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Boletim. Décimo Terceiro Salário. Manual de Procedimentos

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Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Incidência de contribuições

previdenciárias, Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS) e Imposto de

Renda Retido na Fonte (IRRF)

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Base de cálculo

3. Recolhimento em atraso - Encargos legais

4. Salário variável - Acerto da diferença - Contribuição previdenciária - Recolhimento - Procedimentos 5. 13o salário/2010 - Recolhimento em GPS específica 6. Rescisão contratual - Recolhimento da contribuição

previdenciária - Normas

7. Salário-maternidade - 13o salário proporcional - Pagamento

8. FGTS - Depósito 9. IRRF

1. INTRODUÇÃO

A contribuição

previden-ciária incidente sobre o 13

o

salário deve ser recolhida até

o dia 20 de dezembro do ano

correspondente.

Na hipótese de não haver

expe-diente bancário na mencionada data, a

contribuição previdenciária deve ser recolhida no

dia útil imediatamente anterior ao do vencimento.

Vale lembrar que o recolhimento da

contribui-ção previdenciária sobre o 13

o

salário deve ser

efe-tuado em Guia da Previdência Social (GPS),

utiliza-da especificamente para esta finaliutiliza-dade (veja item

5 deste texto).

Tratando-se de contribuição previdenciária

so-bre o 13

o

salário pago em decorrência de rescisão

contratual, não se aplicarão o prazo e as condições

aqui tratadas.

2. BASE DE CÁLCULO

A contribuição previdenciária sobre o 13

o

salário

é devida por ocasião do pagamento ou crédito da

últi-ma parcela ou na rescisão do contrato de trabalho.

Para fins de cálculo da contribuição, utiliza-se

como base de incidência o valor bruto da

remunera-ção do 13

o

salário, sem a compensação dos

adianta-mentos pagos, aplicando-se, em separado, as

alíquo-tas normais de contribuição, conforme procedimentos

adiante descritos.

2.1 Parte do empregado

O empregado contribui, por ocasião do

pa-gamento ou crédito da última parcela ou

na rescisão do contrato de trabalho,

com alíquotas aplicadas, de forma

não cumulativa, de 8%, 9% ou

11%, conforme o valor integral

do 13

o

salário (gratificação

natalina), sem compensação

dos adiantamentos pagos,

mediante aplicação, em

se-parado, da tabela de desconto

previdenciário do empregado do

mês de dezembro ou do mês da

rescisão, conforme o caso.

2.2 Parte da empresa

A empresa assume, geralmente, o encargo

patro-nal de 20% (ou 22,5% no caso de instituições

financei-ras) sobre o total bruto (sem limite) das remunerações

pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do

mês, aos segurados empregados (no caso, em uma

GPS distinta, sobre o 13

o

salário). Sobre o total bruto

(sem limite) supracitado, incide, ainda, geralmente, a

contribuição da empresa devida a “Terceiros” e

aque-la destinada ao financiamento dos benefícios

conce-didos em razão do Grau de Incidência de

Incapaci-dade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais

Décimo Terceiro Salário

O recolhimento da

contribuição previdenciária

sobre o 13

o

salário deve ser efetuado

por intermédio da GPS utilizada

especificamente para essa finalidade, ou

seja, uma GPS separada da que for utilizada

para recolhimento das contribuições

sobre a folha de pagamento

normal da competência

dezembro/2010

(2)

do Trabalho (GIIL-RAT) (RPS/1999, arts. 201 e 202,

combinado com o art. 214, §§ 6

o

e 7

o

).

Lembramos que, nos afastamentos da

emprega-da por motivo de licença-materniemprega-dade, o abono anual

pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

(13

o

salário proporcional ao período de

salário-mater-nidade) estará sujeito ao encargo previdenciário

pa-tronal, por ocasião do pagamento da parcela final do

13

o

salário ou na rescisão do contrato de trabalho

(Ins-trução Normativa RFB n

o

971/2009, art. 85, e Instrução

Normativa INSS n

o

45/2010, arts. 306 e 307).

Nota

Nos termos da Lei no 10.666/2003, art. 10, ficou definido que a alíquota

de contribuição de 1%, 2% ou 3%, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do GIIL-RAT, poderá ser reduzida em até 50% ou aumentada em até 100%, conforme o disposto no art. 202-A do Regulamento da Previdência Social (RPS), em ra-zão do desempenho da empresa relativamente à respectiva atividade eco-nômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

2.3 Cálculo de contribuição previdenciária sobre o 13

o

salário

W

Exemplos

a) Remuneração de dezembro e 13o salário inferiores ao teto de contribuição previdenciária: - teto de contribuição previdenciária em 12/2010: R$ 3.467,40;

- salário do empregado em 12/2010: R$ 510,00;

- 13o salário (valor integral): R$ 510,00 (salário-mínimo vigente no período de 1o.01 a 31.12.2010);

- salário-de-contribuição do empregado relativo à remuneração de 12/2010: R$ 510,00. Valor a ser descontado: R$ 40,80 (8% de R$ 510,00);

- salário-de-contribuição do empregado relativo ao 13o salário/2010: R$ 510,00. Valor a ser descontado: R$ 40,80 (8% de R$ 510,00);

- valor total da contribuição previdenciária por parte do empregado: R$ 81,60 (R$ 40,80 + R$ 40,80); - encargo patronal relativo à competência 12/2010 incidente sobre R$ 1.020,00 (R$ 510,00 + R$ 510,00); b) Remuneração de dezembro superior e 13o salário inferior ao teto de contribuição previdenciária:

- teto de contribuição previdenciária em 12/2010: R$ 3.467,40; - salário do empregado em 12/2010: R$ 6.000,00;

- 13o salário (valor proporcional devido): = R$ 3.000,00;

- salário-de-contribuição do empregado relativo à remuneração de 12/2010: R$ 3.467,40 (teto). Valor a ser descontado: � R$ 381,41 (11% de R$ 3.467,40);

- salário-de-contribuição do empregado relativo ao 13o salário: R$ 3.000,00. Valor a ser descontado: R$ 330,00 (11% de R$ 3.000,00);

- valor total da contribuição previdenciária por parte do empregado: R$ 711,41 (R$ 381,41 + R$ 330,00); - encargo patronal relativo à competência 12/2010 incidente sobre R$ 9.000,00 (R$ 6.000,00 + R$ 3.000,00); c) Remuneração de dezembro inferior e 13o salário superior ao teto de contribuição previdenciária:

- teto de contribuição previdenciária em 12/2010: R$ 3.467,40; - salário do empregado em 12/2010: R$ 3.200,00;

- 13o salário pago em dezembro/2010: R$ 5.000,00;

- salário-de-contribuição do empregado relativo à remuneração de 12/2010: R$ 3.200,00. Valor a ser descontado: R$ 352,00 (11% de R$ 3.200,00);

- salário-de-contribuição do empregado relativo ao 13o salário/2010: R$ 3.467,40 (teto máximo em 12/2010). Valor a ser descon-tado: � R$ 381,41 (11% de R$ 3.467,40);

- valor total da contribuição previdenciária por parte do empregado: R$ 733,41 (R$ 352,00 + R$ 381,41); - encargo patronal relativo à competência 12/2010 incidente sobre R$ 8.200,00 (R$ 3.200,00 + R$ 5.000,00); d) Remuneração de dezembro e 13o salário superiores ao teto de contribuição previdenciária:

- teto de contribuição previdenciária em 12/2010: R$ 3.467,40; - salário do empregado em 12/2010: R$ 5.500,00;

- 13o salário (valor integral): R$ 5.500,00;

- salário-de-contribuição do empregado relativo à remuneração de 12/2010: R$ 3.467,40 (teto). Valor a ser descontado: � R$ 381,41 (11% de R$ 3.467,40);

- salário-de-contribuição do empregado relativo ao 13o salário: R$ 3.467,40 (teto máximo em 12/2010). Valor a ser descontado: � R$ 381,41 (11% de R$ 3.467,40);

- valor total da contribuição previdenciária por parte do empregado: R$ 762,82 (R$ 381,41 + R$ 381,41); - encargo patronal relativo à competência 12/2010 incidente sobre R$ 11.000,00 (R$ 5.500,00 + R$ 5.500,00).

