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CONTROLE DE PODRIDÕES EM MAÇÃS FUJI FRIGOCONSERVADAS COM A APLICAÇÃO DE FOSFITOS E CLORETOS DE BENZALCÔNIO EM PRÉ E PÓS-COLHEITA

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Revista da FZVA.

CLORETOS DE BENZALCÔNIO EM PRÉ E PÓS-COLHEITA

ROT CONTROL ON COLD STORED ‘FUJI’ APPLES WITH PRE AND

POSTHARVEST TREATMENTS WITH PHOSPHITES AND

BENZALKONIUM CHLORIDE

Auri Brackmann1, Ricardo Fabiano Hettwer Giehl2, Ivan Sestari3, Anderson Weber4, Josuel Alfredo Vilela Pinto5, Anna Cristina Eisermann6

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação, em pré e pós-colheita, de fosfitos de potássio e cloretos de benzalcônio no controle de podridões pós-colheita em maçãs ‘Fuji’. No primeiro experimento, os tratamentos foram aplicados, por meio de pulverização, um dia antes da colheita. No segundo, os frutos foram tratados através de imersão. Os tratamentos avaliados, em ambos os ensaios, foram: (1) testemunha (água); (2) Iprodione; (3) CaCl2; (4) fosfito de potássio 00-28-26; (5) fosfito de potássio 00-28-26 + CaCl2; (6) fosfito

de potássio 00-40-20; (7) fosfito de potássio 00-40-20 + CaCl2; (8) cloretos de benzalcônio

(200mL 100L-1); (9) cloretos de benzalcônio + CaCl2. A aplicação de fosfitos de potássio e de

cloretos de benzalcônio, um dia antes da colheita, não foi eficiente no controle das podridões. A aplicação pós-colheita de fosfitos de potássio, misturados ao CaCl2, apresentou resultados

semelhantes ao CaCl2, isoladamente, no controle de podridões após cinco e seis meses de

armazenamento a 0,5°C e durante a exposição a 20°C. No entanto, a aplicação de cloretos de benzalcônio, associados ou não ao CaCl2, resultou em menor porcentagem de lesões podres,

especialmente durante o período de exposição a 20°C, apresentando uma eficiência superior ao fungicida Iprodione.

Palavras-chave: Penicillium sp., Malus domestica Borkh., perdas pós-colheita.

1

UFSM. E-mail: brackmann@ccr.ufsm.br

2 Universität Hohenhein. E-mail: hetgiehl@yahoo.com.br 3 UFSM. E-mail: isestar@yahoo.com.br

4 Eng. Agr. Dpto. Fitotecnia, UFSM. E-mail: anweba@yahoo.com.br 5

UFSM. E-mail: josuelpinto@bol.com.br

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ABSTRACT

The objective of this experiment was to evaluate the effect of different chemical products treatments applied on pre and postharvest on the control of postharvest rot of ‘Fuji’ apples. On the first experiment, plants were sprayed with the products one day before harvest. On the second, fruits were dipped in a solution containing the evaluated products. Evaluated treatments on both experiments were: (1) control (water); (2) Iprodione; (3) CaCl2; (4)

potassium phosphite 00-28-26; (5) potassium phosphite 00-28-26 + CaCl2; (6) potassium

phosphite 00-40-20; (7) potassium phosphite 00-40-20 + CaCl2; (8) benzalkonium chlorides;

(9) benzalkonium chlorides + CaCl2. Potassium phosphite and benzalkonium chlorides

applied on trees at orchard one day before fruit harvest were not efficient on rot control. On the second assay, postharvest treatment with potassium phosphite combined with CaCl2

showed similar results on rot control than CaCl2 alone, after 5 and 6 months of storage and

during exposure at 20°C. Although, most efficient rot control was obtained with benzalkonium chlorides, associated with CaCl2 or alone, especially during shelf life at 20°C.

Benzalkonium chloride was more efficient than Iprodione on rot control.

