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Finança Pessoal. Artigo Clube de Investimento Versão completa em PDF Versão 1.0

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Academic year: 2021

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Bem-vindo aos artigos do Finança Pessoal.

Nesse primeiro artigo vamos esclarecer as informações sobre os Clubes de Investimentos e vamos fazer um passo-a-passo de como montar um clube.

Esse artigo é uma versão completa e detalhada. Uma outra versão (versão resumo) desse artigo está disponível no site e tem a idéia de ser mais direto nas questões.

Então, vamos começar...

O que é o Clube de Investimento?

O Clube de Investimento é a reunião de pessoas com o interesse de investimentos na Bolsa de Valores, dentro das regras da CVM.

Como surgiu e a situação Brasileira

Os Clubes de Investimentos surgiram no Estados Unidos e a idéia foi importada a pouco tempo para o Brasil e tem tido uma grande adesão no mercado brasileiro ultimamente.

Em 2008, por exemplo, o número de Clubes até Julho foi de 2.650 com 17,60 bilhões de Reais e o número de cotistas de 153.434.

O Clube se tornou uma ótima alternativa de investimento pelas vantagens que o Clube propicia.

Como funciona e por que o Clube é tão vantajoso?

Apenas por ser uma reunião de pessoas com objetivos comuns não torna o Clube de Investimentos um atrativo tão grande. O que torna o Clube interessante aos olhos dos investidores são suas características. Os principais benefícios são:

Diversidade na natureza da aplicação - Através do Clube é possível investir não só no mercado acionário à vista. É possível investir em Títulos do Governo, Opções, Termo, Índices de ações, Fundos imobiliários, Fundos de renda fixa, entre outros. Tudo dentro dos limites estabelecidos pela legislação e pelo estatuto.

Diversidade da Carteira - Com a soma dos participantes é possível ter uma carteira mais diversificada. Se uma pessoa compra 3 ou 4 grupos de ação, com o Clube é possível fazer uma carteira de 10 grupos ou mais. Tornando a carteira mais diversificada.

Taxas Bovespa e CBCL menores - Embora represente pouco em termos orçamentários e não constitui fundamento primordial para a escolha de um Clube de Investimento, mas é bom saber que é a taxa cobrada

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pela Bovespa e pelo CBCL são menores no caso de Fundos e Clubes de Investimento.

Facilidade no Imposto de Renda - Existem dois benefícios com relação ao imposto de renda. O primeiro se refere ao recolhimento. Enquanto que no investimento individual, cada pessoa é responsável por recolher o DARF, realizar o cálculo e pagar o imposto; no Clube, quem realiza essa operação é o Administrador (veja abaixo os detalhes).

Pagamento de Imposto de Renda no resgate - O outro grande benefício do Clube é o pagamento do IR apenas quando existe o resgate das Quotas, o que permite aumentar os lucros.

Mas vamos entender melhor como funciona o Clube conhecendo alguns detalhes: Regras gerais: Destinado a pessoas físicas, admite no mínimo 3 e no máximo 150 pessoas, podendo ser aberto (público em geral), ou fechado (familiares, amigos, funcionários de empresas, associação de classe, etc.).

Valor inicial: Os participantes determinam o valor a ser aplicado, e o valor inicial de cada cota. A cota funciona de forma semelhante aos Fundos de Investimentos, ou seja, definido o valor da cota o montante aplicado é convertido em quotas do Clube. Por exemplo: Se o valor inicial de cada cota é R$1,00 e o valor aplicado é de R$1.000,00, esse participante terá 1000 quotas. Se o valor de cada cota fosse R$2,00 o participante do clube teria 500 quotas.

Com a valorização teríamos o seguinte caso: Para uma valorização de 50%, por exemplo, o cotista (pessoa participante que possui quotas do Clube) continuaria com 1000 quotas para o primeiro caso e 500 quotas para o segundo. O que altera é o valor da cota, que passaria para R$1,50 no primeiro exemplo e para R$3,00 no segundo. Para ficar mais claro, segue uma tabela resumo ilustrativa do exemplo.

Aplicação inicial Valorização de 50%

Quotas Valor da

Cota

Total

aplicado Quotas Valor da Cota Total

1000 R$ 1,00 R$1.000,00 1000 R$ 1,50 R$1.500,00 500 R$ 2,00 R$1.000,00 500 R$ 3,00 R$1.500,00

O aumento da aplicação de capital (denominado de aporte) aumenta o número de quotas (conforme valor da cota quando ocorrer a aplicação).