(3)

3. RECOLHIMENTO EM ATRASO - ENCARGOS LEGAIS

As contribuições previdenciárias recolhidas após

o dia 20 de dezembro sofrem incidência dos

encar-gos legais de multa e de juros de mora.

A incidência dos encargos legais deve

obede-cer ao disposto na legislação da Seguridade Social

para as demais contribuições arrecadadas e

ad-ministradas pela Secretaria da Receita Federal do

Brasil (RFB).

4. SALÁRIO VARIÁVEL - ACERTO DA DIFERENÇA

- CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -

RECOLHIMENTO - PROCEDIMENTOS

A empresa cujo empregado percebe salário

va-riável também deve efetuar o recolhimento da

contri-buição devida à Seguridade Social até o dia 20 de

dezembro.

No que concerne à determinação da

compe-tência a ser utilizada para fins de recolhimento do

encargo previdenciário sobre o ajuste da diferença

decorrente de salários variáveis, o RPS/1999, art.

216, § 25, acrescido pelo Decreto n

o

3.265/1999,

estabelece que o referido recolhimento deve ser

efetuado juntamente com a competência dezembro

do mesmo ano.

No mesmo sentido dispõe a Instrução

Norma-tiva RFB n

o

971/2009, art. 96, parágrafo único, ao

estabelecer que, havendo pagamento de

remu-neração variável em dezembro, o pagamento das

contribuições referentes ao ajuste do valor do 13

o

salário deve ocorrer no documento de arrecadação

da competência dezembro, considerando-se para a

apuração da alíquota da contribuição do segurado

o valor total do 13

o

salário.

Outrossim, em obediência ao disposto no

men-cionado Decreto, também foi estabelecido que a

competência dezembro é a que deve ser

conside-rada para fins de recolhimento do encargo

previ-denciário sobre o ajuste do cálculo do 13

o

salário de

quem recebe salário variável, nos termos do Manual

da GFIP/Sefip, para usuários da versão 8.4,

aprova-do pela Instrução Normativa RFB n

o

880/2008, pela

Circular Caixa n

o

451/2008 e pelo Comunicado Caixa

s/n

o

publicado no DOU 3 de 17.10.2008.

A seguir, reproduzimos parcialmente exemplo

ex-traído do referido manual:

W

Exemplo

Empregado recebe, durante o mês de dezembro, uma remu-neração mensal no valor de R$ 1.200,00. No ano, o 13o salário final do trabalhador foi R$ 1.000,00, considerando as comissões de vendas realizadas entre 21/12 e 31/12.

Em 20/12, recolhe a GPS da competência 13, calculando as contribuições previdenciárias sobre o 13o salário, consideran-do a remuneração consideran-do 13o salário do empregado conhecida até aquela data, ou seja, R$ 800,00. Ainda não haviam sido realiza-das as venrealiza-das de 21/12 a 31/12.

As contribuições previdenciárias incidentes sobre a diferença de R$ 200,00 (R$ 1.000,00 menos R$ 800,00) devem ser recolhi-das na GPS da competência 12, com vencimento em 10/01.

Não obstante o prazo mencionado no último

pará-grafo do exemplo extraído do Manual da GFIP/Sefip,

lembramos que com a publicação da Medida

Provi-sória n

o

447/2008, convertida na Lei n

o

11.933/2009,

o prazo de recolhimento da mencionada contribuição

passou para até o dia 20 do mês subsequente ao da

competência. Caso não haja expediente bancário no

dia 20, o recolhimento deve ser antecipado para o dia

útil imediatamente anterior.

Nota

Lembramos que, desde 1o.12.2000, está vedada a utilização de

do-cumento de arrecadação previdenciária de valor inferior a R$ 29,00. Assim, a contribuição previdenciária devida que, no período de apuração, resultar em valor inferior a R$ 29,00 deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 29,00, quando, então, deverá ser recolhido no prazo de ven-cimento estabelecido pela legislação para este último período de apuração, conforme previsão da Resolução DC/INSS no 39/2000.

Portanto, quanto ao critério para recolhimento ou

restituição, conforme o caso, da quantia

correspon-dente ao acerto da diferença para os empregados que

percebem salário variável, deve-se observar que:

a) a contribuição previdenciária sobre o valor

fa-vorável ao empregado deverá ser efetuada na

competência dezembro do mesmo ano a que

se refere o pagamento do 13

o

salário, na GPS

normal da própria empresa. Nesse caso,

recal-cula-se a contribuição previdenciária sobre o 13

o

salário (computado o valor favorável ao

empre-gado). A diferença entre a contribuição apurada

e a efetivamente recolhida será somada às

con-tribuições previdenciárias sobre a remuneração

de dezembro, observando-se, em seguida, os

procedimentos descritos na letra “b” a seguir;

b) apurado o valor da contribuição

previdenciá-ria conforme a letra “a”, o empregador deverá,

então, registrá-lo no campo 6 da GPS (“Valor

do INSS”). Assim, o valor da contribuição

pre-videnciária patronal relativo à diferença do 13

o

(4)

em conjunto, com as demais contribuições

normais da empresa e do empregado,

recolhi-das no campo 6 da GPS, relativas à folha de

pagamento da competência dezembro

(con-tribuições dos empregados mais a cota

pre-videnciária patronal de, geralmente, 20% - ou

22,5%, no caso de instituições financeiras -,

mais a contribuição relativa à GIIL-RAT de 1%,

2% ou 3%, conforme a atividade

preponderan-te da empresa, incidenpreponderan-tes sobre o valor bruto,

sem limite, da folha de salários dos

emprega-dos, menos o valor correspondente às

dedu-ções legalmente permitidas). No campo 9 da

GPS (“Valor de Outras Entidades”), a empresa

também deverá lançar o valor da contribuição

destinada a “Terceiros”, apurado sobre o total

bruto da folha de salários dos empregados,

ressalvadas as hipóteses legais de convênio

de arrecadação direta entre a empresa e a

en-tidade beneficiária da contribuição;

c) tratando-se de recolhimento indevido de

con-tribuição previdenciária decorrente de

dife-rença favorável à empresa, a compensação

do valor recolhido a maior deverá observar as

determinações da Instrução Normativa RFB n

o

900/2008, arts. 1

o

e 44 a 47.