Key words: Penicillium sp., Malus domestica Borkh., postharvest losses. INTRODUÇÃO

Os fosfitos são comercializados para diversas culturas, sendo obtidos pela reação do ácido fosforoso com hidróxido de potássio, de sódio ou de amônio. Esses compostos são facilmente assimilados pelas células das folhas e raízes. Além disso, apresentam elevada mobilidade no interior das plantas.

De modo geral, a expansão do uso de produtos a base de fosfitos ocorreu devido à elevada porcentagem de fósforo existente em suas formulações, o que permite melhorar o balanço nutricional, o crescimento e desenvolvimento das plantas. No entanto, alguns trabalhos têm

demonstrado a eficiência da aplicação de produtos à base de fosfitos no controle de doenças em plantas e frutos (GEELEN,

1999; VALDEBENITO-SANHUEZA,

1991a,b; BONETI e KATSURAYAMA, 2002; BRACKMANN et al., 2004).

Tem sido sugerido que o modo de ação dos fosfitos sobre os fungos se dá de forma direta (DERCKS e BUCHENAUER, 1987; WILKINSON et al., 2001) ou indireta, através do estímulo aos mecanismos de defesa do hospedeiro (SAINDRENAN et al., 1988; JACKSON et

al., 2000). A aplicação de fosfitos

apresentou bons resultados no controle de sarna da macieira (Venturia inaequalis),

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Revista da FZVA.

sujeira-de-mosca (Schyzothyrium pomi) e fuligem (Gloeodes pomigena) (BONETI e KATSURAYAMA, 2002). Em maçãs ‘Fuji’ inoculadas com Penicillium spp.,

Botrytis spp. e Rhizopus spp., a aplicação

de fosfito de potássio, associado ao CaCl2

(2%), reduziu significativamente a porcentagem de lesões podres após a frigoconservação e exposição a 20°C (BRACKMANN et al., 2004). Para esses mesmos autores, essa mistura pode substituir o fungicida padrão Iprodione. Além disso, o fosfito de potássio exerceu controle eficiente de podridão parda (Monilinia fructicola) em pêssegos em pós-colheita (MOREIRA et al., 2002).

Em ensaios preliminares, os cloretos de benzalcônio (N-Cloreto Alquil Dimetil Benzil Amônio e N-Cloreto Alquil Dimetil Etil Benzil Amônio), apresentaram bons resultados no controle de doenças fúngicas e bacterianas em culturas como cenoura, batata, tomate, cacau e grãos de café. Acredita-se que esses compostos sejam de baixa toxicidade e atuem por contanto, induzindo a resistência localizada.

No entanto, não há informações precisas sobre o efeito da aplicação dos fosfitos e dos cloretos de benzalcônio em pré e pós-colheita no controle de podridões durante o armazenamento refrigerado e o período de comercialização à temperatura ambiente. Dessa forma, o objetivo deste

trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação, em pré e pós-colheita, de fosfitos de potássio e cloretos de benzalcônio no controle de podridões pós-colheita em maçãs cv. Fuji.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no ano de 2003, sendo constituído de dois ensaios. Os frutos foram colhidos num pomar comercial de Vacaria, da empresa Schio, e transportados para o Núcleo de Pesquisa em Pós-Colheita (NPP) do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria.

No primeiro experimento, os tratamentos foram aplicados nas plantas no campo um dia antes da colheita. A aplicação foi realizada com um pulverizador costal, com capacidade para 15L. O jato foi dirigido a todos os frutos das plantas tratadas, até iniciar o escorrimento da solução aplicada.

O segundo ensaio constituiu da aplicação, por imersão, dos compostos em maçãs ‘Fuji’. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com nove tratamentos de quatro repetições compostas por 25 frutos cada. Após a

homogeneização das amostras

experimentais foram feitas duas lesões distribuídas de forma eqüidistante sobre a região equatorial dos frutos. As perfurações

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foram realizadas com o auxílio de uma ponteira de 5mm de diâmetro 3mm de profundidade. Esse procedimento foi realizado nos frutos de ambos os experimentos.

