• Nenhum resultado encontrado

Um dia com a flauta. Registro e extensão. FLAUTA TRANSVERSAL 2 de setembro de

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Um dia com a flauta. Registro e extensão. FLAUTA TRANSVERSAL 2 de setembro de"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

1 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Um dia com a flauta

A flauta transversal, por vezes chamada de flauta transversa ou simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício(buraco) por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sentido do instrumento.

Apesar de atualmente ser fabricada em metal, em sua origem, ela era de madeira. Por esta razão, até hoje, a flauta transversal é classificada nas orquestras como um instrumento pertencente ao grupo das madeiras.

Registro e extensão

A extensão normal (registro) da flauta é de três oitavas, do Dó3 (Dó central no piano) ao Dó6, mas flautistas experientes podem chegar até o Ré6 (em alguns casos até mesmo ao Dó7)esse e um assunto um tanto polemico. Algumas flautas modernas permitem também emitir o Si2. Chamadas de pé em si.

Há também outros tipos de flauta transversal, como o piccolo, cujo registro começa uma oitava acima da flauta transversal comum, Mais exatamente D4 aflauta baixo, cujo registro começa uma oitava abaixo da flauta transversal comum, Do2 e a flauta alto, que começa em Sol2. Há também as flautas de bambu e madeira, conhecidas por pífaro, bansurí, quena entre outros, mudando de acordo com o país e às vezes mudando o esquema de notas e a embocadura, muito usado na música tradicional de diversos países, cujo registro pode variar muito conforme a tradição cultural considerada. Às vezes a flauta de bambu e madeira é usada como aprendizado para transversal, porém sua sonoridade é diferente da transversal e com menos notas.

(2)

2 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Recursos comuns na flauta transversal

A flauta sempre foi um instrumento muito privilegiado no que diz respeito a recursos e ornamentos. Grande parte dos recursos musicalmente conhecidos são executáveis na Flauta, salvo as particularidades e dificuldades inerentes ao próprio instrumento. • Vibrato - introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma,

semelhantemente ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.

• Glissando - consiste em "deslizar" entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.

• Harmônicos - feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota "real".

• Beatboxing - Consiste em tocar uma melodia realizando o beatboxing ao mesmo tempo - Técnica moderna que se tornou famosa recentemente, ao ser executada pelo artista Greg Pattillo.

• Multifonia - consiste em solfejar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo. (técnica moderna)

• Frullato - pronuncia-se a letra "R" (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência. (técnica também conhecida por Fluterzung e sempre foi característica própria deste instrumento, mas seu uso se tornou mais evidente em recentemente) • Polifonia ou Nota dupla - através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de

notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais "difuso", de forma a permanecer entre dois sons harmônicos. (técnica moderna) • Trinados, trêmolos, mordentes, staccatos, legatos e outros compõem uma lista vasta

de ornamentos e expressões muito comuns na execução da Flauta.

(3)

3 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Fabricação

O instrumento era feito originalmente de madeira, passando-se posteriormente a fabricá-lo em prata ou outro metal, que confere uma maior intensidade do som, melhor afinação, mais facilidade de uso das chaves. Ainda há orquestras na Alemanha que utilizam flautas de madeira, justificando-se pela beleza de timbre inigualável.

A classificação nos diz que a flauta pertence às Madeiras embora a sua construção seja geralmente feita de metal. A classificação no entanto não se embasa na construção, mas na natureza dos timbres. As madeiras caracterizam pela diversidade de timbres e pela delicadeza destes.

Na fabricação da flauta, atualmente existem flautas feitas em Níquel e banhadas em prata, enquanto outras são feitas em prata e algumas são feitas de ouro. Existem algumas marcas como a Muramatsu, Miyazawa, Yamaha, Artley, Haynes, Sankyo que constroem flautas de platina. Muito se discute a questão do tipo de metal e as consequências que ele acarreta no som. Sabe-se que as flautas de ouro possuem um timbre "mais definido" enquanto as de Prata possuem o possuem "mais fluido e aberto"[carece de fontes].

Uma flauta é um tubo aproximadamente cilíndrico dividido em três partes principais: Bocal ou Cabeça, Corpo e Pé.

• O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o

instrumentista apoie comodamente o lábio inferior (porta-lábio). Numa extremidade, há uma peça móvel formada de cortiça com um ressonador de metal, movendo-a, ajusta-se a afinação da flauta (geralmente as flautas vêm com um bastão indicando a

distância correta do ressonador ao centro do orifício. Na outra extremidade, encaixa-se o corpo. O tamanho e forma do orifício pode alterar radicalmente todo o funcionamento e execução.