Limite de aplicação: Nenhum membro do clube pode possuir mais de 40% do total das quotas.

Nome do clube: Os membros do clube escolhem um nome para o mesmo, que obrigatoriamente não deverá ter sido registrado anteriormente por outro Clube.

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Administrador: É a sociedade corretora; a sociedade distribuidora; o banco de investimentos ou o banco múltiplo com carteira de investimentos que administrará o clube de acordo com seu estatuto social e com a legislação em vigor. Cabe ao administrador, manter sob sua guarda os registros administrativos, contábeis, e operacionais do clube, remeter aos cotistas informações relativas ao seu desempenho, mantendo controles eficazes quanto as operações realizadas pelo clube, a composição da carteira, a custódia dos títulos, aplicações e resgates, e a posição de cada membro do clube. O Administrador também é responsável pelo recolhimento do Imposto de renda.

Gestor: É quem administra a carteira do clube (carteira tem um significado amplo, tanto é a compra e venda de ações, como demais ativos), prestando serviços de gestão dos recursos dos mesmos, de acordo com a política de investimentos do clube (conforme estatuto). Cabe ao gestor zelar pela boa execução das operações realizadas em nome do clube. O Gestor poderá ser remunerado, se esse for autorizado pela CVM. Contudo, a princípio, o Gestor é não remunerado. Veja em nosso site como se tornar um Gestor remunerado no artigo específico.

Representante: É um membro do clube escolhido pelos demais, cuja função é representar o clube de Investimentos e os interesses dos demais cotistas perante o administrador do clube e perante terceiros.

Conselho de representantes: É um grupo formado por no mínimo, três membros do clube, escolhido pelos demais, cuja função é representar o clube e o interesse de seus cotistas perante o administrador e a terceiros.

Entendendo o básico do Clube de Investimentos, vamos entender seu funcionamento já seguindo um passo-a-passo de como montá-lo.

Criando um Clube de Investimentos - Passo-a-passo.

A melhor forma de entender o funcionamento do Clube é entender como ele é constituído. Muitas questões são resolvidas nesse passo-a-passo.

Passo Zero Tenha idéia do que deseja.

Esse é um passo importante e fundamental. A definição do Clube.

O que é isso? Primeiro deve-se pensar quais os princípios do Clube.

Continua sem entender? Então responda as seguintes questões:

Quem irá participar do Clube? Ele será aberto ou fechado? Ele terá quantas pessoas?

Para essas três questões lembre-se: O clube deverá ter no mínimo 3 e no máximo 150 pessoas. Todas pessoas físicas (pessoas jurídicas não podem participar de Clubes de Investimento). Pense no número como seu aliado. Um número

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grande de pessoas torna difícil conciliar os interesses, mas permite um volume maior financeiro e uma carteira mais diversificada.

Pesquise entre seus amigos/colegas todo que tem interesse de participar. Mostre as vantagens (mostre nosso site :-) ). Faça uma lista. Isso será um item importante para avaliar a viabilidade.

Quanto será a aplicação inicial? Terá aplicações sucessivas?

Você poderá definir aplicações sucessivas, ou seja, aplicações obrigatórias para os membros (aporte obrigatório). Isso permitirá um aumento de capital do Clube, mas pode ser uma forma de afastar novos aplicadores, principalmente os iniciantes.

Quero um Gestor profissional?

Existem Clubes formados que procuram Gestores profissionais e preferem esse tipo de Gestão. Esses gestores são remunerados.

O Benefício desse tipo de gestão é a comodidade. Se o objetivo é criar um Clube para aprender a investir ou se a preferência é por manter as coisas sobre um controle maior, então a opção é a não contratação de um Gestor.

Depois de respondido essas questões você deverá procurar uma administradora que se adeque à essas condições e seus desejos. Pesquise, pois existem muitas administradoras no mercado. As opções são muitas, contudo, a questão financeira agora é uma questão de peso. Então, quando for analisar as administradoras procure avaliar os benefícios, conforme segue a seguir.

Primeiro passo Procurar a Administradora

Antes de procurar a Administradora (Corretora ou Distribuidora) é fundamental que você tenha idéia do que deseja. Não procure uma administradora, sem antes saber o que você deseja.