Nota

As alíneas “a” a “d” do inciso I do parágrafo único do art. 1o e

os arts. 44, 45, 46 e 47 da Instrução Normativa RFB no 900/2008

dispõem que:

Art. 1o A restituição e a compensação de quantias recolhidas a

título de tributo administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a restituição e a compensação de outras receitas da União arrecadadas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) ou Guia da Previdência Social (GPS) e o ressarcimento e a compensação de créditos do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) serão efetuados conforme o disposto nesta Instrução Normativa. […]

I - contribuições previdenciárias:

a) das empresas e equiparadas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, bem como sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho;

b) dos empregadores domésticos;

c) dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribui-ção;

d) instituídas a título de substituição;

e) valores referentes à retenção de contribuições previdenciárias na cessão de mão-de-obra e na empreitada; e

[…]

Art. 44. O sujeito passivo que apurar crédito relativo às contribui-ções previdenciárias previstas nas alíneas ‘a’ a ‘d’ do inciso I do parágrafo único do art. 1o, passível de restituição ou de reembolso,

poderá utilizá-lo na compensação de contribuições previdenciá-rias correspondentes a períodos subsequentes.

§ 1o Para efetuar a compensação o sujeito passivo deverá estar

em situação regular relativa aos créditos constituídos por meio de auto de infração ou notificação de lançamento, aos parcelados e aos débitos declarados, considerando todos os seus

estabeleci-mentos e obras de construção civil, ressalvados os débitos cuja exigibilidade esteja suspensa.

§ 2o O crédito decorrente de pagamento ou de recolhimento

inde-vido poderá ser utilizado entre os estabelecimentos da empresa, exceto obras de construção civil, para compensação com contri-buições previdenciárias devidas.

§ 3o Caso haja pagamento indevido relativo a obra de construção civil

encerrada ou sem atividade, a compensação poderá ser realizada pelo estabelecimento responsável pelo faturamento da obra. § 4o A compensação poderá ser realizada com as contribuições

incidentes sobre o décimo terceiro salário.

§ 5o A empresa ou equiparada poderá efetuar a compensação de valor

descontado indevidamente de sujeito passivo e efetivamente recolhi-do, desde que seja precedida do ressarcimento ao sujeito passivo. § 6o É vedada a compensação de contribuições previdenciárias

com o valor recolhido indevidamente para o Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar no 123, de 2006, e o Sistema

In-tegrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microem-presas e EmMicroem-presas de Pequeno Porte (Simples), instituído pela Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

§ 7o A compensação deve ser informada em GFIP na competência

de sua efetivação.

Art. 45. No caso de compensação indevida, o sujeito passivo de-verá recolher o valor indevidamente compensado, acrescido de juros e multa de mora devidos.

Parágrafo único. Caso a compensação indevida decorra de in-formação incorreta em GFIP, deverá ser apresentada declaração retificadora

Art. 46. A Na hipótese de compensação indevida, quando se com-prove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 1996,

aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito indevidamente compensado.

Art. 47. É vedada a compensação pelo sujeito passivo das contri-buições destinadas a outras entidades ou fundos.

d) a parte relativa ao desconto previdenciário que

eventualmente tenha sido cobrada a maior do

empregado deverá a ele ser reembolsada,

mediante discriminação em recibo.

5. 13

o

SALÁRIO/2010 - RECOLHIMENTO EM GPS

ESPECÍFICA

O recolhimento da contribuição previdenciária

so-bre o 13

o

salário deve ser efetuado por intermédio da

GPS utilizada especificamente para essa finalidade,

ou seja, uma GPS separada da que for utilizada para

recolhimento das contribuições sobre a folha de

pa-gamento normal da competência dezembro/2010.

A GPS deve ser preenchida normalmente, da

se-guinte maneira:

a) no campo 4 - “Competência” (mês/ano),

utili-za-se a competência 13 e o ano a que se

refe-rir, com 4 dígitos. Exemplo: 13/2010;

b) para fins de compensação ou dedução da

im-portância relativa ao 13

o

salário proporcional

ao período de salário-maternidade,

observam-se os critérios estabelecidos no item 7 deste

texto;

(5)

c) no caso de rescisão de contrato de trabalho,

as contribuições devidas serão recolhidas na

forma e nos prazos das contribuições normais

sobre a folha de salários do mês, inclusive as

ocorridas no mês de dezembro;

Nota

Com a publicação da Medida Provisória no 447/2008, convertida

na Lei no 11.933/2009, o prazo normal de recolhimento das

contri-buições previdenciárias das empresas passou para até o dia 20 do mês subsequente ao da competência. Caso não haja expediente bancário no dia 20, o recolhimento deve ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior.

d) no campo 9 - “Valor de Outras Entidades”, há

incidência de contribuição para as demais

entidades e fundos (“Terceiros”), devendo ser

lançado o valor correspondente.

5.1 GPS preenchida parcialmente

5.1.1 Recolhimento no prazo

Admitindo-se uma folha de pagamento de 13

o

salá-rio/2010 no valor total de R$ 12.510,00, quitada com os

respectivos empregados em 20.12.2010, relativa a uma

empresa comercial varejista de produtos de padaria e

de confeitaria com vinculação ao Código de

Pagamen-to 2100 - Empresas em Geral - CNPJ, por exemplo, não

optante pelo Simples Nacional, cujo encargo

previden-ciário devido (parte dos empregados + cota patronal

+ GIIL-RAT - deduções + outras entidades) foi no valor

total a recolher de R$ 4.302,73, e consideremos que a

empresa tenha efetuado o recolhimento em 20.12.2010

(no prazo). Temos adiante os cálculos hipotéticos e o

modo de preenchimento da GPS.

A Instrução Normativa RFB n

o

971/2009, art. 396,

dispõe sobre o preenchimento do documento de

arre-cadação previdenciária. Assim, temos:

a) campo 1 - “Nome ou Razão

Social/Fone/En-dereço”: informam-se o nome do contribuinte

ou sua razão social, o número do telefone e o

respectivo endereço;

b) campo 2 - “Vencimento (Uso Exclusivo INSS)”:

é de preenchimento exclusivo pelo INSS;

c) campo 3 - “Código de Pagamento”: informa-se

o código de pagamento referente ao valor que

está sendo recolhido;

No caso, apõe-se “2100”, conforme Ato

Decla-ratório Executivo Codac n

o

79/2010, Anexo I.

d) campo 4 - “Competência”: informa-se a

com-petência com 2 dígitos para o mês e com 4

dígitos para o ano;

No caso, insere-se “13/2010”.

e) campo 5 - “Identificador”: registra-se a

iden-tificação do contribuinte no CNPJ/MF, CEI ou

NIT/PIS/Pasep para o segurado empregado

doméstico;

f) campo 6 - “Valor do INSS”: registra-se o

va-lor total da contribuição a ser recolhido (parte

da empresa e do segurado), efetuando-se as

compensações e as deduções admitidas pela

legislação em valores atualizados;

No caso, registra-se “R$ 3.577,15”.

Valor do INSS correspondente a:

- Contribuição descontada dos empregados:

R$ 899,71

- 20% sobre a remuneração bruta paga aos

empregados a título de 13

o

salário/2010:

R$ 2.502,00

=> 20% de R$ 12.510,00

- 2% sobre a remuneração bruta paga aos

empregados a título de 13

o

salário/2010 para

contribuição relativa ao GIIL-RAT,

supondo-se que já esteja com a aplicação do FAP

R$ 250,20 => 2% de R$ 12.510,00

- R$ 74,76 - dedução a título de salário-família

- Total a recolher no campo 6: R$ 3.577,15

=> (R$ 899,71 + R$ 2.502,00 + R$ 250,20 -

R$ 74,76 (salário-família))

g) campo 7: não deve ser preenchido;

h) campo 8: não deve ser preenchido;

i) campo 9 - “Valor de Outras Entidades”:

regis-tra-se o valor da contribuição a ser recolhido,

em função de dispositivos legais, para outros

fundos e entidades - FNDE, Incra, Senai, Sesi,

Senac, Sesc, Sebrae, DPC, FAER, Senar, Sest,

Senat e Sescoop - com os quais a empresa

não mantenha convênio;

No caso, registra-se “R$ 725,58”.