• O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves. Cada chave é relacionada com no mínimo um orifício e seu acionamento as classificam em dois grupos: as chaves que fecham os orifícios e as chaves que abrem. Em ambos os casos a chave possuirá na face inferior uma sapatilha, que entra em contato com o orifício, vedando-o dessa forma. As sapatilhas de flauta transversal são atualmente feitas em feltro trançado revestido em Baudruche (pele natural derivada das vísceras do peixe, principalmente da bexiga e intestino). Atualmente usa-se o sistema de Boehm, e outros mecanismos adicionais como rolamentos para o dedo mínimo na chave fundamental de Dó e o Mi Mecânico que auxilia a emissão desta nota em oitavas agudas, além de outros.

• O pé é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó, mas há flautas que se estendem até o Si2.

(4)

4 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Cuidado

• Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora, guardando-a sempre seca. • Ter cuidado com o bocal.

• Ter leveza nos dedos ao acionar as chaves. • Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa. • Encaixar delicadamente as partes da Flauta. • Higienizar a boca e as mãos antes de tocar. • Tocar sempre com a postura correta

Sobre afinação da Flauta

Afinação é essencial para todo instrumento musical. Sem estar afinado não é possível tocar com mais de um instrumento e soar agradável.

Para afinar seu instrumento você precisa ter uma referência, seja um piano/órgão ou um afinador digital, a nota ‘Lá’ é a nota usada para se afinar os instrumentos. Normalmente o Lá adotado é 440Hz, mas existem instrumentos e orquestras que também usam o Lá 442Hz como referência de afinação. Você precisa saber qual ‘Lá’ sua orquestra irá utilizar ou instrumento, e afinar igualmente.

Na flauta transversal temos dois pontos de afinação, uma afinação principal e outro móvel. A Afinação principal:

Afinação principal da flauta, também chamada de afinação fixa, é a posição da parede superior do bocal à 17mm do centro do furo do porta-lábio, conforme figura abaixo. Para isso, use a vareta ou haste que vem com as flautas aonde existe uma marcação indicado os 17mm, no qual deve usar para afinar sua flauta. Para ajustar a altura desta parede você deve rosquear a Coroa(Crown) ou empurra-la para dentro. Caso o marcador da haste esteja abaixo do centro do furo, rosqueia a Coroa(Crown) da flauta para que a parede superior suba e vá o marcador da haste para o centro. Caso o marcador da haste esteja acima do centro do furo, então desrosquei a Coroa e empurre para dentro da flauta e ajuste até que o marcador fique ao centro do furo do porta-lábio.

(5)

5 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Afinação móvel:

Além da afinação principal e fixa apresentada acima, um outro ajuste necessário para afinação da flauta está no encaixe do bocal da flauta em seu corpo. Eu chamo de afinação móvel porque é variável na quantidade do encaixe e conforme cada embocadura e flauta particularmente.

Mesmo que você tenha ajustado a afinação fixa corretamente, um outro ajuste é necessário conforme seu tipo de embocadura e flauta. E essa afinação e feito encaixando menos ou mais o bocal da flauta no corpo da flauta. Veja figura abaixo.

Técnica

Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase

espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza diferente dos registros, tanto em timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.

(6)

6 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Quando nossa afinação estiver baixa, encaixamos o bocal da flauta mais para dentro e quando a afinação estiver mais alta, encaixamos mais para fora. Veja figura acima.

A pratica da Afinação pode ser feito de ouvido ou “visual” com um afinador digital. Peça para um Piano afinado ou outro instrumento afinado tocar a nota Lá e você simultaneamente toque sua nota lá. Pela percepção auditiva você poderá sentir a necessidade de afinar sua flauta. Outra forma de afinar é utilizar um afinador eletrônico que ao tocar a nota Lá indicará em seu visor digital se sua nota está com a afinação baixa ou alta e assim você poderá fazer os devidos ajustes de afinação em sua flauta. Existem inúmeros aplicativos para celulares com afinadores digitais, aprenda a usá-lo, são muito eficientes e fáceis de usar.

Articulação

Golpe de Língua (simples)

O que é e como executar corretamente?

Q

uando já familiarizado com a imissão do som da Flauta, temos que aprender o “Golpe de Língua”.

O “Golpe de Língua” é um modo de atacar o som na Flauta usando a língua como uma válvula que interrompe a passagem de ar e logo em seguida libera este ar interrompido. O Golpe de língua é semelhante ao funcionamento de uma torneira de água potável; quando fechada a torneira, ela interrompe a passagem e a água se acumulada no registro, mas ao ser aberta a torneira, é liberado o fluxo de água e no inicio da abertura da torneira terá uma maior pressão em função da água acumulada sobre pressão no registro e a pressão do fluxo da água que flui pela tubulação. Por isso normalmente a pressão de água é mais forte no inicio da abertura da torneira, de modo que muitas vezes respiga em nós.