A pesquisa da Administradora é um dos passos mais importantes. Pois cabe a esse passo 2 questões importantes:

Viabilidade Técnica - Verifique se a administradora te atende quanto às informações, sistema utilizado, suporte e diretivas do futuro Clube. Por exemplo, uma Administradora que imponha o uso de um Gestor profissional será um problema caso seu desejo seja Gerir pessoalmente a carteira.

Viabilidade Econômica - Muito, muito importante. Os valores cobrados para Clube são diferenciados. Uma administradora que cobre um valor X para investidor individual

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para corretagem, não necessariamente cobrará o mesmo valor para o Clube. Então esteja atento para o seguinte:

QUANTO CUSTA??

As administradoras cobram os seguintes custos:

Taxa de administração - É o valor percentual ou fixo anual, cobrado mensalmente à título de remuneração pelos serviços de administração do Clube.

Esse valor normalmente é uma percentagem sobre o patrimônio do Clube, contudo, pode também ser um valor fixo mensal independente do patrimônio do Clube.

Corretagem - Cada ordem que é dada para compra e/ou venda de ações acarreta em custas. A parte que se refere a administradora é denominada corretagem.

A corretagem é um valor importante a ser pesquisado, pois, muitas instituições cobram valor fixo para corretagem quando o investidor é individual, mas tem política diferente para Clubes de Investimentos.

Lembre-se: Esses são os valores cobrados pela Administradora, existem outros custos envolvidos na negociação de ações (emolumentos, cobrados pela Bovespa e CBLC; ISS conforme município; e IR cobrado pela União). Na versão resumo desse artigo, temos uma tabela dos custos; e abaixo, nesse artigo, temos o custo da administradora.

É importante realizar uma pesquisa utilizando a viabilidade técnica e após escolher um grupo de instituições, realizar a viabilidade Econômica. É importante frizar que a melhor administradora é a que atende o melhor custo benefício. Nada adianta uma administradora ter custos baixos e você não conseguir dar as ordens.

Note que o custo levantado da viabilidade econômica deve estar casado com o que você deseja do Clube (Passo zero). Se o Clube terá R$50.000,00, por exemplo, e você terá uma taxa de administração de R$500,00/mês você terá 1% do valor do patrimônio do clube sendo consumido mensalmente, o que dá 12% ao ano. É claro que uma taxa percentual, nesse caso de 3% ao ano seria bem melhor.

Contudo, para patrimônios maiores, a taxa fixa pode ser melhor, pois o valor passa a ser pouco representativo.

Note que a corretagem é também fundamento importante. A taxa mais praticada no mercado é a tabela Bovespa, ou seja, de 0 até R$ 135,05 ………. R$2,74 de 135,06 até R$ 498,62 ……… 2%

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de 498,63 até R$ 1.514,69 ………. 1,5% + R$ 2,49 de 1.514,70 até R$ 3.029,39 …… 1% + R$ 10,59 acima de R$ 3.029,39 ……….. 0,5% + R$ 25,21

Como no exemplo anterior, para um Clube de R$50.000,00. Caso o clube tenha como fundamento manter posições, ou seja, o índice de Compra de de Vendas de ações é baixo e supondo um giro do capital mensalmente (comprou e vendeu todos os R$50.000,00) teríamos R$100.000,00(compra e venda) * 0,5% + 50,42 (comprou em um dia e vendeu em outro - 25,21*2) = R$550,42. Isso com operação em apenas dois dias (um para compra e outro para venda), o que quase não ocorre, mesmo para um giro simples.

Observe que é um valor muito salgado, utilizando-se a tabela bovespa.

Claro, que volumes maiores e movimentações maiores propiciam descontos maiores e as administradoras normalmente devolvem um percentual dessa corretagem. Então é muito importante saber qual o tamanho de seu futuro clube e qual a previsão de crescimento. Faça cálculos, discuta e nunca decida precipitadamente por uma administradora. Esse é um passo importante e pode inclusive fazer você rever o passo zero.

Ligue para as possíveis administradoras, avalie o atendimento e a qualidade das informações passadas. Também preste atenção no tempo e se estiver fora da cidade da administradora veja se a mesma tem 0800.

Quais perguntas então fazer na sua pesquisa? Abaixo temos um roteiro do que recomendamos (antes de sair ligando, recomendamos que você acabe de ler o texto todo para entender os passos seguintes):

Pergunte sobre a taxa de administração. O valor, como ela é cobrada.