- 5,8% (*) do total da folha de 13

o

salário/2010

dos empregados = R$ 12.510,00 ÷ 100 x 5,8

= R$ 725,58

(*) Sem convênio com o salário-educação.

De-monstrativo a seguir:

Valor de outras entidades

Rubricas Percentuais Terceiros% Salário-Educação 2,5 Incra 0,2 Senac 1,0 Sesc 1,5 Sebrae 0,6 Soma 5,8

(6)

j) campo 10 - “ATM/Multa/Juros”: registra-se

o somatório de atualização monetária, se

houver, multa e juros de mora devidos em

decorrência de recolhimento fora do prazo

de vencimento, calculados sobre o

soma-tório dos valores registrados nos campos

6 e 9;

k) campo 11 - “Total”: registra-se o somatório dos

campos 6, 9 e 10;

No caso, apõe-se “R$ 4.302,73 => (R$ 3.577,15

+ R$ 725,58)”.

l) campo 12 - “Autenticação Bancária”:

destina-se à autenticação, pelo agente arrecadador,

do valor recolhido.

3. CÓDIGO DE PAGAMENTO 2100 4. COMPETÊNCIA 13/2010

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - MPAS - INSTITUTO NACIONAL DO

SEGURO SOCIAL - INSS

GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - GPS 5. IDENTIFICADOR

6. VALOR DO INSS 3.577,15 7.

1. NOME OU RAZÃO SOCIAL/FONE/ENDEREÇO:

8.

2. VENCIMENTO (Uso exclusivo INSS) 9. VALOR DE OUTRAS ENTIDADES 725,58 10. ATM/MULTA E JUROS

ATENCÃO: É vedada a utilização de GPS para

recolhimento de receita de valor inferior ao estipulado em Resolução publicada pelo INSS. A receita que resultar valor inferior deverá ser adicionada a contribuição ou importância correspondente nos meses subseqüentes, até que o total

seja igual ou superior ao valor mínimo fixado. 11. TOTAL 4.302,73 12. AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

Instruções para preenchimento no verso.

5.1.2 Recolhimento em atraso

O recolhimento da contribuição previdenciária

efetuado em atraso sofre a incidência de atualização

monetária, conforme o caso, multa e juros moratórios

segundo tabela divulgada, mensalmente, pela RFB.

Desde a competência 1/1995 não há atualização

monetária.

De acordo com o art. 26 da Lei n

o

11.941/2009,

que altera, entre outros dispositivos, a redação do

art. 35 da Lei n

o

8.212/1991, ficou estabelecido que

os débitos com a União decorrentes das

contribui-ções sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do

parágrafo único do art. 11 da Lei n

o

8.212/1991, das

contribuições instituídas a título de substituição e das

contribuições devidas a terceiros, assim entendidas

outras entidades e fundos, não pagos nos prazos

pre-vistos em legislação, serão acrescidos de multa de

mora e juros de mora, nos termos do art. 61 da Lei n

o

9.430/1996.

O art. 61 da Lei n

o

9.430/1996 prevê que:

Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tri-butos e contribuições administrados pela Secretaria da Re-ceita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1o de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso.

§ 1o A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

§ 2o O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.

§ 3o Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3o do art. 5o, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao ven-cimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento.

(7)

6. RESCISÃO CONTRATUAL - RECOLHIMENTO DA

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - NORMAS

As contribuições devidas na rescisão contratual,

inclusive a ocorrida no mês de dezembro, são

recolhi-das em GPS normal da empresa junto com as demais

contribuições patronais, no dia 20 do mês

subsequen-te à rescisão, ansubsequen-tecipando-se o vencimento para o 1

o

dia útil anterior no caso de não haver expediente

ban-cário na data do vencimento.

A contribuição previdenciária do empregado

so-bre o 13

o

salário decorrente de rescisão contratual

também é calculada mediante aplicação, em

separa-do, das alíquotas normais de contribuição.

A contribuição incide sobre o 13

o

salário, inclusive

proporcional (veja comentário no subitem 6.1 adiante

sobre a incidência ou não do encargo previdenciário

na parcela do 13

o

salário oriunda de projeção do

avi-so-prévio indenizado).

6.1 Parcela relativa ao 13

o

salário proporcional

decorrente da projeção do período de

aviso-prévio indenizado - Comentários

Antes mesmo de abordar o assunto sobre a

inci-dência ou não do encargo previdenciário sobre a

par-cela relativa ao 13

o

salário proporcional decorrente da

projeção do período de aviso-prévio indenizado, há

que se comentar o próprio aviso-prévio indenizado.

No que se refere à parcela de aviso-prévio

indeni-zado, para fins de incidência ou não do encargo

pre-videnciário, vale observar que se trata de uma

ques-tão controvertida.

A Constituição Federal, em seu art. 195, I, “a”, e

II, determina:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equipa-rada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [...]

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência so-cial de que trata o art. 201;

[...]

A Lei n

o

8.212/1991, que trata da organização da

Seguridade Social e institui o Plano de Custeio da

Pre-vidência Social no inciso I do art. 28, define

salário-de-contribuição, para fins previdenciários.

Segundo o referido dispositivo legal, para o

empregado e trabalhador avulso,

salário-de-contri-buição é a remuneração auferida em uma ou mais

empresas, assim entendida a totalidade dos

rendi-mentos pagos, devidos ou creditados a qualquer

tí-tulo, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho,

qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas,

os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os

adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer

pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo

tempo à disposição do empregador ou tomador de

serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda,

de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou

sen-tença normativa.

Lembramos que a mesma disposição

menciona-da no parágrafo anterior se encontra prevista no

in-ciso I do art. 214 do RPS, aprovado pelo Decreto n

o

3.048/1999, e no inciso I do art. 55 da Instrução

Nor-mativa RFB n

o

971/2009, que dispõe sobre as normas

gerais de tributação e arrecadação previdenciárias.

Considerando a determinação constitucional e

a definição legal de salário-de-contribuição

anterior-mente descrita, constata-se que a contribuição

pre-videnciária incide sobre a contraprestação auferida

decorrente do exercício do trabalho ou do tempo à

disposição do empregador, no curso de uma relação

empregatícia ou de trabalho.

O aviso-prévio, na sua forma indenizada, não

re-presenta contraprestação pelo trabalho executado

tampouco tempo à disposição do empregador, visto

que durante o período de sua projeção, considerada

para fins de pagamento das demais verbas

rescisó-rias, não existe mais qualquer obrigação por parte do

trabalhador em manter a prestação de serviço que

existia antes do rompimento do contrato laboral.

As-sim, o empregador indeniza o empregado,

liberando-o tliberando-otalmente de qualquer vínculliberando-o de empregliberando-o.

Deve-se considerar também que, na definição de

salário-de-contribuição, em nenhum momento o

legis-lador inseriu qualquer termo vinculado a uma parcela

indenizatória, reforçando ainda mais a tese de que

sobre o aviso-prévio indenizado não há incidência da

contribuição previdenciária.

(8)

Vale ressaltar que, originariamente, a Lei n

o

8.212/1991, em seu art. 28, § 9

o

, “e”, continha

previ-são expressa a respeito da não incidência do encargo

previdenciário sobre o aviso-prévio indenizado.

Com o advento da Lei n

o

9.528/1997, foi alterada

a redação do § 9

o

do art. 28 da Lei n

o

8.212/1991,

su-primindo a previsão da não incidência previdenciária

sobre a parcela do aviso-prévio indenizado.

