém bons rendimentos, como ganho de peso, e rentabilidade, realizando vendas no período de escassez de mercado (MARION, 2005). O sistema semi-intensivo ou rotacionado caracteriza-se pela alta

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4 produtividade e aumento da capacidade de cabeças por hectare, mantendo o gado no pasto para elevação de peso.

2.2 Papel do administrador rural

Administrador rural deve decidir o que, quando e como produzir e controlar o andamento das atividades, avaliando as condições para produção, o produtor para ser eficaz toma todos os cuidados, devendo conhecer os fatores que afetam os resultados econômicos para um bom desenvolvimento de suas atividades.

Santos, Marion e Segatti (2009) o principal papel do administrador rural é planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados visando à maximização dos lucros, sabendo que a motivação, o bem estar de seus empregados, clientes e a comunidade, são fundamentais para a administração de suas atividades na agropecuária.

O administrador rural deve estar atendo aos fatores climáticos, precisa manter-se atualizado e ter controle e registro de suas atividades, permitindo um bom gerenciamento dos resultados.

2.3 Custos Agropecuários

Sistema de custo, consiste em um conjunto de procedimentos administrativos que registra de forma sistemática e contínua, a efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nas propriedades rurais. Tendo objetivos amplos e bem definidos, que ressaltam a importância da ferramenta básica para administração, especialmente na agropecuária, onde espaços de tempo, produção e vendas, ou seja, entre custos e receitas, havendo uma explicação maior na apresentação de custos e resultados econômicos do empreendimento (SANTOS, MARION e SEGATTI, 2009).

Os custos trazem informações que permitem fixar preços de vendas, alterar a linha de produtos, fixar os volumes de produção, estabelecer limites de custos diretos e indiretos, contribuindo para tomada de decisão, obtendo uma relevante estratégia, para a diferenciação no mercado (SANTOS, MARION e SEGATTI, 2009).

A pecuária tem um ciclo operacional longo de no mínimo três anos, sendo uma das atividades que possui o maior nível de inflação no mercado, pois as demais o ciclo dos estoques são menores (MARION, 2005). Ressaltando que o ciclo biológico do gado faz com que o rebanho aumente de peso, adquira envergadura, adquirindo um ganho econômico maior à propriedade, e sempre mantendo os seus estoques com ótima qualidade para um período bom de venda.

Marion (2005) divide o custo do rebanho por todo o plantel em estoque mais os bezerros nascidos no mês, seguindo isso o valor resultante é apropriado aos custos médios pelo rebanho destinado ao corte. Para saber o custo médio do rebanho, em primeiro lugar deve-se somar o custo do rebanho incluindo salários, alimentação do gado, exaustão de pastagens, depreciação de reprodutores, cuidados veterinários, entre outros, dividindo o resultado pelo total de cabeças do rebanho em formação sendo aqueles que estão em fase de crescimento e os nascidos no período, assim encontrando o custo médio por cabeça inclusive os bezerros nascidos.

Na agropecuária a mão de obra refere-se aos serviços prestados de forma direta mensurável, e com gastos relevantes, a atividade é exercida nas operações agrícola e manejo dos animais, sendo possível de identificar quem executou o trabalho e quantas horas e o volume de tarefa.

2.4 Sistema de Informação gerencial

Definem normas e procedimentos de forma sistemática, visando proteger bens patrimoniais, assegurar exatidão, veracidade dos registros contábeis e extra contábeis, mantendo e aprimorando políticas diretivas e estratégia da empresa. Podendo chamar de

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5 controle interno abrangendo toda a estrutura da empresa, onde identifica e avalia a desenvoltura de cada operação nos aspectos de eficiência e resultado econômico-financeiro (SANTOS, MARION e SEGATTI, 2009).

Na agropecuária o sistema de informação tem por base as informações obtidas diretamente com pecuarista, suas peculiaridades como: descentralizações geográficas, divisão de terras, outras especificidades, dificultando o acompanhamento do desempenho in loco. Somente no empreendimento agropecuário pode obter várias atividades, como: cria, recria, engorda de bovinos, plantações perenes e temporárias, produções de sementes, confinamento de bovinos, criação de equinos, criação de suínos e outros animais de pequeno porte (SANTOS, MARION e SEGATTI, 2009).