Pergunte sobre a taxa de corretagem. Se usam a tabela bovespa, pergunte sobre os descontos progressivos. Lembre-se que existe a operação via Home-Broker e via mesa de operação (telefone ou chat) e os preços podem ser diferenciados. Pergunte sobre os dois e fale sempre em termos de CLUBE DE INVESTIMENTO, pois valores para investidor individual podem ser diferentes.

Pergunte o investimento mínimo. As administradoras podem exigir um mínimo por clube.

Pergunte sobre a plataforma utilizada, pois algumas administradoras têm plataformas específicas para grandes investidores (ou investidor especial) e como existem algumas que cobram um mínimo, seu clube pode cair automaticamente como investidor especial.

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algumas coisas, mas é importante confirmar. Veja também se quem te atende sabe. Pergunte se terá alguma área, ou pessoa que fará o atendimento ao clube. Pergunte sobre o Gestor, a Administradora... etc. Através desse processo você poderá identificar processos internos diferentes. Algumas administradoras, por exemplo, como já citamos, podem exigir Gestores profissionais.

Peça para enviarem um modelo do Estatuto praticado pela instituição.

Depois de ter todos esses dados, faça uma tabela comparativa e avalie.

Decidida qual será a administradora, sabendo quantas pessoas seu Clube terá, a filosofia de aplicação do futuro clube e montante, está na hora de partir para o próximo passo.

Segundo passo Formar o Clube

Já contactou seus futuros "sócios"? Esse é o momento. Mande informações sobre a administradora. Peça para todos abrirem conta na administradora (cada um deverá ter sua própria conta). O processo é similar ao processo do investidor individual. Envio de documentação necessária (normalmente - CPF, Identidade, comprovante de residência, contrato assinado) e transferência do dinheiro.

Esse é um processo lento, visto que cada pessoa tem um tempo diferente para executar essa tarefa, por esse motivo, o ideal é abrir o clube com o mínimo de pessoas, ou seja, 3. Esse tempo será útil para fechar os últimos detalhes do Estatuto, definindo também quem será o Representante e Gestor do Clube. Se você tem dúvidas sobre o estatuto, veja nosso artigo sobre a criação do Estatuto.

Defina inicialmente os 3 membros fundadores do Clube. Isso evita a espera e acelera os demais processos. Lembre-se que essas três pessoas (ou pessoas iniciais, quantas forem) terão que assinar toda a documentação de abertura do clube, conforme segue abaixo:

Cartão de Assinaturas - Representante assina 2 vezes Termo de constituição do Clube - Assinam todos os três - quanto maior for a quantidade de pessoas, maior a dificuldade, pois terá que procurar cada membro para assinar.

Estatuto - Assinam o representante e o Gestor Cadastro Representante - Assina o Representante

Após a assinatura da documentação envie a mesma para administradora. Ela será a responsável por inscrever o Clube junto à Receita Federal (O Clube terá um CNPJ) e junto à Bovespa/CBLC.

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Se você já aplica na Bolsa e gostaria de usar os recursos que você já tem, mas opera em instituição diferente, basta transferir a custodia. Procure se informar junto à Administradora o processo para execução.

Contacte os outros membros e realize a inclusão deles ao Clube via termo de adesão.

Pronto!! Parabéns, você tem um Clube formado. Passe para o próximo passo.

Terceiro passo Operar

A operação pelo clube é muito similar à operação do investidor individual, com alguns detalhes. Veja como funciona:

As pessoas transferem os recursos de suas contas individuais para o Clube. Esse processo pode ser automático, ou via ordem (verbal ou escrita), dependendo da Administradora.

Baseado na política do Clube o Gestor faz os investimentos via Home Broker ou mesa de Operações. Veja abaixo sobre os tipos de investimentos e os benefícios fiscais.

O participante do Clube poderá fazer o resgate a qualquer tempo, dentro dos prazos estabelecidos no estatuto. Pagará imposto sobre os rendimentofs quando do resgate das quotas. O imposto será recolhido pela Administradora.

Os participantes poderão fazer aplicações adicionais (aportes), contanto que não ultrapasse o limite de 40% (nenhum membro poderá ter mais do que 40% das quotas).

Novos participantes poderão participar do Clube (se assim o estatuto permitir) até o limite de 150 pessoas. Caso o clube seja dissolvido, os membros receberão os valores de suas quotas.