Apesar da supressão da previsão expressa de não

incidência do encargo previdenciário sobre a parcela

do aviso-prévio indenizado, conforme alteração

pro-movida pela já citada Lei n

o

9.528/1997, o RPS,

aprova-do pelo Decreto n

o

3.048/1999, previa a não integração

do aviso-prévio indenizado ao salário-de-contribuição,

conforme determinava o seu art. 214, § 9

o

, V, “f”.

Ressalte-se que, posteriormente à edição da Lei

n

o

9.528/1997, não só o RPS mantinha a exclusão do

encargo previdenciário sobre o aviso-prévio

inde-nizado, mas também a Instrução Normativa SRP n

o

3/2005, conforme disposto na alínea “f” do inciso VI

do art. 72 continha a mesma previsão. Contudo, em

16.01.2007, por meio da Instrução Normativa SRP n

o

20/2007, essa alínea “f” foi expressamente revogada,

não havendo mais a previsão da exclusão do encargo

previdenciário sobre o aviso-prévio indenizado na

ci-tada Instrução Normativa.

Nota

A Instrução Normativa SRP no 3/2005 e a Instrução Normativa SRP no

20/2007 foram revogadas pela Instrução Normativa RFB no 971/2009.

Restando o RPS como o único diploma legal que

ainda mantinha a previsão da não incidência

previ-denciária sobre a parcela do aviso-prévio

indeniza-do, surgiu, finalmente, o Decreto n

o

6.727/2009, o

qual em 13.01.2009 revogou expressamente a alínea

“f” do inciso V do § 9

o

do art. 214 do RPS, que trazia

a previsão da não incidência do encargo

previden-ciário sobre o aviso-prévio indenizado, extinguindo,

assim, o último dispositivo legal que mantinha

ex-pressamente a parcela do aviso-prévio indenizado

na relação das verbas que não integram o

salário-de-contribuição.

Não obstante a revogação da mencionada alínea

“f”, devemos lembrar que a alínea “m” do mesmo inciso

V do § 9

o

do art. 214 do RPS, a qual continua em vigor,

esclarece que não integram o salário-de-contribuição

outras indenizações, desde que expressamente

previs-tas em lei. Dessa forma, considerando ser o aviso-prévio

indenizado verba de natureza indenizatória e prevista

em lei, estaria enquadrado na citada alínea “m”.

Ressalte-se que, apesar da revogação dos

dispo-sitivos legais que previam expressamente a não

inte-gração do aviso-prévio indenizado no

salário-de-con-tribuição, em nenhum momento a Lei n

o

8.212/1991 ou

o RPS previu expressamente a integração.

Pela análise dos dispositivos legais anteriormente

mencionados, e considerando ser o aviso-prévio

in-denizado, tipicamente, uma verba de natureza

indeni-zatória, não obstante a controvérsia existente, há uma

forte corrente de entendimento que defende a não

in-cidência do encargo previdenciário sobre os valores

pagos a tal título.

Não obstante o anteriormente exposto, a RFB,

órgão arrecadador, por meio da Instrução Normativa

RFB n

o

925/2009 (publicada no DOU de 09.03.2009),

a qual dispõe, entre outras providências, sobre as

informações a serem declaradas na GFIP,

determi-nou que, a partir de 1

o

.01.2009, as pessoas jurídicas

ou os contribuintes equiparados que efetuarem

res-cisão de contrato de trabalho de seus empregados

e pagarem aviso-prévio indenizado deverão

preen-cher o Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e

Informações à Previdência Social (Sefip) da seguinte

forma:

a) o valor do aviso-prévio indenizado não deverá

ser informado; e

b) o valor do avo de 13

o

salário correspondente ao

aviso-prévio indenizado deverá ser informado no

campo “Base de Cálculo 13

o

Salário da

Previdên-cia SoPrevidên-cial”, exceto no caso de empregado que

tenha trabalhado por um período inferior a 15

dias durante o ano, cuja informação não poderá

ser prestada até que o Sefip seja adaptado.

Nessas hipóteses, a GPS gerada pelo Sefip será

desprezada, devendo ser preenchida GPS

manual-mente com os valores efetivamanual-mente devidos,

incluin-do as contribuições incidentes sobre o aviso-prévio

indenizado e sobre o 13

o

salário correspondente ao

aviso-prévio indenizado. Para fins de cálculo das

con-tribuições e de enquadramento na tabela de

salário-de-contribuição, o valor do aviso-prévio indenizado

será somado às outras verbas rescisórias que

pos-suam incidência de contribuições previdenciárias, na

competência do desligamento.

O avo do 13

o

salário correspondente ao

(9)

sa-lário proporcional, correspondente ao valor bruto da

gratificação sem compensação dos adiantamentos

pagos, mediante aplicação, em separado, da tabela

de salário-de-contribuição.

As informações prestadas em GFIP em desacordo

com o anteriormente exposto poderão ser retificadas por

meio da apresentação de GFIP retificadora. A

mencio-nada retificação não sujeitará o sujeito passivo à multa

prevista no inciso II do art. 32-A da Lei n

o

8.212/1991.

Desde 13.01.2009, não há, na Lei n

o

8.212/1991

ou no RPS, dispositivo expresso determinando a não

incidência da contribuição previdenciária na verba

paga a título de aviso-prévio indenizado, tampouco

entendimento pacífico de que a referida verba pode

ser considerada salário-de-contribuição, uma vez

que não se coaduna com a definição de

salário-de-contribuição contida no inciso I do art. 28 da Lei n

o

8.212/1991.

No que concerne ao encargo previdenciário sobre

a parcela (avo) correspondente do 13

o

salário

propor-cional decorrente da projeção do período do

aviso-prévio indenizado, informamos que, atualmente, não

existe na Lei n

o

8.212/1991 nem no seu regulamento

(Decreto n

o

3.048/1999) qualquer previsão expressa

sobre a não incidência previdenciária, havendo

enten-dimento no sentido de que prevalece sobre a referida

parcela acessória a mesma sorte da parcela principal,

que é o aviso-prévio indenizado, observados os

co-mentários anteriores.

Diante de todo o exposto, e considerando a

polêmi-ca que se estabelece no que tange à interpretação da

atual legislação relativa ao encargo previdenciário sobre

o aviso prévio-indenizado, bem como o entendimento

da RFB favorável à tributação, caberá ao Poder

Judiciá-rio a solução definitiva da controvérsia caso a parte que

se sinta prejudicada promova a competente ação.

7. SALÁRIO-MATERNIDADE - 13

o

SALÁRIO

PROPORCIONAL - PAGAMENTO

Com o advento da Lei n

o

10.710/2003, foi

restabe-lecida a obrigatoriedade de a empresa efetuar o

paga-mento do salário-maternidade à sua empregada

ges-tante, cujo valor será compensado por ocasião do

reco-lhimento das contribuições incidentes sobre a folha de

pagamento e demais rendimentos pagos ou creditados,

a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.

O INSS, portanto, continua responsável pelo

pa-gamento do salário-maternidade diretamente à

segu-rada quando se tratar, entre outros casos, de:

a) adoção ou obtenção de guarda judicial para

fins de adoção;

b) seguradas empregada doméstica, contribuinte

individual (autônoma e empresária),

trabalha-dora avulsa, especial ou facultativa.

Assim, na ocorrência de parto ou aborto não

cri-minoso, o salário-maternidade devido à segurada

em-pregada será pago pela empresa.