Sistema de gerenciamento na propriedade, o pecuarista deve saber o que fazer e quais são os fatores que serão necessários para implementação de um sistema gerencial, devendo saber o que, quando e como produzir, principalmente saber alguns fatores, como:

a) Fatores externos:

 Preço dos produtos: histórico e tendência;

 Clima: histórico e tendência;

 Mercado para seus produtos;

 Política de crédito e financiamentos;

 Transporte;

 Mão de obra na região, caso não seja empresa familiar. b) Fatores internos:

 Tamanho da empresa/propriedade;

 Rendimento dos cultivos e criações;

 Quais atividades serão realizadas;

 Mão de obra qualificada;

 Equipamentos necessários;

 Estruturas da propriedade.

Santos, Marion e Segatti (2009), enfatizam que o pecuarista não tem controle sobre os fatores externos. Aprofundando as necessidades de conhecimento dos fatores internos, pode-se identificar que o pecuarista deve conhecer muito bem suas extensões de terras para cultivar no menor espaço a maior quantidade de pastagem possível, sabendo qual será a pastagem mais produtiva para cada época ou estação do ano, os maquinários necessários é outra questão importante para o cultivo e o manejo dos animais e plantações, tudo pensando em menos custo e maior absorção do animal com o que será investido.

Os sistemas de informação como pessoas, equipamentos e procedimentos que coletam, selecionam, analisam, avaliam e distribuem a informação necessária em tempo e na forma apropriada para o tomador de decisões (STAIR e REYNOLDS, 2002). Desse odo a propriedade terá um sistema rápido e confiável, importante para implantação, facilitando o pecuarista na gestão de suas atividades.

3 Metodologia

A metodologia tem por contexto explicar os tipos de pesquisa a serem realizadas para a obtenção de dados. Segundo Beuren e Raupp (2004), os procedimentos metodológicos possuem um papel importante na pesquisa cientifica, e também para articular planos ou estruturas a fins de obter respostas para os problemas de pesquisas.

O presente trabalho consiste em uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Para unidade de analise foram utilizados bovinos. Na elaboração deste estudo foram feitas

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6 pesquisas de levantamento, bibliográfica e documental, para obter as informações e dados mencionados no contexto.

Para levantamento dos dados da propriedade do agropecuarista foram utilizadas todas as informações disponíveis, como as notas fiscais e notas do produtor rural, e planilhas e controles existentes da propriedade. Na obtenção das informações sobre os preços de mercado, foram pesquisados sites especializados em agronegócio.

O pecuarista objeto do estudo, reside na região do Vale do Rio Pardo, estado do Rio Grande do Sul, comercializa bovinos a mais de 20 anos para frigoríficos da região. Tem como atividades principais a compra, cria e engorda de gado. O pecuarista aplica duas maneiras de engorda de bovinos como: confinamento e por pastagem.

Após o levantamento dos dados, a obtenção de preços, e a comparação dos produtos foi feito uma análise para indicar quais das atividades exercidas podem ser modificadas para o melhoramento dos custos e lucros, conforme a produção da propriedade.

4 Apresentação dos dados e discussão dos resultados 4.1 Descrição e apresentação dos resultados

A engorda por pastagem, consiste em uma atividade que utiliza áreas de terras disponível no ano inteiro, sendo feito o plantio e cultivo, identificado que a cada hectare de terra, alimenta-se 5 animais no período de 75 dias. Outra atividade exercida pelo pecuarista é a engorda por confinamento, mais utilizada no Brasil.

Confinamento considera o aumento de peso dos animais, dependendo de vários fatores, como a idade, que quanto menor, maior será o aumento de massa muscular. Estudos revelam que a estrutura corporal pode alterar ou diferenciar um animal de outro, com o tempo de engorda e quantidade de aumento de peso, dependendo da raça ou cruza dos animais, tamanho, sexo, sendo a média dos machos entre 450 a 520 kg e fêmeas 400 a 475 kg para o abate.

Na engorda de bovinos por pastagem, os animais que ficam o tempo todo neste regime, recebem suplemento e milho diariamente. Tendo o controle de vacinação dos animais, conta febre Aftosa, suplemento vitamínico, vermífugas e brucelose, impedindo que vermes se proliferem e desnutram os animais, sugando todas as proteínas necessárias para a engorda, causando uma demora na engorda, ou até mesmo deixando-o fracos e ocasionando a morte.