Os tratamentos foram aplicados em um recipiente, no qual se diluía, em água, o produto e a quantidade (concentração) correspondente a cada tratamento. Foi adicionado à solução 10mL.100L-1 de espalhante adesivo (Iharaguen®). Os frutos foram submersos, assim permanecendo durante dois minutos em constante movimentação dentro da solução. Os frutos do tratamento testemunha (controle) foram submersos apenas em água.

Os tratamentos avaliados, em ambos os ensaios, foram: (1) testemunha (água); (2) Iprodione (150mL.100L-1); (3) CaCl2,

sendo 0,6% (v/v) em pré-colheita e 2% em pós-colheita (v/v); (4) fosfito de potássio 00-28-26 (300mL.100L-1); (5) fosfito de potássio 00-28-26 (300mL.100L-1) + CaCl2 (0,6% e 2%); (6) fosfito de potássio 00-40-20 (300mL.100L-1); (7) fosfito de potássio 00-40-20 (300mL.100L-1) + CaCl2 (0,6% e 2%); (8) cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1); (9) cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1) + CaCl2 (0,6%

e 2%). As doses referem-se ao produto comercial diluído em água. Como fonte dos fosfitos de potássio utilizou-se o adubo

foliar Phosphorus-K Plus® e dos cloretos de benzalcônio o produto Fegatex®.

Após a aplicação, os frutos foram frigoconservados em uma câmara frigorífica a 0,5°C. A temperatura no interior da câmara foi controlada automaticamente por um termostato de precisão. Além disso, foi monitorada diariamente através de termômetros de mercúrio inseridos na polpa de frutos.

Os frutos permaneceram

armazenados nestas condições até o momento das análises. Estas foram efetuadas aos cinco e seis meses de armazenamento refrigerado. Além disso, aos seis meses de armazenamento, os frutos foram analisados na saída da frigoconservação e aos 2, 4, 6 e 8 dias de exposição a 20°C.

Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de lesões que apresentavam danos característicos de ataque de fungos, sendo determinadas através de contagem; e o diâmetro das lesões, que foi determinado pela medida, com o uso de uma régua milimetrada, das lesões que apresentavam podridão.

Os dados, expressos em porcentagem, foram transformados pela

fórmula arc.sen x/100 para serem submetidos à análise da variância. As médias foram comparadas entre si pelo teste

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Revista da FZVA.

de Duncan em nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nenhum dos produtos aplicados em pré-colheita permitiu um controle eficiente das podridões após seis meses de armazenamento refrigerado a 0,5°C e durante o período de exposição a 20°C (Tabela 1). Esses resultados não significam necessariamente que a aplicação desses produtos seja ineficiente, mas podem ter

relação com o número de aplicações. Para o controle de Venturia inaequalis em maçãs ‘Fuji’ obteve-se bom resultado com aplicação semanal de fosfitos em pré-colheita, totalizando 10 aplicações durante o ciclo de produção (BONETI e KATSURAYAMA, 2002). Todavia, nesse mesmo trabalho verificou-se pouco efeito dos fosfitos no controle de Colletotrichum spp. e Botryosphaeria dothidea, sugerindo que o intervalo de aplicações deveria ser reduzido para sete dias.