7.1 Reembolso - Regras

O reembolso à empresa ou equiparada de

valo-res do salário-maternidade pagos a seguradas a seu

serviço poderá ser efetuado mediante dedução no ato

do pagamento das contribuições devidas à

Previdên-cia SoPrevidên-cial, correspondentes ao mês de competênPrevidên-cia

do pagamento do benefício à segurada, devendo ser

declarado em GFIP, observadas as disposições da

Instrução Normativa RFB n

o

900/2008.

7.2 Valor do reembolso

A empresa será reembolsada pelo pagamento do

valor bruto do salário-maternidade (correspondente

à renda mensal igual à remuneração integral da

em-pregada beneficiária, observado o disposto na

Cons-tituição Federal/1988, art. 248), incluída a gratificação

natalina proporcional ao período da correspondente

licença (abono anual).

Para fins de apuração do valor a deduzir a título

de gratificação natalina proporcional ao período da

correspondente licença-maternidade, deverá a

em-presa observar o seguinte cálculo:

a) a remuneração correspondente ao 13

o

salário

será dividida por 30;

b) o resultado da operação descrita na letra “a”

será dividido pelo número de meses

consi-derados no cálculo da remuneração do 13

o

;

c) a parcela referente ao 13

o

salário proporcional ao

período de licença-maternidade corresponderá

ao produto da multiplicação do resultado da

operação descrita na letra “b” pelo número de

dias de gozo de licença-maternidade no ano.

(10)

7.3 Contribuição previdenciária

Sobre o salário-maternidade, incluindo a parcela

da gratificação natalina correspondente ao período da

licença (abono anual), incidem as contribuições

previ-denciárias, tanto as devidas pela empregada como as

devidas pela empresa.

As contribuições sociais incidentes sobre o total do

13

o

salário, incluindo a parcela do 13

o

salário proporcional

aos meses de salário-maternidade, devem ser recolhidas

pela empresa, juntamente com as contribuições relativas

ao 13

o

salário do ano em que o benefício foi pago.

Nos casos em que o salário-maternidade tiver sido

pago diretamente pelo INSS à segurada empregada

(entre outros, adoção ou obtenção de guarda judicial

para fins de adoção), a empresa deve recolher a

con-tribuição previdenciária patronal, inclusive as

destina-das a terceiros, sobre o valor do salário-maternidade

pago pelo INSS à segurada empregada.

Quanto ao desconto da contribuição

previdenciá-ria da empregada em gozo do benefício de

salário-ma-ternidade pago pelo INSS, este é efetuado pelo próprio

INSS, no valor do benefício. Entretanto, se o

recebi-mento do benefício corresponder à fração de mês, o

desconto tanto no início como no término do benefício,

deverá ser feito da seguinte forma:

a) pela empresa, sobre a remuneração relativa aos

dias trabalhados, aplicando-se a alíquota

corres-pondente à remuneração mensal integral,

respei-tado o teto máximo do salário-de-contribuição;

b) pelo INSS, sobre o salário-maternidade relativo aos

dias correspondentes, aplicando-se a alíquota

de-vida sobre a remuneração mensal integral,

obser-vado o limite máximo do salário-de-contribuição.

Quando o desconto na empresa ou no INSS

atin-gir o limite máximo do salário-de-contribuição, não

ca-berá mais nenhum desconto pela outra parte.

8. FGTS - DEPÓSITO

O depósito relativo ao Fundo de Garantia do

Tem-po de Serviço (FGTS) (8%) é devido com base na

remuneração paga ou devida no mês anterior, nela

incluída, além de outras parcelas, a gratificação de

Natal, devendo ser efetuado até o dia 7 do mês

sub-sequente ao da competência da remuneração. Assim,

o depósito deve ser efetuado por ocasião do

paga-mento tanto da 1

a

como da 2

a

parcela do 13

o

salário

ou nos casos de rescisão contratual.

Lembramos que o depósito do FGTS na conta

vincu-lada também é obrigatório nos casos de afastamento do

trabalho por motivo de prestação de serviço militar,

licen-ça para tratamento de saúde de até 15 dias, licenlicen-ça por

acidente de trabalho, licença à gestante,

licença-paterni-dade, entre outras hipóteses previstas na legislação.

9. IRRF

Incide o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF),

no mês de dezembro ou da rescisão contratual,

con-forme o caso, sobre o valor total do 13

o

salário (1

a

e

2

a

parcelas), separadamente dos demais rendimentos

pagos, mediante a utilização da respectiva tabela

pro-gressiva vigente no mês de dezembro ou da rescisão,

podendo ser feitas, no rendimento bruto, todas as

de-duções permitidas para fins de determinação da base

de cálculo do imposto (RIR/1999, art. 638).

W

Exemplo

Empregada fica afastada do trabalho por motivo de parto (licença-maternidade) durante 120 dias, no período de 1o.04 a 29.07 do ano em curso. Nesta hipótese, a empresa deve efetuar o pagamento direto do próprio salário-maternidade, bem como o pagamento total da gratifica-ção natalina, incluindo o período correspondente ao afastamento por licença-maternidade. Assim, temos:

- número de dias de licença-maternidade no exercício = 120 dias (1o.04 a 29.07); - remuneração em dezembro do ano correspondente = R$ 2.670,00;

- valor do 13o salário: 1o.01 a 31.12 => 12/12 de R$ 2.670,00 = R$ 2.670,00. Cálculo da parcela a deduzir a título de gratificação natalina:

1) R$ 2.670,00 ÷ 30 = R$ 89,00; 2) R$ 89,00 ÷ 12 equivale a R$ 7,4166; 3) R$ 7,4166 x 120 equivale a R$ 890,00.

(11)

W

Exemplo

Empregado com remuneração mensal de R$ 6.500,00 em dezembro/2010, com 2 dependentes para fins de Imposto de Renda. Assim, temos:

Remuneração integral de 13o salário/2010

(1a + 2a parcelas) = R$ 6.500,00

Desconto de INSS = R$ 381,41

-Desconto relativo aos dependentes = R$ 301,38 -Base de incidência do Imposto de Renda R$ 5.817,21 Imposto de Renda (27,5%) R$ 1.599,73

Parcela a deduzir = R$ 692,78

-Total do Imposto de Renda a reter = R$ 906,95

(RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, art. 214, §§ 6o e 7o, art. 216, §§ 1o a 3o, art. 25; Instrução Normativa RFB no 971/2009, arts. 85, 94, 95, 96, 98 e 99; Instrução Normativa INSS no 45/2010, arts. 306, 307 e 345; Lei no 11.324/2006; Lei no 11.933/2009; Lei no 11.482/2007, art. 1o, na redação dada pelo art. 23 da Lei no 11.945/2009; Lei no 9.250/1995, art. 4o, na redação dada pelo art. 3o da Lei no 11.482/2007; Instrução Normativa RFB no 900/2008; Manual da GFIP/Sefip, aprovado pela Instrução Normativa RFB no 880/2008, pela Circular Caixa no 451/2008 e pelo Comunicado Caixa s/no publicado no DOU 3 de 17.10.2008; Instrução Normativa RFB no 925/2009; Circular Caixa no 450/2008; Decreto no 6.765/2009; Portaria Interministerial MPS/MF no 333/2010, com as alterações decor-rentes da Portaria MPS/MF no 408/2010; Ato Declaratório Executivo Codac no 79/2010)

Décimo Terceiro Salário

13

o

salário do empregado doméstico

1. INTRODUÇÃO

O 13

o

salário devido ao empregado doméstico,

da mesma forma que o 13

o

salário dos empregados

em geral, é pago em duas parcelas: a 1

a

entre

fe-vereiro e novembro de cada ano e a 2

a

até 20 de

dezembro.