Alimentação para atividade de engorda por confinamento baseia-se em silagem (milho verde moído, fermentado por alguns meses), milho seco em grãos moídos, suplementos (sal mineral, sal comum, casca de soja, soja moída, concentrado bovino), essa alimentação é distribuída aos bovinos no estábulo duas a três vezes por dia, sendo ela pela manhã, ao meio-dia e à noite. O pecuarista usa a técnica de alimentação de três vezes ao meio-dia, pois assim o bovino se alimenta mais vezes e agrega mais nutrientes. Ajudando no aumento de peso,o pouco espaço de deslocamento dos bovinos, desse modo não se exercita e mantém a gordura necessária para carne de qualidade. O bovino se alimenta diariamente de 60 kg de silagem, 4 kg de milho e 1 kg de suplemento, água em abundância,mantendo-o nutrido e hidratado. Um novilho de aproximadamente 300 kg no período de 60 dias engorda 70 kg, sendo 1,170g por dia, havendo casos em que a raça e o peso, engordam mais.

Área destinada a plantação 10 ha, plantação é feita de duas formas ou períodos, no inverno e no verão. Período do verão de setembro á março com plantação de milheto, e o inverno nos mês de abril á agosto, com a pastagem de azevém, são culturas diferentes para temperaturas diferentes.

Na pastagem o período de engorda é de 75 dias obtendo o mesmo peso adquirido para o abate, havendo algumas variações de absorção de nutrientes conforme a raça.

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7 Os bovinos que o pecuarista cria ou compra para engordar, são de três raças diferentes, de maior percentual de carne como: Read angus, Angus e Zebu, possuem maior porte em peso e ossada, indicada para engorda. O pecuarista possui 90 animais na propriedade,24 dos animais em confinamento e 36 na pastagem, sem contar os 30 animais que o pecuarista tem nas atividades de cria e recria, não sendo analisados no trabalho.

As instalações, mantém o gado para cria e recria e os bovinos para a engorda. As instalações passaram por reforma com investimento de R$ 30.000,00, sendo depreciado num período de 15 anos equivalentes á 180 meses, com taxa de 6,67% ao ano, equivalente a R$ 166,67 por mês de depreciação.

Destacou-se que a propriedade rural possui vários custos para produção de bovinos e outras culturas. O custo com a mão-de-obra utilizada nas atividade da propriedade, calculado conforme localização, quantidade de animais, o nível de utilização, obtendo assim um custo unitário e um custo total por atividade. O pecuarista destacou que necessitaria de apenas uma pessoa para alimentar os animais, custo total na propriedade de um salário mínimo sem encargos.

O custo dos suplementos utilizados pelo pecuarista diariamente nas atividades, é igualmente para todas, suplementos: sais e farelo de soja, elementos utilizados pelo pecuarista, podendo ser substituído por farelo de arroz, casca de soja, ou suplementos prontos, destacando que o pecuarista utiliza uma alimentação adequada para cada animal e com custos menores e de fácil aquisição, o pecuarista pode optar em buscar o farelo de soja direto de fábrica, ao invés de comprar nas agropecuárias.

Na engorda por pastagem, uma atividade que se utiliza de alguns hectares de terras disponível o ano inteiro para que seja feito o plantio e cultivo da pastagem, sendo identificado que a cada hectare de terra pode-se alimentar 5 animais em um período de 75 dias para a aquisição de 70 kg. A pastagem é feita com 25 kg do tipo de pastagem desejada para a época do ano, podendo ser de milheto ou azevém, 50 kg de abudo, 50kg de uréia e meia hora de trabalho de trator, custo referente a 1 ha, podendo variar conforme o preço de cada ano, pois estamos analisando 3 anos.

Os custos de produção para cada animal na atividade de engorda por pastagem foram diferente para os três anos analisados, pois houve aumento de preços, utilizando os preços que o pecuarista pagava em 2012, foi possível identificar que para engordar 70 kg em um animal de 300 kg foi gasto R$ 326,80 em um período de 75 dias, no ano seguinte o custo foi de RS 356,73 e no ano de 2014 chegou a gastar com a engorda R$ 413,12, significando assim que em apenas três anos o custo aumentou mais que R$ 86,00. Os dados são apresentados no Quadro 01, que segue.

Quadro 01 – Custos de produção da atividade por pastagem

Produto Unidade Quanti dade Custo aquisição Custo unitário por animal Quant. Consu mida Custo de consumo Custo de consumo Custo de consumo Pastagem ha/animal 5 R$ 193,00 R$ 38,60 1 R$ 38,60 R$ 45,00 R$ 49,00 Milho saco kg 50 R$ 28,00 R$ 0,56 300 R$ 168,00 R$ 180,00 R$ 210,00 Suplemento Sal saco/kg 10 R$ 8,50 R$ 0,85 25 R$ 21,25 R$ 25,00 R$ 31,25

