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Prótese adesiva em resina composta reforçada por fibra de vidro: uma alternativa clínica na reabilitação de dentes ausentes

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Academic year: 2021

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CASO CLÍNICO • CASO CLÍNICO • CASO CLÍNICO • CASO CLÍNICO • CASO CLÍNICO • CASO

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Prótese adesiva em resina composta reforçada por fi bra de vidro:

uma alternativa clínica na reabilitação de dentes ausentes

Frederico dos Reis Goyatá

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1 Especialista, Mestre e Doutor em Prótese.

Professor de Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia da UNIFAL – Alfenas/MG.

Professor dos Cursos de Pós Graduação em Prótese e Dentística ABO - Pouso Alegre/MG, CIALF - Alfenas/MG, Funorte - Lavras/MG.

Resumo

As próteses parciais fi xas adesivas são uma alternativa viável para a reposição de um e até dois dentes ausentes. São de baixo custo, rápida e fácil execução e minimamente invasiva quando comparadas às próteses parciais fi xas. Associadas a um material de reforço, como as fi bras de vidro, suportam as cargas mastigatórias, aumentando a resistência flexural do compósito. O objetivo deste trabalho é relatar em um caso clínico as etapas de confecção laboratorial e clínica de uma prótese parcial fi xa adesiva de resina composta reforçada com fi bra de vidro restaurando a função e a estética para o paciente.

Palavras-Chave

Prótese Dentária. Resinas Compostas. Fibras de Vidro. Fibras de Reforço.

Introdução

Nos últimos anos, as técnicas restauradoras que tem como objetivo a preservação de estrutura dental vêm despertando significativa atenção na prática clínica 1, 2.

Com o aprimoramento e maior desenvolvimento dos materiais restauradores adesivos, a odontologia moderna tem proporcionando diversas opções clínicas para restabelecer a estética e a função mastigatória ao paciente e satisfação profissional ao cirurgião-dentista. Uma evolução irreversível nas técnicas restauradoras tem sido estabelecida pelo uso dos materiais cerâmicos e poliméricos em

detrimento do uso das ligas metálicas 3-6.

A substituição de um elemento dental pode ser realizada utilizando próteses fixas adesivas com maior conservação dos dentes pilares e realizando-se mínimos preparos cavitários para a adaptação do pôntico. No entanto, essa técnica de reabilitação necessita de mecanismos de reforço para suportar as forças mastigatórias 7-10.

O uso dos polímeros reforçados por fibras é relativamente novo na Odontologia e tem sido amplamente utilizado 11-13. As fibras de vidro

possuem alta resistência flexural, absorvem e distribuem as forças mastigatórias, melhorando as propriedades físicas e mecânicas do compósito, além de serem materiais estéticos. Podem ser indicadas com sucesso clínico como escolha de estrutura de reforço exercendo função semelhante às infraestruturas metálicas nas próteses parcias fixas metalocerâmicas 14-17.

Este trabalho relata um caso clínico de reabilitação protética utilizando-se uma prótese parcial fixa adesiva em resina composta reforçada por meio de uma infra-estrutura em fibra de vidro com objetivo de restabelecer a função mastigatória e a estética ao paciente.

Relato de Caso Clínico

Paciente gênero masculino, procurou a Clínica do Curso de Pós Graduação em Prótese da EAP ABO - Barra Mansa/RJ, com o intuito de reabilitar as ausências dos dentes 11 e 21 e substituir a prótese parcial removível superior (Figura 1).

No exame clínico e radiográfi co inicial, constatou-se ausência dos dentes 11 e 21 (Figuras 2 e 3). O paciente possuia uma PPR superior que reabilitava dos dentes ausentes. Após o planejamento e enceramento

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diagnóstico em modelos de estudo e o paciente estando de acordo com o procedimento, iniciou-se o tratamento reabilitador (Figuras 4 e 5).

Realizou-se os preparos dentais com pontas diamantadas 3131 e 4138 (KG Sorensen, Brasil) nos dentes 12 e 22 (mesio-vestibulo-palatino), inicialmente removendo-se as restaurações de resina composta e posteriormente estabelecendo-se um preparo do tipo inlay, de acordo com Gomes et al., 2004 (Figura 6).

A moldagem foi realizada por meio da técnica de dois tempos, empregando-se uma silicona de adição (HidroXtreme, Coltene, Vigodent, Brasil) e fio de afas-tamento gengival #00 (Retraflex, Biodinâmica, Brasil) e então os modelos de trabalho foram vazados em gesso tipo IV (Durone, Dentsply, Brasil) (Figuras 7 e 8).

Foi realizada uma prótese fixa adesiva provisória em resina bisacrílica (Provi Plast, Biodinâmica, Brasil) sendo cimentada com cimento provisório a base de óxido de zinco sem eugenol (Provicol, Voco, Alemanha) restabelecendo a função e a estética ao paciente (Figuras 9 e 10).

Após preparo dos modelos, procedeu-se a confecção laboratorial da prótese adesiva. Inicialmente isolou-se o modelo com cianoacrilato (Super Bonder, Loccite, USA) (Figura 11) e preparou-se o pôntico (Fibrex Pôntico, Angelus®, Brasil) observando a adaptação ao

modelo (Figuras 12 e 13).

Com os pônticos preparados, aplicou-se silano (Angelus®) e adesivo e realizou-se a adaptação ao modelo

com auxílio de uma resina flow (Grandioso Flow, Voco, Alemanha) (Figuras 14 e 15). Em seguida foi aplicada uma fibra de vidro Fibrex Medial (Sistema Fibrex-Lab, Angelus®, Brasil), constituindo-se o reforço horizontal da

prótese parcial fixa adesiva (Figuras 16 e 17).