Define-se como empregado doméstico aquele

que presta serviços de natureza contínua e de

fina-lidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito

residencial destas, tais como cozinheiro, copeiro,

arrumadeira, babá, jardineiro, motorista particular

etc.

2. CÁLCULO

Calcula-se o 13

o

salário com base em 1/12 da

re-muneração devida em dezembro, por mês de serviço

do ano correspondente, considerando-se mês integral

a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho.

Assim, por exemplo, na admissão em 20.06.2010,

conta-se:

Meses/2010 Tempo trabalhado Avos proporcionais

Junho 11 dias -Julho 31 dias 1/12 Agosto 31 dias 2/12 Setembro 30 dias 3/12 Outubro 31 dias 4/12 Novembro 30 dias 5/12 Dezembro 31 dias 6/12

(12)

3. DESCONTO PREVIDENCIÁRIO - PROCEDIMENTOS

O desconto previdenciário relativo ao 13

o

salá-rio deve ser efetuado, por ocasião do pagamento da

parcela final, em separado do salário do mês, sem

abatimento da antecipação. O seu recolhimento

efe-tua-se até 20 de dezembro ou dia útil imediatamente

anterior se não houver expediente bancário no dia

20. No caso de rescisão contratual, o recolhimento

deve ser efetuado no prazo normal de recolhimento

das demais contribuições previdenciárias.

Lembramos que, nos afastamentos da

emprega-da doméstica por motivo de licença-materniemprega-dade, o

abono anual pago pelo INSS (13

o

salário proporcional

ao período de salário-maternidade) estará sujeito ao

encargo previdenciário por ocasião do pagamento da

parcela final do 13

o

salário ou da rescisão do

contra-to de trabalho (Instrução Normativa RFB n

o

971/2009,

arts. 92 e 95, e Instrução Normativa INSS n

o

45/2010,

arts. 345).

Nota

Vale destacar que, desde 1o.12.2000, está vedada a utilização de

documento de arrecadação previdenciária de valor inferior a R$ 29,00.

Assim, a contribuição previdenciária devida que, no período de apuração, resultar em valor inferior a R$ 29,00 deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos períodos subsequentes até que o total seja igual ou superior a R$ 29,00, quando, então, deverá ser recolhido no prazo de vencimento estabelecido pela legislação para este último pe-ríodo de apuração, conforme previsto na Resolução DC/INSS no 39/2000.

Por meio da Lei n

o

11.324/2006, foi acrescido o

§ 6

o

ao art. 30 da Lei n

o

8.212/1991 para facultar ao

empregador doméstico a realização do recolhimento

da contribuição previdenciária (parte do empregador

e parte do empregado) relativa à competência

no-vembro, até o dia 20 de dezembro, juntamente com

a contribuição referente ao 13

o

salário, utilizando um

único documento de arrecadação.

Inserimos, no exemplo do subitem 3.1.1, o modelo da

Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS)

par-cialmente preenchido, considerando apenas o

recolhi-mento da contribuição previdenciária sobre o 13

o

salário.

Reproduzimos, a seguir, a tabela de contribuição

dos segurados empregado, empregado doméstico e

trabalhador avulso para pagamento de remuneração

a partir de 16.06.2010.

W

Exemplos

a) admissão em 20.06.2010

- salário mensal: R$ 600,00

- tempo de serviço até outubro/2010: 4/12 13o salário: • 1a parcela (até 30.11.2010) R$ 600,00 ÷ 12 = R$ 50,00 R$ 50,00 x 4 = R$ 200,00 R$ 200,00 ÷ 2 = R$ 100,00 • 2a parcela (até 20.12.2010) - salário mantido em R$ 600,00 R$ 600,00 ÷ 12 = R$ 50,00 R$ 50,00 x 6 = R$ 300,00 R$ 300,00 - R$ 100,00 (1a parcela) = R$ 200,00 (2a parcela) Notas

(1) Há os que consideram, no tempo de serviço, para pagamento da 1a parcela, o mês de novembro, passando o adiantamento a ser calculado, como

no exemplo, à base de 50% de 5/12, desde que o empregado já tenha trabalhado, no mínimo, 15 dias em novembro. Entretanto, como a Lei no 4.749/1965,

art. 2o, determina o adiantamento do 13o salário na importância correspondente à metade do salário do mês anterior (base de cálculo), entende-se que a

contagem dos avos proporcionais também deve ir até aquele mês - no exemplo, até outubro/2010.

(2) Nada impede que o 13o salário seja pago integralmente, em parcela única, até 30 de novembro, devendo ser complementada eventual diferença

até 20 de dezembro, caso neste mês ocorra majoração salarial. Lembramos, entretanto, que a prática reiterada do pagamento integral antecipado pode implicar aquisição do direito (ajuste tácito ao contrato de trabalho), pelo empregado, de sempre receber integralmente o 13o salário antes do prazo legal.

b) admissão em 10.12.2010

- salário mensal em dezembro/2010: R$ 672,00 - tempo de serviço para 13o: 1/12 - pagamento até 20.12.2010

(13)

Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até 1.040,22 de 1.040,23 até 1.733,70 de 1.733,71 até 3.467,40 8 9 11 Doméstico: Teto = 3.467,40

Assim, a contribuição recolhida na GPS

corres-ponde a:

a) empregado:

-

alíquota de 8% incidente nos valores até

R$ 1.040,22, de 9% nos de R$ 1.040,23 a

R$ 1.733,70 e de 11% nos de R$ 1.733,71

a R$ 3.467,40.

b) empregador:

-

alíquota de 12% do

salário-de-contribui-ção de seu empregado doméstico,

inci-dente nos valores até R$ 3.467,40.

Portanto, o recolhimento na GPS corresponde a

20%, 21% ou 23%, conforme a faixa do

salário-de-con-tribuição.

3.1 Exemplos

W

Exemplos

a) 13o salário devido em 2010 = R$ 510,00 <=> salário mensal de 1o.01.2010 a 31.12.2010;

- recolhimento na GPS: R$ 102,00 (20%) de R$ 510,00, ou seja, 8% do empregado e 12% do empregador); b) 13o salário devido = R$ 1.100,00

- recolhimento na GPS = R$ 231,00 (21% de R$ 1.100,00, ou seja, 9% do empregado e 12% do empregador); c) 13o salário devido = R$ 4.000,00

- recolhimento na GPS equivale a R$ 797,50 (23% de R$ 3.467,40 - limite máximo de contribuição, ou seja, 11% do empregado e 12% do empregador).

3.1.1 Preenchimento parcial da GPS

O modelo da GPS que se segue corresponde ao exemplo “a” do subitem anterior, pertinente ao pagamento do

13

o

salário/2010 no valor de um salário-mínimo.

3. CÓDIGO DE

PAGAMENTO 1600 4. COMPETÊNCIA 13/2010

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - MPAS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - GPS

5. IDENTIFICADOR

6. VALOR DO INSS 102,00 7.

1. NOME OU RAZÃO SOCIAL/FONE/ENDEREÇO: XXX & YYY Ltda.

Tel.: (0xx99) 9999-9999

Rua Tal, 999 - Centro - Jundiaí /SP CEP 909909-909

8. 2. VENCIMENTO

(Uso exclusivo INSS) 9. VALOR DE OUTRAS ENTIDADES 10. ATM/MULTA E JUROS

ATENCÃO: É vedada a utilização de GPS para recolhimento de receita de valor inferior ao estipulado em resolução publicada pelo INSS. A receita que resultar em valor inferior deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos meses subsequentes, até que o total seja igual ou superior ao valor mínimo fixado.