Farelo soja saco/ kg 20 R$ 28,00 R$ 1,40 50 R$ 70,00 R$ 75,00 R$ 87,50 Instalação p/mês 36 R$ 33,33 R$ 0,93 2,5 R$ 2,31 R$ 2,31 R$ 2,31 Mão-de-obrap/mês 36 R$ 124,40 R$ 3,46 2,5 R$ 8,64 R$ 9,42 R$ 10,06 Medicamentop/ periodo 1 R$ 18,00 R$ 18,00 1 R$ 18,00 R$ 20,00 R$ 23,00 R$ 356,73 R$ 413,12 Custo Total R$ 326,80 2013 2014

BOVINOS DE ENGORDA POR PASTAGEM 2012 Custo da produção

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8 Fonte: dados da pesquisa

Já os custos para a engorda em confinamento foram maiores, em questão entra que o bovino tem o período menor de engorda sendo de 60 dias, a alimentação mais intensiva, o rendimento também pode ser maior, chegando no custo em 2012 de R$ 527,24, passando para R$ 601,70, chegando em 2014 em R$ 681,23, um aumento nos três anos foi de R$ 154,00.

Quadro 02 – Custo de produção na atividade de confinamento.

Produto Unidade Quanti dade Custo aquisição Custo unitário por animal Quant. Consu mida Custo de consumo Custo de consumo Custo de consumo Silagem Kg 2000 R$ 150,00 R$ 0,08 3600 R$ 270,00 R$ 324,00 R$ 360,00 Milho saco kg 50 R$ 28,00 R$ 0,56 240 R$ 134,40 R$ 144,00 R$ 168,00 Suplemento Sal saco/kg 10 R$ 8,50 R$ 0,85 20 R$ 17,00 R$ 20,00 R$ 25,00 Farelo soja saco/ kg 20 R$ 28,00 R$ 1,40 40 R$ 55,99 R$ 59,99 R$ 69,99 Instalação p/mês 24 R$ 133,33 R$ 5,56 2 R$ 11,11 R$ 11,11 R$ 11,11 Mão-de-obra p/mês 24 R$ 248,80 R$ 10,37 2 R$ 20,73 R$ 22,60 R$ 24,13 Medicamento p/ periodo 1 R$ 18,00 R$ 18,00 1 R$ 18,00 R$ 20,00 R$ 23,00

2014 BOVINOS DE ENGORDA EM CONFINAMENTO 2012

Custo da produção 2013

Fonte: dados da pesquisa

Visualizando nos quadros anteriores, os tipos de produtos necessários para a engorda do animal, a quantidade utilizada no período, o custo de aquisição por produto, resultando no custo total de engorda por animal.

4.2 Relatórios de análise

Os relatórios foram elaborados constituem-se em peças auxiliares para o pecuarista, apresentando pesquisas de mercado, tendo como fonte principal o site da CEPEA, onde indicavam quanto o bovino custa no mercado e os preços. Após efetuou-se uma análise dos três anos e alcançou-se algumas médias anuais, para isso foram utilizados os animais de maior consumo para o pecuarista e abate um garrote sendo um novilho de 18 meses, com faixa de 300 kg, e também o preço da arroba do boi gordo.

No ano de 2012 o novilho poderia ser comprado por R$ 946,00 e a arroba do boi gordo estava em R$ 89,42, no ano seguinte poderia se comprar um novilho pelo preço de R$ 1.034,00, e arroba R$ 95,00, e já no ano de 2014 o novilho passava para R$ 1290,00 com arroba de R$ 118,23, com isso pode-se verificar que o novilho teve um aumento de R$ 344,00 e a arroba aumentou R$ 28,81.

Constatou-se nas entrevistas e análises das informações que o pecuarista não compra e não vende conforme os preços de mercado, pois o mesmo conseguiu comprar o mesmo novilho no ano de 2012 por R$ 630,00 e vendeu por R$ 92,37 a arroba, identificando que no primeiro ano ele teve uma economia de R$ 316,00, economia essa que pode ser utilizada para pagar os custos com a engorda, o peso que o animal engordar será seu lucro.

Avaliou-se formas de demonstrar uma síntese dos principais resultados, chegando-se ao quadro a seguir, que compara de três diferentes perspectivas, dentre elas a maneira que o pecuarista utiliza, a segunda utilizando o preço de venda do mercado no abate, e na terceira maneira os preços de mercado, utilizando os custos de engorda do produtor, pois não foram

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9 encontradas informações concretas sobre o custo total. Com essas informações foi possível verificar que atuando com os preços de mercado o pecuarista teria prejuízo.

Quadro 03 – Análise do resultado.