Concluído a infra-estrutura em fibra de vidro da prótese fixa adesiva, realizou-se o recobrimento estético com resina composta (Grandioso, Voco, Alemanha) (Figuras 18 e 19).

Fotoativou-se cada camada de resina composta com um aparelho de lâmpada halógena (Ultralux, Dabi-Atlante, Brasil) por 20 segundos e optou-se por realizar uma termopolimerização adicional de toda a prótese adesiva em autoclave por 15 minutos com o objetivo de promover uma polimerização mais eficiente do material resinoso, de acordo com Gomes et al., 2004, finalizando-se a etapa laboratorial de confecção da prótese (Figura 20).

Realizou-se o isolamento do campo operatório e posteriormente o condicionamento ácido dos preparos

cavitários (Fusion-Duralink® ácido, Angelus®, Brasil)

por 30 segundos, lavou e secou-se os preparos e aplicou o sistema adesivo (Fusion-Duralink®, Angelus®,

Brasil), inicialmente primer e depois o adesivo com fotoativação de 20 segundos (Figura 21).

O tratamento da peça, nas porções internas dos dentes pilares, consistiu da aplicação do silano (Angelus®, Brasil) e adesivo, somente BISGMA

(Fusion-Duralink®, Angelus®, Brasil) . O cimento resinoso (Bifix

QM, Voco, Alemanha). Adaptou-se à prótese aos dentes pilares com o cimento aplicado aos preparos, removeu-se os excessos com uma espátula suprafill #1 (SS White, Brasil) e fotoativou-se por 60 segundos cada face dos dentes (Figuras 22 e 23).

Após a remoção do isolamento absoluto foi realizado o ajuste oclusal com pontas diamantadas de granulação fina (KG Sorensen, Brasil) e polimento com Sistema Diamond Master (FGM, Brasil) (Figura 24). Foram avaliados os contatos oclusais do paciente, checando-se em máxima intercuspidação habitual, em lateralidade direita e esquerda e em protrusão, e a seguir o polimento final foi realizado (Figuras 25, 26 e 27).

Considerações Finais

A prótese parcial fixa adesiva com resina composta reforçada por fibra de vidro constitui uma alternativa clínica menos invasiva se comparada à prótese parcial fixa convencional.

Realizar um planejamento adequado é importante para o sucesso do tratamento com as próteses parciais fixas adesivas.

Referências

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fibras de reforço nas restaurações estéticas. In:

Cardoso RJA, Gonçalves EAN. Odontologia Estética: Arte, Ciência e Técnica. 1a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2002:151-68.

2. Assunção WG, Dekon SFC, Matsumoto W. Prótese

parcial fixa metal-free em cerômero. PCL

2002;4(20):324-7.

3. Braga C, Mezzomo E, Suzuki RM. Resistência à

fratura de três sistemas de prótese parcial fixa livres de metal, estudo in vitro. PCL. 2004;6(31):249-61.

4. Bottino MA, Scotti R, Valandro LF. Prótese adesiva

em resina composta reforçada por fibra: Relato de caso clínico. Clínica – Int. J. Braz. Dent.

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5. Vallitu PK, Sevelius C. Resin bonded glass fiber

reinforced composite fixed partial dentures: a clinical study. J. Prosthet. Dent. 2000;84:413-8.

6. Castro JCM, Castro MAM, Pedrini D, Panzarini SR, Pelielo AR. Prótese Adesiva: Uma Opção

Estética e Funcional. RGO: Rev. Gaúcha Odontol.

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7. Corts J P. Prótesis fija compuesta reforzada com

fibra/cerómero con carilla cerámica associada.

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1a ed. Hong Kong: Quintessence Books; 2000. 10. Gomes JC, Samra APB, Chibisnski ACR, Cavina DA,

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Cerômeros e Fibras de Reforço: Uma Opção Clínica com Mantenedor de Espaço. Int. J. Dent.

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Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia; 2002. 14. Magne P. et al. Stress distribution of

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Prótese Adesiva em Resina Composta Reforçada por Fibra: Relato de Caso Clínico. Clínica – Int. J.

Braz. Dent. 2006;2(4):387-391.

17. Scotti R et al. Clinical evaluation of fiber-reinforced

composite inlay FPDs. Int. J. Prosthodont.

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Fotografias

Figura 01. Aspecto clínico inicial.

Figura 02. Aspecto clínico inicial.

Figura 03. Sorriso inicial.

Figura 04. Modelos de estudo.

Figura 05. Modelos de estudo.

Figura 06. Preparos cavitários.

Figura 07. Molde em silicona de adição.

Figura 08. Modelo de trabalho.

Figura 09. Prótese provisória.

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Figura 16. Fibra de Vidro - Fibrex Medial.

Figura 17. Fibra de vidro - Fibrex Medial.

Figura 18. Resina composta aplicada.

Figura 19. Resina composta aplicada.

Figura 20. Prótese adesiva finalizada. Figura 11. Modelo de trabalho isolado.

Figura 12. Pônticos preparados.

Figura 13. Pônticos adaptados ao modelo.

Figura 14. Pônticos adaptados ao modelo com resina.

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Inovadora.

Da necessidade à experiência de uso. www.angelus.ind.br0800 727-3201

Figura 21. Aplicação do sistema adesivo.

Figura 22. Cimento resino aplicado.

Figura 23. Cimentação concluída.

Figura 24. Aspecto clínico final.

Figura 24. Aspecto final após acabamento.

Figura 25. Aspecto clínico final.

Figura 26. Sorriso final.

Referências

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