Tabela 1. Porcentagem de lesões podres em maçãs ‘Fuji’ tratadas em pré-colheita, após seis

meses de armazenamento refrigerado a 0,5ºC. Santa Maria, 2007 Dias a 20°C Tratamentos

0 2 4 6

Testemunha (água) 30,3 a** 39,7 a 53,0 ab 64,9 ab

Iprodione (150mL.100L-1)* 34,3 a 48,5 a 60,5 ab 66,8 ab CaCl2 (0,6%) 39,5 a 40,4 a 64,7 ab 69,8 ab Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) 26,8 a 36,8 a 47,3 b 57,3 b Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) + CaCl2 (0,6%) 48,3 a 56,2 a 69,0 a 80,6 a Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) 27,1 a 35,8 a 56,0 ab 77,3 ab Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) + CaCl2 (0,6%) 35,4 a 44,9 a 59,1 ab 69,6 ab Cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1) 35,6 a 43,3 a 60,1 ab 72,3 ab

Cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 37,0 a 41,9 a 52,5 ab 67,1 ab

Coeficiente de variação (%) 18,40 15,56 12,02 11,59

* Doses referem-se ao produto comercial diluído em água.

** Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Duncan a nível de 5% de probabilidade de erro

De acordo com os resultados do segundo experimento, com aplicações em pós-colheita, ao final de cinco meses de armazenamento os frutos tratados com os fosfitos 00-28-26 e 00-40-20, associados ao CaCl2 , e com cloretos de benzalcônio

(200mL.100L-1), com e sem CaCl2,

apresentaram porcentagem de frutos com lesões podres estatisticamente iguais aos frutos tratados com o fungicida Iprodione. A aplicação de fosfito de potássio 00-40-20, combinado com o CaCl2, permite uma

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eficiência estatisticamente semelhante ao Iprodione no controle de podridões em maçãs ‘Fuji’ frigoconservadas (BRACKMANN et al., 2004). Além disso, é possível que ocorra uma ação sinérgica entre o fosfito de potássio e o cloreto de cálcio.

Nas avaliações realizadas aos seis meses de armazenamento dos frutos tratados em pós-colheita, na saída da câmara, novamente os tratamentos citados acima apresentaram as menores porcentagens de frutos com lesões podres. A aplicação de fosfitos em Vigna

ungiculata, previamente infectadas com Phytophthora cryptogea, aumentou significativamente a atividade da fenilalanina amonialiase (PAL) e a presença

de fitoalexinas nas folhas dessas plantas (SAINDRENAN et al., 1999). A atividade da PAL possui regulação complexa, pela existência de vários genes que a codificam, sendo expressos em tecidos específicos ou sob determinadas condições ambientais (LONGEMANN et al., 1995). Esse fato pode sugerir que os fosfitos possuem um efeito indireto no controle de podridões, podendo atuar como indutores diretos ou indiretos da expressão de alguns dos genes que codificam para a PAL. Apesar dessas constatações, é possível que o modo de ação primário dos fosfitos não esteja relacionado à indução da síntese de fitoalexinas, mas a um efeito direto sobre o

fungo (DERCKS e BUCHENAUER,

1987).

Tabela 2. Porcentagem de lesões podres em maçãs ‘Fuji’ tratadas em pós-colheita, após cinco e seis meses de

armazenamento refrigerado a 0,5ºC. Santa Maria, 2007.

Seis meses de armazenamento a 0,5°C Dias a 20°C

Tratamentos Cinco meses

de armaz.

0 2 4 6 8

Testemunha (água) 52,5 a** 62,5 a 63,6 a 75,2 ab 82,7 a 84,3 a

Iprodione (150mL.100L-1)* 14,5 d 20,2 b 38,9 bc 61,8 bc 67,3 bc 78,1 abc CaCl2 (2%) 23,0 cd 33,0 b 48,4 ab 58,7 cd 61,7 c 67,9 cd Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) 37,3 bc 48,6 a 69,7 a 74,1 ab 79,0 ab 83,8 a Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 15,7 d 21,8 b 39,3 bc 46,5 de 59,1 c 71,7 bcd Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) 37,5 b 56,4 a 67,8 a 76,1 a 78,5 ab 80,2 ab Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 17,0 d 22,0 b 48,5 ab 55,5 cd 56,5 c 65,0 d Cloretos de benzalcônio (CB) (200mL.100L-1) 15,8 d 20,6 b 24,1 c 29,0 f 37,9 d 47,7 e CB (200mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 15,2 d 17,6 b 21,7 c 33,4 ef 42,2 d 49,5 e Coeficiente de Variação (%) 22,88 18,20 19,95 11,49 10,10 8,75

* Doses referem-se ao produto comercial diluído em água.

** Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Duncan em nível de 5% de probabilidade de erro.

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Revista da FZVA.

Com a exposição dos frutos à temperatura de 20°C, houve um aumento acentuado na porcentagem de lesões podres em todos os tratamentos (Tabela 2). De modo geral, a aplicação de fosfitos associados ao CaCl2 apresentou resultados

semelhantes ao CaCl2 isolado,

especialmente após seis dias a 20°C (Tabela 2). No entanto, os frutos tratados com cloretos de benzalcônio, misturados ou não ao CaCl2, apresentaram as menores

porcentagens de lesões podres em todas as avaliações realizadas a 20°C. A eficiência desse produto foi superior à aplicação de

Iprodione. A desinfecção superficial de frutos de café com a aplicação de cloretos de benzalcônio diminui o número de frutos infectados por Cladosporium sp.,

Penicillium sp. e Alternaria sp. (FAVARIN et al., 2004). Os cloretos de benzalcônio

provavelmente atuam por contanto e induzem a resistência localizada. Apesar de ser recomendado para o tratamento de cenoura, batata e tomate e plantas e frutos de café, não existem informações, na literatura, sobre o efeito dos cloretos de benzalcônio no controle de podridões em maçãs.

Tabela 3. Diâmetro das lesões podres (cm) em maçãs ‘Fuji’ tratadas em pós-colheita, após seis meses de

armazenamento refrigerado a 0,5°C e mais 2 e 6 dias de exposição dos frutos a 20°C. Santa Maria, 2007.

Diâmetro das lesões podres (cm) Tratamentos

2 dias 6 dias

Testemunha (água) 2,4 a** 3,7 ab

Iprodione (150mL.100L-1)* 1,9 a 2,9 cd CaCl2 (2%) 1,6 a 2,7 bcd Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) 2,2 a 3,3 bc Fosfito 00-28-26 (300mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 2,1 a 2,3 cd Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) 2,6 a 4,4 a Fosfito 00-40-20 (300mL.100L-1) + CaCl2 (2%) 1,6 a 2,1 e Cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1) 2,1 a 2,9 bcd

Cloretos de benzalcônio (200mL. 100L-1) + CaCl2 (2%) 1,7 a 3,0 bcd

Coeficiente de variação (%) 29,85 23,55

* Doses referem-se ao produto comercial diluído em água.

** Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Duncan a nível de 5% de probabilidade de erro.

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No parâmetro diâmetro das lesões podres, avaliado aos seis meses de armazenamento mais dois e seis dias de exposição a 20°C, os resultados obtidos demonstram uma evolução rápida no tamanho das lesões com podridão (Tabela 3). A aplicação da mistura de fosfito de potássio 00-40-20 + CaCl2 proporcionou os

menores diâmetros de lesões após seis dias a 20°C, concordando com resultados previamente obtidos em maçãs ‘Fuji’ (BRACKMANN et al., 2004).

CONCLUSÕES

A aplicação de fosfitos de potássio e de cloretos de benzalcônio, um dia antes da colheita, não é eficiente no controle de podridões em maçãs ‘Fuji’, após seis meses de armazenamento a 0,5°C. A aplicação pós-colheita de fosfitos de potássio, misturados ao CaCl2, apresenta resultados

semelhantes ao CaCl2, isoladamente, no

controle de podridões após cinco e seis meses de armazenamento a 0,5°C e durante a exposição a 20°C. No entanto, a aplicação de cloretos de benzalcônio (200mL.100L-1), associado ou não ao CaCl2 (2%), resulta em

menor porcentagem de lesões podres, especialmente durante o período de exposição a 20°C, apresentando uma eficiência superior ao fungicida Iprodione.

REFERÊNCIAS

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