ANO 2012 Dados do pecuarista Dados do pecuarista + mercado Dados do mercado Valor do animal R$ 630,00 R$ 630,00 R$ 946,00 Animal + custos R$ 1.157,24 R$ 1.157,24 R$ 1.473,24 Kg após abate 198 198 198 Preço da carne 1237,5 1180,08 1180,08 Lucro R$ 80,26 R$ 22,84 -R$ 293,16

Fonte: dados da pesquisa

O gráfico a seguir indica as elevações e quedas durante os três anos, do lucro obtido pelo pecuarista. A atividade mais vantajosa é a engorda por pastagem, pois possui menos custos, e a desvantagem no gráfico é utilizar os preços praticados pelo mercado, chegando no final da engorda com prejuízos.

Gráfico 01 – Análise do resultado.

Fonte: dados da pesquisa

O gráfico destaca o lucro obtido pelo pecuarista no anos, baseando os resultados no quadro 03, que informa quanto foi o rendimento do bovino no abate, o preço de venda e os custos de produção, chegando no lucro. No ano de 2013 teve uma queda em todas as atividades isso foi devido os custos mais elevados e o preço de compra menos vantajoso que o ano anterior e bem diferente que o ano seguinte, que cresceu muito com o aumento do preço de venda para o abate, que subiu expressamente.

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10 O pecuarista chegou comprar no ano de 2013 um bovino de 300 kg magro por R$ 750,00, sendo R$ 2,50 o kg do boi magro, após sua engorda com 360 kg, o bovino teve um rendimento de 52%, conseguindo vender por R$ 6,50 o kg, chegando a um lucro de R$ 110,07, se fosse praticar os preços de mercado haveria prejuízo, pois o mesmo nessa época estava sendo comprado por R$ 1.034,00, sendo R$ 3,45, calculando que o custo de produção foi os mesmos que o pecuarista teve, pode-se ressaltar ainda mais que os custos de mercados são mais elevados.

5 Considerações Finais

A pesquisa teve por objetivo auxiliar o pecuarista no manejo das atividades de engorda com um sistema de gerenciamento das atividade de engorda por meio de pastagem e por confinamento, tendo como base os anos de 2012, 2013 e 2014. Após os levantamentos dos dados, foram realizadas pesquisas dos preços de mercados do gado, em seguida elaboradas planilhas comparando as atividades chegando a atividade mais vantajosa.

Para chegar-se nos resultados, pode-se identificar que as planilhas foram muito importantes para auxiliar no gerenciamento da propriedade. Concluiu-se que este trabalho foi relevante para sanar dúvidas do pecuarista, dentre elas quanto ele possui de custo e o lucro obtido com cada atividade exercida comparando com o mercado. Os resultados mais importantes para o pecuarista foram os resultados com a análise feita, identificando que rendimento e dificuldades ele obteve com as atividades de engorda por meio de pastagem e engorda por confinamento, destacando que em 2012 a atividade engorda por pastagem teve um lucro de R$ 185,12, por confinamento chegou-se em R$ 80,26, mas já analisando o mercado não foi muito satisfatório, pois os custos são mais altos do que os exercidos pelo pecuarista, tirando por conclusão que a atividade de engorda por meio de pastagem é a mais vantajosa com o menor custo.

Como sugestões, propõe-se que o pecuarista passe a fazer as compras de suplementos direto das fábricas, além disse que passa a ampliar o plantio e cultivo de milho, fonte principal de alimento para os animais.

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REFERÊNCIAS

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CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural. 7. Ed. São Paulo. Atlas, 2012.

GLOBO, G1, Globo Rural investiga a relação entre a pecuária e o meio ambiente. Disponível: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/05/globo-rural-investiga-relacao-entre-pecuaria-e-o-meio-ambiente.html. Acesso 02 mar. 2015.

KESSLER, José Luiz Martins Consta. Revista Agrolink. Pecuária do Rio Grande do Sul: O futuro se define agora. Disponível: http://www.agrolink.com.br/colunistas/pecuaria-do-rio-grande-do-sul--o-futuro-se-define-agora_4242.html. Acesso em 24 set. 2012.

MARION, José Carlos. Contabilidade Rural. 8. Ed. São Paulo. Atlas, 2005.

RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade. 2. Ed. São Paulo. Atlas, 2004.

SANTOS, Gilberto José dos; MARION, José Carlos; SEGATTI, Sonia. Administração de Custos na Pecuária. 4. Ed. São Paulo. Atlas, 2009.

STAIR, R.; REYNOLDS, G. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

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