No “Golpe de Língua” nossa língua que antes em repouso, se move suavemente e sua ponta encosta contra a face interna do dente superior e logo em seguida voltam a sua posição de repouso. Este movimento da língua é semelhante à movimentação da língua quando pronunciamos a letra “T”, por isso, usamos a letra “T” para fazer o Golpe de Língua. Veja abaixo as três fases do golpe de língua:

(7)

7 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

1º Fase: Na primeira fase, a Língua está em repouso e o ar fluindo em direção a Flauta. 2º Fase: Na segunda fase, a Língua se move suavemente e sua ponta encosta contra a face interna do dente superior como se pronunciasse a sílaba “T”.

3º Fase: Na terceira fase a Língua retorna a sua posição de repouso e o ar acumulado, somado com ar que continua vindo da garganta, flui em direção a Flauta, produzindo um ataque no som.

É importante lembrar que a função da língua no Golpe de Língua é interromper e liberar a passagem de ar, por isso o movimento da língua não é de força, mas de suavidade, leveza e flexibilidade. A língua precisa sempre fazer pequenos, rápidos e suaves movimentos. Além da letra "T", podemos usar a letra "D" para fazer um ataque mais suave. Depois se pratica outros golpes de lingua

(8)

8 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

Como emitir as diferentes oitavas da Flauta. Como tocar nota agudas?

1ª oitava - 2ª oitava - 3ª oitava

Existe uma diferença na forma de tocar notas graves e agudas e de forma geral segue as

seguintes regras:

Notas Graves: Nas notas graves o sopro precisa de maior volume, menor velocidade,

direcionado mais para baixo e com a embocadura mais relaxada.

Notas Agudas: Nas notas mais agudas o sopro precisa de menos volume, maior

velocidade, direcionado mais para frete e ao passo que as notas vão ficando mais

agudas, a embocadura vai ficando mais firme, no entanto, sem excesso de tensão nos

lábios de modo as exprimir os lábios e o som.

Segue abaixo exercício para executar intervalos.

Exercício para Intervalos com uma unica coluna de ar

Neste exercício o objetivo é tocar os intervalos sem alterar a coluna de ar que sopramos no instrumento. Para tocar os intervalos devemos variar para maior ou menor o tamanho da abertura por onde sopramos (ver ilustração). Para notas mais graves abrimos mais a abertura por onde sopramos e direcionamos o ar mais para baixo e para notas mais agudas fechamos um pouco mais esta abertura e direcionamos o ar mais para frente. Mas atenção! Não vale sobrar mais ar, mais forte para tocar os intervalos.

Lembre-se do funcionamento da mangueira do jardim: Quando apertamos a extremidade da mangueira provocamos um aumento na velocidade da água, semelhantemente devemos fazer com o ar que sopramos. Diminua a abertura por onde sopramos para que acorra um aumento na velocidade do ar para que conseqüentemente as notas mais agudas ressoem. Veja

(9)
(10)

10 WWW.MTSTEORIAESOLFEJO.COM.BR

No exercício abaixo dedilhamos a nota Sol e com a mesma coluna de ar

e o mesmo dedilhado de nota Sol, diminuímos a abertura por onde sopramos

para que ocorra um aumento na velocidade do ar e conseqüentemente

tocamos nota Sol da segunda oitava. Ainda no mesmo dedilhado da nota Sol da

primeira oitava e com a mesma coluna de ar, fechando ainda mais a abertura

por onde sopramos, saindo assim à nota Ré harmônico. Depois tocamos estas

mesmas notas com seus dedilhados correspondentes. Conforme exercício

façamos isto da nota Sol até a Ré.

(11)

Referências

Documentos relacionados

We obtained analytically the threshold value of the coupling parameter for the synchronization of two unimodal and two bimodal piecewise linear maps, which by semi-conjugacy,

Antes de mencionarmos as pesquisas sobre a formulação de textos de problemas de Ma- temática, vale dizer que não se defende aqui que eles devam ser simplesmente alterados

Se considerarmos que das 300 mil espécies de plantas que existem na terra, cada uma hospede, no interior de seus tecidos, um ou mais fungos endofíticos, são grandes as chances de

Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a qualidade do ajuste das equações de expoente-variável de Kozak (1988, 2004) para estimar os diâmetros, ao longo do fuste e volume total (com

Após análise, foi realizada uma síntese dos estudos selecionados sendo organizados em temas, observando as suas confluências e divergências gerando duas

Ao aplicar a Escala de Braden (EB) nos pacientes do estudo, verificou-se que 90% deles se apresentaram completamente limitados em relação à percepção sensorial;

Neste sentido, o objetivo principal do presente estudo consiste em efetuar uma análise comparativa da satisfação sobre a qualidade do serviço (limpeza e arrumação,

O núcleo de inovação em máquinas e equipamentos agrícolas- NIMEq da Universidade Federal de Pelotas - UFPel, preocupado com a comunidade inventiva, constituída