11. TOTAL

102,00(*)

12. AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

(14)

(*) Importante

Valor correto se recolhido até 20.12.2010 ou no

dia útil imediatamente anterior se não houver

expe-diente bancário.

Lembramos que o recolhimento normal sobre

o salário de dezembro/2010 deve ser realizado até

17.01.2011 ou no dia útil imediatamente posterior se

não houver expediente bancário no dia 17. No campo

“Competência”, nesse caso, deve-se inserir “12/2010”.

Caso o empregador doméstico tenha optado pelo

recolhimento trimestral da contribuição previdenciária

normal relativa à competência dezembro/2010, o

pra-zo para recolhimento continuará sendo até 17.01.2011

ou dia útil imediatamente posterior se não houver

ex-pediente bancário no dia 17.

4. AFASTAMENTO POR MOTIVO DE DOENÇA

E LICENÇA-MATERNIDADE - ABONO

ANUAL PAGO PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL -

IMPLICAÇÕES

4.1 Auxílio-doença

O empregado doméstico que está ou esteve

em gozo do benefício de auxílio-doença recebe, do

empregador doméstico, o 13

o

salário proporcional,

relativo ao período de efetivo trabalho, assim

consi-derado o tempo anterior e posterior ao afastamento,

e a Previdência Social assume o período relativo ao

afastamento do trabalho, computando-o para fins de

pagamento do abono anual.

W

Exemplo

Empregado doméstico, admitido em 21.01.2009, ficou afastado do trabalho no ano de 2010, de 03.05 a 27.06, por motivo de doença, percebendo o benefício previdenciário. Nesse caso, o empregador deverá calcular e quitar o 13o salário desse empre-gado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado, percebendo benefício previdenciário.

Assim, nessa hipótese, o empregador deverá computar 10/12 relativos ao 13o proporcional em 2010, dos quais:

a) 4/12 correspondem ao período de 1o.01 a 02.05.2010 (anterior ao início do benefício previdenciário); e

b) 6/12 relativos ao período de 28.06 a 31.12.2010 (posterior ao afastamento).

4.1.1 Abono anual a cargo da Previdência Social

O abono anual é pago pela Previdência Social

aos segurados e dependentes que, durante o ano,

tenham recebido aposentadoria, salário-maternidade,

pensão por morte, auxílio-acidente, auxílio-doença ou

auxílio-reclusão. O abono é apurado, no que couber,

da mesma forma que a gratificação de Natal dos

tra-balhadores, com base no valor da renda mensal do

benefício do mês de dezembro de cada ano (Lei n

o

8.213/1991, art. 40, e Instrução Normativa INSS n

o

45/2010, art. 345).

No ano de 2010, o pagamento do abono anual

será efetuado em duas parcelas, sendo a primeira,

equivalente a até 50% do valor do benefício

corres-pondente ao mês de agosto, paga juntamente com

o benefício correspondente a esse mês. O valor da

segunda parcela corresponderá à diferença entre o

valor total do abono anual e o valor da parcela

anteci-pada (Decreto n

o

7.264/2010).

4.2 Licença-maternidade

Nos termos da Instrução Normativa INSS n

o

45/2010, art. 345, § 3

o

, ficou estabelecido que o valor

do abono anual (13

o

salário proporcional ao período

de duração do salário-maternidade) será pago, em

cada exercício, pelo INSS, juntamente com a última

parcela do benefício nele devido, observado o

paga-mento em duas parcelas.

W

Exemplo

Empregada doméstica fica afastada do trabalho por motivo de licença-maternidade durante 120 dias, no período de 25.03 a 22.07.2010. Nessa hipótese, a Previdência Social deverá arcar com o pagamento do abono anual de 4/12 correspondente ao período de afastamento por licença-maternidade, e o emprega-dor doméstico deverá calcular e pagar o 13o salário/2010 dessa empregada proporcionalmente aos períodos tidos como efetiva-mente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastada, bem como quitar eventual diferença entre o efetivo valor do 13o salário no período de afastamento e o valor do abono anual pago pelo INSS, ou seja:

a) 3/12 correspondente ao período de 1o.01 a 24.03.2010 (anterior ao afastamento);

b) 5/12 relativos ao período de 23.07 a 31.12.2010 (posterior ao afastamento);

c) 4/12 pertinentes ao período de afastamento de 25.03 a 22.07.2010, deduzido o valor do abono anual pago pela Pre-vidência Social, relativo a esse período de afastamento.

Para verificar a incidência do encargo

previdenciá-rio da parte do empregador doméstico sobre o referido

abono anual pago pelo INSS, veja o item 3 deste texto.

(Lei no 4.090/1962; Lei no 4.749/1965; Lei no 5.859/1972; Lei no 11.324/2006; Decreto no 57.155/1965; Decreto no 71.885/1973)

(15)

IOB Setorial

MEIO AMBIENTE

Meio ambiente e biodiversidade, saúde,

biotecnologia e produção - Atuação do

biólogo

1. INTRODUÇÃO

Considerando o atual estágio do

desenvolvimen-to científico e tecnológico e a evolução do mercado

de trabalho nas áreas de meio ambiente e

biodiversi-dade, saúde, biotecnologia e produção, a Resolução

CFBio n

o

227/2010 traz os requisitos mínimos para

o biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises,

pe-rícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e

outros serviços nas referidas áreas.

2. ÁREAS DE ATUAÇÃO

O biólogo regularmente registrado nos Conselhos

Regionais de Biologia (CRBio) e legalmente

habili-tado para o exercício profissional, de acordo com o

art. 2

o

da Lei n

o

6.684/1979 e art. 3

o

do Decreto n

o

88.438/1983, poderá atuar nas seguintes áreas:

a) meio ambiente e biodiversidade;

b) saúde;

c) biotecnologia e produção.

Nota

O exercício das atividades profissionais/técnicas vinculadas às diferen-tes áreas de atuação fica condicionado ao currículo efetivamente realizado ou à pós-graduação lato sensu ou stricto sensu na área, ou à experiência profissional nesse campo de trabalho, com duração mínima de 360 horas, comprovada pelo acervo técnico.

3. DEFINIÇÕES

Para efeito da Resolução CFBio n

o

227/2010,

en-tende-se por:

a) atividade profissional: o conjunto de ações e

atribuições geradoras de direitos e

responsa-bilidades relacionadas ao exercício

profissio-nal, de acordo com as competências e

habili-dades obtidas pela formação profissional;

b) áreas: o conjunto de áreas de atuação afins

que caracteriza um perfil profissional (as áreas

do biólogo são: meio ambiente e

biodiversida-de, saúbiodiversida-de, biotecnologia e produção);

Férias coletivas - Retificação

No texto publicado sob o título acima, constante

do Fascículo n

o

44/2010 do Manual de Procedimentos

do Caderno de Legislação Trabalhista e

Previdenciá-ria, no subitem 11.1, no quadro de Exemplos, descrito

na pág. 8:

onde se lê:

1/3 (CF/1988) de R$ 733,33 = R$ 44,44

leia-se:

1/3 (CF/1988) de R$ 733,33 = R$ 244,44

Solicitamos que a retificação ora descrita seja

anotada nas citadas páginas do Fascículo, a fim de

mantê-lo atualizado.

Referências

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