Quanto as operações do Clube de Investimento, o mesmo poderá conter os seguintes ativos, conforme Bovespa:

I - operações no mercado a vista, no mercado de vendas a termo cobertas, de lançamentos de opções cobertos e fechamentos de posições existentes, sem qualquer restrição;

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no mercado futuro sobre ações e índices de ações e de opções sobre índices de ações, somente poderão ser realizadas quando houver previsão no Estatuto Social do Clube de Investimento.

III - operações de vendas a futuro e lançamentos de opções sobre índices de ações somente poderão ser feitas com o objetivo de proteger posições detidas no mercado a vista, até o limite de 50% do valor desta;

IV - compras no mercado futuro sobre ações, índices de ações e opções sobre índices de ações não poderão exceder a 15% do valor da carteira do clube;

V - operações de estratégias com opções de compra, envolvendo posições titulares e lançadoras sobre os mesmos ativos objeto, desde que as posições titulares tenham vencimento igual ou posterior ao das lançadoras e o preço de exercício das posições titulares seja igual ou inferior ao das posições lançadoras.

VI - operações de estratégias com opções de venda, envolvendo posições titulares e lançadoras sobre os mesmos ativos objeto, desde que as posições titulares tenham vencimento igual ou posterior ao das lançadoras e o preço de exercício das posições titulares seja igual ou superior ao das posições lançadoras.

VII - a somatória das operações nos mercados de derivativos envolvendo compra a termo, compra de opções, compras no mercado futuro sobre ações, compras de índices de ações, compra de opções de índices de ações e operações com estratégias não poderá exceder a 30% (trinta por cento) do valor da carteira do Clube de Investimento.

Dentro desses valores o Clube necessariamente deverá ter 51% da carteira em ações e/ou bônus de subscrição e/ou debêntures conversíveis em ações de emissão de companhias abertas adquiridas em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado ou durante período de distribuição pública, ou ainda, adquiridas de empresas em processo de privatização.

Contudo, dentro desses 51% poderemos ter quotas de fundos de investimento que tenham sua carteira constituída exclusivamente com ações representativas de índices de mercado calculados pelas bolsas de valores e/ou quotas de fundos de investimentos em ações administrados por instituições autorizadas pela CVM, desde que as carteiras dos referidos fundos atendam também o percentual de aplicação.

Os 49% restantes poderão ser aplicados em: a) quotas de fundos de renda fixa e de direitos creditórios;

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b) quotas de fundos de investimento imobiliários, com registro de negociação em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado;

c) títulos de renda fixa de livre escolha do Gestor da Carteira; d) outros valores mobiliários adquiridos em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado ou durante período de distribuição pública.

Quanto a tributação temos a aliquota de 15% (art. 7º, IN

487/04) e a observação de § 4º, art. 5º, IN 487/04, conforme segue:

Serão equiparados às ações, para efeito da composição do limite de 67% em ações, os recibos de subscrição de ações, os certificados de depósitos de ações, os Brazilian Depositary Receipts (BDR), as quotas dos fundos de ações e as quotas dos fundos de índice de ações negociadas em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.

Caso a carteira do fundo ou clube de investimento não atingir o percentual mínimo de 67% em ações negociadas no mercado a vista, aplica-se tributação idêntica aos de renda fixa.

Complicou? Vamos simplificar.

O Mínimo que o Clube deve investir em Ações é 51%. Caso o Clube tenha mais 67% ou mais em ações terá a tributação de 15%, caso contrário será equiparado à renda fixa que tem tabela regressiva ao tempo de aplicação.

Vamos à tabela resumo:

Aplicação da Carteira em ações

Tributação

Maior que 51% e menor que 67% Maior ou igual a 67%

Aplicações de até 6 meses: 22,5%. Aplicações de 6 a 12 meses: 20%. Aplicações de 12 a 24 meses: 17,5%.

Aplicações acima de 24 meses: 15%

15%

O que fizemos nesse artigo foi:

Definir a natureza do Clube – número de participantes, natureza da aplicação e mostrar os princípios importantes dos Clubes de Investimentos.

Passo-a-passo para montagem de um clube.

Iniciar a operação e informar como funciona a tributação e quais os investimentos possíveis.

Esperamos que esse artigo tenha sido de ajuda. Caso tenha alguma dúvida, ou sugestão basta entrar em contato pelo fórum, ou por e-mail.

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Esse documento é a versão completa e é recomendada a leitura para quem exige os mínimos detalhes.

Para tirar dúvidas rápidas, recomendamos a versão resumo desse documento, que tem o conceito mais direto. Essa versão pode ser encontrada em www.financapessoal.com.br.

Referências

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